74
MONITORAMENTO DA ICTIOFAUNA UHE EMBORCAÇÃO 2009 1 RELATÓRIO ANUAL MONITORAMENTO DA ICTIOFAUNA USINA HIDRELÉTRICA EMBORCAÇÃO Água e Terra Planejamento Ambiental Ltda. PATOS DE MINAS, JANEIRO DE 2010.

USINA HIDRELÉTRICA EMBORCAÇÃO - cemig.com.br · monitoramento da ictiofauna uhe emborcaÇÃo 2009 1 relatÓrio anual monitoramento da ictiofauna usina hidrelÉtrica emborcaÇÃo

  • Upload
    hakhanh

  • View
    218

  • Download
    0

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: USINA HIDRELÉTRICA EMBORCAÇÃO - cemig.com.br · monitoramento da ictiofauna uhe emborcaÇÃo 2009 1 relatÓrio anual monitoramento da ictiofauna usina hidrelÉtrica emborcaÇÃo

MONITORAMENTO DA ICTIOFAUNA

UHE EMBORCAÇÃO 2009

1

RELATÓRIO ANUAL

MONITORAMENTO DA ICTIOFAUNA

USINA HIDRELÉTRICA EMBORCAÇÃO

Água e Terra Planejamento Ambiental Ltda.

PATOS DE MINAS, JANEIRO DE 2010.

Page 2: USINA HIDRELÉTRICA EMBORCAÇÃO - cemig.com.br · monitoramento da ictiofauna uhe emborcaÇÃo 2009 1 relatÓrio anual monitoramento da ictiofauna usina hidrelÉtrica emborcaÇÃo

MONITORAMENTO DA ICTIOFAUNA

UHE EMBORCAÇÃO 2009

2

RESPONSABILIDADE TÉCNICA

Água e Terra Planejamento Ambiental Ltda.

Equipe Técnica

Técnico Responsável pela elaboração do Relatório

Regina Célia Gonçalves Bióloga – CRBio 44.468/04D

Equipe Técnica Colaboradora

Adriane Fernandes Ribeiro Bióloga – CRBio 62.543/04P

Erika Fernandes Araújo Vita Bióloga – CRBio 57.341/04D

Saulo Gonçalves Pereira Biólogo – CRBio 62.130/04D

Rubens Pádua de Melo Neto Biólogo – CRBio 44.646/04D

Murilo Carvalho Biólogo – CRBio 61.691/01D

ENDEREÇO: Av. Padre Almir Neves de Medeiros, 650 - Sobradinho

Patos de Minas - MG. 38701-118

(034)3823-8440 / 9975-5014 / 9975-1280

Page 3: USINA HIDRELÉTRICA EMBORCAÇÃO - cemig.com.br · monitoramento da ictiofauna uhe emborcaÇÃo 2009 1 relatÓrio anual monitoramento da ictiofauna usina hidrelÉtrica emborcaÇÃo

MONITORAMENTO DA ICTIOFAUNA

UHE EMBORCAÇÃO 2009

3

SUMÁRIO

1. APRESENTAÇÃO ....................................................................................................................... 4 2. CARACTERIZAÇÃO DO EMPREENDIMENTO .................................................................. 5 3. INTRODUÇÃO ............................................................................................................................ 6

3.1. Área de estudo ....................................................................................................................... 7 4. OBJETIVOS ................................................................................................................................. 9 5. MATERIAL E MÉTODOS ........................................................................................................10

5.1. Locais de coleta .....................................................................................................................10 5.2. Frequencia das coletas .........................................................................................................13 5.3. Coletas ...................................................................................................................................13 5.4. Análise do material ...............................................................................................................14 5.5. Apresentação dos dados .......................................................................................................15

5.5.1. Abundância ...................................................................................................................15 5.5.2. Análise de captura por unidade de esforço (CPUE) em número e biomassa ..........15 5.5.3. Análise dos estágios de maturação gonadal ...............................................................16 5.5.4. Diversidade ictiofaunísica (H’) e Equitabilidade .......................................................17 5.5.5. Análise de Similaridade ...............................................................................................17 5.5.6. Monitoramento da pesca profissional no reservatório ..............................................18 5.5.7. Equipe executora dos trabalhos ..................................................................................18

6. RESULTADOS ............................................................................................................................19 6.1. Condições climáticas ............................................................................................................19 6.2. Composição ictiofaunística ..................................................................................................20 6.3. Autoecologia das espécies amostradas ................................................................................25 6.4. Abundância ...........................................................................................................................30 6.6. Análise de captura por unidade de esforço (CPUE) em número e biomassa ..................37 6.7. Avaliação dos estágios de desenvolvimento gonadal .........................................................40 6.8. Diversidade ictiofaunística (H’) e Equitabilidade (E) .......................................................46 6.9. Análise de similaridade ........................................................................................................47 6.10. Coleta qualitativa .............................................................................................................48 6.11. Monitoramento da existência de atividade de pesca profissional no Reservatório ....48

7. CONSIDERAÇÕES FINAIS ......................................................................................................49 8. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ......................................................................................52 ANEXOS ...............................................................................................................................................59

Page 4: USINA HIDRELÉTRICA EMBORCAÇÃO - cemig.com.br · monitoramento da ictiofauna uhe emborcaÇÃo 2009 1 relatÓrio anual monitoramento da ictiofauna usina hidrelÉtrica emborcaÇÃo

MONITORAMENTO DA ICTIOFAUNA

UHE EMBORCAÇÃO 2009

4

1. APRESENTAÇÃO

O presente relatório reporta atividades desenvolvidas no mês de setembro/2009, pela

equipe técnica da Água e Terra Planejamento Ambiental Ltda. para o contrato n°

4570010251/510 que se refere ao Monitoramento Anual da Ictiofauna do Reservatório da

Usina Hidrelétrica Emborcação, da CEMIG Geração e Transmissão S.A.

Page 5: USINA HIDRELÉTRICA EMBORCAÇÃO - cemig.com.br · monitoramento da ictiofauna uhe emborcaÇÃo 2009 1 relatÓrio anual monitoramento da ictiofauna usina hidrelÉtrica emborcaÇÃo

MONITORAMENTO DA ICTIOFAUNA

UHE EMBORCAÇÃO 2009

5

2. CARACTERIZAÇÃO DO EMPREENDIMENTO

Empreendedor: CEMIG GERAÇÃO E TRANSMISSÃO S.A.

CNPJ: 06.981.176/0001-58

Endereço: Av. Cel. José Teófilo Carneiro, 2.777

Bairro São José

Uberlândia – MG

Empreendimento:

Usina Hidrelétrica Emborcação

Empresa Elaboradora:

Água e Terra Planejamento Ambiental

Contato: Bióloga Regina Célia Gonçalves

Avenida Padre Almir Neves de Medeiros, 650

Bairro: Sobradinho – Patos de Minas / MG

CEP: 38.701-118 – Tel/Fax: (34) 3823-8440

e-mail: [email protected]

Page 6: USINA HIDRELÉTRICA EMBORCAÇÃO - cemig.com.br · monitoramento da ictiofauna uhe emborcaÇÃo 2009 1 relatÓrio anual monitoramento da ictiofauna usina hidrelÉtrica emborcaÇÃo

MONITORAMENTO DA ICTIOFAUNA

UHE EMBORCAÇÃO 2009

6

3. INTRODUÇÃO

Historicamente, o desenvolvimento industrial e o crescimento populacional estão

associados a um aumento na demanda de água e energia. Uma das formas de atender a este

crescente consumo é através do represamento de rios. Entretanto, especialmente quando são

feitas em série, as barragens quebram a conectividade montante-jusante, que é uma

característica natural de rios (PACHECO et al., 2008), formando ambientes ecologicamente

heterogêneos e complexos, cuja estrutura e dinâmica são intermediárias entre àquelas de um

rio e um lago.

No Brasil, a construção de usinas hidrelétricas (UHEs) alcançou grande

desenvolvimento especialmente nas décadas de 1920 a 1930, 1950 e 1970 (GONÇALVES &

BRAGA, 2008). Mais de 600 barragens foram construídas e ocupam uma área de

aproximadamente 40.000 km2, com volume de 6,5 x 1011 m3, com o principal intuito de gerar

energia elétrica. Cerca de 85% da energia produzida no Brasil é gerada em UHEs e quase

70% provém de reservatórios da bacia do rio Paraná (AGOSTINHO et al. 2007;

GONÇALVES & BRAGA, 2008).

Apesar dos impactos negativos causados ao meio ambiente e à ictiofauna, a construção

de UHEs no Brasil ainda é uma prática bastante comum (AGOSTINHO et al., 2004a,

AGOSTINHO et al,. 2007). Estudos em reservatórios gerados pela construção de UHEs tem

tido importância cada vez maior devido ao grande número desses ecossistemas artificiais e

servem de referência no planejamento da instalação de futuros empreendimentos.

O principal problema causado pela formação de um reservatório é a ocorrência de uma

mudança drástica no ambiente aquático em um prazo relativamente curto (CASTRO &

ARCIFA, 1987), transformando o ambiente lótico em lêntico rapidamente. Reservatórios

criados a partir do represamento de um rio proporcionam um ambiente novo e alterado para a

comunidade íctica (TUNDISI, 1981).

Um efeito inevitável do represamento para a comunidade de peixes é a alteração na

composição e abundância de espécies, com proliferação de algumas e redução ou até

eliminação de outras, além de efeitos sobre a alimentação (GONÇALVES & BRAGA, 2008).

Devido à rápida transformação na dinâmica da água, é esperada uma alteração na

disponibilidade de recursos alimentares, que afetará as interações bióticas e levará os

organismos a responderem de formas distintas às novas condições (HAHN et al., 1997). Neste

contexto, o monitoramento da comunidade íctia e o estudo da alimentação são uma

importante ferramenta para avaliar as modificações que ocorrem em uma comunidade após

Page 7: USINA HIDRELÉTRICA EMBORCAÇÃO - cemig.com.br · monitoramento da ictiofauna uhe emborcaÇÃo 2009 1 relatÓrio anual monitoramento da ictiofauna usina hidrelÉtrica emborcaÇÃo

MONITORAMENTO DA ICTIOFAUNA

UHE EMBORCAÇÃO 2009

7

um distúrbio como o represamento, podendo fornecer, ainda, importantes subsídios para o

entendimento do funcionamento do ecossistema.

Karr (1981) e Araújo (1998) indicam que as assembléias ictiofaunísticas funcionam

como indicadoras da qualidade ambiental, pois refletem o estado biótico e abiótico de seu

ambiente. Através da estimativa do aumento considerável das espécies tolerantes em relação

às espécies não tolerantes, é possível avaliar as alterações na estrutura da comunidade

permitindo identificar possíveis distúrbios ambientais através de mudanças no padrão de

dominância e de diversidade das espécies, relacionando a sobreposição da curva de

abundância sobre a curva de biomassa com a degradação ambiental.

3.1. Área de estudo

A UHE Emborcação situa-se a 80 km de Uberlândia, Rodovia BR 050 km 588, no

município de Araguari/MG. O reservatório estende-se pelos municípios de Abadia dos

Dourados, Cascalho Rico, Douradoquara, Estrela do Sul, Grupiara e Monte Carmelo, no

estado de Minas Gerais, e Catalão, Davinópolis, Ouvidor e Três Ranchos, no estado de Goiás.

A barragem de Emborcação está localizada a 11,5 km à montante da ponte Estelita

Campos, sobre o rio Paranaíba e encontra-se na divisa dos Estados de Goiás e Minas Gerais,

mais precisamente entre os municípios de Araguari (MG) e Catalão (GO).

Situada no rio Paranaíba, a UHE iniciou sua operação em 1982, com uma potência

instalada de 1.192 MW, operando com 04 unidades geradoras e seu reservatório apresenta um

volume útil de 13,056 bilhões de m3.

A bacia do Paranaíba drena uma área com cerca de 220 mil km2, com quase 8,5

milhões de habitantes em 196 municípios, além do Distrito Federal, incluindo cinco no Mato

Grosso do Sul, 55 em Minas Gerais, onde ocupa 12,2% do território, e 136 em Goiás, onde é

a principal bacia em área e ocupação antrópica.

O bioma predominante é o cerrado e o clima é homogêneo, de úmido e semi-úmido a

semi-árido. Segundo as últimas análises realizadas na bacia, os índices de qualidade da água

variam de médio a ruim, devido à destruição de ambientes naturais, das matas ciliares,

lançamento de efluentes domésticos e industriais, utilização de agrotóxicos e dragas

irregulares na agricultura.

Com o mau uso do recurso hídrico, gerando inclusive assoreamentos, o Paranaíba

perdeu cerca de 60% da vazão, nas últimas décadas. Apesar disso, bacia é conhecida,

Page 8: USINA HIDRELÉTRICA EMBORCAÇÃO - cemig.com.br · monitoramento da ictiofauna uhe emborcaÇÃo 2009 1 relatÓrio anual monitoramento da ictiofauna usina hidrelÉtrica emborcaÇÃo

MONITORAMENTO DA ICTIOFAUNA

UHE EMBORCAÇÃO 2009

8

principalmente, pelas suas riquezas diamantíferas e pelo potencial hidrelétrico, responsável

pela geração de grande parte da energia de Minas e Goiás.

O presente programa de monitoramento da ictiofauna justifica-se pelo fato de

implementar o conhecimento técnico e a formação de um banco de dados sobre a situação da

ictiofauna e pesca profissional no rio Paranaíba, à montante e jusante da usina, bem como, o

atendimento aos programas e projetos estabelecidos no Sistema Ambiental da instalação.

Page 9: USINA HIDRELÉTRICA EMBORCAÇÃO - cemig.com.br · monitoramento da ictiofauna uhe emborcaÇÃo 2009 1 relatÓrio anual monitoramento da ictiofauna usina hidrelÉtrica emborcaÇÃo

MONITORAMENTO DA ICTIOFAUNA

UHE EMBORCAÇÃO 2009

9

4. OBJETIVOS

O presente estudo tem como objetivo demonstrar a composição e a diversidade da

ictiofauna em três pontos de coletas no reservatório e em um ponto, no rio Paranaíba, à

jusante de tal empreendimento.

Page 10: USINA HIDRELÉTRICA EMBORCAÇÃO - cemig.com.br · monitoramento da ictiofauna uhe emborcaÇÃo 2009 1 relatÓrio anual monitoramento da ictiofauna usina hidrelÉtrica emborcaÇÃo

MONITORAMENTO DA ICTIOFAUNA

UHE EMBORCAÇÃO 2009

10

5. MATERIAL E MÉTODOS

A metodologia ora descrita consiste naquela descrita na Especificação Técnica

GA/PA-UAT nº 003/2007, elaborada pela equipe técnica da Cemig, bem como o documento nº

11.158-RE-M90-037 – Manuais de operação de Meio Ambiente – Capítulo 6 –

Monitoramento da Ictiofauna e Cuidados na Operação da UHE Miranda.

5.1. Locais de coleta

As coletas de peixes foram realizadas em quatro pontos, conforme tabela 1, a seguir:

Tabela 1: Descrição dos pontos de amostragem

Ponto Descrição Coordenadas

EMB-01 Reservatório da UHE Emborcação, nas proximidades do município de

Davinópolis

18º11’34”S e

47º32’24”W

EMB-02 Reservatório da UHE Emborcação, nas proximidades do município de

Três Ranchos

18º27’05”S e

47º46’05”W

EMB-03 Montante da barragem da UHE Emborcação 18º28’10”S e

47º59’10”W

EMB-04 Jusante da barragem da UHE Emborcação, nas imediações do vertedouro

e do canal de fuga da Usina

18º27’04”S e

47º59’27”W

Fonte: Especificação Técnica – CEMIG/2007

As fotos a seguir apresentam os pontos em que foram realizadas as coletas.

Foto 1: Visão parcial do ponto EMB01.

Fonte: Água e Terra Planejamento

Foto 2: Ponto EMB02.

Fonte: Água e Terra Planejamento

Page 11: USINA HIDRELÉTRICA EMBORCAÇÃO - cemig.com.br · monitoramento da ictiofauna uhe emborcaÇÃo 2009 1 relatÓrio anual monitoramento da ictiofauna usina hidrelÉtrica emborcaÇÃo

MONITORAMENTO DA ICTIOFAUNA

UHE EMBORCAÇÃO 2009

11

Foto 3: Ponto EMB03.

Fonte: Água e Terra Planejamento

Foto 4: Ponto EMB04.

Fonte: Água e Terra Planejamento

A localização dos quatros pontos amostrados está representada na Figura 01, a seguir.

Page 12: USINA HIDRELÉTRICA EMBORCAÇÃO - cemig.com.br · monitoramento da ictiofauna uhe emborcaÇÃo 2009 1 relatÓrio anual monitoramento da ictiofauna usina hidrelÉtrica emborcaÇÃo

MONITORAMENTO DA ICTIOFAUNA

UHE EMBORCAÇÃO 2009

12

Figura 1: Localização da região de estudos e dos pontos de amostragem de ictiofauna no reservatório e à jusante da UHE Emborcação

Fonte: Google Earth.

Page 13: USINA HIDRELÉTRICA EMBORCAÇÃO - cemig.com.br · monitoramento da ictiofauna uhe emborcaÇÃo 2009 1 relatÓrio anual monitoramento da ictiofauna usina hidrelÉtrica emborcaÇÃo

MONITORAMENTO DA ICTIOFAUNA

UHE EMBORCAÇÃO 2009

13

5.1. Frequência das coletas

Conforme especificação técnica anteriormente citada, o presente monitoramento foi

realizado através de apenas uma campanha de campo, realizada no mês de setembro de 2009.

5.2. Coletas

5.2.1. Equipamentos e procedimentos

Para a atividade de coleta, utilizou-se barco marujo de 5 metros de comprimento e 150

cm de largura, devidamente registrado na Capitania Fluvial do São Francisco, em Pirapora,

sob nº 941M2006000443.

Foi elaborada Análise de Risco pela equipe de campo e obtido porte da Autorização

para Utilização de Embarcação (APUE) emitida pela coordenação da Usina Hidrelétrica

Emborcação.

Além disso, foi solicitada, junto ao IBAMA, licença de pesca científica. No entanto,

em função do atraso na análise do processo, e da existência de uma licença de pesca para a

mesma equipe, na área de influência da UHE Emborcação, porém para estudos destinados ao

licenciamento do AHE Davinópolis, a equipe técnica do IBAMA autorizou a realização da

campanha de amostragem, utilizando-se a licença já vigente. Assim, no Anexo C, encontram-

se as duas licenças de pesca.

5.2.2. Capturas quantitativas

Para as capturas quantitativas, utilizaram-se redes de malhas com 10 e 20 metros de

comprimento e altura média de 1,6 metros com malhas variando de 3 a 16 centímetros,

medidos entre nós opostos.

Foi empregado esforço amostral de 760 metros lineares no total por ponto de

amostragem, 20 metros para as malhas 3, 4 e 5 e 100 metros para as demais. As redes foram

armadas à tarde e retiradas na manhã seguinte, permanecendo aproximadamente 14 horas de

exposição (Foto 5).

Page 14: USINA HIDRELÉTRICA EMBORCAÇÃO - cemig.com.br · monitoramento da ictiofauna uhe emborcaÇÃo 2009 1 relatÓrio anual monitoramento da ictiofauna usina hidrelÉtrica emborcaÇÃo

MONITORAMENTO DA ICTIOFAUNA

UHE EMBORCAÇÃO 2009

14

Foto 5: Rede de emalhar sendo retirada – Ponto EMB02

Fonte: Água e Terra Planejamento

5.2.3. Capturas qualitativas

Para as amostragens qualitativas, foram utilizados os seguintes petrechos: rede de

arrasto, anzóis, espinheis e tarrafas.

5.2.4. Acondicionamento e transporte

Os indivíduos capturados foram acondicionados em sacos plásticos etiquetados e

separados por ponto amostral, material de pesca e tamanho de malha. Em campo os

exemplares coletados foram fixados em solução de formol 10% e acondicionados em

bombona plástica.

5.3. Análise do material

Em laboratório, os peixes foram lavados e conservados em solução de álcool etílico a

70° GL.

Em seguida, procedeu-se a triagem, etiquetação, identificação taxonômica, obtenção

do diagnóstico definitivo do sexo e de maturação gonadal e dos dados relacionados à

biometria (peso corporal em gramas e comprimento corporal padrão, em mm).

Page 15: USINA HIDRELÉTRICA EMBORCAÇÃO - cemig.com.br · monitoramento da ictiofauna uhe emborcaÇÃo 2009 1 relatÓrio anual monitoramento da ictiofauna usina hidrelÉtrica emborcaÇÃo

MONITORAMENTO DA ICTIOFAUNA

UHE EMBORCAÇÃO 2009

15

5.4. Apresentação dos dados

5.4.1. Abundância

Foram apresentadas as abundâncias absolutas, relativas e total para as espécies

encontradas nessa campanha de amostragem.

Na abundância absoluta foi considerada a quantidade de indivíduos encontrados por

espécie e na abundância relativa, a relação entre a abundância absoluta da espécie e

abundância total de todos os indivíduos coletados na amostragem.

5.4.2. Análise de captura por unidade de esforço (CPUE) em número e biomassa

A produtividade em número e biomassa foi estimada através da captura por unidade de

esforço (CPUE), com base nos dados obtidos através das redes de espera. O cálculo da CPUE

foi efetuado através das seguintes equações:

16

CPUE (n) = ∑ (Nm / EPm )x100

m=3

e,

16

CPUE (b) = ∑ (Bm / EPm )x100

m=3

Onde:

CPUEn = captura em número por unidade de esforço;

CPUEb = captura em biomassa (peso corporal) por unidade de esforço;

Nm = número total dos peixes capturados na malha m;

Bm = biomassa total capturada na malha m (em kg);

EPm = esforço de pesca, que representa a área em m2 das redes de malha m;

m = tamanho da malha (3, 4, 5, 6, 7, 8, 10, 12, 14 e 16 cm).

Page 16: USINA HIDRELÉTRICA EMBORCAÇÃO - cemig.com.br · monitoramento da ictiofauna uhe emborcaÇÃo 2009 1 relatÓrio anual monitoramento da ictiofauna usina hidrelÉtrica emborcaÇÃo

MONITORAMENTO DA ICTIOFAUNA

UHE EMBORCAÇÃO 2009

16

5.4.3. Análise dos estágios de maturação gonadal

Durante a avaliação da atividade reprodutiva, os peixes foram submetidos à incisão

ventral para determinação do sexo e do diagnóstico macroscópico de maturação gonadal. Para

os diagnósticos duvidosos, foram coletados fragmentos de uma das gônadas, os quais foram

fixados em líquido de Bouin e conservados em álcool 70º GL, por 24 horas, para posterior

processamento histológico.

Esta análise baseou-se principalmente no volume relativo da gônada na cavidade

abdominal, integridade da rede sanguínea (machos e fêmeas), presença e tamanho dos

diversos tipos de ovócitos (ovócitos I, II, III e IV) e integridade das lamelas ovarianas

(VAZZOLER et al, 1996; VONO et al, 2002).

Foram considerados os seguintes estádios de maturação, seguindo-se as características

propostas por Vono et al. (2002), com algumas adaptações:

• Repouso – 1: ovários delgados e íntegros, translúcidos, sem ovócitos visíveis a olho

nu; testículos delgados e íntegros, predominantemente hialinos;

• Maturação inicial – 2A: ovários com discreto aumento de volume e poucos ovócitos

vitelogênicos (ovócitos II, III e IV) evidentes; testículos com discreto aumento de

volume e com aparência leitosa;

• Maturação intermediária – 2B: ovários com maior aumento de volume, grande

número de ovócitos IV evidentes, porém ainda com áreas a serem preenchidas;

testículos com maior aumento de volume, leitosos;

• Maturação avançada – 2C: ovários com aumento máximo de volume, ovócitos

vitelogênicos distribuídos uniformemente; testículos com aumento máximo de

volume, túrgidos, leitosos;

• Desova/Espermiação - 3

• Esgotado (desovado ou espermiado) – 4: ovários flácidos e sanguinolentos, com

número variável de ovócitos vitelogênicos remanescentes; testículos flácidos e

sanguinolentos.

Page 17: USINA HIDRELÉTRICA EMBORCAÇÃO - cemig.com.br · monitoramento da ictiofauna uhe emborcaÇÃo 2009 1 relatÓrio anual monitoramento da ictiofauna usina hidrelÉtrica emborcaÇÃo

MONITORAMENTO DA ICTIOFAUNA

UHE EMBORCAÇÃO 2009

17

5.4.4. Diversidade ictiofaunísica (H’) e Equitabilidade

Para o cálculo da diversidade de espécies foram empregados os dados quantitativos

obtidos através das capturas com redes de malhas (CPUE). Utilizou-se o índice de diversidade

de Shannon-Weaver (MAGURRAN, 1991), descrito pela equação: S

H' = - ∑ (π) x (logn π), onde:

i = 1

Onde:

S = número total de espécies na amostra;

i = espécie 1, 2, 3... i na amostra;

π = proporção do número de indivíduos da espécie i na amostra, através da CPUE em número.

A equitabilidade (E) de distribuição das capturas pelas espécies, estimada para cada

período de captura, foi calculada através da equação de Pielou (1975).

E = H’ / log N

Onde:

H’ = Índice de Diversidade de Shannon;

N = número de espécies.

Os valores da diversidade e da equitabilidade foram calculados para cada uma das

estações de coleta separadamente.

5.4.5. Análise de Similaridade

As composições das comunidades dos diferentes pontos de coletas foram comparadas

através do Índice de Similaridade de Sorensen (MAGURRAM, 1991) utilizando a seguinte

fórmula através do Programa BiodiversityPro:

IS = 2j / (a+b)

Page 18: USINA HIDRELÉTRICA EMBORCAÇÃO - cemig.com.br · monitoramento da ictiofauna uhe emborcaÇÃo 2009 1 relatÓrio anual monitoramento da ictiofauna usina hidrelÉtrica emborcaÇÃo

MONITORAMENTO DA ICTIOFAUNA

UHE EMBORCAÇÃO 2009

18

Onde:

IS = Índice de similaridade;

j = número de espécies em comum;

a + b = número de espécies em dois pontos.

5.4.6. Monitoramento da pesca profissional no reservatório

Realizaram-se inspeções no reservatório e em seu entorno visando à identificação de

atividade de pesca profissional como a presença de embarcações, concentração de pescadores

e locais de comercialização de pescado. Obtiveram-se ainda informações sobre esta atividade

junto ao Destacamento da Polícia Ambiental do município de Araguari e IEF’s da região.

5.4.7. Equipe executora dos trabalhos

Todas as etapas supracitadas foram realizadas pela seguinte equipe técnica:

Tabela 2: Equipe técnica responsável pela realização dos trabalhos

Nome Formação Função

Adriane Fernandes Ribeiro Bióloga Biometria / Análise gonadal / Elaboração de Relatório

Erika Fernandes Araújo Vita Bióloga Biometria / Análise gonadal / Elaboração de Relatório

Fernando Apone Biólogo Taxonomia / Análise gonadal

Marcel Cavallaro Biólogo Taxonomia / Análise gonadal

Murilo Carvalho Biólogo Taxonomia / Análise gonadal

Regina Célia Gonçalves Bióloga Biometria / Análise gonadal / Elaboração de Relatório

Rubens Pádua de Melo Neto Biólogo Coleta

Saulo Gonçalves Pereira Biólogo Coleta

Ubaldo José Magalhães - Arraiz / Aquaviário

Page 19: USINA HIDRELÉTRICA EMBORCAÇÃO - cemig.com.br · monitoramento da ictiofauna uhe emborcaÇÃo 2009 1 relatÓrio anual monitoramento da ictiofauna usina hidrelÉtrica emborcaÇÃo

MONITORAMENTO DA ICTIOFAUNA

UHE EMBORCAÇÃO 2009

19

6. RESULTADOS

6.1. Condições climáticas

As coletas foram realizadas no período de 09 a 12 de agosto/2009 e as condições

climáticas observadas neste período estão representadas na Tabela 3.

Tabela 3: Condições climáticas por ponto de amostragem.

Ponto

Condições climáticas

Observações

EMB-01

Ensolarado. Presença de mata ciliar pouco representativa em mosaicos. Rio com bastante correnteza e pedras no leito. Água turva, presença de muitos ranchos na margem direita, atividade agropecuária, pesca predatória e amadora.

EMB-02

Nublado com chuva e ventos

fortes.

Ausência de mata ciliar e lago apresentando muita marola. Presença de animais (capivara) na região de entorno do ponto de amostragem, bem como atividadade pesqueira.

EMB-03

Ensolarado com presença de

nuvens.

Ausência de mata ciliar presente. Leito rochoso com grande profundidade, água limpa e muita marola. Presença de animais e fezes no entorno da área amostrada (capivara).

EMB-04

Ensolarado. Presença de mata ciliar em processo de sucessão. Leito aparentemente rochoso e água bastante límpida. Local bastante freqüentado por pescadores. Foram observadas no local, muitas redes armadas e abandonadas. Presença de animais e fezes no entorno da região (capivara, aves e lontra).

Fonte: Amostragem Setembro/2009 – Água e Terra Planejamento Ambiental

A tabela a seguir, contém as datas e horários em que as redes de emalhar foram

colocadas e retiradas em cada um dos pontos amostragem.

Tabela 4: Dados referentes à retirada e colocação das redes de emalhar

Pontos

Setembro/2009

Colocação Retirada

Data Hora Data Hora

EMB-01 11/09 17h20min 12/09 07h30min

EMB-02 09/09 17h00min 10/09 07h00min

EMB-03 10/09 17h30min 11/09 08h50min

EMB-04 10/09 16h40min 11/09 07h10min

Fonte: Amostragem Setembro/2009 – Água e Terra Planejamento Ambiental

Page 20: USINA HIDRELÉTRICA EMBORCAÇÃO - cemig.com.br · monitoramento da ictiofauna uhe emborcaÇÃo 2009 1 relatÓrio anual monitoramento da ictiofauna usina hidrelÉtrica emborcaÇÃo

MONITORAMENTO DA ICTIOFAUNA

UHE EMBORCAÇÃO 2009

20

6.2. Composição ictiofaunística

Durante esta campanha de amostragem, foram coletados 220 (duzentos e vinte)

indivíduos distribuídos em 21 (vinte e uma) espécies, 10 (dez) famílias e 4 (quatro) ordens.

Na tabela a seguir são apresentadas as espécies capturadas nesse monitoramento, bem como a

composição de cada um dos pontos.

Tabela 5: Espécies encontradas no monitoramento realizado em 2009.

Ordem Família Espécie Nome comum EMB-01 EMB-02 EMB-03 EMB-04

Characiformes

Anostomidae

Leporinus cf. elongatus piau verdadeiro 1 - - -

Leporinus friderici piau-três-pintas - 12 1 13

Leporinus obtusidens piapara 1 - - -

Leporinus octofasciatus flamenguinho - - 4 -

Schizodon nasutus campineiro 13 9 3 1

Charadae

Astyanax altiparanae lambari-do-rabo-amarelo 4 1 - -

Metynnis cf. maculatus pacu prata/pacuzinho - - - 1

Serrasalmus cf. maculatus piranha - - 9 11

Curimatidae Galeocharax knerii cigarra/peixe-cadela 2 - - -

Steindachnerina insculpta saguiru do rabo amarelo 3 - - -

Erythrinidae Hoplias intermedius traíra 1 - 1 4

Prochilodontidae Prochilodus lineatus curimbatá 2 - - -

Gymnotiformes Sternopygidae Eigenmannia cf. virescens tuvira/sarapó - - 1 -

Perciformes Cichlidae Cichla cf. piquiti tucunaré azul - - 4 -

Satanoperca sp. acará - - - 3

Siluriformes

Doradidae Rhinodoras dorbignyi abotoado 6 1 - -

Loricariidae

Hypostomus cf. paulinus cascudo 3 - - -

Hypostomus cf. margaritifer cascudo 14 1 - -

Hypostomus cf. regani cascudo 25 - - -

Pimelodidae Pimelodus maculatus mandi 5 43 12

Pirinampus pirinampus barbado 1 2 1 1

Número de indivíduos 80 69 24 46

Número de espécies 14 7 8 8

Fonte: Amostragem Setembro/2009 – Água e Terra Planejamento Ambiental A seguir, fotos de algumas espécies capturadas durante essa campanha.

Page 21: USINA HIDRELÉTRICA EMBORCAÇÃO - cemig.com.br · monitoramento da ictiofauna uhe emborcaÇÃo 2009 1 relatÓrio anual monitoramento da ictiofauna usina hidrelÉtrica emborcaÇÃo

MONITORAMENTO DA ICTIOFAUNA

UHE EMBORCAÇÃO 2009

21

Foto 6: Astyanax altiparanae (lambari do rabo

amarelo)

Fonte: Água e Terra Planejamento

Foto 7: Cichla cf. piquiti (tucunaré azul)

Fonte: Água e Terra Planejamento

Foto 8: Galeocharax knerii (peixe cadela)

Fonte: Água e Terra Planejamento

Foto 9: Pimelodus maculatus (mandi).

Fonte: Água e Terra Planejamento

Foto 10: Leporinus cf. octofasciatus (flamenguinho).

Fonte: Água e Terra Planejamento

Foto 11: Leporinus cf. friderici (piau três pintas)

Fonte: Água e Terra Planejamento

Page 22: USINA HIDRELÉTRICA EMBORCAÇÃO - cemig.com.br · monitoramento da ictiofauna uhe emborcaÇÃo 2009 1 relatÓrio anual monitoramento da ictiofauna usina hidrelÉtrica emborcaÇÃo

MONITORAMENTO DA ICTIOFAUNA

UHE EMBORCAÇÃO 2009

22

Foto 12: Hypostomus sp. (cascudo)

Fonte: Água e Terra Planejamento

Foto 13: Rhinodora dorbignyi (abotoado)

Fonte: Água e Terra Planejamento

Foto 14: Serrasalmus cf. maculatus (piranha)

Fonte: Água e Terra Planejamento

Nos gráficos a seguir, é apresentada a composição ictiofaunística de cada um dos pontos

amostrados.

Page 23: USINA HIDRELÉTRICA EMBORCAÇÃO - cemig.com.br · monitoramento da ictiofauna uhe emborcaÇÃo 2009 1 relatÓrio anual monitoramento da ictiofauna usina hidrelÉtrica emborcaÇÃo

MONITORAMENTO DA ICTIOFAUNA

UHE EMBORCAÇÃO 2009

23

Gráfico 1: Composiçaõ Ictiofaunísitca do ponto EMB01

Fonte: Amostragem Setembro/2009 – Água e Terra Planejamento Ambiental

Gráfico 2: Composição ictiofaunística do ponto EMB02

Fonte: Amostragem Setembro/2009 – Água e Terra Planejamento Ambiental

Page 24: USINA HIDRELÉTRICA EMBORCAÇÃO - cemig.com.br · monitoramento da ictiofauna uhe emborcaÇÃo 2009 1 relatÓrio anual monitoramento da ictiofauna usina hidrelÉtrica emborcaÇÃo

MONITORAMENTO DA ICTIOFAUNA

UHE EMBORCAÇÃO 2009

24

Gráfico 3: Composição ictiofaunística do ponto EMB03.

Fonte: Amostragem Setembro/2009 – Água e Terra Planejamento Ambiental

Gráfico 4: Composição ictiofaunística do ponto EMB04.

Fonte: Amostragem Setembro/2009 – Água e Terra Planejamento Ambiental

Page 25: USINA HIDRELÉTRICA EMBORCAÇÃO - cemig.com.br · monitoramento da ictiofauna uhe emborcaÇÃo 2009 1 relatÓrio anual monitoramento da ictiofauna usina hidrelÉtrica emborcaÇÃo

MONITORAMENTO DA ICTIOFAUNA

UHE EMBORCAÇÃO 2009

25

De acordo com os dados anteriormente apresentados, verificou-se que apenas as espécies

Schizodon nasustus (timburé) e Pimelodus maculatus (mandi amarelo) estiveram presentes em

todos os pontos de amostragem.

Considerando-se os dados obtidos em amostragens anteriores, verificou-se que, em 2008, as

espécies Leporinus friderici (piau três pintas), Schizodon nasustus (timburé), Serrasalmus cf.

maculatus (piranha) e Pimelodus maculatus (mandi amarelo) foram comuns a todas as estações de

amostragem; enquanto que em 2007, apenas Pinirampus pirinampu (mandi-alumínio) e Pimelodus

maculatus (mandi-amarelo) foram encontradas nos quatro pontos.

6.3. Autoecologia das espécies amostradas

A seguir, são feitos comentários sobre as preferências ecológicas, dieta e

comportamento das espécies encontradas durante o levantamento de campo.

Astyanax altiparanae (Lambari do rabo amarelo)

Os peixes da espécie neotropical Astyanax altiparanae, conhecida popularmente como

lambari-de-rabo-amarelo, apresentam uma distribuição ampla na bacia do alto rio Paraná, o

que provavelmente ressalta a importância desta espécie para este ecossistema. A. altiparanae

apresenta uma grande capacidade de ajuste às condições ambientais diferenciadas, porém com

certos limites às questões físicas destes ambientes (GALINDO et al., 2008).

Esta espécie é caracterizada por apresentar peixe de pequeno porte, atingindo cerca de

10 cm de comprimento e peso de até 40 gramas. É encontrado em uma grande variedade de

ambientes, como cabeceiras de riachos, rios, lagos e brejos. Muito ativo, move-se em

cardumes e pode realizar curtas migrações ascendentes na época das cheias, o que lhe

proporciona o estímulo necessário para a reprodução.

Sua atividade reprodutiva inicia-se a partir dos 5 cm de comprimento. Em alguns

cursos d’água, pode se reproduzir durante todo o ano. Alimenta-se de algas, vegetais

superiores, larvas e insetos adultos. É considerada uma espécie forrageira (CEMIG, 2000).

Cichla cf. piquiti (Tucunaré azul)

Tem hábitos diurnos, não realizam migrações, vivem em lagos e lagoas, na mata

inundada e na boca do remanso dos rios. Como espécie exótica, as espécies apresentam alta

capacidade de adaptação nos sistemas lênticos originados pelo represamento da água por

Page 26: USINA HIDRELÉTRICA EMBORCAÇÃO - cemig.com.br · monitoramento da ictiofauna uhe emborcaÇÃo 2009 1 relatÓrio anual monitoramento da ictiofauna usina hidrelÉtrica emborcaÇÃo

MONITORAMENTO DA ICTIOFAUNA

UHE EMBORCAÇÃO 2009

26

barragens hidrelétricas, exercendo importante papel na regulação e limitação de outros

organismos aquáticos (CAIRES, 2008). São carnívoros e alimentam-se preferencialmente de

peixes e camarões. Formam casais e cuidam da prole. Após iniciarem um ataque, não

desistem até conseguirem capturar as presas. (PNDPA, 2008).

Possui sua distribuição geográfica nas Bacias Amazônica e Tocantins-Araguaia, e

foram introduzidos em reservatórios da bacia do Paraná, Pantanal, São Francisco e açudes do

Nordeste.

Eigenmannia virescens (Tuvira / Sarapó)

Espécie de ampla distribuição geográfica, formando grupos gregários junto à

vegetação marginal ou flutuante. São peixes de hábito tipicamente noturnos, alimentando-se

principalmente de insetos autóctones. São poucos os trabalhos envolvendo aspectos

reprodutivos desta espécie, sabe-se que o período reprodutivo é compreendido de agosto a

janeiro. Espécie não migradora, com fecundação externa e provavelmente cuidada parental

(BRITTO, 2003).

Galeocharax knerii (Cigarra / Peixe cadela)

Espécie encontrada na América do Sul. Alimenta-se basicamente de peixes e insetos, e

é considerada bentopelágica. Seu tamanho máximo é de, aproximadamente, 24 cm. Possui

hábitos crepusculares. (CEMIG, 2000, NETO et al., 1998). Espécie não migradora, com

fecundação externa, sem cuidado parental (BRITTO, 2003).

Hoplias intermedius (Traíra)

Hoplias intermedius tem como distribuição geográfica as bacias do rio São Francisco e

do rio Paraná, incluindo os rios Grande, Paranaíba e Piquiri. Também ocorre nos afluentes do

rio Doce, em Minas Gerais

Esta espécie habita os canais principais dos rios e lagoas marginais (VIEIRA et al.,

2005). Os juvenis são capturados, geralmente, em lagos de várzea (MESCHIATTI et al.,

2000). É uma espécie comum em reservatórios e apresenta grande importância econômica

(ALVES & POMPEU, 2001). Seu hábito piscívoro (ALVIM & PERET, 2004) torna-o

vulnerável a bioacumulação de mercúrio.

Page 27: USINA HIDRELÉTRICA EMBORCAÇÃO - cemig.com.br · monitoramento da ictiofauna uhe emborcaÇÃo 2009 1 relatÓrio anual monitoramento da ictiofauna usina hidrelÉtrica emborcaÇÃo

MONITORAMENTO DA ICTIOFAUNA

UHE EMBORCAÇÃO 2009

27

Hypostomus sp. (Cascudo)

O número de espécies do gênero Hypostomus é grande e a sua sistemática é bastante

confusa. Dependendo da espécie, pode ser de pequeno ou médio porte. Os cascudos

apresentam desenvolvimento lento. No período reprodutivo, a fêmea chega a depositar cerca

de 3000 ovos que, em geral, são postos em locas vigiadas pelos machos. Vivem no fundo dos

corpos d’água e alimentam-se de algas do perifíton e detritos (CEMIG, 2000).

Segundo Manna e colaboradores (2007), existem alguns estudos sobre a alimentação

desse grupo, onde se destaca a presença de detritos ou sedimento como item principal na sua

dieta, Alvim (1999) classifica esse grupo como iliófoga. São considerados reofílicos.

Leporinus sp. (Piau)

O gênero Leporinus compreende um grande número de espécies de status taxonômico

incerto. Em geral, o gênero compreende espécies de piracema, sendo algumas migradoras

facultativas, e outras desovam em ambientes lênticos. São classificados generalizadamente

como onívoros pela maioria dos autores devido à grande diversidade de itens presentes em

suas dietas, no entanto, o grau de especialização alimentar varia bastante entre as espécies. Os

animais deste gênero são considerados reofílicos. (DURÃES, 2001).

Leporinus friderici (Piau três pintas)

Espécie onívora, com tendência a carnívora (principalmente insetos) ou frugívora

(frutos e sementes pequenas), dependendo da oferta de nutrientes. Vive preferencialmente na

margem dos rios, lagos e na floresta inundada. Realiza migração reprodutiva a partir de

setembro. É importante para a pesca de subsistência e para o comércio local.

Têm sua distribuição geográfica nas Bacias Amazônica, Araguia-Tocantins, Paraguai,

Paraná e Uruguai. (PNDPA, 2008).

Metynnis sp. (Pacu prata)

O gênero Metynnis encontra-se distribuído nas Bacias Amazônica, Araguaia-

Tocantins, Prata e São Francisco, onde algumas espécies serão encontradas em rios, lagos e

igapós, e outras em corredeiras, alimentando-se de frutos, sementes, algas e também de

crustáceos e moluscos (JÉGU, 2003). Atualmente, 14 espécies válidas são reconhecidas

dentro do gênero (ZARSKE & GÉRY, 2008).

Pertencente à subfamília Myleinae possui corpo alto e comprimido; os dentes são

incisiformes, truncados, molariformes ou cônicos e se dispõem em duas séries no pré-maxilar

Page 28: USINA HIDRELÉTRICA EMBORCAÇÃO - cemig.com.br · monitoramento da ictiofauna uhe emborcaÇÃo 2009 1 relatÓrio anual monitoramento da ictiofauna usina hidrelÉtrica emborcaÇÃo

MONITORAMENTO DA ICTIOFAUNA

UHE EMBORCAÇÃO 2009

28

e dentário, dentes estes que lhe conferem habilidade para cortar partes de vegetais e mesmo

esmagar frutos e sementes. Os representantes deste gênero, geralmente são encontrados em

maior abundância durante as cheias, em corixos, corpos d’água que possuem leito próprio e

muitas vezes, vegetação ciliar mais desenvolvida (REZENDE & PEREIRA, 1998).

Pimelodus maculatus (Mandi)

O mandi-amarelo, espécie de ampla distribuição geográfica e de grandes variações

cromáticas e até estruturais. Pode ser encontrado na Amazônia, Guianas, Venezuela, Peru,

Bolívia, Paraguai, Argentina, Bacia do Paraná, do Prata, Rio Uruguai e Rio Iguaçu.

É uma espécie abundante e importante na pesca comercial, com ótima aceitação pelo

mercado consumidor. De hábito alimentar onívoro com tendência à ictiofagia, o mandi-

amarelo apresenta ampla plasticidade da dieta. Reproduz-se durante a enchente, entre os

meses de novembro a março (LUZ & ZANIBONI FILHO, 2004).

Pinirampus pirinampus (Barbado)

Espécie comum ao longo dos rios é uma espécie importante para a pesca de

subsistência. Inclui vários itens na sua dieta alimentar, mas costuma ser piscívoro. É um peixe

muito voraz, sua distribuição geográfica se dá nas bacias Amazônica, Tocantins-Araguaia e

Prata. (PNDPA, 2008).

Prochilodus lineatus (Curimbatá)

Os proquilodontídeos são considerados peixes de elevada importância pesqueira em

regiões de influência de grandes rios. Todas as espécies de Prochilodus se alimentam de lodo

acumulado no fundo dos rios, possuindo para esta dieta uma série de adaptações, como uma

boca suctorial e um longo tubo digestivo. Adultos formam grandes cardumes que se

movimentam na parte central de grandes rios, próximos ao fundo, e jovens, freqüentemente,

abundam em lagoas ao longo das margens dos rios. A espécie apresenta potencial pesqueiro,

desova entre os meses de outubro e março, e também são conhecidos pelos grandes

deslocamentos migratórios reprodutivos, realizando para isso, grandes saltos, vencendo

obstáculos e a correnteza ((BERTOLETTI, 1985; SILVA et al., 2008).

Rhinodoras dorbignyi (Abotoado)

Peixe de médio porte, alcança cerca de 40 cm de comprimento quando adulto. Esta

espécie pertence à família Doradidae e é caracterizada pela presença de uma série de placas

Page 29: USINA HIDRELÉTRICA EMBORCAÇÃO - cemig.com.br · monitoramento da ictiofauna uhe emborcaÇÃo 2009 1 relatÓrio anual monitoramento da ictiofauna usina hidrelÉtrica emborcaÇÃo

MONITORAMENTO DA ICTIOFAUNA

UHE EMBORCAÇÃO 2009

29

óssea de cada lado do corpo, ao longo da linha lateral, cada uma terminando num espinho e

formando, em conjunto, uma serra lateral. O corpo é castanho-claro esbranquiçado, com

manchas castanho-escuras regularmente distribuídas. A reprodução ocorre, normalmente, na

primavera e no verão (CEMIG,2000).

Satanoperca sp. (Acará)

Gênero amplamente distribuído em águas continentais do Brasil, Bolívia e Paraguai

(KULLANDER, 2003). Explora o fundo para obter alimento, altera seu hábito alimentar ao

longo de seu desenvolvimento ontogenético e seus padrões morfológicos (alométricos) estão

relacionados ao hábito alimentar. Pode ser considerada uma espécie generalista

trófica.(CASSEMIRO, 2006).

Schizodon nasutus (Campineiro)

Peixe herbívoro, alimenta-se principalmente de macrófitas em decomposição, algas

filamentosas, sementes e raízes. Este peixe empreende migrações reprodutivas, desovando

entre fins de novembro e começo de janeiro, ou seja, durante o verão. É capturado junto à

vegetação marginal, provável sítio alimentar. Possui fecundação externa, sem cuidado

parental (BRITTO, 2003).

Serrasalmus cf. maculatus (Piranha)

Os serrasalmídeos, excluindo os pacus e o tambaqui, são popularmente conhecidos

como piranhas ou pirambebas, são predadores e se alimentam, principalmente, de pedaços de

nadadeiras, escamas e outras partes do corpo de suas presas (NORTHCOTE et al., 1986;

POMPEU, 1999; AGOSTINHO & MARQUES, 2001; POMPEU & GODINHO, 2003;

COSTA et al., 2005), sendo os únicos capazes de arrancar pedaços de suas presas com seus

dentes cortantes (BRITSKI et al., 1984). São gregárias, habitantes de ambientes lênticos, onde

se reproduzem, com cuidado parental (GODINHO & GODINHO, 2003)

Steindachnerina insculpta (Saguiru do rabo amarelo)

Espécie algívora e detritívora na fase adulta, se alimentando de zooplâncton nos

primeiros 30 a 50 dias de vida, quando possuí dentes larvais. Apresenta reprodução entre os

meses de agosto e fevereiro, mas fêmeas maduras podem ser encontradas ao longo de

praticamente todo o ano, com raras exceções, nos meses muito secos. Apresenta-se

amplamente distribuída nas bacias costeiras, da Bahia a São Paulo, em rios de médio e grande

Page 30: USINA HIDRELÉTRICA EMBORCAÇÃO - cemig.com.br · monitoramento da ictiofauna uhe emborcaÇÃo 2009 1 relatÓrio anual monitoramento da ictiofauna usina hidrelÉtrica emborcaÇÃo

MONITORAMENTO DA ICTIOFAUNA

UHE EMBORCAÇÃO 2009

30

porte, com preferência por ambientes lênticos. Não apresenta carne de grande aceitação,

devido ao hábito iliófago (BRITTO, 2003).

6.4. Abundância

De acordo com Lowe-McConnell (1999), a dominância de Ostariophysi é comum em

rios neotropicais. A superordem Ostariophysi é composta por cinco ordens, a saber:

Characiformes, Siluriformes, Gymnotiformes, Cyprinoformes e Gonorynchiformes.

Nesta campanha, este grupo também apresentou dominância, uma vez que

correspondeu a 97% do total dos indivíduos, sendo que a ordem Siluriformes foi dominante,

uma vez que correspondeu a 52% do total amostrado (GRÁFICO 05).

Gráfico 5: Abundância relativa das ordens de peixes coletados na UHE Emborcação.

Fonte: Amostragem Setembro/2009 – Água e Terra Planejamento Ambiental

Conforme observado no gráfico a seguir, nesta amostragem, Pimelodidae foi a família

predominante, com 65 (sessenta e cinco) indivíduos capturados, correspondendo a 30% do

total. Em 2008, a família Loricariidae apresentou-se como a mais abundante, com 28,94% dos

indivíduos amostrados.

Page 31: USINA HIDRELÉTRICA EMBORCAÇÃO - cemig.com.br · monitoramento da ictiofauna uhe emborcaÇÃo 2009 1 relatÓrio anual monitoramento da ictiofauna usina hidrelÉtrica emborcaÇÃo

MONITORAMENTO DA ICTIOFAUNA

UHE EMBORCAÇÃO 2009

31

Gráfico 6: Abundância absoluta das famílias de peixes encontradas na UHE Emborcação.

Fonte: Amostragem Setembro/2009 – Água e Terra Planejamento Ambiental

Em relação à abundância relativa e absoluta de cada uma das espécies capturadas,

os resultados obtidos nesta campanha estão representados na Tabela 6.

Tabela 6: Abundâncias absoluta e relativa das espécies amostradas na UHE Emborcação.

Ordem Família Espécie Nome comum Abundância absoluta

Abundância relativa

Characiformes

Anostomidae

Leporinus cf. elongatus piau verdadeiro 1 0,004

Leporinus friderici piau-três-pintas 26 0,119

Leporinus obtusidens piapara 1 0,004

Leporinus octofasciatus flamenguinho 4 0,018

Schizodon nasutus campineiro 26 0,119

Charadae

Astyanax altiparanae lambari-do-rabo-amarelo 5 0,023

Metynnis cf. maculatus pacu prata/pacuzinho 1 0,004

Serrasalmus cf. maculatus piranha 20 0,091

Curimatidae Galeocharax knerii cigarra/peixe-cadela 2 0,009

Steindachnerina insculpta saguiru do rabo amarelo 3 0,014

Erythrinidae Hoplias intermedius traíra 6 0,027

Prochilodontidae Prochilodus lineatus curimbatá 2 0,009

Gymnotiformes Sternopygidae Eigenmannia cf. virescens tuvira/sarapó 1 0,004

Perciformes Cichlidae Cichla cf. piquiti tucunaré azul 4 0,018

Satanoperca sp. acará 3 0,014

Siluriformes

Doradidae Rhinodoras dorbigny abotoado 7 0,032

Loricariidae

Hypostomus cf. paulinus cascudo 3 0,014

Hypostomus cf. margaritifer cascudo 15 0,068

Hypostomus cf. regani cascudo 25 0,114

Pimelodidae Pimelodus maculatus mandi 61 0,277

Pirinampus pirinampus barbado 4 0,018

Número de indivíduos 220 1

Fonte: Amostragem Setembro/2009 – Água e Terra Planejamento Ambiental

Page 32: USINA HIDRELÉTRICA EMBORCAÇÃO - cemig.com.br · monitoramento da ictiofauna uhe emborcaÇÃo 2009 1 relatÓrio anual monitoramento da ictiofauna usina hidrelÉtrica emborcaÇÃo

MONITORAMENTO DA ICTIOFAUNA

UHE EMBORCAÇÃO 2009

32

Gráfico 7: Abundância das espécies encontradas na UHE Emborcação.

Fonte: Amostragem Setembro/2009 – Água e Terra Planejamento Ambiental

Page 33: USINA HIDRELÉTRICA EMBORCAÇÃO - cemig.com.br · monitoramento da ictiofauna uhe emborcaÇÃo 2009 1 relatÓrio anual monitoramento da ictiofauna usina hidrelÉtrica emborcaÇÃo

MONITORAMENTO DA ICTIOFAUNA

UHE EMBORCAÇÃO 2009

33

A espécie mais abundante durante esta campanha foi Pimelodus maculatus (mandi

amarelo) com 61 (sessenta e um) indivíduos coletados, perfazendo aproximadamente

27,73% do total amostrada. Essa espécie também foi a mais abundante no monitoramento

realizado em 2008.

Em relação à abundância absoluta de cada ponto de amostragem, verificou-se que o

EMB-01 foi o mais abundante, apresentando 81 (oitenta e um) indivíduos capturados, seguido

pelo ponto EMB-02, com 69 (sessenta e nove) indivíduos (TABELA 7). Vale ressaltar que na

amostragem referente a 2008, o EMB-01 também foi o ponto mais abundante; enquanto que

em 2007, a maior abundância foi verificada no EMB-04.

Tabela 7: Abundância absoluta de cada um dos pontos de amostragem

Espécie Nome comum EMB-01 EMB-02 EMB-03 EMB-04

Leporinus cf. elongatus piau verdadeiro 1 - - -

Leporinus friderici piau-três-pintas - 12 1 13

Leporinus obtusidens piapara 1 - - -

Leporinus octofasciatus flamenguinho - - 4 -

Schizodon nasutus campineiro 13 9 3 1

Astyanax altiparanae lambari-do-rabo-amarelo 4 1 - -

Metynnis cf. maculatus pacu prata/pacuzinho - - - 1

Serrasalmus cf. maculatus piranha - - 9 11

Galeocharax knerii cigarra/peixe-cadela 2 - - -

Steindachnerina insculpta saguiru do rabo amarelo 3 - - -

Hoplias intermedius traíra 1 - 1 4

Prochilodus lineatus curimbatá 2 - - -

Eigenmannia cf. virescens tuvira/sarapó - - 1 -

Cichla cf. piquiti tucunaré azul - - 4 -

Satanoperca sp. acará - - - 3

Rhinodoras dorbigny abotoado 6 1 - -

Hypostomus cf. paulinus cascudo 3 - - -

Hypostomus cf. margaritifer cascudo 14 1 - -

Hypostomus cf. regani cascudo 25 - - -

Pimelodus maculatus mandi 5 43 1 12

Pirinampus pirinampus barbado 1 2 - 1

Total de indivíduos 81 69 24 46

Fonte: Amostragem Setembro/2009 – Água e Terra Planejamento Ambiental

Page 34: USINA HIDRELÉTRICA EMBORCAÇÃO - cemig.com.br · monitoramento da ictiofauna uhe emborcaÇÃo 2009 1 relatÓrio anual monitoramento da ictiofauna usina hidrelÉtrica emborcaÇÃo

MONITORAMENTO DA ICTIOFAUNA

UHE EMBORCAÇÃO 2009

34

No gráfico a seguir, é apresentada a abundância relativa dos pontos de amostragem.

Gráfico 8: Abundância relativa dos pontos de amostragem

Fonte: Amostragem Setembro/2009 – Água e Terra Planejamento Ambiental

6.5. Biometria

Considerando-se o comprimento corporal das espécies, verificou-se que o indivíduo

com maior comprimento corporal padrão coletado foi um espécime de Hoplias intermedius,

com 480 mm. Já um indivíduo de Astyanax altiparanae foi o menor espécime coletado,

apresentando um CP correspondente a 68 mm.

A seguir, tabela contendo o comprimento máximo e mínimo e a média de

comprimento das espécies capturadas.

Tabela 8: Comprimento corporal padrão máximo, mínimo, médio e desvio padrão

Espécie N CP máximo CP mínimo Média Desvio Padrão

Astyanax altiparanae 5 87 68 73,4 13,43

Cichla cf. piquiti 4 173 134 158,5 27,58

Eigenmannia cf. virescens 1 190 190 - - Galeocharax knerii 2 131 113 122 12,73

Hoplias intermedius 6 480 238 135 171,12

Hypostomus cf. margaritifer 15 185 96 331,67 62,93

Hypostomus cf. paulinus 3 139 131 151,07 5,66

Hypostomus cf. regani 25 210 112 160,64 69,3

Leporinus cf. elongatus 1 173 173 - - Leporinus friderici 26 270 120 201,54 106,07

Leporinus obtusidens 1 260 260 - -

Leporinus octofasciatus 4 203 161 180 29,7

Page 35: USINA HIDRELÉTRICA EMBORCAÇÃO - cemig.com.br · monitoramento da ictiofauna uhe emborcaÇÃo 2009 1 relatÓrio anual monitoramento da ictiofauna usina hidrelÉtrica emborcaÇÃo

MONITORAMENTO DA ICTIOFAUNA

UHE EMBORCAÇÃO 2009

35

Espécie N CP máximo CP mínimo Média Desvio Padrão

Metynnis cf. maculatus 1 87 87 - -

Pimelodus maculatus 61 277 123 202,62 108,89

Pirinampus pirinampus 4 460 179 294,25 198,7 Prochilodus lineatus 2 273 175 224 69,3

Rhinodoras dorbigny 7 162 97 138,14 45,96

Satanoperca sp. 3 123 117 119,67 4,24

Schizodon nasutus 26 346 123 214,15 157,68

Serrasalmus cf. maculatus 20 250 86 122,45 115,96

Steindachnerina insculpta 3 114 84 101 21,21 Fonte: Amostragem Setembro/2009 – Água e Terra Planejamento Ambiental

Considerando o comprimento padrão médio, a espécie Hypostomus cf. margaritifer foi

a que apresentou o maior comprimento padrão médio (331,67 mm), enquanto que Astyanax

altiparanae foi a espécie que apresentou a menor média, ou seja, 73,4 mm. No gráfico a

seguir, está representado o comprimento padrão médio das espécies amostradas.

Gráfico 9: Comprimento padrão médio das espécies amostradas (em mm).

Fonte: Amostragem Setembro/2009 – Água e Terra Planejamento Ambiental

Nesta campanha, foi coletado um total de 22.647,5 gramas em material ictiológico na

UHE Emborcação. A espécie com maior biomassa total coletada foi Pimelodus maculatus com

11.350,5 gramas, enquanto que Metynnis cf. maculatus foi a espécie que apresentou menor

biomassa total (30 gramas), sendo capturado apenas um indivíduo desta espécie.

Page 36: USINA HIDRELÉTRICA EMBORCAÇÃO - cemig.com.br · monitoramento da ictiofauna uhe emborcaÇÃo 2009 1 relatÓrio anual monitoramento da ictiofauna usina hidrelÉtrica emborcaÇÃo

MONITORAMENTO DA ICTIOFAUNA

UHE EMBORCAÇÃO 2009

36

Os resultados referentes à biomassa total, máxima e mínima, bem como a média e o

desvio padrão são apresentados na Tabela 9.

Tabela 9: Biomassa total, máxima, mínima e média das espécies coletadas.

Espécie N Bio. total Bio. máx. Bio. min. Bio. Média Desvio Padrão

Astyanax altiparanae 5 71,5 25,5 9,5 14,3 11,31

Cichla cf. piquiti 4 364,5 120 50,5 91,12 49,14

Eigenmannia cf. virescens 1 17,5 17,5 17,5 - -

Galeocharax knerii 2 58 35,5 22,5 29 9,19

Hoplias intermedius 6 5340 2421 282 890 1512,5

Hypostomus cf. margaritifer 15 1959,5 209 26,5 130,63 129,05

Hypostomus cf. paulinus 3 212 74 67,5 70,67 4,6

Hypostomus cf. regani 25 3455 286 26,5 138,2 183,49

Leporinus cf. elongatus 1 112,5 112,5 112,5 - -

Leporinus friderici 26 5869,5 445,5 40 225,75 286,73

Leporinus obtusidens 1 498,5 498,5 498,5 - -

Leporinus octofasciatus 4 575,5 195,5 101 143,87 66,82

Metynnis cf. maculatus 1 30 30 30 - -

Pimelodus maculatus 61 11.350,5 585,5 46,5 186,07 381,13

Pirinampus pirinampus 4 2490 1.866,5 74 622,5 1267,49

Prochilodus lineatus 2 642,5 562 80,5 321,25 340,47

Rhinodoras dorbigny 7 466 955 22,5 66,57 659,38

Satanoperca sp. 3 181,5 68 56,5 60,5 8,13

Schizodon nasutus 26 7092,5 986,5 38,5 272,79 670,34

Serrasalmus cf. maculatus 20 2265 795 23,5 113,25 545,53

Steindachnerina insculpta 3 92 40,5 17 30,67 16,62

Fonte: Amostragem Setembro/2009 – Água e Terra Planejamento Ambiental

O indivíduo com maior biomassa foi um espécime de Pinirampus pirinampus com

1.866,5 gramas. Já um indivíduo de Astyanas altiparanae foi o espécime coletado com menor

biomassa, apresentando apenas 9,5 gramas.

Considerando-se as biomassas médias, Hoplias intermedius apresentou a maior valor

médio, correspondendo a 890 gramas, enquanto que o menor resultado foi verificado em

Astyanax bimaculatus, uma vez que essa espécie apresentou média igual a 14,3 gramas,

conforme pode ser observado no gráfico que se segue:

Page 37: USINA HIDRELÉTRICA EMBORCAÇÃO - cemig.com.br · monitoramento da ictiofauna uhe emborcaÇÃo 2009 1 relatÓrio anual monitoramento da ictiofauna usina hidrelÉtrica emborcaÇÃo

MONITORAMENTO DA ICTIOFAUNA

UHE EMBORCAÇÃO 2009

37

Gráfico 10: Biomassa média das espécies amostradas

Fonte: Amostragem Setembro/2009 – Água e Terra Planejamento Ambiental

6.6. Análise de captura por unidade de esforço (CPUE) em número e biomassa

Diante da quantidade de indivíduos capturados, bem como de sua biomassa, foi

efetuado o cálculo das CPUEn e CPUEb. Para o cálculo da CPUE em número e biomassa,

foram considerados os dados apresentados na Tabela 10, a seguir. Cabe ressaltar que N

representa o número de indivíduos, capturado em cada rede de emalhar, e a biomassa foi

representada em quilogramas (kg).

Tabela 10: Dados utilizados para o cálculo da CPUEn e da CPUEb

Malhas EMB-01 EMB-02 EMB-03 EMB-04

N Biomassa (kg) N Biomassa (kg) N Biomassa (kg) N Biomassa (kg)

M3 8 0,200 5 0,952 17 1,206 10 1,678 M4 15 1,053 14 0,977 - - - - M5 6 0,464 10 1,507 - - - - M6 44 6,307 25 5,488 - - 15 4,174 M7 5 1,179 7 2,117 3 0,853 3 0,809 M8 3 0,437 7 3,423 - - - -

M10 - - - - 4 0,643 16 6,607 M12 - - - - 1 0,093 - - M14 - - - - - - 1 2,421 M16 - - - - - - 1 0,552

Fonte: Amostragem Setembro/2009 – Água e Terra Planejamento Ambiental (-) Não houve captura

Page 38: USINA HIDRELÉTRICA EMBORCAÇÃO - cemig.com.br · monitoramento da ictiofauna uhe emborcaÇÃo 2009 1 relatÓrio anual monitoramento da ictiofauna usina hidrelÉtrica emborcaÇÃo

MONITORAMENTO DA ICTIOFAUNA

UHE EMBORCAÇÃO 2009

38

Diante desses dados, efetuou-se o cálculo das capturas por unidade de esforço, em

termos de número e biomassa, onde foram obtidos os resultados apresentados nos gráficos a

seguir:

Gráfico 11: CPUEn dos pontos amostrados.

Fonte: Amostragem Setembro/2009 – Água e Terra Planejamento Ambiental

Em termos de número, verificou-se que nos pontos EMB-01 e EMB-02, o maior

sucesso de captura foi obtido na malha M4. Já nos pontos EMB-03 e EMB-04, a malha M3

foi a que apresentou a maior quantidade de indivíduos por metro quadrado de malha.

Com relação à biomassa, verificou-se que nos pontos EMB-01 a malha M6 foi a que

apresentou maior biomassa por metro quadrado de rede, enquanto que no ponto EMB-02, o

maior sucesso foi verificado na malha M5. Já para o ponto EMB-03 e EMB-04, o maior

sucesso de captura por biomassa foi verificado na malha M3, conforme pode ser observado no

gráfico a seguir:

Page 39: USINA HIDRELÉTRICA EMBORCAÇÃO - cemig.com.br · monitoramento da ictiofauna uhe emborcaÇÃo 2009 1 relatÓrio anual monitoramento da ictiofauna usina hidrelÉtrica emborcaÇÃo

MONITORAMENTO DA ICTIOFAUNA

UHE EMBORCAÇÃO 2009

39

Gráfico 12: CPUEb dos pontos amostrados

Fonte: Amostragem Setembro/2009 – Água e Terra Planejamento Ambiental

Diante desses resultados, pode-se afirmar que, em termos de quantidade, verificou-se o

predomínimo de indivíduos de pequeno porte, uma vez que os maiores valores de CPUEn

foram observados principalmente entre as redes de emalhar M3 a M6. No entanto, com

relação à biomassa, observou-se que as espécies de médio a grande porte encontradas, apesar

de estarem em menor quantidade, apresentaram biomassa bastante superior.

Quando considerados os dados obtidos em cada um dos pontos, como um todo, foram

encontrados os seguintes resultados:

Gráfico 13: CPUEn dos pontos amostrados

Fonte: Amostragem Setembro/2009 – Água e Terra Planejamento Ambiental

Page 40: USINA HIDRELÉTRICA EMBORCAÇÃO - cemig.com.br · monitoramento da ictiofauna uhe emborcaÇÃo 2009 1 relatÓrio anual monitoramento da ictiofauna usina hidrelÉtrica emborcaÇÃo

MONITORAMENTO DA ICTIOFAUNA

UHE EMBORCAÇÃO 2009

40

Gráfico 14: CPUEb dos pontos de amostragem

Fonte: Amostragem Setembro/2009 – Água e Terra Planejamento Ambiental

Em termos de número, o ponto EMB-01 apresentou o maior sucesso de captura,

enquanto que em termos de biomassa, esse sucesso foi verificado no ponto EMB-02.

6.7. Avaliação dos estágios de desenvolvimento gonadal

Com relação à atividade reprodutiva, é importante ressaltar que os indivíduos

mantidos inteiros não foram considerados. Nesta campanha foram mantidos inteiros 46

(quarenta e seis) peixes.

A distribuição dos sexos dos indivíduos amostrados está representada na tabela e

gráfico a seguir.

Tabela 11: Distribuição dos sexos, nas espécies capturadas

Espécie Macho Fêmea Juvenil N.I. Inteiro Total Astyanax altiparanae 3 2 - - - 5

Cichla cf. piquiti 2 - - - 2 4 Eigenmannia cf. virescens - - - - 1 1

Galeocharax knerii 1 - 1 - - 2 Hoplias intermedius 4 2 - - - 6

Hypostomus cf. margaritifer 2 5 - - 8 15 Hypostomus cf. paulinus - - - - 3 3 Hypostomus cf. regani 12 3 1 4 5 25 Leporinus cf. elongatus - - - - 1 1

Leporinus friderici 9 5 - 7 5 26 Leporinus obtusidens - 1 - - - 1

Leporinus octofasciatus - 2 - - 2 4 Metynnis cf. maculatus - - - - 1 1 Pimelodus maculatus 12 40 - 6 3 61

Page 41: USINA HIDRELÉTRICA EMBORCAÇÃO - cemig.com.br · monitoramento da ictiofauna uhe emborcaÇÃo 2009 1 relatÓrio anual monitoramento da ictiofauna usina hidrelÉtrica emborcaÇÃo

MONITORAMENTO DA ICTIOFAUNA

UHE EMBORCAÇÃO 2009

41

Espécie Macho Fêmea Juvenil N.I. Inteiro Total Pirinampus pirinampus 2 - - - 2 4

Prochilodus lineatus - 1 1 - - 2 Rhinodoras dorbigny 1 2 - - 4 7

Satanoperca sp. 2 - - - 1 3 Schizodon nasutus 12 10 1 1 2 26

Serrasalmus cf. maculatus 8 3 2 1 6 20 Steindachnerina insculpta - 3 - - - 3

Fonte: Amostragem Setembro/2009 – Água e Terra Planejamento Ambiental (-) Não houve captura

Page 42: USINA HIDRELÉTRICA EMBORCAÇÃO - cemig.com.br · monitoramento da ictiofauna uhe emborcaÇÃo 2009 1 relatÓrio anual monitoramento da ictiofauna usina hidrelÉtrica emborcaÇÃo

MONITORAMENTO DA ICTIOFAUNA

UHE EMBORCAÇÃO 2009

42

Gráfico 15: Distribuição dos sexos nas espécies

Fonte: Amostragem Setembro/2009 – Água e Terra Planejamento Ambiental

Page 43: USINA HIDRELÉTRICA EMBORCAÇÃO - cemig.com.br · monitoramento da ictiofauna uhe emborcaÇÃo 2009 1 relatÓrio anual monitoramento da ictiofauna usina hidrelÉtrica emborcaÇÃo

MONITORAMENTO DA ICTIOFAUNA

UHE EMBORCAÇÃO 2009

43

Conforme exposto no gráfico anterior, nas espécies Hypostomus cf. margaritifer,

Pimelodus maculatus e Rhinodoras dorbigny ocorreu predomínio de fêmeas, enquanto que

em Cichla cf. pequiti, Hoplias intermedius, Hypostomus cf. regani, Leporinus friderici,

Pirinampus, Satanoperca sp. e Serrasalmus cf. maculatus, foi encontrada uma maior

proporção de machos. Nas demais espécies, verificou-se uma razão sexual muito próxima da

razão clássica (NILOLSKY, 1969), que é de 1:1.

Com relação ao estágio de desenvolvimento gonadal, verificou-se o predomínio de

indivíduos em estágio de maturação inicial (2A), correspondendo a 42% do total amostrado,

conforme observado no Gráfico 16.

Gráfico 16: Distribuição dos estágios de desenvolvimento gonadal

Fonte: Amostragem Setembro/2009 – Água e Terra Planejamento Ambiental

A distribuição dos estágios de desenvolvimento gonadal, em cada uma das espécies,

está representada no gráfico e tabela a seguir.

Tabela 12: Estágios de desenvolvimento gonadal.

Espécie 1 2A 2B 2C 3 4 N.I. Inteiro Astyanax altiparanae - 1 2 1 1 - - -

Cichla cf. piquiti 1 1 - - - - - 2 Eigenmannia cf. virescens - - - - - - - 1

Galeocharax knerii - 1 - - - - - 1 Hoplias intermedius 3 2 - - 1 - - -

Hypostomus cf. margaritifer - - 2 3 1 1 - 8 Hypostomus cf. paulinus - - - - - - - 3 Hypostomus cf. regani 1 9 4 1 - - 4 6 Leporinus cf. elongatus - - - - - - - 1

Leporinus friderici 1 10 2 1 - - 7 5 Leporinus obtusidens 1 - - - - - - -

Leporinus octofasciatus - - - 2 - - - 2 Metynnis cf. maculatus - - - - - - - 1 Pimelodus maculatus 12 25 8 2 3 - 8 3

Page 44: USINA HIDRELÉTRICA EMBORCAÇÃO - cemig.com.br · monitoramento da ictiofauna uhe emborcaÇÃo 2009 1 relatÓrio anual monitoramento da ictiofauna usina hidrelÉtrica emborcaÇÃo

MONITORAMENTO DA ICTIOFAUNA

UHE EMBORCAÇÃO 2009

44

Espécie 1 2A 2B 2C 3 4 N.I. Inteiro Pirinampus pirinampus 2 - - - - - - 2

Prochilodus lineatus 1 - - - - - - 1 Rhinodoras dorbigny - 2 - - 1 - - 4

Satanoperca sp. - 2 - - - - - 1 Schizodon nasutus 6 5 4 7 - - 1 3

Serrasalmus cf. maculatus - 9 - - 2 - 1 8 Steindacnerina insculpta - 3 - - - - - -

Fonte: Amostragem Setembro/2009 – Água e Terra Planejamento Ambiental (-) Não houve captura

Page 45: USINA HIDRELÉTRICA EMBORCAÇÃO - cemig.com.br · monitoramento da ictiofauna uhe emborcaÇÃo 2009 1 relatÓrio anual monitoramento da ictiofauna usina hidrelÉtrica emborcaÇÃo

MONITORAMENTO DA ICTIOFAUNA

UHE EMBORCAÇÃO 2009

45

Gráfico 17: Distribuição dos estágios gonadais, nas espécies amostradas.

Fonte: Amostragem Setembro/2009 – Água e Terra Planejamento Ambiental

Page 46: USINA HIDRELÉTRICA EMBORCAÇÃO - cemig.com.br · monitoramento da ictiofauna uhe emborcaÇÃo 2009 1 relatÓrio anual monitoramento da ictiofauna usina hidrelÉtrica emborcaÇÃo

MONITORAMENTO DA ICTIOFAUNA

UHE EMBORCAÇÃO 2009

46

6.8. Diversidade ictiofaunística (H’) e Equitabilidade (E)

O índice de Shannon assume que os indivíduos foram amostrados ao acaso e que todas

as espécies estão representadas na amostra (MAGURRAN, 1988). Como posto na

metodologia, a análise leva em conta dois fatores, a riqueza absoluta de espécies e sua

abundância relativa ou a equitabilidade. Desta forma, quanto mais equitativa a distribuição do

número de indivíduos por espécie, maior a diversidade. Por outro lado, quanto menos

equitativa, menor o índice, o que pode indicar uma condição de estresse ou alteração

ambiental a partir da condição original (ODUM, 1980).

Na tabela a seguir, são apresentados os resultados obtidos em cada um desses pontos.

Tabela 13: Índice de diversidade de Shannon (H’) e índice de equitabilidade (E) para os locais de coleta.

Parâmetros EMB -01 EMB -02 EMB -03 EMB -04

H’ 0,919 0,5 0,762 0,734 E 1,146 0,845 0,903 0,903

Fonte: Amostragem Setembro/2009 – Água e Terra Planejamento Ambiental

Segundo o Índice de Diversidade de Espécies de Shannon-Weaver, a maior

diversidade foi verificada no ponto EMB-01, conforme observado no gráfico a seguir. Em

2008, esse ponto também foi o que apresentou a maior diversidade, enquanto que em 2007 o

EMB-03 foi o mais diverso.

Gráfico 18: Índice de diversidade de espécies – 2009

Fonte: Amostragem Setembro/2009 – Água e Terra Planejamento Ambiental

Page 47: USINA HIDRELÉTRICA EMBORCAÇÃO - cemig.com.br · monitoramento da ictiofauna uhe emborcaÇÃo 2009 1 relatÓrio anual monitoramento da ictiofauna usina hidrelÉtrica emborcaÇÃo

MONITORAMENTO DA ICTIOFAUNA

UHE EMBORCAÇÃO 2009

47

Já em relação à equitabilidade, verificou-se que o ponto EMB-01 também foi o mais

equitativo desta campanha, conforme pode ser observado no Gráfico 18. Na amostragem

realizada tanto em 2008 quanto em 2007, o ponto EMB-03 foi o que se mostrou mais

equitativo.

Gráfico 19: Equitabilidade dos pontos amostrais

Fonte: Amostragem Setembro/2009 – Água e Terra Planejamento Ambiental

6.9. Análise de similaridade

De acordo com o índice de similaridade, foram obtidos os seguintes resultados:

Tabela 14: Matriz de similaridade entre os pontos de amostragem

EMB-01 EMB-02 EMB-03 EMB-04 EMB-01 * 0,57 0,27 0,36

EMB-02 * * 0,4 0,53

EMB-03 * * * 0,62 EMB-04 * * * *

Fonte: Amostragem Setembro/2009 – Água e Terra Planejamento Ambiental

Diante dos resultados obtidos, verificou-se que, nesta campanha, os pontos EMB-03 e

EMB-04 foram os mais similares entre si; enquanto que os EMB-02 e EMB-03 apresentaram

a menor similaridade.

Page 48: USINA HIDRELÉTRICA EMBORCAÇÃO - cemig.com.br · monitoramento da ictiofauna uhe emborcaÇÃo 2009 1 relatÓrio anual monitoramento da ictiofauna usina hidrelÉtrica emborcaÇÃo

MONITORAMENTO DA ICTIOFAUNA

UHE EMBORCAÇÃO 2009

48

6.10. Coleta qualitativa

A coleta qualitativa tem a finalidade de complementar o inventário da ictiofauna,

obtido através da coleta quantitativa. Para tanto, foram utilizados anzóis, espinheis e tarrafas.

Nessa campanha, nenhum indivíduo foi capturado com o auxilio desses petrechos, assim

como ocorreu na amostragem realizada em 2008.

Assim, para as próximas campanhas de amostragem, recomenda-se a utilização de

outros petrechos, tais como peneiras e puçás, a fim de se obter um maior sucesso nesse tipo de

coleta.

6.11. Monitoramento da existência de atividade de pesca profissional no Reservatório

O Art. 26 do Código Nacional de Pesca diz que "Pescador profissional é aquele que

matriculado na repartição competente (SEAP) segundo as leis e regulamentos em vigor faz da

pesca sua profissão ou meio principal de vida”.

Durante as vistorias realizadas, não foi constatada atividade de pesca profissional. Foi

verificado apenas a presença de pesca amadora ou esportiva nos pontos EMB-01 EMB-02 e

EMB-04, sendo que neste último ponto foi encontrado várias redes de pesca armadas e outras

abandonadas.

Segundo alguns pescadores, os principais petrechos utilizados nesse tipo de pesca são

vara, anzol e molinetes e as principais espécies capturadas são piaus, tucunarés, traíras e

cascudo.

Cabe ressaltar que na Bacia do rio Paranaíba, existem basicamente três colônias de

pescadores, situadas nos municípios de Cachoeira Dourada de Minas, Cachoeira Dourada de

Goiás e Chaveslândia, com aproximadamente 1.000 pescadores cadastrados no total.

Baseado em informações disponíveis pelo Instituto Estadual de Florestas (IEF), bem

como nestas colônias de pesca, não existe um registro específico dos profissionais que pescam

em Emborcação, uma vez os portadores da carteira podem realizar a pesca em qualquer parte.

Consultando os cadastros dos pescadores nas colônias referidas anteriormente,

verificou-se que grande parte dos mesmos realiza pesca com petrechos próprios e barcos

(predomínio de barcos de madeira).

Page 49: USINA HIDRELÉTRICA EMBORCAÇÃO - cemig.com.br · monitoramento da ictiofauna uhe emborcaÇÃo 2009 1 relatÓrio anual monitoramento da ictiofauna usina hidrelÉtrica emborcaÇÃo

MONITORAMENTO DA ICTIOFAUNA

UHE EMBORCAÇÃO 2009

49

7. CONSIDERAÇÕES FINAIS

A morfometria da bacia de captação, a vazão, o padrão de circulação, a profundidade,

a área, o desenho da barragem e os procedimentos operacionais são algumas das variáveis que

afetam a estrutura e a dinâmica das comunidades bióticas em reservatórios. Essas variáveis

tornam cada reservatório uma entidade particular, cujo manejo requer informações

localizadas.

A transformação do ambiente lótico em lêntico é o primeiro impacto observado na

construção das UHE ou de qualquer barramento de um rio. A hidrologia local é severamente

alterada, significando que as condições químicas e físicas da água são modificadas (alteração

limnológica) e, com isso há formação de um novo ambiente, com novos habitats e à perda de

outros.

Nessa campanha de amostragem, foram coletados 220 (duzentos e vinte) indivíduos,

pertencentes a 21 (vinte e uma) espécies. Já no monitoramento realizado em 2008, foram

capturados 470 (quatrocentos e setenta) indivíduos, pertencentes a 24 (vinte e quatro)

espécies, enquanto que em 2007, foram amostrados 384 (trezentos e oitenta e quatro)

indivíduos distribuídos em 18 (dezoito) espécies. Na tabela a seguir, segue comparativo das

espécies amostradas em cada uma das campanhas.

Tabela 15: Comparativo das espécies encontradas em 2007, 2008 e 2009

Ordem Família Espécie EMB01 EMB02 EMB03 EMB04

2007 2008 2009 2007 2008 2009 2007 2008 2009 2007 2008 2009

Characiformes

Anostomidae

Leporinus cf. elongatus - + + - - - - - - - + -

Leporinus friderici - + + + + + + + + + +

Leporinus obtusidens - - + - - - - - - - - -

Leporinus octofasciatus - + - - - - + + + + + -

Schizodon nasustus - + + + + + + + + + + +

Leporellus vittatus - - - - - - - + - - + -

Characidae

Astyanax bimaculatus - - - + - - - - - - - -

Astyanax altiparanae - + + + + - - - - - -

Astyanax fasciatus - + - - - - - - - - - -

Metynnis cf. maculatus - - - - - - - - - - - +

Serrasalmus cf. maculatus - + - - + - - + + - + +

Serrasalmus spilopleura - - - - - - + - - + - -

Salminus hilarii + - - - - - + + - - - -

Curimatidae

Galeocharax knerii - - + - - - - - - - - -

Steindachnerina insculpta - + + - - - - - - - - -

Steindachnerina corumbae + - - + - - - - - - - -

Crenichidae Characidium aff. zebra + - - - - - + - - + - -

Erythrinidae Hoplias intermedius - - + - - - - - + - - +

Hoplias lacerdae - + - - - - + + - + + -

Page 50: USINA HIDRELÉTRICA EMBORCAÇÃO - cemig.com.br · monitoramento da ictiofauna uhe emborcaÇÃo 2009 1 relatÓrio anual monitoramento da ictiofauna usina hidrelÉtrica emborcaÇÃo

MONITORAMENTO DA ICTIOFAUNA

UHE EMBORCAÇÃO 2009

50

Ordem Família Espécie EMB01 EMB02 EMB03 EMB04

2007 2008 2009 2007 2008 2009 2007 2008 2009 2007 2008 2009

Hoplias malabaricus - - - - - - - - - + - -

Prochilodontidae Prochilodus lineatus - + + - - - + + - + - -

Siluriformes

Doradidae Rhinodoras dorbignyi - + + - - + - - - - - -

Loricariidae

Hypostomus cf. paulinus - + + - - - - - - - - -

Hypostomus cf. margaritifer - - + - - + - - - - - -

Hypostomus cf. regani - + + - - - - - - - - -

Hypostomus sp. + + - + - - + - - + + -

Hypostomus denticulatus - + - - - - - - - - - -

Pimelodidae

Iheringichthys labrosus - + - - - - - - - - + -

Pimelodus maculatus - + + + + + + + + + + +

Pinirampus pirinampu + + + + + + + - - + + +

Pseudoplatystoma corruscans + - - + - - - - - - - -

Heptapteridae Pimelodella sp. - - - + - - + - - + + -

Perciformes Cichlidae

Cichla cf. piquiti - - - + + - + + + + + -

Satanoperca sp. - - - - - - - - - - - +

Laetacara sp. - - - - - - - - - + -

Geophagus brasiliensis - - - - - - - - - + - -

Gymnotiformes Sternopygidae Eigenmannia cf. virescens - + - - - - - - + - - -

Legenda: + = presença da espécie na amostragem; - = ausência na amostragem Fonte: Dados históricos – Água e Terra Planejamento Ambiental

Cichla sp. é uma espécie exótica à bacia do Rio Paraná é registrada continuamente

deste 1997 no estudo de Alves & Santos. Esta espécie é predominantemente piscívora de

origem amazônica. A alta ocorrência desta espécie predadora é motivo potencial de

preocupação como desestabilizadora da comunidade de peixes que aí se estabelece, sugerindo

adoção de freqüentes monitoramentos de dinâmica e estrutura populacionais.

Em 2007, houve predominância de machos coletados e em 2008 a razão sexual foi de

aproximadamente de 1:1. Já nessa campanha verificou-se, de modo geral, uma maior

proporção de fêmeas. Entre os fatores que poderiam influenciar na razão sexual, o suprimento

alimentar da população foi considerado por Nikolskii (1969) como fator importante. Assim,

segundo este autor, nas represas e rios oligotróficos há predominância de machos. As fêmeas

predominam quando o alimento disponível é abundante.

Em 2007, a família mais abundante, Anostomidae teve sua dominância consagrada

devido à abundância da espécie Leporinus friderici (piau três pintas) dominante sobre as

demais espécies. Em 2008, Loricariidae foi à família dominante, devido à grande quantidade

de cascudos, de diferentes espécies, capturados principalmente no ponto EMB01. Já em 2009,

verificou-se o predomínio da família Pimelodidae, representada, principalmente, pela espécie

Pimelodus maculatus, sendo mais abundante no ponto EMB-02.

Em outubro de 2007, foram encontrados indivíduos em quase todos os estágios

gonadais, exceto em repouso (Estágio 1). A maioria dos indivíduos analisados encontrava-se

Page 51: USINA HIDRELÉTRICA EMBORCAÇÃO - cemig.com.br · monitoramento da ictiofauna uhe emborcaÇÃo 2009 1 relatÓrio anual monitoramento da ictiofauna usina hidrelÉtrica emborcaÇÃo

MONITORAMENTO DA ICTIOFAUNA

UHE EMBORCAÇÃO 2009

51

em estágio de esgotamento. As fêmeas apresentavam os ovários flácidos e sanguinolentos,

com número variável de ovócitos vitelogênicos remanescentes; enquanto que nos machos, os

testículos apresentavam se flácidos e sanguinolentos. Em 2008, foram observados indivíduos

em todos os estágios gonadais, ocorrendo predomínio daqueles indivíduos em fase de

maturação (B), seguidos daqueles em estágio de esgotamento (D). Em 2009, também foi

verificado indivíduos em todos os estágios gonadais, predominando espécimes em estágio de

maturação inicial (2A).

O monitoramento da ictiofauna na área de influência da UHE Emborcação tem como

objetivo conhecer a composição e a diversidade de espécies nos pontos amostrados. Assim,

pode-se afirmar que o presente estudo apresentou resultados bastante significativos, atingindo

as metas a que se propôs.

Page 52: USINA HIDRELÉTRICA EMBORCAÇÃO - cemig.com.br · monitoramento da ictiofauna uhe emborcaÇÃo 2009 1 relatÓrio anual monitoramento da ictiofauna usina hidrelÉtrica emborcaÇÃo

MONITORAMENTO DA ICTIOFAUNA

UHE EMBORCAÇÃO 2009

52

8. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

AGOSTINHO, A.A., BINI, L.M. & GOMES, L.C. 1997b. Ecologia de comunidades de peixes da área

de influência do reservatório de Segredo. In Reservatório de Segredo: bases ecológicas para o

manejo (AGOSTINHO, A.A.& GOMES, L.C. Gomes, orgs.). EDUEM, Maringá, p. 97-111.

AGOSTINHO, A.A., GOMES, L.C. & ZALEWSKI, M. 2001. The importance of floodplains for

the dynamics of fish communities of the upper River Paraná. Ecohydrol. & Hydrobiol. 1(1-2):

209-217.

AGOSTINHO, A.A., GOMES, L.C., VERÍSSIMO, S. & OKADA, E.K. 2004a. Flood regime, dam

regulation and fish in the Upper Paraná River: effects on assemblage attributes, reproduction and

recruitment. Rev. Fish. Biol. Fish. 14: 11-19.

AGOSTINHO, A.A., GOMES, L.C. & PELICICE, F.M.. Ecologia e manejo de recursos pesqueiros

em reservatórios do Brasil. EDUEM, Maringá: 2007.

AGOSTINHO, C.S.; MARQUES, E.E. Selection of netted prey by piranhas, Serrasalmus

marginatus (Pisces, Serrasalmidae). Acta Sci. Biol. Sci., Maringá, v. 23, n. 2, p. 461-464, 2001.

ALLAN, J. D. Stream Ecology: structure and function of running waters. London: Chapman & Hall,

1995.

ALVES, C.B.M. & G.B. SANTOS. 1997. Levantamento preliminar da ictiofauna do rio

Paranaíba (MG), na área de influência da UHE São Simão. Relatório Técnico, CEMIG. 15pp.

ALVES et al. 2005. Levantamento da ictiofauna e caracterização da pesca comercial na área do

reservatório e à jusante da Usina Hidrelétrica de São Simão. Relatório Técnico Final. CEMIG.

ALVES, C. B. M. & P. S. POMPEU. 2001. A fauna de peixes da bacia do rio das Velhas no final do

século XX. Pp. 165- 187. In: ALVES, C. B. M. & P. S. POMPEU. (Eds.). Peixes do rio das Velhas:

passado e presente. Belo Horizonte, SEGRAC, 196p.

ALVIM, M. C.. Composição e alimentação da ictiofauna em um trecho do alto Rio São

Francisco, Município de Três Marias - MG. São Carlos: UFSCAR, 1999.

Page 53: USINA HIDRELÉTRICA EMBORCAÇÃO - cemig.com.br · monitoramento da ictiofauna uhe emborcaÇÃo 2009 1 relatÓrio anual monitoramento da ictiofauna usina hidrelÉtrica emborcaÇÃo

MONITORAMENTO DA ICTIOFAUNA

UHE EMBORCAÇÃO 2009

53

ALVIM, M.C.C. & A.C. PERET. 2004. Food resources sustaining the fish fauna in a sector of the

upper São Francisco river in Três Marias, MG, Brazil. Brazilian Journal of Biology 64 (2): 195-

202.

ALVES et al. 2006. Levantamento da ictiofauna e caracterização da pesca comercial na área do

reservatório e à jusante da Usina Hidrelétrica de Emborcação. Relatório Técnico Final. CEMIG.

ARAÚJO, F.G. 1998. Composição e estrutura da comunidade de peixes do médio e baixo rio Paraíba

do Sul, RJ. Revista Brasileira de Biologia, Rio de Janeiro, 56 (1): 111-126.

ARAÚJO, F.G. & SANTOS, L.N. Distribution of fish assemblages in Lajes reservoir, Rio de Janeiro,

Brasil. Braz. J. Biol. 61(4): 563-576, 2001.

BAZZOLI, N.; E. RIZZO; H. CHIARINI-GARCIA & R.M.A. FERREIRA. 1991. Ichthyofauna of the

Paranaíba river in the área to be flooded by the Bocaina reservoir, Minas Gerais, Brazil. Ciência e

Cultura 43: 451-453.

BAZZOLI, N. Parâmetros reprodutivos de peixes de interesse comercial na região de Pirapora. In:

GODINHO, H. P ; GODINHO, A. L.. Águas, peixes e pesca no São Francisco das Minas Gerais.

Belo Horizonte: Editora PUC Minas, 2004. p. 273-288.

BERTOLETTI, J. Aspectos biológicos da ictiofauna do rio Uruguai. Veritas. Vol 30, (1985), pp.

93-129.

BRITISKI, H.A; SATO, Y; ROSA, A.B.S. Manual de identificação de peixes da região de Três

Marias (com chaves de identificação). Brasília, CODEVASF, 2 ed.; 115 p., 1984.

BRITTO, G.C.; SIROL, R.N.; VIANNA, N.C.; JARDIM, M. S.; SANTOS, J.C.; PELISARI, E..

Peixes do rio Paranapanema edição: Duke Energy International Geração Paranapanema, 2003.

CAIRES, C. N. P. A biologia do tucunaré Cichla kelberi e sua participação na pesca profissional

no reservatório e Porto Primavera, rio Paraná. UFMS: Aquidauana, 2008. Disponível em

http://www.scribd.com/doc/8608070/MONOGRAFIA.

CASSEMIRO, F.A.S.. Padrões morfométricos relacionados à alimentação de Satanoperca pappaterra

(perciformes, Cichlidae) da bacia do rio Cuiabá, estado do Mato-Grosso, Brasil – Uma análise

Page 54: USINA HIDRELÉTRICA EMBORCAÇÃO - cemig.com.br · monitoramento da ictiofauna uhe emborcaÇÃo 2009 1 relatÓrio anual monitoramento da ictiofauna usina hidrelÉtrica emborcaÇÃo

MONITORAMENTO DA ICTIOFAUNA

UHE EMBORCAÇÃO 2009

54

antogenética. Tese de mestrado – Pós graduação em Ecologia de Ambientes Aquáticos Continentais,

2006.

CASTRO, R. M. C & ARCIFA, M. S. Comunidades de peixes de reservatório do Sul do Brasil. Rev.

Bras. Biol. 47: 493-500, 1987.

CEMIG / CETEC – Companhia Energética de Minas Gerais / Fundação Centro Tecnológico de Minas

Gerais. Guia Ilustrado de peixes da bacia do rio Grande. Belo Horizonte: CEMIG/CETEC, 2000.

CESP. 1993. Produção pesqueira e composição das capturas em reservatórios sob concessão da CESP

nos rios Tietê, Paraná e Grande, no período de 1986 a 1991. CESP, Sér. Prod. Pesq., São Paulo, 1:

1-73.

COLWELL, R. K. 2001. Online User's Guide Corrected Draft 7 March 2001, Version 6.0b1:

http://viceroy.eeb.uconn.edu/estimates.

COSTA, A.C. et al. Alimentação da pirambeba Serrasalmus spilopleura Kner, 1858 (Characidae;

Serrasalminae) em um reservatório do Sudeste brasileiro. Acta Sci. Biol. Sci., Maringá, v. 27, n. 4,

p. 365-369, 2005.

DERGAM, J.A.; C.B.M. ALVES; F. VIEIRA; G.B. SANTOS & S.R. PAIVA. 1999. Padrões de

biodiversidade ictiofaunística na bacia do rio Paranaíba. Relatório Técnico Final, Ruralminas,

129pp.

DURÃES, R.; POMPEU, P. S.; GODINHO, A. L.. Alimentação de quatro espécies de Leporinus

(Characiformes, Anostomidae) durante a formação de um reservatório no sudeste do Brasil.

Iheringia, Sér. Zool., (90): 183-191, 2001.

FERNANDO, C. H & HOLCÍK, J. Fish in Reservoirs. Int. Rev. Ges. Hydrobiol. 76: 149-67, 1991.

GALINDO, B.A. et al. Estrutura genética de Astyanax altiparane (Pisces, Characidae) em dois

ribeirões urbanos, Londrina, PR. Disponível em: http://web2.sbg.org.br/

ResumosSelecionados/14796resumoGA066.pdf. Acesso em dez. 2008.

GODINHO, H.P; A.L. GODINHO; P.S. FORMAGIO & V.C. TORQUATO. 1991. Fish ladder

efficiency in a southeastern river. Ciência e Cultura 43(1):63:67.

Page 55: USINA HIDRELÉTRICA EMBORCAÇÃO - cemig.com.br · monitoramento da ictiofauna uhe emborcaÇÃo 2009 1 relatÓrio anual monitoramento da ictiofauna usina hidrelÉtrica emborcaÇÃo

MONITORAMENTO DA ICTIOFAUNA

UHE EMBORCAÇÃO 2009

55

GONÇALVES, C.S. & BRAGA, F.M.S.. Fish diversity and occurrence in the influence área of the

Mogi Guaçu reservoir and oxbow lakes, high Paraná viver basin, São Paulo, Brazil. Biota Neotrop.

Vol.08, n°02, Abr./Jun.2008.

HAHN, N.S. et al. Estrutura trófica. In: VAZZOLER, A.E.A. de M. et al. (Ed.). A planície de

inundação do alto rio Paraná: aspectos físicos, biológicos e socioeconômicos. Maringá: EDUEM,

1997. cap. II-6, p. 229-248.

JÉGU, M. 2003. Subfamily Serrasalminae. Pp. 182-184. In: REIS, R. E., S. O. KULLANDER & C. J.

FERRARIS JR. (Eds.). Check list of the freshwater fishes of South and Central America. Porto

Alegre, Edipucrs, 729p.

KARR, J. R., 1981, Assessment of biotic integrity using fish communities. Fisheries, 6(6): 21-27.

KULLANDER, S.O.. Family Cichlidae. pp. 605-654. In: REIS, R. E., S. O. KULLANDER & C. J.

FERRARIS JR. (Eds.). Check list of the freshwater fishes of South and Central America. Porto

Alegre, Edipurcs. 2003.

LOWE-MCCONNELL, R.H. 1999. Estudos ecológicos de comunidades de peixes tropicais. São

Paulo, EDUSP, 534p.

LUZ, Ronald Kennedy and ZANIBONI FILHO, Evoy. Larvicultura do Mandi-amarelo Pimelodus

maculatus Lacépède, 1803 (Siluriformes: Pimelodidae) em Diferentes Densidades de Estocagem nos

Primeiros Dias de Vida. Rev. Bras. Zootec. vol.31, n.2, pp. 560-565. 2002.

MAGURRAN, A.E. 1988. Ecological Diversity and its measurement. Princeton University Press,

London. 179p.

MANNA, L. R.; REZENDE, C. F.; MAZZONI, R.. Caracterização Da Dieta Do Cascudo Hypostomus

Gr. Punctatus (Ostheichtyes, Loricariidae) De Um Riacho Costeiro Da Mata Atlântica – Saquarema –

RJ Anais do congresso do VIII congresso de ecologia, Caxambu 2007.

MESCHIATTI, A. J.; ARCIFA, M. S.; FENERICH- VERANI, N. 2000. Fish communities associated

with macrophytes in Brazilian foodplain lakes. Environmental Biology of fish, Dordrecht, v. 58, n. 2,

p. 133-143.

Page 56: USINA HIDRELÉTRICA EMBORCAÇÃO - cemig.com.br · monitoramento da ictiofauna uhe emborcaÇÃo 2009 1 relatÓrio anual monitoramento da ictiofauna usina hidrelÉtrica emborcaÇÃo

MONITORAMENTO DA ICTIOFAUNA

UHE EMBORCAÇÃO 2009

56

NAKATANI et al., 2001. Ovos e larvas de peixes de água doce: desenvolvimento e manual de

identificação. Maringá, EDUEM, 378p.

NETO, F.B.R.; HÖFLING, J.C.; FERREIRA, L.I.; ROMANOS, C. E. A.. Distribuição, reprodução e

alimentação de Galeocarax knerii no reservatórios de Salto Grande, macro-regiões de campinas, SP.

rev. Bioikos, PUC-Campinas 19-25, 1998.

NIKOLSKI, G.V. Fish population dynamics. Edinburgh: Oliver E Boyd, 1969. 323p.

NOGUEIRA, M. G. Composição, abundância e distribuição espaço-temporal das populações

planctônicas e das variáveis físico-químicas na represa de Jurumirim, rio Paranapanema, SP. São

Carlos. 430 p. Tese (Doutorado) – Universidade de São Paulo, 1996.

NORTHCOTE, T.G. et al. Differential cropping of the caudal fin lobes of prey fishes by the piranha,

Serrasalmus spilopleura Kner. Hydrobiologia, The Netherlands, v. 141. n. 3, p. 199-205, 1986. v.

26, n. 3, p. 177-199, 1986.

ODUM, E.P. 1980. Ecology. Holt-Saunders. London. 244 p.

PACHECO, A.C.G. et al. Ecologia de duas species de Pachyurus ( Perciformes, Sciaenidae) do rio

Tocantins, na região represada pela UHE Serra da Mesa, Goiás. Iheringia, Série Zool. Porto Alegre:

Jun./2008. P.270-277.

PETRERE JR, M. Fisheries in large tropical reservoirs in South American: Lake Reservoirs

manage. 1996.

PIELOU, E.C. 1975. Ecological diversity. New York: John Wiley and Sons.

PNDPA. Mandi. Disponível em: http://www.ambientebrasil.com.br/composer.

php3?base=./agua/doce/index.html&conteudo=./agua/doce/peixes/mandi.html. Acesso em dez. 2008.

POMPEU, P.S. Dieta da pirambeba Serrasalmus brandtii Reinhardt (Teleostei, Characidae) em quatro

lagoas marginais do rio São Francisco, Brasil. Rev. Bras. Zool., Rio de Janeiro, v. 16, n. 2, p. 19-26,

1999.

POMPEU, P.S.; GODINHO, H.P. Dieta e estrutura das comunidades de peixes de três lagoas

marginais do médio São Francisco. In: GODINHO, H.P.; GODINHO, A.L. (Ed.). Águas, peixes e

Page 57: USINA HIDRELÉTRICA EMBORCAÇÃO - cemig.com.br · monitoramento da ictiofauna uhe emborcaÇÃo 2009 1 relatÓrio anual monitoramento da ictiofauna usina hidrelÉtrica emborcaÇÃo

MONITORAMENTO DA ICTIOFAUNA

UHE EMBORCAÇÃO 2009

57

pescadores do São Francisco das Minas Gerais. Belo Horizonte: PUC Minas, 2003. cap. 2, p. 183-

194.

RESENDE, E. .K. de; PEREIRA, R.A.C.; ALMEIDA, V.L.L.de. Peixes herbívoros da planície

inundável do rio Miranda, Pantanal, Mato Grosso do Sul, Brasil. Corumbá: EMBRAPA-CPAP,

1998. 24p. (EMBRAPA-CPAP. Boletim de Pesquisa, 10).

SANTOS, G.B. 1999. Estrutura das comunidades de peixes de reservatório do sudeste do Brasil,

localizados nos rios Grande e Paranaíba, bacia do alto Paraná. Tese de Doutorado. São Carlos, SP.

159pp.

SILVA, L.G.; ALVES,T.P.; BARRADASA,J.R.S.; FONTOURA Distribuição Presumida do Dourado

(Salminus brasiliensis) e do Grumatã (Prochilodus lineatus) na Região Hidrográfica do Alto Uruguai

(RS/SC) Através de Coeficientes de Distribuição da Bacia do Rio Jacuí (RS) III Mostra de Pesquisa

da Pós-Graduação – PUCRS, 2008.

STRASKRABA, M. & TUNDISI, J. G. 2000. Diretrizes para o gerenciamento de lagos –

gerenciamento da qualidade da água de represas. São Carlos: ILEC/ IIE. 280p. il. v. 9.

SUZUKI, H. I. & AGOSTINHO, A. A. 1997. Reprodução de peixes do reservatório de Segredo. In:

AGOSTINHO, A. A., A. A. & GOMES, L. C. Reservatório de Segredo, bases ecológicas para o

manejo. Maringá. Eduem. p.163-182.

TUNDISI, J. G. Impactos ecológicos da construção de represas: aspectos específicos e problemas de

manejo. In: TUNDISI, J. G (Ed). Limnologia e manejo de represas. São Paulo, Academia de

Ciências de São Paulo. V.1. Tomo 1, 1981.

VARI, R. P. & MALABARBA, L. R. 1998. Neotropical Ichthyology: an overview. In:

MALABARBA, L. R.; REIS, R. P. et al. eds. Phylogeny and classification of neotropical fishes.

Porto Alegre, Edipucrs. p. 1-11.

VAZZOLER, A. E. A. DE M. 1996. Biologia e reprodução de peixes teleósteos: teoria e prática.

Maringá. Eduem. 169p.]

VIEIRA, V.L. et al. 2005 Aspectos da biologia, reprodução e manejo de Hoplias malabaricus (traíra).

In: BALDISSEROTTO, B. e GOMES, L. C. Espécies nativas para piscicultura no Brasil. Santa

Maria: Editora UFSM. p.149-174.

Page 58: USINA HIDRELÉTRICA EMBORCAÇÃO - cemig.com.br · monitoramento da ictiofauna uhe emborcaÇÃo 2009 1 relatÓrio anual monitoramento da ictiofauna usina hidrelÉtrica emborcaÇÃo

MONITORAMENTO DA ICTIOFAUNA

UHE EMBORCAÇÃO 2009

58

VONO, V. 2002. Efeitos da implantação de duas barragens sobre a estrutura da comunidade de peixes

do rio Araguari (Bacia do Alto Paraná, MG). Tese de Doutorado. Universidade Federal de Minas

Gerais, Belo Horizonte. 132p.

WOYNAROVICH, E. The hydroelectric Power plants and the fish fauna. Verh. Int. Ver. Limnol. 24:

2531-6, 1991.

ZARSKE, A. & J. GÉRY. 2008. Revision der neotropischen Gattung Metynnis Cope, 1878.

Beschreibung zweier neuer Arten und zum Status von Metynnis goeldii Eigenmann, 1903 (Teleostei:

Characiformes: Serrasalmidae). Vertebrate Zoology, 58(2): 173-196.

Page 59: USINA HIDRELÉTRICA EMBORCAÇÃO - cemig.com.br · monitoramento da ictiofauna uhe emborcaÇÃo 2009 1 relatÓrio anual monitoramento da ictiofauna usina hidrelÉtrica emborcaÇÃo

MONITORAMENTO DA ICTIOFAUNA

UHE EMBORCAÇÃO 2009

59

ANEXOS

Page 60: USINA HIDRELÉTRICA EMBORCAÇÃO - cemig.com.br · monitoramento da ictiofauna uhe emborcaÇÃo 2009 1 relatÓrio anual monitoramento da ictiofauna usina hidrelÉtrica emborcaÇÃo

MONITORAMENTO DA ICTIOFAUNA

UHE EMBORCAÇÃO 2009

60

ANEXO A

DADOS BRUTOS DAS ESPÉCIES COLETADAS

Page 61: USINA HIDRELÉTRICA EMBORCAÇÃO - cemig.com.br · monitoramento da ictiofauna uhe emborcaÇÃo 2009 1 relatÓrio anual monitoramento da ictiofauna usina hidrelÉtrica emborcaÇÃo

MONITORAMENTO DA ICTIOFAUNA

UHE EMBORCAÇÃO 2009

61

PONTO MALHA ORDEM FAMÍLIA Espécie Nome vulgar PESO (g) CP (mm) CT (mm) SEXO GÔNADA EMB-01 7 CHARACIFORMES Anostomidae Leporinus obtusidens piapara 498,5 260 306 F 1 EMB-01 6 CHARACIFORMES Anostomidae Leporinus cf. elongatus piau verdadeiro 112,5 173 210 - - EMB-01 5 CHARACIFORMES Anostomidae Schizodon nasutus timboré 97 163 185 F 1 EMB-01 6 CHARACIFORMES Anostomidae Schizodon nasutus timboré 126 180 212 M 1 EMB-01 6 CHARACIFORMES Anostomidae Schizodon nasutus timboré 134 182 208 F 2B EMB-01 6 CHARACIFORMES Anostomidae Schizodon nasutus timboré 150,5 185 217 F 2B EMB-01 6 CHARACIFORMES Anostomidae Schizodon nasutus timboré 150 187 212 F 2A EMB-01 4 CHARACIFORMES Anostomidae Schizodon nasutus timboré 80,5 151 173 F 1 EMB-01 4 CHARACIFORMES Anostomidae Schizodon nasutus timboré 77,5 155 183 M 1 EMB-01 4 CHARACIFORMES Anostomidae Schizodon nasutus timboré 58,5 138 160 M 2A EMB-01 4 CHARACIFORMES Anostomidae Schizodon nasutus timboré 59 142 169 M 2A EMB-01 4 CHARACIFORMES Anostomidae Schizodon nasutus timboré 94,5 163 193 M 1 EMB-01 4 CHARACIFORMES Anostomidae Schizodon nasutus timboré 71,5 144 175 M 2A EMB-01 4 CHARACIFORMES Anostomidae Schizodon nasutus timboré 85 153 175 F 2A EMB-01 3 CHARACIFORMES Anostomidae Schizodon nasutus timboré 38,5 123 147 J - EMB-01 3 CHARACIFORMES Characidae Astyanax altiparanae lambari-do-rabo-amarelo 10 68 X F 3 EMB-01 3 CHARACIFORMES Characidae Astyanax altiparanae lambari-do-rabo-amarelo 12 69 88 M 2A EMB-01 3 CHARACIFORMES Characidae Astyanax altiparanae lambari-do-rabo-amarelo 9,5 68 X M 2B EMB-01 3 CHARACIFORMES Characidae Astyanax altiparanae lambari-do-rabo-amarelo 14,5 75 91 M 2B EMB-01 4 CHARACIFORMES Curimatidae Galeocharax knerii cigarra/peixe-cadela 35,5 131 157 J - EMB-01 3 CHARACIFORMES Curimatidae Galeocharax knerii cigarra/peixe-cadela 22,5 113 138 M 2A EMB-01 4 CHARACIFORMES Curimatidae Steindachnerina insculpta saguiru do rabo amarelo 40,5 114 139 F 2A EMB-01 4 CHARACIFORMES Curimatidae Steindachnerina insculpta saguiru do rabo amarelo 34,5 105 130 F 2A EMB-01 3 CHARACIFORMES Curimatidae Steindachnerina insculpta saguiru do rabo amarelo 17 84 104 F 2A EMB-01 6 CHARACIFORMES Erythrinidae Hoplias intermedius traíra 407 273 315 M 2A EMB-01 6 CHARACIFORMES Prochilodontidae Prochilodus lineatus curimbatá 80,5 175 X J - EMB-01 6 CHARACIFORMES Prochilodontidae Prochilodus lineatus curimbatá 562 273 323 F 1 EMB-01 5 SILURIFORMES Doradidae Rhinodoras dorbigny abotoado 54 134 153 - - EMB-01 5 SILURIFORMES Doradidae Rhinodoras dorbigny abotoado 22,5 97 114 - - EMB-01 6 SILURIFORMES Doradidae Rhinodoras dorbigny abotoado 78,5 147 173 - - EMB-01 6 SILURIFORMES Doradidae Rhinodoras dorbigny abotoado 37,5 125 146 - - EMB-01 6 SILURIFORMES Doradidae Rhinodoras dorbigny abotoado 87 162 183 F 3 EMB-01 6 SILURIFORMES Doradidae Rhinodoras dorbigny abotoado 91 152 175 F 2A EMB-01 6 SILURIFORMES Loricariidae Hypostomus cf paulinus cascudo 67,5 131 155 - - EMB-01 6 SILURIFORMES Loricariidae Hypostomus cf paulinus cascudo 70,5 135 160 - - EMB-01 6 SILURIFORMES Loricariidae Hypostomus cf paulinus cascudo 74 139 165 - -

Page 62: USINA HIDRELÉTRICA EMBORCAÇÃO - cemig.com.br · monitoramento da ictiofauna uhe emborcaÇÃo 2009 1 relatÓrio anual monitoramento da ictiofauna usina hidrelÉtrica emborcaÇÃo

MONITORAMENTO DA ICTIOFAUNA

UHE EMBORCAÇÃO 2009

62

PONTO MALHA ORDEM FAMÍLIA Espécie Nome vulgar PESO (g) CP (mm) CT (mm) SEXO GÔNADA EMB-01 7 SILURIFORMES Loricariidae Hypostomus cf. regani cascudo 162 165 208 F 1 EMB-01 8 SILURIFORMES Loricariidae Hypostomus cf. regani cascudo 175 176 218 M 2A EMB-01 4 SILURIFORMES Loricariidae Hypostomus cf. regani cascudo 83,5 142 178 X X EMB-01 6 SILURIFORMES Loricariidae Hypostomus cf. regani cascudo 185,5 191 237 - - EMB-01 6 SILURIFORMES Loricariidae Hypostomus cf. regani cascudo 161,5 173 213 - - EMB-01 6 SILURIFORMES Loricariidae Hypostomus cf. regani cascudo 113,5 156 196 - - EMB-01 6 SILURIFORMES Loricariidae Hypostomus cf. regani cascudo 140 169 208 - - EMB-01 6 SILURIFORMES Loricariidae Hypostomus cf. regani cascudo 187,5 184 228 - - EMB-01 6 SILURIFORMES Loricariidae Hypostomus cf. regani cascudo 87,5 145 178 J - EMB-01 6 SILURIFORMES Loricariidae Hypostomus cf. regani cascudo 62 129 157 M 2A EMB-01 6 SILURIFORMES Loricariidae Hypostomus cf. regani cascudo 92 149 X M 2A EMB-01 6 SILURIFORMES Loricariidae Hypostomus cf. regani cascudo 155,5 167 207 F 2C EMB-01 6 SILURIFORMES Loricariidae Hypostomus cf. regani cascudo 166 168 X X X EMB-01 6 SILURIFORMES Loricariidae Hypostomus cf. regani cascudo 271 204 258 M 2B EMB-01 6 SILURIFORMES Loricariidae Hypostomus cf. regani cascudo 98,5 148 191 M 2A EMB-01 6 SILURIFORMES Loricariidae Hypostomus cf. regani cascudo 61,5 126 160 M 2A EMB-01 6 SILURIFORMES Loricariidae Hypostomus cf. regani cascudo 40,5 112 X X X EMB-01 6 SILURIFORMES Loricariidae Hypostomus cf. regani cascudo 280,5 204 245 M 2A EMB-01 6 SILURIFORMES Loricariidae Hypostomus cf. regani cascudo 91,5 143 170 M 2A EMB-01 6 SILURIFORMES Loricariidae Hypostomus cf. regani cascudo 286 210 262 M 2B EMB-01 6 SILURIFORMES Loricariidae Hypostomus cf. regani cascudo 88 151 184 M 2B EMB-01 6 SILURIFORMES Loricariidae Hypostomus cf. regani cascudo 73,5 136 165 M 2A EMB-01 6 SILURIFORMES Loricariidae Hypostomus cf. regani cascudo 58 129 159 X X EMB-01 6 SILURIFORMES Loricariidae Hypostomus cf. regani cascudo 179 175 216 F 2B EMB-01 6 SILURIFORMES Loricariidae Hypostomus cf. regani cascudo 155,5 164 192 M 2A EMB-01 6 SILURIFORMES Loricariidae Hypostomus cf. margaritifer cascudo 136,5 161 197 - - EMB-01 6 SILURIFORMES Loricariidae Hypostomus cf. margaritifer cascudo 133,5 159 203 - - EMB-01 6 SILURIFORMES Loricariidae Hypostomus cf. margaritifer cascudo 168 164 X F 3 EMB-01 6 SILURIFORMES Loricariidae Hypostomus cf. margaritifer cascudo 122 148 184 F 4 EMB-01 6 SILURIFORMES Loricariidae Hypostomus cf. margaritifer cascudo 141,5 157 195 F 2C EMB-01 8 SILURIFORMES Loricariidae Hypostomus cf. margaritifer cascudo 133,5 156 X F 2C EMB-01 8 SILURIFORMES Loricariidae Hypostomus cf. margaritifer cascudo 129 154 183 - - EMB-01 5 SILURIFORMES Loricariidae Hypostomus cf. margaritifer cascudo 117 149 181 - - EMB-01 7 SILURIFORMES Loricariidae Hypostomus cf. margaritifer cascudo 137,5 152 190 F 2B EMB-01 7 SILURIFORMES Loricariidae Hypostomus cf. margaritifer cascudo 180,5 165 203 - - EMB-01 7 SILURIFORMES Loricariidae Hypostomus cf. margaritifer cascudo 200,5 176 226 - - EMB-01 4 SILURIFORMES Loricariidae Hypostomus cf. margaritifer cascudo 209 185 228 M 2C

Page 63: USINA HIDRELÉTRICA EMBORCAÇÃO - cemig.com.br · monitoramento da ictiofauna uhe emborcaÇÃo 2009 1 relatÓrio anual monitoramento da ictiofauna usina hidrelÉtrica emborcaÇÃo

MONITORAMENTO DA ICTIOFAUNA

UHE EMBORCAÇÃO 2009

63

PONTO MALHA ORDEM FAMÍLIA Espécie Nome vulgar PESO (g) CP (mm) CT (mm) SEXO GÔNADA EMB-01 4 SILURIFORMES Loricariidae Hypostomus cf. margaritifer cascudo 35 103 X - - EMB-01 4 SILURIFORMES Loricariidae Hypostomus cf. margaritifer cascudo 26,5 96 X - - EMB-01 5 SILURIFORMES Pimelodidae Pimelodus maculatus mandi 91,5 168 203 M 1 EMB-01 5 SILURIFORMES Pimelodidae Pimelodus maculatus mandi 82 163 195 M 1 EMB-01 4 SILURIFORMES Pimelodidae Pimelodus maculatus mandi 62 145 175 F 1 EMB-01 3 SILURIFORMES Pimelodidae Pimelodus maculatus mandi 76,5 162 X F 1 EMB-01 6 SILURIFORMES Pimelodidae Pimelodus maculatus mandi 138,5 196 232 F 2A EMB-01 6 SILURIFORMES Pimelodidae Pinirampus pirinampu barbado 204 252 393 - - EMB-02 3 CHARACIFORMES Anostomidae Leporinus friderici piau-três-pintas 40 120 146 X X EMB-02 3 CHARACIFORMES Anostomidae Leporinus friderici piau-três-pintas 57,5 137 X X X EMB-02 3 CHARACIFORMES Anostomidae Leporinus friderici piau-três-pintas 51 131 162 X X EMB-02 4 CHARACIFORMES Anostomidae Leporinus friderici piau-três-pintas 64,5 143 174 X X EMB-02 4 CHARACIFORMES Anostomidae Leporinus friderici piau-três-pintas 97 156 193 X X EMB-02 4 CHARACIFORMES Anostomidae Leporinus friderici piau-três-pintas 53 129 161 X X EMB-02 4 CHARACIFORMES Anostomidae Leporinus friderici piau-três-pintas 53,5 128 157 M 2A EMB-02 4 CHARACIFORMES Anostomidae Leporinus friderici piau-três-pintas 106 167 206 M 2A EMB-02 4 CHARACIFORMES Anostomidae Leporinus friderici piau-três-pintas 82,5 152 182 F 2A EMB-02 6 CHARACIFORMES Anostomidae Leporinus friderici piau-três-pintas 215 203 249 F 2A EMB-02 6 CHARACIFORMES Anostomidae Leporinus friderici piau-três-pintas 198 205 251 M 2A EMB-02 7 CHARACIFORMES Anostomidae Leporinus friderici piau-três-pintas 347,5 235 280 - - EMB-02 8 CHARACIFORMES Anostomidae Schizodon nasutus campineiro 986,5 346 410 F 2C EMB-02 8 CHARACIFORMES Anostomidae Schizodon nasutus campineiro 710,5 312 360 - - EMB-02 3 CHARACIFORMES Anostomidae Schizodon nasutus campineiro 697,5 313 365 - - EMB-02 6 CHARACIFORMES Anostomidae Schizodon nasutus campineiro 250 230 X M 2C EMB-02 6 CHARACIFORMES Anostomidae Schizodon nasutus campineiro 464,5 282 343 M 2C EMB-02 6 CHARACIFORMES Anostomidae Schizodon nasutus campineiro 312 250 290 M 2C EMB-02 6 CHARACIFORMES Anostomidae Schizodon nasutus campineiro 344,5 260 296 M 2C EMB-02 7 CHARACIFORMES Anostomidae Schizodon nasutus campineiro 467 274 317 F 2C EMB-02 7 CHARACIFORMES Anostomidae Schizodon nasutus campineiro 375,5 270 318 M 2B EMB-02 5 CHARACIFORMES Characidae Astyanax altiparanae lambari-do-rabo-amarelo 25,5 87 106 F 2C EMB-02 6 SILURIFORMES Doradidae Rhinodoras dorbigny abotoado 95,5 150 175 M 2A EMB-02 3 SILURIFORMES Pimelodidae Pimelodus maculatus mandi 106 183 225 F 1 EMB-02 4 SILURIFORMES Pimelodidae Pimelodus maculatus mandi 63 138 176 F J EMB-02 4 SILURIFORMES Pimelodidae Pimelodus maculatus mandi 60,5 145 175 F J EMB-02 4 SILURIFORMES Pimelodidae Pimelodus maculatus mandi 53,5 134 173 F 1 EMB-02 4 SILURIFORMES Pimelodidae Pimelodus maculatus mandi 88,5 163 206 F 2A EMB-02 4 SILURIFORMES Pimelodidae Pimelodus maculatus mandi 88 161 197 F 2A

Page 64: USINA HIDRELÉTRICA EMBORCAÇÃO - cemig.com.br · monitoramento da ictiofauna uhe emborcaÇÃo 2009 1 relatÓrio anual monitoramento da ictiofauna usina hidrelÉtrica emborcaÇÃo

MONITORAMENTO DA ICTIOFAUNA

UHE EMBORCAÇÃO 2009

64

PONTO MALHA ORDEM FAMÍLIA Espécie Nome vulgar PESO (g) CP (mm) CT (mm) SEXO GÔNADA EMB-02 4 SILURIFORMES Pimelodidae Pimelodus maculatus mandi 46,5 123 165 F 1 EMB-02 4 SILURIFORMES Pimelodidae Pimelodus maculatus mandi 46,5 130 166 M J EMB-02 8 SILURIFORMES Pimelodidae Pimelodus maculatus mandi 158 205 247 F 2A EMB-02 8 SILURIFORMES Pimelodidae Pimelodus maculatus mandi 307 245 311 F 2A EMB-02 8 SILURIFORMES Pimelodidae Pimelodus maculatus mandi 330 237 293 - - EMB-02 8 SILURIFORMES Pimelodidae Pimelodus maculatus mandi 585,5 270 326 M 1 EMB-02 6 SILURIFORMES Pimelodidae Pimelodus maculatus mandi 268,5 247 290 X X EMB-02 6 SILURIFORMES Pimelodidae Pimelodus maculatus mandi 157,5 200 253 F 2A EMB-02 6 SILURIFORMES Pimelodidae Pimelodus maculatus mandi 380,5 255 313 M 1 EMB-02 6 SILURIFORMES Pimelodidae Pimelodus maculatus mandi 163,5 208 257 F 2A EMB-02 6 SILURIFORMES Pimelodidae Pimelodus maculatus mandi 174 203 245 F 2A EMB-02 6 SILURIFORMES Pimelodidae Pimelodus maculatus mandi 198,5 213 262 F 2A EMB-02 6 SILURIFORMES Pimelodidae Pimelodus maculatus mandi 190,5 220 276 F 2A EMB-02 6 SILURIFORMES Pimelodidae Pimelodus maculatus mandi 246,5 234 X X X EMB-02 6 SILURIFORMES Pimelodidae Pimelodus maculatus mandi 176 210 257 F 2A EMB-02 6 SILURIFORMES Pimelodidae Pimelodus maculatus mandi 218 221 278 F 2A EMB-02 6 SILURIFORMES Pimelodidae Pimelodus maculatus mandi 163 197 237 F 2A EMB-02 6 SILURIFORMES Pimelodidae Pimelodus maculatus mandi 191,5 223 267 F 2A EMB-02 6 SILURIFORMES Pimelodidae Pimelodus maculatus mandi 163,5 208 259 F 1 EMB-02 6 SILURIFORMES Pimelodidae Pimelodus maculatus mandi 180 202 230 X X EMB-02 6 SILURIFORMES Pimelodidae Pimelodus maculatus mandi 219 228 X F 2A EMB-02 6 SILURIFORMES Pimelodidae Pimelodus maculatus mandi 164,5 197 260 F 2A EMB-02 6 SILURIFORMES Pimelodidae Pimelodus maculatus mandi 184 212 257 F 2A EMB-02 6 SILURIFORMES Pimelodidae Pimelodus maculatus mandi 170 208 253 - - EMB-02 5 SILURIFORMES Pimelodidae Pimelodus maculatus mandi 130,5 190 235 M 2A EMB-02 5 SILURIFORMES Pimelodidae Pimelodus maculatus mandi 243,5 222 278 F 2B EMB-02 5 SILURIFORMES Pimelodidae Pimelodus maculatus mandi 307 253 307 F 2B EMB-02 5 SILURIFORMES Pimelodidae Pimelodus maculatus mandi 192 213 266 M X EMB-02 5 SILURIFORMES Pimelodidae Pimelodus maculatus mandi 139,5 193 238 M X EMB-02 5 SILURIFORMES Pimelodidae Pimelodus maculatus mandi 162,5 197 244 X X EMB-02 5 SILURIFORMES Pimelodidae Pimelodus maculatus mandi 142 197 241 F 2A EMB-02 5 SILURIFORMES Pimelodidae Pimelodus maculatus mandi 107 177 214 F 2A EMB-02 5 SILURIFORMES Pimelodidae Pimelodus maculatus mandi 58 145 178 - - EMB-02 7 SILURIFORMES Pimelodidae Pimelodus maculatus mandi 187,5 207 260 F 2B EMB-02 7 SILURIFORMES Pimelodidae Pimelodus maculatus mandi 178,5 206 262 F 2A EMB-02 7 SILURIFORMES Pimelodidae Pimelodus maculatus mandi 226 238 290 M 2A EMB-02 7 SILURIFORMES Pimelodidae Pimelodus maculatus mandi 335 242 297 X X

Page 65: USINA HIDRELÉTRICA EMBORCAÇÃO - cemig.com.br · monitoramento da ictiofauna uhe emborcaÇÃo 2009 1 relatÓrio anual monitoramento da ictiofauna usina hidrelÉtrica emborcaÇÃo

MONITORAMENTO DA ICTIOFAUNA

UHE EMBORCAÇÃO 2009

65

PONTO MALHA ORDEM FAMÍLIA Espécie Nome vulgar PESO (g) CP (mm) CT (mm) SEXO GÔNADA EMB-02 4 SILURIFORMES Pimelodidae Pinirampus pirinampu barbado 74 179 220 - - EMB-02 8 SILURIFORMES Pimelodidae Pinirampus pirinampu barbado 345,5 286 X M 1 EMB-03 7 CHARACIFORMES Anostomidae Leporinus friderici piau-três-pintas 249,5 204 X M 2A EMB-03 3 CHARACIFORMES Anostomidae Leporinus octofasciatus flamenguinho 101 161 X F 2C EMB-03 3 CHARACIFORMES Anostomidae Leporinus octofasciatus flamenguinho 121 172 X F 2C EMB-03 10 CHARACIFORMES Anostomidae Leporinus octofasciatus flamenguinho 195,5 203 251 - - EMB-03 10 CHARACIFORMES Anostomidae Leporinus octofasciatus flamenguinho 158 184 230 - - EMB-03 7 CHARACIFORMES Anostomidae Schizodon nasutus campineiro 322 241 292 F 2C EMB-03 3 CHARACIFORMES Anostomidae Schizodon nasutus campineiro 187 207 X F 1 EMB-03 10 CHARACIFORMES Anostomidae Schizodon nasutus campineiro 200,5 220 X M 2B EMB-03 12 CHARACIFORMES Characidae Serrasalmus cf. maculatus piranha 92,5 135 159 - - EMB-03 3 CHARACIFORMES Characidae Serrasalmus cf. maculatus piranha 57 117 140 - - EMB-03 3 CHARACIFORMES Characidae Serrasalmus cf. maculatus piranha 52,5 115 135 - - EMB-03 3 CHARACIFORMES Characidae Serrasalmus cf. maculatus piranha 23,5 86 104 - - EMB-03 3 CHARACIFORMES Characidae Serrasalmus cf. maculatus piranha 54 115 137 F 3 EMB-03 3 CHARACIFORMES Characidae Serrasalmus cf. maculatus piranha 49 112 127 M 2A EMB-03 3 CHARACIFORMES Characidae Serrasalmus cf. maculatus piranha 38 103 X M 2A EMB-03 3 CHARACIFORMES Characidae Serrasalmus cf. maculatus piranha 31 97 115 M 2A EMB-03 3 CHARACIFORMES Characidae Serrasalmus cf. maculatus piranha 33,5 100 121 F 2A EMB-03 7 CHARACIFORMES Erythrinidae Hoplias intermedius traíra 282 238 277 M 1 EMB-03 3 GYMNOTIFORMES Sternopygidae Eigenmannia cf. virescens tuvira/sarapó 17,5 - 190 - - EMB-03 3 PERCIFORMES Cichlidae Cichla cf. piquiti tucunaré azul 50,5 134 157 M 1 EMB-03 3 PERCIFORMES Cichlidae Cichla cf. piquiti tucunaré azul 120 173 198 M 2A EMB-03 3 PERCIFORMES Cichlidae Cichla cf. piquiti tucunaré azul 102 164 193 - - EMB-03 3 PERCIFORMES Cichlidae Cichla cf. piquiti tucunaré azul 92 163 187 - - EMB-03 10 SILURIFORMES Loricariidae Hypostomus cf. margaritifer cascudo 89,5 141 177 M 2B EMB-03 3 SILURIFORMES Pimelodidae Pimelodus maculatus mandi 76,5 162 X F 2A EMB-04 6 CHARACIFORMES Anostomidae Leporinus friderici piau-três-pintas 217 221 X X X EMB-04 6 CHARACIFORMES Anostomidae Leporinus friderici piau-três-pintas 255 224 256 - - EMB-04 7 CHARACIFORMES Anostomidae Leporinus friderici piau-três-pintas 416,5 264 320 M 2C EMB-04 3 CHARACIFORMES Anostomidae Leporinus friderici piau-três-pintas 350,5 253 292 M 2B EMB-04 3 CHARACIFORMES Anostomidae Leporinus friderici piau-três-pintas 282 235 279 - - EMB-04 3 CHARACIFORMES Anostomidae Leporinus friderici piau-três-pintas 300 242 279 - - EMB-04 10 CHARACIFORMES Anostomidae Leporinus friderici piau-três-pintas 388,5 260 303 F 2A EMB-04 10 CHARACIFORMES Anostomidae Leporinus friderici piau-três-pintas 384,5 258 X M 2B EMB-04 10 CHARACIFORMES Anostomidae Leporinus friderici piau-três-pintas 373,5 257 308 M 2A EMB-04 10 CHARACIFORMES Anostomidae Leporinus friderici piau-três-pintas 49,5 127 159 - -

Page 66: USINA HIDRELÉTRICA EMBORCAÇÃO - cemig.com.br · monitoramento da ictiofauna uhe emborcaÇÃo 2009 1 relatÓrio anual monitoramento da ictiofauna usina hidrelÉtrica emborcaÇÃo

MONITORAMENTO DA ICTIOFAUNA

UHE EMBORCAÇÃO 2009

66

PONTO MALHA ORDEM FAMÍLIA Espécie Nome vulgar PESO (g) CP (mm) CT (mm) SEXO GÔNADA EMB-04 10 CHARACIFORMES Anostomidae Leporinus friderici piau-três-pintas 445,5 270 313 F 2A EMB-04 10 CHARACIFORMES Anostomidae Leporinus friderici piau-três-pintas 407,5 264 317 M 2A EMB-04 10 CHARACIFORMES Anostomidae Leporinus friderici piau-três-pintas 384,5 255 303 F 1 EMB-04 16 CHARACIFORMES Anostomidae Schizodon nasutus campineiro 552,5 297 358 X X EMB-04 6 CHARACIFORMES Characidae Serrasalmus cf. maculatus piranha 795 250 280 M 2A EMB-04 6 CHARACIFORMES Characidae Serrasalmus cf. maculatus piranha 328 190 221 F 3 EMB-04 6 CHARACIFORMES Characidae Serrasalmus cf. maculatus piranha 26 90 106 - - EMB-04 6 CHARACIFORMES Characidae Serrasalmus cf. maculatus piranha 29 93 113 J - EMB-04 6 CHARACIFORMES Characidae Serrasalmus cf. maculatus piranha 35,5 98 115 - - EMB-04 6 CHARACIFORMES Characidae Serrasalmus cf. maculatus piranha 29 93 113 J - EMB-04 6 CHARACIFORMES Characidae Serrasalmus cf. maculatus piranha 27,5 93 112 M 2A EMB-04 3 CHARACIFORMES Characidae Serrasalmus cf. maculatus piranha 228,5 175 203 M 2A EMB-04 3 CHARACIFORMES Characidae Serrasalmus cf. maculatus piranha 34,5 100 119 M 2A EMB-04 3 CHARACIFORMES Characidae Serrasalmus cf. maculatus piranha 47 109 128 M 2A EMB-04 7 CHARACIFORMES Characidae Serrasalmus cf. maculatus piranha 254 178 203 X X EMB-04 6 CHARACIFORMES Characidae Metynnis cf. maculatus pacu prata/pacuzinho 30 87 101 - - EMB-04 14 CHARACIFORMES Erythrinidae Hoplias intermedius traíra 2421 480 545 M 1 EMB-04 10 CHARACIFORMES Erythrinidae Hoplias intermedius traíra 669,5 324 370 M 2A EMB-04 10 CHARACIFORMES Erythrinidae Hoplias intermedius traíra 620,5 315 370 F 1 EMB-04 10 CHARACIFORMES Erythrinidae Hoplias intermedius traíra 940 360 417 F 3 EMB-04 6 PERCIFORMES Cichlidae Satanoperca sp. acará 68 123 147 - - EMB-04 3 PERCIFORMES Cichlidae Satanoperca sp. acará 57 117 141 M 2A EMB-04 3 PERCIFORMES Cichlidae Satanoperca sp. acará 56,5 119 144 M 2A EMB-04 6 SILURIFORMES Pimelodidae Pimelodus maculatus mandi 87,5 158 192 M 1 EMB-04 6 SILURIFORMES Pimelodidae Pimelodus maculatus mandi 124,5 190 X X X EMB-04 6 SILURIFORMES Pimelodidae Pimelodus maculatus mandi 256 227 265 F 2A EMB-04 7 SILURIFORMES Pimelodidae Pimelodus maculatus mandi 138,5 185 226 M 1 EMB-04 3 SILURIFORMES Pimelodidae Pimelodus maculatus mandi 69 154 185 F 2A EMB-04 3 SILURIFORMES Pimelodidae Pimelodus maculatus mandi 253 228 X F 2B EMB-04 10 SILURIFORMES Pimelodidae Pimelodus maculatus mandi 262,5 232 268 F 2B EMB-04 10 SILURIFORMES Pimelodidae Pimelodus maculatus mandi 319 245 296 F 2B EMB-04 10 SILURIFORMES Pimelodidae Pimelodus maculatus mandi 301 245 287 M 2C EMB-04 10 SILURIFORMES Pimelodidae Pimelodus maculatus mandi 306 250 298 F 2C EMB-04 10 SILURIFORMES Pimelodidae Pimelodus maculatus mandi 362,5 277 X F 2B EMB-04 10 SILURIFORMES Pimelodidae Pimelodus maculatus mandi 393 273 314 F 2B EMB-04 6 SILURIFORMES Pimelodidae Pinirampus pirinampu barbado 1866,5 460 535 M 1

Fonte: Amostragem realizada em setembro/2009

Page 67: USINA HIDRELÉTRICA EMBORCAÇÃO - cemig.com.br · monitoramento da ictiofauna uhe emborcaÇÃo 2009 1 relatÓrio anual monitoramento da ictiofauna usina hidrelÉtrica emborcaÇÃo

MONITORAMENTO DA ICTIOFAUNA

UHE EMBORCAÇÃO 2009

67

ANEXO B

REGISTRO DA EMBARCAÇÃO UTILIZADA NA COLETA REALIZADA NA UHE

EMBORCAÇÃO.

Page 68: USINA HIDRELÉTRICA EMBORCAÇÃO - cemig.com.br · monitoramento da ictiofauna uhe emborcaÇÃo 2009 1 relatÓrio anual monitoramento da ictiofauna usina hidrelÉtrica emborcaÇÃo

MONITORAMENTO DA ICTIOFAUNA

UHE EMBORCAÇÃO 2009

68

Page 69: USINA HIDRELÉTRICA EMBORCAÇÃO - cemig.com.br · monitoramento da ictiofauna uhe emborcaÇÃo 2009 1 relatÓrio anual monitoramento da ictiofauna usina hidrelÉtrica emborcaÇÃo

MONITORAMENTO DA ICTIOFAUNA

UHE EMBORCAÇÃO 2009

69

ANEXO C

LICENÇA DE PESCA CIENTÍFICA

Page 70: USINA HIDRELÉTRICA EMBORCAÇÃO - cemig.com.br · monitoramento da ictiofauna uhe emborcaÇÃo 2009 1 relatÓrio anual monitoramento da ictiofauna usina hidrelÉtrica emborcaÇÃo

MONITORAMENTO DA ICTIOFAUNA

UHE EMBORCAÇÃO 2009

70

Page 71: USINA HIDRELÉTRICA EMBORCAÇÃO - cemig.com.br · monitoramento da ictiofauna uhe emborcaÇÃo 2009 1 relatÓrio anual monitoramento da ictiofauna usina hidrelÉtrica emborcaÇÃo

MONITORAMENTO DA ICTIOFAUNA

UHE EMBORCAÇÃO 2009

71

Page 72: USINA HIDRELÉTRICA EMBORCAÇÃO - cemig.com.br · monitoramento da ictiofauna uhe emborcaÇÃo 2009 1 relatÓrio anual monitoramento da ictiofauna usina hidrelÉtrica emborcaÇÃo

MONITORAMENTO DA ICTIOFAUNA

UHE EMBORCAÇÃO 2009

72

Page 73: USINA HIDRELÉTRICA EMBORCAÇÃO - cemig.com.br · monitoramento da ictiofauna uhe emborcaÇÃo 2009 1 relatÓrio anual monitoramento da ictiofauna usina hidrelÉtrica emborcaÇÃo

MONITORAMENTO DA ICTIOFAUNA

UHE EMBORCAÇÃO 2009

73

Page 74: USINA HIDRELÉTRICA EMBORCAÇÃO - cemig.com.br · monitoramento da ictiofauna uhe emborcaÇÃo 2009 1 relatÓrio anual monitoramento da ictiofauna usina hidrelÉtrica emborcaÇÃo

MONITORAMENTO DA ICTIOFAUNA

UHE EMBORCAÇÃO 2009

74