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USO DE ANTIBIÓTICOS EM PEDIATRIA
Tinai Andrade Lima
Universidade Estadual de Santa CruzDepartamento de Ciências de Saúde
Curso de Medicina
PENICILINAS
PENICILINAS
História;
- Dr. Alexander Fleming, 1928;
- fungo Penicillium notatum;
- 1941, introduzida no tratamento de infecções;
- no tratamento de infecções estreptocócicas e gonocócicas.
PENICILINAS
Mecanismo de ação:
- ação bactericida;
- inibição da síntese da parede celular;
- ativação do sistema autolítico endógeno da
bactéria;
- proteínas ligadoras de penicilinas PBPs.
PENICILINAS
I) Penicilina G- Em uso há mais de 50 anos;- ATB de escolha para:
PENICILINAS
- Não sensíveis a: Produtores de penicilases: Staphylococcus aureus
e Staphycoccus epidermidis; Produtores de betalactamases: N. gonorrhoeae,
H. influezae, Moraxella catarrhalis e Gram negativos anearóbio;
Pneumococo resistente à penicilina (PRP):- Projeto SIREVA, OPAS: América latina: 24,9%- Brasil: - São Paulo: 25,1%
- Recife: 18,3%- Belo Horizonte: 4,3%
PENICILINAS
Preparações:b) P. cristalina: quando se quer efeito rápido ou alta
concentração sérica.- Pico de concentração: 30-60min- Excreção renal rápida- EV- Infecções graves, como meningite, pneumonia e
endocardite.- Dose: 100.000 a 400.000U/kg/dia, 4h/4h a 6h/6h
PENICILINAS
Preparações:b) P. cristalina: quando se quer efeito rápido ou alta
concentração sérica.- Pico de concentração: 30-60min- Excreção renal rápida- EV- Infecções graves, como meningite, pneumonia e
endocardite.- Dose: 100.000 a 400.000U/kg/dia, 4h/4h a 6h/6h
PENICILINAS
Preparações:b) P. cristalina: quando se quer efeito rápido ou alta
concentração sérica.- Excreção renal rápida- EV- Infecções graves, como meningite, pneumonia e
endocardite.- Dose: 100.000 a 400.000U/kg/dia, 4h/4h a 6h/6h
PENICILINAS
Preparações:b) P. cristalina: quando se quer efeito rápido ou alta
concentração sérica.- Excreção renal rápida- EV- Infecções graves, como meningite, pneumonia e
endocardite.- Dose: 100.000 a 400.000U/kg/dia, 4h/4h a 6h/6h
Inf. SNC
PENICILINAS
a) P. procaína:
- Concentrações bactericidas +↓ (10-30%)
- Nível máx. 4h, detectados até 24h
- + alergênica
- Inf. Leves a moderadas
- Dose: 25.000 a 50.000U/kg/dia, IM, 1-2 doses dia
PENICILINAS
a) P. benzatina:
- Baixa concentração, 1-2%;
- No soro até 3 semanas, na urina por vários meses;
- Indicada em inf. alta/ sensíveis, em tec. bem
vascularizados;
- Tto faringite ou impetigo por estreptococo A, profilaxia
febre reumática, escolha sífilis 1ª, 2ª e latente.
- Dose: < 25kg → 50.000U/kg - 600.000U/dose IM
> 25kg → 1.200U/kg IM
PENICILINASI. Penicilina V
- Resiste acidez gástrica → VO
- Inf. leves das amígdalas, trato respiratório e tec.
moles
- Dose: < 5 anos → 125mg
> 5 anos → 250mg
Profilaxia pneumococo ou estreptococo, ou asplenia
funcional
– Dose terapêutica: 25000-50000U/kg/dia 3-4x
12/12h
PENICILINAS
I. P. resistentes a penicilases
Meticilina, oxacilina, naficilina, cloxacilina e
dicloxacilina;
S. aureus são produtores de penicilases, anos 80 –
atualmente as resistentes a meticilina (MRSA);
Indicadas para tto de inf. estafilococicas
comunitárias;
Dose oxacilina: 100-200mg/kg/dia IV ou IM
PENICILINAS
I. Aminopenicilinas:- Atividade contra Gram -, sem perder atividade
contra Gram +;- Mais ativas contra Listeria monoctogenes;
a) Amoxacilina: escolha para tto inf. agudas do trato respiratório superior e inferior leve a moderada.
Observar no meio H. influenzae, M catarrhalis e S.pneumoniae resistentes.
Dose: VO 40-50mg/kg/dia 2-3x
PENICILINAS
I. Aminopenicilinas:
b) Ampicilina:
Em inf. Graves na pediatria, principalmente nos 3
primeiros meses de vida, associada a outros.
Excelente ação contra estrepococos B, L. monocytogenes
e Enterococcus spp.
IV: 100-300mg/kg/dia 4x
VO: 50-100mg/kg/dia 6h/6h
PENICILINAS
I. P. espectro ampliado (anti-pseudomonas)
a) Carboxipenicilinas:
- Pouco utilizadas pelos efeitos tóxicos(↓ atv.
plaquetária, hipocalemia e sobrecarga de sódio),
resistência e necessidade de altas doses.
- Carbenicilina 200-600mg/kg/dia 6h/6h IM/IV
- Ticarcilina 100-300mg/kg/dia 4h/4h a 6h/6h IM/IV
PENICILINAS
I. P. espectro ampliado (anti-pseudomonas)
b) Ureidopenicilinas: ação contra gram –
Boa penetração tecidual : LCR e tec. ósseo
Não disponíveis em nosso meio.
Não são de escolha.
São as meslocilina, aslocilina e piperacilina, via
parenteral
PENICILINAS
Efeitos tóxicos:
3-10% da pop. é alérgica;
Os sintomas de anafilaxia surgem em 10-20min após
administração: choque, hipotensão, urticária, edema
de laringe e broncoespasmo;
Obter sempre o histórico do paciente;
Reação alérgica cruzada em 3-5% com cefalosporinas
PENICILINAS
Efeitos tóxicos:
Outras reações: febre induzida por fármacos, doença
do soro, vasculites, nefrite intersticial, exantemas.
Além de reações locais em IM.
VO: náuseas, vômitos, diarréia, dor abdominal.
BETALACTÂMICOS
BETALACTÂMICOSI. Carbapenêmicos:
Potente ação contra Gram + e –;
1º: tienamicina, 1976, contudo muito instável
quimicamente;
2º: imipenem, 1979, sofre ação da dipeptidase renal,
levando a inativação por hidrólise;
Cilastatina;
Meropenem, 1987, maior estabilidade a ação da
dipeptidase.
BETALACTÂMICOS
1) Imipenem e Meropenem:
MA: - Amplo espectro, melhor sobre betalactamases;
- Efeito pós-antibiótico (bacteriostático).
Ação contra cocos e bacilos Gram – e +, aeróbios e
anaeróbios, infecções hopitalares;
Escolha: Acinetobacter baumannü, Pseudomonas
aeruginosa, Campylobacter e Bacteroides fragilis;
Resistentes: S. aureus meticilino ou oxacilino
resistentes.
BETALACTÂMICOS
1) Imipenem e Meropenem:
Boa difusão por tecidos e líquidos orgânicos, LCR;
Depuração renal, reajustado a cada 12h em IR;
Efeitos colaterais:- Reações gastrintestinais;- Reações alérgicas cruzadas com penicilinas (rash, prurido, febre, anafilaxia)- Alter. laboratoriais: leucopenia e plaquetopenia, eosinofilia e trombocitopenia, ↑ transaminases;- Neurotoxidade e convulsões 1%, lactentes e idosos
BETALACTÂMICOS
1) Imipenem e Meropenem:
Indicações: - Neutropênicos febris;
- Inf. hospitalares graves resistentes a outras drogas;
- Acinetobacter multirresistente.
Dose:
- Imipenem: 50mg/kg/dia 6h/6h, diluído SG/SF, 20-30m
IV/IM*
- Meropenem: 10-20 mg/kg/dia 8h/8h, em 5m ou
gotejamento em 30m, IV
BETALACTÂMICOS
I. Monobactâmicos
Amplo espectro contra Gram – e boa estabilidade
frente as betalactamases;
Representados pelo aztreonam e carumonam;
Bactericida com ação em parede celular;
Baixa afinidade PBP3 dos Gram + e anaeróbios;
Ativo contra a maioria das enterobactérias (E. coli,
Samonella, Klebsiela, Proteus,etc)
BETALACTÂMICOS
I. Monobactâmicos
Atividade inferior a cefa de 3ª e carbapenêmicos
contra P. aeruginosa;
Boa ativ. contra H. influenzae, N. meningitidis e N.
gonorrhoeae;
Boa distribuição orgânica, incluindo o líquor;
Efeito pós-biótico;
Depuração renal, com reajuste em IR
BETALACTÂMICOS
I. Monobactâmicos
Efeitos colaterais raros, isento de nefro/ototoxidade;
Indicações:- Inf. bacilos Gram -, especial/ multirresistentes e indutores de betalactamases;- Não deve ser considerada de 1ª escolha;
Dose: uso parenteral
RN: 30mg/kg 1ª sem 12/12, até 28d 8/8h, depois 6/6h
Inf. Graves: 50mg/kg/dose 6/6h
BETALACTÂMICOSI. Carbacefemas
Estruturalmente semelhantes a cefalosporinas;
Representado pelo Loracarbef;
Ação em parede celular nas PBP;
Espectro semelhantes a cefa de 1ª, > H. influenzae,
contra E. coli, Proteus, Klebsiela e gonococo e
Gram+
Indicada em inf. vias aéreas superiores e inferiores
de leve a moderadas. Ati. > para Haemophilus do
cefa de 1ª e 2 ª e amoxa+clavulonato
BETALACTÂMICOS
I. Carbacefemas
Dose: 15-30mg/kg/dia, 12/12h;
Efeitos colaterais: raros relatos de reações
grastrintestinais ou de hipersensibilidade;
Liberada pela ANVISA contudo ainda não é
comercializada no Brasil.
BETALACTÂMICOS
I. Inibidores de betalactamases
Inibidores suicidas;
Não têm efeito bactericida isoladamente: são
utilizados em associação:
Ác. Clavulânico + amoxicilina
Ác. Clavulânico + ticarcilina
Sulbactan + ampicilina
Tazobactam + piperacilina
BETALACTÂMICOSI. Inibidores de betalactamases
Ácido clavulânico:
- não tem ação contra germes produtores de
betalactamases meticilinorresistentes.
Sulbactam:
- menos potente que o clavulonato.
Tazobactam:
- mais ativo contras algumas enterobac-
térias
BETALACTÂMICOS
1. Ácido clavulânico + amoxicilina:
a) Indicações:
* Infecções de vias aéreas superiores e inferiores:
Ex: - Otites médias crônicas e recorrentes;
- Sinusites crônicas;
- Pneumonias.
* Nas infecções mais graves - EV
BETALACTÂMICOS
1. Ácido clavulânico + amoxicilina:
b) Efeitos colaterais:
- Distúbios gastrintestinais + comuns;
- Outros: rash, febre, neutropenia, ↑ transaminases.
c) Dose: amoxicilina é a referência (7:1)
30-50 mg/kg/dia 8h/8h, VO ou EV*
* Diluída em 50-100ml de SF 0,9% em 30min
BETALACTÂMICOS
1. Ácido clavulânico + ticarcilina:
Ação sobre gram –
a) Indicação:
- Infec. Graves: sepse, pneumonias intra-
hospitalares;
- Infec. intra-abdominais, ósseas e de partes moles
por produtores de betalactamases.
b) Dose: referência ticarcilina
200-300mg/kg/dia 6h/6h. EV, diluída e lenta.
BETALACTÂMICOS
1. Sulbactam + ampicilina:
Tem sido utilizadas em infecções intra-abdominais
com sucesso:
a) Dose: referência ampicilina
150mg/kg/dia 6h/6h a 8h/8h
BETALACTÂMICOS
1. Tazobactam + piperacilinaUso em >12 anos
a) Indicação : infecções hospitalares respiratórias,
urinárias, intra-abdominais cirúrgicas, celulites e
abcessos por germes resistentes betalactâmicos.
b) Dose:
2,5 – 4,5g 8h/8h EV lenta (30min)
AMINOGLICOSÍDEOS
AMINOGLICOSÍDEOS
- Ação bactericida e bacteriostática.
- Ação ↓ condições de anaerobiose e pH baixo –
ruim em abscessos;
- Pouca penetração em líquor;
- Indicação: infec. graves por gram - e enterococos;
- Uso tópico contra indicado devida a seleção
rápida de cepas resistentes.
AMINOGLICOSÍDEOS
1. Gentamicina:
- Atuação especial contra P. aeruginosa e Acinetobacter;
- Tem amplo espectro, atuando sobre gram +, gram - e
micobactérias;
d) Indicação:
Indicada contra os bacilos gram -, especialmente
enterobactérias e P. aeruginosa.
Pequena atvd. contra cocos gram- (meningococo e gonococo).
AMINOGLICOSÍDEOS
1. Gentamicina:
Não age contra H. influenzae.
Indicações adicionais:
1. Combinação com ampicilina, p. cristalina ou vancomicina
no tto de endocardite bacteriana por enterococo sensível
ou pelo S.viridans;
2. Combinada às penicilinas antipseudomonas no tto de infec.
graves por P.aeruginosa em localização que não trato
urinário.
AMINOGLICOSÍDEOS
1. Amicacina:
- Único ativo contra Nocardia asteroides
- Indicada:
- infec. por organismos resistentes a outros aminoglicosídeos.
- tto de infec graves por bacilos gram-negativos e, associada à
cefalotina ou à oxacilina, em graves estafilococcias.
- Nas pneumonias e septicemias estafilocócicas a terapêutica
combinada com b-lactâmico deve ser mantida nos 3 ou 5
dias iniciais, então é suspenso e mantida monoterapia com
antiestafilocócico .
AMINOGLICOSÍDEOS
1. Trobamicina:
- Cepas resistentes à gentamicina também o são à
tobramicina,
- Custo mais elevado;
- Uso inalatório em pneumonia de pct com fibrose
cística, com redução da frequencia de hospitalização.
AMINOGLICOSÍDEOS
Reações adversas;
- Incomuns reações de hipersensibilidade;
- A administração direta EV pode provocar intoxicação
aguda, com bloqueio neuromuscular e risco de paralisia
respiratória, além da nefrotoxicidade aguda e depressão
miocárdica;
- Nefrotoxidade reversível;
- Ototoxidade usualmente irreversível (sons de alta
freqüência)
AMINOGLICOSÍDEOS
AMINOGLICOSÍDEO
DOSE * (mg/kg)
NÍVEL SÉRICO (m g/ml) em pico
VIA
Intramuscular Ou Intravenosa
Gentamicina 3 a 5 4 a 6
Tobramicina 3 a 5 4 a 6
Amicacina 15 20-30
* A cada 8 horas.
CEFALOSPORINAS
CEFALOSPORINAS
Introdução
- Assim como as penicilinas, as cefalosporinas
pertencem à família dos betalactâmico;
- Inibem a síntese da parede celular bacteriana;
- São classificadas com base na cronologia da
introdução das drogas no mercado e na sua
atividade antibacteriana.
CEFALOSPORINAS
I. Primeira geração:
- Boa atividade contra bactérias Gram+ e muito menos
expressiva contra os germes Gram-
- Exceção ao enterococo, S. aureus meticilinorresistente e S.
epidermidis;
- Grande parte dos anaeróbios encontrados na cavidade oral
é sensível, mas Bacteroides fragilis é resistente.
- A atividade contra Moraxella catarrhalis, Escherichia coli,
Klebsiella pneumoniae e Proteus mirabilis é boa.
CEFALOSPORINAS
I. Primeira geração:
- Por via parenteral (cefalotina e cefazolina) são tão
eficazes quanto a oxacilina a estafilococos sensíveis
a oxa;
- Por via oral (cefalexina e cefadroxila) são úteis em
infec. respiratórias, dermatológicas e urinárias (não
de 1ª escolha) e na complementação do tto venoso.
CEFALOSPORINAS
I. Segunda geração:
- Concervam a eficácia das cefa de 1ªG e acrescentam
ação contra H. influenzae e Moxarella catarrhalis;
- Cefaclor e cefuroxima são de 2ª linha para otites (após
SMZ-TMP e amoxicilina);
- Para Gram-, são fortes indutoras de resistência, e não
devem ser usadas mesmo que o antibiograma
indique sensibilidade.
CEFALOSPORINAS
I. Terceira geração:
- Mais ativas para Gram- e menos eficazes para Gram+;
- Divididas em 2 grupos:
a) cefotaxima, ceftriaxona e cefodizima: com
espectro e padrão de sensibilidade semelhante e
pouco ativas contra Pseudomonas;
b) ceftazidine, cefoperazona e cefixima: ativas
contra Pseudomonas e menos ativa contra
estafilococos.
CEFALOSPORINAS
I. Terceira geração:
- Ceftazidine é considerada a cefalosporina de escolha
para Pseudomonas pela sua eficácia e por induzir
menos resistência;
- Não usar cefotaxima/ceftriaxona para tto empiírico de
infec por Gram+, se cobertura contra gram- é
desnecessária. As outras alternativas (oxacilina,
cefalotina e clindamicina) são mais eficazes, mais
baratas e mais seguras.
CEFALOSPORINAS
I. Terceira geração:
- Ceftriaxona é preferida nas meningites infantis;
- Não devem ser usadas como terapia empírica para
infecções urinárias e profilaxia pré-operatória.
- Em tto de meningite em RN deve-se associar
ampicilina para ampliar espectro para ampliar a
cobertura para estreptococo B e Listeria.
- Se a bactéria se mostrar sensível aos aminoglicosídeos
estes devem ser preferidos às cefaslosporina.
CEFALOSPORINAS
I. Quarta geração:
- Espectro aumentado de ação quando comparadas às
de terceira geração;
- Maior estabilidade diante da hidrólise mediada por
betalactamases;
- Cefepime é a única autorizada para uso em pacientes
pediátricos.
CEFALOSPORINAS
Indicações Básicas:
- Impõem-se como primeira escolha:
• meningite além do período neonatal: ceftriaxona
isoladamente. Em suspeita de S. pneumoniae penicilino
resistente, associar a vancomicina;
• infecções graves por Klebsiella, Enterobacter, Proteus,
Providencia ou Serratia: as cefalosporinas de 3ª e 4ª têm
indicação, associadas ou não a um aminoglicosídeo.
CEFALOSPORINAS
Indicações Básicas:
- Impõem-se como primeira escolha:
• infecções por anaeróbios: cefoxitina associada a
outros ATB.
• terapia antimicrobiana para pacientes
neutropênicos: cefalosporina 3ª G + aminoglicosídeo.
CEFALOSPORINAS
Indicações Básicas:
- Impõem-se como segunda linha:
• faringoamigdalite estreptocócica do grupo A:
penicilina;
• otite média aguda: amocixilina;
• meningite no período neonatal: recomenda-se o uso
de ampicilina associada à gentamicina.
CEFALOSPORINAS
Efeitos Colaterais:
As reações de hipersensibilidade são mais comuns;
Reação cruzada com as penicilinas;
Outras:
• hemólise;
• depressão da medula óssea, com granulocitopenia;
• nefrotoxicidade;
• diarréia, mais associada ao uso da cefoperazona;
• sangramento grave por hipoprotrombinemia, trombocitopenia e/ou
disfunção plaquetária.
CEFALOSPORINAS
Geração DrogaDose em
mg/kg/dia
Intervalodas doses(horas)
Vias de administração*
1a
Cefalexina CefadroxilaCefalotinaCefazolina
25-503080-15025-100
6124 a 68
VOVOIVIV,IM
2a
CefaclorCefoxitinaCefuroximaCefuroxima axetila
20-4080-16075-15020-30
8 a 124 a 8812
VOIV, IMIV, IMVO
3a CefotaximaCeftriaxonaCeftazidima
75-30050-10075-150
6 a 812 a 248
VI, IMVI, IMVI, IM
4a Cefepima 50 12 IV,IM
MACROLÍDEOS
MACROLÍDEOS
Introdução:
- Inibem síntese protéica – bacteriostáticos;
- Atividade contra bactérias Gram+, cocos Gram- e
contra os anaeróbios;
MACROLÍDEOS
1. Eritromicina:
b) Indicações:
- Primeira opção: coqueluche, da difteria, das
legioneloses e infecções pelo Mycoplasma;
- Excelente eficácia tto das infecções genitais e
pélvicas por Chlamydia trachomatis e
Ureaplasma;
- Escolha em pacientes com hipersensibilidade à
penicilina.
MACROLÍDEOS
1. Eritromicina:
b) Interações e efeitos colaterais:
Os efeitos colaterais gastrintestinais são os mais
freqüentes, principalmente em adultos, por via
oral, menos referidos em crianças;
Icterícia colestática e elevação das enzimas hepáticas
mais freqüentemente em adultos.
MACROLÍDEOS
1. Eritromicina:
b) Dose:
30-50mg/kg/dia 3-4x/dia (max 500mg)
Necessário ajuste de dose na insuficiência hepática.
MACROLÍDEOS
1. Azitromicina:
b) Indicação:
- Infecções respiratórias e dermatológicas por Streptococcus,
Staphylococcus, Pneumococcus, H. influenzae, Moraxella,
Bordetella pertussis, Chlamydia, Mycoplasma e Legionella;
- É eficaz contra patógenos que causam doenças sexualmente
transmissíveis como Treponema, Ureaplasma e Gardnerella.
MACROLÍDEOS
1. Azitromicina:
b) Interações e efeitos colaterais:
- Não devem ser administrados associados a
antiácidos;
- Efeitos gastrintestinais são os mais relatados,
contudo é uma droga bem tolerada.
MACROLÍDEOS
1. Azitromicina:
b) Dose:
10 mg/kg, por via oral, de 24/24 horas, por 3-5 dias
Não é necessário ajuste em insuficiência renal ou
hepática.
MACROLÍDEOS
1. Claritromicina:
b) Indicação:
- Nas infecções das vias aéreas superiores e inferiores,
por Streptococcus, Pneumococcus e H. influenzae;
- Indicação especial em infec pulmonares causadas por
Mycoplasma pneumoniae, Legionella e Chlamydia;
MACROLÍDEOS
1. Claritromicina:
b) Reações adversas:
- Alterações gastrintestinais são menos comuns da que
com a eritromicina;
- Existem alguns relatos de hepatite colestática e
alterações das enzimas hepáticas;
- Os pacientes imunodeprimidos podem ter mais
efeitos tóxicos , com exantema e alterações
hematológicas.
MACROLÍDEOS
1. Claritromicina:
b) Dose:
- 15/mg/kg/dia, fracionada de 12/12 horas, por via oral, de
7-10 dias.
- nos casos graves pode ser utilizada por via intravenosa.
GLICOPEPTÍDEOS
GLICOPEPTÍDEOS
Introdução:
- Bacteriostáticos;
- Os mais utilizados são a vancomicina e a
teicoplamina
GLICOPEPTÍDEOS
1. Vancomicina:
b) Espectro de ação:
- Age sobre microrganismos Gram-positivos, gonococos
e alguns anaeróbios;
- Especificamente indicada como opção de tratamento
de infecções estafilocócicas resistentes aos
betalactâmicos e demais antimicrobianos com
atividade antiestafilocócica.
GLICOPEPTÍDEOS
1. Vancomicina:
b) Indicação:
- As principais indicações são infecções estafilocócicas
graves em pacientes alérgicos a penicilinas e
cefalosporinas, e infecções causadas por estafilococos
resistentes a drogas antiestafilocócicas existentes.
Portanto, infecções pneumônicas, osteomielites,
septicemias, celulites, abcessos, meningoencefalites e
endocardites estafilocócicas são as mais preconizadas.
GLICOPEPTÍDEOS
1. Vancomicina:
b) Indicação:
- Em doentes com endocardites estafilocócicas com
próteses intracardíacas, em endocardites por S.
viridans ou outras doenças de evolução bastante
grave recomenda-se a associação de vancomicina
com rifampicina e aminoglicosídeos.
GLICOPEPTÍDEOS
1. Vancomicina:
b) Indicação:
- Em pacientes granulocitopênicos febris, recomenda-se
a vancomicina em associação com cefalosporinas
antipseudômonas e aminoglicosídeos.
OBS: não atinge concentração no líquor em pct sem
meningite.
GLICOPEPTÍDEOS
1. Vancomicina:
b) Dose:
- 30-40 mg/kg/dia, fracionada de 6/6 horas, durante 14 a 21 dias,
IV, diluida em 50-100ml SF ou SG5%, gotejando por 1h;
- RN dose máxima é de 30 mg/kg/dia, de 12/12 horas, IV;
- Nas meningoencefalites, em crianças maiores, pode-se atingir a
dose de 60 mg/kg.
OBS: a administração conjunta de hidrocortisona ajuda a reduzir
os efeitos colaterais sistêmicos e locais.
Contra-indicada em hepatopatas.
GLICOPEPTÍDEOS
1. Vancomicina:
b) Efeitos colaterais:
- IM produz irritação e dor no local da aplicação;
- Não se deve infundi-la rapidamente, pois pode provocar febre,
calafrios e sensação de formigamento;
- Sínd. do homem (ou pescoço) vermelho: surgimento de prurido,
eritema, congestão e angioedema do pescoço e tórax e,
raramente, choque;
- Os efeitos mais importantes são a nefro e a ototoxicidade, que
podem levar à insuficiência renal e à surdez permanente
Eritema no dorso do paciente.
Máculas na perna.
GLICOPEPTÍDEOS
1. Teicoplamina:
b) Espectro de ação:
- Mesmo espectro de ação da vancomicina;
- É mais ativas que a vancomicina contra S. faecalis e
C. difficile.
GLICOPEPTÍDEOS
1. Teicoplamina:
b) Indicação:
- São as mesmas indicações da vancomicina, exceto nas
infecções meníngeas, onde a teicoplanina não é
indicada por não atravessar a barreira
hematoencefálica.
GLICOPEPTÍDEOS
1. Teicoplamina:
b) Dose:
- >12 anos: dose inicial de 12 mg/kg/dia IV 12/12 h, por 2-4 dias, e
manutenção 6 mg/kg 24/24 h, IM ou IV;
- <12anos e RN: dose inicial 10 mg/kg 12/12 h, por 2-4 dias, e
manutenção de 6-10 mg/kg, 1x/dia;
- Em crianças granulocitopênicas, manutenção com 12 mg/kg/dia;
- Endocardites estafilocócicas: dose inicial 18 mg/kg/dia 12/12 h,
manutenção 12 mg/kg/dia 12/12 h, pode associar a
rifampicina.
GLICOPEPTÍDEOS
1. Teicoplamina:
b) Efeitos adverso:
- Menos tóxica que a vancomicina;
- Raras: de leucopenia transitória, febre, prurido,
erupção maculopapular transitória;
TETRACICLINAS
TETRACICLINAS
Introdução:
- ATB de largo espectro;
- Na prática terapêutica, utilizam-se as tetraciclinas convencionais de curta duração (tetraciclina, oxitetraciclinas) e as tetraciclinas de longa duração (doxiciclina, minociclina);
- Bacteriostáticos.
TETRACICLINAS
Indicações:- Na terapêutica das riquetsioses e nas infecções
por Mycoplasma pneumoniae em adultos. São usadas nas infecções por Chlamydia (psitacose, linfogranuloma venéreo, tracoma).
- As tetraciclinas em geral, especialmente a doxiciclina e a minociclina, têm sido utilizadas no tratamento da acne, pois apresentam ótima ação sobre Corynebacterium acnes.
TETRACICLINAS
Dose:- Em maiores 8 anos;
- As tetraciclinas, as clortetraciclinas e as oxitetraciclinas:) 20-40 mg/kg/dia 6/6h, VO.
- Doxiciclina: 4 mg/kg no primeiro dia, e, a seguir de 2 mg/kg em dose única, VO.
TETRACICLINAS
Efeitos Colaterais:- Reações gastrintestinais (até 10% dos pacientes);
- Reações cutâneas de hipersensibilidade, como lesões eritematosas e maculopapalares e fotossensibilidade;
- É desaconselhável o uso em crianças menores de 8 anos por provocar escurecimentos nos dentes, podendo ser associado à hipoplasia do esmalte.
QUINOLONAS
QUINOLONAS
Introdução:- Ação contra bactérias Gram -;
- As únicas quinolonas disponíveis no Brasil em apresentações para uso pediátrico, são o ácido nalidíxico e o ácido pipemídico;
- Possuem ação bactericida;
- Ativas contra enterobactérias, neissérias (gonococo e meningococo) e hemófilos, excetuando as 1ªg, Pseudomonas aeruginosa.
QUINOLONAS
Potenciais Indicações:- Infecções recorrentes ou crônicas por Pseudomonas
aeruginosa → Cipro- ITU por germes multirresistentes → Norfloxacino;- Otite média crônica supurativa >6sem, provável P.
aeruginosa- Infec. SNC, como ventriculites e meningites por bacilos
Gram-;- Imunocomprometidos granulocitopênicos;- Infec neonatal, nas situações de falência terapêutica
em infecções graves por bacilos Gram-; - Infecções gastrintestinais por cepas multirresistentes.
QUINOLONAS
Efeitos Colaterais:- Trato gastrintestinal: náuseas, vômitos, diarréia e dor
abdominal;
- Trato urinário: disúria, nefrite intersticial, cristalúria e aumento da creatinina sérica;
- Trato cardiovascular: taquicardia, hipotensão;
- Pele: fotossensibilidade, rash cutâneo, urticária;
- SNC: sonolência, ansiedade, convulsões;
- Alterações hepáticas: aumento de transaminases.
QUINOLONAS
Doses:
- Ácido nalidíxico, na dose de 30 a 50 mg/kg/dia, a cada 6 horas.
- Ácido pipemídico, na dose de 15 a 40 mg/kg/dia, a cada 12 horas.
- Ciprofloxacina, na dose de 20 a 30 mg/kg/dia, a cada 12 horas.
SULFONAMIDAS
SULFONAMIDAS
Introdução:
- Interferem na síntese de ácidos nucléicos dos microrganismos, dependente da biossíntese do ácido folínico a partir do ácido fólico;
- Efeito bacteriostático, e em alguns casos, efeito bactericida;
SULFONAMIDAS
Pirimetamina:
- Indicada na toxoplamose e infecções pelo Plasmódio;
- Atravessa a barreira hematoencefálica;
- Devido à sua ação no metabolismo do ácido folínico, pode causar efeito tóxico medular,se manifestando como anemia megaloblástica.
SULFONAMIDAS
Sulfadiazina:- Ação curta;
- Em associação a pirimetamina para tto da toxoplasmose;
- Esquema:sulfadiazina 80-130 mg/Kg/dia 2x/dia pirimetamina 1-2 mg/Kg/dia 1 a 2 doses dia
ácido folínico 1 mg/Kg/dia, 3x/semana.
SULFONAMIDAS
Co-trimoxazol (sulfametoxazol+trimetoprim):
- Infecções bacterianas, protozooses e micoses; - Ativa contra bactérias Gram+ e Gram-, ação sobre
os anaeróbios é pobre;- Primeira linha no tto de infecções leves a
moderadas de vias aéreas superiores, como otites agudas e sinusites;
- Não deve ser usada no tratamento da amigdalite bacteriana, descritas freqüentes falhas na erradicação do Streptococos pyogenes.
SULFONAMIDAS
Co-trimoxazol (sulfametoxazol+trimetoprim):
- Droga alternativa para pacientes alérgicos aos beta lactâmicos, apresentando atividade contra Haemoplilus influenzae e pneumococos;
- A dose: 10mg/Kg/dia de trimetoprim40 a 50mg/Kg/dia de sulfametoxazol.
SULFONAMIDAS
Co-trimoxazol (sulfametoxazol+trimetoprim):
- Droga alternativa para pacientes alérgicos aos beta lactâmicos, apresentando atividade contra Haemoplilus influenzae e pneumococos;
- A dose: 10mg/Kg/dia de trimetoprim40 a 50mg/Kg/dia de sulfametoxazol.
LICOSAMINAS CLINDAMICINA
LICOSAMINA /CLINDAMICINA
Introdução
- Espectro e mecanismo de ação similares aos macrolídeos;
- Importante no tto de infecções intra-abdominais e pélvicas por bactérias anaeróbicas, constituindo-se também uma alternativa para pacientes alérgicos à penicilina;
- Ação geralmente é bacteriostática.
LICOSAMINA /CLINDAMICINA
Clindamicina
- Ativa contra anaeróbios e Gram+;- Alternativa terapêutica:
Infecções por B. fragillis: é a segunda droga de escolha no tto de infecções gastrintestinais por este germe, após o metronidazol;Alternativa terapêutica em pacientes alérgicos a penicilina e cefalosporinas;OsteomielitePneumonia aspirativa grave ou abscesso pulmonar
LICOSAMINA /CLINDAMICINA
Via e doses usuais:
a. Oral: 10-30mg/kg/dia (palmitato) a cada 6-8 horas. Em infecções mais graves: 30-40mg/kg/dia, 6h/6h.
b. Parenteral: >1mês: 20-40 mg/kg/dia (fosfato) a cada 6-8h.
Em neonatos: 0-7 dias com <2kg - 10mg/kg/dia de 12/12h. 0-7 dias com >2kg - 15mg/kg/dia de 8/8h 8-30 dias com <2kg - 15mg/kg/dia de 8/8h 8-30 dias com >2kg - 20mg/kg/dia de 6/6h
METRONIDAZOL
METRONIDAZOL Anaeróbios gram-negativos (incluindo
Bacteroides) e muitas espécies de clostridium;
Também ativo contra vários protozoários e parasitas: Trichomonas vaginalis, Giardia lamblia e Entamoeba histolytica;
Metronidazol oral é o tratamento preferido para colite pseudomembranosa
METRONIDAZOL É o único antibiótico que não pode ser
administrado com alcool (nem ritonavir –tem alcool na dissolução);
Não deve ser usado na lactação;
Tinidazol é derivado 16 vezes mais potente contra Trichomonas vaginalis
Dose: 20-30mg/kg/dose 2-3x/dia(máx 400mg) EV/VO;Amebíase: 35-50mg/kg/dia 5-10 dias
QUESTÕES
1) Criança de 2 anos é internada por quadro de PNM bilateral
grave com hemoculturas positivas para S. pneumoniae. O
antibiograma revelou sensibilidade para todos os ATB testados,
incluindo a penicilina, a oxacilina e a vancomicina. Pela
gravidade da infecção, a melhor opção é:
•Vancomicina
•Penicilina
•Vancomicina + penicilina ou Vancomicina + oxacilina
•Vancomicina + penicilina + oxacilina
•Vancomicina, utilizando o dobro da dose usual
1) Criança de 2 anos é internada por quadro de PNM bilateral
grave com hemoculturas positivas para S. pneumoniae. O
antibiograma revelou sensibilidade para todos os ATB testados,
incluindo a penicilina, a oxacilina e a vancomicina. Pela
gravidade da infecção, a melhor opção é:
•Vancomicina
•Penicilina
•Vancomicina + penicilina ou Vancomicina + oxacilina
•Vancomicina + penicilina + oxacilina
•Vancomicina, utilizando o dobro da dose usual
(UFRJ 2004)
2) RN com peso de nascimentode1500g,Ballard =30s. Nasceu de
parto vaginal,com tempo de bolsa rota de 48h. Na vigência de de
sinais clínicos e laboratoriais de sepse neonatal precoce, o
melhor esquema de antibiótico inicial a ser usado é:
d)Cefepime + Amicacina
e)Oxacilina + Cefotaxime
f)Ampicilina + Gentamicina
g)Vancomicina + Penicilina cristalina
(UFRJ 2004)
2) RN com peso de nascimentode1500g,Ballard =30s. Nasceu de
parto vaginal,com tempo de bolsa rota de 48h. Na vigência de de
sinais clínicos e laboratoriais de sepse neonatal precoce, o
melhor esquema de antibiótico inicial a ser usado é:
•Cefepime + Amicacina
•Oxacilina + Cefotaxime
•Ampicilina + Gentamicina
•Vancomicina + Penicilina cristalina
FIM!