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USOS DA AVALIAÇÃO EXTERNA POR EQUIPES
GESTORAS E PROFISSIONAIS DOCENTES
USOS DA AVALIAÇÃO EXTERNA POR EQUIPES GESTORAS E
PROFISSIONAIS DOCENTES
EQUIPE:
Pesquisadores
Vandré Gomes da Silva
Nelson Antonio Simão Gimenes
Gabriela Miranda Moriconi
Paula Louzano (pesquisadora associada)
Bolsistas de Pesquisa
Lisandra Marisa Príncipe
Luciana França Leme
Consultoria
Bernardete Angelina Gatti
Patrícia Mota Guedes
PONTO DE PARTIDA DA PESQUISA
• De que forma as avaliações externas de desempenho discente
chegam às unidades escolares?
• O que as Secretarias de Educação e, em especial, as escolas
fazem com os resultados?
• Em que medida o uso de avaliações externas se convertem em
recurso pedagógico no trabalho escolar?
OBJETIVOS DA PESQUISA
• Identificar e tipificar eventuais usos que se tem feito das avaliações
externas, tanto nas escolas como nos ambitos central e intermediários de
gestão de Secretarias de Educação Públicas;
• Destacar a utilização de avaliações externas em seu sentido mais
pedagógico de subsidio, orientação e qualificação do trabalho escolar;
• Caracterizar e analisar algumas condições que poderiam favorecer ou
dificultar a execução desse tipo de política educacional;
METODOLOGIA
• Pesquisa de caráter qualitativo e exploratório;
• Identificação de Secretarias de educação públicas que tenham
explicitamente pautado suas políticas de avaliação no uso dos resultados
por unidades escolares;
• Experiências recentes de políticas de avaliação;
• A pesquisa não teve como objetivo avaliar ou analisar o impacto das
políticas de avaliação investigadas na melhoria de seus resultados;
• Seleção de quatro secretarias de educação distintas (redes de
pequeno, médio e grande portes e diferentes dependências
administrativas).
• Universo pesquisado:
• 3 secretarias que possuem avaliações externas próprias:
(Secretarias municipais de educação de Castro-PR e São Paulo-SP e Secretaria
Estadual de Educação do Espírito Santo)
• Contraponto: 1 secretaria de educação que utilize as avaliações externas
disponíveis - Prova Brasil e/ou avaliações externas estaduais (SARESP)
(Secretaria municipal de educação de Sorocaba – SP).
• Em cada sistema de ensino foram investigadas quatro unidades escolares.
• Investigação a partir de fontes documentais, questionários (aplicados
apenas aos professores) e entrevistas semi-estruturadas (153 no total):
• Gestão central: Secretários de Educ.; técnicos de avaliação e gestores
responsáveis pelo acompanhamento pedagógico e formação continuada.
• Unidades intermediárias: coordenadores regionais; supervisores de ensino e
técnicos pedagógicos.
• Escolas: diretores; coordenadores pedagógicos e entre 4 e professores (dois
quais pelos menos 3 de series e disciplinas avaliadas)
Dois níveis de apropriação da avaliação externa
- Equipes centrais e intermediária.
- Escolas.
Duas dimensões de usos identificados
- Desenho da avaliação externa adotado.
- Resultados na avaliação externa.
CLASSIFICAÇÃO DOS USOS DA AVALIAÇÃO EXTERNA
• Limites da pesquisa: resultados não generalizáveis, apenas indícios/
exemplos de usos verificados;
• Não foi levada em conta a intensidade ou frequência dos tipos
catalogados, mas a sua ocorrência em um mais sistemas, em uma ou
mais escolas e por um ou mais professores:
USOS DAS AVALIAÇÕES EXTERNA POR PARTE EQUIPES
CENTRAIS E INTERMEDIÁRIAS
Ações a partir do desenho da avaliação externa adotado
Revisão ou criação de orientações curriculares para as redes de ensino.
Ações a partir dos resultados da avaliação externa
Monitoramento pedagógico
Estabelecimento de padrões e metas
Indicação de alunos p/ recuperação
Produção de materiais pedagógicos
Formação continuada de professores
Composição de critério para a alocação de profissionais
Criação de indicadores de qualidade.
Composição dos critérios para o pagamento de bônus.
USOS DAS AVALIAÇÕES EXTERNAS POR ESCOLAS E PROFESSORES
Usos a partir do desenho de avaliação adotado
Realização de provas simuladas.
Alterações nas concepções/forma de avaliação da aprendizagem feita pelos
docentes.
Planejamento de atividades (matrizes de referência
Usos a partir dos resultados da avaliação externa
Análise dos resultados da avaliação.
Diversificação/ intensificação de atividades pedagógicas.
USOS DAS AVALIAÇÕES EXTERNAS POR ESCOLAS E
PROFESSORES
Usos a partir dos resultados da avaliação externa
Critério para a formação de grupos de alunos.
Exposição dos resultados aos pais e alunos.
Elaboração de Plano de ação escolar.
Cobrança / reconhecimento interno à escola.
Auto-avaliação do trabalho do professor.
Formação Continuada de professores.
Realização de provas simuladas
• Bastante heterogêneas (periodicidade, formato, anos/séries avaliadas,
disciplinas)
Dois objetivos centrais alegados:
1) Treinar os alunos para o preenchimento do gabarito e das rotinas
específicas da avaliação externa;
2) Identificar os conhecimentos que precisam ser melhor trabalhados em
sala de aula. (subsidio pedagógico – diagnostico de aprendizagem).
DESTAQUES DE USOS NA ESCOLA A PARTIR DO DESENHO DA
AVALIAÇÃO EXTERNA
Alterações na concepção / forma de avaliação da aprendizagem
realizadas pelos professores
• Aproximação das avaliações realizadas pelos docentes com o desenho da
avaliação externa (referência e inspiração).
• Formato da prova
• tipo de questão,
• tamanho de prova,
• conteúdos avaliados.
DESTAQUES DE USOS NA ESCOLA A PARTIR DO DESENHO DA
AVALIAÇÃO EXTERNA
Planejamento de atividades de acordo com os descritores ou matriz
de referência da avaliação externa.
• Em alguns casos, verifica-se a orientação da secretaria/ equipe de gestão
para a sua incorporação no planejamento do docente.
• Importância e peso gradativos que a avaliação externa assume no trabalho
cotidiano escolar e na proposta curricular.
DESTAQUES DE USOS NA ESCOLA A PARTIR DO DESENHO DA
AVALIAÇÃO
Análise dos resultados da avaliação (pré-condição).
• Identificar, a partir dos resultados da avaliação externa, de alunos/ turmas
com baixo desempenho;
• Identificação dos conteúdos/temas a serem enfatizados prioritariamente com
os alunos;
• Identificação dos erros mais frequentes nos itens das provas
• Acompanhamento do desempenho dos alunos/turmas ao longo do tempo.
• Auto-reflexão dos agentes escolares a partir dos resultados.
DESTAQUES DE USOS NA ESCOLA A PARTIR DOS RESULTADOS
DA AVALIAÇÃO EXTERNA
Diversificação e/ou intensificação de atividades pedagógicas.
• Lição de casa – priorização de alguns conteúdos, tendo como referência os
resultados da avaliação externa;
• Adoção de atividades pedagógicas alternativas em função dos resultados,
(material dourado, produção e interpretação de texto, fichas de atividades etc...)
• Revisão, junto com os alunos, de itens com menores percentuais de acerto,
ou dos conteúdos com os menores resultados alcançados pelos alunos.
• Organização de atividades interdisciplinares.
DESTAQUES DE USOS NA ESCOLA A PARTIR DOS RESULTADOS
DA AVALIAÇÃO EXTERNA
CARACTERISTICAS E CONDIÇÕES PARA O USO DAS
AVALIAÇÕES EXTERNAS
•Tamanho e abrangência das Secretarias de Educação.
• Política/ desenho de avaliação externa
• Porque a adoção de uma avaliação própria?
• Modelos semelhantes: metodologia (TRI); anos e habilidades mensuradas
(leitura e matemática).
• Diferentes ondas e tipos de prova em um mesmo ano letivo.
• Material de divulgação dos resultados.
• Tipos de resultado (coletivos e individuais).
• Uso “imediato” da prova.
• Tendências observadas pelo tipo de clientela atendida.
• Classificação dos resultados (por ex. abaixo do basico, básico...).
• Avaliação externa e currículo escolar
• Reformulação do currículo concomitante à implantação da avaliação.
• Avaliação como ação precedente ao debate curricular.
• Busca de alinhamento de ações em relação à um patamar básico de
aprendizagem.
• Algumas semelhanças entre orientações curriculares e matrizes de avaliação
utilizadas.
• Forte utilização do termo “descritor” por atores escolares.
• Produção de materiais que articulam a proposta curricular e os resultados das
avaliações.
• Estrutura organizacional e gestão das Secretarias de educação
• avanços e obstáculos na articulação entre diferentes setores de gestão e a
política de avaliação;
• Acompanhamento e apoio ao trabalho escolar
• características importantes das instancias intermediárias de gestão;
• redes grandes: supervisores e técnicos de ensino;
• algumas lacunas apontadas na formação dos profissionais de
apoio/monitoramento;
• Trabalho pedagógico realizado nas escolas e formação em serviço
• papel preponderante do coordenador pedagógico;
• jornada de trabalho docente que contemple horas de planejamento
individual e coletivo;
• formação assistemática voltada para o uso das avaliações;
• lacunas apontadas na formação dos coordenadores pedagógicos;
• heterogeneidade no trabalho de escolas de um mesmo sistema de ensino;
• papel preponderante de alguns professores de matemática na apropriação e
disseminação da avaliação em suas escolas.
ASPECTOS A REFLETIR...
• Validade consequencial (Vianna, 2003) da Avaliação: efeitos que pode despertar
no pensamento, nas atitudes e na ação dos agentes escolares;
• Forte presença e progressiva aceitação da avaliação externa como recurso
pedagógico por parte de equipes escolares pesquisadas, ainda que de forma
bastante heterogenea;
• Desenho de avaliação tendencialmente voltado à apropriação e uso por agentes
escolares;
• Caráter didático dos materiais de divulgação;
• Papel preponderante do coordenador pedagógico na disseminação e uso da
avaliação externa no cotidiano escolar;
• Entraves no caráter sistêmico da política de avaliação;
• Formas diversas de interpretação e assimilação nas escolas;
• Entraves no monitoramento/apoio pedagógico às escolas por parte das
Secretarias de Educação ;
• Lacunas na política de formação para o uso/ apropriação das avaliações
externas;
• Pouco aproveitamento das avaliações externas no planejamento das
formações de professores
USOS DA AVALIAÇÃO EXTERNA POR EQUIPES
GESTORAS E PROFISSIONAIS DOCENTES
IAÇÕES EXTERNAS POR EQUIPES
GESTORAS E PROFISSIO
Obrigado!
Vandré Gomes da Silva
Contato: [email protected]
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