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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM PRODUÇÃO ANIMAL UTILIZAÇÃO DE CÁPSULAS DE ÓLEOS DE COCO E CÁRTAMO EM SUBSTITUIÇÃO A RACTOPAMINA PARA SUINOS EM FASE DE PÓS - TERMINAÇÃO VÍTOR MAGALHÃES DE MENDONÇA CUNHA MIRANDA MACAÍBA/ RN - BRASIL AGOSTO/2019

UTILIZAÇÃO DE CÁPSULAS DE ÓLEOS DE COCO E CÁRTAMO EM ... · Suinocultura - Dissertação. 2. Carcaça - Dissertação. 3. ... pelas bençãos proporcionadas, pelos caminhos impostos

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE

PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM PRODUÇÃO ANIMAL

UTILIZAÇÃO DE CÁPSULAS DE ÓLEOS DE COCO E

CÁRTAMO EM SUBSTITUIÇÃO A RACTOPAMINA

PARA SUINOS EM FASE DE PÓS - TERMINAÇÃO

VÍTOR MAGALHÃES DE MENDONÇA CUNHA MIRANDA

MACAÍBA/ RN - BRASIL

AGOSTO/2019

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VÍTOR MAGALHÃES DE MENDONÇA CUNHA MIRANDA

UTILIZAÇÃO DE CÁPULAS DE ÓLEOS DE COCO E

CÁRTAMO EM SUBSTITUIÇÃO A RACTOPAMINA

PARA SUINOS EM FASE DE PÓS - TERMINAÇÃO.

Documento apresentado à Universidade

Federal do Rio Grande Do Norte - UFRN,

Campus de Macaíba, como parte das

exigências para a obtenção do título de

Mestre em Produção Animal.

Orientador: Prof. Dr. José Aparecido Moreira

Macaíba – RN – BRASIL

Agosto – 2019

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Universidade Federal do Rio Grande do Norte - UFRN

Sistema de Bibliotecas - SISBI

Catalogação de Publicação na Fonte. UFRN - Biblioteca Setorial Prof. Rodolfo Helinski - Escola Agrícola de

Jundiaí - EAJ

Miranda, Vitor Magalhães de Mendonça Cunha.

Utilização de cápsulas de óleos de coco e cártamo em

substituição a ractopamina para suínos em fase de pós-terminação /

Vitor Magalhães de Mendonça Cunha Miranda. - 2019.

73 f.: il.

Dissertação (mestrado) - Universidade Federal do Rio Grande do

Norte, Unidade Acadêmica Especializada em Ciências Agrárias,

Programa de Pós-Graduação em Produção Animal. Macaíba, RN, 2019.

Orientador: Prof. Dr. José Aparecido Moreira.

1. Suinocultura - Dissertação. 2. Carcaça - Dissertação. 3.

Óleos vegetais - Dissertação. 4. Aditivos - Dissertação. 5.

Viabilidade econômica - Dissertação. I. Moreira, José Aparecido.

II. Título.

RN/UF/BSPRH CDU 636.4

Elaborado por Elaine Paiva de Assunção Araújo - CRB-15/492

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VITOR MAGALHÃES DE MENDONÇA CUNHA MIRANDA

UTILIZAÇÃO DE CÁPULAS DE ÓLEOS DE COCO E

CÁRTAMO EM SUBSTITUIÇÃO A RACTOPAMINA

PARA SUINOS EM FASE DE PÓS - TERMINAÇÃO.

Documento apresentado à Universidade

Federal do Rio Grande Do Norte -

UFRN, Campus de Macaíba, como

parte das exigências para a obtenção do

título de Mestre em Produção Animal.

APROVADA EM ____/____/____

BANCA EXAMINADORA:

_____________________________________________

Prof. Dr. José Aparecido Moreira (UFRN)

Orientador

______________________________________________

Prof. Dra. Claudia Costa Lopes (UFAM)

Primeiro Membro (Externo)

______________________________________________

Prof. Dr. Jorge Dos Santos Cavalcanti (UFRN)

Segundo Membro

______________________________________________

Prof. Dra. Elisanie Neiva Magalhaes Teixeira (UFRN)

Suplente

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“Tenho a impressão de ter sido

uma criança brincando à beira-mar,

divertindo-me em descobrir uma

pedrinha mais lisa ou uma concha

mais bonita que as outras, enquanto o

imenso oceano da verdade continua

misterioso diante dos meus olhos”.

(Isaac Newton)

“Veni, Vidi, Vici” (Julio César 42

A.C).

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AGRADECIMENTOS

A Deus, pela oportunidade a cada novo dia de viver, aprender, por ouvir minhas

preces, pelas bençãos proporcionadas, pelos caminhos impostos e pela força de

prosseguir em cada um deles.

Aos meus pais, Cleide e Antonio, ao meu cachorro Bolt e ao Thor (in Memorian) pelo

apoio, paciencia e conselhos proporcionados.

Aos meus familiares Tias, tios, primas, avó por todas as palavras de incentivo e de

conforto.

Ao meu orientador, Professor José Aparecido Moreira, pela paciência, respeito,

ensinamentos, pelas caronas e pela amizade.

À minha namorada, Leticia Aline, pela paciência, dedicação, conselhos, ajuda,

preocupação e por tudo mais feito, que palavras não seriam capazes de expressar.

Ao Programa de Pós-Graduação em Produção Animal (PPGPA) pela oportunidade de

me fazer crescer e também pela chance de alcançar maiores e melhores resultados na

minha vida e no meu futuro.

Ao Grupo de Estudos e Pesquisa em Suinocultura – GEPSUI em geral, por toda a

ajuda proporcionada e conhecimentos trocados. Em especial Myllena Carmo pelas

conversas e pela amizade construida.

A todos que contribuiram de alguma forma para a execução deste projeto e que não

foram citados.

A CAPES pela concessão da bolsa.

Meus mais sinceros agradecimentos.

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UTILIZAÇÃO DE CÁPSULAS DE ÓLEOS DE COCO E CÁRTAMO NA

ALIMENTAÇÃO DE SUINOS EM FASE DE PÓS-TERMINAÇÃO

Miranda, Vítor Magalhães De Mendonça Cunha. UTILIZAÇÃO DE CÁPSULAS DE

ÓLEOS DE COCO E CÁRTAMO NA ALIMENTAÇÃO DE SUINOS EM FASE DE

PÓS-TERMINAÇÃO. 2019. 73f. Dissertação (Mestrado em Produção Animal:

Nutrição de Não-Ruminantes) - Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN),

Macaíba- RN, 2019.

RESUMO: Objetivou-se com este estudo avaliar a substituição da ractopamina por cápsulas

de óleos de cártamo e coco na dieta de suínos em fase de Pós - Terminação. Foram utilizados 24

suínos, machos castrados, mestiços com peso médio de 98,70 ± 1,63 kg, distribuídos em

delineamento em blocos casualizados, com quatro tratamentos e seis repetições. Os tratamentos

foram divididos em: T1 – Ração basal (RB); T2 - RB + 10 ppm de Ractopamina; T3 - RB +

Óleo de Cártamo e T4 - RB + Óleo de Coco. Foram avaliados os parâmetros de desempenho,

viabilidade econômica, pesos dos órgãos, qualidade de carne e características de carcaça. Os

dados foram avaliados pelo teste de Duncan a 5% pelo programa estatístico SAS, versão 8.0

(SAS, 2003). O óleo de cártamo apresentou os maiores valores de quantidade de carne na

carcaça e peso de pernil, enquanto que o óleo de coco apresentou o maior valor de área de olho

de lombo e menor de área de gordura, resultando numa relação carne: gordura superior aos

demais. Na parte de Viabilidade Economica observou-se que a dieta controle apresentou menor

custo por kg de ração (CR), enquanto que os menores valores da ração por kg de peso vivo do

animal (VR) foram encontrados nos grupos alimentados com ractopamina e no grupo controle.

Os altos valores observados nos óleos vegetais influenciaram negativamente nos resultados do

Indice de Eficiencia Economica (IEE) de forma que os resultados obtidos mostraram uma

menor eficiência quando comparados aos grupos controle e ractopamina, esse resultado pôde ser

observado também no Indice de Custo (IC), devido à adição de óleos que aumentou

significativamente as dietas. A utilização do óleo de coco na alimentação de suínos em pós-

terminação apresentou melhores resultados de RCG e RCCF dos animais quando comparados

com o óleo de cartamo e a ractopamina, podendo ser utilizado como uma fonte natural em

substituição a ractopamina para produção de carne magra.

PALAVRAS CHAVE – Aditivos, Carcaça, Óleos Vegetais, Suinocultura, Viabilidade

Econômica.

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USE OF COCONUT AND SAFFLOWER OIL CAPSULES IN THE

FEEDING OF SWINE IN POST FINISHING

Miranda, Vítor Magalhães De Mendonça Cunha. USE OF COCONUT AND CELLAR

OIL CAPSULES IN THE FEEDING OF PIGS IN THE POST FINISHING. 2019. 73f.

Dissertation (Master in Animal Production: Nutrition of Non-Ruminants) - Federal

University of Rio Grande do Norte (UFRN), Macaíba-RN, 2019.

ABSTRACT: The aim of this study was to evaluate the replacement of ractopamine by

capsules of safflower and coconut oils in the diet of pigs in post - termination phase. Twenty

four castrated male pigs with an average weight of 98.70 ± 1.63 kg were distributed in a

randomized block design with four treatments and six replications. The treatments were divided

into: T1 - Basal diet (RB); T2 - RB + 10 ppm Ractopamine; T3 - RB + Safflower Oil and T4 -

RB + Coconut Oil. Performance parameters, economic viability, organ weights, meat quality

and carcass characteristics were evaluated. Data were evaluated by the 5% Duncan test by SAS

statistical software, version 8.0 (SAS, 2003). Safflower oil presented the highest values of

carcass meat quantity and ham weight, while coconut oil presented the highest value of loin eye

area and lowest fat area, resulting in a meat: fat ratio higher than too much. In the Economic

Viability part, it was observed that the control diet presented lower cost per kg of feed (CR),

while the lowest values of feed per kg of live weight of the animal (RV) were found in the

ractopamine-fed and in the group control. The high values observed in vegetable oils negatively

influenced the Economic Efficiency Index (IEE) results so that the results obtained showed a

lower efficiency when compared to the control and ractopamine groups, this result could also be

observed in the Cost Index (CI), due to the addition of oils that significantly increased the diets.

The use of coconut oil to feed post-finishing pigs showed better results of the animals' RCG and

RCCF when compared to safflower oil and ractopamine and can be used as a natural source to

replace ractopamine for lean meat production.

KEYWORDS – Additives, Carcasses, Vegetable Oils, Pig Industry, Economic Viability

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LISTA DE TABELAS

Tabela 01. Composição Nutricional das rações experimentais para suínos em

pós-terminação

41

Tabela 02. Desempenho dos suínos alimentados com ractopamina e óleos

vegetais 44

Tabela 3. Pesos dos Órgãos dos suínos alimentados com ractopamina e óleos

vegetais

44

Tabela 4. Qualidade de carne dos suínos alimentados com ractopamina e

óleos vegetais

45

Tabela 5. Parâmetros de carcaça dos suínos alimentados com ractopamina e

óleos vegetais

46

Tabela 6. Viabilidade Econômica dos suínos alimentados com ractopamina e

óleos vegetais

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LISTA DE FIGURAS

Figura 01. Estrutura química da ractopamina 18

Figura 02. Mecanismo de ação dos agonistas β-adrenérgicos 20

Figura 03. Acondicionamento Das Rações 61

Figura 04. Óleos De Cartamo E Coco 61

Figura 05. Local do Abate 61

Figura 06. Descanso Pre-Abate 61

Figura 07. Separação e Pesagem dos Órgãos 61

Figura 08. Ph e Temperatura Inicial 61

Figura 09. Ph e Temeperatura Final 62

Figura 10. Mensuração da Espessura de Toucinho 62

Figura 11. Desenhando a AOL 62

Figura 12. Desenho da AG e AOL 62

Figura 13. Cor e Marmoreio 62

Fígura 14. Pesagem das meias carcaças 62

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SUMÁRIO

CAPÍTULO I – REFERENCIAL TEÓRICO 12

1. Introdução 13

2. Tendencia Mundial de Produção de Carne Suína 15

3. Ractopamina 17

4. Óleos Vegetais 22

4.1. Óleo de Coco 22

4.2. Óleo de Cártamo 25

5. Considerações Finais 28

6. Referências 29

CAPITULO II – ARTIGO PARA SUBMISSÃO 37

INTRODUÇÃO 38

MATERIAL E MÉTODOS 39

RESULTADOS 44

DISCUSSÃO 47

CONCLUSÃO 54

REFERÊNCIAS 54

ANEXO A 58

ANEXO B 61

ANEXO C 63

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CAPITULO 1 – REFERENCIAL TEÓRICO

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1. INTRODUÇÃO

A suinocultura brasileira vem conquistando espaços tanto na produção nacional

quanto na mundial, onde atualmente ocupa a quarta posição de maior produtor e

exportador de carne suína e tendo um consumo per capita de 14,7 kg/habitante ano

(ABPA, 2018).

O mercado externo atualmente tem exigido carcaças mais magras e com menor

deposição de gorduras, dessa forma o Brasil que abatia normalmente animais com

peso médio de 100 kg tem se adaptado a esta nova exigência ao mesmo tempo em que

acompanha uma nova tendência mundial que é o animal tipo exportação (Pinto,

2018), que apresenta peso médio em torno de 130 kg (Brasil, 2000).

Um dos principais fatores que podem afetar a qualidade da carne suína é a dieta

consumida pelo animal, pois através desta forma é possível enriquecer este produto

com o oferecimento de uma dieta de boa qualidade e enriquecida para que esses

nutrientes possam ser incorporados na carne (Moura et al., 2015).

Segundo Melo et al. (2014) a utilização de algum alimento ou produto na dieta,

independente de nível ou tipo e inclusão, e ainda que altere significativamente a

qualidade da carne ou não, será efeito desses parâmetros. Dessa forma a composição

tem efeito sobre os diferentes cortes dos animais, e alguns dos principais

componentes que sofrem essas variações são as concentrações de ácidos graxos, perfil

lipídico e colesterol (Abreu et al., 2014).

Essas concentrações podem ser modificadas de acordo com a pratica de exercícios

(Yamashita et al., 2008) ou mesmo através da manipulação da alimentação dos

animais na forma de aditivos, alguns destes aditivos são chamados de promotores de

crescimento, e tem sido utilizado com o objetivo de obter carcaças mais magras e

pesadas (Corassa et al., 2010).

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Como um bom exemplo de aditivo pode-se destacar o papel da ractopamina, que

teve o seu uso aprovado no Brasil, EUA, Canadá, e Austrália. (Ferreira et al., 2011).

Entretanto, muitos países importadores da carne suína têm o uso desse aditivo

proibido como: União Europeia, China e Rússia (Bridi et al., 2006). Assim se faz

necessário a busca por aditivos que apresentem a mesma função da ractopamina e não

ofereçam riscos aos consumidores.

Segundo Silva (2010), o uso de promotores de crescimento passou a ser

considerado um produto de risco a saúde humana com o passar do tempo, isso se deu

devido à presença de resíduos na carne e ao fortalecimento de bactérias patógenas ao

ser humano. Dessa forma a utilização destes como aditivos na alimentação animal

começaram a ser banidos. Visando buscar formas alternativas de melhorar o

desempenho animal, começou-se a utilizar produtos de origem vegetal, para se obter

melhores resultados e não afetar a saúde humana.

Alguns produtos como o óleo de coco e o de cártamo vem sendo utilizado no

combate à obesidade humana, fruto de pesquisas desenvolvidas com animais,

principalmente com ratos, Wistar e Sprague-Dawley (Camapanella et al., 2014;

Resende et al., 2016). Esses óleos atuam no organimo acelerando o metabolismo,

reduzindo a deposição de gorduras nos tecidos e contribuindo para o aumento de

carne magra (Costa, 2017).

O óleo de coco é um produto natural e possui em sua composição

aproximadamente 90% de ácidos graxos saturados (Debmandal e Mandal, 2011). Já o

óleo de cártamo possui na sua composição, em maior parte, o acido graxo linoleico

(Ômega 6) responsável por atuar no combate a hipertensão (Vosoughkia et al., 2011).

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O objetivo desta revisão é abordar a importância do uso da ractopamina na produção

de suínos e avaliar a possibilidade de se estudar um produto alternativo para reduzir os

impactos na produção pela possível retirada deste produto do mercado.

2. TENDENCIA MUNDIAL DE PRODUÇÃO DE CARNE SUÍNA

A suinocultura mundial tem passado por modificações ao longo dos anos na sua

cadeia produtiva visando garantir um produto de boa qualidade. Por volta da década de

90 no Brasil, os abates dos suínos eram feitos com peso médio entre 90 a 100 kg,

entretanto, nos últimos 20 anos tem sido observado uma relativa mudança na

preferencia de abates de suínos no Brasil e no mundo, aumentando a busca por animais

mais pesados, que passaram a ser abatidos entre 120-130 kg (Bertol et al., 2015). A

utilização de animais pesados não era muito difundida devido aos poucos trabalhos

sobre o manejo nutricional, tendo assim a ideia que quanto mais pesado, maior seria o

teor de gordura da carcaça (Rosa et al., 2008).

Ligado a isso houve um aumento na produção e assim para atender o mercado externo

tem-se utilizado os animais de pós-terminação que apresentam o peso acima de 100 kg,

esse aumento no peso ao abate vai proporcionar uma redução nos custos de produção e

um aumento na eficiência dos processos produtivos, uma maior diversidade de cortes e

uma produção de cortes especiais e diferenciados (Santos et al., 2010).

Alguns cuidados devem ser tomados, visto que a curva de deposição de gordura é

mais acentuada nessa fase, de forma que o excesso de energia consumida é depositado

como gordura, elevando a porcentagem na carcaça. Enquanto que ocorre uma queda

natural na taxa de deposição de músculo, fazendo com que a composição corporal seja

alterada (Bertol et al., 2001). A utilização de animais com alto teor de gordura é

desvalorizada pelo mercado consumidor, que tem atualmente buscado animais com um

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melhor acabamento, além de carnes mais magras. Dessa forma, faz-se necessário

utilizar alternativas alimentares que possam reduzir a quantidade de gordura na carcaça

do animal e aumentar a produção de tecido magro sem afetar seu desempenho.

Além dos problemas do aumento da gordura, outro ponto relevante é quanto à

viabilidade econômica destas novas estratégias utilizadas para obter animais com menor

quantidade de gordura, visto que os custos alimentares dentro de uma produção

representam 60-70 %, além da questão ambiental oriundo dos dejetos dos animais, pois

a produção de suínos hoje é considerada uma das maiores produtoras de poluentes

(Pinto, 2018).

Através de pesquisas realizadas com os suínos no decorrer dos anos, foi possível

observar que a junção de estratégias nutricionais e ações de melhoramento genético

resultaram em animais mais magros, melhores conversões alimentares e com menos

danos ao meio ambiente.

Segundo Pinto (2018), os suínos utilizados para terminação tiveram um

melhoramento genético visando uma maior deposição de carne magra em detrimento da

deposição de gordura. Este melhoramento dos suínos selecionados ao longo dos anos

permitiu uma menor deposição de gordura nos animais em terminação do que os

animais jovens, independente da quantidade de energia da ração. Além disso, foram

selecionados os animais mais eficientes, que tivessem melhores conversões alimentares

com o menor consumo de ração. Entretanto isto gerou uma maior vulnerabilidade a

problemas sanitários, o que pode acarretar em menores consumos.

Os suínos que possuem genótipos com alto potencial para deposição de carne magra e

baixo consumo voluntário, não apresentam respostas à restrição de energia, em qualquer

peso, tendo um melhor desempenho e uma alta qualidade de carcaça (Bertol et al.

2001).

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Outro fator que contribuiu para a produção de animais mais pesados foram os

avanços na nutrição animal, tendo exigências nutricionais adequadas para animais de

pós-terminação e a elaboração de estratégias alimentares ajustadas a esse perfil, como a

utilização de aditivos para ajudar na maior deposição de carne e menor deposição de

gordura.

3. RACTOPAMINA

A ractopamina é mais comercializada na forma de cloridrato de ractopamina, que foi

reconhecida como aditivo agonista β adrenérgico e passou a ser utilizada nas indústrias

suinícolas pelo Food and Drug Administration (FDA) a partir de 1996 como um

promotor de crescimento para a fase de terminação, sendo uma alternativa para

aprimorar o desempenho e aumentar a produção de carne magra.

Com a liberação do uso da ractopamina no Brasil, ela passou a ser utilizada nas

agroindústrias, colaborando para produção de carcaças bem-acabadas e mais pesadas, o

que ajudou no desenvolvimento de cortes especiais, e o surgimento de produtos

industrializados (Moraes et al., 2010). Porém, esse aditivo, possui seu uso proibido em

126 países, como por exemplo: os países da União Europeia, China, Japão e Rússia, que

não utilizam e não aceitam o uso desse aditivo nos animais que importam, mesmo não

havendo estudos que comprovem que a ractopamina seja ou não prejudicial à saúde

humana. O Brasil e mais 26 países possuem legislações que permitem o uso da

ractopamina como aditivo para a suplementação de dietas de suínos em terminação

(Ferreira et al., 2011).

Mesmo nos países onde o uso da ractopamina é liberado, existem restrições da

quantidade que se pode utilizar. O limite recomendado pelo Codex Alimentarius para a

ractopamina no músculo de suíno é de 10 µg/kg, e o Brasil segue a mesma

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recomendação. Para a exportação, o limite estabelecido é de 0,1 µg/kg, determinado no

Subprograma de Monitoramento em Carnes (Bovina, Aves, Suína e Equina) Leite,

Pescado, Mel e Ovos (CODEX, 2010).

A indústria produz alguns compostos sintéticos com propriedades químicas,

estruturais e farmacológicas semelhante à das catecolaminas (adrenalina e

noradrenalina), que são utilizados para melhorar o desenvolvimento do animal e a

composição da carcaça. Alguns desses compostos são a ractopamina, clembuterol,

cimaterol e salbutamol que vão reagir com os receptores β-adrenérgicos na membrana

das células (Squires et al., 1993). A ractopamina (Figura 1) é um agonista que

pertencente ao grupo das fenetanolaminas, pertencente à classe de compostos que vão se

ligar aos receptores α e β-adrenérgicos localizados na superfície da membrana celular

(Palermo Neto, 2002).

Os receptores β podem ser dividem em: β1 – encontrados no coração, tecido adiposo

e musculatura esquelética; β2 –encontrados no tecido adiposo e musculatura

esquelética, e a β3 presente em todos esses, a proporção dos receptores se dá por 75%,

20% e 5% do total no organismo, respectivamente (Mersmann, 2002).

A utilização dos agonistas: Cimaterol, Ractopamina, Salbutamol e Clembuterol

possuem especificidade para receptores β2, alguns destes produtos eram antes utilizados

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na medicina no combate a doenças bronconstritoras, já na área animal todos estes

produtos tiveram ações comprovadas de atuação lipolítica e de aumento da produção de

proteína no animal (Ramos et al., 2001; Costa et al., 2015a).

Esses receptores vão atuar como modificadores do metabolismo dos animais, atuando

na divisão dos nutrientes, com aumento do crescimento e a deposição de tecido magro e

reduzindo a síntese lipídica dos animais (Bridi et al. 2002), possibilitando um melhor

ganho de peso, conversão alimentar e melhores características qualitativas de carcaça

(Pereira et al., 2008).

O mecanismo de ação da ractopamina vai ocorrer com a ativação dos receptores

específicos presentes na superfície das células musculares e adiposas do organismo,

provocando várias reações bioquímicas no interior destas células. Uma dessas reações é

a transformação dos sinais metabólicos das células adiposas e musculares, assim

reduzindo a taxa de deposição de gordura e síntese dos ácidos graxos (Panisson et al.,

2016).

Segundo Mersmann (1998), os receptores β presentes na membrana celular recebem

sinais metabólicos oriundos das células musculares e adiposas, esta resposta gera um

aumento de energia visando depositar na forma de tecido muscular ao invés de depositar

na forma de gordura, visto que segundo Costa et al. (2015b), a síntese muscular é mais

rápida que a síntese lipídica, e requisita apenas metade da quantidade de energia do

tecido adiposo para depositar a mesma quantidade em tecido magro.

Toledo et al. (2016), afirmam que esta ativação se dá pela retenção e aumento da

produção de tecido magro na membrana plasmática das células, assim o IGF-1 (Fator de

crescimento semelhante à insulina-I) atua estimulando a síntese miofibrilar nas células

musculares, resultando no aumento da musculatura do animal. Já Araújo et al. (2014),

afirmam que a ação da ractopamina nos receptores β–adrenérgicos presentes no tecido

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adiposo dos suínos, segue os padrões apresentado pela ação das catecolaminas, onde na

composição do mensageiro intracelular adenosina monofosfato cíclico (AMPc), que vai

fosforilar a proteína quinase A (PKA), para que ocorra sua ativação. Com a proteína

PKA ativa, ela vai ligar as enzimas lipolíticas que vão atuar na quebra das reservas de

gordura do animal (Figura 2).

Segundo Gonzalez et al. (1993), a ação dos agonistas é feita através da Adenosina

Monofosfato (AMPc), que promove respostas celulares como: estimulação de lipólise,

inativação de enzimas lipogênicas, glicogenólise e relaxamento da musculatura lisa.

Dessa forma, a produção de proteína se da por catabolismo e anabolismo da miofibrila,

para isso é necessário que haja a síntese de tecido magro, a diminuição da degradação

ou que aconteça ambos no organismo, assim os β-adrenérgicos atuam bloqueando a

lipogênese e aumentando a lipólise.

Leal (2015), utilizaram diferentes níveis de ractopamina (0; 3; 6; 9; 12 e 15 ppm), em

30 fêmeas e 30 machos castrados, avaliou o peso final em kg dos animais e observaram

um aumento linear (108,70; 109,97; 111,23; 112,50; 113,77; 115,04) e redução da

conversão alimentar (3,33; 3,17; 3,01; 2,84; 2,68; 2,52), dos animais em função do

aumento do nível de ractopamina utilizados.

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Resultados encontrados por Ferreira et al. (2011) e Garbossa et al. (2013) ao

utilizarem níveis crescentes (0; 5; 10; 15 e 20 ppm) de ractopamina na alimentação de

suínos machos castrados observaram aumento no peso final e redução da conversão

alimentar dos animais, enquanto que Sanches et al. (2010) e Gonçalves et al. (2016)

utilizando (0; 5; 10 e 20 ppm) não observaram diferenças quando avaliados o

desempenho dos suínos machos castrados em terminação.

Ao se utilizar ractopamina e comparar entre as categorias animais, as fêmeas

apresentam maior rendimento de carcaça quente em relação aos machos

imunocastrados, porém esses apresentaram rendimento superior aos machos castrados.

Com relação à carne magra, observaram-se maior deposição de carne magra nos machos

imunocastrados e femeas do que nos machos castrados (Moraes et al., 2010). Resultados

semelhantes foram encontrado por Agostini et al. (2011), tendo as fêmeas apresentado

médias superiores aos machos castrados em relação ao peso de carcaça quente, peso de

carcaça fria, comprimento de carcaça, área de olho de lombo, rendimento de carcaça,

profundidade de músculo, quantidade de carne na carcaça e rendimento de carne na

carcaça.

Athayde et al. (2012), ao utilizarem ractopamina (0; 5 e 10 mg/kg) em machos

castrados e em fêmeas, e não observaram diferença significativa quando avaliados as

características de pH e temperatura para os animais que foram suplementados com

ractopamina em relação ao controle, resultados estes semelhantes ao encontrados por

Costa e Silva et al. (2017), que utilizaram 7,5 ppm de ractopamina em dietas para

fêmeas, machos castrados e imunocastrados e também não encontraram diferença

significativa no pH das carcaças dos suínos avaliados.

Suínos na fase de terminação suplementados com 10 ppm de ractopamina,

apresentaram aumentos de 1,32% no rendimento de carcaça, 21,4% na área de olho de

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lombo e 5,7%, no rendimento de carne (Amaral et al., 2009), enquanto que Hinson et al.

(2011), utilizaram dietas de baixa, média e alta energia, junto com fornecimento de 7,4

ppm de ractopamina e observaram redução na medida de espessura de toucinho, na

altura primeira vértebra e na última vértebra lombar.

Rodrigues (2013), avaliou o custo da ração com a adição de ractopamina e essa

apresentou uma redução de custo de 4,71% quando comparada com a ração controle,

mesmo tendo, a dieta com ractopamina um acréscimo de 30% no nível de lisina,

alterando assim todos os outros aminoácidos, dessa forma a ração apresentou

quantidades diferentes de ingredientes, principalmente quanto ao farelo de soja,

contribuindo para que o custo da ração fosse menor quando comparada a ração controle.

4. ÓLEOS VEGETAIS

4.1 ÓLEO DE COCO

O coqueiro é uma palmeira perene originária do sudeste asiático, trazida ao Brasil

através de colonizadores portugueses no século XVI, esta planta detém uma grande

relevância entre as espécies perenes no mundo, visto que sua utilização garante renda

para os produtores, sendo através da comercialização de frutos in natura ou

industrializados na forma de coco seco maduro (responde por 85% da produção

nacional), para o consumo humano ou para produção de seus derivados, como leite de

coco, óleo, sabão e outros (Penha et al., 2010).

Segundo DebMandal e Mandal (2011), o óleo de coco possui em sua composição

valores de aproximadamente 0,5% de ácido capróico (C6:0), 8% de ácido caprílico

(C8:0), 6% de ácido cáprico (C10:0), 48% ácido láurico (C12:0), 17% de ácido

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mirístico (C14:0), 9% de ácido palmítico (C16:0), 3,5% de ácido esteárico (C18:0), 7%

de ácido oleico (C18:1) e 1% de ácido linoleico (C18:2).

Devido a sua composição em ácidos graxos saturados, o óleo de coco é classificado

como gordura saturada. Sabe-se que o nível de saturação determina a consistência da

gordura em temperatura ambiente, ou seja, quanto maior o grau de saturação, maior a

dureza da gordura. No entanto, o óleo de coco é uma exceção, pois apesar de ser

altamente saturado, é líquido, devido à predominância de ácidos graxos de cadeia média

(AGCM), que correspondem à maioria da sua composição (Costa et al., 2015a).

Os ácidos graxos de cadeia média diferem dos de cadeia longa, pois não necessitam

da ação dos quilomicrons via sistema linfático para chegarem aos tecidos, estes

percorrem diretamente pelo sistema portal com a ajuda da albumina, facilitando por sua

vez a oxidação mitocondrial e a metabolização no figado (Figueiredo-Silva, 2012).

Durante a oxidação mitocondrial os ácidos graxos de cadeia média têm a sua entrada

facilitada na mitocôndria por não serem dependentes da carnitina palmitoiltransferase-1

(CPT-1), essa enzima transforma o acido graxo em acil-CoA à acilcarnitina (Gao et al.,

2013), dessa forma, não são depositados em adipócitos, não podendo assim aumentar

peso do animal.

O óleo de coco surgiu com a premissa de ser um importante aliado no processo de

combate à obesidade e ofertando saúde (Rodrigues, 2012). Entretanto, seu consumo

deve ser feito com moderação, pois sua composição possui ácidos graxos saturados em

quase sua totalidade, dessa forma, a ingestão em excesso pode levar a problemas

relacionados a dislipidemias (Santos et al., 2012), podendo acarretar no

desenvolvimento de doenças cardiovasculares (Santos et al., 2013).

Quando aborda-se à dislipidemia, Roos et al. (2001) e Mensink et al. (2003),

afirmam que gorduras saturadas ricas em acido láurico resultam um perfil menos

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favorável a ter problemas de saúde do que uma alimentação rica em gorduras ricas em

ácidos graxos trans.

Segundo Oliveira et al. (2014), o acido láurico possui propriedades antibacterianas,

antivirais e antiprotozoárias. Este ácido no organismo transforma-se em um

monoglicerideo de nome monolaurina, e tem como função a destruição da capa lipídica

de microorganismos como Influenza, HIV, Giardia, Staphylococcus aureus entre outros.

Dessa forma, Silveira et al. (2005) afirmam que o acido láurico atua no combate de

bactérias Gram negativas e positivas no corpo humano.

Os resultados encontrados por Santos et al. (2013), mostram que o óleo de coco

através dos ácidos láurico, mirístico e palmítico conseguem aumentar os níveis de LDL-

c e HDL-c. Enquanto que Micha et al. (2010) descreve que o acido esteárico pode

provocar diminuição do LDL-c e aumento do HDL-c.

Resende et al. (2016), ao utilizar óleo de coco para ratos sedentários e em exercício

não observaram diferenças significativas entre os animais para ganho de peso e índice

de Lee (avalia o grau de obesidade dos animais, semelhante ao IMC para humanos),

entretanto, houve um aumento de produção de carne magra, tanto para os animais que

estavam em estado de sedentarismo quanto para os praticantes de exercício físico, além

de ter aumentado para ambos os casos os níveis de VLDL-c, HDL-c, triglicerídeos e ter

garantido uma relação LDL-c/HDL-c de 0,6 e 0,2 pra sedentários e praticantes de

exercício físico, respectivamente.

Dauqan et al (2011), ao utilizarem diferentes tipos de óleo (óleos de milho, coco,

palma e palma vermelha) para ratos Sprague Dawley, constataram que a utilização do

óleo de coco quando comparados ao grupo controle permitiram um maior ganho de

peso, enquanto que Arunima e Rajamohan (2012) ao utilizarem óleos de coco, girassol,

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oliva e copra para ratos Sprague Dawley, onde não encontraram diferenças

significativas quando avaliadas as modificações sobre os pesos dos animais.

Nguyen et al. (2004), observaram que ao utilizarem óleos de coco, linhaça e peixe na

alimentação de leitões em crescimento, resultou num menor ganho de peso diário e peso

final dos animais alimentados com o óleo de coco quando comparado com o óleo de

linhaça. Os autores justificaram que a forma de absorção do óleo de coco, por possuir

muitos ácidos graxos de cadeia media, ajudaram no processo de perda de peso,

enquanto há uma predominância maior dos ácidos graxos de cadeia longa no óleo de

linhaça, o que pode ter ajudado no processo de ganho de peso.

Assunção et al. (2009), ao fornecerem óleos de soja e coco para mulheres por 12

semanas, notaram que o óleo de coco permitiu uma maior perda de massa corporal,

enquanto que, quando se avaliou as perdas de gordura abdominal destas mulheres,

verificou-se que apenas o óleo de coco foi capaz de realizar estas perdas.

Khaw et al. (2018), ao utilizarem 50 gramas de óleos de coco, oliva e manteiga para

homens e mulheres por 4 semanas relataram que a utilização do óleo de coco na

alimentação dessas pessoas aumentou significativamente os níveis de HDL-c e de

colesterol, sem aumentos significativos nos teores de LDL-c. Enquanto que para ganho

de peso, perda de gordura corporal e abdominal não foram observadas diferenças entre

os produtos utilizados.

4.2 ÓLEO DE CÁRTAMO

O óleo do cártamo é extraído da semente e da flor, ele possui em sua composição o

ácido linoleico, um ácido graxo poliinsaturado ω-6 (70-85%), ácido oleico (16-20%) um

ácido graxo poliinsaturado ω-9, ácido palmítico (6-8%) e ácido esteárico (2-3%) todos

com tamanho longo de cadeia carbônica (Yeilaghi et al., 2012). Também apresenta na

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sua composição uma alta concentração de α-tocoferóis, sendo a Vitamina E um

antioxidante natural que auxilia no combate ao envelhecimento e estresse oxidativo,

além de melhorar o funcionamento do sistema imunológico (Vosoughkia et al., 2011).

Os principais benefícios do óleo de cártamo são: anti-inflamatório, antioxidante

natural, atuação na perda da gordura através da aceleração do metabolismo e diminuição

da atividade oxidativa, aumenta a tonicidade muscular e diminui o colesterol, atua na

regularização do LDL e triglicerídeos e fortalece o sistema imunológico (Delshad et al.,

2018).

A absorção deste óleo no organismo acontece de forma diferente do óleo de coco,

visto que sua composição detem diferentes tamanhos de cadeia, ela se da após a

absorção dos quilomicrons nos capilares, esses são enviados à linfa que sofrem ação da

lipoproteína HDL, que tem como função a retirada de colesterol de vasos sanguineos

(Schaefer et al., 1982; Havel, 1984). Os quilomicrons são enviados ao tecido adiposo

pelo HDL e são metabolizados pela Lipase Lipoproteína (LPL), a LPL possui a função

de realizar o armazenamento lipídico no tecido adiposo e no fornecimento de energia

para o músculo (Ladu et al., 1991), atuando assim no ganho de peso do animal.

Entretanto com a atuação do acido linoleico oriundo do óleo de cártamo, ocorre uma

diminuição da atuação da LPL, dessa forma o corpo vai requisitar uma maior produção

de energia para suprir as exigências.

Com o crescente aumento da exigência de energia do corpo, ocorre a ativação da

Carnitina Palmitoiltransferase (CPT) no musculo (Park et al., 1999), a CPT possui a

função no organismo de transportar a gordura para dentro das mitocôndrias. Dessa

forma, o aumento da enzima CPT no organismo acarreta numa maior movimentação de

energia para as células, assim aumentando a lipólise e gerando energia para organismo

(Delshad et al., 2018).

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Giustina (2014), ao alimentar durante 7 dias ratas Wistar com óleos de coco, cártamo

e frutose encontrou que a utilização destes produtos não foi capaz de modificar o peso

corporal dos animais, o consumo alimentar, os parâmetros plasmáticos e o peso absoluto

do tecido adiposo, coração, fígado e rins das ratas. Para estes resultados a autora

justifica que a utilização de uma alimentação normolipídica pelo curto período de tempo

pode não ter dado tempo para que modificações no desempenho e no plasma fossem

feitas.

Campanella et al. (2014), ao utilizarem óleo de cártamo e alimentações

normolipídicas e hiperlipídicas por 30 dias para ratos Wistar, encontraram que quando o

óleo de cártamo era acrescentado na alimentação normo ou hiperlipídica, seu consumo

alimentar era reduzido significativamente, e segundo a autora isso pode se dar pela

sensação de saciedade que o cártamo induz no organismo humano. Enquanto que

quando avaliado o ganho de peso dos animais observou-se que induzidos pelo menor

consumo alimentar, os animais alimentados com cártamo em ambas às dietas detiveram

os menores pesos corporais.

Altundag et al. (2013), ao utilizarem óleos de cártamo e peixe para peixes turbot

encontraram que a utilização do óleo de cártamo permite adquirir melhores ganhos de

peso, melhores valores de conversão alimentar e de taxa de crescimento especifico,

além de maior porcentagem de proteína, lipídios e cinzas no músculo. Os dados de

desempenho são justificados pelo autor que o turbot possui uma maior habilidade de

aceitar óleos vegetais em detrimento de óleos de origem animal. Também foram

reportados por este autor que o óleo de peixe possui maiores concentrações de ácidos

graxos saturados, monoinsaturados e no somatório de ácidos graxos poli-insaturados

(Σn-6) quando comparado ao óleo de cártamo, entretanto quando avaliada a relação Ω3/

Ω6 foi constatado que não há diferença estatística entre os óleos.

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Waterman et al. (1975), ao utilizar sebo e óleo de cártamo por 28 dias para suínos,

ratos e aves, observaram que para ratos o óleo de cártamo reduziu os níveis de

triglicerídeos no plasma sanguíneo, aumentou o peso do fígado, reduziu os níveis de

proteína solúvel do fígado, diminuiu a síntese de ácidos graxos no fígado, além de

aumentar no tecido adiposo a sintetase dos ácidos graxos, carboxilase acetil coA e a

síntese destes ácidos graxos. A estes resultados os autores explicam que para a redução

dos níveis de triglicerídeos pode ter havido uma maior produção da lipase, o que

acarretaria numa menor quantidade de triglicerídeos circulantes no sangue. Devido à

composição do óleo de cártamo possuir ácidos graxos de cadeia longa na composição e

ser absorvido via quilomicrons para deposição no tecido adiposo, observou-se que

houve um maior efeito neste local de atuação.

Os autores observaram também que para aves a atuação do óleo de cártamo permitiu

uma maior sintetase dos ácidos graxos no fígado. Para os suínos a utilização do óleo de

cártamo resultou em aumento dos níveis de triglicerídeos no plasma sanguíneo, aumento

no tecido adiposo da síntese e sintetase dos ácidos graxos, aumento da produção da

enzima málica e de carboxilase Acetil-coA.

5. CONSIDERAÇÕES FINAIS

A utilização de óleos vegetais na alimentação dos animais de produção tem sido

capaz de desencadear uma série de efeitos positivos no organismo, como: melhorias na

saúde, diminuição da gordura corporal, aumento da produção de tecido muscular entre

outros, além dessas melhorias a sua utilização é permitida para exportação da carne

mundialmente, enquanto que a ractopamina por ser um produto sintético é considerado

prejudicial à saúde humana por alguns países, sua utilização vem sendo proibida cada

vez mais no mundo por conta das suposições que afetam a Saúde do animal, mesmo não

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havendo comprovação cientifica dos malefícios, assim são necessárias pesquisas

voltadas para uma possível substituição deste produto por alternativos como o caso

desses óleos vegetais.

6. REFERENCIAS

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CAPITULO 2 - UTILIZAÇÃO DE CÁPULAS DE ÓLEOS DE COCO E

CÁRTAMO EM SUBSTITUIÇÃO A RACTOPAMINA PARA SUINOS EM FASE

DE PÓS - TERMINAÇÃO

O artigo foi formatado de acordo com as normas para publicação na

Revista Brasileira De Zootecnia – RBZ, e adaptado para leitura de

dissertação da Universidade Federal do Rio Grande do Norte.

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INTRODUÇÃO

A carne suína é um dos alimentos mais apreciados no mundo, pois além de

saborosa é muito nutritiva. Este produto se destaca também pela sua composição em

aminoácidos, vitaminas do complexo – B, baixa concentração em sódio e em ácidos

graxos poli-insaturados (Resende e Campos, 2015). Normalmente se comercializa no

Brasil o suíno magro, abatido com peso até 100 kg, mas o mercado internacional tem

preferência por animais mais pesados, acima de 130 kg (Pinto, 2018), porém, a partir

dos 90 kg ocorre um aumento na taxa de deposição de gordura sendo necessario utilizar

estrategias para reduzir essa deposição em suinos abatidos mais tardiamente (Bertol et

al., 2001).

Além do melhoramento genético, há várias técnicas que podem auxiliar na

produção de carne magra, como: uso de restrição alimentar e uso de aditivos (Zeng et

al., 2015; Moreira et al., 2018). Os aditivos beta-adrenérgicos (Cimaterol, clembuterol,

salbutamol e ractopamina), tem demostrado eficiência na redução da gordura na carcaça

de suínos (Agostini, 2010), e a ractopamina vem sendo usada em alguns países como no

Brasil, EUA e Canadá, levando a um aumento significativo na taxa de deposição de

proteína na carcaça e redução na taxa de deposição de gordura, entretanto, a Europa,

China e Rússia proíbem seu uso (Ferreira et al., 2011). Pesquisas com o intuito de

encontrar um produto natural, que leve a redução do teor de gordura na carcaça, sem

deixar resíduo na carne vem sendo amplamente desenvolvidas.

Alguns óleos vegetais podem alterar o metabolismo animal e levar a redução de

gordura na carcaça, assim como ocorre em seres humanos (Costa, 2017). Dentre os

óleos estudados se destacam os óleos de coco e cártamo, capazes de diminuir a gordura

corporal em humanos, roedores e outros (Appletoon et al., 2015). Os óleos vegetais

além de reduzirem a quantidade de gordura na carcaça podem enriquecer o produto,

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tornando-o mais saudável (Bertol et al ., 2015). Pesquisas demostram que o uso de óleos

na dieta de animais não ruminantes pode auxiliar no controle da taxa de colesterol

sanguineo, aumentando o HDL e diminuindo o LDL (Hann et al., 2014), o mesmo

acontece com humanos.

Nesse contexto desenvolveu-se esta pesquisa visando avaliar os efeitos dos óleos

de coco e cártamo, em substituição a ractopamina em dieta de suínos na fase de pós-

terminação, sobre o desempenho, qualidade de carne, avaliação de carcaça, peso dos

órgãos e viabilidade econômica.

MATERIAIS E MÉTODOS

O experimento foi realizado no Centro de Pesquisa e Manejo de suínos, que

coordenadas de 5° 53' 7" S e 35° 21' 38" W. O projeto foi submetido e aprovado pela

comissão de ética no uso de animais (CEUA) sob o registro de numero 002 – 2016.

Foram utilizados 24 suínos mestiços, machos castrados, oriundos de Pietrain,

Large White e Landrace com peso médio inicial de 98,70 ± 1,63 kg. Os suínos foram

alojados em galpão experimental, constituídos por baias com piso de concreto (2,76

metros de comprimento x 1,85 metros de largura), contendo comedouros

semiautomáticos e bebedouros do tipo chupeta.

O delineamento experimental foi em blocos ao acaso com quatro tratamentos e

seis repetições. Este delineamento possui o modelo estatístico abaixo:

Xij i j ij onde:

Xij observação correspondente ao tratamento i no j-ésimo bloco; média

geral ao redor da qual encontram-se todos os valores de todas as observações; i

efeito do tratamento i; j efeito do j bloco; ij erro experimental associado a

observação ij.

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Os tratamentos foram constituídos por uma dieta basal formulada à base de milho,

farelo de soja e núcleo comercial para suínos em terminação. As dietas experimentais

foram constituídas da seguinte maneira: T1 – Ração Basal (RB), T2 – RB (ajustada) +

10 ppm de Ractopamina, T3 – RB + cápsulas de óleo de coco, T4 – RB + cápsulas de

óleo de cártamo.

As rações experimentais foram formuladas no programa prático de formulação de

ração para suínos do excel, seguiu de acordo com a exigência nutricional para animais

de desempenho médio em fase de pós-terminação e também as recomendações de

Rostagno et al. (2011), conforme a Tabela 1. O ajuste da ração no tratamento com

ractopamina se deu para atender as necessidades dos animais de acordo com a

velocidade de crescimento.

As dietas e água foram oferecidas ad libitum e os óleos de coco e cártamo foram

fornecidos via oral em forma de cápsulas de um grama (1g) cada, sendo três cápsulas

fornecidas pela manhã e três à tarde (8:00 e 16:00, respectivamente), totalizando 6

capsulas por dia por animal.

O uso das cápsulas de óleos seguiu o padrão recomendado para os seres humanos,

sendo oferecidas diretamente na boca do animal para garantir que a ingestão da

quantidade de óleo recomendada realmente ocorresse.

As pesagens dos animais foram realizadas no início, meio e no final do

experimento (dias 1, 14 e 28, respectivamente), as sobras das rações foram coletadas

diariamente para avaliação dos parâmetros de desempenho, de ganho de peso diário

(GPD), consumo de ração diário (CRD) e conversão alimentar (CA).

Após o período experimental os animais foram submetidos a jejum de sólidos por

8 horas, transportados em caminhão com carroceria simples para a Unidade de

Processamento de Carne do município de Lagoa Salgada (RN), submetidos ao descanso

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pré-abate de 4 horas, totalizando 12 horas de jejum, em seguida foram insensibilizados

por eletronarcose e submetidos à sangria por perfuração da veia jugular.

Tabela 01. Composição nutricional das rações experimentais para suínos em pós-

terminação.

Ingrediente (g/kg-1

) Ração basal (RB) Ração com Ractopamina

Milho 823,962 788,874

Soja 148,969 177,941

Núcleo1 25,000 25,000

L_Lisina 1,900 4,885

L_Treonina 0,168 1,800

L-Metionina 0,001 0,000

L_Triptofano 0,000 1,000

Ractopamina 10 ppm 0,000 0,500

Valores Calculados 1000 1000

Proteína Bruta 140 155

EM (kcal/kg) 3246 3232

Cálcio 6,61 6,66

Fósforo disponível 1,59 1,63

Sódio 1,65 1,64

Cloro 2,55 2,55

Lisina 6,91 9,88

Metionina 2,14 2,25

Treonina 4,63 6,47

Triptofano 1,25 2,33

Valina 5,78 5,78 1-Níveis de garantia por kg do núcleo comercial: cálcio (min) 240 g/kg; cálcio (máx) 245 g/kg; fósforo (min) 24,00 g/kg; sódio (min) 55 g/kg; ferro (min) 3, 200 mg/kg; cobre (min) 5,000 mg/kg; manganês (min) 1,275 mg/kg; zinco

(min) 2,235 mg/kg; iodo (min) 25,50 mg/kg; cobalto (min) 12,70 mg/kg; selênio (min) 9,50 mg/kg; vitamina A (min)

182,800 ui/kg; vitamina D3 (min) 33,000 ui/kg; vitamina E (min) 722,00 ui/kg; vitamina k3 (min) 36 mg/kg;

vitamina b1 (min) 28,0 mg/kg; vitamina b2 (min) 105,00 mg/kg; niacina (min) 630 mg/kg; ácido pantotênico (min) 360 mg/kg; vitamina B6 (min) 35,0 mg/kg; ácido fólico (min) 18 mg/kg; biotina (min) 1,80 mg/kg; vitamina B12

(min) 550 mcg/kg; colina (min) 5, 000 mg/kg e lincomicina 733,33 mg/kg. Óleo de cártamo: cada capsula contem

1000mg de óleo, fornecendo, aproximadamente, 9kcal, 1g de gorduras totais, 0,1g de gorduras saturadas, 750mg de

Ácido Linoleico (ômega 6), 150mg de Acido oleico (ômega 9) e 2,5mg de Vitamina E. Óleo de coco: cada capsula contem 1000mg de óleo, fornecendo, aproximadamente, 9kcal, 1g de gorduras totais, 500mg de acido láurico, 250mg

de acido miristico, 250mg de acido oleico (ômega 9).

Após a toalete e evisceração, foram aferidos o pH inicial e a temperatura inicial no

musculo Longissimus dorsi, com o auxilio do phmetro portátil com eletrodo de inserção,

modelo Meat pH Meter H1 99613 – Hanna Instruments, depois às carcaças foram

serradas ao meio e realizou-se o peso de carcaça quente conforme metodologia descrita

pela Associação Brasileira de Criadores de Suínos – ABCS (1973) e foram avaliados o

peso do fígado, coração, pulmão, rins, intestino e estomago.

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Após 24 horas da realização do abate, foram realizadas as avaliações referentes

aos parâmetros quantitativos e qualitativos segundo o Método Brasileiro de

Classificação de Carcaça (ABCS, 1973) e Bridi e Silva (2009).

As variáveis quantitativas analisadas foram: área de gordura, área e profundidade

do músculo Longissimus dorsi, espessura de toucinho e relação carne/gordura. Já os

parâmetros qualitativos foram avaliados: cor do músculo, marmoreio, temperatura e

medida do pH (ABCS, 2014).

Depois da transformação do músculo em carne, foram aferidas as medidas do pH

final e da temperatura final. Em seguida, as carcaças foram pesadas para obtenção do

peso da carcaça resfriada. Para obtenção do rendimento de carcaça, utilizou–se os

valores de peso da carcaça quente e o peso do animal ao abate.

Equação 1- Rendimento de Carcaça (%): (Peso de carcaça quente/peso vivo ao

abate) x100.

As medidas da área de olho de lombo foram realizadas na altura da última costela,

na região de inserção da última vértebra torácica com a primeira lombar, e desenhada à

área de do lombo e do toucinho em papel vegetal. As medidas das áreas de olho de lombo e

de gordura foram determinadas com o auxílio de um planímetro. Para a determinação da

área de gordura no corte, foram realizados os mesmos procedimentos utilizados para a

obtenção do desenho da área do músculo Longissimus dorsi. Tendo os valores da área do

músculo Longissimus dorsi e da gordura, foi calculada a relação carne/gordura, que foi

medida segunda a equação 2, onde - Relação carne/gordura: área do musculo

Longissimus dorsi / área de gordura.

Para a medida de espessura de toucinho, adotou-se a metodologia da ABCS

(1973), na qual foram marcados três pontos, o primeiro na altura da primeira costela, o

segundo na altura da ultima costela e o terceiro na altura da ultima vertebra lombar.

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Estas medidas foram realizadas perperdicularmente à linha dorso-lombar com o auxílio

de um paquímetro.

A avaliação da profundidade do músculo Longissimus dorsi, deu–se pelo

posicionamento do paquímetro perpendicularmente até o limite extremo oposto do

músculo (ABCS, 1973).

Para a quantidade de carne na carcaça utilizou a equação proposta por Irgang

(1998), onde: Equação 3. Quantidade de carne na carcaça (kg): (peso da carcaça

resfriada x rendimento de carne) ÷ 100.

Para a determinação de cor e marmoreio da carne foram utilizados como

parâmetro a Tabela National Pork Producers Council, estes parametros foram avaliados

24h após o abate sobre o musculo Longissimus dorsi.

Os pesos dos pernis foram determinados seccionando a articulação entre a última e

a penúltima vértebra lombar, sendo pernil pesado por completo contendo a cauda, com a

pata sem a unha e sem retoques na gordura e na carne.

Para a realização da avaliação econômica dos tratamentos, verificou-se a

viabilidade econômica das dietas, dessa forma determinou-se o custo da dieta por

quilograma de peso vivo ganho (Yi), segundo Bellaver et al. (1985), em que:

Yi = (Pi*Qi)/Gi onde,

Yi = custo da dieta por quilograma de peso corporal ganho no i-ésimo tratamento;

Pi = preço por quilograma da dieta utilizada no i-ésimo tratamento; Qi = quantidade de

dieta consumida no i-ésimo tratamento; Gi = ganho de peso do i-ésimo tratamento.

Em seguida, foram calculados o valor do custo por kg de carcaça, e com isso,

calculou-se o índice de eficiência econômica (IEE) e o índice de custo (IC), propostos

por Fialho et al. (1992), na qual: IEE = (MCe/CTei)*100 e IC = (CTei/MCe)*100.

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MCe é o menor custo da dieta por quilograma ganho observado entre as dietas; e

CTei, custo do tratamento i considerado.

Os dados coletados foram submetidos à análise de variância e as médias

comparadas pelo teste de Duncan a 5% de probabilidade utilizando o pacote SAS

(2003) versão 8.0.

RESULTADOS

Quando avaliados os parâmetros de desempenho (Tabela 2), verificou-se que a

utilização da ractopamina e dos óleos vegetais na alimentação dos suínos não

demonstraram diferença significativa (P>0,05), para os parâmetros de ganho de peso

diário (GPD), consumo de ração diário (CRD) e conversão alimentar (CA).

Tabela 2. Desempenho dos suínos alimentados com ractopamina e óleos vegetais.

Parâmetros Controle Ractopamina Cartamo Coco P-Valor SEM

GPD (Kg) 0,80 0,73 0,76 0,77 0,932 0,001

CRD (Kg) 2,95 2,56 2,88 2,87 0,284 0,003

CA 3,68 3,50 3,78 3,72 0,557 0,005

Médias com diferentes letras na mesma linha diferem estatisticamente segundo o teste de Duncan (P<0,05). SEM – Standard Error of the Media.

Os parâmetros de pesos dos órgãos (Tabela 3), não obtiveram efeito significativo

para os tratamentos estudados (P>0,05).

Tabela 3. Pesos dos Órgãos dos suínos alimentados com ractopamina e óleos vegetais.

Órgaos (Kg) Controle Ractopamina Cartamo Coco P-Valor SEM

Coração 0,375 0,334 0,354 0,357 0,615 0,001

Fígado 1,619 1,522 1,537 1,616 0,860 0,002

Baço 0,157 0,141 0,160 0,164 0,484 0,001

Pulmão 0,625 0,540 0,593 0,665 0,699 0,001

Rins 0,285 0,276 0,306 0,328 0,559 0,001

Intestinos 3,513 3,451 3,664 3,740 0,722 0,004

Estomago 0,529 0,481 0,523 0,507 0,478 0,001

Médias com diferentes letras na mesma linha diferem estatisticamente segundo o teste de Duncan (P<0,05), SEM –

Standard Error of the Media.

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Os parâmetros de cor e marmoreio (Tabela 4), mostraram que a utilização dos

óleos vegetais e da ractopamina na alimentação dos animais não diferiram

significativamente (P>0,05), entretanto observou-se que a utilização da ractopamina

influenciou os parâmetros de pH inicial, pH final, temperatura inicial e temperatura final

(P<0,05).

Tabela 4. Qualidade de carne dos suínos alimentados com ractopamina e óleos

vegetais.

Parâmetros Controle Ractopamina Cartamo Coco P-Valor SEM

Ph Inicial 6,80A 6,46B 6,83A 6,75A 0,010 0,002

Temp.

Inicial 29,25AB 28,41B 29,91A 29,48AB 0,049 0,108

Ph Final 5,52B 5,63A 5,50B 5,48B 0,037 0,001

Temp.

Final 9,18B 9,80A 9,25B 9,20B 0,043 0,003

Cor 2,67 3,00 2,67 2,83 0,622 0,005

Marmoreio 1,50 2,16 2,00 2,00 0,292 0,006

Médias com diferentes letras na mesma linha diferem estatisticamente segundo o teste de Duncan (P<0,05). SEM – Standard Error of the Media.

Com os dados de características de carcaça (Tabela 5), foi possível observar que

não houve diferença estatística dos óleos e da ractopamina sobre os parametros de

rendimento de carcaça, espessura de toucinho (ET-1, 2, 3 e média), área de gordura

(AG), área de olho de lombo (AOL) e profundidade de lombo (PL) (P>0,05).

Ao analisar o efeito dos óleos vegetais sobre o peso do pernil dos suínos,

observou-se que a utilização do óleo de cártamo na alimentação gerou um pernil mais

pesado quando comparado com a ractopamina (P˂0,05).

Foi possível observar também que a Relação carne:gordura (RCG) com a

utilização do óleo de coco houve uma redução da quantidade de gordura,

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transformando-a em uma carne mais magra (P˂0,05), aumentando a RCG, quando

comparada com os grupos controle e ractopamina.

Em relação aos dados de Rendimento de carne da carcaça fria (RCCF), observou-se

que a utilização do óleo de coco garantiu um maior rendimento de carne (P<0,05),

quando comparado com o tratamento que continha ractopamina.

Ao analisar os parâmetros de Quantidade de carne na carcaça (QCC), observou-se

que a utilização do óleo de cártamo proporcionou uma maior quantidade de carne

quando comparada ao grupo alimentado com ractopamina (P˂0,05).

Tabela 5. Parâmetros de carcaça dos suínos alimentados com ractopamina e óleos

vegetais.

Parâmetros Controle Ractopamina Cartamo Coco P-Valor SEM

Rend. de

Carc (%) 79,90 79,37 79,18 79,32 0,591 0,009

ET-1 (mm) 45,88 45,82 46,63 47,07 0,970 0,005

ET-2 (mm) 30,84 27,72 30,91 26,55 0,470 0,005

ET-3 (mm) 29,36 28,74 32,40 39,20 0,471 0,012

MET (mm) 35,37 34,09 36,65 37,61 0,423 0,003

Pernil (Kg) 14,83AB 13,67B 15,42A 14,85AB 0,049 0,100

AOL (cm2) 47,59 44,22 48,68 55,61 0,183 0,863

AG (cm2) 27,40 26,38 26,37 22,09 0,321 0,513

RCG 1,76B 1,70B 1,93AB 2,68A 0,048 0,006

RCCF (%) 66,27AB 66,13B 66,27AB 66,59A 0,039 0,002

QCC (Kg) 57,61AB 52,57B 58,49A 56,84AB 0,045 0,393

PL (mm) 6,63 6,33 6,53 6,69 0,665 0,007

Médias com diferentes letras na mesma linha diferem estatisticamente segundo o teste de Duncan (P<0,05). Rend. De

Carc- Rendimento de Carcaça. ET- Espessura de Toucinho. MET- Média da Espessura de Toucinho. AOL- Area de

Olho de Lombo. AG- Area de Gordura. RCG- Relação Carne:Gordura. RCCF- Rendimento de Carne na Carcaça Fria. QCC- Quantidade de Carne na Carcaça. PL- Profundidade de Lombo. SEM – Standard Error of the Media.

Em relação viabilidade econômica dos dados (Tabela 6), observou-se que o valor

da ração (VR) do grupo controle foi o mais barato (P<0,05), quando comparada com os

demais tratamentos, entretanto quando avaliado o custo da ração por kg de peso vivo do

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animal (CR), notou-se que os tratamentos controle e ractopamina foram os mais viáveis

economicamente (P<0,05).

Foi possível constatar que para os parâmetros de Indice de Eficiencia Economica

(IEE) e Indice de Custo (IC), a utilização dos grupos controle e ractopamina foram os

mais eficientes economicamente, por terem apresentado os menores custos (P<0,05).

Tabela 6. Viabilidade Econômica dos suínos alimentados com ractopamina e óleos

vegetais.

Parâmetros Controle Ractopamina Cartamo Coco P-Valor SEM

VR 1,039D 1,137C 1,368A 1,319B <0,001 0

CR 4,016B 3,945B 5,346A 4,997A 0,047 0,716

IEE 100,185A 101,532A 75,744B 80,315B 0,048 14,112

IC 101,801B 100B 135,519A 126,67A 0,047 18,164

Médias com diferentes letras na mesma linha diferem estatisticamente segundo o teste de Duncan (P<0,05). SEM –

Erro Padrão da Média.

DISCUSSÃO

Desempenho

Os dados de desempenho obtidos neste experimento não foram afetados pelos

tratamentos estudados, embora os animais tenham sido submetidos a certo nível de

estresse térmico, pois durante o experimento foram registradas temperaturas mínimas,

máximas e umidade relativa (UR) de: 23°C, 37°C e 54%, respectivamente, isto mostra

que os animais estavam adaptados ao ambiente, mas o desempenho pode ter sido

afetado de forma uniforme entre os tratamentos, o que não compromete os resultados

obtidos.

Segundo Collin et al. (2001), os suínos quando submetidos a altas temperaturas

ambientais, tem como resposta imediata a queda no consumo voluntário de alimento

representando uma tentativa do animal em minimizar a produção de calor provocada

pelo metabolismo dos nutrientes.

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Manno et al. (2006), ao utilizar suínos em crescimento observaram que o

desempenho de suínos é bastante comprometido quando submetido a regiões de altas

temperaturas e alta umidade, o que reduz o consumo alimentar, o ganho de peso, além

da troca de calor com o ambiente ser prejudicada.

Segundo Dahlke et. al. (2005), altas temperaturas reduzem os níveis sanguíneos

do hormônio T3, responsável por acelerar o metabolismo dos carboidratos, lipídios e

proteínas (Rosbrought, 1999), podendo levar a redução no consumo de ração.

A literatura relata casos onde o consumo de óleo de cártamo e ractopamina

induzem a uma diminuição de consumo alimentar, isso se dá, pois o óleo de cartamo

segundo Campanella et al. (2014) reduz o consumo através do aumento da saciedade,

decorrente de maiores concentrações de substratos metabólicos disponíveis no plasma

sanguíneo como glicose e triglicerídeos.

A ractopamina atua de modo diferente, Souza (2011) explica que a diminuição

deste consumo pode se dar devido à atuação da colescistoquinina (CCK) que ao

diminuir o esvaziamento gástrico e taxa de passagem do animal resulta numa maior

atuação da enzima sobre o alimento, gerando um maior aproveitamento dos nutrientes

disponíveis e levando assim a uma melhor eficiência alimentar. Além disso, foi relatado

por Pereira et al. (2008) que a deposição de tecido magro é mais eficiente do que a de

gordura no organismo, isso se da pela própria constituição bioquímica da gordura e da

proteína, dessa forma deposita-se mais moléculas de água com a deposição proteica, o

que ajuda na melhora do ganho de peso e da eficiência alimentar. Estes fatos, contudo,

não foram observados nesta pesquisa.

Leal et al. (2015), ao utilizarem níveis crescentes de ractopamina (0; 3; 6; 9; 12 e

15 ppm) para suínos em terminação por 28 dias, encontraram um aumento linear

crescente do ganho de peso diário com a utilização da ractopamina enquanto que a

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conversão alimentar destes animais resultou numa diminuição linear, resultados esses

que diferem dos encontrados neste experimento, entretanto o consumo de ração diário

destes animais não diferiram entre si.

Esperavam-se nos dados de desempenho que a atuação da ractopamina mostrasse

seus efeitos no CRD dos animais, visto que este aditivo diminui o consumo voluntario

dos animais, resultados similares foram encontrados na literatura por Marinho et al.

(2007), Bridi et al. (2008), Ferreira et al. (2011) e Garbossa et al. (2013).

Wang et al. (2015) ao utilizarem níveis de inclusão do óleo de coco para aves em

fases inicial e crescimento não encontraram efeitos sobre o consumo, o ganho de peso e

a conversão alimentar para nenhuma das fases estudadas, corroborando com os dados

obtidos neste experimento.

Yang et al. (2018) ao utilizarem óleos de coco e palma na alimentação (fornecidos

na forma de capsulas ou incluídos na ração) de leitões de 0 a 28 dias, observaram que

não houve influência do óleo de coco para conversão, ganho de peso e consumo

alimentar. Entretanto, quando o óleo de coco foi fornecido na forma de cápsula foi

observado um aumento do ganho de peso e da conversão alimentar quando comparado

ao grupo controle. Porém, quando comparado à utilização do óleo na ração e na forma

de cápsula, observou-se que não houve diferença entre os dois.

Pesos dos Órgãos

Em relação aos resultados referentes ao peso dos órgãos, observou-se que nenhum

dos aditivos utilizados na alimentação dos suínos foi capaz de modificar seu peso. Esse

resultado é similar ao encontrado por Sanches (2010), onde o mesmo não encontrou

diferença significativa ao utilizar níveis crescentes de ractopamina na alimentação de

suínos em terminação para o peso do coração, pulmão, baço e intestino delgado,

entretanto quando foi analisado o fígado notaram diminuição no peso com o aumentou o

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nível do nível de ractopamina na ração. Segundo Costa (2017), a importância de se

avaliar o fígado e os rins destes animais é devido a sua importância no metabolismo

proteico e lipídico com a adição de ractopamina nas dietas.

Sanches et al. (2010), explicam que a utilização da ractopamina permite uma

maior eficiência dos aminoácidos da dieta, entretanto quando este aditivo não é

adicionado na dieta, os rins e fígado precisam trabalhar mais no catabolismo dos

aminoácidos com o intuito de eliminar o excesso de nitrogênio, aumentando assim os

seus respectivos pesos. O que não aconteceu neste experimento.

Appleton et al (2015), ao utilizarem óleo de cártamo e acetato de

desoxicorticosterona (DOCA) na alimentação de ratos Spraguee Dawley não

encontraram diferença significativa para o peso do coração e pulmão, porém ao

utilizarem o DOCA foi possível observar diferença para os outros órgãos avaliados, o

que não ocorreu com os ratos alimentados com o óleo de cártamo.

Tso et al. (2012), ao avaliarem óleos de borragem e cártamo para ratos wistar

machos e femeas não observaram diferença para a utilização destes produtos sobre

fígado, rins, coração, pulmão e baço. Guo et al. (2013) ao utilizarem o óleo de cártamo

para ratos não observaram efeito sobre o coração, rins, baço e pulmão quando

comparados ao grupo controle.

Siddalingaswamy et al. (2011), ao utilizar óleo de coco quente e frio para ratos

wistar diabéticos e não diabéticos não observaram modificações sobre o peso de fígado,

rins e coração. Chandrashekar et al. (2010), ao utilizar óleos de girassol, soja e coco na

alimentação de ratos wistar por 60 dias não observaram diferenças estatísticas ao

avaliarem o coração e o fígado dos animais.

Santana et al. (2016), observaram que ao utilizar óleo de coco na alimentação de

ratos Wistar não houve diferença no peso do: fígado, pulmão, baço, rins e coração. Os

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autores explicam que níveis muito baixos como o utilizado (8,46 kcal/ml) não foram

capazes de aumentar o peso desses órgãos.

Qualidade de Carne

Para os parâmetros de qualidade de carne, observou-se que a utilização da

ractopamina, quando comparada com os demais tratamentos, foi capaz de alterar

(P<0,05) os valores de pH inicial dos animais, entretanto todos os valores apresentados

estiveram dentro da faixa de normalidade, 6,3 a 7,0 descrita por Pearce et al. (2011), não

interferindo nos resultados obtidos.

No pH final, ocorreu uma redução no seu valor devido à degradação do glicogênio

e produção de ácido lático, até atingir valores entre 5,4 a 5,8 após as 24h pós abate

(Pearce et al., 2011), para se tornar uma carne de cor normal, textura firme e não

exudativa. Os animais suplementados com ractopamina apresentaram os menores e

maiores valores de temperatura inicial e final, respectivamente, devido a sua correlação

com pH, pois quando se tem um aumento do pH a temperatura tende a não cair

rapidamente (Carmo et al., 2014).

Resultados similares a esta pesquisa foram encontrados por Rincker et al. (2009),

que ao utilizarem 5 ppm de ractopamina por 28 dias para suínos em terminação,

observaram que a adição da ractopamina na dieta aumentou estatisticamente o pH final

da carne dos animais enquanto, que modificações na cor e marmoreio da carne não

foram observadas.

Costa (2017) ao utilizar óleo de coco, óleo de cártamo e ractopamina na

alimentação de suínos em terminação, observou que a cor da carne destes animais se

mantiveram iguais estatisticamente, e a utilização de qualquer um destes aditivos não

foi capaz de mudar a cor da carne dos animais. Resultados estes que corroboraram com

os achados neste trabalho.

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A cor da carne dos alimentos é um dos atributos mais importantes na hora de

consumir um produto, no caso da carne é determinada pela quantidade de mioglobina no

musculo (Resende et al., 2015). Essa concentração indica também o estado de oxidação

do musculo que é determinado pela pressão exercida do oxigênio e também por radicais

livres, que são produzidos através da oxidação dos lipídeos, assim a utilização de

produtos como os óleos estudados ajudam no combate a estes radicais.

Segundo Ferreira (2011), os valores de marmoreio da carne suína variam de 1 a 3

%, onde abaixo de 1 % as carnes apresentam um déficit de suculência e valores acima

de 3% apresenta uma carne com bastante marmoreio. Para o parâmetro de marmoreio

não foi observada diferença significativa entre os tratamentos.

Parametros de Carcaça

Quando avaliados os parâmetros de carcaça no que se refere a ET 1, 2, 3, MET,

AOL, AG e PL, observou-se que estas características não apresentaram diferença

significativa entre os tratamentos, sendo similar aos resultados encontrados por Realini

et al. (2010), que ao utilizarem diferentes tipos de óleos (Girassol, Cártamo e Linhaça)

não encontraram efeito significativo sobre a qualidade de carcaça.

Ao analisar o peso do pernil e QCC, notou-se que os animais que consumiram o

óleo de cártamo tiveram o maior peso quando comparado a ractopamina, esse resultado

pode ser explicado pela capacidade antioxidativa do óleo de cártamo devido a sua

composição conter Vitamina E, dessa forma a carcaça dos suínos sofreram menor ação

da temperatura e por sua vez detiveram uma menor perda, resultando numa carcaça e

um pernil mais pesado. No caso da ractopamina, a pouca presença de gordura, oriunda

do processo de lipólise, pode ter ocasionado o efeito de cold shortning, efeito esse que

provoca um grande encurtamento dos sarcomeros, o que aumentaria assim a dureza da

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carne. Esse encurtamento poderia ser evitado se a carcaça tivesse um bom acabamento,

visto que a gordura serve como um isolante térmico (Bridi).

Morrissey et al. (1998), ao utilizarem a Vitamina E na ração de animais,

constataram que essa vitamina foi depositada nas membranas celulares do tecido

adiposo dos animais, e isso permitiu uma maior capacidade antioxidativa da gordura.

Quando analisados o RCG e o RCCF observou-se que a presença do óleo de coco

na alimentação dos suínos permitiu os melhores resultados. Isso pode ter se dado pela

facilidade de absorção do óleo de coco, pois sua composição apresenta uma grande

quantidade de ácidos graxos de cadeia média, que possuem uma rápida absorção no

organismo devido a sua circulação ocorrer diretamente pelo sistema portal, facilitando

assim a metabolização hepática e oxidação mitocondrial, diminuindo a quantidade de

gordura depositada nos tecidos (Hann et al., 2014).

O ponto P2 dos animais suplementados com óleo de coco apresentaram os

menores valores de gordura, comparado ao óleo de cártamo. Isso pode ter se dado, pois

o óleo de cártamo possui acidos graxos de cadeia longa, em sua quase totalidade. Estes

ácidos são ressintetizados a triglicerideos no interior dos enterócitos, formando os

quilomícrons, os quais, através do sistema linfático atingem a circulação sanguínea,

sendo depositados no interior dos adipócitos, hipertrofiando assim o tecido adiposo

(Vaz et al., 2006).

Viabilidade Economica

Com relação ao valor da ração por kg (VR), observou-se que o grupo controle

apresentou o tratamento mais barato, enquanto que o óleo de cártamo foi o mais caro,

com um aumento de R$ 0,33 por kg de ração produzida ou 31%, já o óleo de coco teve

um aumento de R$ 0,28 ou 26%, enquanto que a ractopamina obteve um aumento de R$

0,10 ou 9% quando comparados com o grupo controle.

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Quando avaliou-se o custo de ração por kg de PV (CR), foi observado que com a

utilização dos óleos vegetais na dieta ocasionou um aumento do valor em relação ao

tratamento controle e a ractopamina, sendo no óleo de cártamo um aumento de R$ 1,33

e no óleo de coco R$ 0,98. Isto pode ser explicado pelo valor pago pelas cápsulas de

óleo, que tornaram a ração mais cara.

Esse acréscimo observado dos óleos sobre os preços é refletido no IC, de forma

que o valor mostrado na tabela pesou negativamente para ambos os óleos, pois seus

efeitos sobre os animais não foram tão efetivos quando comparados a ractopamina e o

grupo controle. O IEE por sua vez mostrou que esse custo fez com que os óleos fossem

os tratamentos menos efetivos economicamente.

Os ingredientes e óleos utilizados podem sofrer com variações de preço no

decorrer do ano, dessa forma sua utilização pode se tornar mais acessível em

determinadas épocas.

CONCLUSÃO

A utilização do óleo de coco na forma de cápsula na alimentação de suínos em pós-

terminação apresentou melhores resultados de RCG e RCCF dos animais quando

comparados com o óleo de cartamo e a ractopamina, podendo ser utilizado como uma

fonte natural em substituição a ractopamina para produção de carne magra, porém o uso

ficará condicionado à comercialização do produto, pois as dietas ficam mais caras com

sua utilização.

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5

6

56

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Biotechnology 6:7.

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8

58

Universidade Federal do Rio Grande do Norte

ANEXO A

PROTOCOLO N.º 002/2016

Professor/Pesquisador: JOSÉ APARECIDO MOREIRA

Natal (RN), 02 de março de

2016.

Certificamos que o projeto intitulado “Efeito da utilização de óleo de coco, óleo de cártamo e da

ractopamina em ração de suínos em terminação sobre os parâmetros de desempenho, avaliação de carcaça,

qualidade da carne, parâmetros sanguíneos e perfil de ácidos graxos do músculo Longíssimos dorsi e da

gordura subcutânea”, protocolo 002/2016, sob a responsabilidade de JOSÉ APARECIDO MOREIRA, que envolve

a produção, manutenção e/ou utilização de animais pertencentes ao filo Chordata, subfilo Vertebrata (exceto o

homem), para fins de pesquisa científica encontra-se de acordo com os preceitos da Lei n.º 11.794, de 8 de outubro de

2008, do Decreto n.º 6.899, de 15 de julho de 2009, e com as normas editadas pelo Conselho Nacional de Controle da

Experimentação Animal (CONCEA), e foi APROVADO pela COMISSÃO DE ÉTICA NO USO DE ANIMAIS da

Universidade Federal do Rio Grande do Norte – CEUA/UFRN.

Vigência do Projeto DEZEMBRO 2017

Número de Animais 48

Espécie/Linhagem Suínos Mestiços

Peso/Idade 120-150 dias / 70 a 130 kg

Sexo Machos

Origem Centro de Pesquisa e Manejo de Suínos – EAJ UFRN

Manutenção/Experimentação Centro de Pesquisa e Manejo de Suínos – EAJ UFRN

Informamos ainda que, segundo o Cap. 2, Art. 13 do Regimento, é função do professor/pesquisador

responsável pelo projeto a elaboração de relatório de acompanhamento que deverá ser entregue tão logo a pesquisa

for concluída.

Josy Carolina Covan Pontes

Coordenadora da CEUA

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9

59

PARECER CONSUBSTANCIADO DE PROJETO DE PESQUISA 1

2

PROTOCOLO Nº : 3

TÍTULO DO PROJETO: 4

Efeito da utilização de óleo de coco, óleo de cártamo e da ractopamina em ração de 5

suínos em terminação sobre os parâmetros de desempenho, avaliação de carcaça, 6

qualidade da carne, parâmetros sanguíneos e perfil de ácidos graxos do músculo 7

Longíssimos dorsi e da gordura subcutânea. 8

PESQUISADOR RESPONSÁVEL: 9

José Aparecido Moreira 10

DATA DO PARECER: 11

02/03/2016 12

SUMÁRIO DO PROJETO: 13

OBJETIVOS DO PROJETO: 14

7) FINALIDADE DO PROJETO: Ensino X Pesquisa

8) ITENS METODOLÓGICOS E ÉTICOS:

Título X Adequado Comentários

Objetivos X Adequados Comentários

Introdução e Justificativa X Adequadas Comentários

Cronograma para execução da pesquisa X Adequado Comentários

Orçamento e fonte financiadora X Adequados Comentários

Referências Bibliográficas X Adequadas Comentários

9) O PROJETO DESTA PESQUISA ESTA

ADEQUADO À LEGISLAÇÃO VIGENTE: X Adequado Comentários

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0

60

10) INFORMAÇÕES RELATIVAS AOS ANIMAIS:

Grau de severidade: X Brando Médio Elevado

Espécie: Suínos Número

Amostral:

48

Redução Amostral: Sim X N ão

Substituição de Metodologia: Sim X N ão

Aprimoramento da Metodologia: Sim X N ão

Acomodação e manutenção dos animais: X Adequado Inadequado

Manipulação dos animais: X Adequado Inadequado

Analgesia dos animais (se aplicável): Adequado Inadequado

Anestesia dos animais (se aplicável): Adequado Inadequado

Eutanásia dos animais (se aplicável): X Adequado Inadequado

11) RECOMENDAÇÃO:

X Aprovado

Recomendações

Com Pendência

Não aprovado

1

2

3

4

5

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1

61

ANEXO B 1

2

Figura 03. Acondicionamento Das Rações Figura 04. Óleos De Cartamo E Coco

3

Figura 05. Local do Abate Fígura 06. Descanso Pre-Abate

4

Figura 07. Separação e Pesagem

dos Órgãos

Fígura 08. Ph e Temperatura

Inicial

5

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2

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1

Figura 09. Ph e Temeperatura Final Fígura 10. Mensuração da Espessura de Toucinho

2

Figura 11. Desenhando a AOL Fígura 12. Desenho da AG e AOL

3

Figura 13. Cor e Marmoreio Fígura 14. Pesagem das meias

carcaças

4

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3

63

ANEXO C. NORMAS DA REVISTA 1

3.1. Structure of a full-length research article 2

Figures, Tables, and Acknowledgments should be sent as separated files and not as 3

part of the body of the manuscript. The article is divided into sections with centered 4

headings, in bold, in the following order: Abstract, Introduction, Material and Methods, 5

Results, Discussion, Conclusions, Acknowledgments (optional) and References. The 6

heading is not followed by punctuation. 7

3.1.1. Manuscript format The text should be typed by using Times New Roman font 8

at 12 points, double-space (except for Abstract and Tables, which should be set at 1.5 9

space), and top, bottom, left and right margins of 2.5, 2.5, 3.5, and 2.5 cm, respectively. 10

The text should contain up to 25 pages, sequentially numbered in arabic numbers at the 11

bottom. The file must be edited by using Microsoft Word® software. 12

3.1.2. Title The title should be precise and informative, with no more than 20 words. 13

It should be typed in bold and centered as the example: Nutritional value of sugar cane 14

for ruminants. Names of sponsor of grants for the research should always be presented 15

in the Acknowledgments section. 16

3.1.3. Authors The name and institutions of authors will be requested at the 17

submission process; therefore they should not be presented in the body of the 18

manuscript. Please see the topic 4. Guidelines to submit the manuscript for details. The 19

listed authors should be no more than eight. The list of authors must contain all authors` 20

full name with no initials, current email address, and complete information about their 21

affiliation. This list must follow the same authorship order presented in the Assurance 22

of Contents and Copyright. Spurious and “ghost” authorships constitute an unethical 23

behavior. Collaborative inputs, hand labor, and other types of work that do not imply 24

intellectual contribution may be mentioned in the Acknowledgments section. 25

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4

64

3.1.4. Abstract The abstract should contain no more than 1,800 characters including 1

spaces in a single paragraph. The information in the abstract must be precise. Extensive 2

abstracts will be returned to be adequate with the guidelines. The abstract should 3

summarize the objective, material and methods, results and conclusions. It should not 4

contain any introduction. References are never cited in the abstract. The text should be 5

justified and typed at 1.5 space and come at the beginning of the manuscript with the 6

word ABSTRACT capitalized, and initiated at 1.0 cm from the left margin. To avoid 7

redundancy the presentation of significance levels of probability is not allowed in this 8

section. 9

3.1.5. Key Words At the end of the abstract list at least three and no more than six 10

key words, set off by commas and presented in alphabetical order. They should be 11

elaborated so that the article is quickly found in bibliographical research. The key words 12

should be justified and typed in lowercase. There must be no period mark after key 13

words. 14

3.1.6. Introduction The introduction should not exceed 2,500 characters with spaces, 15

briefly summarizing the context of the subject, the justifications for the research and its 16

objectives; otherwise it will be rerouted for adaptation. Discussion based on references 17

to support a specific concept should be avoided in the introduction. Inferences on results 18

obtained should be presented in the Discussion section. 19

3.1.7. Material and Methods Whenever applicable, describe at the beginning of the 20

section that the work was conducted in accordance with ethical standards and approved 21

by the Ethics and Biosafety Committee of the institution. Please provide ethics comittee 22

number as follows: “Research on animals was conducted according to the institutional 23

committee on animal use (protocol number). As for the location of the experiment, it 24

should contain city, state, country, and geographical coordinates (latitude, longitude, 25

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5

65

elevation). Names of universities, laboratories, farms or any other intitutions must not 1

be mentioned. A clear description on the specific original reference is required for 2

biological, analytical and statistical procedures. Any modifications in those procedures 3

must be explained in detail. The presentation of the statistical model as a separate 4

sentence from the text and as a numbered equation is mandatory whenever the research 5

is about designed experiments, observational studies or survey studies. All terms, 6

assumptions, and fitting procedures must be fully described to allow readers for a 7

correct identification of the experimental unit. 8

3.1.8. Results The author must write two sections by separating results and 9

discussion. In the Results section, sufficient data, with means and some measure of 10

uncertainty (standard error, coeficient of variation, confidence intervals, etc.) are 11

mandatory, to provide the reader with the power to interpret the results of the 12

experiment and make his own judgment. The additional guidelines for styles and units 13

of RBZ should be checked for the correct understanding of the exposure of results in 14

tables. The Results section cannot contain references. 15

3.1.9. Discussion In the Discussion section, the author should discuss the results 16

clearly and concisely and integrate the findings with the literature published to provide 17

the reader with a broad base on which they will accept or reject the author‟s hypothesis. 18

Loose paragraphs and references presenting weak relationship with the problem being 19

discussed must be avoided. Neither speculative ideas nor propositions about the 20

hypothesis or hypotheses under study are encouraged. 21

3.1.10. Conclusions Be absolutely certain that this section highlights what is new and 22

the strongest and most important inferences that can be drawn from your observations. 23

Include the broader implications of your results. The conclusions are stated by using the 24

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6

66

present tense. Do not present results in the conclusions, except when they are strictly 1

important for the generalization. 2

3.1.11. Use of abbreviations Author-derived abbreviations should be defined at first 3

use in the abstract, and again in the body of the manuscript, and in each table and figure 4

in which they are used. The use of author-defined abbreviations and acronyms should 5

be avoided, as for instance: T3 was higher than T4, which did not differ from T5 and 6

T6. This type of writing is appropriate for the author, but of complex understanding by 7

the readers, and characterizes a verbose and imprecise writing. 8

3.1.12. Tables and Figures It is essential that tables be built by option “Insert Table” 9

in distinct cells, on Microsoft Word® menu (No tables with 5 values separated by the 10

ENTER key or pasted as figure will be accepted). Tables and figures prepared by other 11

means will be rerouted to author for adequacy to the journal guidelines. Tables and 12

figures should be numbered sequentially in Arabic numerals, presented in two separate 13

editable files to be uploaded (one for the tables and one for the figures), and must not 14

appear in the body of the manuscript. They may be uploaded separately and in a higher 15

number of files if the size of the files hampers the upload. The title of the tables and 16

figures should be short and informative, and the descriptions of the variables in the body 17

of the table should be avoided. In the graphs, designations of the variables on the X and 18

Y axes should have their initials in capital letters and the units in parentheses. 19

3.1.13. References Reference and citations should follow the Name and Year System 20

(Author-date) 21

3.1.14. Citations in the text The author‟s citations in the text are in lowercase, 22

followed by year of publication. In the case of two authors, use „and‟; in the case of 23

three or more authors, cite only the surname of the first author, followed by the 24

abbreviation et al. 25

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6

7

67

Examples: Single author: Silva (2009) or (Silva, 2009) Two authors: Silva and 1

Queiroz (2002) or (Silva and Queiroz, 2002) Three or more authors: Lima et al. (2001) 2

or (Lima et al., 2001). 3

The references should be arranged chronologically and then alphabetically within a 4

year, using a semicolon (;) to separate multiple citations within parentheses, e.g.: 5

(Carvalho, 1985; Britto, 1998; Carvalho et al., 2001). Two or more publications by the 6

same author or group of authors in the same year shall be differentiated by adding 7

lowercase letters after the date, e.g., (Silva, 2004a,b). 8

3.1.15. References section References should be written on a separate page, and by 9

alphabetical order of surname of author(s), and then chronologically. 10

Type them single-spaced, justified, and indented to the third letter of the first word 11

from the second line of reference. 12

All authors‟ names must appear in the References section. 13

The author is indicated by their last name followed by initials. Initials should be 14

followed by period (.) and space; and the authors should be separated by semicolons. 15

The word „and‟ precedes the citation of the last author. 16

Surnames with indications of relatedness (Filho, Jr., Neto, Sobrinho, etc.) should be 17

spelled out after the last name (e.g., Silva Sobrinho, J.). 18

Do not use ampersand (&) in the citations or in the reference list. 6 As in text 19

citations, multiple citations of same author or group of authors in the same year shall be 20

differentiated by adding lowercase letters after the date. In the case of homonyms of 21

cities, add the name of the state and country (e.g. Gainesville, FL, EUA; Gainesville, 22

VA, EUA). Sample references are given below. 23

Articles 24

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8

68

The journal name should be written in full. In order to standardize this type of 1

reference, it is not necessary to quote the website, only volume, page range and year. Do 2

not use a comma (,) to separate journal title from its volume; separate periodical volume 3

from page numbers by a colon (:).e.g.: 4

Miotto, F. R. C.; Restle, J.; Neiva, J. N. M.; Castro, K. J.; Sousa, L. F.; Silva, R. O.; 5

Freitas, B. B. and Leão, J. P. 2013. Replacement of corn by babassu mesocarp bran in 6

diets for feedlot young bulls. Revista Brasileira de Zootecnia 42:213-219. 7

Articles accepted for publication should preferably be cited along with their DOI. 8

Fukushima, R. S. and Kerley, M. S. 2011. Use of lignin extracted from different plant 9

sources as standards in the spectrophotometric acetyl bromide lignin method. Journal of 10

Agriculture and Food Chemitry, doi: 10.1021/ jf104826n (in press). 11

Books 12

If the entity is regarded as the author, the abbreviation should be written first 13

accompanied by the corporate body name written in full. 14

In the text, the author must cite the method utilized, followed by only the 15

abbreviation of the institution and year of publication. 16

e.g.: “...were used to determine the mineral content of the samples (method number 17

924.05; AOAC, 1990)”. 18

Newmann, A. L. and Snapp, R. R. 1997. Beef cattle. 7th ed. John Wiley, New York. 19

AOAC - Association of Official Analytical Chemistry. 1990. Official methods of 20

analysis. 15th ed. AOAC International, Arlington, VA. 21

Book chapters 22

The essential elements are: author (s), year, title and subtitle (if any), followed by the 23

expression “In”, and the full reference as a whole. Inform the page range after citing the 24

title of the chapter. 25

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9

69

Lindhal, I. L. 1974. Nutrici n y alimentaci n de las cabras. p.425-434. In: Fisiologia 1

digestiva y nutrici n de los ruminantes. 3rd ed. Church, D. C., ed. Acr bia, aragoza. 2

Theses and dissertations 3

It is recommended not to mention theses and dissertations as reference but always to 4

look for articles published in peer-reviewed indexed journals. Exceptionally, if 5

necessary to cite a thesis or dissertation, please indicate the following elements: author, 6

year, title, grade, university and location. 7

Castro, F. B. 1989. Avaliação do processo de digestão do bagaço de cana-de-aç car 8

auto-hidrolisado em bovinos. Dissertação (M.Sc.). Universidade de São Paulo, 9

Piracicaba. 10

Palhão, M. P. 2010. Induced codominance and double ovulation and new approaches 11

on luteolysis in cattle. Thesis (D.Sc.). Universidade Federal de Viçosa, Viçosa, MG, 12

Brazil. 13

Bulletins and reports 14

The essential elements are: Author, year of publication, title, name of bulletin or 15

report followed by the issue number, then the publisher and the city. 16

Goering, H. K. and Van Soest, P. J. 1970. Forage fiber analysis (apparatus, reagents, 17

procedures, and some applications). Agriculture Handbook No. 379. ARS-USDA, 18

Washington, D.C., USA. 19

Conferences, meetings, seminars, etc. 20

Quote a minimal work published as an abstract, always seeking to reference articles 21

published in journals indexed in full. 22

Casaccia, J. L.; Pires, C. C. and Restle, J. 1993. Confinamento de bovinos inteiros ou 23

castrados de diferentes grupos genéticos. p.468. In: Anais da 30 Reunião Anual da 24

Sociedade Brasileira de Zootecnia. Sociedade Brasileira de Zootecnia, Rio de Janeiro. 25

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0

70

Weiss, W. P. 1999. Energy prediction equations for ruminant feeds. p.176-185. In: 1

Proceedings of the 61th Cornell Nutrition Conference for Feed Manufacturers. Cornell 2

University, Ithaca. 3

Article and/or materials in electronic media 4

In the citation of bibliographic material obtained by the Internet, the author should 5

always try to use signed articles, and also it is up to the author to decide which sources 6

actually have credibility and reliability. 7

In the case of research consulted online, inform the address, which should be 8

presented between the signs 7 < >, preceded by the words “Available at” and the date of 9

access to the document, preceded by the words “Accessed on:”. Rebollar, P. G. and 10

Blas, C. 2002. Digesti n de la soja integral en rumiantes. Available at: Accessed on: 11

Oct. 28, 2002. 12

Quotes on statistical software 13

The RBZ does not recommend bibliographic citation of software applied to statistical 14

analysis. The use of programs must be informed in the text in the proper section, 15

Material and Methods, including the specific procedure, the name of the software, its 16

version and/or release year. “... statistical procedures were performed using the MIXED 17

procedure of SAS (Statistical Analysis System, version 9.2.)“ 18

3.3. Additional guidelines for style and units – Use of percentage 19

Because of the intense use of units in percentage form (%), the Editorial Board of 20

Revista Brasileira de Zootecnia defines that percentage should be exceptionally and 21

seldom used only for description of relative variations (e.g., variation of a result 22

obtained in a given treatment in relation to other treatment) and not as an absolute unit 23

of measurement. 24

3.3.1. Chemical or feed composition of diets 25

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1

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Chemical compositions of diets or feedstuffs have to be expressed as mass contents, 1

e.g., g kg−1 of dry matter or g kg−1 as fed. 2

3.3.2. Measures of intake 3

Measures of intake have to be expressed as mass consumed per mass unit per unit of 4

time. Example: Incorrect: “... animals presented average intake of 2.52% of body 5

weight...” Correct: “… animals presented average intake of 25.2 g kg−1 d−1 of body 6

weight…” 7

3.4. Additional guidelines for style and units – Representation of dispersion 8

The clear, cohesive and correct representation of the results of a research paper is a 9

key component of the characteristics that comprise comprehension, quality and 10

reliability of the scientific publishing process. 11

However, the direct observation of the manuscripts submitted and the papers 12

published by RBZ enlightens the plurality of the forms of exposure of the indicators of 13

significance and dispersion (measures of uncertainty) of the results presented. 14

The Editorial Board of RBZ understands that the number of particularities in the form 15

of exposing the results is directly proportional to the number of experimental designs 16

and arrangements, as well as the number of statistical methods utilized. 17

Nevertheless, standard guidelines should and can be adopted by the authors in order 18

to make the manner of exposure of the results more homogeneous. Thus, the guidelines 19

presented below, which comprise the most common situations, must be followed by the 20

authors for the correct establishment of the publishing style of Revista Brasileira de 21

Zootecnia. 22

3.4.1. About the representation of the descriptive levels of probability for type I 23

error (P-value) 24

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Following the international trend of results exposure in research papers, the authors 1

are recommended to present P-values from the statistical analyses to the readers, 2

regardless of the critical level of probability adopted in the manuscript (α value). 3

Whatever methods have been applied will not alter the discussion content at all. 4

However, this makes the presentation of results more clear and allows the reader to 5

make “judgments” on the results if they have a different view from that presented 9 by 6

the authors. Reference notes for significance (e.g., use of asterisks) should be avoided. 7

It is mandatory that the P-value be presented with three decimal places. It must not be 8

displayed with 2 decimal places, for it can generate ambiguity of interpretation (e.g., let 9

us suppose that one assumes α = 0.05. If two variables tested independently present P-10

values of 0.049 and 0.051, the rounding off for the two decimal places will make a P-11

value of 0.05 for both; however, one shows significant effect, whereas the other does 12

not.) 13

3.4.2. About the critical level of probability (the α value) adopted in the 14

manuscript and the significance representation throughout the text 15

For the right discernment between significance and non-significance in hypothesis 16

testing, according to the Neyman-Pearson school, there is the need for establishing a 17

(maximum) critical level of probability acceptable for type I error, from which the 18

differences must be assumed as non-significant, most commonly known as “α value”. 19

This must be properly exposed at the end of the description of the statistical procedures, 20

because it is part of the methods set for the research paper. 21

Example: “...α = 0.05.” 22

The choice of the α value must be done during the experimental planning, considering 23

the factors inherent to the environment and the experimental material and the natural 24

variability of the response variables to be assessed at the assay. Although the α value 25

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refers nominally to control of type I error, it must be pointed out that the probability of 1

occurrence of type I and II errors commonly manifest antagonistically. Therefore, more 2

strict α values (e.g., 0.01) represent a great control of type I error, but may reduce the 3

level of control of type II error. In this way, it is up to the researcher, after the proper 4

experimental considerations, to define the priorities of control of the statistical errors in 5

their conditions and to adopt the pertinent α level. 6

If an author chose to make assertions about significance or no significance based on 7

the previous choice of α, the indication of significance must agree with that choice. For 8

instance, let us take a study conducted with α = 0.05. In this study, the analysis of 9

variance showed a P-value of 0.019. When presenting this to the reader in the text, the 10

author must utilize: “…a difference was observed (P<0.05).” 11

For expressions in the text, use the letter P (capital letter), not in italic and without 12

spaces. Example: “…intake increased (P0.05).” Additionally, for an RB ‟s convention, 13

the symbols ≤ or ≥ must not be used. Use only < or >. Do not use the form “P=0.XX”. 14