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V FORMAÇÃO PARA OS ASSISTENTES DE EDUCAÇÃO BÁSICA AGOSTO DE 2020

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V FORMAÇÃO PARA OS ASSISTENTES

DE EDUCAÇÃO BÁSICA

AGOSTO DE 2020

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SECRETARIA DE EDUCAÇÃO DE VIANA

Tema: "Eixos estruturantes da

reformulação da Proposta

Pedagógica de Viana"

AGOSTO DE 2020

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SECRETARIA DE EDUCAÇÃO DE VIANA

Módulo V: “Metodologias ativas” e “Escola inclusiva”

AGOSTO DE 2020

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Pauta

“EDUCAÇÃO FEITA COM RESPONSABILIDADE”

• Conteúdo: Estudo do Slide: Metodologias Ativas

• Assistir ao vídeo:

https://www.youtube.com/watch?v=lgD_G0_5EYE

Preenchimento do questionário do módulo V no Portal da Educação (

http://educação.viana.es.gov.br/).

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INTRODUÇÃO

“EDUCAÇÃO FEITA COM RESPONSABILIDADE”

No módulo V damos continuidade à abordagem de temas fundamentais

para a construção do Novo Currículo de Viana.

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METODOLOGIAS ATIVAS

“EDUCAÇÃO FEITA COM RESPONSABILIDADE”

A BNCC trouxe uma mudança paradigmática na educação escolar. Essa

mudança se caracteriza pelo deslocamento do ensino para o aprendizado,

ou seja, à centralidade na aprendizagem dos alunos e alunas. Por esse

motivo as metodologias ativas são um dos conceitos fundantes e

norteadores da reformulação da Proposta Pedagógica Municipal.

Compreendemos que algumas metodologias podem agregar potência ao

desenvolvimento de competências pelos alunos: educação por projetos,

aprendizagem colaborativa, multiletramentos, problematização, ensino

híbrido(o termo entendido como formas de utilizar o tempo para além da

escola, a sala de aula invertida, não necessariamente com recursos

tecnológicos, embora também possam ser utilizados), entre outras.

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De modo geral, é importante que sejam metodologias ativas, que

coloquem o estudante em situação de experiências que proporcionem

sentido ao que está sendo aprendido. Enquanto mediador do

conhecimento, o professor deve ter presença pedagógica para essa

interlocução, desde que haja disposição interior, abertura,

sensibilidade e compromisso para tanto.

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Considerações Preliminares

Em sua prática profissional cotidiana, é comum perceber a angústia

dos profissionais que atuam na educação escolar. Obviamente essa

(falta de) atitude é reflexo de uma série de fatores que vão desde às

decisões políticas inerentes ao campo educacional até as condições

de infraestrutura e trabalho no espaço escolar, passando pelas

condições socioeconômicas dos estudantes.

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Torna-se cada vez mais evidente o impasse em que se encontra a

educação formal diante de tantos desafios impostos por todo esse

contexto social, bem como pelas vertiginosas e constantes mudanças

pelas quais passam a sociedade de modo geral.

O principal desafio dos agentes que atuam no espaço escolar formal

configura-se na re-construção desse espaço para que a educação torne-

se relevante e promova um aprendizado significativo.

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Origens, Fundamentos e Principais Características

A necessidade de reflexão e renovação acerca das ideias e práticas

relacionadas ao ensino e, sobretudo, à aprendizagem, vem sendo

evidenciada desde o movimento Escola Nova (início do Séc. XX), também

denominada Escola Ativa ou Escola Progressista. Várias das principais

características desse movimento refletem-se como características das

metodologias ativas, da qual destacamos a principal: o aluno é o centro

do processo.

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[...] aprendizagem ativa ocorre quando o aluno interage com o assunto em estudo

– ouvindo, falando, perguntando, discutindo, fazendo e ensinando – sendo

estimulado a construir o conhecimento ao invés de recebê-lo de forma passiva do

professor. Em um ambiente de aprendizagem ativa, o professor atua como

orientador, supervisor, facilitador do processo de aprendizagem, e não apenas

como fonte única de informação e conhecimento (BARBOSA; MOURA, 2013, p.55

apud ROCHA; LEMOS, 2014).

Apresentam algumas características principais:

• O aprendizado se dá a partir de problemas e situações reais, os

mesmos que os alunos vivenciaram na vida pessoal e profissional;

• São metodologias que propiciam que os estudantes sejam protagonistas

de seu processo de aprendizado, pesquisem, trabalhem em equipe,

administrem o tempo de cada tarefa, sejam ativos e se auto avaliem;

• Exigem pro atividade, colaboração, personalização e visão

empreendedora em um contínuo de tarefas simples para complexas, em

que se vai exigindo, aos poucos, um nível maior do uso das funções

cognitivas;

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• O professor atua como curador de informações e orientador de

aprendizado (design de percursos educacionais), dando instruções

diretas que orientarão o trabalho dos estudantes.

As metodologias ativas de aprendizagem são reforçadas por teorias de

aprendizagem como as de William Glasser (1925-2013) e Edgar Dale

(1900-1985), simplificadas nas imagens abaixo:

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Principais Metodologias Ativas

“EDUCAÇÃO FEITA COM RESPONSABILIDADE”

Aprendizagem baseada em problemas

“Utiliza um problema como base de motivação para o aprendizado, dando

ênfase à construção do conhecimento em ambiente de colaboração mútua. A

ideia não é ter sempre o problema resolvido na etapa final do trabalho, e sim

enfatizar o processo de aprendizagem do grupo na busca de uma solução.”

(SENAC, 2018)

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O problema deve:

• apresentar tema e nível de complexidade compatíveis com o

conhecimento prévio dos alunos. Uma situação totalmente nova e

desconhecida pode inviabilizar a discussão no grupo, já que

nenhum de seus membros poderá oferecer qualquer contribuição

inicial;

• conter sugestões ou dicas que estimulem os alunos a identificar

possíveis pontos de partida;

• ser simples e objetivo, para evitar que o grupo desvie a atenção

do tema. Um enunciado muito complexo pode dificultar a

visualização da questão principal, o que dispersa o foco do grupo

e desmotiva o estudo;

• mobilizar, de forma articulada os elementos de competência.

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Ensino híbrido

O ensino híbrido é aquele que ocorrem presencialmente e não-

presencialmente. Importante ressaltar que as atividades não-

presenciais podem ou não envolver meios tecnológicos.

Sala de aula invertida

Inverte a sequência tradicional das situações de aprendizagem, os

estudantes realizam leituras e pesquisas antes da aula, por meio de

recursos como textos, vídeos e áudios e discutem a temática com o

professor e os colegas para, então, desenvolverem atividades

relacionadas à temática.

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Rotação por estações

Neste formato, os alunos migram por estações de trabalho

diferenciadas e cada rodada possui uma tarefa ou objetivo próprio.

Aqui, a rotação é feita em grupo e não de forma individual e em um

único espaço; o professor pode trabalhar diferentes habilidades em

cada estação, por exemplo: uma estação focando na leitura, outra na

escrita, outra na produção e desenvolvimento, outra na pesquisa e

utilização da internet, etc. Assim é possível entender quais as

potencialidades ou dificuldades de cada aluno dentro de cada

habilidade.

Laboratório rotacional

Segue um esquema bem próximo da rotação por estação. A diferença

é que os alunos são divididos em dois espaços de trabalho, sendo um

deles o laboratório computacional e o outro a sala de aula.

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Gamificação

A gamificação ou gamification talvez seja a metodologia ativa mais

conhecida, desde sua popularização no meio empresarial, a partir de

2010. Utilizada para motivar os colaboradores e aumentar a interação

entre eles e, consequentemente, aumentar a produtividade da

empresa a partir de dois conceitos básicos: conquista e recompensa,

permeados por um forte sentido lúdico. Rapidamente, essa

metodologia passou a ser adaptada e aplicada aos espaços

educacionais.

Importante ressaltar que essa metodologia não consiste em

simplesmente utilizar um jogo para potencializar o aprendizado de

determinado conteúdo, mas planejar e roteirizar aulas utilizando a

lógica e a linguagem dos jogos, trazendo para o universo da sala de

aula a dinâmica, a mecânica e os componentes estruturais dos jogos.

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Para isso, é necessário o entendimento de alguns desses elementos:

• Narrativa – consiste em uma história que servirá como fio condutor do

percurso educativo, os estudantes podem colaborar na criação dos

personagens, cenários etc;

• Retorno imediato – consiste em um sistema de recompensas que

pontue os estudantes assim que uma tarefa é concluída (feedback

imediato);

• Diversão - foco no caráter lúdico do jogo de forma a impulsionar o

engajamento e a motivação do estudante;

• Desafios progressivos - só liberar determinado desafio quando outro

for cumprido, observando-se um nível crescente e progressivo de

dificuldades;

• Indicadores de progresso - tabelas de pontuação (rankings) visíveis,

distribuição de distintivos conforme o avanço na atividade etc.;

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• Conexão social – promover o trabalho em equipe e entre equipes

mais avançadas que estimulem e ajudem as menos avançadas, dessa

forma o caráter meramente competitivo é transformado em colaboração;

• Controle do jogador - o jogador ou equipe de jogadores decide qual

desafio irá cumprir.

A partir dessa metodologia os estudantes são motivados a enfrentar

desafios, testar limites, vencer etapas, solucionar problemas, formular

hipóteses, competir e cooperar sob o estatuto de regras (elaborado

coletivamente e acordado por todos) que estabelece como cada

jogador, ou grupo de jogadores, devem proceder para atingir seus

objetivos.

Como pode ser observado, a utilização de tecnologias da informação

não é condição básica para o desenvolvimento de uma atividade

gamificada, bem como é possível utilizar apenas alguns dos elementos

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elementos descritos acima para a elaboração de uma atividade pedagógica

diferenciada.

Aprendizagem baseada em projetos

A aprendizagem por projetos tem como princípio o desenvolvimento de

competências por meio de interações sociais e partilha de conhecimento a

partir de um desafio gerado permitindo que os estudantes trabalhem juntos

em torno de um problema e aprendam uns com os outros enquanto

mobilizam conhecimentos, habilidades, valores e atitudes.

Consiste em um processo de investigação estruturado em torno de

questões complexas, no qual os alunos têm que mapear necessidades,

identificar oportunidades e enfrentar desafios no contexto de uma ou mais

competências permitindo unificar vários aspectos importantes do processo

de aprendizagem: a ação protagonizada pelo aluno, a intencionalidade

dessa ação e sua inserção em um contexto social.

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Alguns aspectos da aprendizagem baseada em projetos devem ser

observados:

• Conteúdo significativo: para definição do tema, deve-se verificar se o

assunto é relevante para os alunos. Isto significa que um projeto tem que

se conectar aos interesses dos alunos e aos indicadores de

competência. Dessa forma, podem buscar soluções para problemas

reais mesmo que não venham a ser implementadas, pois o que importa

é que os alunos levem o aprendizado dessa experiência para a vida;

• Pesquisa e inovação: a pesquisa é fundamental para o

desenvolvimento de um projeto. Os alunos devem consultar fontes

especializadas em diferentes bases de dados, livros, sites, vídeos e

entrevistas, fazendo uso das tecnologias digitais disponíveis e buscando

resultados criativos e inovadores;

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• Avaliação formativa: a avaliação é predominantemente formativa ou

processual, pois permite analisar o contexto de cada etapa para direcionar

as ações, refletindo sobre a mesma na perspectiva da reconstrução da

ação. Por meio das orientações e devolutivas feitas pelo docente no

decorrer do processo de aprendizagem, os alunos têm a oportunidade de

discutir e revisar as escolhas iniciais, ajustar ou adaptar percursos, ou

ainda, retificar o que estava previsto no plano de ação, de forma que

possam alcançar o resultado desejado;

• Valorização do processo: a apresentação do produto(resultado final) é

importante para estimular os alunos a alcançar os melhores resultados e

encerrar o ciclo de aprendizagem, mas deve-se reconhecer que os

aspectos relacionais e cognitivos vivenciados no decorrer do processo são

fundamentais para que o grupo possa lidar com situações que

efetivamente contribuirão para a vida dos alunos.

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Escola Inclusiva

“EDUCAÇÃO FEITA COM RESPONSABILIDADE”

A Declaração de Salamanca de 1994 proclamou que as escolas regulares

com orientações inclusivas seriam o meio mais eficaz de combater as

atitudes discriminatórias, ofertando acesso à todos, com isso, declaram

que,

· toda criança tem direito fundamental à educação, e deve

ser dada a oportunidade de atingir e manter o nível adequado

de aprendizagem;

· toda criança possui características, interesses,

habilidades e necessidades de aprendizagem que são

únicas;

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- sistemas educacionais deveriam ser designados e programas

educacionais deveriam ser implementados no sentido de se levar

em conta a vasta diversidade de tais características e necessidades;

· aqueles com necessidades educacionais especiais devem ter

acesso à escola regular, que deveria acomodá-los dentro de uma

Pedagogia centrada na criança, capaz de satisfazer a tais

necessidades;

· escolas regulares que possuam tal orientação inclusiva

constituem os meios mais eficazes de combater atitudes

discriminatórias criando-se comunidades acolhedoras, construindo

uma sociedade inclusiva e alcançando educação para todos; além

disso, tais escolas provêem uma educação efetiva à maioria das

crianças e aprimoram a eficiência e, em última instância, o custo da

eficácia de todo o sistema educacional (p. 01).

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Nesse sentido, a Inclusão tornou-se um modo de colocar em prática as

estratégias e procedimentos curriculares, as ferramentas educacionais, para

que todas as pessoas, independentemente de suas características físicas,

mentais, sensoriais, intelectuais, possam se apropriar dos bens culturais, ao

mesmo tempo que eu mudo o meu olhar para o outro, ou seja, reconhecendo

a potencialidade daqueles sujeitos em processo de aprendizado e

desenvolvimento. Além disso, concordamos com Sarmento (2006) quando diz

que,

A escola, aliás, constitui o lócus por excelência da garantia (ou não)

da possibilidade de concretização da cidadania política na medida

em que nela se concretizam as aspirações participantes das

crianças e suas competências políticas, como proponentes

interessados na regulação do seu modo de vida, da cidadania

organizacional, pela mobilização da sua vontade ativa na realização

do processo escolar, e da cidadania íntima, pela concretização de

relações intergeracionais não subordinadas e respeitadoras das

identidades individuais (p. 154).

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Portanto, o significado de inclusão não se resume ao acesso, mas também a

permanência desses educandos no ensino regular, o que é primordial e deve ser alvo

de atenção e investimento político, financeiro e pedagógico, dentre outros.

Desse modo, de acordo com a Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva

Inclusiva de 2008, a Educação Inclusiva é uma ação política, cultural, social e

pedagógica, em defesa do direito a uma Educação Para Todos sem discriminação.

Contudo a Educação Inclusiva é fundamentada nos direitos humanos.

No que tange a Educação Especial, na perspectiva da Educação Inclusiva,

esta, fundamenta-se em princípios de equidade, de direito à dignidade

humana, na educabilidade de todos os seres humanos, independentemente

de comprometimentos que possam apresentar em decorrência de suas

especificidades, no direito à igualdade de oportunidades educacionais, à

liberdade de aprender e de expressar-se, e no direito de ser diferente.

Segundo Bautista (1997),

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O termo Educação Especial tem sido tradicionalmente utilizado para

designar um tipo de educação diferente da praticada no ensino

regular e que se desenrolaria paralelamente a esta, sendo a criança a

que era diagnosticada uma deficiência, incapacidade ou diminuição,

segregada para uma unidade ou centro específico. A Educação

Especial era dirigida a um tipo de alunos possuidores de algum déficit

ou handicap que os apresentava como diferentes dos restantes

alunos considerados normais (p. 09)

Portanto, essa modalidade de educação deve estar apoiada em políticas públicas

educacionais reconhecedoras da diferença e da necessidade de condições distintas

para a efetivação do processo de ensino e aprendizagem de estudantes com

deficiência, transtorno global do desenvolvimento e altas habilidades/superdotação.

Sendo assim, é a única modalidade de ensino que perpassa por todas as outras, como:

educação profissional, educação tecnológica, educação indígena, educação

quilombola, educação de jovens e adultos e todas as etapas da educação: educação

infantil, ensino fundamental, ensino médio, ensino superior e o pós-ensino superior.

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Nesse interim, de acordo com a Política Nacional de Educação Especial na

perspectiva da Educação Inclusiva de 2008, considera-se público-alvo da

Educação Especial, os alunos com deficiências física, intelectual, múltiplas

(mais de uma deficiência), auditiva (perda auditiva e surdez), visual (baixa

visão e cegueira), transtorno global do desenvolvimento (autismo) e altas

habilidade/superdotação.

Em síntese, a prática pedagógica da Educação Especial no município de Viana

está organizada através do Atendimento Educacional Especializado (AEE) e

também do trabalho colaborativo, sendo o segundo, no turno a qual o aluno

está matriculado. Vejamos abaixo, sobre essas duas categorias.

O Atendimento Educacional Especializado (AEE) é um serviço da educação especial

que identifica, elabora, e organiza recursos pedagógicos e de acessibilidade, que

eliminem as barreiras para a plena participação dos alunos, considerando suas

necessidades específicas, tendo como principais atribuições:

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· Identifica, elabora e organiza recursos pedagógicos e de

acessibilidade que eliminem as barreiras para a plena participação dos

estudantes, considerando as suas necessidades específicas;

· As atividades desenvolvidas no atendimento educacional

especializado diferenciam-se daquelas realizadas na sala de aula

comum, não sendo substitutivas à escolarização.

· Complementa e/ou suplementa a formação dos estudantes com

vistas à autonomia e independência na escola e fora dela (BRASIL,

2008).

Tendo ainda, o AEE, a função de complementar ou suplementar a formação do

aluno por meio da disponibilização de serviços, recursos de acessibilidade e

estratégias que eliminem as barreiras para sua plena participação na

sociedade e desenvolvimento de sua aprendizagem. Caracterizado pelo

emprego de estratégias de estimulação para o desenvolvimento físico,

sensório-perceptivo, motor, sócio-afetivo, cognitivo e da linguagem. Portanto, o

AEE não é substitutivo ao ensino formal.

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Em suma, o Trabalho Colaborativo consiste em um trabalho de parceria entre

os professores do ensino regular e da Educação Especial, no qual esses

professores são responsáveis por planejar e compartilhar coletivamente os

objetivos de trabalho para os alunos com necessidades educacionais

especiais, ou seja “O professor é peça-chave nesse movimento, mas não é a

única; outros atores devem participar do processo de inclusão e da ação

educativa” (JESUS at al 2015, p. 65).

Por fim, o trabalho colaborativo apresenta-se como uma proposta para garantir

o acesso, a permanência com participação e a qualidade de ensino. Devendo

ser entendido como uma estratégia de reflexão e ação em que os membros da

escola passem a ser uma equipe, apoiando-se mutuamente, ajudando na

experimentação de ações que venham a favorecer a atuação na Educação

Inclusiva.

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Obrigada!