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CERIMONIAL MILITAR DO EXÉRCITO VADE-MÉCUM Nº 03 HONRAS DE RECEPÇÃO E DESPEDIDA DE AUTORIDADE NA OM 1. INTRODUÇÃO O presente vade-mécum trata do cerimonial militar referente às honras de recepção e despedida de autoridade quando em visita ou inspeção à uma Organização Militar (OM). 2. GENERALIDADES Autoridade é toda pessoa civil ou militar, exercendo quaisquer dos cargos citados no Art. 15 do R-2, ou seu representante oficial. Nas Normas do Cerimonial Público, aprovadas pelo Decreto nº 70.724, de 9 de março de 1972, consta a Ordem Geral de Precedência que ordena, dentre os cargos, todas as autoridades federais, estaduais e municipais, estabelecendo uma precedência entre elas. Honras Militares são homenagens coletivas que se tributam aos militares das Forças Armadas, de acordo com sua hierarquia, e às altas autoridades civis, segundo o estabelecido no Art. 100 do R2 e traduzidas por meio de: Honras de Recepção e Despedida; Comissão de Cumprimentos e de Pêsames; Preito da tropa (Honras de Gala e Honras Fúnebres). São denominadas Honras de Recepção e Despedida as homenagens prestadas às autoridades referenciadas anteriormente, ao chegarem ou saírem de OM e por ocasião de visitas e inspeções. Uma autoridade que possua maior precedência em relação as demais, não significa ter direito às honras militares. Apenas aquelas definidas no Art. 100 do R2 e transcritas nos itens "4.a.1" e "5." e, somente a elas, serão prestadas as citadas honras. 3. RECEPÇÃO PELA GUARDA DE HONRA Quando uma autoridade que visita a OM tiver direito à Guarda de Honra e esta tenha sido determinada por autoridade competente, as honras serão prestadas de acordo com o estabelecido no Vade-Mécum nº 01 - Guarda de Honra (Fig 1 e 2). Fig 2 - Recepção da autoridade pela Guarda de Honra 4. CONTINÊNCIA DA GUARDA DO QUARTEL À AUTORIDADE a. Procedimento para a recepção 1) A recepção pela guarda do quartel à autoridade visitante ou inspecionadora é, normalmente, a primeira atividade realizada, exceto quando precedida por escolta, guarda de honra e salva, se houverem. Terão direito à continência da guarda formada as autoridades enumeradas a seguir: - Presidente da República; - Vice-Presidente da República; - Presidente do Senado Federal, da Câmara dos Deputados e do Supremo Tribunal Federal;

Vade Mecum 03 - Honras de Recepção e Despedida de Autoridade Na OM

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  • CERIMONIAL MILITAR DO EXRCITOVADE-MCUM N 03

    HONRAS DE RECEPO E DESPEDIDA DE AUTORIDADE NA OM

    1. INTRODUO

    O presente vade-mcum trata do cerimonial militar referente s honras de recepo e despedida de autoridade quando em visita ou inspeo uma Organizao Militar (OM).

    2. GENERALIDADES

    Autoridade toda pessoa civil ou militar, exercendo quaisquer dos cargos citados no Art. 15 do R-2, ou seu representante oficial. Nas Normas do Cerimonial Pblico, aprovadas pelo Decreto n 70.724, de 9 de maro de 1972, consta a Ordem Geral de Precedncia que ordena, dentre os cargos, todas as autoridades federais, estaduais e municipais, estabelecendo uma precedncia entre elas. Honras Militares so homenagens coletivas que se tributam aos militares das Foras Armadas, de acordo com sua hierarquia, e s altas autoridades civis, segundo o estabelecido no Art. 100 do R2 e traduzidas por meio de: Honras de Recepo e Despedida; Comisso de Cumprimentos e de Psames; Preito da tropa (Honras de Gala e Honras Fnebres). So denominadas Honras de Recepo e Despedida as homenagens prestadas s autoridades referenciadas anteriormente, ao chegarem ou sarem de OM e por ocasio de visitas e inspees. Uma autoridade que possua maior precedncia em relao as demais, no significa ter direito s honras militares. Apenas aquelas definidas no Art. 100 do R2 e transcritas nos itens "4.a.1" e "5." e, somente a elas, sero prestadas as citadas honras.

    3. RECEPO PELA GUARDA DE HONRA

    Quando uma autoridade que visita a OM tiver direito Guarda de Honra e esta tenha sido determinada por autoridade competente, as honras sero prestadas de acordo com o estabelecido no Vade-Mcum n 01 - Guarda de Honra (Fig 1 e 2).

    Fig 2 - Recepo da autoridade pela Guarda de Honra

    4. CONTINNCIA DA GUARDA DO QUARTEL AUTORIDADE a. Procedimento para a recepo

    1) A recepo pela guarda do quartel autoridade visitante ou inspecionadora , normalmente, a primeira atividade realizada, exceto quando precedida por escolta, guarda de honra e salva, se houverem. Tero direito continncia da guarda formada as autoridades enumeradas a seguir: - Presidente da Repblica; - Vice-Presidente da Repblica; - Presidente do Senado Federal, da Cmara dos Deputados e do Supremo Tribunal Federal;

  • - Ministros de Estado; - Governadores de Estado e do Distrito Federal, nos respectivos territrios, ou em qualquer parte do Pas em visita de carter oficial; - Comandantes da Marinha, do Exrcito e da Aeronutica; - Ministros do Superior Tribunal Militar, inclusive os civis; - Oficiais-Generais e Oficiais-Superiores da ativa; - Comandante, Chefe ou Diretor da OM, qualquer que seja o seu posto; - Oficiais-Generais e Oficiais Superiores das Foras Armadas das Naes Estrangeiras, quando uniformizados. - As autoridades civis estrangeiras, correspondentes s nacionais supramencionadas, quando em visita de carter oficial, apesar de no ser previsto no R 2, no entanto, por terem direito s honras militares e continncia da tropa, dever, tambm, a guarda do quartel prestar-lhes continncia. 2) O procedimento a adotar para a recepo autoridade o abaixo descrito: a) A guarda do quartel formar em uma fileira, no interior do quartel, logo aps o porto das armas, dando a direita para a direo de onde vem a autoridade (Fig 3); poder, ainda, formar antes do porto das armas, quando a instalao do aquartelamento assim o exigir: O clarim ou corneteiro precedendo o Cmt da guarda do quartel. A Banda de Msica poder, eventualmente, participar, a critrio do Cmt da OM, posicionando-se no local mais adequado.

    Fig 3 - Guarda do quartel logo aps o porto das armas

    b) O Cmt (Ch ou Dir) da OM e o oficial de dia se posicionaro com a frente voltada para a direo de onde vem a autoridade. O Cmt (Ch ou Dir) a 3 passos aps o ltimo soldado da guarda do quartel e o oficial de dia a um passo esquerda e a um passo retaguarda do Cmt (Ch ou Dir) (Fig 3 e 4). c) Quando em um aquartelamento existir mais de uma sede de OM, seus Comandantes devero comparecer recepo da autoridade. O Cmt (Ch ou Dir) mais antigo dever receber a autoridade, devendo, os demais comandantes, formar retaguarda e direita do Cmt mais antigo, no mesmo alinhamento do oficial de dia. Em alguns casos a autoridade poder dispensar a presena dos Cmt das OM que no sero visitadas. d) Se presentes, tambm, oficiais-generais da cadeia de comando da OM visitada, estes devero posicionar-se retaguarda e direita do Cmt da OM, ou, quando for o caso, direita dos Cmt de outras OM sediadas no mesmo aquartelamento. 3) Sero assinalados no solo, de forma discreta (Fig 4): - o local onde dever parar a viatura que conduz a autoridade; - o local onde esta mesma autoridade permanecer, enquanto lhe for prestada a continncia da guarda do quartel; - os locais onde se postaro o Cmt (Ch ou Dir) da OM e o oficial de dia; - os locais dos Of Gen da cadeia de Cmdo e dos Cmt outras OM, sediadas no mesmo aquartelamento, se for o caso; - o local onde se posicionar a guarda do quartel.

  • Fig 4 - Dispositivo para recepo da autoridade

    b. Continncia da Guarda do Quartel

    A continncia da guarda do quartel, normalmente, obedecer seqncia a seguir: 1) To logo a autoridade desembarque da viatura que a conduz, ou no momento em que chegue ao quartel e ocupe o local assinalado para o recebimento da continncia da guarda, o seu comandante comandar, voz: "GUARDA, SENTIDO!, OMBRO-ARMA!". 2) O corneteiro ou clarim tocar o indicativo do posto e funo daquela autoridade, sem qualquer comando voz do comandante da guarda. 3) Caso a autoridade seja oficial-general, aps o toque indicativo do posto e funo, o comandante da guarda comandar, voz: "APRESENTAR-ARMA!, OLHAR DIREITA!", sendo ento executado o exrdio, pela banda, fanfarra, ou a marcha batida pelo corneteiro ou clarim, sem necessidade de qualquer comando voz (Fig 3). 4) A autoridade, ocupando o local demarcado, responde continncia da guarda no incio do exrdio (ou marcha batida); os acompanhantes se posicionam retaguarda da autoridade e fazem a continncia individual, voltados para ela. 5) Ao trmino do exrdio, a autoridade desfar a continncia (se militar), e, no momento que precede a revista guarda do quartel, poder fazer, se desejar, breve saudao guarda, ou proferir o grito de guerra previsto nas NGA da OM (ou do escalo superior), ou outro pr-estabelecido pela autoridade visitante e a ser respondido em conjunto pela guarda. 6) A fim de no deixar a autoridade, ou a prpria guarda do quartel, em situao de constrangimento sem saber como proceder, desejvel que haja uma coordenao entre a assessoria da autoridade visitante e o Cmt da OM com vistas definio da saudao (ou no) e a resposta a ser dada pela guarda. A iniciativa da saudao deve ser sempre da autoridade visitante. 7) Durante a revista a autoridade deve passar pela guarda silenciosamente e, se militar, sem prestar a continncia (Fig. 5). 8) Aps a autoridade passar em revista a guarda, seguir-se-o as apresentaes do Cmt da OM e do oficial de dia, oportunidade em que o Cmt da guarda do quartel comandar, voz: "OLHAR FRENTE!, OMBRO-ARMA!, DESCANSAR-ARMA! DESCANSAR!" (apenas os dois ltimos no caso de oficial superior).

    Fig 5 - Autoridade em revista guarda do quartel.

    c. Situaes especiais Quando uma autoridade deslocar-se diretamente para um local diferente daquele em que normalmente se posiciona a guarda do quartel (por exemplo: campo de instruo, rea de

  • acampamento, estande de tiro, ginsio de esportes, campo de futebol, etc), a critrio do Cmt da OM, poder entrar em forma, nesse local, uma guarda especfica para recepcion-la. Quando a autoridade, em situaes especiais, passar pela guarda do quartel embarcada em viatura, esta ltima prestar a continncia regulamentar quando da aproximao da autoridade, sem a execuo do toque indicativo e do exrdio correspondente. A autoridade responder a continncia do interior da viatura. Para isso dever ser feita uma coordenao prvia entre a autoridade visitante e o Cmt OM. Quando uma ou mais autoridades entrarem numa OM para uma atividade social (jantar ou palestra, por exemplo), o Cmt da OM, se autorizado pela autoridade visitante, poder constituir uma ala de militares, a ser posicionada no acesso entrada principal do salo ou auditrio, a fim de recepcionar as autoridades convidadas para o evento (Fig 6). Neste caso, em coordenao prvia entre a maior autoridade visitante e o Cmt OM, sero executados ou dispensados os toques correspondentes.

    Fig 6 - Ala de militares

    d. Apresentaes aps a revista guarda do quartel Aps a revista, o Cmt (Ch ou Dir) da OM e o oficial de dia apresentar-se-o, sucessivamente, autoridade visitante ou inspecionadora, nos seguintes termos: (exemplo) "TEN CEL RODRIGUES, CMT DO 5 GRUPO DE ARTILHARIA DE CAMPANHA AUTOPROPULSADO, GRUPO SALOMO DA ROCHA"; "2 TEN JONIR, OFICIAL DE DIA AO 5 GRUPO DE ARTILHARIA DE CAMPANHA AUTOPROPULSADO, GRUPO SALOMO DA ROCHA". O oficial de dia no deve informar se o servio est ou no com alterao (Fig 7).

    Fig 7 - Apresentao do Cmt da OM autoridade

    A autoridade cumprimentar, inicialmente, o Cmt anfitrio e o oficial de dia. Posteriormente, cumprimentar os Cmt de outras OM sediadas no mesmo aquartelamento, e os oficiais-generais da cadeia de comando, se houver. Quando uma autoridade chegar a uma OM, j acompanhada do seu comandante, cabe ao oficial de dia recepcion-la no interior do aquartelamento, permanecendo o comandante da OM a um passo esquerda e um passo retaguarda da autoridade. Terminadas estas apresentaes, o Cmt (Ch ou Dir) da OM conduzir a autoridade

  • visitante ou inspecionadora e sua comitiva ao gabinete do comando(ou PC), ou ao local de onde aquela autoridade assistir execuo do evento inicial programado. e. Observaes gerais Ao chegarem OM, sucessivamente, vrias autoridades que fazem jus s honras regulamentares prestadas pela guarda do quartel, e caso no haja autoridade superior presente, essas sero anunciadas pelos toques e exrdios correspondentes. Quando presente autoridade superior, a guarda do quartel executar apenas a continncia s demais autoridades, com os comandos a voz, sem a execuo de toques e exrdios. No perodo compreendido entre o arriar da Bandeira Nacional e o toque de alvorada do dia seguinte, a guarda no formar, exceto para prestar continncia Bandeira Nacional, ao Hino Nacional, ao Presidente da Repblica, s bandeiras e hinos de outras naes e tropa formada, quando comandada por oficial. Enquanto a Bandeira Nacional permanecer hasteada noite, estando devidamente iluminada, a guarda do quartel prestar a continncia normalmente, como se de dia estivesse. Com a finalidade de facilitar as honras regulamentares a serem prestadas s vrias autoridades que chegam OM, por ocasio de solenidade, podero ser previstos, de acordo com a ordem de precedncia dessas autoridades, horrios diferenciados para suas chegadas ao aquartelamento. As autoridades, normalmente, so conduzidas para o gabinete do comando ou para um local de destaque previamente designado, onde aguardaro o momento de dirigirem-se ao palanque para o incio da solenidade. As visitas ou inspees, sem aviso prvio da autoridade, OM, no implicam na alterao da sua rotina de trabalho. Ao ser informado da presena da autoridade na Organizao, o Cmt(Ch ou Dir) vai ao seu encontro, apresenta-se e a acompanha durante a sua permanncia. A insgnia da autoridade hasteada quando da sua chegada OM e arriada logo aps a sua retirada. Quando presentes vrias autoridades com direito insgnia, apenas a da maior autoridade e a do Cmt da OM sero hasteada

    5. RECEPO DE AUTORIDADE NO PALANQUE

    Nas solenidades militares, as honras sero prestadas maior autoridade civil ou militar presente (Fig 8) , entre as citadas abaixo (e somente a elas), por ocasio de sua chegada ao palanque, na seguinte ordem de precedncia: - Presidente da Repblica; - Vice-presidente da Repblica; - Presidentes do Senado Federal, da Cmara dos Deputados e do Supremo Tribunal Federal;(*) - Ministros de Estado; - Governadores de Estado e do Distrito Federal, nos respectivos territrios, ou em qualquer parte do pas em visita de carter oficial; - Comandantes da Marinha, do Exrcito e da Aeronutica; - Ministros do Superior Tribunal Militar (* para os civis); - Militares da ativa das Foras Armadas, de acordo com a respectiva precedncia hierrquica; - Autoridades civis estrangeiras, correspondentes s nacionais supramencionadas, quando em visita de carter oficial; - Militares da ativa das Foras Armadas estrangeiras, de acordo com a respectiva precedncia hierrquica. (*) Com base no pargrafo nico, do Art. 100, do R2 (se determinado pelo Cmt Ex). Essas honras constaro normalmente do anncio da chegada e/oupresena da autoridade, mediante citao do nome completo, do toque e exrdio correspondentes, da continncia da tropa e da continncia individual dos militares presentes. Para serem prestadas noite, necessrio que a Bandeira Nacional esteja hasteada e convenientemente iluminada. Alm das autoridades mencionadas anteriormente, nenhuma outra , ainda que esteja enumerada nas Normas do Cerimonial Pblico e Ordem Geral de Precedncia, aprovadas pelo Decreto n 70.274, de 9 de maro de 1972, ter direito continncia da tropa, toque e exrdio.

  • Fig 8 - Honra maior autoridade

    Caber maior autoridade militar da ativa das Foras Armadas presidir a solenidade e receber a apresentao da tropa. Quando o Presidente da Repblica comparecer a qualquer solenidade militar, competir-lhe- presidi-la. No comparecendo o Presidente da Repblica, o Vice-Presidente da repblica presidir a solenidade militar a que estiver presente. O Comandante do Exrcito presidir todos as cerimnias militares no mbito da Fora a que comparecer, exceto quando presente o Presidente ou o Vice-Presidente da Repblica.

    A maior autoridade militar da ativa que for presidir a solenidade dever pedir permisso para inici-la e encerr-la autoridade de maior precedncia dentre as citadas no primeiro pargrafo do n 5. Nas solenidades militares, a maior autoridade militar da ativa das Foras Armadas (aquela que preside a solenidade) dever solicitar autorizao ao militar da reserva ou reformado mais antigo (desde que tenha maior precedncia sobre as autoridades civis e militares presentes) para inici-la e encerr-la. . Em deferncia s personalidades civis presentes, a maior autoridade militar da ativa das Foras Armadas poder, por iniciativa prpria e se julgar conveniente, solicitar autorizao maior personalidade civil ou militar da reserva remunerada ou reformado (desde que no seja uma das autoridades citadas no primeiro pargrafo do n 5) para iniciar ou encerrar os eventos programados. Os militares da reserva remunerada e os reformados das Foras Armadas, bem como os integrantes das Polcias Militares e dos Corpos de Bombeiros Militares, no tm direito a continncia da tropa, nem presidem cerimnia militar. Continuam, no entanto, tendo direito continncia individual. Os componentes da reserva das Foras Armadas, quando convocados, reincludos, designados ou mobilizados, so considerados militares da ativa. Deve ser evitado o excesso de citaes de autoridades por ocasio da chegada ao palanque principal. Se a citao de outras autoridades for imperiosa deve ocorrer momentos antes da chegada da principal autoridade. Apesar de no fazerem jus s honras em solenidades no mbito do Exrcito, os militares da reserva e as demais autoridades civis e eclesisticas podero ter seus nomes anunciados e devero ocupar local de destaque no palanque, segundo a precedncia prevista no Decreto n 70.274/72. A maior autoridade militar da ativa das Foras Armadas poder, em situaes especiais, autorizar a execuo de toque, continncia e apresentao da tropa para uma autoridade militar da reserva remunerada ou reformado, com o objetivo de homenage-la. A continncia por ocasio do desfile ser prestada maior autoridade civil ou militar entre as j mencionadas no primeiro pargrafo do n 5, exceto na passagem de comando, chefia ou direo, em que a continncia ser para o Comandante Substituto. Quando uma autoridade se faz representar em solenidade ou cerimnia,seu representante tem lugar de destaque, mas no a precedncia correspondente autoridade que est representando. O Anexo "A" exemplifica o procedimento a ser adotado quanto presidncia, precedncia, honras e apresentaes em solenidades militares.

  • 6. TOQUES E EXRDIOS

    O toque de corneta ou clarim o meio usado para anunciar a chegada, a sada ou a presena de uma autoridade, no s em uma Organizao Militar, como tambm por ocasio de sua aproximao de uma tropa. Os toques e os exrdios para anunciar a presena das autoridades citadas nos itens 4. e 6. esto previstos no "Manual de Toques, Marchas e Hinos das Foras Armadas" (FA-M-13) e no "Manual de Toques do Exrcito" (C 20 - 5). S dado toque para anunciar a chegada ou sada de uma autoridade quando o comandante da OM visitada for de posto inferior ao seu. Na recepo do Presidente da Repblica pela Guarda de Honra ser dado o toque correspondente seguido da execuo de todo Hino Nacional. Na recepo pela guarda do quartel e na sua chegada ao local da solenidade, aps o toque, ser executada a introduo mais a coda (acordes finais) do Hino Nacional ( Fig 9).

    Introduo e coda do Hino Nacional

    Fig 9 - Pauta do Hino Nacional

    Na recepo s demais autoridades, aps o toque indicativo do "posto e/ou funo da autoridade", dado pelo corneteiro/clarim, a Banda de Msica ou Fanfarra (Fig 10) executar os seguintes exrdios, para: - Vice-Presidente - os doze compassos da marcha grave "General Barbosa"; - Ministro da Defesa - os doze compassos da marcha grave "General Barbosa"; - General-de-Exrcito, Almirante-de-Esquadra ou Tenente-Brigadeiro - os doze compassos da marcha grave "General Barbosa"; - General-de-Diviso, Vice-Almirante ou Major-Brigadeiro - os oito primeiros compassos da marcha grave "General Barbosa"; - General-de-Brigada, Contra-Almirante ou Brigadeiro - os quatro primeiros compassos da marcha grave "General Barbosa"; - Oficiais Superiores, Comandantes de OM e Comandantes ou Diretores de Estabelecimentos Militares: - marcha "A GRANADEIRA" - Exrcito (para tropa a p), Marinha e Aeronutica; - marcha "A VITRIA" - Exrcito (para tropa montada, motorizada, blindada ou aeroterrestre); - marcha "A PODEROSA" - Exrcito (para Artilharia). Para as demais autoridades com direito honras militares, dever ser executado o toque indicativo do "posto e /ou funo", previstos nos manuais (FA-M-13 e C 20-5), e o exrdio pela equivalncia da autoridade, quando este no constar nos manuais anteriormente citados.

  • Fig 10 - Banda de Msica ou Fanfarra

    Quando no houver Banda de Msica ou Fanfarra presente cerimnia e existir Banda de Corneteiros ou Clarins, caber-lhe-, aps o toque indicativo do "posto e/ou funo da autoridade", dado pelo corneteiro/clarim, executar, para: - Presidente da Repblica - marcha batida completa; - Vice-Presidente da repblica - doze ltimos compassos da marcha batida; - Ministro da Defesa - doze ltimos compassos da marcha batida; - General-de-Exrcito, Almirante-de-Esquadra ou Tenente-Brigadeiro - doze ltimos compassos da marcha batida; - General-de-Diviso, Vice-Almirante, ou Major-Brigadeiro - oito primeiros compassos da marcha batida; - General-de-Brigada, Contra-Almirante ou Brigadeiro - quatro ltimos compassos da marcha batida; Observao: a marcha batida para clarim ser executada sempre na ntegra. - Oficiais Superiores, ou de Corpo de Tropa e Comandantes ou Diretores de Estabelecimentos Militares: - marcha "A GRANADEIRA" - Exrcito (para tropa a p), Marinha e Aeronutica; - marcha "A VITRIA" - Exrcito (para tropa montada,

    - marcha "A PODEROSA" - Exrcito (para Artilharia).

    7. SADA DA AUTORIDADE DO LOCAL DA SOLENIDADE

    Caso a maior autoridade presente for se retirar do aquartelamento imediatamente aps a solenidade, ser-lhe-o prestadas as honras militares no palanque. Quando, aps o desfile da tropa, a maior autoridade presente retirar-se do local da solenidade, mas for permanecer na OM, no ser executado o toque para indicar que deixar o palanque. Nesse caso, as honras sero prestadas por ocasio de sua sada do quartel. Isso pode ser avisado pelo locutor aos presentes quando da sada das autoridades do palanque. 8. APRESENTAO DOS OFICIAIS DA OM a. Providncias iniciais A apresentao dos oficiais da OM , em uma visita ou inspeo, o primeiro evento que se segue formatura da tropa ou, na falta desta, o primeiro evento aps as honras e continncia da guarda do quartel. Terminado o desfile, o Sub Cmt rene os oficiais, o mais rapidamente possvel, no salo de honra, no gabinete do comando ou em outro local suficientemente amplo, a fim de serem feitas suas apresentaes autoridade visitante ou inspecionadora. Para evitar perda de tempo, os oficiais apresentam-se com o mesmo uniforme usado na formatura e descobertos quando em recinto coberto. Deve ser adotado o dispositivo em U, com os cantos em ngulo reto (Fig 11). Quando o efetivo de oficiais for elevado ou houver a presena de oficiais de vrias unidades, o dispositivo adotado poder ser por grupamentos, com seus respectivos comandantes testa dos mesmos. Neste caso, em principio, apresentam-se apenas os Cmt dos grupamentos.

  • Fig 11 - Dispositivo em "U" para a apresentao dos oficiais

    b. Seqncia da apresentao Quando a autoridade visitante ou inspecionadora chegar ao local onde estaro reunidos os oficiais da OM, o Sub Cmt, ou equivalente,comanda, voz, "OFICIAIS, SENTIDO!" e a seguir anuncia a autoridade, nominando-a (exemplo): "EXMO SR GEN CAMPELO, CMT DA 6 DE"; (embora no conste nos nossos manuais, podero ser anunciadas outras autoridas que, no momento, acompanham a autoridade visitante); em seguida, comanda "OFICIAIS, APRESENTAR-ARMA!" (no caso desta ser oficial-general); aps, apresenta-se autoridade inspecionadora declarando posto, nome de guerra, funo e anunciando: "OFICIAIS PRONTOS PARA A APRESENTAO!" e, autorizado pela autoridade, comanda: "OFICIAIS, DESCANSAR-ARMA!" (no caso de oficial-general). O Cmt da OM solicita autoridade, se esta no o fizer por iniciativa prpria, permisso para mandar "Descansar". O Cmt ou Sub Cmt ordem daquele, comanda, voz "OFICIAIS, DESCANSAR!". Antes de iniciar a apresentao dos oficiais, o Cmt (Ch ou Dir) da OM poder saudar, em breves palavras, a autoridade e sua comitiva.

    Fig 12 - Dispositivo para a apresentao dos oficiais

    A apresentao dos oficiais inicia-se com o Cmt (Ch ou Dir) da OM anunciando: "TEN CEL JORGE, SUB CMT DO GRUPO", ao que este toma a posio de "Sentido", d um passo frente com o p esquerdo, e encara, energicamente, a autoridade, retornando a seu lugar anterior, com um passo retaguarda com o p esquerdo, tomando a posio de "Descansar" independentemente de qualquer ordem. Se houver necessidade executa o giro de cabea para encarar a autoridade, desfazendo o movimento em seguida. Os demais oficiais, em ordem hierrquica e sucessivamente, tomam a posio de "Sentido" em seu prprio local, dando, a seguir, um passo em frente, com o p esquerdo, e, encarando energicamente a autoridade, apresentam-se mesma, sem executar a continncia individual, declarando em voz alta, posto, nome de guerra e funo (a principal, se acumular mais de uma) "1 TEN AQUINO, CMT DO 1 PELOTO DE FUZILEIROS, DA 2 COMPANHIA". Aps isto, retornam ao lugar de origem dando um passo retaguarda, com o p esquerdo, e tomando a posio de "Descansar", independentemente de qualquer ordem. Se houver necessidade executa o giro de cabea para encarar a autoridade, desfazendo logo aps a apresentao. Aps a apresentao, a autoridade poder fazer uso da palavra, apresentar a sua comitiva ou liberar os oficiais, mediante comunicao ao Cmt da OM, caso no esteja previsto outro evento para a ocasio. Quando a apresentao for feita por grupamento, normalmente apenas o Cmt do grupamento deve se apresentar, aps o grupamento tomar a posio de sentido

  • TEN CEL PM BARBOSA

    PM-3

    CERIMONIAL MILITAR DO EXRCITO 1. INTRODUO 2. GENERALIDADES 3. RECEPO PELA GUARDA DE HONRA 4. CONTINNCIA DA GUARDA DO QUARTEL AUTORIDADE a. Procedimento para a recepo 5. RECEPO DE AUTORIDADE NO PALANQUE 6. TOQUES E EXRDIOS7. SADA DA AUTORIDADE DO LOCAL DA SOLENIDADE