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Os Valores e a Acção Humana

Valores

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Os Valores e a Acção Humana

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Os Valores e a Ação Humana

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Os Valores Os valores não são coisas: Os valores não são objetos, nem pessoas, nem situações. Essas coisas é que são valiosas, ou seja, adquirem um determinado valor a partir da sua relação com o Homem. Ex.: Um pão não é um valor, mas adquire valor se eu o quiser comer (valor útil se eu estiver com fome, ou valor do agradável se eu o quiser comer, só por prazer, mesmo sem fome).

Os valores são dependentes: Os valores não tem existência própria, não são objetos, mas necessitam dos objetos como suporte.

Os valores são subjetivos: Os valores dependem totalmente do sujeito, das suas preferências e apreciações valorativas. É o sujeito que atribui um valor, isto é, um significado ao objeto, sendo que este, sem a apreciação do sujeito, não tem qualquer valor.

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Os Valores

Valorar significa reconhecer algo como valioso, no sentido de sermos nós a atribui-lhe um valor emitindo um juízo de valor. A experiência valorativa implica que o mundo deixe de ser indiferente para o Homem e que o Homem opte, aprecie, escolha, dando sentido à sua existência.

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Tipos de Valores

Natureza (ecológico)

Amor (sentimental)

Tribo (cultural) Arte (estético)Líder espiritual (religioso)

Carro (material)

Presidente de um país (político) Campo de

concentração (saúde/vital)

Dinheiro (econômico)Escola (educacional)

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Características dos Valores

Bipolaridade: O Homem estima positiva ou negativamente. Isto quer dizer que os valores possuem um pólo positivo e um pólo negativo, que se opõem mutuamente.

Exemplo: o belo opõe-se ao feio, a justiça à injustiça, a riqueza à pobreza, etc.

Enquanto que o valor positivo recebe a nossa preferência e adesão, o valor negativo manifesta-se porque nos causa rejeição e repulsa.

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Características dos Valores Hierarquia: todos os valores valem, mas uns valem mais que outros, ou seja, os valores surgem dispostos numa escala que vai da menor para a maior importância.

Além de o Homem atribuir uma escala de valores (hierarquização), as comunidades também as atribuem. No entanto, esta escala não é estática mas sim dinâmica, tal como são dinâmicas as sociedades e as culturas. Se não fosse dinâmica, isto é, se o Homem não questionasse criticamente a sua escala de valores assim como a da comunidade em que se insere, o Homem pararia na história, afastando-se desta e do desenvolvimento da humanidade. (Charge)

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Hierarquia dos Valores

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Juízos de Fato e Juízos de Valor

Quando valorizamos alguma coisa ou alguém, emitimos um juízo de valor, ou seja, dizemos que algo tem valor. Os juízos de valor distinguem-se dos juízos de fato.

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Juízos de Fato e Juízos de Valor

Fato: É o que é em si mesmo, isto é, fato é o que acontece. Por ser o que acontece é o real, podendo descrever-se e ver se é verdadeiro ou falso (por exemplo, 42 adultos nesta sala, é um fato).

É um acontecimento objetivo e exterior ao sujeito, e implica um consenso, um acordo entre os sujeitos (por exemplo, se for verdade que estão 42 adultos, todos aceitam e concordam com esse fato).

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Juízos de Fato e Juízos de Valor

Valor: é o que deve ser, pelo que não pode ser verificável, nem pode ser verdadeiro nem falso (por exemplo os 42 adultos desta sala são todos muito bonitos, a beleza é um valor que eu atribuo aos adultos e outras pessoas podem não atribuir, podem discordar da minha opinião.) O valor resulta do preferível e por isso é subjetivo e relativo ao próprio Homem que valora. Não implica consenso e mostra a relação que o Homem tem com o mundo (o que ele valora).

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Juízos de Fato e Juízos de Valor

NO ENTANTO: Não se pode separar fato de valor uma vez que, quando emito um juízo de fato não emito qualquer preferência valorativa, mas quando emito um juízo de valor, o valor ou desvalor que atribuo é sempre em relação a um fato (situação, acontecimento, etc., ou seja, algo concreto).

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Juízos de Fato e Juízos de Valor

EM SUMA: Os objetos, os fatos e as circunstâncias, isoladamente, não passam disso mesmo; mas na sua relação com o Homem deixam de ser simples objetos, fatos e circunstâncias para passarem a ter uma realidade diferente, ou seja, passam a possuir um determinado valor. Assim, a realidade, na sua relação com o Homem, transforma-se ela mesma em mundo humano, por lhe atribuirmos valores.

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A AÇÃO HUMANAAS PESSOAS REVELAM AS SUAS

PREFERÊNCIAS, OS SEUS VALORES, QUANDO TOMAM DECISÕES.

O que é tomar decisões? Tomar decisões é optar por um caminho em detrimento de outro. E essa opção, essa escolha, realiza-se com base nos nossos valores. Quando escolhemos, quando optamos, estamos a AGIR.

A AÇÃO HUMANA: Os conceitos que permitem caracterizar a ação humana aparecem interligados, em relação recíproca de tal modo que apenas podem compreender-se uns pelos outros.

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A Ação Humana

Agente: sujeito da ação; é ator e ator da ação; quer agir (voluntariamente) para alcançar um fim.

Tem uma...

Intenção: projeto do agente (responde à pergunta “o quê?); é o propósito da ação; antecipa possibilidades realizáveis (a intenção tem que por em causa se se pode ou não realizar).

É objeto de uma...

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A Ação Humana Decisão: implica deliberação [avaliação da situação (contexto) e ponderação dos prós e dos contras – com base numa valoração (atribuir um bom ou mau valor a...]; conduz a uma escolha entre várias alternativas.

Encontra a sua explicação nos...

Motivos: (explica o porquê de termos realizado a ação; responde à pergunta “por quê?”, uma vez que não há ações gratuitas, sem motivo, realizadas ao acaso); consiste nas razões que levam à ação; concretiza-se na execução.

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A Ação Humana e o Futuro A Ação Humana consiste sempre numa escolha entre, no mínimo, duas alternativas. Quando optamos, ou seja, escolhemos, por uma dessas alternativas influenciamos sempre, positiva ou negativamente, o nosso futuro. Por exemplo, quando opto por estudar, faço-o a pensar num futuro melhor. Por este motivo, podemos dizer que as nossas ações constituem escolhas para o futuro.

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A Acção Humana e a Liberdade As situações que estão determinadas à partida (por exemplo, o Sol nascerá amanhã) não nos dão hipótese de escolha.

Pelo contrário, a nossa escolha por uma dada situação (comer a carne ou o peixe ao almoço) não está determinada à partida.

Por este motivo, nós podemos escolher e decidir-nos pela possibilidade que consideramos melhor, ou seja, mesmo que nos seja imposta uma determinada situação, podemos sempre escolher como agir nessa mesma situação.

Assim, a minha liberdade manifesta-se no fato de ter tomado uma determinada decisão em detrimento de outra que poderia ter tomado.

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Liberdade e Responsabilidade Liberdade e Responsabilidade implicam-se mutuamente:

Responsabilidade implica Liberdade: Somos livres e, por isso, responsáveis. Somos livres para escolher realizar ou não um determinado ato, logo, temos que responder por essa escolha e pelas suas consequências.

Liberdade implica Responsabilidade: Somos livres porque somos responsáveis. Só é possível conceber a liberdade para seres responsáveis, isto é, para seres que assumem e respondem pelos seus atos.

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Condicionantes da Ação Humana Condicionantes internas: físicas,

biológicas e psicológicas

A ação humana é condicionada pelos próprios limites do Homem.

Somos condicionados pela forma do nosso corpo e pelo modo como o nosso corpo funciona;

Somos condicionados por motivações primárias de natureza biológica (temos de comer, beber, dormir, entre outras).

Somos condicionados pelos nossos estados de espírito (fator afetivo, emoções, sentimentos positivos ou negativos, etc.).

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Condicionantes da Acção HumanaCondicionantes externas: históricas, sociais e

culturais

Somos condicionados pelo contexto histórico, pelo tempo e pelo espaço em que vivemos: de época para época o Homem sofre alterações, apresenta modificações de várias ordens.

Somos condicionados pelo ambiente social em que nascemos, crescemos e vivemos. A sujeição às regras sociais que orientam o nosso relacionamento com os outros influencia, condiciona o nosso comportamento.

Somos condicionados pela cultura. Cada cultura condiciona a ação individual através dos padrões culturais (valores, crenças, tradições, hábitos e costumes) que impõe aos seus membros.

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APESAR DESTAS CONDICIONANTES, O HOMEM NÃO DEIXA DE SER LIVRE.

O Homem tenta sempre superar as suas condicionantes. É por ser um ser essencialmente livre, que o Homem tem capacidades de superar, ou pelo menos, tentar superar, algumas das suas condicionantes. De fato, apesar que o Homem estar determinado pelas suas limitações, ele é, ainda, um ser livre que não pode nunca negar a sua liberdade.

Mas, além de ser livre, o Homem é também um ser em aberto que está em constante construção de si próprio e do mundo que o rodeia. Ao contrário dos animais, o Homem é um ser em permanente insatisfação que tenta sempre ir mais além e que tenta superar o que condiciona a sua ação.

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APESAR DESTAS CONDICIONANTES, O HOMEM NÃO DEIXA DE SER LIVRE.

É por este motivo que, por exemplo, uma pessoa paraplégica já pode, hoje em dia, nadar e fazer corridas de cadeiras de rodas com outras pessoas paraplégicas; ou, outro exemplo, por não ser capaz de voar, o ser humano inventou o avião, entre outros.

Assim, consoante as possibilidades que possui, o ser humano tenta sempre ir mais além do que aparenta ser capaz.

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ATIVIDADE DO MÓDULO DE ÉTICACAPÍTULO 01

RESPONDER AS QUESTÕES DAS PÁGINAS 10, 11 E 12.

ESCOLHER ENTRE AS QUESTÕES 5 E 6(TEMA 1 OU TEMA 2), DA PÁGINA 13, PARA SER RESPONDIDA NO CADERNO.

FAZER UMA SÍNTESE DA IDEIA DEFENDIDA.