Vampirismo Psíquico- Konstantinos (1)

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VAMPIRISMO PSQUICO

VAMPIRISMO PSQUICO

Por Konstantinos

Recorda-se da curta cena de ataque sobrenatural no incio deste livro? Conforme o resto do livro ir demonstrar, muitas pessoas experimentaram mesmo tais momentos verdicos e desagradveis de terror. Alm disso, a investigao estatstica demonstrou que o nmero de pessoas que tiveram tais experincias significativo. Mas o que provoca esses horrveis acontecimentos?

possvel que tais ataques noturnos, referidos pelo menos numa regio como "Ataques Hag" (Ataques de Bruxas), sejam causados por vampiros psquicos, no intencionais ou intencionais. Obviamente, o terror noturno de que estamos a falar no o nico modo de as criaturas poderem atacar. Os vampiros psquicos podem atacar facilmente em plena luz do dia, quando a vtima se encontra perfeitamente desperta e at em pblico! Como pode ver, temos muito terreno para explorar.

As estatsticas

Este subcaptulo raramente visto num livro sobre ocultismo. Como muitos "desalojadores" do sobrenatural afirmariam, existe uma aparente ausncia de provas estatsticas em que se possa basear a existncia do sobrenatural. Isto, por seu lado, fornece um grande apoio aos argumentos "daqueles que no acreditam". Mas a crena nada tem a ver com a realidade.

As estatsticas no se encontram includas na maioria dos livros sobre ocultismo, porque no so coligidas, no porque no possam ser coligidas. S precisamos de saber onde poderemos encontrar os ele- mentos. Ao lidar com vampiros psquicos, o melhor modo de proceder procurar vtimas passadas, sem primeiro procurar saber o que as suas experincias significam na realidade. Nas pginas seguintes olharemos para os resultados de um tal conjunto de dados, que foi considerado de um modo absolutamente cientfico.

No Captulo 2 analisamos resumidamente a possibilidade de uma possvel atividade vamprica psquica na Terra Nova, Canad. As pessoas que a vivem acreditam que criaturas conhecidas por "Old Hags" (Velhas Bruxas) so responsveis por experincias aterradoras (semelhantes que se descreve no incio do livro) conhecidas por "Hag Attacks" ou ter sido "hagged" (embruxado). As explicaes folclricas sobre aquilo que as Old Hags so, devem ter variado, provavelmente, ao longo dos anos. Na sua maioria, julgava-se que as Ha~s eram bruxas ou feiticeiras que se podiam projetar astralmente para atacarem outros (como esclarecimento, o "Hag" atacante tanto podia ser do sexo masculino como do sexo feminino).

No incio da dcada de 1970, o Hag Attack atraiu o interesse de David J. Hufford, um membro do Folklore Department da Faculdade, na Memorial University da Terra Nova. O seu interesse deu origem a um projeto de investigao que iria ocupar grande parte do tempo do folclorista na dcada seguinte. A enorme quantidade de informao coligida foi publicada no livro extraordinrio de Hufford The Terror that Comes in the Night ("O Terror que vem Noite"), que apresentava um subttulo absolutamente preciso, "An Experience-Centered Study of Supernatural Assault Traditions ("Um Estudo baseado na experincia de tradies de ataques sobrenaturais").

Aparentemente, Hufford no era o nico estudante ou professor na Memorial University a investigar o fenmeno Hag. Conseguiu localizar nos arquivos da universidade os resultados de um estudo Hag e vrios relatos documentados sobre. vtimas Hag. Com a ajuda desses documentos, Hufford conseguiu comear as suas prprias investigaes, com o conhecimento bsico de quatro acontecimentos que, quando surgem em conjunto, constituem um ataque Hag.

Em primeiro lugar, a experincia surge muitas vezes a algum que se encontra na fase de acordar e s ocasionalmente antes de adormecer. Em segundo lugar, vista ou ouvida qualquer coisa deslocando-se na direo do quarto e, eventualmente, da cama da vtima. Em terceiro, a vtima sente um peso no peito que pode ser to suave como uma mo a fazer presso ou to acentuado como se a estivessem a estrangular. Em quarto lugar, a vtima sente-se como se estivesse paralisada e incapaz de produzir qualquer som.

Quando Hufford comeou a coligir os seus prprios dados sobre o fenmeno, achou que seria melhor no procurar vtimas do ataque Hag mas, em vez disso, procurar pessoas que afirmassem ter experimentado os sintomas de terem sido atacadas. Existe uma diferena entre as duas situaes. Se, numa investigao, Hufford perguntasse de imediato: "Experimentou alguma vez o Old Hag?", ento s as pessoas que j tivessem ouvido falar do fenmeno poderiam responder. Haveria boas hipteses a respeito destes indivduos de que as suas experincias (se existisse alguma) fossem influenciadas pelo seu conhecimento.

Para evitar esse problema e para ter a certeza de que todos aqueles que haviam tido a experincia se tinham capacitado do que acontecera, Hufford passou a escrito um inqurito de 14 perguntas, de modo a que as duas ltimas questes s eram colocadas se o leitor soubesse alguma coisa sobre a "Old Hag" ou sobre algum que tivesse tido a experincia. No era dada nenhuma indicao no questionrio sobre o fato de a "Old Hag" ser a mesma coisa que a experincia definida pelas respostas dos indivduos nas primeiras 12 questes.

No analisaremos as questes exactas elaboradas na investigao de Hufford. Se pretender saber mais a respeito da investigao e se gostar de ver alguns dos dados coligidos por Hufford, recomendo veementemente que leia o seu livro (ver a Bibliografia para mais informao)

O questionrio comeava com: "Alguma vez acordou durante a noite sentindo-se paralisado, ou seja, incapaz de se mexer ou de gritar?" As perguntas seguintes incidiam sobre outros aspectos da experincia, sem darem qualquer pista sobre aquilo que Hufford sabia ser experimentado na generalidade. Dar tais pistas teria sido uma m idia, uma vez que a imaginao da pessoa investigada poderia preencher qualquer lapso de memria com aquilo que lia na pgina.

Quais foram os resultados da investigao? Demos j um resultado no fim do Captulo 2. Uma percentagem surpreendente (23 %) das pessoas a quem Hufford apresentou o seu questionrio haviam experimentado pelo menos a sensao de terem acordado paralisadas uma ou mais vezes no passado (aqueles que relataram terem tido a experincia por diversas vezes, afirmaram que os ataques eram normalmente espaados de vrios meses ou mesmo anos). Se isto era tudo o que Hufford tinha conseguido saber, dificilmente valeria a pena considerar as suas estatsticas, podendo argumentar-se que acordar num estado de paralisia poderia ser atribudo exclusivamente a fatores fisiolgicos (mesmo que isso possa parecer muito pouco provvel).

As razes pelas quais os resultados de Hufford eram significativos, j foram referidas. Embora as questes no dessem qualquer pista sobre as outras caractersticas possveis de um ataque Hag, houve um nmero significativo de pessoas que responderam terem acordado num estado de paralisia e que forneceram pormenores posteriores que concordavam, em muitos aspectos, com os dos outros intervenientes na investigao. Muitos dos aspectos secundrios que foram apresentados definiram as quatro caractersticas bsicas da experincia Hag mencionada anteriormente, enquanto outros acrescentaram caractersticas absolutamente novas.

E agora continuemos com as estatsticas. O questionrio demonstrou que, aproximadamente dois teros daqueles que afirmaram terem acordado num estado de paralisia, ou tinham conhecimento do ataque Hag ou de algum que o tivesse experimentado. Embora cerca de 40 % das pessoas que Hufford entrevistou (estudantes na universidade) soubessem o que era um ataque Hag, fcil imaginar a razo pela qual aqueles que tinham tido a experincia tinham conhecimentos a seu respeito ou sobre outras pessoas que tambm a tinham sofrido. Considerando o fato de que 23 % daqueles que foram investigados haviam experimentado o ataque, provvel que as vtimas estivessem freqentemente em contacto umas com as outras. Por exemplo, bastaria evocar a experincia numa reunio social para que histrias similares pudessem surgir de outras vtimas.

Algumas das outras caractersticas da experincia Hag sero apresentadas nos captulos seguintes, quando forem apresentados os casos de vampirismo psquico que investiguei e testemunhei. Um certo nmero de incidentes que se deram durante os casos de ataques noturnos assemelham-se a algumas das experincias mencionadas pelos indivduos vtimas do Hag que Hufford entrevistou (os casos de ataques diurnos no se assemelham experincia Hag, como seria de esperar). No se esquea de que nenhum dos casos em que me vi envolvido se deu na Terra Nova uma evidncia significativa, como veremos dentro em breve.

Antes de continuarmos, julgo ser importante salientar alguns pontos-chave. Antes de mais, poder perguntar nesta altura se o ataque Hag tem, na realidade, alguma coisa a ver com vampirismo psquico. Nesta altura do livro, poder parecer que a relao no perfeitamente clara; no entanto, posso garantir-lhe que ser demonstrada a sua evidncia. A experincia Hag um bom ponto de partida desde o momento em que foi provado estatisticamente que o fenmeno existe. U ma vez que se parece com aparentes "ataques sobrenaturais" que se deram em outras reas geogrficas, o fenmeno prova que qualquer coisa de estranho se est a passar, possivelmente por todo o mundo. Ser de fato a causa desta "qualquer coisa estranha" uma criatura que se apodera da energia psquica dos outros?

Energia psquica

Se at este momento o desconhecesse, ento este livro tomaria perfeitamente claro que um vampiro psquico no um bebedor de sangue que sabe o que est a pensar ou o que o futuro reserva. Um vampiro psquico uma criatura, em forma humana ou de fantasma, que se alimenta de energia psquica. O que quero eu dizer com "energia psquica"? Foi conhecida por muitas outras designaes em diferentes culturas e pocas energia orgone, fora odica, bioplasma, chi e prana, isto para nomear apenas algumas. Qualquer que seja a designao, a energia o que parece manter-nos vivos e bem; considere-a como a nossa fora vital.

Todos os seres vivos parecem gerar pelo menos alguma energia psquica; mesmo plantas simples tm campos de energia. A libertao e aplicao desta energia ou essncia a base de cada uma das capacidades psquicas alguma vez evidenciadas e o mago de qualquer forma de magia alguma vez praticada. A informao apresentada nas pginas seguintes escrita de um modo que assume que o leitor aceita (por um motivo qualquer) que a energia psquica existe. Para aqueles de entre vs que nunca tiveram uma experincia psquica (ou nunca verificaram que haviam tido uma), ou nunca se debruaram sobre as inmeras experincias parapsicolgicas que provam, de modo concludente, os efeitos da energia psquica, espero que pelo menos sejam capazes de ler o resto deste captulo (e j agora o resto do livro) com um esprito aberto.

Se todas as coisas vivas podem gerar a sua prpria energia psquica, por que existem vampiros psquicos? Por que que estas criaturas necessitam de tirar energia dos outros? As respostas a estas perguntas definiro, mais adiante, tipos de vampiros psquicos. verdade que todas as coisas vivas podem gerar energia psquica, mas os mortos que; optam por ficar ligados terra no o conseguem. Temos ainda que algumas pessoas, especialmente aquelas que so idosas ou doentes, no conseguem gerar energia psquica suficiente para sobreviverem. Retiram esta energia de outros de modo no intencional.

De modo diferente do que se passa com os bebedores de sangue, ambos os tipos de vampiros psquicos podem atacar do mesmo modo e, para uma vtima, os ataques parecer-lhe-iam praticamente idnticos. A nica coisa que diferencia o modo como os dois tipos de vampiro atacam a sua inteno. Os vampiros psquicos intencionais sabem o que esto a fazer e alimentam-se voluntariamente; o oposto verdadeiro para os vampiros no intencionais, conforme definido pela prpria designao. Uma outra razo que refiro como tal, no caso de vampiros psquicos intencionais, o fato de no s se alimentarem voluntariamente para sobreviver quando esto "mortos", mas tambm fazerem o mesmo enquanto ainda vivos em corpos fsicos.

Nota: S algumas palavras sobre o modo como coligi a informao no resto deste livro. As "teorias" apresentadas neste captulo podero ser interpretadas por alguns apenas como as minhas "opinies", se no esclarecer o seguinte: parte do que digo nestas pginas foi descoberto comparando casos de vampirismo psquico e parte foi-me explicado por ensinamentos escritos dos prprios vampiros psquicos intencionais. J tive oportunidade de dizer, no Captulo I, como os vampiros psquicos se treinam quando ainda se encontram vivos, usualmente a partir de uma determinada orientao de grupo. Conseguindo os ensinamentos de uma dessas organizaes e comparando o que se encontra nestas pginas com as experincias das vtimas, consegui extrair da propaganda aquilo que considero como a verdade esotrica.

A natureza esotrica dos ataques noturnos

Nesta altura, os elementos bsicos deste ataque deveriam ser familiares. Algures a meio da noite, e por vezes na altura em que se est para adormecer, experimentado um sentimento de pavor. A vtima da experincia sente dificuldade em mover-se e nota que existe alguma coisa que j se encontra no quarto ou que se aproxima. De qualquer dos modos, alguns segundos depois de ter acordado, a entidade, ou se toma visvel sob uma forma escura (por vezes com olhos), ou apenas "sentida" pela vtima. Nessa altura, v-se ou sente-se que a entidade se aproxima da cama, por vezes aproximando-'se da vtima e, outras vezes, colocando-se em cima dela.

Uma vez estabelecida essa proximidade "fsica", a vtima normalmente comea a sentir um peso comprimindo-lhe o peito. Este peso sentido tanto no caso de a entidade se colocar sobre a vtima como no outro caso, o que implica que a presso no se relaciona diretamente com o peso do vampiro mas com qualquer outra atividade esotrica (o mais provvel que a presso seja sentida como resultado de a energia estar a ser escoada do chakra do corao, mas veremos isso mais adiante).

Conforme ser ilustrado pelos exemplos nos dois captulos seguintes, a vtima tambm tem outras sensaes visuais e auditivas. A entidade sombria poder apresentar uma qualquer forma simblica, ou poder encontrar-se rodeada por uma luz colorida (encontrei dois exemplos de luz de um prpura escuro, relatados por duas vtimas). At onde possvel concluir, as vtimas relatam ocasionalmente que ouvem vozes ou uma espcie de eco, semelhante ao som de vento a passar num tnel.

As sensaes acima referidas so as mais comuns, mas como podem ser explicadas? Alguns diriam que as vtimas de tais ataques, ou esto a sonhar, ou sofrem de indigesto. No estou de acordo. Quais so as probabilidades de inmeras pessoas terem o mesmo tipo de sonho acordadas, acompanhado por sensaes similares? Muito escassas; toma-se difcil imaginar tantas mentes por a desempenhando um psicodrama de ataque noturno. No que diz respeito idia de indigesto, ouvi contar pesadelos causados por se ter comido qualquer coisa "pesada", como pizza, antes de ir para a cama, mas no consigo encontrar qualquer ligao lgica entre sofrer de indigesto e imaginar que um assaltante sombrio se encontra no quarto.

Analisemos uma explicao cientfico-futurista (esotrica) do que se passa, provavelmente, durante o ataque noturno. A maioria dos leitores encontra-se familiarizada pelo menos com o conceito de viagem astral, mais conhecida como a "experincia fora do corpo".

Colocada de uma forma simples, a idia a de que toda a gente tem um "duplo" ou "corpo" astral que coexiste com o corpo fsico. Com treino, ou por vezes por acidente, a conscincia pode entrar nesse corpo e sair do corpo fsico, ficando livre para vaguear como um "esprito". Tambm se acredita que, na altura da morte, a alma parte usando esse corpo astral como mdium (o corpo astral aps a morte ser analisado em grande pormenor no Captulo 9).

Para aquilo que nos propomos apresentar, diremos que o vampiro psquico responsvel pelos ataques noturnos , basicamente, um corpo astral. Que seja o corpo astral de uma pessoa viva ou morta, que se alimenta intencionalmente ou no intencionalmente, para j no se toma importante. As diferenas entre cada tipo de "corpo" sero analisadas mais adiante com as necessrias provas de suporte. Mais uma vez, e para j, um vampiro psquico que ataca noite um corpo astral.

Por uma qualquer razo, em muitos casos, possivelmente por puro acaso, o vampiro psquico astral escolhe uma determinada vtima. Quando essa vtima escolhida, o vampiro aproxima-se. Dependendo da maior ou menor sensibilidade fsica da vtima e da rapidez com que o vampiro se move, a vtima acordar para encontrar o vampiro junto da sua cama ou a uma certa distncia. Julgo que a sensibilidade psquica da vtima a principal responsvel pelas diferenas subtis entre cada caso de vampirismo por ataque noturno. A sensibilidade individual determina a altura em que a vtima sente fisicamente que h qualquer coisa "errada", fazendo com que acorde.

Quando a vtima se encontra acordada, a sua sensibilidade psquica estabelece um determinado nmero de outros fatores. Em primeiro lugar, determina at que ponto o vampiro "visto" ou "ouvido". Se um vampiro psquico um corpo astral, ento os sentidos fsicos no permitiro que seja visto ou ouvido. Em vez disso, so usados os sentidos astrais, que fazem parte da sensibilidade psquica natural de cada um. Algumas pessoas nasceram com excelentes faculdades desse tipo, outros tm de as desenvolver. (Para um maior desenvolvimento sobre sentidos astrais, veja alguns dos livros sobre ocultismo includos na Bibliografia, entre os quais encontrar a obra da minha autoria Summoning Spirits ["Evocao de Espritos"], que contm um captulo sobre o desenvolvimento de faculdades astrais.)

Outro fator determinado pela sensibilidade da vtima, o nvel de i "pavor" que sentido ao acordar. interessante o fato de que aqueles que conseguem ver o vampiro com mais clareza so os que se sentem mais aterrorizados, mesmo antes de terem visto a criatura. Aparentemente, no a viso da criatura que faz com que se sintam aterrorizados, embora isso contribua para o sentimento posterior. Se aceitarmos que aqueles que vem o vampiro com maior clareza so os que tm maior sensibilidade, ento parece plausvel que a sua sensibilidade os avise da intensidade do "perigo" e que, como resultado disso, sintam uma determinada dose de pavor.

E quanto paralisia? A explicao do motivo pelo qual isto acontece provavelmente uma das seguintes: ou o medo da vtima faz com que lhe seja impossvel mover-se, como uma espcie de paralisia anloga quela que sente algum numa linha de caminho de ferro quando se aproxima uma luz, ou o vampiro tem um qualquer poder oculto sobre a sua vtima (por exemplo, hipnose), que poderia constituir uma atitude natural, inconsciente ou automtica da parte da criatura (no se esquea de que os vampiros psquicos no intencionais tambm atacam desta maneira). Qualquer que seja a fora responsvel pela paralisia, produz-se em cada ataque e toma a vtima um alvo fcil.

Examinemos agora a questo da alimentao em si. Por uma razo qualquer, o vampiro que ataca da maneira que nos encontramos a examinar, necessita de efetuar um contacto astral; isso significa que o corpo astral do vampiro deve entrar em contacto com o corpo astral da vtima. O campo de energia do corpo, ou corpo astral, estende-se em todas as direes numa distncia a partir da pele que pode variar desde alguns centmetros a alguns decmetros. Por este motivo, o vampiro pode limitar-se simplesmente a flutuar sobre a vtima ou "permanecer" apenas perto dela e, em qualquer dos casos, ser capaz de estabelecer contacto astral.

Nesta altura do ataque inicia-se a transferncia efetiva de energia. O mecanismo esotrico atuante durante uma tal transferncia, depende provavelmente do fato de o vampiro ser intencional ou no intencional. No caso de alguns vampiros intencionais, eles parecem aperceber-se do modo de retirar energia atravs de um mecanismo ativo (tanto nos ataques noturnos como nos diurnos), mas iremos explorar esse assunto no Captulo 9, onde ser apresentado com os pormenores que merece.

Um mecanismo mais simples que pode explicar o vampirismo psquico no intencional e, em alguns casos, mesmo o intencional, a osmose. Com os dois corpos astrais "ligados", a energia deslocar-se-ia da vtima, que a tem em abundncia, para o vampiro, que tem uma reserva enfraquecida. Quando o nvel de energia est equilibrado entre o vampiro e a vtima, o primeiro conseguiu toda a que lhe era possvel e quebra o contacto. Isto faz sentido porque poucas vtimas de ataques noturnos afirmam que a experincia durou mais do que alguns minutos. Alm disso, e depois de voltar a adormecer, a vtima acorda sentindo-se apenas um pouco cansada, o que significa que a quantidade de energia que perdeu foi na sua maioria recuperada durante o sono.

Notemos mais uma vez que, durante a passagem de energia, sentida freqentemente uma presso no peito, independentemente da localizao do vampiro em relao vtima. A presso poderia ser explicada simplesmente como uma fora oposta sentida como resultado do processo de osmose ou, conforme j foi referido, poderia ser uma presso gerada pelo chakra do corao (um dos sete centros de energia que se acredita existirem no corpo) medida que perde energia. A razo pela qual um vampiro teria de tirar energia deste centro em particular no suficientemente clara. Acredita-se, de um modo geral, que uma interrupo do fluxo de energia no chakra do corao causa ansiedade. Talvez a ansiedade causada pela experincia tenha um efeito oposto no chakra e faa com que se tome mais vulnervel ao ataque do vampiro.

Quando o ataque termina e o vampiro se desvanece (uma vez que se encontra em forma astral, capaz de "voar" simplesmente atravs do teto ou de uma parede), a vtima de certa maneira capaz de voltar a dormir, provavelmente devido tambm perda de energia que sofreu. Referi, anteriormente, que a perda de energia se encontrar em certa medida reparada na altura em que a vtima acordar de manh. O motivo o de que a transferncia esotrica de energia atravs do corpo parece tomar-se mais fcil durante o sono. Os alimentos que tomamos durante o dia possuem a sua prpria energia e, durante a noite, podemos absorv-la na sua totalidade.

Os leitores que j se debruaram sobre rituais mgicos ou religiosos, encontraram de certeza referncias ao jejum. Priva-se uma pessoa de alimento durante vrias horas antes de qualquer tipo de ritual porque o processo da digesto abastece-se da possvel quantidade de energia disponvel. Se tomar trs refeies, s sete da manh, ao meio-dia e s seis da tarde, ento o seu perodo mais longo sem alimentos durante as horas em que se encontra acordado ser de seis horas. Se no comer no perodo antes de ir para a cama e dormir sete horas, estar nove horas sem alimentos. Cerca do final deste ciclo, aproximadamente entre as trs e as cinco da manh, a energia encontra-se livre para se distribuir por todo o seu corpo.

Combine o fato de, durante as primeiras horas da digesto da manh, no usar qualquer energia, com o de a maioria dos indivduos se encontrar a dormir durante esse perodo; assim, toma-se evidente que os ataques dos vampiros possam ocorrer nessa altura. De fato, a maioria dos ataques que eu investiguei ocorreu no perodo entre as trs e as cinco da manh.

S mais algumas palavras sobre ataques noturnos antes de nos debruarmos sobre os que ocorrem durante o dia. Se alguns vampiros se alimentam de fato usando um processo do tipo osmose, ento estaro sempre um pouco menos do que "cheios", porque nunca lhes seria possvel terem mais do que aquilo que as suas vtimas esgotadas possuem. Dependendo da quantidade de energia que usam de noite para noite, provvel que os vampiros psquicos se tenham de alimentar todas as noites.

Considerando os relatos das vtimas que afirmam terem tido a experincia apenas uma vez, ou vrias vezes separadas por perodos de meses ou de anos, parece plausvel o fato de que cada vampiro se alimenta de muitos indivduos um pensamento aterrador! Mas, como ver no Captulo 10, existem maneiras de evitar que isso lhe acontea.

A natureza esotrica dos ataques diurnos

De modo anlogo ao que se passa no caso dos ataques noturnos, os ataques durante o dia podem ser executados por vampiros psquicos tanto intencionais como no intencionais. Nunca me aconteceu deparar com um ataque diurno que possa definitivamente ser atribudo a um vampiro psquico morto. Isto provavelmente ter muito a ver com aquilo que eu considero que possa ser um ataque diurno. Aquilo que referido neste livro como ataques diurnos no ocorre sob a forma astral. O vampiro que ataca desta maneira dever ter um corpo fsico. Uma vez que os vampiros psquicos mortos s existem na forma astral (isto tambm ser analisado pormenorizadamente no Captulo 9), no podem atacar desta maneira.

Existem casos raros de ataques tipo Hag que ocorram durante as horas do dia, mas esses no sero aqui referidos. Isto porque s ocorrem quando a vtima decide fazer uma sesta durante o dia, e os ataques diurnos que apresentamos ocorrem quando a vtima se encontra perfeitamente acordada h algum tempo. Os ataques diurnos podem ocorrer em qualquer stio e em qualquer altura que possa ser considerada como parte do "dia" da vtima ( possvel, por exemplo, que, se algum trabalhar durante a noite como guarda de segurana, possa sofrer ataques "noturnos" em plena luz do dia, enquanto dorme e vice-versa).

Todos ns conhecemos pessoas que parece retirarem toda a nossa energia quando estamos com elas. Esses indivduos so, muitas vezes, vampiros psquicos no intencionais gente que, por qualquer razo (normalmente doena ou idade avanada) no possui energia psquica suficiente para se alimentar bem. Como tipo de mecanismo de auto-preservao, e em certa medida por osmose, atuam como uma bomba de vcuo, "sugando" energia daqueles que se encontram sua volta. O mecanismo inconsciente dos vampiros no intencionais usado para executar esta tarefa ser descrito mais adiante, uma vez que similar a um outro, consciente, usado pelos vampiros intencionais.

Poder perguntar por que afirmo que os indivduos que fazem com que os outros se sintam esgotados so, muitas vezes, vampiros no intencionais. Daquilo que aprendi sobre vampiros psquicos intencionais, estes tentam variar de vtima para poderem manter o seu secretismo. Assim, se notar que uma determinada pessoa esgota a sua energia numa base regular, ou a pessoa inconsciente das suas aes ou no se preocupa com o fato de poder vir a ser descoberta. Torna-se difcil imaginar que a ltima hiptese possa ser muitas vezes real.

Voltemo-nos agora para a experincia do ataque diurno tpico e para os mecanismos esotricos atuantes durante o mesmo. De modo diferente de quase todos os acontecimentos melodramticos de um ' ataque astral durante a noite, a alimentao psquica durante o dia" raramente notada, a no ser que seja freqentemente repetida pelo vampiro. Na maioria dos casos, a quantidade de energia tomada e o perodo de tempo em que o mesmo efetuado so ambos muito pequenos. Uma vtima pode, ocasionalmente, sentir uma leve fadiga se tiver a infelicidade de se encontrar em contacto com um vampiro psquico por demasiado tempo, mas este o pior efeito colateral normalmente experimentado. No so ouvidos sons bizarros, no so vistas formas fantasmagricas e no sentida presso de nenhum tipo.

fcil ver por que que a experincia do ataque diurno relativamente pouco impressionante quando o mecanismo usado pelo vampiro analisado. Quer o vampiro se encontre consciente das suas aes ou no, o mecanismo de alimentao tende a desenvolver-se de acordo com as seguintes fases.

Toque

Quando um vampiro se comea a alimentar pela primeira vez, o nico modo que ele tem de proceder transferncia de energia entrando em contacto fsico com a sua vtima. Isto garante que os corpos astrais ou auras, tanto do vampiro como da vtima, fornecero um canal pelo qual se pode dar o fluxo de energia. Se o vampiro no tiver conscincia das suas aes, tomar alguma energia por osmose, sempre que se encontre em contacto casual com a vtima (atravs de abraos, etc.); se o vampiro tiver conscincia das suas aes, usar um mecanismo forado de alimentao.

Quem quer que trabalhe com energia psquica, seja qual for a razo (magia, ioga, etc.), sabe que o fluxo de energia se encontra ligado respirao de uma pessoa as inalaes levam energia para o interior e as exalaes expelem-na. Em perfeita concordncia com isto, um vampiro consciente usa a inalao para retirar energia da vtima. Outro fato esotrico que aceite sobre o fluxo de energia o de que esta sai do corpo atravs da mo direita nos indivduos destros, e atravs da mo esquerda no caso dos indivduos canhotos. A outra mo atrai energia para o interior, pelo que a maioria dos vampiros conscientes usa provavelmente esta mo para a sua alimentao.

Proximidade por contacto

Aps repetidas alimentaes atravs do toque, o corpo astral de um vampiro habitua-se sua capacidade de se alimentar e comear a formar tentculos astrais que procuram os corpos astrais de outros. Dependendo do espao de tempo em que um vampiro se alimentou numa base regular, esses tentculos podero variar em comprimento desde alguns centmetros a vrios decmetros.

Atravs dos tentculos astrais, um vampiro psquico poderia entrar em contacto com quem quer que se encontrasse prximo e continuar a alimentar-se por osmose ou, estando consciente das suas aes, poderia dirigir mentalmente os tentculos para um determinado alvo e alimentar-se por inalao da respirao. fcil de imaginar que um vampiro que tenha estado ativo por um perodo razovel de tempo, possa criar vrios desses tentculos e alimentar-se de muitos indivduos que se encontrem no mesmo compartimento. Na prxima vez que se encontre numa reunio social, veja se h algum indivduo que seja capaz de esvaziar uma sala limitando-se a estar nela durante algum tempo.

Contacto visual

Os praticantes de ioga tntrico e de certos tipos de magia sabem que a energia pode ser transferida pelo olhar. Basicamente, os tentculos mencionados no ltimo nvel de alimentao podem ser projetados a distncias muito maiores se forem emanados dos olhos. Um vampiro que consiga executar esta proeza, pode alimentar-se de fato de qualquer pessoa que se encontre na sua linha de viso. Dependendo do local onde possa entrar em contacto com um vampiro psquico, isto poderia tornar bastante difcil evitar ser esgotado (a no ser, evidentemente, que use as tcnicas mencionadas no Captulo 10). Quase de certeza que os vampiros no intencionais nunca so capazes de dominar esta tcnica; parece um mecanismo demasiado ativo para que possa ser executado no intencionalmente.

Considerando o modo como os casos de vampirismo psquico que investiguei progrediram, e tendo em considerao o tipo de auto-treino executado pelos vampiros psquicos intencionais, acredito que os nveis de desenvolvimento acima mencionados so exatos. Alm disso, o princpio atuante o de que a aura ou corpo astral de um vampiro psquico se desenvolve para se adaptar ao tipo de alimentao. O corpo astral flexvel e pode ser programado para executar por si mesmo certas funes. Esta ser a base para algumas das defesas contra o vampirismo psquico dadas no Captulo 10.

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VAMPIROS PSQUICOS NO INTENCIONAIS

Na fico contempornea, os vampiros so muitas vezes retratados como heris trgicos incapazes de deixarem de se alimentar. A sua sede de sangue suplanta todos os seus outros desejos e necessidades e, em muitos casos, faz com que magoem mortais comuns que se tomam seus amigos e que tentam ajud-los. Os bebedores de sangue da fico esto conscientes da sua natureza, embora nada possam fazer contra isso.

E se uma pessoa for um vampiro e no se encontrar consciente disso? Ser que isso no o tomaria no personagem mais trgico de todos? Imagine-se a ferir as pessoas sua volta e nem sequer saber que o est a fazer e, a um determinado nvel, no querer saber que o est a fazer; a sua vampirizao sobre os outros pode ser a nica coisa que o mantenha bem ou mesmo vivo.

Estas consideraes podero no afetar muitas pessoas que eventualmente as possam ouvir. Afinal de contas, como possvel que os vampiros de fico no saibam aquilo que so? Toma-se suficientemente bvio que notariam o crescimento das suas presas e, se assim no fosse, not-lo-iam pelo menos quando as enterrassem no pescoo das suas vtimas. Porm, como sabe, j no estamos a falar desse tipo de vampiros. O tipo de vampiro discutido .neste captulo nunca se apercebe das alturas em que se alimenta, porque no existe nada fsico que possa notar. O seu toque esgota. A sua presena enfraquece os que se encontram sua volta e as suas visitas noturnas inconscientes aterrorizam -trata-se de um vampiro psquico no intencional.

Mais adiante neste captulo, examinaremos de perto um caso de vampirismo psquico no intencional que investiguei pessoalmente. Os acontecimentos desse caso fascinante so representativos dos padres de ataque tpico que uma vtima de vampirismo no intencional pode experimentar. Mais importante ainda, o incidente tambm nos fornece uma viso interior dos motivos inconscientes que conduzem o vampiro atacante.

No exagero afirmar que os dados reunidos com essa investigao ajudaram a dar forma a toda a minha investigao anterior sobre vampiros psquicos no intencionais. De modo anlogo ao que sucede no resto deste livro, quando for caso disso, deixarei que os fatos falem por si prprios. Nesta altura direi que a experincia se tomou no teste final para as teorias sobre o oculto que nessa altura s tinha investigado e desenvolvido e, como resultado disso, nada do que se diz nas pginas seguintes especulao no comprovada.

Estabeleamos, de um modo um pouco mais claro, o que so os vampiros no intencionais e por que fazem aquilo que fazem. Comearemos com uma definio bsica.

Os vampiros psquicos no intencionais adaptam-se a dois critrios importantes: em primeiro lugar, por algumas possveis razes, no produzem suficiente fora vital ou energia psquica para se sentirem bem ou, em alguns casos, para sobreviverem. Em segundo lugar, desenvolvem inconscientemente e usam a capacidade de tirar energia dos outros, para conseguirem a quantidade de fora vital de que necessitam (ou que os seus corpos julgam que necessitam). Esses dois critrios levantam as seguintes questes: como e porqu? As respostas so dadas nos dois ttulos que se seguem.

Fora vital

Cada um dos inmeros sistemas msticos do mundo procura explicar os mistrios do universo. De interesse para ns, neste caso, o fato de que cada sistema contm idias sobre o que a energia psquica, como criada e como atua no corpo humano. Precisamos de examinar esses conceitos para descobrirmos a razo pela qual algumas pessoas podem ter falta de uma fora vital prpria adequada.

Em vez de analisarmos as inmeras teorias sobre o tema da fora vital com o fim de descobrirmos a razo pela qual alguns indivduos possam no ser capazes de criar o seu prprio fornecimento dela, combinaremos algumas das idias que parece estarem "de acordo" quando usadas em conjunto. A propsito, assim que todas as teorias do oculto deveriam ser analisadas -como conceitos que devem continuar a manter-se vlidos quando combinados com outras teorias que se relacionam com eles. Do mesmo modo como todas as teorias e leis da termodinmica trabalham em conjunto, tambm o mesmo se passa com as da futura cincia -o ocultismo. Aqueles que seguem rigidamente uma determinada escola de ocultismo, podem no estar de acordo com algumas das liberdades que aqui tomo. Espero, porm, que ao menos possam ver por que fiz aquilo que fiz.

At aqui estabelecemos que a fora vital ou energia psquica criada pelas coisas vivas, no interessando quo simples ou complexas essas criaturas possam ser. Uma vez criada, esta energia penetra no s o ser vivo do qual emana mas, igualmente, uma zona volta do mesmo ser. Um objeto inanimado poderia ficar infundido de energia atravs de uma exposio prolongada aura que envolve um ser vivo, mas os objetos inanimados nunca podem criar fora vital. (A propsito, a psicometria, ou a capacidade de ler fisicamente a histria de um objeto inanimado e daqueles que estiveram em contacto com ele, foi muito provavelmente tornada possvel pela energia psquica que se "esfrega" nos objetos inanimados.)

Para o fim que pretendemos, aceitaremos que a energia existe num campo tanto dentro como em volta dos seres vivos. Mas a forma em que existe no a forma sob a qual criada. A fora vital , na realidade, gerada em pequenas quantidades por cada parte individual de um organismo. Embora no seja claro a que nvel ocorre a mais simples gerao de energia, consideremos para esta explicao que os blocos constituintes da vida as clulas so o lugar onde ocorre a mais bsica gerao de fora vital.

Torna-se fcil pensar em cada clula de um organismo como uma mquina biolgica, uma vez que cada uma delas possui a sua prpria funo que, de um determinado modo, suporta a vida. Do mesmo modo como as clulas no nosso corpo fsico queimam calorias e libertam energia que permite o funcionamento dos nossos processos vitais, as contrapartidas astrais dessas clulas libertam quantidades mnimas de fora vital esttica. Cada coisa fsica tem o seu paralelo astral, pelo que a energia libertada durante processos vitais bsicos tambm tem o seu equivalente astral. Designo a energia que produzida como "esttica", porque no apresenta qualquer movimento particular ou finalidade limita-se a existir num estado de flutuao livre.

A energia psquica esttica, como a eletricidade esttica, pode acumular-se (qualquer pessoa que tenha caminhado numa rea forrada com uma carpete e depois tenha tocado um objeto ligado terra ou outra pessoa, sabe que a eletricidade esttica se acumula). No entanto, as similaridades entre campos estticos de fora vital e eletricidade terminam aqui. Um campo de eletricidade esttica composto por um determinado nmero de eltrons, que rodeiam um determinado objeto (quer seja grande como uma nuvem ou pequeno como uma apara de plstico). Sob um ponto de vista de distncias atmicas, o campo de eltrons no muito "compacto", porque os eltrons se repelem uns aos outros. Isto verdade para todos os objetos do mundo fsico que se encontrem carregados da mesma forma e, como resultado disso, os campos de eletricidade esttica no so muito duradouros.

De modo diferente daquilo que se verifica num campo de eletricidade esttica, um campo de energia psquica mais coeso e dura por maiores perodos. Porqu? Porque, no plano ou nvel astral, "cargas" ou elementos semelhantes atraem-se. Alm disso, cada vestgio de fora vital gerado por uma clula num corpo instantaneamente empurrado para o campo que envolve a globalidade do corpo e adicionado ao conjunto. Quanta mais energia h, maior se toma o campo, razo pela qual se poder estender por algumas dezenas de centmetros a partir do corpo fsico, dependendo da vitalidade astral da pessoa.

Pode parecer que a fora vital se limita a flutuar volta e no interior do corpo. At certo ponto isto verdade, uma vez que no "faz" o que quer que seja por si mesma. Mais exatamente, o corpo retira do campo de fora vital aquilo de que necessita. Mais uma vez, as clulas libertam tanto energia fsica como astral, que so usadas para manter os processos vitais; o campo da fora vital uma bateria pessoal. As reas, que desempenham um trabalho biolgico, necessitam de retirar energia da bateria e, como resultado, acumula-se mais energia em certas partes do corpo do que noutras, formando centros de energia.

Alguns centros de energia, incluindo aqueles que so conhecidos por chakras, so aceites de um modo quase universal. Algumas tradies mgicas podem excluir parte deles dos seus rituais e acrescentar outros mas, por uma questo de familiaridade, manteremos os sete chakras bsicos aceites de um modo geral.

A maior parte da atividade eltrica no corpo verifica-se no crebro e na medula espinal. Os sinais e impulsos deslocando-se para cima e para baixo nesse molho de nervos, parecem polarizar e usar a energia astral (por esse motivo, muitos exerccios psquicos populares praticados por todo o mundo consistem, pelo menos em parte, em fazer que a energia se desloque verticalmente atravs do corpo da pessoa). Alinhados com a medula espinal de energia, encontram-se os sete centros de energia, designados pelos nomes das reas do corpo de que se encontram mais prximos. So a Coroa (no topo da cabea), o Terceiro Olho (entre os olhos e cerca de uma polegada acima), a Garganta, o Corao, o Plexo Solar, o Umbigo, e a Raiz (na base da espinha).

Quando se d o caso de no flutuar energia suficiente entre estes centros, podem surgir problemas de sade. Os problemas particulares que surgem como resultado de cada bloqueamento no so, na realidade, aquilo que mais importante (ver a Bibliografia para ttulos de livros sobre centros de energia); para o que pretendemos, suficiente dizer que quase cada um dos tipos de doenas poderia ser criado por, ou resultar da, falta de um fluxo de energia entre os centros. Torna-se importante compreender a natureza recproca dos bloqueamentos de energia.

Duas coisas acontecem se uma pessoa sofrer de uma doena continuada. Primeiro, verificar-se-o bloqueamentos de energia como aqueles que acabamos de referir, mas isso no o pior. Tambm se verifica que cada uma das clulas atingidas no corpo do indivduo no produzir tanta fora vital como quando se encontrava num estado saudvel. Isso quer dizer que o campo de fora vital disponvel da pessoa doente ser relativamente "mais pequeno". Quando apenas se encontra presente uma pequena quantidade de fora vital, os efeitos negativos dos bloqueamentos de energia so ampliados (por outras palavras, a pequena quantidade de energia presente no consegue circular livremente).

Um estado semelhante se verifica em muitos indivduos de idade. Embora no se verifiquem necessariamente bloqueamentos (a no ser que a pessoa tenha alguma doena), o nvel inferior de atividade metablica resulta muitas vezes numa quantidade comparativamente mais pequena de fora vital gerada. Felizmente, muitos indivduos de idade tm tendncia para ter estilos de vida muito mais descontrados do que aqueles que tinham quando eram mais novos. Isto faz com que o seu campo de fora vital apresente muito menos stress, tendo como resultado que muitos deles se sintam "perfeitamente bem". No entanto, algumas pessoas de idade apresentam tendncia para fazerem mais coisas do que aquilo que o seu estilo de vida pode suportar. So esses indivduos que podem vir a ter necessidade de mais energia do que aquela que so capazes de produzir.

Tendo introduzido estas possveis causas, importante notar at que ponto pode ser freqente (ou no freqente) pode fazer com que as pessoas se tornem vampricas. Para j, direi o seguinte: a maioria dos vampiros psquicos no intencionais so aquilo que so devido primeira dessas causas doena. E tambm no se trata de um caso de simples doenas temporrias; muitas vezes, os problemas que o vampiro enfrenta, podero ser de uma natureza que lhes ameace a vida ou, pelo menos, que os debilite acentuadamente.

Temos tambm, e isto dependendo da gravidade da doena, que o corpo astral do vampiro no intencional pode parecer ter conscincia do seu estado perigoso e procurar ativamente ajuda para si prprio. A existncia deste instinto de luta pela vida resulta no rpido "avano" de poder dos vampiros nos quais ativado. Como resultado, os vampiros que tm as doenas mais graves tomam-se nos mais perigosos e avanados (como o caso apresentado mais adiante neste captulo ilustrar).

Acontece, do mesmo modo, que se encontra nos indivduos idosos ativos o menor nmero de vampiros psquicos no intencionais. No existe qualquer razo de autopreservao forando inconscientemente os seus corpos astrais a procurarem "alimento". Antes pelo contrrio, eles apenas desenvolvem inconscientemente tendncias vampricas para manterem um certo sentido de bem-estar. Dado que os vampiros psquicos mais idosos no se alimentam para se manterem vivos, tendem a desenvolver poderes de alimentao mais fracos do que os dos vampiros psquicos doentes. Por aquilo que vi, a maioria dos vampiros psquicos mais idosos nunca consegue ultrapassar o nvel de desenvolvimento de alimentao por contacto.

O corpo astral inconsciente?

A existncia do instinto de alimentao para autopreservao nos vampiros psquicos doentes, e o menos grave instinto de bem estar nos vampiros psquicos de idade, levanta a questo do ponto a que somos capazes de controlar os nossos corpos astrais. Os vampiros psquicos no intencionais no poderiam existir se o corpo astral no agisse por si mesmo, pelo menos ocasionalmente, no acha?

O fato de os nossos corpos astrais poderem agir por si mesmos no deveria parecer fora do vulgar. Os nossos corpos fsicos possuem muitas funes que executam durante todo o dia, sem que tenhamos conhecimento do modo como trabalham. No entanto, para estabelecer uma analogia adequada, no invocarei funes bvias como, por exemplo, a respirao. Em vez disso, e porque nos encontramos interessados naquilo que o corpo astral faria para se manter em funcionamento, basta-nos comparar apenas os mecanismos fsicos de autodefesa.

O que se torna mais interessante sobre as aes inconscientes que um corpo astral pode executar, o fato de poder fazer mais do que pode fazer um corpo fsico. Se precisa de comer, a nica coisa que o seu corpo fsico pode fazer fazer-lhe sentir fome. Ento, se continuar a no comer durante algum tempo, poder comear a sentir outros efeitos colaterais (talvez fadiga ou, possivelmente, uma dor de cabea). Mas nunca lhe acontecer abrir o frigorfico e preparar uma sandes sem o querer fazer conscientemente.

O corpo astral, quando privado de uma quantidade razovel de fora vital por um perodo de tempo dilatado, pode conseguir "alguma coisa para comer". Do mesmo modo que acontece quando se trata de energias e foras ocultas, e quando um corpo carente de fora vital contata outro mais forte, verificar-se- a tendncia para o corpo mais fraco sugar alguma energia para si mesmo. Com o tempo, esta capacidade desenvolver-se- por si prpria, nas fases discutidas no ltimo captulo. Trata-se apenas de uma questo de condicionamento ou de aprendizagem. O corpo astral, ao absorver energia, acha que isso lhe' benfico e "aprende" o modo de o fazer cada vez melhor, de modo f anlogo ao que se passa com o treino dos animais com o uso de comida como recompensa.

Mesmo que o corpo fsico seja mais limitado do que o corpo astral em termos de obteno de sustento para si mesmo, tem mecanismos que se ativam quando enfrentados com a ameaa de fome. Muitas das pessoas que supostamente fazem dieta so avisa- das para no passarem fome porque, procedendo dessa maneira, torna-se mais difcil perder peso. Os nutricionistas referem-se a isto como a "condio de fome" que o corpo impe a si mesmo quando no lhe fornecido alimento suficiente. A gordura no queimada to rapidamente, as calorias so usadas. frugalmente e a nica coisa que acontece uma perda de tecido muscular. evidente que o corpo no tenta vingar-se do crebro do seu dono por ter decidido no comer, mas limita-se simplesmente a conservar "carburante". O mais interessante que o faz inconscientemente.

At aqui, no que se refere aos no vampiros (ou seja, a maioria dos que lerem isto), o instinto de autopreservao do corpo astral no representa mais do que o potencial para ferir. No se pode dizer que seja uma boa notcia para a maioria dizer que algum lhes poder sugar energia sem que o vampiro ou a vtima saibam o que lhes est a acontecer. Felizmente, existe um modo de fazer com que o corpo astral se defenda a si mesmo. No caso de alguns, esta capacidade manifesta-se por si, enquanto no caso de outros tem de ser aprendida. Como resultado disso, uma alimentao com xito para um vampiro depende da presa. Usaremos apenas mais uma analogia para ilustrar este ponto e as similaridades entre os corpos fsico e astral na sua generalidade.

O corpo fsico tem a capacidade inconsciente de se proteger a si mesmo do ataque de corpos estranhos (germes e bactrias). Todo aquele que no sofra de qualquer tipo de imunodeficincia tem um sistema de imunizao no seu corpo; at que ponto resistente, depende de um certo nmero de fatores, mas est l. Quando um germe invade o corpo, os anticorpos do sistema de imunizao humano atacam o intruso e, normalmente, "livram-se" dele. Este mecanismo de defesa, descrito em termos to simples, no constitui certamente nenhuma novidade para a maioria dos leitores, embora ningum tenha a menor conscincia de que existe. Os nossos corpos limitam-se a "saber" por si quando devem enviar as suas foras de combate doena.

A imunidade a um ataque psquico no um mecanismo ativo e inato, como se verifica no caso do sistema fsico de imunizao. Na maioria dos indivduos, a capacidade do corpo astral para se proteger contra o roubo de fora vital permanece adormecida. No entanto, a boa notcia a de que pode ser facilmente desenvolvida. Veremos o modo de fazer isto no Captulo 10. Uma vez ativada a capacidade, atuar inconscientemente como forma de sistema de imunizao psquico, fornecendo uma proteo constante contra certas formas de ataque.

Um relato em primeira mo de vampirismo psquico no intencional

Tendo compreendido a natureza da fora vital e do corpo astral, podemos agora examinar o caso de vampirismo psquico no intencional que nos levou a coligir as teorias apresentadas neste captulo. Os fatos e acontecimentos do caso aqui includos esto completos e so verdadeiros em conformidade com o que eu mesmo testemunhei ou fui informado em primeira mo. Uma vez que o caso era to ilustrativo do fenmeno discutido neste captulo, a sua descrio e a ' anlise que se segue completaro a nossa anlise deste tipo de vampiro (segundo o critrio que adotamos no Captulo 3, os verdadeiros nomes dos que se encontraram envolvidos no caso seguinte no sero revelados. Em vez deles, sero usadas iniciais).

Muitas descobertas cientficas da histria foram feitas por acidente. Este caso, que me forneceu dados abundantes e verificveis, no passa de mais um exemplo do que acima se diz. Soube dos casos vampricos cujo relato vai ler devido a uma seqncia peculiar de acontecimentos que lhe contarei resumidamente antes de irmos ao mago do caso. Essas circunstncias so includas fundamentalmente para ilustrar aquilo que o vampirismo psquico na realidade e como poderia afetar quer uma pessoa qualquer que conhea, quer o prprio leitor (a no ser, evidentemente, que sejam tomadas certas precaues).

Uma noite de Dezembro de 1993, um msico amigo -nessa altura pertencamos os dois a determinado conjunto -disse-me que no tinha qualquer possibilidade de ensaiar porque se tinha esquecido de que a festa de aniversrio da sua me era nessa noite. Tinha-lhe prometido que iria para casa depois do trabalho (nessa altura ainda vivia com os seus pais). Os outros elementos do conjunto haviam ficado muito aborrecidos por ele se ter esquecido de lhes dizer que havia feito aquela promessa, mas eu compreendi a sua posio por j me ter encontrado em situaes semelhantes. Telefonei-lhe, e ele pediu-me para perguntar aos outros se queriam encontrar-se com ele na sua casa, de modo a que pudssemos estar todos juntos na festa e, possivelmente, "salv-lo de uma situao at certo ponto enfadonha". Disse-lhe que iria festa, mas que os outros "no se sentiam com disposio para isso". No tinha a menor idia de que o meu favor a um amigo viria a ter uma tal recompensa.

Quando cheguei festa, a casa encontrava-se praticamente cheia de convidados. No conhecia ningum e, como o meu amigo andava continuamente de um lado para o outro, o tempo para mim corria muito lentamente. Sentei-me prximo da porta principal, onde encontrei uma cadeira vazia e cheguei concluso de que tinha que esperar um bocado para ver como as coisas corriam. Alguns minutos mais tarde a porta abriu-se e entrou uma mulher de cabelo escuro e de pequena estatura. Parecia ter entrado na casa dos cinqenta e ostentava uma expresso acentuadamente amarga. Alguns convidados dirigiram-se imediatamente para ela e uma mulher jovem tomou-a pelo brao tentando conduzi-Ia para um sof, mas a convidada recm-chegada recusou. Convenci-me de que devia ser uma amiga ntima ou familiar pelo modo como era recebida (e pelo fato de no ter tocado campainha), mas no conseguia imaginar por que razo algum tinha procurado conduzi-la para um sof. Pouco tempo depois, B., a me do meu amigo, chegou sala e avistou a convidada recm-chegada. B. dirigiu-se para a mulher, exibiu a imitao de um sorriso, e continuou. Apercebi-me de que B. se sentia preocupada com a vinda da convidada, embora a prpria convidada no aparentasse estar muito incomodada por se encontrar ali. Pouco depois soube quem era a convidada chamar-lhe-emos M.

Saber que as duas eram amigas interessou-me, porque B. no havia parecido muito feliz por ter visto M. Mas no foi s isto que achei interessante sobre todo o assunto. Aparentemente, M. estava a morrer de cancro e parecia estranho que a sua amiga se mostrasse fria com ela. Tendo sabido aquilo que M. era para B., e do que que aquela sofria, no era capaz de imaginar por que a sua amiga a acolhia to friamente sempre achei que as pessoas devem estar sempre prontas para ajudar os amigos doentes.

Depois de algum tempo, comecei a esquecer o que se passara com a nova convidada. O meu colega de conjunto encontrava-se mais uma vez livre e comeamos a falar dos mais recentes planos do conjunto. Depois de cerca de uma hora, comecei a sentir-me cansado e sentei-me. Tinha tido um dia muito longo e, quando me sentei, tive a sensao de que entrava num estado de conscincia levemente alterado como resultado da minha leve fadiga. Quando olhei em volta do, aparentemente, ainda mais cheio salo, notei que M. ainda no se havia movido do seu sof. No entanto, por qualquer razo desconhecida, toda a gente se havia afastado dessa parte do salo.

Achei isto estranho e, no meu estado descontrado de leve aborrecimento, deixei que o meu olhar casse sobre ela. O que vi chocou- -me deveras, em grande parte por ser to inesperado. A senhora parecia-se de certo modo com uma aranha humana! Soube que aquilo que estava a ver no era fsico, mas uma viso astral como resultado do meu estado alterado. Depois de o choque inicial se ter desvanecido e de ter visto que ningum estava a olhar para mim, deixei que o meu olhar se fixasse nela mais uma vez. Mais uma vez tive a mesma viso horrvel.

Encontrava-se rodeada de uma aura prpura escuro que emanava atingindo uma distncia de cerca de sessenta centmetros do corpo. Para as extremidades, a aura parecia escurecer, tomando-se quase negra, embora a rea escurecida no me impedisse de ver atravs dela na direo da rea prpura. Da parte escura da aura sobressaam tentculos negros e finos que se moviam na direo dos convidados da festa. Observei, por um perodo que no excedeu os quinze ou vinte segundos, quando ela se voltou e olhou para mim. Sem ter a certeza daquilo que poderia fazer limitei-me a sorrir para ela. Ela devolveu-me o sorriso. Enquanto via os tentculos continuarem a ondular, convenci-me de que ela no tinha a menor idia do que estava a fazer naquele momento. Devo ter parecido confuso porque ouvi o meu amigo chamar-me repetidamente, perguntando-me o que eu tinha.

Voltei-me imediatamente para ele e tentei comportar-me como se nada tivesse acontecido. No entanto, durante todo esse tempo, estava a tentar decidir se deveria dizer-lhe alguma coisa. No era segredo para o meu amigo e para os outros elementos do conjunto que eu me encontrava envolvido em investigao esotrica e experimentao. Nessa altura, dava os retoques finais no meu primeiro livro e tinha convidado os meus amigos para algumas conferncias que tinha dado numa universidade local sobre magia. Mesmo que ele estivesse ao corrente e respeitasse os meus interesses sobre ocultismo, no sabia como lhe havia de explicar aquilo que senti que sabia -que a amiga da sua famlia era um vampiro psquico!

Enquanto ainda estava a tentar decidir o que fazer, B. veio ter comigo para me perguntar como estava a minha namorada. Aproveitei a pergunta para ficar a conversar com ela. Depois de algum tempo, referi casualmente que no me sentia muito confortvel no sof por uma razo que desconhecia. Imediatamente se imobilizou e olhou para mim quase inquisitorialmente. O filho falara-lhe de alguns dos meus interesses e no fiquei surpreendido quando ela me perguntou "se a ajudava a trazer uma coisa do andar de baixo".

Quando chegamos cave, B. contou-me que, na noite imediatamente antes da festa, havia tido aquilo que ela considerou como um pesadelo horrvel estando acordada. Nas primeiras horas da manh (no tinha uma certeza, lembrando-se apenas de que ainda estava escuro), B. acordou descobrindo que no se podia mexer (como possivelmente o leitor j tinha adivinhado). De acordo com o que B. me contou, sentia a cabea "inchar e latejar devido a qualquer tipo de vibrao estranha" e sentia uma impresso no peito como se algum "fizesse presso para baixo na coberta".

Continuou dizendo-me que havia ficado imvel durante alguns segundos, coberta de suor e aterrorizada. Foi ento que, de repente, teve conscincia de um som que se assemelhava ao som grave do vento. Julgando que era o seu marido que se levantava, tentou cham-lo, mas no lhe saiu qualquer som da boca, e o seu marido no se havia mexido. Dentro de alguns segundos o som de vento aumentou e comeou a notar uma luz prpura ondulando sobre ela.

Eu estava extremamente interessado com esta referncia da cor prpura, sentindo que aquilo que tinha experimentado no andar de cima poderia estar relacionado com a experincia que B. me estava a contar. No entanto, permaneci tranqilo, para que ela continuasse.

A luz prpura adquiriu uma forma que B. reconheceu imediatamente. Era uma serpente enrolada em cima do peito dela. Nessa altura, o seu terror era to grande, contou-me ela, que conseguia ouvir o bater do corao e conseguia sentir a dor do grito que no se escapava. A presso no peito aumentou por momentos e a serpente abriu a boca. No momento em que isto se deu, a sua cabea desvaneceu-se e foi substituda por uma esfera negra. Nessa esfera, B. viu nitidamente o rosto de M. No havia qualquer expresso no rosto fantasmagrico e os seus olhos encontravam-se fechados.

Alguns segundos mais tarde, toda a viso se desvaneceu, fazendo com que tambm desaparecessem a presso e o som que B. havia experimentado. O sentimento de terror imediato passou igualmente, mas B. disse que ainda se sentia aterrada quando pensava nisso. Ver M. na festa, fez-lhe regressar o seu medo e, por qualquer razo, no era capaz de afastar "aquilo que deve ter sido um sonho" e de passar algum tempo com a mulher moribunda, como sempre fazia. Na festa, tinha o sentimento de que alguma coisa no estava certa a respeito de M., pelo menos ultimamente.

Nessa altura, contei-lhe algumas das minhas teorias sobre vampirismo psquico e expliquei-lhe aquilo em que acreditava, embora nunca o houvesse provado a mim prprio (isto , at quela noite). No entrarei em pormenores sobre a conversa que tivemos a seguir. B. sentia-se aterrorizada com o que soubera, mas pelo menos sentia-se feliz por saber que M. quase de certeza no tinha conhecimento do seu comportamento vamprico e, se tivesse, de certeza que no o fazia de propsito.

Falamos por um bocado e prometi a B. que, depois de a maioria dos hspedes se ter ido embora, falaramos mais. B. tentou uma atitude mais amigvel com M. e consegui verificar que a mulher doente sentia agrado pelo esforo. Depois da festa, como prometi, B. e eu falamos mais. O meu amigo e o pai estavam ocupados a ver um filme e no prestaram qualquer ateno nossa conversa, pelo que me senti vontade para lhe dizer o que ela devia fazer nessa noite.

B. confessou nunca ter praticado antes nem mesmo a mais simples meditao e estava um tanto hesitante sobre as tcnicas que lhe expliquei. Pareciam-lhe magia, e no tinha a certeza se seria capaz de as executar. Disse-lhe que era magia significando que seria a vontade dela que seria utilizada como base do seu desempenho das tcnicas.

No Captulo 10 deste livro encontrar instrues e medidas preventivas que o leitor pode usar como proteo contra vampiros psquicos. As formas bsicas desses rituais ou tcnicas so o que disse a B. para tentar ela prpria naquela noite, depois de lhe ter dito que no havia nada de diablico em proteger-se com "magia", e que ela poderia fazer com que os rituais atuassem. B. prometeu-me que ia tentar, e pouco depois despedi-me.

No dia seguinte telefonei a B. e perguntei-lhe como tinha dormido. Disse-me que dormira profundamente e agradeceu-me pelas tcnicas mgicas. Expliquei a B. que deveria reforar as suas medidas de proteo de tempos a tempos, porque podia ser que, de qualquer modo, M. no a tivesse ido visitar naquela noite (sabia que as vtimas Hag raramente eram atacadas duas noites seguidas) podendo voltar em breve. O certo que oito dias se passaram e o vampiro no regressou.

B. disse-me que acordou na oitava noite e que sentiu uma presena no quarto; no entanto, no sentiu qualquer terror, ou a presso na cabea e no peito. Pensou que tinha ouvido um bizarro som "eltrico" vindo de um dos cantos do quarto. Verificando que se podia mover, sentou-se e olhou nessa direo. Viu uma luz prpura muito leve, desta vez decomposta em minsculas partculas flutuantes; a imagem durou alguns segundos, desvanecendo-se. Nessa altura, o som tambm desapareceu. Aquela foi a ltima vez que ela foi incomodada noite por um visitante fantasma, fosse de que espcie fosse.

No que diz respeito a M., saiu do estado para se juntar a alguns familiares. Aparentemente, teve uma situao regressiva durante algum tempo, embora no tenha a certeza da sua situao atual, urna vez que B. desde h bastante tempo que deixou de estar em contacto com ela. pena que M. se tenha mudado, porque gostaria de ter tido uma hiptese de a ajudar ou, pelo menos, de ter falado com ela, embora no tenha a certeza daquilo que poderia ter feito por ela. O mais provvel ter continuado a atacar outras vtimas.

Neste captulo e no anterior, apresentei a maioria dos aspectos dos ataques que foram referidos: a formao dos tentculos, os sons ouvidos durante um ataque noturno e a presena de uma certa cor ou forma. O sentimento de inchar a cabea que B. experimentou no vulgarmente descrito nos ataques deste tipo, mas um exemplo das variaes menores dos ataques que as vtimas podem sofrer.

Gostaria de dizer algumas coisas tanto sobre a cor como sobre a forma que B. viu naquela noite. Neste caso, pode ser apresentada uma boa tese sobre a razo pela qual a apario no quarto de B. era prpura. Conforme foi demonstrado pela minha prpria experincia, a aura ou campo de energia de M. era prpura, tomando fcil ser aceite que o prpura seria a cor psiquicamente vista por algum se o corpo astral de M. entrasse no quarto. Mas compreender por que o vampiro tomou a forma de uma serpente toma-se mais difcil.

Podemos chegar a uma interpretao analisando as crenas religiosas de B. Como crist praticante, a sua cosmologia pessoal inclui a existncia do demnio, a serpente do Velho Testamento. Talvez o perigo espiritual iminente se traduzisse numa forma simblica que ela compreendesse como qualquer coisa perigosa para a sua psique.

Isto conclui praticamente a nossa observao de ataques de vampiros psquicos no intencionais. Uma vez que esses vampiros so sempre pessoas vivas, no tivemos qualquer necessidade de mergulhar em anlises do "terror do alm". A natureza dos vampiros psquicos intencionais, descrita no captulo seguinte, ir obrigar-nos a examinar o conceito de imortalidade espiritual -incluindo as suas variadas formas e o "preo" de cada uma.

9

VAMPIROS PSQUICOS INTENCIONAIS

Estas so as criaturas mais sinistras. Embora comecem como humanos, depois da morte dos seus corpos mortais, os vampiros psquicos intencionais podem tornar-se monstros, no verdadeiro sentido da palavra. Como os vampiros de fico, os vampiros psquicos intencionais tambm passam por uma transformao que lhes garante "vida" eterna. No entanto, essa imortalidade no experimentada numa forma material. Alm disso, enquanto os mortos-vivos da fico so muitas vezes criados contra a sua vontade, os vampiros psquicos de que aqui falamos escolhem livremente tornar-se aquilo que so.

Como que tais vampiros se transformam, e por que o fazem? Qual poderia ser possivelmente o seu benefcio em existirem para sempre entre os habitantes fsicos da terra como espritos vampricos no fsicos?

Aparentemente, os vampiros psquicos intencionais julgam que existe um grande poder pessoal em serem capazes de sobreviver a partir da energia dos outros. Alguns deles chegam a congregar-se em certas ocasies, razo pela qual h grupos organizados de pessoas com a meta da perfeio do vampirismo psquico. Alguns indivduos, que se dedicam prtica de vampirizar os outros, tm conscincia da transformao que um dia possam vir a sofrer; na realidade, a transformao num vampiro astral motivao para muitos deles.

Outros vampiros psquicos praticam apenas com base no aqui e agora. Querem apenas ser capazes de tornar os outros mais fracos enquanto eles ficam mais fortes durante o perodo em que se encontram vivos. Na maioria das vezes, no pensam na vida do Alm e no consideram o que acontecer depois da morte em termos do desenvolvi- mento dos seus corpos astrais. No entanto, o fato de que no planeiam andar por a depois de os seus coraes terem cessado de bater, no significa que deixaro de ser vampiros psquicos depois de morrerem.

A anlise que segue aborda tpicos acerca dos quais qualquer pessoa religiosa do mundo tem uma opinio muito definida. No entanto, a minha inteno em abordar este assunto no a de apresentar ou deixar de concordar com qualquer convico religiosa. Analisaremos a questo da vida aps a morte numa base assente exclusivamente numa perspectiva das cincias ocultas, aceitando que existe qual- quer coisa depois da morte do corpo. Embora possa ser um estado glorioso do ser para o qual nos encontramos todos destinados, no especularemos sobre o modo como essa existncia poder ser, ou que divindades possam estar a presentes. Como muitas teorias do oculto, aquilo que ir ler a seguir foi construdo a partir de muitas fontes. Neste caso, parte do trabalho do ocultista Dion Fortune desempenhou um papel de capital importncia (ver a Bibliografia).

De modo anlogo ao que se verifica noutros captulos deste livro, o que ir ler no pode ser completamente provado. No entanto, quando as idias do oculto apresentadas a seguir (e no resto do livro) so estudadas luz dos fatos do caso descrito mais adiante, parecem ser plausveis.

A segunda morte

Muitos ocultistas, tanto do passado como do presente, aceitam que dentro do corpo fsico existem pelo menos dois outros corpos subtis: o corpo astral, que podemos conscientemente penetrar e no qual podemos viajar; e o corpo mental ou alma, que a nossa verdadeira conscincia ou ser. Estes recipientes subtis no morrem com o corpo fsico, uma vez que no so mantidos apenas por meios fsicos.

Quando uma pessoa morre, o seu corpo astral libertado, contendo dentro dele a alma. A separao desses corpos da carapaa fsica completa nessa altura, o que quer dizer que, quando partem, levam com eles toda a energia psquica que rodeia o corpo agora sem vida. Afinal de contas, essa energia foi usada apenas pelo corpo astral e, naturalmente, abandona o corpo, usando o recipiente a que d "poder".

Os corpos subtis que acabaram de ser libertados podem existir nessa forma de flutuao livre por um perodo de tempo determinado por um nico fator o tempo durante o qual o campo de energia psquica que rodeia o corpo astral pode permanecer intacto para manter a forma viva. Sem a ajuda dos processos qumicos da vida que fazem com que o corpo astral possa gerar nova fora vital (conforme analisado no ltimo captulo), o corpo astral usar eventualmente o campo de energia que o rodeia, procurando manter-se em ao (muitos ocultistas acreditam que isto possa acontecer to rapidamente como vinte e quatro horas aps a morte fsica). Uma vez consumido o campo de fora vital, o corpo astral experimentar aquilo que conhecido por "segunda morte".

Quando ocorre a segunda morte, o corpo astral dissipa-se e a alma ou corpo mental que o animava encontra-se livre para partir para a vida do Alm. Dependendo do tipo de vida que a alma tenha levado, nem sempre ser agradvel ver o que se encontra adiante. Este um outro exemplo do que atrs foi referido. Se uma pessoa pratica ms aes durante a sua vida, tais como vampirizar a fora vital de outros, ento o mais provvel que venha a atrair uma energia diablica ou que seja atrada para uma regio onde esta exista. Por outras palavras, uma alma diablica sentir provavelmente que a espera um futuro sombrio.

Considerando isto antes da segunda morte, a alma, ainda dentro do corpo astral, "sente" de certo modo uma fraqueza que se aproxima. Quer seja pelo receio daquilo que a vida posterior possa conter, ou simplesmente pelo medo de "morrer" de novo, a alma pode decidir manter vivo o seu corpo astral. Um vampiro psquico intencional que se tenha treinado para a vida eterna como um esprito, saberia provavelmente como manter o seu corpo astral vivo, mas uma pessoa que tenha praticado ativamente para ser um vampiro pode vir a concluir sobre o que pode ser feito apenas na altura da segunda morte. Alm disso, em qualquer dos casos, possvel que a alma venha a decidir "alimentar" o seu corpo astral, mantendo-o vivo e ligado terra. Apesar de tudo, a terra familiar, e a alma sentir-se- a mais confortvel, a salvo da escurido desconhecida.

A forma como um tal vampiro poderia manter o seu corpo astral vivo simples. Mesmo que nunca se tenha alimentado de ningum sob forma astral quando se encontrava vivo, pelo menos sabe qual o procedimento (refiro-me aos ataques noturnos que j foram abordados). O corpo astral do falecido teria simplesmente que visitar a vtima noite, roubar alguma energia e partir. Mas "para onde" que o corpo astral iria quando tivesse terminado a sua alimentao noturna?

Parece provvel que, devido ligao emptica que uma alma sentiria com o corpo do seu hospedeiro anterior, o corpo astral se sentisse normalmente atrado a passar as horas em que no se alimentasse (na maioria dos casos, as horas do dia), no seu cadver. Se fosse esse o caso, ento a fora vital residual rodeando a forma astral faria com que o corpo fsico permanecesse de certo modo intacto, o que poderia explicar vrios casos de vampirismo do folclore. Talvez, como no caso de B. referido no ltimo captulo, as vtimas de tais vampiros psquicos pudessem ver os rostos dos seus assaltantes, fazendo com que os seus corpos fossem exumados. Como veremos mais adiante, os vampiros psquicos poderiam fazer com que aparecessem marcas de "mordidelas" nas suas vtimas, o que toma possvel que as pessoas pudessem tomar um ataque desse gnero por um outro em que houvesse sangue. Afinal de contas, os nossos antepassados no tinham meios para saberem se uma vtima de vampirismo que parecesse fraca tinha de fato perdido sangue, e no apenas energia psquica.

Parece que um vampiro poder ser capaz de manter para sempre esta forma de alimentao. Considerando o que sabemos sobre a natureza eterna da energia, no existe qualquer motivo para que os processos de alimentao de energia possam um dia vir a deixar de atuar. Enquanto o corpo astral de um vampiro absorver fora vital, dever permanecer intacto e, quase de certeza, poder tomar-se mais tangvel com o decorrer do tempo. Manifestaes de aparies poderiam ser pouco mais do que breves vises de tais espritos vampiros ligados terra.

Embora a alma na sua forma astral se esteja a escapar do desconhecido que poder encontrar-se sua frente, que tipo de "imortalidade" est ela a experimentar? Existem inmeras histrias de horror e de fico cientfica falando de pessoas que no podem interagir com outras algum que, por qualquer razo, invisvel e apenas pode observar os outros a gozarem a vida. Isto poderia levar loucura, possivelmente mesmo no caso de uma inteligncia que deixou de ter uma mente fsica. Poderiam tais vampiros enfurecidos, que se tomaram cada vez mais fortes ao longo dos anos de uma existncia astral e de se alimentarem, ser responsveis pelas "pragas" de vampiros de alguns anos atrs? Provavelmente no, porque no existe qualquer razo para que tais casos tambm no se passem nos nossos dias. Mas a possibilidade de um vampiro psquico privado de vida fsica se tomar extremamente violento devido sua condio no parece to remota como isso (veremos mais adiante, neste captulo o caso de um vampiro psquico violento).

E a respeito das vtimas? O que se passaria se um vampiro psquico tivesse que tirar uma vida? No folclore, acredita-se freqentemente que, quem quer que tenha sido morto por um vampiro bebedor de sangue, tambm se tomar vampiro. Ser que o mesmo tambm se passa no caso daqueles que morrem por perda de energia?

Antes de mais, convm esclarecer que no conheo qualquer caso em que possa ser provado que uma pessoa foi morta por um vampiro psquico. Por outras palavras, nunca encontrei um caso em que uma pessoa fosse uma vtima freqente de vampirismo e morresse como resultado disso (se uma pessoa tivesse sido atacada apenas uma vez e morresse, como poderamos vir a saber?). No entanto, isto no quer dizer que nunca tenha acontecido. A investigao de um caso autntico deste tipo difcil porque, mesmo que uma morte tivesse ocorrido devido a vampirismo psquico, seria mais provvel que parecesse ter ocorrido como resultado de causas naturais.

A teoria de que as vtimas de vampirismo psquico possam elas prprias tornar-se vampiros psquicos tem "permanecido em suspenso" durante anos. Entre os defensores da teoria encontra-se Dion Fortune, que teve muito a dizer sobre vampiros psquicos e ataques, mas aceitar a teoria conforme se apresenta no parece razovel. Comparando-a com algumas das outras teorias discutidas neste livro, no h dvida de que a idia no se agenta. Se as outras teorias que analisamos anteriormente so aceites (parece no serem carretas quando so aplicadas no caso de vampirismo psquico), ento, se a vtima de um vampiro psquico tambm se torna um vampiro, o mais provvel que tudo dependa da causa da morte fsica.

Se uma pessoa que freqentemente atacada no morre de perda de energia mas de um modo qualquer acidental, ento encontrar-se- - numa condio astral mais ou menos saudvel. Conforme foi dito anteriormente, o corpo fsico de uma vtima pode regenerar a maior parte da energia perdida, muitas vezes em tal quantidade que a vtima apenas se apercebe da perda como sendo um pesadelo que tenha tido. Se a vtima morresse em tal estado, parece plausvel que se seguisse o processo natural de morte astral e de libertao. No existe qualquer razo que levasse o corpo astral a "caar" para obter vitalidade. Dada a rpida regenerao da fora vital numa vtima anteriormente saudvel, a morte de uma tal pessoa poderia ser encarada como a morte de uma pessoa que tinha uma quantidade normal de fora vital dentro do seu corpo.

No entanto, alguns ocultistas no concordam com esta idia e defendem a idia de que as vtimas se tornam vampiros psquicos mesmo antes da morte. A razo que se encontra por detrs desta idia a de que algum a quem um vampiro psquico retira a energia se torna numa "esponja" psquica. A razo pela qual isto aconteceria no pode ser explicada, porque uma pessoa saudvel poderia facilmente regenerar a fora vital perdida. Seria mais difcil para um corpo astral tentar tomar energia de uma outra pessoa qualquer. Vimos anteriormente neste livro o modo como os corpos astrais progridem nos seus nveis de desenvolvimento para alimentao. No natural e torna-se difcil para um corpo astral enfraquecido procurar o seu prprio sustento "noutro lugar", mas dificilmente se torna complicado para um corpo saudvel gerar simplesmente a sua prpria energia psquica.

E os que morrem por perda de energia? Quando tal acontece, tudo muda. Em tais casos, parece plausvel que a teoria da vtima que se torna em vampiro tenha bases. Porqu? Porque, se uma pessoa morrer por no ter quase nenhuma energia no seu corpo, ento o nico processo de voltar a adquirir energia seria atravs do vampirismo -o corpo morto deixaria de a poder produzir. Consideremos que o corpo astral de uma pessoa que morreu por perda de energia se encontrava em estado de choque. Em muitos casos, o corpo astral libertado poderia simplesmente dissipar-se como numa morte normal (embora esta decomposio pudesse de certo modo ser acelerada). Por vezes poderia tentar recuperar da sua condio de enfraquecimento.

O corpo astral de algum que se encontra morto no necessita de aprender como se movimentar livremente para caar o seu sustento. Parece provvel que, momentos depois da morte, a forma astral possa ser atrada "magneticamente" para uma fonte de energia de que necessite. Uma pessoa a dormir nas redondezas seria um alvo perfeito e, se a vtima original morre durante um ataque noturno, a maioria das pessoas na rea tambm podem estar a dormir. Isto significa que o corpo astral liberto no teria grande dificuldade em encontrar uma vtima relativamente indefesa.

No se sabe ao certo se o corpo astral pode alimentar-se instintivamente. Talvez o mecanismo de autodefesa que faz com que uma pessoa doente se alimente de outros atue igualmente nestas circunstncias, mas a um nvel mais elevado. Afinal de contas, o corpo astral estaria no ponto da segunda morte imediatamente aps a morte fsica. No existiria qualquer dissipao natural do corpo astral, mas um dficit instantneo de energia que a forma fantasma pudesse sentir a necessidade de corrigir. Se o corpo astral vier a habituar-se a alimentar-se dos outros, provvel que permanea como vampiro psquico, aumentando de fora e procurando conscientemente manter a sua sinistra existncia. Alm disso, mesmo que um tal vampiro viesse a ser considerado como criado no intencionalmente, a conscincia da natureza que em si se desenvolveria com o tempo faz com que consideremos um vampiro psquico intencional.

Como pode ver, os vampiros psquicos podero andar por a h muito tempo, porque a sua atividade no se encontra dependente da sobrevivncia da sua carne. O momento da morte fsica, para um vampiro psquico intencional ou para algum com o potencial de se tomar num, apenas o incio do estado de vampirismo mais ativo da criatura. Se as teorias sobre a segunda morte e o modo de a evitar forem corretas, este estdio pode durar por um longo tempo.

Para mostrar o que os vampiros intencionais so capazes de fazer, observaremos agora um caso de vampirismo que, a ser verdadeiro, pode facilmente ser atribudo a este tipo de criatura. Atravs da anlise dos fatos deste caso, deveramos ser capazes de identificar mais facilmente os traos subtis dos vampiros. Os vampiros apresentados nas pginas que se seguem parece terem conseguido escapar s suas segundas mortes. Podero andar ainda por a...

A casa do vampiro

Este incidente ocorreu na Primavera de 1994, apenas alguns meses depois do meu xito na ajuda a B., em relao ao seu caso de ataque vamprico. Tal como aconteceu naquele incidente, no me encontrava especificamente a investigar qualquer relato de vampirismo. No entanto, a zona onde ouvi pela primeira vez falar deste caso era a mais apropriada para este gnero de assunto.

Encontrava-me numa feira psquica na minha rea e, durante a noite, conversei com vrias pessoas sobre o "mundo invisvel". Muitas das conversas tinham a ver com o livro em que me encontrava a trabalhar nessa altura (Summoning Spirits ["Chamamento de Espritos"]). Algumas horas depois, quando me encontrava s, um homem que parecia ter cerca de trinta anos aproximou-se de mim e apresentou-se. Chamar-lhe-emos S.

Conforme vim a saber por ele, estivera a ouvir-me falar sobre a natureza das entidades e esperara uma oportunidade para ter uma conversa comigo em particular. Afirmava ter um problema srio e queria saber se o poderia ajudar. Disse-lhe que ouviria o que ele tinha para me dizer e mostrei sinceramente o meu interesse. Parecia encontrar-se realmente perturbado, e sentia-me curioso em saber como que a minha conversa sobre a natureza das entidades o teria feito pensar no seu problema.

Depois de termos concordado em ir para o trio exterior do edifcio, S. comeou o seu relato. Disse que, nos ltimos trs meses, vivera sozinho numa nova casa. Poucos dias depois de se ter mudado para l, comeou a ter a impresso de que havia qualquer coisa de "errado" naquele lugar. Disse que, nessa altura, no tinha considerado a casa "assombrada", mas antes "carregada". Fizesse ele o que fizesse, no conseguia libertar-se da sensao de que a casa no era um bom lugar para se estar. Ficara muitas vezes com os cabelos em p ao entrar em certos compartimentos e sentia, por vezes, que caminhava por entre teias de aranha, embora no pudesse ver nenhuma.

Inicialmente, atribuiu as sensaes de formigueiro que o invadiam a uma questo de imaginao. A casa, que conseguira por "um preo simptico", estivera abandonada durante vrios anos, pelo que pensou que todos os filmes de terror que vira ao longo dos anos o estavam a influenciar. No ouviu qualquer voz nem viu fantasmas, pelo que tentou ignorar as suas impresses durante as primeiras semanas.

Nessa altura, comeou a notar que comeava a sentir-se cansado demasiadas vezes quando estava em casa. No entanto, no conseguia chegar a qualquer concluso lgica, como, por exemplo, o fato de, para alm das ocasionais estranhas sensaes, ter uma vontade permanente de descansar. Pensando que se passava qualquer coisa de errado com ele, foi consultar o seu mdico, que no conseguiu encontrar nada de errado sob um ponto de vista fsico. O mdico ps a hiptese de que talvez S. estivesse a trabalhar demasiado, mas S. contou-me que pouco antes de se ter mudado para a casa fora promovido a uma posio em que era mais um supervisor do que um executante. Isto queria dizer que tinha na sua vida menos preocupaes, relacionadas com o trabalho do que alguma vez tivera.

No quis apresentar quaisquer sugestes naquela altura, embora tivesse um sentimento do ponto a que amos chegar. Como disse, havia poucos meses que tinha ajudado B., pelo que os acontecimentos desse caso e as impresses com que ficara dele ainda se encontravam frescas na minha mente. No queria que esse caso influenciasse o relato de S., pelo que me mantive calado. Pensei que ele era de certo' modo vtima de ataques diurnos de vampirismo psquico e, considerando o que me disse a seguir, quase de certeza que era verdade.

As minhas suspeitas foram confirmadas quando S. me contou uma experincia que estava a ter regularmente cerca de duas vezes por semana, mas nunca duas noites seguidas -naquilo que ele considerava as horas da madrugada (sem qualquer surpresa da minha parte, disse-me que se passava muitas vezes antes das cinco horas da manh). Nessas ocasies acordava num estado de absoluto pavor e verificava que se sentia incapaz de se mover. (Algo que j lhe deve parecer familiar!)

Depois de estar acordado durante alguns momentos, S. notava que no se encontrava s. Vrias formas escuras calcula que seis ou sete rodeavam a sua cama. Disse que no era capaz de distinguir quaisquer feies nos intrusos espectrais, conseguindo apenas verificar que possuam formas antropomrficas (por exemplo, pelas suas silhuetas pareciam humanides). Por um espao de tempo que parecia durar horas, embora provavelmente s fosse de alguns minutos, S. permanecia na cama, paralisado e aterrorizado, enquanto as figuras se mantinham calmamente nas suas posies.

Ento, depois da aparentemente longa espera, o nvel de terror de S. aumentava com o que acontecia em seguida. Olhando para a janela do seu quarto notava o aparecimento de uma luz de um prpura escuro. O brilho espalhava-se pelo quarto, aparentemente por algumas dezenas de centmetros, formando uma semiesfera, com a parte plana contra a janela e a sua "corcunda" voltada para o quarto.

Nessa altura, S. teria ouvido sons vindos da zona da janela. Disse-me que se assemelhavam ao rudo feito se a janela tivesse sido aberta, mas no para o lado de fora. Disse que "os ecos e sons de restolhar" vindos dessa parte do quarto faziam com que se sentisse freqentemente apavorado, pensando de onde poderiam vir -no podiam vir de qualquer ponto "prximo". Mais uma vez, eu no quis fazer sugestes e alterar a sua histria, pelo que no fiz qualquer comentrio a respeito das suas suspeitas bvias de que tivesse sido rasgada qualquer espcie de parede entre mundos.

Finalmente, depois de toda esta espera, a experincia atingia o seu clmax. S. notava uma figura maior, embora ainda vagamente humanide, aparecer na luz prpura. Esta figura maior movimentava-se, dirigindo-se lentamente para a cama. Depois de outro aparentemente interminvel perodo de espera, a figura chegava junto da cama e as outras moviam-se para mais perto, como se procurassem obter uma melhor viso. A figura maior debruava-se sobre S. e a sua forma alargava-se ao ponto de se parecer com um cobertor gigantesco de escurido. Nessa altura S. notava os seus olhos vermelhos.

Mesmo que parecesse que o fantasma se encontrava a meio metro de S. quando se encontrava mais prximo, S. comeava a sentir "um peso muito acentuado que parecia esmagar-lhe o peito", enquanto a figura se encontrava debruada sobre ele. Acompanhando esta sensao, parecia-lhe que os sons que inicialmente pensava virem da janela lhe tinham entrado na cabea. S. afirmava que o rugido na sua cabea, combinado com a presso no peito, lhe davam vontade de gritar de agonia, mas no conseguia. Nada mais podia fazer do que permanecer num terror mudo e paralisado.

A presso aumentava e os sons cresciam em volume at que ambos atingiam nveis que S. se convenceu serem o mximo que o seu corpo poderia suportar. Ento, ambos aumentavam ainda mais de intensidade e S. estava a pontos de perder a conscincia, notando nessa altura que as figuras se aproximavam ainda mais. Nessa altura, desmaiava, acordando mais tarde, por vezes antes do nascer do sol, para verificar que o seu quarto se encontrava vazio e que as sensaes haviam desaparecido. No entanto, sentia-se muito fraco e, em alguns dos dias, quando tinha de ir para o trabalho depois de uma experincia destas, dava parte de doente ou gozava um dos seus dias de frias.

aqui que termina o primeiro relato de S., mas no a sua histria completa. Quando acabou de falar, tentei explicar-lhe que tipo de ser estava quase de certeza a incomod-lo. No queria alarm-lo, mas a sua histria continha elementos graves e fora do comum, que seriam quase de certeza muito perigosos para ele. Primeiro, sentia-me chocado ao ver como era atacado freqentes vezes e por tantas entidades vampricas. Aquilo que na realidade me fez preocupar a respeito do seu bem-estar foi a aparente intensidade dos ataques. Nunca lera ou ouvira um caso em que a vtima desmaiasse e se sentisse incapaz de funcionar no dia seguinte. Evidentemente, sentia pena do que lhe acontecia -imagine ter que suportar este tipo de experincia duas vezes por semana!

Durante todo o tempo em que S. me falava das suas experincias, podia ver uma aflio genuna no seu rosto e na sua atitude. Nessa noite no havia falado a ningum na feira sobre vampiros psquicos, pelo que sabia que S. no tinha qualquer razo bvia para se divertir minha custa e, porque tinha uma impresso geral de que ele me estava a dizer a verdade, isso fez com que lhe pedisse o nmero de telefone e fiz planos para investigar o caso posteriormente. No s a informao que estava a coligir era de relevncia direita para a minha investigao em curso mas, como disse, sentia-me de fato mal pela sua situao e desejava poder ajud-lo.

Antes de nos termos separado na feira psquica, decidi fazer mais do que lhe explicar de que maneira as entidades o atacavam noite. Pedi-lhe para experimentar uma contramedida simples de proteo (uma das que havia mostrado a B.) na altura em que ele ia para casa. Depois de alguns minutos de explicao, pareceu compreender o que tinha a fazer e separamo-nos concordando em que eu lhe telefonaria cedo no dia seguinte, antes de partir para o trabalho.

Nessa noite pensei muito. Mesmo que alguns elementos do seu relato no estivessem de acordo com outros relatos de tipos individuais de ataques psquicos, ao olhar para eles em conjunto, os elementos comeavam a fazer sentido. Constru a minha prpria teoria sobre o que estava provavelmente a acontecer na casa de S. O leitor pode decidir por si se est ou no de acordo, baseando-se no que aconteceu em seguida.

Inicialmente, no tinha a certeza da razo pela qual S. havia de sentir qualquer tipo de campo de energia na sua casa. Quando mencionou a sensao de caminhar por entre teias de aranha, comecei a ver que isso poderia indicar qualquer tipo de presena paranormal. Em muitos casos de assombraes, e mesmo durante sesses controladas ou canalizadas, uma sensao de teia de aranha indica que qualquer coisa invisvel se encontra prxima. (No aprofundaremos mais esta questo neste trabalho mas, aqueles que estiverem interessados, podem encontrar em alguma investigao sobre o oculto vrios exemplos para apoiar este fato.)

Considerei ent