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5/21/2018 VariedadesLingusticas(1)-slidepdf.com http://slidepdf.com/reader/full/variedades-linguisticas-1 1/41 Língua Portuguesa Professora Leisane Mandel Mortean

Variedades Linguísticas (1)

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  • Lngua PortuguesaProfessora Leisane Mandel Mortean

  • PRESIDENTE LULAComo um nordestino que fala erradopde chegar Presidncia da Repblica?

  • Lula e a comunicao(.....) A entra a melhor face da capacidade de comunicao do Lula. Ele sabe usar uma linguagem que as pessoas conseguem entender, por mais incultas que sejam. Lula conta histrias, lana mo de metforas, brinca, compara assuntos econmicos com futebol. Tudo com uma simplicidade que entra na cabea dos eleitores e vai direto ao corao. Quando fala para empresrios ou investidores estrangeiros, embora o discurso mantenha a mesma leveza, a mensagem se reveste de dados econmicos e financeiros que mostram o bom desempenho do pas. Isto , um discurso na medida certa para cada tipo de ouvinte. Parodiando o prprio Lula - nunca antes na histria desse pas apareceu um poltico que soubesse usar to bem a comunicao a seu favor como ele. A anlise simples e direta, Lula sabe como ajustar o discurso de acordo com o perfil, a caracterstica e as aspiraes dos ouvintes. D para aprender oratria com ele. Se ns soubermos usar a comunicao apropriada para os diferentes tipos de ouvintes, com a competncia demonstrada pelo Lula, o resultado das nossas aes ser muito melhor e mais eficiente. Portanto, essa a lio de casa: aprender a falar bem como o Lula. Mesmo que voc no goste muito dele. No sou eu que estou dizendo, so seus prprios opositores.

    ( Reinaldo Polito - Mestre em Cincias da Comunicao, Palestrante, Professor de Expresso Verbal e Escritor. Escreveu 15 livros com mais de um milho de exemplares vendido

  • Variaes lingusticas:Nveis diferentes da linguagem adaptados a situaes especficas.

  • Variaes lingusticas As lnguas tm formas variveis porque as sociedades so divididas em grupos: h os mais jovens e os mais velhos, os que habitam uma regio ou outra, os que tm esta ou aquela profisso, os que so de uma ou de outra classe social e assim por diante.

  • Variantes lingusticasAs variaes lingusticas so consequncia lgica e natural da evoluo da lngua.

    No sculo XIX, os escritores escreviam de acordo com regras que acabaram sendo impostas como modelos, como um ideal de lngua que nem todos conseguem atingir.

  • Preconceito lingusticoTodas as variedades constituem sistemas lingusticos perfeitamente adequados para a expresso comunicativa e cognitiva dos falantes. O preconceito lingustico uma forma de discriminao que deve ser enfaticamente combatida.

  • Ento.....

    Por que estudar Portugus?Por que aprender o padro formal?

  • Para ter acesso cidadania, para podermos ter acesso informao que hoje elitizada para termos liberdade de escolha. A sociedade cobra dos indivduos a lngua culta.

  • Mais importante que usar sempre o portugus dito correto, saber escolher a variedade lingustica adequada para cada situao

  • A vida no me chegava pelos jornais nempelos livrosVinha da boca do povo na lngua errada dopovoLngua certa do povoPorque ele que fala gostoso o portugusdo BrasilAo passo que nsO que fazemos macaquearA sintaxe lusada.(Evocao do Recife. Manuel Bandeira)

  • Lingua escrita e lngua falada

  • VARIAES LINGUSTICAS

    DA ESCRITA DA FALA

    Literria Oratria Formal Formal Informal Coloquial

  • Variaes da falaVariao coloquial: * No h tanta preocupao com a norma padro; * Frases curtas, de estrutura sinttica simples; * Uso de grias e expresses populares; * Simplicidade vocabular repertrio pequeno; * Reduo e simplificao fonolgica de vocbulos; * Presena rara de nexos subordinativos; * Uso de gestos, expresso corporal e facial.

  • Exemplos de variao coloquialOnde que tu vai, moo? No te falei que melhor tu esper aqui? Ela vai voltar, se aguenta a.... Essa juventude de hoje tudo apressado, quer tudo na hora. Espera que a moa j vem.

  • Voc sabe que eu te amo.Ele t mais pra l do que pra c

  • Uso de r pelo l em final de slaba e nos grupos consonantais: pranta/planta; broco/bloco.

  • Alternncia de lh e i: mui/mulher; vio/velho.

    Tendncia a tornar paroxtonas as palavras proparoxtonas: arve/rvore;

    Reduo dos ditongos: caxa/caixa; pexe/peixe.

  • Simplificao da concordncia: as menina/as meninas.

    Ausncia de concordncia verbal quando o sujeito vem depois do verbo: Chegou duas moas.

    Uso do pronome pessoal tnico em funo de objeto (e no s de sujeito): Ns pegamos ele na hora.

  • Assimilao do ndo em no( falano/falando) ou do mb em m (tamm/tambm).

    Desnasalizao das vogais postnicas: home/homem.Reduo do e ou o tonos: ovu/ovo; bebi/bebe.

  • Reduo do r do infinitivo ou de substantivos em or: am/amar; am/amor.

    Simplificao da conjugao verbal: eu amo, voc ama, ns ama, eles ama.

  • Variaes da falaCaracterstica da variao formal oral:

    Frases mais extensas, de estruturao sinttica mais complexa em comparao com o coloquial; Ausncia de grias e de expresses populares; Seleo vocabular mais apurada o repertrio utilizado mais vasto que no discurso coloquial; No so frequentes a reduo e a simplicao fonolgica de vocbulos.

  • Caros senhores, estamos reunidos aqui para uma discusso muito importante. Na semana passada, fomos surpreendidos pela deciso do conselho de demitir trs funcionrios deste setor. Diante das causas apresentadas, no podemos aceitar tal determinao.

  • Variaes da falaCaracterstica da variao oratria oral:

    Frases de estruturao sinttica rebuscada; Seleo vocabular ainda mais acurada - o repertrio utilizado mais vasto que no discurso formal.

  • Variaes da escritaCaracterstica da variao informal escrita:

    Preocupao maior com a mensagem e menor com a gramtica normativa;Construes sintticas simples; seleo vocabular simplificada; pouco uso de nexos coesivos;Permisso de uso de expresses coloquiais Pontuao aleatria, uso principalmente do ponto.

  • Exemplo de escrita informalMame,No venho dormir hoje em casa. Deixei comida pronta na geladeira. O papai ligou, deve chegar mais tarde hoje. Beijos.

  • Exemplo de escrita informal

    Flamengo bota pra quebrar e detona Vasco na Semi-final.

  • Variaes da escritaCaractersticas da variao formal escrita:

    Preocupao tanto com a mensagem quanto com a gramtica normativa; Construes sintticas mais rebuscadas que no informal; Ampla seleo vocabular; Preocupao com nexos coesivos;Pouco uso de expresses coloquiais;Pontuao a favor da compreenso do texto uso do ponto, da vrgula, dos travesses etc.

  • Variaes da escritaCaractersticas da variao literria escrita:Escrita segundo a gramtica normativa; Construes sintticas ainda mais rebuscadas que no formal; Ampla seleo vocabular;Nexos coesivos usados em abundncia;Ausncia de expresses coloquiais.

  • OUTRAS VARIANTES

  • Variaes lingusticas e o vestibular Os exerccios abordam as diferenas lingusticas de diversas formas: pedindo para o candidato verificar onde est aplicada a linguagem coloquial; identificar marcas de coloquialidade nos textos; responder o nome correto da variedade lingustica usada em determinada expresso e transformar um trecho de linguagem oral na norma culta.

  • Variaes lingusticas e o vestibular Pode-se tambm pedir que sejamos capazes de identificar exatamente qual a variao gramatical que o texto apresenta em relao norma culta. Essas variaes normalmente aparecem no mbito do lxico, da concordncia, da regncia, do uso de pronomes pessoais e da conjugao verbal.

  • Que importa que uns falem moleDescansadoQue os cariocas arranhem os erres na gargantaQue os capixabas escancarem As vogais?Que tem quinhentos ris meridionalVira tostes do Rio pro Norte?Juntos formamos este assombrosoDe misrias e grandezas,Brasil, nome de vegetal ... Mrio de Andrade

  • Variantes RegionaisSotaques e expresses tpicas de cada regio do pas.

    penal - estojo vina salsicha farol - sinaleiro carteira - carta

  • Variantes de poca telephone escriptorio

    seco

  • ANTIGAMENTE, as moas chamavam-se mademoiselles e eram todas mimosas e muito prendadas. No faziam anos: completavam primaveras, em geral dezoito. Os janotas, mesmo no sendo rapages, faziam-lhes p-de-alferes, arrastando a asa, mas ficavam longos meses debaixo do balaio. E se levavam tbua, o remdio era tirar o cavalo da chuva e ir pregar em outra freguesia. As pessoas, quando corriam, antigamente, era para tirar o pai da forca e no caam de cavalo magro.....(Carlos Drummond de Andrade)

  • E tudo mudou... O rouge virou blush O p-de-arroz virou p-compacto O brilho virou gloss O rmel virou mscara incolor A Lycra virou stretch Anabela virou plataforma O corpete virou porta-seios Que virou suti Que virou lib Que virou silicone A peruca virou aplique, interlace, megahair, alongamento A escova virou chapinha "Problemas de moa" viraram TPM Confete virou MM A crise de nervos virou estresse A chita virou viscose. A purpurina virou gliter A brilhantina virou mousse Os halteres viraram bomba A ergomtrica virou spinning A tanga virou fio dental E o fio dental virou anti-sptico bucal Ningum mais v...

  • Ping-Pong virou Babaloo O a-la-carte virou self-service A tristeza, depresso O espaguete virou Miojo pronto A paquera virou pegao A gafieira virou dana de salo O que era praa virou shopping A areia virou ringue A caneta virou teclado O long play virou CD A fita de vdeo DVD O CD j MP3 um filho onde ramos seis O lbum de fotos agora mostrado por email (.............) O namoro agora virtual A cantada virou torpedo E do "no" no se tem medo O break virou street

    A AIDS virou gripe A bala antes encontrada agora perdida A violncia est coisa maldita! A maconha calmante O professor agora o facilitador As lies j no importam mais A guerra superou a paz E a sociedade ficou incapaz... ... De tudo.

  • Enem 2007Antigamente Acontecia do indivduo apanhar constipao; ficando perrenge, mandava o prprio chamar o doutor e depois ir botica para aviar a receita, de cpsulas ou plulas fedorentas. Doena nefasta era a phtsica, feia era o glico. Antigamente, os sobrados tinham assombraes, os meninos, lombrigas. (...) Carlos Drummond de Andrade. Poesia completa e prosa. Rio de Janeiro: Companhia Jos Aguilar, p. 1.184.

    O texto acima est escrito em linguagem de uma poca passada. Observe uma outra verso, em linguagem atual. Atual

    Acontecia do indivduo apanhar um resfriado; ficando mal, mandava o prprio chamar o doutor e, depois, ir farmcia para aviar a receita, de cpsulas ou plulas fedorentas. Doena nefasta era a tuberculose, feia era a sfilis. Antigamente, os sobrados tinham assombraes, os meninos, vermes.(...)

    Comparando-se esses dois textos, verifica-se que, na segunda verso, houve mudanas relativas a a) vocabulrio. b) construes sintticas. c) pontuao. d) fontica. e) regncia verbal

  • Variaes sociaisnorma popularnorma culta

    Ns somos em cinco e uma de criao, seis hmi, quatro mui, comigo,n.ento nis ia tac pedra nos namorado...

    A paz e a guerra so dados que aparentemente sempre se verificam na experincia histrica. No entanto ns estamos diante de uma situao indita em que, ....

  • UVF - MG ( ...) Suponha um aluno dirigindo-se ao colega de classe nestes termos: Venho respeitosamente solicitar-lhe se digne emprestar-me o livro. A atitude desse aluno se assemelha atitude do indivduo que: a) comparece ao baile de gala trajando smoking. b) vai audincia com uma autoridade de short e camiseta. c) vai praia de terno e gravata. d) pe terno e gravata para ir falar na Cmara dos Deputados. e) vai ao Maracan de chinelo e bermuda.