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VCM REC 000300 CPMI DA VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER DOCUMENTO-RELATÓRIO DOS MOVIMENTOS DE MULHERES FEMINISTAS DO RIO DE JANEIRO - 2012 \ \1 \ Articulação de Mulheres Brasileiras - RJ Casa da Mulher Trabalhadora - CAMTRA Fórum Justiça Liga Brasileira de Lésbicas - RJ Marcha Mundial das Mulheres - RJ Marcha das Vadias - RJ Mulheres do PSOL - RJ Subsecretaria de Apolo és Comissões Especiais fi Partamentares de Inquérito '" Recebido Iam I o Às' horas, "

VC… · violência contra a mulher quando nos deparamos com os dados sobre tal violência. O próprio ... após a mesma ter pedido dinheiro para comprar seu remédio de pressão

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Page 1: VC… · violência contra a mulher quando nos deparamos com os dados sobre tal violência. O próprio ... após a mesma ter pedido dinheiro para comprar seu remédio de pressão

VCM REC

000300

CPMI DA VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER

DOCUMENTO-RELATÓRIO DOS MOVIMENTOS DE

MULHERES FEMINISTAS DO RIO DE JANEIRO - 2012

\ \1 \ ,~~\ ~I

Articulação de Mulheres Brasileiras - RJ

Casa da Mulher Trabalhadora - CAMTRA

Fórum Justiça

Liga Brasileira de Lésbicas - RJ

Marcha Mundial das Mulheres - RJ

Marcha das Vadias - RJ

Mulheres do PSOL - RJ

Subsecretaria de Apolo és Comissões Especiais fi Partamentares de Inquérito '" Recebido Iam I I~\ o Às' horas,

"

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NOSSA CONTRIBUiÇÃO PARA A CPMI E A ATUALIDADE DA VIOLÊNCIA

CONTRA A MULHER NO RIO DE JANEIRO

É com grande expectativa que nós, mulheres na busca constante de

afirmação de nossos direitos, vemos a presença da CPMI da Violência Contra

a Mulher, no Estado do Rio de Janeiro. O nosso estado tem sido apontado

como aquele onde a Lei Maria da Penha tem sido implementada com sucesso,

com a criação de inúmeros juizados e outros serviços de atenção e

atendimento à mulher em situação de violência.

No entanto, o que percebemos é o quanto de frágil são os serviços

criados. O quanto sua estrutura deixa a desejar. O quanto de burocrática tem

sido a prestação dos serviços. O quanto profissionais desconhecem a

gravidade da violência contra a mulher, distantes que estão da realidade, sob o

argumento que seus trabalhos são "técnicos". O quanto ainda se vê de

preconceito no trato com as mínimas questões envolvendo os direitos das

mulheres.

Este documento-relatório é fruto da rápida articulação que alguns dos

movimentos de mulheres e feministas do Rio de Janeiro promoveram. A partir

dele convidamos às parlamentares da CPMI da Violência contra a Mulher para

conhecer um pouco da nossa realidade e a desnudar a máscara de governos e

instituições que, apesar de assumirem o discurso de defesa dos direitos das

mulheres, na prática pouco fazem ou fingem que fazem.

É de se questionar o sucesso da política de enfrentamento ao combate à

violência contra a mulher quando nos deparamos com os dados sobre tal

violência. O próprio governo do Estado aponta o fato do aumento da violência

contra a mulher em seu "Dossiê Mulher 2012", da Secretaria de Segurança.

São as mulheres que continuam sendo as maiores vítimas dos crimes de

estupro (82,6%), ameaça (66,8%) e lesão corporal dolosa (64,5%). O dossiê

mesmo indica que "grande parte desses delitos ocorreu no espaço doméstico e

no âmbito de relações familiares". Aproximadamente 147 mulheres são

ameaçadas diariamente no Estado. Este dado, de 2011, revela um o aumento

de 8,6% nas ameaças contra mulheres, em relação a 2010.

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A vitimização das mulheres continua a ser, comprovadamente, um fator

estrutural em nossa sociedade, da forma que são vistas as mulheres: como

objeto de posse dos homens. Nesse sentido, o referido dossiê mostra que

quase a metade das mulheres vítimas de ameaça (49,4%) tinha no

companheiro ou ex-companheiro o provável autor desse delito. Em

comparação, sofreram ameaças por parte de pais ou parentes 10,7% das

mulheres, e 12,5% delas foram vítimas de pessoa conhecida ou próxima.

Quanto ao homicídio doloso, 7,1% das vítimas eram mulheres, totalizando 303.

Em relação ao homicídio de mulheres, esse apresentou um aumento de 1,3%

no total de mulheres vítimas em relação a 2010, com uma média mensal de 25

mulheres assassinadas, cujos/as assassinos/as em boa parte eram

companheiros/as ou ex-companheiros/as. O delito lesão corporal dolosa, por

sua vez, apresentou um aumento de 7,2% no total de mulheres vítimas, em

comparação a 2010.

Gostaríamos de dar ênfase aos dados do dossiê que apontam um

gradativo crescimento do crime de estupro no Estado do Rio de Janeiro.

Comparado a 2010, o ano de 2011 apresentou um aumento de 6,1 %, ou, em

valores absolutos, mais 282 vítimas de estupro. A média mensal alcançou o

número de 406 vítimas, ou ainda, uma média de 13 vítimas ao dia. Dados de

fevereiro do ano de 2012, também divulgados pelo Instituto de Segurança

Pública do Rio de Janeiro, demonstrou um aumento de 23% dos casos de

estupro no Estado em comparação ao mesmo período do ano anterior, sendo

registrados no Estado 487 estupros, uma média de 15 por dia. A grande

quantidade do número estupro no Estado também pode ser verificado através

dos casos noticiados na imprensa do Rio de Janeiro, conforme levantamento

em anexo.

A verdade é que a precariedade dos serviços e organismos existentes

no enfrentamento à violência contra a mulher, somados à inexistência de uma

política estruturada e sistemática de destruição dos fundamentos de nossa

cultura machista e patriarcal, permitem que a violência contra a mulher seja

naturalizada e até mesmo colocada em dúvida. A violência é atual e os

exemplos são muitos, como um caso de violência doméstica ocorrido em

2009, quando um vereador da cidade de Porto Real estuprou, agrediu e

manteve em cárcere privado a sua ex-namorada. Em outro caso, ocorrido no

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último dia 22 de abril, o companheiro agrediu a mulher com uma barra de ferro,

após a mesma ter pedido dinheiro para comprar seu remédio de pressão.

Queremos que não apenas os serviços sejam verificados - e estes

precisam ser, com muita atenção - mas também que políticas mais amplas

sejam colocadas com prioridade nas agendas das políticas públicas dos

governos. Políticas por uma educação não-sexista, que evidenciem a violência

contra a mulher como uma aberração.

Neste pequeno documento-relatório trazemos primeiramente, um

levantamento e avaliação dos serviços e organismos de combate à violência

contra a mulher e de acesso à justiça, e em segundo lugar, denunciamos

alguns exemplos da violência institucional que também é cometida contra as

mulheres. Em anexo, contribuições de atendimentos, das situações em

municipios do interior e recortes de casos de jornal/revistas/sites, de violência

contra as mulheres.

LEVANTAMENTO E AVALIAÇÃO DOS APARATOS DE COMBATE À

VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER NO ESTADO DO RIO DE JANEIRO

Serviços de atendimento

Até o ano de 2007, o Estado do Rio de Janeiro contava com 17 servicos

de atendimento à mulher. Desse período até 2011 foram inaugurados outros 18

serviços (Centros e Núcleos de referência), totalizando 35. O número de

organismos de políticas para as mulheres no período anterior a 2007 era 7 e, a

partir de 2007, foram inaugurados mais 11 equipamentos.

A população feminina do Estado do Rio de Janeiro dispõe de 11

Delegacias Especializadas de Atendimento à Mulher (DEAM). A Divisão de

Polícia de Atendimento à Mulher (DPAM), do Departamento de Polícia Civil do

Rio de Janeiro, criou em 2010 a DEAM Itinerante, que é uma espécie de

delegacia móvel, que visa suprir as necessidades das localidades que não têm

implantado o serviço especializado. As equipes cumprem um roteiro mensal de

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visitação pré-agendada. Além de registros de ocorrência, prestam informações

sobre a Lei Maria da Penha (Lei 11.340) e direitos da mulher. As DEAMs estão

distribuídas nos seguintes municípios: Belford Roxo, Duque de Caxias, Niterói,

Nova Friburgo, Nova Iguaçu, Rio de Janeiro (Campo Grande, Centro,

Jacarepaguá), São Gonçalo, São João de Meriti, Volta Redonda.

O Estado do Rio de Janeiro dispõe de ainda de 4 Casas de Abrigo nos

seguintes municípios: Campos dos Goytacazes, Rio de Janeiro, São João de

Meriti e Volta Redonda.

Os relatos das participantes da audiência pública realizada no dia 25 de

novembro de 2011, pela Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher da

ALERJ, provindos de representantes do movimento de mulheres, feministas e

usuárias dos serviços que estavam presentes, carregam reflexões a respeito

dos serviços que não temos e dos que temos, e de que maneira esses vêm

sendo prestados. Se analisarmos quantitativamente os organismos de políticas

e serviços de atendimento à mulher no Estado do Rio de Janeiro, podemos

verificar que o Estado do Rio de Janeiro, composto por 92 municípios, tem

somente 24 municipios que possuem alguma estrutura de política e serviços.

Assim, levando em conta esses dados, chegamos à conclusão que a estrutura

que temos é ínfima. Por outro lado, se analisarmos qualitativamente tal rede,

percebemos a enorme falta de compromisso dos governos municipais em

assumir uma política efetiva de enfrentamento à violência contra a mulher.

Observamos, portanto, que a "política de sucesso" alardeada pelos diversos

órgãos de governo, ainda está bem aquém das nossas necessidades.

Nos municípios onde já existem serviços, os profissionais dos Centros

ou Núcleos de Referência passam por capacitação anual. No entanto, como

não existe uma política de contratação de equipe técnica através de concurso

público, deparamos com uma grande rotatividade nessas equipes, o que, em

última análise, gera um problema de pessoal sem qualificação prestando

serviço de atendimento à mulher em situação de violência doméstica.

Dois exemplos marcantes da precariedade nos serviços da rede de

enfrentamento à violência contra a mulher podem ser encontrados no CIAM

Baixada e na Casa da Mulher de Manguinhos. No Município de Nova Iguaçu,

na baixada fluminense, está instalado o Centro Integrado de Atendimento à

Mulher da Baixada - CIAM Baixada, que é um serviço do Governo do Estado

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do Rio de Janeiro, diretamente ligado à Secretaria de Assistência Social e

Direitos Humanos. O CIAM Baixada foi inaugurado em 2008 depois de muita

pressão do movimento de mulheres, que convocou a imprensa e denunciou o

"descaso" do poder público com as mulheres da Baixada Fluminense, tendo em

vista que a construção do Centro de Atendimento foi finalizada em 2006 e sua

inauguração só se deu em abril de 2008.

Depois de inaugurado, o Centro de Atendimento passou a funcionar com

uma equipe composta de uma coordenadora, uma assistente social, uma

psicóloga, uma recepcionista e uma técnico-administrativa. Todas elas foram

remuneradas através de recursos oriundos de "projetos" ou mesmo por "RPA",

a única exceção é a situação da coordenadora, que foi nomeada como

assistente e tem cargo de confiança (DAS 6). Na ocasião da audiência pública

de 2011, anteriormente citada, foi certificado que as funcionárias estavam sem

receber seus salários desde janeiro daquele ano. O Ministério Público

(conforme determina o Artigo 26, 11 da Lei 11.340/2006) tomou conhecimento

da situação funcional das técnicas do CIAM Baixada, notificou o Secretário de

Assistência Social e Direitos Humanos, porém a situação permaneceu a

mesma.

A Casa da Mulher de Manguinhos, na cidade do Rio de Janeiro, foi

inaugurada em dezembro de 2009, juntamente com obras do Programa de

Aceleração do Crescimento - PAC. A situação da Casa da Mulher ainda é

mais precária em quantitativo de pessoal, uma vez que desde a sua

inauguração funciona apenas com uma diretora, cuja formação é pedagogia, e

4 estagiárias, que recebem através de convênio de estágio com o Centro de

Integração Empresa Escola - CIEE.

A situação no interior do Estado é ainda mais precária. Em Porto Real,

municipio situado no Sul Fluminense, por exemplo, não há politicas públicas no

combate à violência contra a mulher. A Superintendência dos Direitos da

Mulher formalizou um termo de cooperação técnica com diversos municipios,

dentre eles Porto Real, formalizando as bases de cooperação mútua entre

duas ou mais partes, tecnicamente instrumentalizado, com o propósito de ser

aplicado para a implementação tanto de um organismo de politica pública

quanto de serviços de atendimento à mulher. Ao institucionalizar essas

politicas públicas elou serviços, as prefeituras têm à disposição a expertise do

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trabalho desenvolvido no estado e também o auxilio de seu quadro técnico.

Foram 23 termos efetivados entre as prefeituras e a SUDIM, para viabilizar a

implantação de serviços, nos quais a superintendência ficou como responsável

pela capacitação da equipe e a articulação da rede de serviços local. No início

de 2011, entretanto, o Prefeito do Município cancelou a cooperação técnica sob

a argumentação de que a criação de um serviço de atendimento à mulher iria

onerar o município. Outro exemplo pode ser verificado no município de

Teresópolis, onde recentemente o prefeito exonerou todos os funcionários do

Centro de Referência de Atendimento à Mulher, fechando o serviço, na busca

de adaptar-se às exigências da Lei de Responsabilidade Fiscal.

Não se trata apenas de problemas de precariedade de sucateamento

dos serviços. Mesmo na situação de existência desses, a efetividade no

atendimento e encaminhamento das situações das próprias mulheres que

procuram os aparatos públicos, demonstram que a política de enfrentamento à

violência está muito aquém de ser alcançada. São constantes os relatos e

denúncias de mulheres vítimas de violência que já registraram ocorrência nas

DEAMs elou recorreram a outros órgãos de atendimentos as mulheres, e, no

entanto, não obtém respostas destes órgãos quanto à punição de seus

agressores elou da garantia de sua integridade física. Através dos anexos a

este dossiê é possível perceber a situação de vulnerabilidade a que estas

mulheres se encontram, mesmo após a denúncia.

Dos 10 casos encaminhados em anexo pela Casa da Mulher

Trabalhadora em todos as mulheres já passado pelas DEAMS elou sistema

judiciário. Entre eles, citamos o caso de Dalva de Oliveira (2011) que, mesmo

com a medida de suspensão condicional do processo ter sido determinada no

ano de 2010 e a mesma ter denunciado várias vezes o ex-marido agressor,

continuava a sofrer violência por parte daquele; o caso de Lívia (2010), que

após realizar 7 denúncias do ex-marido na DEAM Jacarepaguá, continuava a

ser perseguida pelo mesmo, tendo pedido demissão do emprego; e o caso de

Alcilene (2008), que foi orientada na DEAM Campo Grande a entregar a

intimação ao agressor (2008).

Entre o levantamento realizado nos jornais e internet, também em

anexo, foi possível constatar 5 casos onde as mulheres já haviam registrado

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anteriormente denúncias anteriores nas delegacias, tendo 3 destas resultado

na morte das mulheres.

Também recebemos denúncias e relatos de mulheres que não recebem

informações sobre as medidas protetivas de urgência nas DEAMs. Na DEAM

Centro, uma mulher que foi denunciar a agressão sofrida foi intimidada e

ameaçada pela inspetora com o argumento de que, caso a denunciante não

provasse o que estava relatando, ela seria processada. Outro caso que foi

relatado à entidade, refere-se a situação de uma mulher lésbica que tentou

registrar a denúncia contra sua companheira, no entanto, foi coagida e

desencorajada por policias, colocando como questão que sua família

descobriria que eram lésbicas e colocando a dúvida se ela realmente achava

que valia a pena denunciar.

Todas estas denúncias e relatos evidenciam a falta de capacitação e

sensibilização das/os profissionais que atendem as mulheres vítimas de

violência na ponta para as questões de gênero e da Lei Maria da Penha. As

mulheres continuam a ser vítimas do preconceito e da naturalização e

banalização da violência por elas sofridas.

Aparatos no acesso à Justiça

Contamos ainda com 9 Juizados Especiais da Violência Doméstica e

Familiar contra Mulher. Nas comarcas onde não foram criados os Juizados

Especializados, os processos tramitam nos Juizados Especiais Criminais e da

Violência doméstica (adaptação do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de

Janeiro nos antigos Juizados Especiais Criminais). Dentre os aparatos

relacionados com o acesso à Justiça, temos ainda o Núcleo de Defesa da

Mulher da Defensoria Pública do Estado do Rio de Janeiro - NUDEM

funcionando desde 1997, e, no ano de 2007, passa a ser estruturado de forma

mais adequada, com recursos do pacto.

A Defensoria Pública do Estado passou por um processo de fortes

mudanças no ano de 2011, ou seja, uma mudança de gestão, de chefia na

Defensoria, o que desencadeou a desarticulação de alguns núcleos

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especializados, dentre eles o Núcleo de Atendimento à Mulher. O processo de

desmonte do Núcleo de Atendimento à Mulher da Defensoria evidenciou uma

fragilidade na assistência jurídica gratuita para as mulheres vítimas de violência

doméstica, indo na contramão do que preceitua a Lei Maria da Penha nos

artigos 27 e 28 (Da Assistência Judiciária).

O NUDEM funciona atualmente com somente uma defensora que, além

dos atendimentos diários, também participa de eventos extemos ligados às

questões das mulheres. Ocorre que, quando a defensora se ausenta, os

estagiários com pouca experiência e nenhuma capacitação acabam passando

informações equivocadas, deixando a mulher que foi em busca de amparo

ainda mais desamparada. A legislação fica impossibilitada de ser efetivada,

com real capacidade de proteger as mulheres, se a elas não for proporcionada

uma assistência jurídica adequada. A defensoria pública é essencial para as

mulheres que não tem como pagar por uma assistência jurídica particular.

Outra questão importante trata-se do funcionamento da Defensoria Pública em

outras comarcas. Em Niterói, por exemplo, o Juizado da Violência Doméstica e

Familiar contra a Mulher não tem defensor para fazer acompanhamento à

mulher.

O Rio de Janeiro é conhecido como o estado que tem um maior número

de Juizados, porém a estatística apresentada na audiência pública é

assustadora. O 1° Juizado da Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher,

localizado no Centro da cidade do Rio de Janeiro, conta com um acervo de 30

mil processos, o que equivale ao acervo de cinco cartórios criminais.

Considerando o grande número de processos somente no 1° Juizado,

podemos observar que a pretensão punitiva do Estado acaba extinta pela

prescrição, uma vez que se ultrapassa o prazo máximo de dois anos, desde a

data da ocorrência do fato até a data da audiência. Assim, é gerada uma

grande frustração na mulher que recorre ao judiciário em busca de uma

punição para o agressor. O fator responsável por tal situação é a falta de

estrutura do Tribunal de Justiça, que permite que um Juizado tenha um acervo

de 30 mil processos e conte com um número ínfimo de funcionários.

Além disso, o Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro não tem

uma política institucional de defesa dos direitos da mulher. Obedecendo a

Resolução nO 128 do Conselho Nacional de Justiça - que determina a criação

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de Coordenadorias Estaduais das Mulheres em Situação de Violência

Doméstica e Familiar no âmbito dos Tribunais de Justiça dos Estados e do

Distrito Federal, com o objeto prioritário de aprimoramento da estrutura do

judiciário na área do combate e prevenção á violência doméstica e familiar

contra as mulheres, bem como planejar, supervisionar, orientar, no plano

administrativo, o funcionamento e as diretrizes dos Juizados -, o Tribunal de

Justiça do Estado do Rio de Janeiro criou a CEJEM - Coordenadoria Estadual

da Mulher em Situação de Violência Doméstica e Familiar.

A CEJEM, entretanto, não cumpre com os objetivos de sua criação,

afastando-se da proposta de criação pelo CNJ. As próprias representantes dos

movimentos sociais desconhecem quem está à frente da CEJEMIRJ,

evidenciando que no Tribunal de Justiça não existe uma política institucional

estruturada.

A falta de uma política para implementação da Lei Maria da Penha no

Tribunal de Justiça do Estado é percebida na inexistência de unificação de

procedimentos entre os vários juizados, resultando em que cada Juizado tenha

uma atuação completamente diferente do outro, e no fato de que juízes e

equipe não passam por qualquer capacitação. Nesse sentido, pode-se

observar que os Juizados de Jacarepaguá, Nova Iguaçu e Duque de Caxias

realizam audiências de conciliação e aplicam a suspensão condicional do

processo em desacordo com as disposições da Lei 11.340106.

O Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro também não assumiu

o aspecto dúplice dos Juizados de acumular as competências cível e criminal

para conhecer e julgar as causas decorrentes da prática de violência doméstica

e familiar contra a mulher, prevista no Título IV, artigo 33 da Lei 11.340106.

Este fato é decorrência de sua interpretação que a competência civil dos

juizados só alcançaria as medidas protetivas.

Tal situação gera uma série de dificuldades. A questão criminal é tratada

pelos juizados, onde as medidas protetivas podem ser deferidas, mas como a

situação do direito de família vai ser vista pelos juízes das varas de família,

criou-se uma situação em que estes últimos se sentem invadidos na sua

competência. Não há, por outro lado, qualquer proposta de diálogo entre os

juízes dos juizados, na busca de uniformização das posturas e práticas na

aplicação da Lei, também não há proposta de diálogo entre juízes dos juizados

tio

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e juízes das varas de família. Assim, dependendo do Juizado, a mulher pode

ou não obter, por exemplo,. medidas protetivas de guarda e alimentos para os

filhos, vez que alguns juízes, de antemão, afirmam não deferir tais medidas.

Outra situação é que mulheres que denunciam pais agressores sexuais de

suas filhas e filhos são acusadas de estarem alienando o pai das crianças e

acabam sendo afastadas de seus filhos, entregues àquele acusado de

agressão, sendo, até mesmo, proibidas de verem os filhos. Do mesmo modo,

quando a mulher tem a medida deferida, vê em audiência nas varas de família,

essa decisão desqualificada e desautorizada, em verdadeira sessão de

encorajamento e empoderamento dos agressores.

Outra dificuldade está no

fato de que, mesmo nas Varas de

Família, as mulheres se dividem

entre diferentes varas de família,

uma vez que cada uma das ações

são distribuídas para diferentes

juízos. Assim, a ação de alimentos

vai para uma vara de família, a

ação de guarda vai para outra, a

ação de divórcio para uma terceira

etc., sendo a mulher "atendida e

julgada" por diferentes juízes,

promotores, defensores e equipes

técnicas.

Ademais, tem-se

interpretado que casos de idosas e

crianças não devem ser analisados

nos juizados de violência contra a

( , "Foi um ato episódico, um desatino

de paixão e que dificilmente ele

(Luiz Carlos) vai encontrar outra

mulher pela qual ele se apaixone

dessa maneira. Não vi clamor

público que motivasse a

manutenção de sua prisão. Ele

fací/ítou as investigações se en­

tregando no dia seguinte e confes­

sando o crime. Também não vi, nos

autos, qualquer ameaça a outras

pessoas envolvidas no processo,

como famílíares da vítima." (Juiza do

4° Tribunal do Júri, que resolveu soltar o

assassino confesso Luiz Carlos Oliveira, de 50

anos - Fonte: Jornal Extra - 05/11/11)

\'--_ _o_o J} mulher, encaminhando-os para as varas comuns. Pode-se observar que a

interpretação da Lei tem sido a mais restritiva possível, havendo juízes que só

a aplicam no caso de conjugalidade estrita, como ocorreu no caso da Elisa

Samudio, em que a magistrada negou-se a aplicar a lei, permitindo que a

mesma fosse levada à morte. Com a falta de uma política do Tribunal de

Justiça, as mulheres continuam a ser tratadas com preconceito, acarretando

(/(

Page 12: VC… · violência contra a mulher quando nos deparamos com os dados sobre tal violência. O próprio ... após a mesma ter pedido dinheiro para comprar seu remédio de pressão

que a situação de violência contra a mulher é naturalizada sem que os

profissionais, de modo geral, tenham consciência da gravidade do fenômeno,

optando por soluções burocráticas que não respondem às necessidades das

mulheres. Do mesmo modo, a lei é muitas vezes afastada no casos de casais

homoafetivos.

O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro não tem uma atuação

especializada na questão de violência doméstica. Não foram criadas novas

atribuições para os Promotores dos juizados que, assim, agem como qualquer

promotor criminal e, na maioria das vezes, contrários à aplicação das medidas

protetivas. As questões criminais também padecem pela demora, onde uma

denúncia por lesão corporal ou ameaça chegam aos Juizados até dois anos

após o registro. Muitas vezes, quando a mulher é chamada para audiência ela

já está separada, sem contato com o agressor e tempos depois aquele

processo ressurge inesperadamente, fazendo com que o agressor volte a

perturbá-Ia.

A VIOLÊNCIA INSTITUCIONAL

Percebemos que a violência contra a mulher tem se encontrado bastante

presente na violência institucional que fica explícita quando verificamos o mal

funcionamento de diversos equipamentos estatais e que, teoricamente,

deveriam servir na defesa das mulheres.

O quadro de violência sobre estupro, ao qual já nos referimos, é

acentuado pela falta de políticas públicas para atendimento de mulheres

vítimas de estupro. Em todo o Estado, apenas a Maternidade Municipal

Fernando Magalhães, situada no Município do Rio de Janeiro, realiza o

atendimento dos casos de abortos previstos em Lei. No entanto, o serviço

funciona com de forma precária, com um quadro de médicas/os reduzido,

funcionando muitas vezes com apenas um médico no plantão. Além disso, o

que chama ainda mais atenção é o fato de apesar de ser um serviço

especializado no atendimento às vítimas de crimes sexuais, para quem o

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aborto legal é um direito, as mulheres têm dificuldades de acesso a este

seNiço com a alegação por parte de funcionários/médicos de objeção de

consciência, não restando profissional que as possa atender em vários

plantões. O resultado é que as mulheres precisam voltar ao seNiço novamente

em busca de profissional que aceite realizar a inteNenção.

Essas mulheres, que já passaram pela tortura de um estupro e ficaram

grávidas do estuprador, ao recorrerem ao seNiço de aborto legal da

Maternidade Fernando Magalhães, também passam por outra violência quando

são "orientadas" pelas psicólogas de plantão a escrever uma "carta" ao feto

que será abortado! Esse grave fato ocorre por conta dos/as profissionais não

serem qualificados/as para exercerem essa função. Profissionais de saúde não

podem de forma alguma fazer julgamento de valor, condenar ou humilhar

qualquer mulher que recorre ao seNiço de saúde ou para realizar o aborto legal

ou para ser atendida caso esteja com sequelas de um aborto inseguro.

Ainda, não se pode deixar de lembrar a situação vivida pelas mulheres

fluminenses quando vêem as delegacias de mulheres, criadas para sua

proteção, envolvidas em operações de desmonte de clínicas de aborto. O que

temos assistido é mulheres sendo presas e algemadas por profissionais das

DEAMs. Essa situação é inadmissível!

Violações aos direitos humanos das mulheres nas UPP's

Casos de total desrespeito aos direitos humanos das mulheres estão

ocorrendo em comunidades "pacificadas" pelas UPP's (Unidades de Policia

Pacificadora). Policiais da UPP estão invadindo casas de mães dos meninos

que integravam o tráfico, sem mandato. Usam de grande violência, vasculham

a casa toda, pegam fotos e documento das moradoras e de seus filhos,

ameaçam de prisão caso elas não dêem a direção de seus filhos ou

companheiros. Além disso, após as invasões de várias casas, são percebidas

faltas de objetos particulares.

Meninas namoradas (ou ex-namoradas) dos rapazes que integravam o

tráfico são abordadas nas ruas do morro e ameaçadas. Muitas delas tiveram

que sair de suas casas com medo de serem presas e hoje vivem escondidas

113

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como se fossem criminosas. Questionamos qual seria o crime dessas jovens.

Namorar um rapaz que também foi vitima do sistema?

As UPP's também tem atuação como mediadora nos casos de violência

domestica, ferindo assim, a aplicabilidade da Lei Maria da Penha. Os policiais

deveriam encaminhar essa mulher aos serviços que são especializados para

atendê-Ia, o que não está ocorrendo devido a interferência errônea por parte

dos policias. Essas mulheres voltam para suas casas com o agressor

colocando sua vida em risco mais uma vez.

Esses são relatos de denúncias que já foram enviadas por moradoras do

Morro da Coroa, Manguinhos, Alemão e Rocinha.

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ANEXO 1: Casos de atendimento CAMTRA

10/10/11~Dalvá

Rio de Janeiro, 10 de Outubro de 2011. Camtra. Of. 100/11

Ao

Centro Integrado de Atendimento a Mulher - CIAM

Assunto: Encaminhamento de caso de violência contra a mulher

Prezadas (os),

A Casa da Mulher Trabalhadora - CAMTRA, vem por meio deste encaminhar a Sra. Dalva de Oliveira Ribeiro, para atendimento e medidas cabíveis quanto a situação de violência vivenciada pela mesma, perpetrada pelo Sr. Jorge Luis Ribeiro.

Informa-se ainda que a Sra.Dalva de Oliveira Ribeiro, já realizou diversas denúncias quanto ao agressor. Inclusive, ele encontra-se sobre Suspensão Condicional do Processo, desde Junho de 2010. No entanto, o mesmo não cumpre as determinações do mesmo e continua a importunando, conforme registro de ocorrência realizado em 17/09/11.

Diante destes graves fatos de violência contra a mulher, ficamos no aguardo dos encaminhamentos do CIAM para garantir a proteção desta mulher e a punição do agressor.

A CAMTRA é uma instituição sem fins lucrativos, que tem por missão ir ao encontro de outras mulheres com a perspectiva de colaborar para o fortalecimento de sua autonomia e despertá-Ias para a construção de uma sociedade mais justa e igualitária.

Desde já agradecemos à atenção que nos foi dada e nos colocamos a disposição para quaisquer outras informações que se fizerem necessárias pelo telefone (21) 2544-0808 falar com Iara Amora ou pelo correio eletrônico [email protected]

Atenciosamente,

Iara Amora dos Santos

Casa da Mulher Trabalhadora

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31/08/10 - Livia

10 ano,,-N.O.DUrsAOOS ~~~ ~

~ê,Ç,4"mà'

Camtra Of. 101/10

À

Rio de Janeiro, 31 de Agosto de 2010.

Superintendência de Direitos da Mulher do Rio de Janeiro

A/C: lima Superintendente Cecília Soares

Assunto: Encaminhamento Denúncia

Ilustríssima Superintendente,

A Casa da Mulher Trabalhadora - Camtra vem por meio deste encaminhar a denúncia do caso de violência contra a Mulher, que nos foi encaminhado por meio da Analista de Recursos Humanos de uma Loja do Atacadão de Madureira.

Conforme relatado por e-mail, que segue em anexo, trata-se de um caso de violência sofrida por uma funcionária da loja por seu ex-companheiro, que já fez 7 denúncias na DEAM de Jacarepaguá e mesmo assim não conseguiu nenhum tipo de proteção. Chegando a ponto de ir pedir demissão no emprego por conta das perseguições que vem sofrendo.

Desta forma, solicitamos a Superintendência dos Direitos das Mulheres do RJ e ao CEDIMjRJ a apuração e encaminhamentos necessários neste caso, para que os direitos e a segurança desta mulher sejam garantidos. Solicitamos ainda o encaminhamento desta denúncia a Ouvidoria da Polícia Militar.

Certas de contarmos com o empenho desta Instituição, desde já agradecemos a atenção que nos foi dada e nos colocamos a disposição para quaisquer outras informações que se fizerem necessárias pelo telefone (21) 2544-0808 falar com Eleutéria Amora ou Iara Santos, ou pelo correio eletrônico [email protected].

Atenciosamente,

Iara Amora dos Santos

Coordenadora do Núcleo de Mulheres Jovens da CAMTRA

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Oe:rhautoel [email protected] [m ai Ito: rha utoel u [email protected] Enviada em: terça-feira, 31 de agosto de 201011:06 Para: [email protected] Assunto: Caso Lívia

Bom dia,

Ontem, no final da tardem, Lívia, uma das nossas colaboradoras veio me procurar para fazer um pedido de demissão. Quando a questionei a respeito do motivo, a mesma informou que não teria mais como vir ao trabalho devido ao fato de estar sendo perseguida pelo ex-companheiro. Segundo a mesma, como ela havia pedido a separação e o mesmo não aceitou, ela passou a ser perseguida por ele, inclusive no trabalho.

O que culminou o pedido de demissão foi o seguinte fato: Saiu da empresa no dia 25108/2010, no horário das 22:30 e quando estava chegando na Rua Barbosa Rodrigues, 81, Cascadura. Na entrada da rua, o seu ex-companheiro estava em um bar e assim que ela passou na rua ele começou a agredi-Ia. No dia séguinte,eiaiÍ1foril]ou qllefoina Deamde jacarepagUá,llei~ manhã e fezllmallovadenúncia.E:iamé passou a informação de que já fez 7 denÔnclas e inClusive, o exame de corpo delito foi feiton()mêspass~do,na mesma delegaCia:; DEls<:leguarlMeirapássada;eia estãseni vir aotrabaihosemsairde casa;

Lívia me informou que quando foi na delegacia, recebeu a informação de que quando acontecesse algo, deveria ligar para 190 com o número do BO. Quando ligamos para 180 ontem à noite, nos informaram a mesma coisa.

Fiquei sabendo sobre vocês através da Internet: Conversei com a Marta, a Eleutéria, e com Vara; que estão acompanhando o caso. Inclusive, conforme orientação, pedi que a colaboradora fosse para a CIAM lá no Centro do Rio para fazer uma nova denúncia. E neste momento, estou aguardando um retorno dela.

Desde já ,agradeço toda a disponibilidade de vocês.

Atenciosamente,

Simone Ferreira Analista de RH

RH Autodube Atacadão Distribuição Com. Ind. Ltda . .l. ~ Av. Vicente de Carvalhol 730

21210-000 - Rio de Janeiro - RJ.I. C!> www.atacadao.com.br.

~ Te!.: +55 21 21734935'

~ Fax.: +55021 21734900 A.. ..Jl Antes de Imprimir, pense na sua responsabilidade e compromisso com o t-1EIO At-1BIENTE.

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ÂiIIÂ MARIA VIANA DASllVA':;lS/04/2009 -Atendimento portelefone~ID 54~

Telefone: 3322 7238

Sua sobrinha esta sofrendo violência do marido, já registrou na DEAM, mas esta procurando um advogado para agilizar o processo - já o processo pela DEAM que esta muito lento; Já

tiveram algumas audiências;

Encaminhamentos: NUDEM e UNIG Nova Iguaçu

Alcifene.-19f12/08 7 Atendimento portelefone-ID529

Telefone: 2252 2839

Era agredida por seu ex-namorado, por isso terminou o namoro e ele não aceitou o fim do namoro e a espancou e passou a ameaça-la de morte. Ela registrou a ocorrência na DEAM - Centro; 4 meses depois ele voltou a ameaça-la, foi na casa dela, ela não estava deixou um bilhete dizendo que iria pega-lá ...

Ela então, voltou a DEAM Centro e foi informada que seu caso tinha ido para a DEAM Campo Grande, no último sábado ela foi lá e foi informada que o caso já estava sendo encaminhado. Onde ela disse que foi mal atendida e a inspetora a entregou a intimação do agressor para ela entregar.

Ligou para a gente com medo, esta na casa de parentes e amig@s, demos o telefone do CIAM, mas pelo horário não daria mais tempo dela ligar hoje, falamos para ela não entregar a intimação em hipótese alguma, falamos sobre a Lei Maria da Penha e ficamos de entrar em contato com algum órgão para tomar alguma providência sobre esta situação.

Também encaminhamos a denúncia por correio eletrônico ao CEDIM;

Encaminhamentos: CIAM e CEDIM

l3/09l08-policÜl

------------- Segue mensagem encaminhada -------------

Data: Sat, 13 Sep 2008 08:15:17 -0300 De: "camtra" Para: Assunto: Fw: Fale_Conosco

7-777 Original Message ---7-Froll1: FLAVID PICCIAFUOCO To: [email protected] Sent: Friday, September 12, 2008 1:09 PM Subject: Fale_Conosco

13

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De: [email protected] "FLAVIO PICCIAFUOCO" Para: [email protected] Assunto: Fale_Conosco

Estes são os dados de seu formulário. Eles foram enviados por: FLAVIO PICCIAFUOCO ([email protected]) IP: 200.191.160.50 Data: Sexta-feira, 12 de setembro de 2008 às 13:09:49

mensagem: RIO DE JANEIRO, 12 DE SETEMBRO DE 2008.

PREZADOS SENHORES, BOM DIA!!!! APÓS VERIFICAR O BLOG "PRAÇAS DA PMERJ", FIQUEI ESTARRECIDO E INDIGNADO COM UMA DENÚNCIA DE UMA TENTATIVA DE ESTUPRO E VIOLÊNCIA SOFRIDA CONTRA UMA SOLDADO POLICIAL MILITAR DENTRO DE UM BATALHÃO DAQUELA CORPORAÇÃO. SEGUNDO ESSE BLOG (DATADO EM 11 DE SETEMBRO DO CORRIDO ANO), NÃO FOI DADO NENHUM APOIO À CITADA MULHER, SENDO INCLUSIVE NEGADO O DIREITO DA MESMA DE SE CONSULTAR COM ALGUM MÉDICO, DEVIDO AOS FERIMENTOS OCORRIDOS NESSA VIOLÊNCIA DESFERIDA CONTRA ELA; E SEGUNDO ESSA INFORMAÇÃO NO BLOG, A REFERIDA MULHER ENCONTRA-SE DETIDA ADMINISTRATIVAMENTE NO BATALHÃO DE APOIO AO TURISTA (BPTUR) IMPEDIDA ATÉ DE RECEBER VISITAS DE PARENTES E FAMILIARES. PEÇO-LHES GENTILMENTE, SE !'OSSÍVEL, qUE VERIFIQUEM ESSE FATO E QUE SEJAM TOMADAS MEDIDAS E PROVIDENCIAS CABIVEIS, POIS UM FATO DE NATUREZA GRAVE COMO ESTA, NÃO PODE PASSAR DESAPERCEBIDA E IMPUNE. DESDE JÁ AGRADEÇO-VOS ANTECIPADAMENTE PELO VOSSO APOIO E AGUARDO VOSSO RETORNO. APROVEITO PARA REPASSAR-LHES O ENDEREÇO ELETRÔNICO DO BLOG, ONDE FOI FEITA A SUPRACITADA DENÚNCIA: http://pracasdapmerj.blogspot.com/

ATENCIOSAMENTE, FLÁVIO PICCIAFUOCO - RIO DE JANEIRO - E-MAIL: [email protected]

------------- Segue mensagem encaminhada -------------

Data: Tue, 16 Sep 2008 13:33:35 -0300 De: filara Amora" Para: [email protected] CC: [email protected], [email protected], [email protected], [email protected], isabelceci [email protected], daia [email protected], [email protected] Assunto: Fw: Fale_Conosco

Prezadas!

Recebemos a denúncia encaminhada abaixo. Liguei para o CEDIM e fui informada de que a Comissão de SEgurança da Mulher já tinha conhecimento e já tomaram algumas medidas. Gostaríamos de nos manter informadas sobre o encaminhamento.

Att, Iara Amora.

CAMTRA - Casa da Mulher Trabalhadora Rua Pedro I, 07 - sala 804 A - 20060 -050 - Centro Telefax: (21) 2544 0808 Correio eletrônico: [email protected] [email protected] Página: www.camtra.org.br

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Michelli • 22/0.9/20.0.8':' Atendlment(l por Telefone· ID519

Telefone: 3317 5116

Sofreu violência do marido 2 vezes, já foi a DEAM ... Registrou o caso ofereceram para afastar

ele do lar, mas ela tem medo. Conversou com ele e ele disse que sairá de casa até o final da

semana.

Encaminhamento: DEAM Campo Grande

COJUERJ Of. 10.8 ** *lImo Sr. Dr.* *Diretor Geral do Hospital Estadual Adão Pereira Nunes* * * 0* Conselho Estadual da Juventude do Rio de Janeiro· COJUERJ, *instituído pelo decreto n.O 41.045/0.7, no uso de suas atribuições em especial à conferida pelo Inc. X , do art. 2a do decreto supraCitado, que prevê entre as competências deste Conselho à fiscalização da ação dos órgãos públicos no atendimento da juventude.

~sslm;servlmo,:nospelorj(esente,·llaracoin~niCara ... este h()spltalquetomaúconheêlmento da In~emação . da Jovern AdrieHeBorgesArt~tlr,.nodia· 26/0.7/0.8, por tonta de agfessõe~ (íslcqs sofrld~s .pela mesma. Segundodenúnciaencaminhada .. ao COJUERJ,a jovem Adrielle Borges Arthur, .... de .·lS.an(ls, moradora do bairro Cruzeiro,. Magé, .•. sumluhaqulnta·feir~ (24/0.7), sendo encontrada nó. dia • seguinte (25/0.7), após ter sido seqüestrada,espancada (Í enterra(lª ylyanum buraco cÓlILReciras de cachoelrq PQI"~lmª 8. lixoi por urndesconlwclclol

Ficou internada neste Hospital Estadual· Adão Pereira Nunes, do dia 26/0.7 a 0.6/0.8/0.8, onde relata ter sofrido maus tratos e descaso por parte de alguns profissionais, em especial em duas ocasiões: a primeira delas, diz respeito à demora para a imobilização do braço, que estava quebrado, tendo demorado mesmo após a recuperação dos ferimentos deste braço, que tinha sido passado para a família como o motivo da demora; a segunda ocasião, ocorreu quando foi descoberta que esta jovem estava grávida de 1 mês e a mesma foi encaminhada para o atendimento obstétrico, onde a mesma diz ter sido humilhada pela obstetra e mesmo dizendo a ela que não tinha condições de ficar em pé, foi colocada de pé pela médica e acabou caindo. Neste sentido, o COJUERJ solicita a este Hospital a elucidação do fato acima exposto, bem como melhores Informações sobre os encaminhamentos dados a este caso, se o Conselho Tutelar e Órgãos competentes foram notificados. Certos que não serão envidados esforços neste sentido, colaborando desta forma, para a efetivação, garantia e promoção dos direitos dos (as) jovens no Estado do Rio de Janeiro. Atenciosamente, Mesa Diretora COJUERJ

De: yure [email protected] "Yure" Para: [email protected] Assunto: Fale_Conosco

Estes são os dados de seu formulário. Eles foram enviados por: Yure (yure [email protected]) IP: 261.7.166.16 Data: Quarta-feira, 36 de janeiro de 2668 às 18:61:41

redirect: http://www.camtra.org.br/obrigado 2.php subject: Fale_Conosco

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mensagem: Minha amiga vem sendo espancada a algum tempo por seu marido, e agora resolveu se separar, mas ele não aceita a separação e ela teve desair da casa que herdou de seus pais e vive sob constantes ameaças. No domingo passado ele foi até a casa de sua de sua comadre que lhe deu abrigo e espancou-a novamente, atingiu sua comadre com uma facada, feriu minha amiga e disse que em sete dias ela estará morta. Depois disso ele foi para casa e quebrou tudo o que havia em casa, jogando os pertences de minha amiga na rua. No momento ela esta abrigada na casa de seu irmão e ele fugiu com os dois filhos do casal, alem disso ele quebrou todo o carro da cumadre dela e ameaçou matar toda a família. Este homem esta fora de controle e é uma ameaça para a sociedade, peço pelo amor de Deus que entrem em contato comigo antes que eu tenha de chorar a morte de minha amiga e toda sua família. Já foram feitas var1a~ ocorrências éa pOlída não toma uma atitude, daqü~ a potlcoserátarde . demais I I I.

Prezada(o) Yure,

Entendemos sua aflição e realmente sua amiga deve procurar auxilio o mais rápido possível, nosso serviço é de orientação e encaminhamento, assim lhe repassarei abaixo o contato de algumas instituições que ela pode procurar:

1) CIAM - Centro Integrado de Atendimento a Mulher Rua Regente Feijó, 15 - Centro (Próximo a Praça Tiradentes) Atendimento Jurídico e Psicológico Telefones: 2299-2122/ 2299-2121

2) CEDIM - Conselho Estadual dos Direitos da Mulher Rua Camerino, 51 -Centro Telefones: 2263 0004/ 2299 2002

Outra coisa que pode ser feita é ela retornar a Delegacia da Mulher, contar os novos acontecimentos e solicitar o encaminhamento para uma casa abrigo, no CIAM elas também encaminham pra casa abrigo.

Quanto a questão dos(as) filhos(as) ela pode procurar:

1) Juizado da Criança e do Adolescente - 1ª Vara da Capital - Praça XI, 403 - Cidade Nova Telefone: 2503-6300

2) DPCA - Delegacia de Proteção a Criança e Adolescente Av. Presidente Vargas, 1.100 - Centro Telefone: 3399-3680/ 3399-5445

Também estaremos ecaminhando sua denúncia a esses órgãos.

Esperamos que nosso atendimento possa ajudar. Qualquer coisa pode ligar para nosso telefone 080a 285 0808.

Atenciosamente, Iara Amora.

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Disque Mulher Trabalhadora Rua Pedro I, 07 - sala 804 A 20060 -050 - Centro Rio de Janeiro - RJ Telefax: 2544 0808 / 0800 285 0808 Correios eletrônicos: [email protected] [email protected] Página: WW\v. camtra. org. br

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ANEXO 2: Levantamentos casos de jornais/revistas/sites - CAMTRA

16/04/10

CONTINUAMOS NA LUTA:

POR MIM, POR NOS E PELAS OUTRAS

NÃO A VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER

o Estado do Rio de Janeiro, ainda esta longe de se recuperar das mortes e perdas decorrentes das chuvas, e já amanheceu engrossando mais uma triste estatística: a da violência contra a Mulher.

Só na manhã de hoje (16/04/10) foram noticiados nos jornais h'ês casos de violência contra a mulher ocorridos recentemente no Estado: Orestina Soares, de 53 anos, foi morta a pedradas por seu namorado, em Duque de Caxias; Em Santa Cruz, foi preso o ex-marido de Antônia Eliane Farias, que em novembro do ano passado a tortnrou com mais de 30 facadas pelo corpo, principalmente nas pernas, ainda hoje em conseqüência dessa violência Antônia usa próteses e só anda com a ajuda de muletas; Dayana Alves da Silva, 24 anos, que teve 50% de seu corpo queimado após ser incendiada por seu ex­marido enquanto trabalhava numa padaria no Engenho de Dentro, morreu esta semana depois de ficar dois meses internada. Isto ocorreu mesmo após a jovem já ter registrado três ocorrências do ex-marido na DEAM, inclusive no dia anterior ao crime, sem que nenhuma providência fosse tomada.

"No Brasil, as agressões contra as mulheres ocorrem a cada 15 segundos e os companheiros são responsáveis por quase 70% dos assassinatos do sexo feminino."(fonte: noticias.r7.com)

Apesar dos avanços obtidos com a aprovação da Lei Maria da Penha que toma crime a violência contra a mulher, não estaremos seguras enquanto tivermos uma cultura que legitima a posse e o domínio do homem sobre a mulher, relações hierarquizadas, onde os homens subjugam as mulheres a todas as suas vontades, usando muitas vezes a violência como forma de demonstrar seu poder. Também não estaremos seguras enquanto a Lei Maria da Penha não for aplicada sem exceções; enquanto não tiverem delegacias de mulheres e casas-abrigo suficientes para atender as mulheres vítimas de violência; enquanto não tivelIDos profissionais capacitadas(os) para atender as mulheres vítimas de violência, enquanto o Estado não for capaz de garantir a segurança das mulheres que tentam romper o ciclo de violência.

Assim, estamos mais uma vez denunciando a violência contra a mulher e continuaremos em alerta até que nenhuma mulher sofra violência.

Chamamos todas a gritar à toda a sociedade: POR MIM, POR NÓS E PELAS OUTRAS: NÃO A VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER.

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Casa da Mulher Trabalhadora - CAMTRA

Aposentado que lllatoue ateou fogoria.ex-mulher é.preso em Santa Cruz

18/2/2009 - ASCOMlPCERJ

Pedro Horta

Um aposentado de 68 anos que agrediu, matou e ateou fogo no corpo da ex­companheira, de 54, foi preso, na tarde desta quarta-feira, em Santa Cruz, Zona Oeste do Rio, por policiais da 36a DP, daquele baÍlTo. Raimundo Matias Filho estava inconfOlmado com o fim do casamento, que durou 32 anos.

De acordo com os agentes, o casal havia se separado há oito dias. Depois de tentar, sem sucesso, reatar o relacionamento, o aposentado esperou sua ex-mulher sair de casa, na manhã desta quarta-feira, na Travessa da Alegria, também em Santa Cruz, para matá-la.

Após ser insultada e agredida, a vítima tentou fugir, mas foi atingida com quatro tiros nas costas e caiu morta. Em seguida, Raimundo despejou uma garrafa de álcool no corpo da ex-companheira e riscou um fósforo. O criminoso foi capturado próximo ao Hospital Pedro lI.

Mulher é morta a fabidas e namorado ésusJlCit() docrim~ Publicada em 03/06/2009 às 11:05 - Waleska Borges

Rio- De acordo com policiais do 9° BPM (Rocha Miranda), uma mulher foi assassinada a facadas dentro de uma casa, na Rua Pantoja, altura do número 269, em Acari. Segundo vizinhos, ela teria discutido com um namorado e ele a matou. Depois do crime, o agressor fugiu. O corpo da vítima, identificada apenas como Angela, de cerca de 52 anos, está sendo periciado. O caso vai ser registrado na 39 DP , (Pavuna).

Criminosos matam mulher em estação de trem no Rio 11/09/2008 - lOh32

Colaboração para a Folha Online, no Rio

Uma mulher foi assassinada a tiros dentro de uma estação de trem na zona oeste do Rio. O crime aconteceu no início da noite de quarta-feira (10), quando a estação ainda estava aberta. A Supervia, concessionária da malha ferroviária do Rio, afirmou que seguranças não viram o autor dos disparos. Segundo a 35' Delegacia de Polícia (Campo Grande), que registrou o caso, a mulher, ainda não identificada, esperava um trem em direção à Central na estação de Cosmos,

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quando um homem armado disparou contra ela e fugiu. Passageiros que estavam na estação avisaram funcionários da Supervia, que acionaram o Corpo de Bombeiros e a Polícia Militar, segundo a concessionária. A Supervia afirmou que mantém seguranças em todas as estações de trem da malha ferroviária do Rio, mas disse que os seguranças da estação de Cosmos não viram o assassinato. A concessionária afirmou ainda que, no momento do crime, havia poucas pessoas na estação. Investigadores da 35" DP disseram nesta quinta-feira suspeitar de assassinato encomendado contra a mulher. Testemunhas disseram, em depoimento infOlmal, que ela morava em Cosmos, mas não a identificaram, segundo a delegacia. Os investigadores disseram ainda que devem convocar funcionários que trabalbam na estação para depor sobre o caso. Especial

Fonte: Folha de São Paulo.

Estuprador é reconhecido por 20 mulheres

08/09/200818:40:00

- Um ladrão preso em flagrante, no dia 11 de agosto deste por policiais da 30' DP (Marechal Hermes), foi

idE:ntificad.o, nesta segunda-feira, como autor de atentado vicllellto ao pudor e estupros contra diversas mulheres. Ubirajara maCCIILa de Souza, 35 anos, utilizava o Gol branco, placa LA Y

para abusar sexualmente das vítimas depois de assaltá-las.

De acordo com os agentes, Ubirajara atuava nos bairros de Piedade, Campinho, Madureira, Marechal Hermes e Realengo. Ele foi identificado por cerca de 20 vítimas nas delegacias das áreas de suas atuações. Fonte: Jornal O Dia

PolíCia prende estupradôr<le 70 anos 16/09/200810:16:00

Ele estava foragido Rio - Policiais da Delegacia da Criança e do Adolescente Vítima (DCA V) prenderam, nesta terça-feira, Luiz Cordeiro da Silva,70 anos, acusado de estupro e atentado violento ao pudor contra uma menina de 11 anos. A vítima é filba do entiado do acusado. Luiz Cordeiro da Silva que estava foragido desde 2007, foi preso em uma casa no bairro de Oswaldo Cruz pela equipe da DCAV. Fonte: Jornal O Dia.

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Polícia acha esqueleto e suspeita que possa ser de engenheira desaparecida

16/09/200814:45:00 Bartolomeu Brito

Rio - Soldados do 180 BPM (Jacarepaguá) estiveram na manhã desta terça-feira no final da Rua Comandante Guaranis, em Curicica, Jacareáguá, onde um esqueleto com vestígios de roupa de mulher foi encontrado atrás da fábrica de ceras Jhonson. A polícia ventila a hipótese de que possa ser corpo da engenheira Patrícia Amieiro Franco, desaparecida na Barra há mais de dois meses. A 320 DP vai até o local junto com a Delegacias de Homicidios, que cuida do caso. Patrícia desapareceu depois que o carro que dirigia foi atingido por tiros e caiu no Canal de Marapendi, na Barra. Ela voltava da Vrca. Policiais do 31 0 BPM (Recreio dos Bandeirantes) são suspeitos do sumiço. Peritos do Instituto de Criminalística Carlos Éboli (ICCE) confirmou que o cano da engenheira foi atingido por tiros de calibres 380, ponto 40 ou 9 milímetros, os mesmos usados por PMs. De acordo com o laudo da perícia feita no carro, os tiros foram dados por alguém que estava de frente para o veículo de Patrícia. Mas as marcas de balas só foram descobertas vários dias depois pela família de Patrícia quando o carro estava na oficina. O caso, inicialmente, foi tratado como acidente. A busca pela jovem já se estendeu à Região dos Lagos, mas nada foi achado. Fonte: Jornal O Dia.

Candidato a Ver~lIdor !lá uma surra na esposa emNiterói

24/09/200808:25:00 Bartolomeu Brito

Rio - A dona de casa Alda Cândida Lorena, de 45 anos, prestou queixa do marido, o candidato a vereador Luis Márcio da Silva, 42 anos, na 79'DP em Jutujuba, Niterói. A vítima contou que foi agredida por ele, no fim da noite desta terça-feira. O agressor é o candidato a vereador por Niterói, o Marcinho Eletricista. A agressão foi motivada por ter ele ligado para o celular dela, às 23h30 e ela não ter atendido. Ele correu para casa e queria saber por que não tinha atendido o celular. Houve discussão e agressão. Fonte: O Dia.

Preso estuprador noRecreio Data. 28/09/2008

Djalma Oliveira

Rio - Policiais do 310 BPM (Recreio) prenderam na noite de domingo José Geraldo da Silva Filho, 28 anos, acusado de estuprar uma jovem de 13 anos. Ele foi detido na Rua da Chácara, próximo ao número 17, na Favela do Teneirão, no Recreio. Com ele, os PMs encontraram um revólver calibre 38. Segundo os policiais, a vítima de José diz ser ex-namorada dele. O acusado ainda tentou fugir, mas foi detido e levado para a 16' DP (Barra da Tijuca). José é foragido da polícia de Minas Gerais e tem antecedentes

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criminais naquele estado. Ele foi indiciado por pOlte ilegal de annas. A vítima vai fazer exame de corpo de delito. Fonte: Jornal O Dia.

Polícia recolhe 50adoiescentesilttrull(eação contra pr()stituiçãllem Niterói. (RJ) 30/09/2008 - 12hOl Colaboração para a Folha Online, no Rio Duas pessoas foram presas e cerca de 50 adolescentes acabaram detidas em uma operação da Polícia Civil para reprimir a prostituição de menores de idade em Niterói (região metropolitana do Rio), nesta terça-feira. Entre as detidas, há meninas de 12 anos que estavam se prostituindo, de acordo com a DPCA (Delegacia de Proteção a Crianças e Adolescentes) de Niterói, que comanda a ação. Dois homens, identificados como aliciadores das meninas, foram presos em flagrante. Um deles, segundo infonnações da DPCA, estava em casa com meninas menores de 18 anos. Eles ainda não foram identificados, mas deverão prestar depoimento ainda nesta terça. A operação começou durante a madmgada, quando policiais afinnam ter flagrado meninas com menos de 18 anos em áreas da cidade que, segundo investigações da DPCA, são pontos de prostituição. Cerca de 50 jovens foram levadas à delegacia --a maioria já foi liberada porque não tem passagem pela polícia e nem cometia crime na hora da apreensão, de acordo com a DPCA. Os policiais disseram que ainda tentam ouvir alguma delas sobre os supostos aliciadores presos. Congresso O Rio vai sediar, em novembro, o 3° Congresso Mundial de Enfrentamento da Exploração Sexual da Criança e do Adolescente, com apoio do governo federal. No lançamento do congresso, em maio, a subsecretaria de Promoção dos Direitos da Criança e do Adolescente do governo federal anunciou a criação de um esquema para rastrear sites que promovam a exploração sexual infantil. O programa, com o auxílio da PF (Pollcia Federal) e da Interpol (pollcia Internacional), também terá uma "hot line" para receber denúncias de prostituição de crianças de adolescentes. O prazo para o programa entrar no ar era o mês de setembro, mas a subsecretaria ainda não infonnou se o site está funcionando. Na cerimônia, o ministro Paulo Vannuchi (Direitos Humanos) afinnou que a exploração sexual infantil ainda é uma "chaga" no Brasil. A primeira-dama Marisa Letícia Lula da Silva, que é presidente de houra do congresso, chamou de "horror" a mesma situação. Fonte: Folha de São Paulo.

Homem que enterrou a namorada viva em Magéprometeucasá· em troca de silêncio

Publicada em 27/11/2008 às 23:31 Marcos Nunes - Extra

RIO - Dez dias depois de estrangular a namorada Adriele Borges Artur, de 15 anos, por não aceitar a gravidez da jovem, e de enterrá-la viva em uma gmta de Magé, na Baixada Fluminense, o estoquista Cristiano Neves de Oliveira, de 22 anos, tentou impedir que a menor denunciasse o crime à pollcia ( ouça o relato da vítima ).

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A tentativa ocorreu durante um telefonema, feito através de um celular de uma paciente, quando Adriele Borges ainda estava internada no Hospital de Saracumna, em Duque de Caxias. - Ele disse que eu não deveria anumar nada para ele e que, por isso, não podia falar o que aconteceu pra ninguém. Depois falou que iria montar uma casa pra mim e para o bebê, caso fizesse o que ele estava pedindo - contou a jovem, que não atendeu o namorado. A garota foi internada no dia 25 de julho, depois de passar 24 horas soterrada em uma gmta, e de ser resgatada por um homem que ouviu seus gritos de SOCOlTO. Segundo a polícia, Cristiano atraiu a namorada para a Cachoeira das Andorinhas, onde tentou matá-la por estrangulamento e pedradas. Adriele passou 12 dias no hospital e sofreu traumatismo buco facial e fraturas. Mesmo grávida de dois meses, a jovem foi submetida a uma cilUrgia na barriga, para evitar infecção em ferimentos provocados por pedradas. - Levei 33 pontos, mas meu bebê está bem.

Enxoval está pronto.

Grávida de seis meses, Adriele está preparando o enxoval do bebê. Ela conta com o apoio da mãe Vilma Borges, de 41 e da avó Alvina Borges, de 65. FlUto de um relacionamento de três anos com Cristiano, a criança, do sexo masculino, já tem até nome escolhido. - Vou chamá-lo de Caíque - disse a menina, em meio a roupinhas e a um carrinho de bebê. Dois dias antes de ser estrangulada e enterrada viva em uma gmta, a adolescente havia revelado a gravidez para o namorado. - Quando contei, ele queria que eu abOltasse. Disse que não ia fazer aquilo e ele fingiu aceitar. Depois acabou tentando me matar. Não esperava isso - disse. Cristiano Neves Oliveira teve a prisão decretada pelo juiz Daniel Vieira Vargas, da Vara Criminal de Magé, na terça-feira. Um dia depois,ele foi preso no emprego, em uma fábrica de tecidos de Magé. Na 65 DP (Magé), para onde foi levado, Cristiano negou o crime. Na ocasião, ele preferiu não falar sobre o assunto com os jornalistas. - Só falo sobre isso com a presença dos meus advogados - afirmou.

Jovem que teve o corporetalhados~rá enterrada emNilópolí~

Plantão I Publicada em 03112/2008 às 09h13m Marcos Nunes - Extra

RIO- O corpo da estudante Rosane Nunes Lopes, de 16 anos, será sepultado às 12h no cemitério de Olinda, em Nilópolis, na Baixada Fluminense. Desaparecida desde sábado, a jovem foi encontrada morta, com duas facadas no peito e com o corpo retalhado, domingo à tarde em um matagal, nos fundos do cemitério de Ricardo de Albuquerque. Parentes da jovem trabalham com a hipótese de que a adolescente tenha sido sacrificada em um ritual satânico, conduzido por um namorado da menor. Há seis meses a garota vinha mantendo encontros secretos com um skinhead, integrante de um gmpo de jovens carecas. O casal freqüentemente se encontrava em cemitérios. A morte da jovem está sendo investigadas pela 57' DP (Nilópolis).

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Homem suspeito de matar mulher e duasJilhas. é. hospitalizado Notícia do dia 21/03/2007, G1 no Rio de Janeiro Ele teria usado faca e até um machado, segundo a polícia. Uma filha de 9 anos e o sogro dele também ficaram feridos. Carlos Alberto dos Santos, de 42 anos, está internado no Hospital Rocha Faria, em Campo Grande, na Zona Oeste do Rio, sob custódia da polícia. Ele foi preso suspeito de matar a golpes de faca e machado a mulher, Alessandra Pereira, de 28 anos, e duas filhas, de 1 e 4 anos, na noite desta terça-feira (20), na Favela da Taquaral, em Santíssimo, na Zona Oeste. Ele sofreu escoriações após ser linchado por vizinhos. Carlos Alberto, que está algemado e é vigiado por dois policiais militares, teria dito que era traído pela mulher e disse estar arrependido de ter atacado as filhas. De acordo com a polícia, a terceira filha do casal, de 9 anos, e o sogro dele, Antônio Vicente do Carmo, de 52 anos também foram feridos. Eles foram levados para o Hospital Rocha Faria. Segundo informações do hospital, a menina teve lesões no fígado e no pulmão e deve ter que passar por uma nova cirurgia. Ela está em observação. E o avô dela, que levou uma facada na cabeça, não corre risco de morte.

HOl1len1matamllll,eI'PQrciúme~ Por ciúmes, um homem esfaqueou a mulher e depois tentou se matar na

manhã deste domingo. De acordo com 140 BPM (Bangu), Ademilson Tales

Jardim, de 44 anos, esfaqueou e matou Luisa de Cássia Pereira, 48, na Avenida

Brasil, em frente ao número 23.090. A polícia foi chamada pelos vizinhos.

D casal foi levado para o Hospital Albert Schweitzer, em Realengo. A mulher

não resistiu aos ferimentos e morreu. O marido assassino foi internado e

submetido a uma operação. Ele vai ser autuado em flagrante no hospital, por

policiais da 34a DP (Bangu).

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ANEXO 3: Levantamentos casos de jornais/revistas/sites (continuação) -

CAMTRA

quarta-feira, 22 de agosto de 2012

NÃO MAIS VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER: Por mim, por nós, pelas outras ...

Os últimos casos de violência contra mulheres e feminicídio no Brasil têm causado um choque

muito grande junto a as organizações de grupo de defesa dos direitos das mulheres. Na

plataforma da Estação Barra Funda da CPTM a estudante, Ana Carolina, de 19 anos foi atacada

por um grupo extremista que prega a violência contra mulheres na internet. Uma das

ideologias difundidas na rede é a de que mulheres bonitas com roupas "provocantes" devem

ser punidas com ácido, a exemplo do que acontece em alguns países do Oriente Médio; e em

São José dos Campos (SP) uma adolescente de 14 anos, grávida de dois meses apareceu morta

a tiros.

Em Rio de Janeiro número de mulheres assassinadas aumentou 1,3% em 2011, do total de

vítimas por homicídio doloso, aquele em que é caracterizada a intenção, 7,1% eram mulheres.

A constatação é da sétima edição do Dossiê Mulher, divulgado o 14 de agosto pelo Instituto de

Segurança Pública do Rio de Janeiro (ISP).

Na média mensal, 25 mulheres foram vítimas de homicídio doloso em 2011. Das 303 mulheres

assassinadas no ano passado, 14,2% das vítimas eram ex-companheiras ou companheiras do

provável autor do homicídio e 19,1% conheciam os acusados. "Grande parte desses homicídios

se dão em situação de violência doméstica e familiar. A gente sabe que também existem

mulheres envolvidas na criminalidade", explicou a coordenadora da pesquisa, major Cláudia

Moraes.

Segundo o estudo da Small Arms Survey, Brasil está entre os 25 países com mais feminicídios,

em torno de 66 mil mulheres são assassinadas a cada ano, 17% das quais são vítimas de

homicídios intencionais. O Instituto Sangari, publicou em abril deste ano, o Mapa de Violência

2012, referente aos homicídios ocorridos no Brasil em 2010. O autor do mapeamento, Julio

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Jacobo Waiselfisz, declara que "São poucas as informações sobre o tema que encontramos

disponíveis ou que cir-culam em âmbito nacional. Dada a relevância da questão, julgamos

oportuno elaborar um estudo específico e divulgá-lo separadamente." (2012, p.3).

Apresentando uma perspectiva histórica dos homicídios, o relatório revela que entre 1980 e

2010 foram assassinadas aproximadamente 91 mil mulheres no país, passando de 1.353 para

4.297 mortes, um aumento de 217,6% nas mulheres vítimas de assassinato, sendo 43,5 mil só

na última década (2000 - 2010). A taxa desses assassinatos para cada grupo de 100 mil

mulheres passou de 2,3 em 1980, para 4,4 em 2010. Isso representa uma média de 4.350

mulheres assassinadas por ano, 362,5 por mês, 12,1 por dia, ou seja, a cada duas horas, uma

mulher é assassinada no país.

Fontes:

http://www.g7noticias.com/201O/08/4-anos-da-lei-maria-da-penha.html

http://exame.abril.com.br/brasil/crime/noticias/brasil-esta-entre-os-25-paises-com-mais­

feminicidios

http://www.redebomdia.com.br/noticia/detalhe/30800/Jovem+e+atacada+com+acido+no+tre

m

http://g1.globo.com/sp/vale-do-paraiba-regiao/noticia/2012/08/jovem-morta-tiros-em-sao­

jose-estava-gravida-de-dois-meses.html

http://www.passeiaki.com/noticias/cresce-numero-mulheres-assassinadas-no-rio

terça-feira, 22 de maio de 2012

Mapa da Violência 2012 revela que 91 mil mulheres foram assassinadas de 1980 a 2010

Natasha Pitts

Jornalista da Aditai

Aditai

3(

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Como complemento do Mapa da Violência 2012, o Instituto Sangari divulgou há poucos dias

um caderno especial sobre homicídios de mulheres no Brasil. Devido à relevância e gravidade

do assunto, o Instituto preparou um material específico para alertar e informar a sociedade

brasileira e O poder público sobre esta problemática.

o Caderno Complementar 'Homicídios Femininos no Brasil' fez um histórico dos assassinatos

de mulheres ocorridos de 1980 até 2010 é constatou que foram assassinadas no Brasil quase

91 mil mulheres, 43,5 mil só nos últimos dez anos. De 1980 a 2010 o número de assassinatos

passou de 1.353 para 4.297, aumento de 217,6% na quantidade de vítimas fatais.

Os crimes apresentaram um crescimento maior até o ano de 1996. A partir deste ano, as

taxas foram se estabilizando em torno de 4,5 homicídios para cada 100 mil mulheres. O

relatório destaca ainda que em 2007, ano em que a Lei Maria da Penha entrou em vigor, os

assassinatos apresentaram uma leve queda, mas rapidamente as cifras anteriores foram

retomadas.

Em 2010 foram 4.297 casos, o que representa uma média de 4,4 assassinatos por 100 mil

mulheres. Com essa cifra, de acordo com dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), o

Brasil se insere na 7ª posição em uma lista com 84 países. Nos primeiros lugares estão EI

Salvador, com taxa de 10,3 homicídios para cada 100 mil mulheres, Trinidad e Tobago (7,9),

Guatemala (7,9), Rússia (7,1), Colômbia (6,2) e Belize (4,6).

O Estado que puxa o Brasil para a 7ª posição é, em primeiro lugar, o Espírito Santo, já que

apresenta mais que o dobro da média brasileira com taxa de 9,4 homicídios em cada 100 mil

mulheres. A região é seguida por Alagoas (taxa de 8,3 em cada 100 mil mulheres), Paraná (6,3),

Paraíba e Mato Grosso do Sul (ambos com taxa de 6,0).

Na outra o ponta Piauí, com taxa de homicídios de mulheres de 2,6, é o Estado com o menor

índice de assassinatos. Junto a esta região vem São Paulo (taxa de 3,1), Rio de Janeiro (taxa de

3,2), Maranhão (taxa de 3,4) e Santa Catarina (3,6).

Com relação aos instrumentos usados para praticar os crimes, o relatório destaca que

metade dos assassinatos de mulheres é cometida com armas de fogo. Outros instrumentos

utilizados para o homicídio são objetos que exigem contato direto, como objetos cortantes ou

penetrantes, objetos contundentes, além de sufocação ou estrangulamento. O Caderno

Complementar também destaca 40% dos crimes contra as mulheres são cometidos em sua

própria residência ou habitação.

O Instituto Sangari apurou ainda que até os 14 anos de idade das vítimas, os pais são os

principais responsáveis pelos incidentes violentos. Até os quatro anos, são as mães. A partir

dos dez anos predomina a figura paterna.

"Esse papel paterno vai sendo substituído progressivamente pelo cônjuge e/ou namorado (ou

os respectivos ex), que preponderam sensivelmente a partir dos 20 anos da mulher até os 59

anos. A partir dos 60 anos, são os filhos que assumem o lugar preponderante nessa violência

contra a mulher", revela o Caderno especial.

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As mulheres se transformam em verdadeiras vítimas a partir dos 15 anos e permanecem até

os 29, com maior registro de violência e assassinatos no intervalo entre 20 e 29 anos, que é o

que mais cresceu nos últimos dez anos. O relatório do Instituto Sangari destaca que a partir

dos 30 anos, a tendência é de queda.

Os dados divulgados no Caderno Complementar do Mapa da Violência 2012 são uma

tentativa de ajudar, com informações, o poder público e demais autoridades responsáveis a

elaborarem estratégias mais efetivas de prevenção e enfrentamento à violência contra a

mulher. Para isso, o Instituto Sangari garante que vai continuar a elaborar o estudo sobre esta

problemática para que o material possa servir de subsídio aos que trabalham em favor da

causa.

Fo nte: http://www.adital.com.br/site/ Inoticia.asp ?boletim~l&co d~67161&la ng~ PT

segunda-feira, 16 de abril de 2012

PM acusado de estupro no Rio não foi algemado, dizem testemunhas

o policial militar Frank Cimar Barbosa de Oliveira, acusado de sequestrar e estuprar uma jovem de 21 anos em Campo Grande, zona oeste do Rio, não chegou a ser algemado pelos PMs que o prenderam e o levaram para a 35' Delegacia de Polícia, segundo testemunhas. A delegada Elaine Villar admitiu que Barbosa fugiu pela porta da frente da delegacia enquanto era feito o registro da ocorrência e que não teria sido dada voz de prisão ao acusado. "Em nenhum momento, os policiais militares ficaram na escolta do acusado", confirmou a delegada. Os agentes que teriam sido negligentes e facilitado a fuga do colega de corporação vão ser ouvidos na tarde desta segunda-feira na delegacia de Campo Grande. Eles vão responder por favorecimento pessoal e prevaricação, quando o funcionário público deixa de cumprir o dever em benefício próprio ou de outro. A jovem que foi sequestrada e estuprada e seu namorado também devem ser ouvidos mais uma vez_ Os dois teriam sido ameaçados pelo PM foragido depois que ele saiu da delegacia. Frank Cimar Barbosa de Oliveira teria parado o carro do casal no domingo e dito que levaria a vítima porque ela estava sem documentos. O namorado e o irmão da jovem

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encontraram o carro do PM mais tarde e avisaram a polícia. Dois policiais militares tiraram o acusado e a vítima de dentro do veículo. O secretário de Segurança, José Mariano Beltrame, considerou gravíssimo o episódio. Ele determinou à Corregedoria Geral Unificada (CGU) da Secretaria de Segurança que acompanhe as investigações das duas Corregedorias policiais - militar e civil· sobre o caso, a fim de assegurar a rapidez no cumprimento da Justiça e punição aos responsáveis. O PM foragido, lotado no 17" BPM (Ilha do Governador), continua sendo procurado pela polícia.

Fonte: http://www.jb.com.br/rio/ noticias/2012104/16/ pm·acusado·de·estupro·no­rio-nao·foi-algemado-dizem-testemunhas/

terça-feira, 6 de março de 2012

Atividades 8 de Março Internacional da Mulher

Dia

8 DE MARCO - DIA INTERNACIONAL DAS MULHERES

MULHERES, NÃO DEL'{EM DE PARTICIPAR!!!

DIA 8 DE MARÇO DE 2012

6h - Entrega dc Rosas para as Mulheres - Central do Brasil e (mais tarde) Centro Comercial da

SAARA

l2h - Ato Unificado 8 dc Março (com atividades culturais, cartazes, microfones) Local: Largo

da Carioca

17h30 - Caminhada da Carioca até a Cinelândia

Postado por Casa da Mulher Trabalhadora às 13:40 Nenhum comentário:

Marcadores: 8 de março, ações, fórum estadual de combate à violência contra a mulher/rj, manifestações, mulheres, reivindicações

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sábado, 3 de março de 2012

Jovem morre após ser baleada na saída da escola em Foz do Iguaçu

.UrnalóWô\de 1àan:o~.19Cij\9.aã:@º,~pg~!sajf!aa.éicpía;o.aDQjt~.·lj~·q~Jntà-f~ira'(1~}1 ~mlFoz do Iguaçll~;qê.stEl~Oeªfioulã;éb'RºI!Giaítlyes\lgª.I!lfoúnâçõ~~.f{lrtl~cl~às·pM~ têhllliª>a:av!tfma··<Íe(iaê~êlàt~rla·mªtçªiJqIlím'l.lricQr\trq:-çÔrrllínl.·l"apáirjá~ªlda··iJq &ºI~gli>'âtra:v~~Bei:ri~nsâgeh.~SteSçeílJ\ªfl

º~brlme82prre\iPQEY9I!à·.dªfRJ6Z6g~·(fóiJ9.t~i[liiriQllàsªltlà~pa:esQQlahà'qltaT~ JQYélile&!UWva .. E!àb!iegqWâ·sEifresg.âtãdiiGt:irny·Yfdã·àTumaquâHra.a:à Tns;!ií\ílÇ'âô,'{Ql rêyMáaOhQ~pitar m~niçipàl!mail·fu()rfê\.KguàsYj\Qfâs.·depoi$i

Qà~clJê()GEltltêCJuê·.env[olí;àsme:nsâgen$s1f·apreàêntQu·êsPQQia6ê~mêi1!Elã qêíe"9â(lia~a:cOmpiínfià<to'ªº'ªdYS)gªªli;!là'~skC!ê<lê~tª~~J<lª'f~frª(2).I$I1i'.fQrQuvi<lo! 'ib~ra<lQ'~'a' PQ[[clç1sil9iíej!1vêsíi9â:H<lQ9!l5a~Ql

Fi:>hte::htlp:lIg1.globo.com/paranalnoticia/2012/03/jovem-morre-apos-ser-baleada-na­saida-da-escola-em-foz-do-iguacu.html

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quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

Jovem é morta com um tiro no rosto ao reagir a cantada

i\nªgiJ~'à.l:lªffl~~:ºI\YiJlEª~g;I;àn:ôêllfºi~?~,ªª~mªaª,çºm~llmfiEq'6QrQS-tº;~lí~ fuàd[l'igçi<iá·<lesf~''qQªr!à,feira~;if~fªô(EtQm6aiíêªêºàroàYªI><IEif1iâ'no'Uáiri'9IyfigUei çºlíiô:emNó~à@iãç~;ôªj3ª&à9ªE!l1mlQên:~ê~Qêªi;biqqçômàsR'f!meiri~ 1Hfc.Jr'iíiªçºêspils~ª~âs'liQnê§fêm9afiª~ª·Rl1liçlài~(jó·~()?·.S:PM{Mêsqui\à),elàteí'l~ si~ºB~(êàC!â·~pós.·reàgíraçªiíía<iidjeJ.im·tºíí~ºl

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QQ(itfiéâQÔriteçel.l·.pqr.\i()lta<l~S~@Ó.6ªR.uâ·llr9fes§()fa.·M<:lrli.per~if,iéJ~Çél,ya!ho! peftp<:lª-~làç<:lC!e.·Miglle!··Çpllto,Çi6Ct~ª~qºfêqiª!iJ~siª·éJ.e.çàrl1avâ\.Aríª.··~!i~âtiêíê. ~stªüâ§êéJlvêrtil1a6Qom.amigos.qllâ@(j·Jºrpâg~~.Í'áéJâpqr·umh()mÉl.m.Ao·s~t, Í'êpêlfdocom.l.lmtâpà;êIEl··~ât:ou·un'\âiírf!lâ.edE;pâ~Qlft:oriliGlâ·jôvê'm,.qlle·f!lqrreti.h~ OQtâiQ{!ifiiádó,,·.ço!lsê911iufug.irl

~.' t:ª§cff9iiEigisll"ád(ülií5ea".DR(p()~sejEi·6~9rpo.·deiÂfiª~lrsábetêlliriC!áêstariárlcl iílCllf(\Eispi!raélêtêrnoçâol

[qntê;ilhttp://noticias.r7.com/rio-de-janeiro/noticias/jovem-e-morla-com-um-tiro­no-rosto-ao-reagir-a-cantada-20120222.htm!

Aluno é acusado de atacar professora e

indiciado por estupro

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~driªr}o·~~tlldâY~.!lQ'qlJri;qdt'J§dt'Jª~rilªê4Qtj,'º!l(ero:áPó'~ªªuli)'d9Jl:irnqC!à m.an~ª;it'JlêJEl[fa§~pêfâ~Q(Í$çolega§:~ej@jj~lfem;t'Jmí;óiªpªrâ·p[gcural'.X:·éfiá's.a'ª ªe'prQfe~§Q[e~l

tf;Z~[~·!llJíH?,[j'iríà'~ªp~gíe.gl'i;()~sªSªªQPI[lª!lmmª.J~igª~ª·!Qcjg~.º~;diª~êp'a,.a!({~úri;q pafª·ilªb\1r()6Q6~UQêmi:iôe·eIª:iisiªYªrí.ªlês~QIil.;~I[()IêI()fit~mj:depÓj~:da'ªlJjªl qlJªílaº§f$ªW[ofeS:s()fat'J/~I'@;ElP'éiQijl[(ªreslªvªm;1:i9IC:\í(ª();eleIºi!ªJg";i$Wªª~ P[9fEis~õtê"s~çp:m;º.ií[e@t9dêlítªr;ª~Yi(jªS:JQ1:iªJ1IlQIª:vltrffiª·f{àiíí'!º·ªs.··ê~p,[l:Cllçºêsl êlelnvestiy:'çqn!fa.t'J:la.·Él. t~M()UJ:i~ijâ:la:f~rªr~~(~!i~;if~llol.'ªmQrC!~lrr\.,ªs·ii6~tas~·.ôQ~ lir"àçº~;ji,pr()f~~~Q'r'ª·.6()m~ç()lia.g'ii!ªr€lf()ng()çºirmª·p~fª[~ç~pçi()ni~ía;iquW~~~gó~~iª

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fõ~t~:!http://extra.globo. comI casos· de-policial aluno-acusado-de·atacar·professora­indiciado-por-estupro-4096061. html

Briga de ex -casal termina com casa incendiada e quatro pessoas feridas

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Fonte: http://extra. globo,coml casos-de-policia/briga-de-ex-casal-termina-com-casa­incendiada-quatro-pessoas-feridas-4074176, html#, TOrHFwSGzPk, facebook

segunda·feira, 27 de fevereiro de 2012

Preso acusado de estuprar menina em ônibus no Jardim Botânico

RIQ::PaülóRóiíêl"\óaii'$Jlva[Ílas,~é43:\3iiCis::suspeito de ter estuprado uma menor de 12 no último dia 15, dentro de um ônibus;t(lipres()êmijªg[ai)(enésíêsêpâd5;'po~ voíta,dâ~.·.1·5h3Qm;qi{ân~g'tênti.lYâ.â~sâl!âr·a(jâsJóv.erJilª~iil~();tlêúm;ª()lê\jÇq'a.â·.lin!lâ §lQ;Qâáltufâ'ÇJi.lRuii··JarºIíilE!Qtãiiicº;·.fj[lglrjdóqÚêê~íavªâtmâº();êl$ •• e~igi~ çtj[ulâ(!):Sêclií]tieW:);dé1'S:yjlimªs·éIªhêgqUã:Sêgúrªri.i~mâtle:[<~sJpég(Qªº,q[ê~ acQ"mpafj@·~s;'·.a'·umécãj~:aêíétr9ii:lçqpata lêfí!arR$··5Q();Qmo(9fiiilª·desé.ót'lfio\i·.dâ tn'qvimen1açâ6é,'çcíi11â"ãladâdépâssâgêlróS,imôbj!i,ióú'q$uªiJêilô;($:~gll~dijâ pol[cia,llmpedeslre'assisliâ'ãêêiíâ'eaqiohôúoiâí:Jê6tes):taI5~ .• P'~í~gacradepolléi~ {GãYfla),g\1~·fórªroªt~p..,e(é.ij1o .. ªPr'éndêrªmPªIl\º'RÓ~êr!9.:J~JnônElYâdôpara·.ª aêlêgªcia:qrjdê.f<.J.iJ~cºQh~ç@)Pºflft1â;;!~~tEimG!ihª.8'dqiistllRtQ"oqgrr!aQ[lo({iâ.151

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L.efà;rnªiSS6J)rê~sse.àss4!itQerij''http://oglobo.globo.comlrioIpreso-acusado-de­estuprar -menina-em-onibus-no-ja rdim-botanico-4068 717#ixzz1 natdyEXB @jQª~~fO:1~:tOqQs(lifElíIQs;reser\iaqil~.·a .• ·lnlogIQl:5Q7ÇQrli411ibªçãQ~B.ªitIQiRªÇi5ê'§ $:·A.í~~feima(Elrjªí:Jj~Ó]Rodé§erpl.iPlicaC!Q;~trªl)imíH(fºiR6ebfQªc!Qi$J;'fee:~llfiiQ\ºU rÊi.di~tri6UI(j({sem·íiU@iaç~91

Fonte: http://oglobo. globo. com/riol preso-acusado·de-estuprar-menina·em-onibus­no- jardim-botanico-4068717

sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

Estupro: um crime que cresceu 23 % em • • JaneIro

181

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Leiª mais'ijMeninª de 12 anos é estupmdª em ônibus no Jªrdim Botânico

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Fonte: http://oglobo. globo.com/riol estupro·um-crime-que-cresceu· 23-em-janeiro' 3994327

Postado por Casa da Mulher Trabalhadora às 11 :30 Nenhum comentário:

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Menina de 12 anos é estuprada em ônibus no Jardim Botânico

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sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

Um terço dos homens no Morro dos Prazeres já agrediu uma mulher, diz

• pesquIsa

Mais de 35% dos entrevistados disseram que já praticaram violência contra parceiras

Um levantamento divulgado neste sábado ro) pela ONG (Organização não Governamental) Promundo, retratou o cenário de violência contra a mulher no Morro dos Prazeres, em Santa Tereza, região central do Rio de Janeiro. Os dados mostram que mais de 35% dos homens entrevistados na comunidade disseram que já praticaram algum tipo de violência contra as próprias parceiras em algum momento da vida. Mas só 20% dos casos foram denunciados.

A pesquisa revela que 65% dos homens entrevistados já presenciaram parentes, amigos ou conhecidos cometendo algum tipo de violência contra mulheres. Mais de 40% relataram que a violência testemunhada foi praticada contra a mãe do agressor. De acordo com Márcio Segundo, coordenador de pesquisa e avaliação do Promundo, "os dados mostram que muitos dos homens que cometem violência contra a mulher foram testemunhas dos pais cometendo violência contra as mães".

- A base de tudo é o machismo e se a gente não fizer um trabalho para mudar a cultura do machismo, essa realidade não vai mudar muito.

O coordenador da ONG considera que é preciso ir além da informação.

- Existem pesquisas que mostram que mais de 90% dos homens conhecem a Lei Maria da Penha [que criminaliza violência doméstica], mas, mesmo conhecendo, continuam cometendo violência. A informação é importante, mas não é a única ferramenta. O

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lado punitivo pode fazer com que [os agressores] parem com isso, mas não tem sido suficiente.

quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

Justiça do Rio recebeu mais de 47 mil

ações sobre violência contra a mulher em

2011

Número de sentenças só não é maior porque muitas mulheres se reconciliam com os agressores

Um dos estados com o maior número de atendimentos a mulheres vítimas de violência, o Rio de Janeiro recebeu em 2011 mais de 47 mil ações contra homens agressores em seus sete juizados de Violência Doméstica e Familiar Contra a Mulher. Dados do Tribunal de Justiça do Rio (T J-RJ) informam que desde a implantação do primeiro juizado específico para essa matéria, em 2007, até novembro de 2011 foram abertas 153.746 mil ações. Do total, 63.213 culminaram com os acusados sentenciados. A diferença entre o número de ações e de sentenças ocorre, porque muitas mulheres reconciliam-se com os agressores e acabaram desistindo de levar adiante o processo.

De acordo com a desembargadora Cristina Gaulia, coordenadora da Comissão Estadual Judiciária de Violência Doméstica, o maior acesso à Justiça e à informação está diretamente ligado ao aumento significativo das ações desde a criação dos juizados. Em 2008, um ano depois da instalação dos primeiros dois juizados (Centro e Campo Grande, na zona oeste), foram iniciados 23.794 processos, quase 17 mil a mais que em 2007. Em 2009, o número passou de 32,6 mil, sendo que em Campo Grande o número de ações praticamente dobrou entre 2008 e 2009, ao chegar a 6.249 para 11.116 processos.

- Os juizados independentes, com um juiz titular sensibilizado para essa questão, previnem a vitimização da mulher na medida em que ela tem mais acesso à Justiça e à informação sobre seus direitos. E ao mesmo tempo trata o homem agressor, com psicólogos e assistentes sociais, prevenindo outras violências desse agressor contra mulheres.

Com uma equipe multidisciplinar (juiz, promotor e defensor especializados), as unidades estão instaladas em três bairros da capital (centro, Campo Grande e Jacarepaguá), em Niterói, região metropolitana, e em Duque de Caxias, Nova Iguaçu, São Gonçalo, na Baixada Fluminense. Para este ano, o tribunal deve instalar mais

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três juizados: em Volta Redonda, Campos de Goytacazes e Cabo Frio.

Os juizados de Violência Doméstica e Familiar Contra a Mulher foram criados a partir da Lei Maria da Penha (Lei 11.340/2006), exclusivamente para conhecer, processar e julgar casos relativos a denúncias de violência contra mulher. Para a defensora pública da 1" Vara de Família de Jacarepaguá, Cristiane Xavier, as mulheres estão mais esclarecidas sobre seus direitos, mas a expansão dos centros de Referência da Mulher e dos juizados de Violência Doméstica é fundamental devido à complexidade do crime .

. Se você sofrer um assalto ou outro tipo de crime, não vai mais ver o seu agressor, mas dentro da própria casa a violência se mantém. Então esse crime não pode ser tratado como um crime comum. A vítima precisa de um atendimento jurídico, emocional e psicológico e, em alguns casos, um abrigo e suporte para cuidar dos filhos.

Segundo a Secretaria de Políticas para as Mulheres, da Presidência da República, seis em cada dez brasileiros conhecem alguma mulher que foi vítima de violência doméstica. O machismo (46%) e o alcoolismo (31%) são apontados como os principais fatores que contribuem para a violência. O marido ou namorado é o responsável por mais 80% dos casos reportados. O medo é a razão principal (68%) para evitar a denúncia dos agressores.

Fonte: R7.com

sexta-feira, 16 de setembro de 2011

Policial civil executa esposa com quatro

tiros em Volta Redonda

Rio - Um policial civil aposentado é acusado de matar a mulher a tiros na manhã desta quinta-feira em Volta Redonda, no Sul Fluminense. De acordo com a polícia, Raimundo Luciano Mendonça, de 59 anos, executou a esposa, Heloisa Helena Isabel, 48, com quatro tiros após uma discussão.

De acordo com o delegado titular da 93" DP, Antônio Furtado, há uma semana o acusado flagrou uma mensagem de texto no celular da esposa de um homem que dizia "estar com saudades". Desde então Raimundo passou a ameaçar a mulher.

A cunhada da vítima e a filha do casal estavam na casa no momento do crime. Raimundo está foragido e teria dito a policiais que se apresentaria ainda nesta quinta. Agentes da 93" DP estão em busca do suspeito.

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Fonte: O Dia

segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Ex-marido escreve seu nome com uma

faca quente nas costas da mulher

Rio - A dona de casa Paula de Souza Nogueira Farias, de 22 anos, foi torturada por mais de quatro horas pelo ex-marido Neliton Carvalho da Silva, de 25, na presença do filho de um ano e meio, Nicolas, no apartamento 201 da Rua DW, no Pontal, Recreio dos Bandeirantes, Zona Oeste da cidade. Ela teve pernas, braços e rosto queimados com um ferro de passar roupas, durante a noite desta sexta-feira. Ele escreveu seu primeiro nome, em letras garrafais, nas costas da vítima, com uma faca sob alta temperatura. A vítima ainda levou socos e pontapés em várias partes do corpo.

Ex-marido agressor sorri durante apresentação na delegacia I Foto: Fabio Gonçalves I Agência O Dia

"Pensei que ia morrer. Fui marcada com um gado e tratada como um animal. Ele falou que eu ia ficar bem feia para não ficar com mais ninguém na minha vida. Falou

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que se eu o entregasse à polícia ele mataria meus outros dois filhos, de 7 e 5 anos, que são de outro relacionamento. Se ele for liberado, não sei o que será da minha vida. Tenho medo que ele volte e mate todo mundo", disse ela na 16" DP (Barra da Tijuca), onde o caso de tortura, ameaça e tentativa de homicídio foi registrado. O agressor alegou que o motivo seria ciúmes. Segundo Paula, o casal estava separado há um ano.

Paula contou que Neliton pediu para o ver o filho. "Fazia dois meses que ele realmente não via o menino. Como ele disse que me daria R$ 150 para as despesas, fui até a casa dele levar o garoto. Ele me recebeu bem, mas quando passei da porta começou o inferno. Ele me trancou dentro do apartamento e me acusou de ter relações com amigos dele. Aí ele me disse que ia apenas me torturar, mas não iria matar para eu lembrar sempre dele", disse ela. Com um ferro de passar roupas, o agressor queimou o rosto e as coxas da mulher, que ficaram em carne viva.

Os gritos da mulher não fizeram o ex-marido parar. Paula se contorceu em dores quando Neliton escreveu seu primerio nome nas costas dela. "Ele disse que para que toda a vez que eu estiver com outro homem, vou lembrar dele", disse. Ele usou uma faca sob alta temperatura para fazer as letras. Nos braços, ele desenhou as letras "enes". Após a sessão de torturas, o agressor levou a vítima até o ponto de ônibus. Ele

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pegou uma kombi e parou no Posto de Policiamento Comunitário (pPC) do Terreirão, no Recreio dos Bandeirantes. Ela foi levada para o Hospital Lourenço Jorge, na Barra da Tijuca, onde foi medicada.

Ainda bastante abalada com as agressões, a vítima contou que prestou queixa por agressão contra Neliton duas vezes na Delegacia Especial de Atendimento a Mulher (Deam). Há nove meses, ele encostou uma colher quente em seu rosto. "Ele sempre foi agressivo, mas jamais imaginei que pudesse chegar a esse ponto. Nunca pensei que isso poderia acontecer. Infelizmente meu filhinho assistiu tudo muito espantado. Espero que não fique traumatizado", disse. O caso foi registrado na 16" DP (Barra).

Fonte: O Dia

sexta-feira, 19 de agosto de 2011

Animal dá surra de pedra na ex-mulher

Um homem acusado de agredir a ex-mulher a pedradas foi preso, no fim da tarde de sábado, por policiais da 62" DP (Imbariê). Segundo informações da Polícia Militar, a ex-mulher do agressor foi à delegacia com ferimentos na cabeça e no braço direito e contou que seu ex-marido, Adriano do Nascimento, de 40 anos, havia lhe atacado.

Em depoimento, a vítima disse que Adriano chegou em casa embriagado, pegou uma pedra de mármore e começou a agredi-la. Um dos golpes atingiu sua cabeça.

Os policiais foram até a residência da vítima, que fica no bairro de Imbariê, em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, e prenderam Adriano em flagrante.

Ainda de acordo com os militares, o ex-marido agressor poderá responder por tentativa de homicídio. Adriano vai ser encaminhado para uma casa de custódia, em Bangu, na Zona Oeste do Rio.

Fonte: MeiaHora

Morre mulher que foi queimada

Suspeito já está atrás das grades

Internada há quatro dias no Hospital do Andaraí com 95% do corpo queimados, a balconista Maria de Fátima noia, 21 anos, morreu na noite de segunda-feira. A família da jovem acusa o gerente da padaria onde ela trabalhava, na Tijuca, Alberto Bandeira da Silva, de ter cometido o crime. Ele foi preso na manhã de ontem, em São

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João de Meriti, na Baixada Fluminense.

"Acabou o sonho de toda a nossa família. Se tiver justiça neste País, eu queria que ele sentisse a mesma dor que minha namorada sofreu. Mas a gente não se livra da justiça de Deus, ela não falha", disse o namorado da vítima, o balconista Eliano Barbosa.

o crime aconteceu na última qUinta-feira, no Morro do Borel. Segundo familiares da vítima, Alberto perseguia Maria de Fátima e a assediava com frequência. No dia do atentado, ela teria sido surpreendida por Alberto, que a teria agredido com um golpe na cabeça. Inconsciente, Fátima foi levada para dentro de casa. O suspeito teria amarrado os pés e mãos da jovem, jogado álcool e ateado fogo no corpo dela.

O irmão da vítima, José de Arimatéia Iloia, contou que Maria de Fátima deixou o Rio Grande do Norte para tentar a sorte no Rio e ajudar a mãe. "É o sonho de todo nordestino: vir para a cidade grande para trabalhar e ajudar a família. E hoje nosso sonho acabou".

Família defende o acusado

Alberto Bandeira da Silva foi preso em Vila Norma, São João de Meriti, e levado para a 19' DP (Tijuca).

Familiares defenderam o gerente. "Meu irmão é inocente. Na hora do crime, ele estava na academia, em Meriti, e pode provar. Ele negou que tenha assediado a jovem. Segundo os funcionários da padaria, era ela quem o assediava" acusou o irmão de Alberto, que se identificou apenas como Henrique.

Segundo a polícia, Alberto também responde a um processo por outra agressão contra a ex-companheira. Ela também esteve na delegacia e negou que tivesse sido agredida.

Fonte: MeiaHora

Segunda-feira, 8 de agosto de 2011

Homem mata namorado da ex-mulher e causa pânico na Barra da Tijuca

Polícia suspeita que o crime seja passional; assassino foi preso em flagrante

Marcelo Bastos e Evelyn Moraes, do R7 I 02/08/2011 às llh12 I Atualizado em: 02/08/2011

às llh43

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Um crime, que a polícia suspeita ter motivo passional, assustou moradores da Barra da Tijuca, na zona oeste do Rio de Janeiro, na manhã desta terça-feira (2).

O português Rolando Emanuel Morgado Simões Palma, de 49 anos, foi assassinado na avenida Afonso de Taunay, na altura do número 660.

De acordo com a polícia, ele saía de carro com a namorada, Regina Márcia D'Ávila de Oliveira, de 48 anos, e o filho dela, de 13 anos, no edifício onde ela mora, quando foi atingido por dois tiros disparados pelo ex-marido da mulher, o advogado Antônio Passos Costa de Oliveira, 61 anos.

Segundo os agentes da OH (Delegacia de Homicídios), Oliveira tentou entrar no prédio no fim da noite de segunda-feira (1°), mas o porteiro não permitiu a entrada dele.

Nesta terça-feira, por volta das 7h15, quando Regina saía de carro do edifício, o ex-marido se aproximou e começou a discutir com a ex­mulher. Nervoso, ele pegou uma pistola calibre 380 e começou a atirar contra o veículo.

O português, que desceu do carro para tentar controlar a briga do casal, foi baleado no pescoço e na perna. Ele não resistiu aos ferimentos e morreu. A mulher foi atingida por estilhaços de bala na cabeça e levada para um hospital. O adolescente nada sofreu.

A polícia suspeita que Oliveira tenha problemas psicológicos e não aceitava a separação. Após os disparos, ele seguiu em direção aos policiais e foi preso em flagrante. Ele estava com a roupa suja de sangue. O crime aconteceu a poucos metros da OH.

De acordo com a polícia, o português chegou ao Brasil no dia 16 de julho e pretendia sair do país no próximo dia 28. Ele e Regina teriam se conhecido pela internet.

FO NTE: http://noticias.r7 .comjrio-de-ja neirojnoticiasjhomem-mata-namorado-da·ex-mul her­

e-causa-panico-na-barra·da-tijuca-20110802.html

segunda-feira, 25 de julho de 2011

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Mais uma mulher morta estrangulada na quarta feira.

Na madrugada do dia 20 de julho (quarta feira dessa semana) Webson Rodrigues juntado a mais de vinte anos com Teresa Lopes de Sousa de 44 anos assassinou a sangre frio a esposa e mãe de seus dois filhos na Cidade de Deus. Webson Rodrigues foi levado à delegacia de Homicídios da Barra, mas inexplicavelmente está solto às ruas. A parente da vítima pertence e é atuante na REDE FEMINISTA de Arte Urbana REDE NAMI.

A vizinha escutou barulhos de agressão e preferiu não chamar a polícia. Uma pessoa que viu a sombra do assassino estrangulando a sua esposa é que intercedeu, mas chegando na casa Teresa já estava morta.

Sei que é triste receber esse tipo de mensagem. Mas por favor, divulguem e vamos nos manifestar para que prendam o assassino e esse tipo de crime seja coibido. Antes liberavam o agressor porque batia e não matava. E agora que se mata, será liberado também? Até quando ficaremos a mercê dessas situações que desrespeitam a dignidade humana?

Se for possível, manifestem o repúdio à violência contra a mulher e contra os direitos humanos.

Por mundo mais digno, respeitoso e humano. Nataraj Trinta www.redenami.com

quarta-feira, 1 de junho de 2011

Homofobia: motorista de táxi agride lésbica

Publicitária desmaiou e perdeu 70% de sua audição após levar um tapa no ouvido. O taxista se irritou ao vê-Ia embarcar no automóvel de mãos dadas com namorada

Casal de lésbicas foi vítima de taxista homofóbico na madrugada de 8 de maio, após sair de uma festa na Mansão Laranjeiras, no bairro de Santa Teresa. A publicitária e musicista Eliza Schinner, 29 anos, conta ter levado forte tapa no ouvido esquerdo porque entrou no táxi - que não era de cooperativa e estava em frente ao local do evento - de mãos dadas com sua namorada.

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Eliza conta que já foi alvo de homofóbicos até em point gay em Ipanema: ela não denunciou o taxista porque não conseguiu anotar sua placa I Foto: Felipe Q'Neíll / Agência Q Dia

Segundo Eliza, a viagem só durou dois minutos, suficientes para o motorista dar arrancadas bruscas. "Estávamos descendo uma ladeira, no sentido Laranjeiras, e ele dirigia perigosamente. Pedi que pegasse leve na velocidade", conta. Ainda de acordo com seu relato, ele não respeitou e disse: "Continua fazendo essa merda aí atrás, que eu continuo aqui na frente". Ela diz que estava apenas conversando com a namorada.

Ao ouvir a resposta, a musicista retrucou: "Você quer me matar e ainda é homofóbico?". Ele teria respondido que sim. A vítima pediu que encerrasse a corrida, pela qual se recusou a pagar e, ao sair do carro, o taxista teria ido em sua direção e dado um forte tapa no seu ouvido esquerdo - o que prejudicou em 70% sua audição. Depois da agressão, ele saiu rapidamente do local, e ela não chegou a anotar a placa do veículo.

Devido à falta de informações sobre o agressor, Eliza - que afirma conviver com atos discriminatórios nas ruas - não quis registrar o caso na delegacia. Além de lamentar o caso, ela reclama dos cuidados redobrados que deve ter com seu ouvido agora: "Farei teste para saber se recuperei minha audição, mas não posso mais tocar sem proteção" .

o QUE FAZER Vítimas de homofobia podem recorrer às ações implementadas pelo governo do estado, com apoio de ONGs e prefeituras, através do 'Rio Sem Homofobia'.

CENTROS DE REFERÊNCIAS DE PROMOÇÃO DA CIDADANIA LGBT Serviço de atendimento jurídico, social e psicológico, de segunda a sexta, das 9h às 18h. Unidades já inauguradas na capital, na Central do Brasil, 7 o andar, e em Friburgo, na Av. Alberto Braune 223, Centro,

DISQUE-CIDADANIA LGBT (0800 023 4567)

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Serviço telefônico de atendimento 24h e ininterrupto, para orientar e acolher LGBTs, familiares e amigos em situação de violência.

Foto: Felipe O'Neill I Agência O Dia

quarta-feira, 1 de junho de 2011

Homem é acusado de matar ex-namorada em motel no Rio

o corpo de uma mulher foi encontrado pela polícia na tarde de quinta-feira com sinais de asfixia dentro de um motel em Campo Grande, na zona oeste do Rio de Janeiro. Rosineyde Rodrigues Haiki, 29 anos, teria sido morta pelo ex-namorado, José Carlos Barreto dos Santos, 31 anos, que não se conformava com o fim do relacionamento.

Após o crime, o suspeito teria usado um sabonete para escrever o seguinte recado no espelho do quarto: "Polícia não se brinca. Ela estava me traindo com o ex dela, Vou queimar ele". A mensagem seria uma tentativa de incriminar o atual namorado de Rosineyde, que é policial.

o relacionamento entre vítima e o suspeito durou três anos e terminou no início de 2011. Apesar do rompimento, os dois mantinham encontros eventuais. No início da noite da última quarta-feira, o casal entrou de moto no motel. Duas horas depois, José saiu pelos fundos do estabelecimento. De acordo com a polícia, os funcionários só encontraram o corpo de Rosineyde, que completaria 30 anos neste sábado, por volta das 14h da última quinta. Eles informaram que José havia pago pelo período de 12 horas e, após isso, a gerência não conseguia contato com o quarto por telefone. Os funcionários resolveram então arrombar a porta, O fio do telefone do quarto estava cortado.

Fonte: Terra

Sem confronto, polícia resgata corpo de mulher morta na Rocinha

Moradores dizem que perícia demorou três dias

O corpo de uma mulher, que se chamaria Paloma, 33 anos, foi retirado na manhã desta terça-feira (31) da Rua 4, na Favela da Rocinha (Zona Sul do Rio). Segundo a família, a mulher foi assassinada pelo próprio namorado no último fim de semana. A polícia, no entanto, só esteve no local para periciar o cadáver três dias após o comunicado na 15a DP (Gávea).

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Por volta das 9h, um grupo de policiais civis da Divisão de Homicídios da Capital e da Coordenadoria de Recursos Especiais, iniciaram uma ação na favela para chegar até o imóvel onde estava o corpo.

o autor do crime teria sido o próprio namorado da vítima. Ele já teria assassinado uma outra mulher na região, e depois de matar Paloma, fugiu. Os dois costumavam se drogar juntos. Paloma, segundo amigos, fazia uso de cocaína e álcool.

Fonte: Jornal do Brasil

terça-feira, 31 de maio de 2011

Homem mata mulher a facadas dentro de motel

RIO - A polícia suspeita que a morte de Aline Lima Moragas da Rocha, de 31 anos, assassinada na quarta-feira com mais de dez facadas no Motel Classic, em Cascadura, foi premeditada pelo marido, Adriano Souza de Araújo, de 37. Segundo o delegado Guilherme da Silva, titular da 28" DP (Campinho), Adriano, que foi preso em flagrante, tem um histórico de agressões contra a vítima. O autor do crime foi indiciado por homicídio qualificado. A faca foi encontrada no local.

Imagens do sistema de segurança do motel foram divulgadas na quinta-feira. O casal chega às 15h42m. Catorze minutos depois, às 15h56m, funcionários se aproximam da porta do quarto, pois tinham ouvido gritos. Adriano, sem camisa, se atira no chão do corredor, sujo de sangue. Aline já estava morta.

A mulher foi enterrada no Cemitério do Murundu, em Realengo. Em janeiro, ela fora agredida pelo marido com uma enxada. A mãe da vítima registrou queixa, mas Adriano não foi indiciado.

Leia mais sobre esse assunto em O Globo © 1996·2011. Todos os direitos reservados a Infoglobo Comunicação e Participações S.A.

terça-feira, 31 de maio de 2011

Números apontam aumento na violência contra mulheres no Rio

Estudo do Instituto de Segurança Pública mostra que vem aumentando o número de registros de violência contra a mulher. Em 2010, foram registrados 25% mais estupros do

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que em 2009. As ameaças aumentaram 6,2% e as ocorrências de lesão corporal, 1,1 %. Fonte: G1.com.br

Terça-feira, 17 de maio de 2011

Ex Marido Ciumento fere dois em Niterói

Revoltado com o fim do casamento, homem de 23 anos foi até o restaurante onde a ex trabalha para matá-la, mas ela escapou

Inconformado com o fim do casamento, há um ano, Márcio Martins Cerqueira, de 23 anos, feriu dois funcionários de um restaurante onde a ex-mulher trabalha na madrugada deste sábado (14), em Niterói, na Região Metropolitana do Rio. Armado com um revóver calibre 38, ele disparou contra um cozinheiro e um motoboy que, mesmo ferido, reagiu e fez com que Márcio fosse preso. A ex-mulher, Michele Rocha da Silva Melo, de 22 anos, conseguiu escapar.

Descontrolado, Márcio Martins Cerqueira invade restaurante em Niterói e fere dois colegas de trabalho da ex-mulher

De acordo com a polícia, disfarçado com uma touca ninja Márcio tentou forjar um assalto ao restaurante na Estrada Francisco da Cruz Nunes, número 6.684, no bairro de Itaipu, pouco depois da meia-noite. Michele, a ex-mulher, trabalha como atendente no local.

Ao ouvir a voz de Márcio, ela se escondeu no banheiro. Enquanto isso, seu ex-marido se descontrolou e atingiu o motoboy Bruno Rodrigues da Costa, ferido de raspão na perna, e o cozinheiro Isaquiel Leite, que levou três tiros que o atingiram na barriga, na perna e no pescoço.

o motoboy Bruno conseguiu reagir e lutou com Márcio. Foi quando o atingiu com um extintor de incêndio. Outros funcionários que presenciavam a briga aproveitaram

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para imobilizar o agressor.

Policiais do 12° BPM (Niterói) foram ao local e prenderam Márcio. Ele e Michele foram casados por quatro anos e têm um filho de três. Segundo ela teria relatado aos PMs, seu ex-marido já a teria agredido antes, o que a fez procurar a Delegacia da Mulher.

Os feridos receberam atendimento no Hospital Azevedo Lima, em Niterói. Bruno, ferido de raspão, já recebeu alta. Isaquiel permanece internado e não foi divulgado até agora se está em estado grave.

Fonte: IG Último Segundo

18 de Maio: índices de violência sexual continuam alarmantes

Desde que o Disque 100 entrou em funcionamento - em maio de 2003 - até março de 2011 o serviço registrou 66.982 denúncias envolvendo situações de violência sexual praticadas contra crianças e adolescentes. Neste período, o estado que aparece com o maior número de denúncias é a Bahia, com 7.708 casos. Na sequência aparece São Paulo (7.297 denúncias) e Rio de Janeiro (5.563). É importante ressaltar que cada uma das denúncias pode representar que houve uma ou mais formas de violência praticadas contra uma ou mais pessoas.

Somente no primeiro trimestre de 2011, ainda de acordo com os dados do Disque 100, foram registrados 4.205 casos de violência sexual contra meninos e meninas, sendo a maioria das vítimas do sexo feminino. O contexto dessa violência é variado, fator que justifica a urgência de enfrentamento da problemática e a necessidade de articulação entre os diversos atores sociais.

Fonte: Direitos da Criança

quinta-feira, 5 de maio de 2011

'Foi um ato episódico, um desatino de paixão', diz juíza que soltou assassino confesso de universitária

A dor de Sueli Gonçalves de Souza - que teve sua filha, a estudante Mariana Gonçalves de Souza, de 21 anos, executada, em 7 de março deste ano, por um homem que alegou amá-la - não interferiu na opinião da juíza Elizabeth Louro, do 4° Tribunal do Júri, que resolveu soltar o assassino confesso Luiz Carlos Oliveira, de 50 anos.

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Em entrevista ao EXTRA, nesta quarta-feira, a magistrada afirmou que manteria Luiz Carlos em liberdade, caso não estivesse de férias quando ele teve a prisão temporária decretada por outra juíza, em 8 de março.

- Foi um ato episódico, um desatino de paixão e que dificilmente ele (Luiz Carlos) vai encontrar outra mulher pela qual ele se apaixone dessa maneira. Não vi clamor público que motivasse a manutenção de sua prisão. Ele facilitou as investigações se entregando no dia seguinte e confessando o crime. Também não vi, nos autos, qualquer ameaça a outras pessoas envolvidas no processo, como familiares da vítima - disse a magistrada.

Revoltada, a mãe de Mariana, Sueli Gonçalves de Souza disse se sentir injustiçada, numa entrevista à rádio BandNews: "Eu estou indignada com a injustiça, porque um homem desses, um assassino, um monstro, fez o que fez com minha filha, na escola. E agora essa juíza deu liberdade a ele para ficar solto por aí? Daqui a pouco vai ter outra Mariana na vida dele e ele vai fazer a mesma coisa".

Tia de Mariana, Sirley Gonçalves disse, também à BandNews, que acha a decisão da juíza absurda: "O que mais ele vai precisar fazer para ela se convencer de que ele causa perigo?".

Nesta quarta-feira o Ministério Público recorreu da decisão de primeira instância que colocou Luiz Carlos em liberdade.

'E cadê os direitos da vítima?'

As declarações da juíza Elizabeth Louro indignaram representantes de entidades de defesa dos direitos das mulheres. Para Maria da Penha Maia Fernandes, que ficou paraplégica após ser espancada pelo marido, a decisão de soltar Luiz Carlos pode incentivar outros assassinatos de mulheres.

- A juíza citou os direitos fundamentais do réu para soltá-lo. E onde ficam os direitos fundamentais da família da vítima? Cadê o exemplo para outros homens que, em nome dessas paixões, cometem atos violentos contra mulheres? Passar a mão na cabeça de um agressor pode estimular outros. As pessoas que estão julgando também deveriam se colocar no lugar da vítima - disse Maria da Penha, que emprestou o nome à lei federal que pune agressões domésticas contra mulheres.

Para Rogéria Peixinho, da Articulação de Mulheres Brasileiras (AMB), a "juíza é despreparada para o cargo":

- Por mais que cause surpresa e indignação, esse tipo de decisão equivocada é bastante comum entre os operadores do direito. A juíza pensou nos direitos do réu sem lembrar dos direitos da família da vítima. Enquanto o amor platônico servir de justificativa, mais mulheres continuarão sendo assassinadas. Matar por amor não é justificativa. Quem ama, não mata.

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Fonte: Extra

* Mais informações sobre o caso.

Grávida é enforcada e retalhada em Mesquita

Crime aconteceu na frente do filho de 6 anos. Suspeito está foragido

Um crime bárbaro chocou moradores de Mesquita, na Baixada Fluminense, na madrugada de ontem. Cleidiane Moraes da Silva, de 25 anos, que estaria grávida, foi enforcada e teve o corpo retalhado com uma lâmina, da cintura para baixo. Segundo a polícia, o crime aconteceu na frente de um dos filhos da vítima, de apenas 6 anos. Antes de fugir, o assassino pintou as iniciais de uma facção criminosa nas paredes da residência e escreveu nome de outras possíveis vítimas.

o crime aconteceu na casa de Cleidiane, no Morro da Coreia. Segundo a polícia, o suspeito· cuja identidade vem sendo mantida em sigilo para não atrapalhar as investigações' já teria tido um relacionamento com Cleidiane e é foragido da Justiça. O corpo da mulher foi encontrado pelo atual namorado. A vítima tinha dois filhos, um de 6 e outro de 4 anos.

De acordo com o delegado da 53" DP (Mesquita), Julio da Silva Filho, a investigação está no começo, mas aparentemente não há relação com o tráfico de drogas, apesar da sigla escrita na parede. Ele, no entanto, não quis dar mais detalhes.

Segundo os policiais, existe ainda a suspeita de que Cleidiane tenha sido assassinada porque denunciou o criminoso à polícia. O corpo da vítima foi levado ontem para o Instituto Médico·Legal (lML) de Nova Iguaçu. Os dois filhos da vítima estão sob os cuidados da avó materna.

Fonte: MeiaHora

Evangélica é estuprada e executada na Baixada

Jovem de 19 anos foi atacada no caminho entre o ponto de ônibus e a sua casa, ao voltar de culto. Ela ficou até tarde na igreja por causa da chuva.

Um crime bárbaro assustou moradores de Jardim Laranjeiras, em Nova Iguaçu, na

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Baixada Fluminense. A estudante Tairine de Morais da Silva, 19 anos, foi encontrada morta na Estrada de Madureira, na manhã de ontem. Ela teria sido atacada de madrugada, quando voltava de um evento religioso. Segundo a polícia, há indícios de que a jovem tenha sido estuprada.

Tairine frequentava a Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias no bairro Rosa dos Ventos. Ela vinha de uma atividade para jovens na sede de Jacarepaguá. Por causa da chuva que inundou o Rio na noite de segunda·feira, a jovem só conseguiu voltar para casa já de madrugada.

Segundo testemunhas, Tairine desceu do ônibus na Estrada de Madureira por volta de 1 h da manhã. A polícia acredita que a jovem tenha sido atacada durante o trajeto até a sua casa. O corpo da estudante foi localizado por volta das 6h, mas só foi retirado do local já na tarde de ontem. A mãe da jovem, Társila Silva de Morais, ficou em estado de choque ao ver a filha, segundo informações passadas por representante da Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias.

À espera de laudo

O delegado'adjunto da 56' DP (Comendador Soares), Renato Mariano, espera o resultado de exames para confirmar se houve violência sexual. "Mas há indícios de que a jovem foi estuprada antes de ser morta. Solicitei um exame cadavérico, somente o laudo poderá confirmar", afirmou o delegado, que não quis dar mais detalhes sobre o caso para não atrapalhar as investigações. "Estamos colhendo informações para auxiliar no esclarecimento desse crime. Ouviremos parentes e amigos que estavam com ela na igreja".

Fonte: MeiaHora

* Sobre o caso Mariana Gonçalves de Souza, acesse: http://www.gabrielasoudapaz.org/memorial/362-Mariana-Goncalves-de-Souza.htm

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ANEXO 4: Contribuição sobre avaliação da situação no município de Volta

Redonda

Segundo informações da associação de mulheres Beth Lobo, dados

do Dossiê Mulher 2012, referente as ocorrências registradas no ano de 2011,

em relação ao crime de Estupro apontou que Volta Redonda foi um dos

municípios que apresentou um dos maiores números de vítimas desse crime

no interior do estado do Rio de Janeiro, ficando atrás somente de Itaboraí e

Angra dos Reis.

Em relação ao crime de Ameaça o Dossiê Mulher 2012 aponta que Volta

Redonda é o município do interior do estado que apresenta o maior número de

vítimas registrado num total de 1.796 registros, sendo o 3° em registro desse

crime no interior.

Quanto aos crimes de tentativa de homicídio apresenta um número de

13 vítimas; Homicídio Doloso, 05 vítimas; lesão Corporal Dolosa, 1.334 vítimas.

Apesar do alto índice de violência contra a mulher em Volta Redonda e

municípios da região que levou à criação de uma delegacia especializada em

dezembro de 200, ainda não foram implantados o Juizado de Violência

Doméstica e Familiar ou serviço especializado da Defensoria Pública, sendo os

casos e atendimentos e vistos junto com quaisquer outras situações.

Os serviços de atendimento a mulher, na avaliação da Associação de

Mulheres Beth Lobo e do Fórum de Prevenção e Enfrentamento a Violência

Contra a Mulher do Sul Fluminense estão funcionando precariamente, uma vez

que a Casa da Mulher Berlha Lutz, implantada no município em 1993, com um

Centro Especializado de Atendimento a Mulher para prestar o

atendimento psicológico, social e jurídico à mulher em situação de

violência, com equipe multidisciplinar específica e qualificada foi

transformado num CREAS que não atende os objetivos iniciais propostos.

A Casa Abrigo para mulheres em situação de" risco de vida iminente,

criada em 2000 com sede e equipe multidisciplinar próprias também teve sua

equipe e sede desfeitas, desviando-se assim do padrão mínimo de exigência

para o seu pleno funcionamento como moradia protegida e atendimento

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integral e interdisciplinar às mulheres e seus filhos menores o que compromete

o atendimento.

Quanto ao atendimento no Juizado de Violência Doméstica contra a

Mulher e Especial Criminal, podemos dizer que sentimos certa melhoria, uma

vez que diminuíram os números de casos de prescrição.

Na Defensoria Pública ainda há dificuldade no atendimento.

Não conseguimos informações na DEAM dos registros de 2012 e

estamos encaminhando em anexo algumas matérias de jornais de 2010, 2011

e 2012 a título de ilustração dos casos ocorridos na região.

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ANEXO 6: Contribuição de Volta Redonda

INQUÉRITO 494/08 - MARIA APARECIDA ROSELI MIRANDA

INQUÉRITO N° 494/08 - 90' Delegacia de Polícia de Barra Mansa/RJ

INQUÉRITO N° 494/08 - 90' Delegacia de Polícia de Barra MansalRJ -Homícidio de MARIA APARECIDA ROSELI MIRANDA ocorrido dentro da Empresa Companhia Siderúrgica Barra Mansa/ Votorantin Metais de Barra Mansa

MARIA ROSELI MIRANDA, brasileira, solteira, residente na Avenida Beira Rio, 501, Vista Alegre - Barra Mansa/RJ, trabalhava na empresa GranSapore, prestadora de serviço à Siderúrgica Barra Mansa na área de alimentação, fazia turno de revezamento em dias alternados, no horário de 10 as 14 horas e 11 as 15 horas. Maria Aparecida Roseli teve um relacionamento com Marcelo da Silva Nascimento com quem teve um filho - Lucas Miranda do Nascimento Em 20 de fevereiro de 2008, compareceu à 90' DP de Barra Mansa o Dl'. Ronaldo Neves de Araújo, advogado da Empresa SBM - Siderúrgica Barra Mansa para comunicar que haviam encontrado um corpo no pátio de sucatas da empresa, enrolada em um saco plástico amarelo, corpo este mais tarde identificado como sendo de Maria Aparecida Roseli Miranda, que estava desaparecida desde o dia 17 de fevereiro do corrente ano.

No dia 18 de fevereiro o Sr. Antonio Miranda, pai de Maria Aparecida Roseli de Miranda compareceu a 90 a DP de Barra Mansa para comunicar o desaparecimento da filha Maria Aparecida Roseli Miranda, informou que a última vez que viu a filha foi no dia 17 de fevereiro, por volta das 9h 50', quando saiu para trabalhar no horário de 10 as 14 horas, que 10 minutos depois de sair ligou para casa para pedir a sua mãe que arrumasse seu filho Lucas, colocasse algumas roupas e os remédios do menino em uma bolsa que Marcelo,

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o pai do menino iria até sua casa para busca-lo. O Sr. Antonio Miranda informou que após as 15 horas, quando a filha não retomou para casa foi até a empresa na esperança de encontrar a filha, pois a mesma não costuma sair para outros lugares após o trabalho, quando foi informado que Aparecida Roseli não teria comparecido ao trabalho naquele dia.

Em depoimento na 90a DP, após a identificação do corpo de Maria Aparecida Roseli o Sr. Antonio Miranda informou que só foi comunicado do fato pela empresa na parte da tarde, que a filha é muito responsável e nunca sai para passear, que ela se ocupa muito com o cuidado do filho, que um dos porteiros da empresa afirmou para a irmã de Maria Aparecida Roseli que a mesma havia comparecido à empresa no dia 17/02, o que foi confirmado na gravação do Sistema de monitoramento da portaria, que registra a entrada de Maria Aparecida Roseli, porém não há registro no cartão de ponto da referida funcionária.

Desde fevereiro de 2008 o Sindicato dos Metalúrgicos/SF, através da Secretaria da Mulher vem acompanhando o caso junto às autoridades competentes afim de o caso seja solucionado, já se passaram 4 anos e o crime continua sem solução. Esse assassinato aconteceu dentro da empresa, num domingo, quando tinha um número reduzido de funcionários trabalhando.

A família, os amigos, o Sindicato dos Metalúrgicos, as organizações de mulheres da região e a sociedade esperam uma resposta para esse crime bárbaro, cometido contra lUna mulher no seu local de trabalho.

Excelentíssima Senhora Chefe de polícia Martha Mesquita da Rocha, conhecedores de Vosso empenho e compromisso com o fim da impunidade e com o fim da violência contra a mulher, vimos à V. presença solicitar o seu apoio para a elucidação desse crime, para que não complete 5 anos sem solução. Queremos justiça, esse é o nosso clamor.

Certos de Vossa compreensão.

Atenciosamente.

Volta Redonda, 21 de maio de 2012.

Renato Soares Ramos

Presidente do Sindicato dos Metalúrgicos/SF

Maria Conceição dos Santos

Secretaria da Mulher do Sindicato dos Metalúrgicos do Sul Fluminense

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ANEXO 7: Contribuição sobre avaliação da situação nos municípios de

Cabo Frio e Búzios

Contribuição de Cabo Frio I Movimento de Mulheres de Cabo Frio - MMCF

Com a intenção de contribuir e tendo em vista a minha atuação direta com

as usuárias posso relacionar algumas dificuldades enfrentadas. São elas:

- Lei de criação do CRAM vetada;

- Falta de uma secretaria própria;

- Fazer parte da Secretaria de Assistência;

- Falta de orçamento próprio;

- Falta de aproximação com o poder estadual;

- Falta de fóruns de discussão das dificuldades;

- Falta do Juizado de Violência Doméstica;

- Ausência de capacitação na rede de atendimento;

- Rede INFORMAL de atendimento;

- Falta de concurso público;

- Mudanças frequentes de membros da equipe; e

- Dificuldades com o Poder Judiciário.

Contribuição da AMAB - Associação de Mulheres de Búzios

Em Búzios, segundo uma conversa informal com os inspetores da

Delegacia de Policia, são atendidas de 2 a 3 mulheres ao dia, se queixando de

violência familiar. Segundo os mesmos, alguns homens têm ficado presos. Mas

esses são relatos isolados e sem comprovação documental. Na periferia da

cidade, nos bairros onde habita a gente mais pobre, as mulheres continuam

sofrendo muitas agressões. É preciso contar com uma PM confiável para o

pronto atendimento, quando requisitada. Em geral, quando chamada pra esses

motivos (salvar ou defender uma mulher) a PM não comparece. Sabedoras da

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desqualificação que sofrem suas queixas, as vítimas desoladas buscam,

sozinhas, sobreviver.

O Programa Cavad, que se instalou em 2005, na cidade, capacitou

alguns PMs, a maioria dos policiais civis da delegacia, entre os que atuariam

na frente de combate à violência. Até 2008, quando o Programa foi desativado

(por falta de incentivo financeiro), trabalhamos com homens, em grupos de

reflexão (teve inicio antes mesmo de Lei Ma da Penha), dentro das instalações

da própria 127a DP. Esse contato semanal com os policiais, nos aproximou e

criou canais de acesso a possíveis problemas nos atendimentos às vitimas.

O Poder judiciário local oficiava diretamente ao Cavad que atendia às famílias

e, portanto, às vitimas, em consultório de atendimento psico-social, em local

diferente dos homens agressores.

Criamos o Grupo de Ajuda Mutua entre Mulheres, visando a auto­

sustentabilidade da ação de se protegerem contra a violência. Isso também

lhes possibilitava o protagonismo político na cena social. Invariavelmente, o juiz

contava com os serviços do Cavad, único dispositivo do tipo, e expressava

enorme satisfação com os resultados. As mulheres também davam feedback

bastante positivo no que se referia á confiança na transformação de seus ex­

parceiros.

Em Búzios, mulheres, jovens ou crianças vitimas de violência sexual

têm que se submeter ao IML de Cabo Frio e são, geralmente, atendidas por

médicos sem qualquer delicadeza pra abordar assuntos tão devastadores e

corpos tão aviltados. Na maioria das vezes esses profissionais são do sexo

masculino o que configura em revitimação da agredida.

O Poder Judiciário local conta com 2 varas e chegou a ter 2 juízes.

Atualmente, apenas uma juíza tem atuado, embora não ocupe cargo

permanente em qualquer das 2 varas. A Defensoria Publica sempre foi

deficitária e, por isso, o Cavad fez parceria com alguns advogados da cidade

pra que atendessem, gratuitamente, fazendo a inicial dos processos de

separação do casal. Nunca tivemos qualquer representação da OAB no

municipio.

Mesmo desativado, o Cavad continua orientando algumas ações,

quando solicitado. Assim, ao ser agredida, recentemente, uma vitima procurou

a Amab que me pediu orientação de procedimento. Embora a Delegacia não

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quisesse receber a queixa, ao constatarem que a mulher estava acompanhada

por outras mulheres e que, uma delas, era advogada, receberam a denúncia.

Finalmente, reafirmo minha posição de que devemos nos valer dos

dispositivos já instalados (se não são patologicamente deficitários) e capacitar

cada vez mais e melhor a mão de obra potencial e efetivamente existente.

Desse modo, qualquer delegacia serve pra atender aos casos referentes às

causas do gênero feminino. As Defensorias Públicas deveriam ser maiores e

mais abrangentes. Os IMLs e os serviços médicos, de modo geral, também

precisam de capacitação pra aprenderem a lidar com casos delicados que

indicam mais do q um corpo ou órgãos. Necessitam de capacitação todos os

operadores, enfim, desde os juízes aos atendentes que lidam com vitimas. A

maior e mais contundente necessidade é de abrigos que possam receber

mulheres e famílias que devem ser afastadas do convívio pra terem suas vidas

resguardadas.

A luta contra preconceitos e discriminações deve ser implementada

desde cedo, nas escolas e na sociedade, através de seus instrumentos. A

educação das crianças deve ter, entre outros ensinamentos, entre as matérias

da grade escolar, ética e respeito pela vida própria e pela do outro, seja ele

humano, vegetal, mineral ou animal. Isso seria ecológico e preventivo.

Heve Barros

Coordenadora do Cavad (Centro de Atenção à Violência, ao Abuso de

álcool e outras Drogas) da Amab (Associação de Mulheres de Armação dos

Buzios), membro da AMB-Rio

615

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ANEXO 8: Atribuições da CEJEM

Obedecendo a Resolução nO 128 do CNJ o Tribunal de Justiça do Estado do

Rio de Janeiro cria o CEJEM - Coordenadoria Estadual da Mulher em Situação

de Violência Doméstica e Familiar com as seguintes atribuições:

I. elaborar sugestões para o aprimoramento da estrutura do Judiciário na área

do combate e prevenção á violência doméstica e familiar contra as mulheres;

11. planejar, supervisionar, orientar, no plano administrativo, o funcionamento e

as diretrizes dos Juizados de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher,

autônomos e adjuntos;

111. fomentar, a partir de planejamento estratégico e agenda previamente

estabelecida junto à Administração do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de

Janeiro, as políticas públicas preconizadas pela Lei N° 11340/2006, de forma

autônoma ou em conjunto com os outros Poderes da República, em nível

Federal, Estadual e Municipal;

IV. articular a promoção interna e externa dos Juizados da Violência Doméstica

e Familiar contra a Mulher, autônomo ou adjuntos, com outros órgãos

governamentais e não-governamentais, interagindo, sempre que necessário,

com o Ministério Público e com a Defensoria Pública, atuando, ainda, em rede,

com entidades voltadas à promoção do combate a violência doméstica e

familiar contra a mulher;

V. colaborar para a formação inicial, continuada e especializada de

magistrados e servidores na área do combate/prevenção à violência doméstica

e familiar contra as mulheres;

VI. fornecer suporte aos magistrados, aos servidores e às equipes

multiprofissionais visando à melhoria da prestação jurisdicional,junto à Escola

da Magistratura do Estado do Rio de Janeiro - EMERJ e à Escola de

Administração Judiciária - ESAJ, bem como a outras instituições de ensino

nacionais e internacionais;

VII. recepcionar, no âmbito do Estado do Rio de Janeiro, dados, sugestões e

reclamações referentes aos serviços de atendimento à rnulher em situação de

violência, promovendo os encarninhamentos e divulgações pertinentes;

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VIII. fornecer os dados referentes aos procedimentos que envolvam a Lei N°

11340/2006 ao Conselho Nacional de Justiça de acordo com a parametrização

das informações com as Tabelas Unificadas do Poder Judiciário, promovendo

as mudanças e adaptações necessárias junto aos sistemas de controle e

informação processuais existentes;

IX. atuar sob as diretrizes do Conselho Nacional de Justiça em sua

coordenação de políticas públicas a respeito da violênc

ia doméstica e familiar contra a mulher;

X. mobilizar a sociedade civil para a causa do combate a violência doméstica e

familiar contra a mulher

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ANEXO 9: Carta anônima de moradora do Morro da Coroa

Rio de Janeiro 2 de novembro de 2012

Prezadas companheiras. Pra mim é muito difícil transcrever a s situações de

pavor medo e desespero que sofri por parte dos policiais da UPP da Coroa. De

antemão vou lhe dizendo que não formalizei a violência sofrida pois tenho

medo de represália contra minha família.

Vamos começar pelo inicio. Meu marido desapareceu de forma extremamente

violenta, e eu fiquei com dois filhos um com doze e um com quinze anos.

Éramos uma familia normal, vivíamos no morro mas com um certo conforto

pois meu marido era garçom e tínhamos um pequeno comercio . Tinhamos

uma vida relativamente tranqüila, até que ele entrou para política comunitária.

Até ai tudo bem o problema é que depois de dezoito anos ele voltou a beber. E

ai nossa vida virou um inferno - Não sofri violência domestica por parte de meu

marido. Mas o desaparecimento dele nós trouxe conseqüências terríveis.

Meus filhos que antes estudavam em escola particular tiveram que estudar em

escola publica e não conseguiram se adptar por conta da péssima educação

das escolas pra onde eles foram. Resultado o mais velho concluiu o

fundamental e o mais novo repetiu três vezes a sexta série e falou-me

categoricamente que tinha vergonha de estudar lá . e depois parou de estudar.

Ambos foram trabalhar em projetos Sociais. Quando fez 18 anos acabou o

contrato. Acabou o dinheiro. Só que esse dinheiro Tb ajudava nas despesas

da casa. Eles sempre ajudaram com pouco, mas ajudavam nas despesas.

Era um compromisso de familia. Sem dinheiro sem emprego a tentação falou

mais alto visto que meu filho mais velho já estava viciado em maconha, (vicio

adquirido no Nordeste lugar pra onde eu quando o pai desapareceu , os

mandei até minha vida financeira melhorar), e da maconha para o crack foi um

pulo. Passei por todos as coisas que um viciado nos faz passar. Ele por sua

vez não morreu porque não era sua hora.

Bom Meu filho mais velho hoje se encontra preso mais uma vez e o meu filho

mais novo (esta foragido pois o Juiz lhe negou o Habeas Corpus alegando que

ele é um perigo pra sociedade), também se envolveu com o narcotráfico visto

que era viciado em zirré (?)disse era porque levei ele para a reunião de NA .

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Mas a desgraça nunca vem só. Ele me pediu pra "sair"daquela vida pois

descobriu tarde demais que não era aquela vida que queria. E no final do ano

passado eu arrumei o dinheiro emprestado e paguei para ele "sair" Já que ele

queria mudar de vida.

Achei que o pesadelo tinha acabado. Me enganei, entre. mês de abriu e maio

recebi a "visita" da policia civil procurando meu filho que esta preso ( eles nem

sabia que meu Rafa estava preso) (Alegamos de novo dependência química e

eles levaram mais de seis meses para fezer o exame de dependência

química)e só meu filho Igor estava dormindo em casa. De sorte alguém veio

avisar que a Civil estava os procurando e o Igor fugiu. Essa visita foi rápida

pois não dei muita conversa e percebi que ele tinham informações erradas. Uns

dias depois me chega os brutamontes da UPP Coroa se dizendo que era do

quinto Batalhão e que estava procurando o Igor,Detalhe estavam sem o

Mandato de Busca e apreênção, quebraram a cara ,pois meu filho já não

estava mais dormindo em casa, visto que tinha medo de sofrer alguma

covardia por parte dos policiais, pois pela covardia que eles já vinha praticando

(espancametos , choques e ameaça de que iriam entrega-lo a facção rival).

Com os jovens que ele mesmo elegiam como suspeito.

Esses tais policias que eu nunca fui saber quem são. Pois fiquei muito

amedrontada. Invadiram minha casa, vasculharas tudo, me ameaçaram de

prisão, me intimidaram (terror não dar pra se escrever). Roubaram, fotos,

documentos, queriam levar meu computador, porque ficaram com raiva por

não achar meu filho e nada que pudesse nos incriminar. Deram tiro do lado de

fora da casa pra me por terror. Eram seis homens e uma mulher essa mesma

equipe invadiu a minha casa duas vezes. Sei porque a policial mulher, era a

mesma e um negrão abusado. E muito mal educado. Da primeira vez Mari

estava comigo. e da outra vez eu estava sozinha e ai o terror e a intimidação

foi pior pois não tinha ninguém pra me socorrer. Fiquei sentada no sofá me

fingindo de doida, mesmo assim eles ficaram mais de uma hora dentro de

minha casa, mexeram em tudo abriram minhas correspondências . Violaram

umas caixas que tinha recebido do correio com modem e eu ia devolver,

agendas, roubaram endereços com telefones, copiaram de novo meus dados

de identidade e de meus filhos, fotos, fizeram perguntas imbecis pra ver se eu

estava mentindo. Resumindo levei três dias pra arrumar outra vez a casa,

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Eles não tem vindo na minha casa pois meu filho não esta mais morando

comigo. Segundo a policia ele é um foragido. E o Juiz que lhe negou o Habeas

Corpus disse que ele é um perigo pra sociedade. Juiz cretino, a sociedade é

que foi um perigo pra o meu filho, pois apesar dele esta solto, ele esta preso,

pois vive por ai passando fome. E ai eu pergunto até quando ele vai

agüentar???? E ou não o Sistema empurrando ele para o crime????

Tem violência maior que uma mãe não poder ajudar ao filho que quer se

reerger ???? Ou ser um adolescente normal. A advogada dele falou que pra

apelar para Suprema Corte ele tem que esta estudando. Como ele vai estudar

se ele não tem documentos.???

Hoje sou uma mulher traumatizada e com síndrome do pânico, só durmo com

diazepan . E o pior: de mão atadas pois tudo que mas queria na minha vida é

poder ajudar meus filhos. Eles admitiram que eraram, E eu acredito neles. E

eles merecem uma segunda, terceira chance. Só que a sociedade é hipócrita

demais pra entender em que circunstância eles se meteram nisso. Eu tenho

clareza que não posso fazer muita coisa pois sei que não temos direito

nenhum. Meus filhos não entendem que eles foramvítimas do sistema assim

com todos os adolescentes que de uma forma ou de outra , fizeram escolas

erradas. Mas quem nunca errou na juventude???? Principalmente quando

estar te faltando o básico pra sobreviver. Falo de comida. Não tenho vergonha

de dizer que eu e meus filhos passamos muita fome. Foi um período muito

difícil. Além da fome eles ficaram cadavéricos por causa do crack. E da

saudade do pai. Me dói quando lembro. O pai deles era tudo pra eles. Tudo

conspirou.

Fica aqui a minha indignação se existe direitos humanos , porque eles não

chega pra nós??

E nós não temos com quem contar pois as pessoas que conheço,

poucas realmente se importa em saber como eu estou sobrevivendo com a

minha dor. Não é por dinheiro não. Isso eu consigo ralando muito, ê só por

uma questão de humanidade. Graças a Deus tenho poucas boas amigas que

me são solidarias. Mas fico pensando nas mulheres que nem isso tem. Vcs não

tem idéia do que é a miséria das mulheres do Morro eu gostaria que fossemos

ouvidas,

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Não acredito que essa CPMI vá fazer alguma coisa por mim, pelos meus filhos

, ou por outras mulheres que como eu tem filhos em situação de

vulnerabilidade. Pra mim é só mais uma pesquisa pra saber quantos pobres

pretos e favelados Eles ainda tem praexterminar. Mas eu estou na vantagem

das outras mulheres da favela, Tô escrevendo esse texto que com certeza

será só mais um. Mesmo temendo pela minha vida e pela vida de meus filhos,

pois a policia pode levar meu computador como queriam das outras vezes,

vão ver a carta que estou mandando. E quem vai me proteger??? É por isso

que poucas denunciam, porque as respostas são vazias. E como não temos

respostas de que de direito temos, ficamos caladas. E aqui no morro, as

coitadas que já sofreram com os policiais são tão simples que desconhecem

que tem direitos e que esses direitos não é respeitado por ninguém. Tem delas

que ainda acha que os brutamontes estão certos isso chama-se medo. Pra

onde vamos se denunciar??? Casa abrigo que até a comida é estragada.

Nós do morro acreditávamos que quando a UPP viese nossa vida ia

melhorar. Lêdo engano, agora somos refém de todos, principalmente daqueles

que viriam pra nos proteger. E ai acreditar em que??? Confiar em quem???

Diante do relato. Deixo uma pergunta e as outras mulheres invisíveis que não

tem acesso a informação como vai ficar? Alguém realmente se importa

conosco????

Detesto chorar miséria e nem sou coitadinha, só quero lhes dizer que a

situação é bem pior, mas por vergonha ou por não querer me expor demais

conto-lhes só o essencial.

Desde já ,sempre agradecida por todos os meus artesanatos que vcs me

compraram, matou muito a fome de meus filhos.

Direitos Humanos para os pobres é só mais uma palavra bonita ......

Att

Um seqüelada da violência e da UPP