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1 Segunda-feira, 02.01.12 Veja os destaques do período entre 30.12.11 e 02.01.12: 1. Réveillon na Praça Cívica com Zezé Di Camargo e Luciano 2. Entrevistas com governador Marconi Perillo 3. Jogo de futebol beneficente: “Natal Contra a Fome e o Câncer” 4. Programa Bolsa Universitária 5. Abertas inscrições no Centro de Qualificação Profissional 6. Avança Goiás destaca ações da OVG 7. Coordenador geral da OVG participa de festa beneficente 8. Artigo: “Goiás, coração do meu Brasil” ____________________________ Jornal Diário da Manhã, Capa - 02.01.12 _______________________________

Veja os destaques do período entre 30.12.11 e 02.01.12: 3 ... · Wanessa Camargo - que também esteve envolvida em polêmica em 2011 por causa do episódio Rafinha Barros - daria

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Segunda-feira, 02.01.12

Veja os destaques do período entre 30.12.11 e 02.01.12: 1. Réveillon na Praça Cívica com Zezé Di Camargo e Luciano 2. Entrevistas com governador Marconi Perillo 3. Jogo de futebol beneficente: “Natal Contra a Fome e o Câncer” 4. Programa Bolsa Universitária 5. Abertas inscrições no Centro de Qualificação Profissional 6. Avança Goiás destaca ações da OVG 7. Coordenador geral da OVG participa de festa beneficente 8. Artigo: “Goiás, coração do meu Brasil”

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Jornal Diário da Manhã, Capa - 02.01.12

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Jornal Diário da Manhã, Editoria de Política & Justiça - 02.01.12

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Jornal O Popular, Editoria de Magazine - 30.12.11

Para celebrar o amor

Depois da quase separação, Zezé Di Camargo e Luciano unem as vozes para festejar a chegada de 2012 com show na Praça Cívica

Zezé Di Camargo e Luciano: irmãos se apresentam amanhã no Show da Virada, na

Praça Cívica Renato Queiroz 2011 foi um ano cheio para a família Camargo. De boas e más notícias. A quase separação de Zezé Di Camargo e Luciano talvez tenha sido a manchete que mais marcou. Uma briga entre os irmãos, em 27 de outubro, antes de um show em Curitiba, ganhou contornos de drama mexicano com direito a desabafo no microfone e internação de Luciano em UTI. Para provar que o episódio é página virada e acabou foi fortalecendo o amor entre os irmãos goianos, a dupla recebe 2012 com show na Praça Cívica, amanhã, em Goiânia. A entrada é franca. Promovido pelo governo de Goiás, prefeitura de Goiânia e Ministério da Cultura, a festa da virada terá a participação de outros 12 artistas goianos. As apresentações começam a partir das 20 horas. Este ano, a novidade será o Show Piromusical, que é a queima de fogos orientada por músicas e que vai durar mais de 15 minutos. Nas contas do governo, cerca de 50 mil pessoas devem prestigiar o evento que, além de Zezé e Luciano, traz Franco Levine, Érick e Bruno, Nila Branco, entre outros. O convite para Zezé e Luciano serem a estrela da festa da virada foi feito pelo governador Marconi Perillo no início de novembro, pouco depois da quase separação.

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Marconi e a primeira-dama Valéria Perillo foram convidados pela dupla para assistir à entrevista que Zezé e Luciano deram ao Programa do Jô (Rede Globo/ TV Anhanguera) explicando o episódio. No sofá do apresentador, Zezé declarou que o amor entre os irmãos nunca irá acabar. Eles disseram não imaginar que o anúncio do rompimento teria uma repercussão tão grande. Turnê Não é para menos. Quando o assunto é Zezé e Luciano, os números são sempre superlativos. Prova disso é a turnê 20 anos de Sucesso , que está correndo o Brasil desde setembro sempre com casa lotada. Até as férias dos sertanejos previstas para janeiro tiveram de ser interrompidas para duas apresentações extras no Credicard Hall, em São Paulo. Com shows lotados, a dupla sertaneja acertou duas novas datas para subir ao palco: 13 e 14 de janeiro. O show em Goiânia será baseado na nova turnê que já foi registrada em DVD previsto para chegar às lojas em abril de 2012. "É uma honra muito grande encerrar o ano cantando, fazendo o que mais amo, ao lado do meu irmão e na minha terra. Vamos aproveitar e curtir toda a família", disse Zezé, o mais novo vovô do pedaço. Quando o sertanejo deu a entrevista ao POPULAR, Wanessa Camargo - que também esteve envolvida em polêmica em 2011 por causa do episódio Rafinha Barros - daria à luz a qualquer momento o primeiro filho (até o fechamento dessa edição, o parto ainda não havia sido realizado) . Zezé disse fazer questão de assistir ao nascimento do primeiro neto (veja entrevista). No repertório do show da virada, Zezé e Luciano devem passear pelas duas décadas de sucesso. Claro que canções como Mentes Tão Bem e Esse Amor Não Valeu , do último CD Double Face , vencedor do Grammy Latino, estarão presente. O disco mistura a moda de viola com a música romântica com levada sertaneja, que fez os goianos famosos nos anos 1990. Outros hits como É o Amor , A Ferro e Fogo e No Dia Em Que Eu Saí de Casa também estarão presentes. "Vamos esquentar a galera e reunir músicas que marcaram nossa trajetória de 20 anos. Serão 24 no total. Durante o show, também pediremos ao público, num momento bem interativo, que escolha algumas canções. Claro que também mostraremos hits atuais. Cantaremos de tudo, pegaremos o violão para relembrar só sucessos", adianta Luciano. Além do clima interativo com a plateia, a tecnologia vai tomar conta do palco. "Mostraremos um show mais renovado, com muitos arranjos abastecidos por teclados, baixos, guitarras e baterias. Está mais moderno. Cantamos algumas músicas do novo CD e também revisitamos músicas do início de nossa carreira, mas com arranjos mais modernos", explica Luciano. No palco, uma grande estrutura e muitas surpresas, a começar pela abertura com imagens em alta definição sincronizadas com os artistas. Na gravação do DVD, a dupla surpreendeu pelo palco em 360º, performances de bailarinos e trapezistas. Tudo para recontar no palco a história dos dois filhos de Francisco. Show da Virada Artistas convidados: Cláudia Vieira, Erich e Bruno, Fernando Perillo, Franco Levine, Grace Carvalho e Pedra 70, Maracangalha, Marco Antonini, Matão e Monteiro, Mistura Fina, Nila Branco, Tom Chris e Valéria Costa e Zezé di Camargo e Luciano Data: Amanhã, dia 31, a partir das 20 horas Local: Praça Cívica /Entrada franca

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Entrevista

'Vamos sempre honrar o sonho de nosso pai'

Um único assunto domina a agenda da família Camargo nesta semana: o nascimento de José Marcus, primeiro filho de Wanessa e primeiro neto de Zezé Di Camargo. Previsto para vir ao mundo a qualquer momento (até o fechamento desta edição ainda não tinha nascido), o prazo máximo que o garoto tem para nascer é domingo, dia 1º. Se até lá não vir naturalmente, Wanessa deve optar por uma cesariana. Zezé, como todo vovô coruja que se preze, disse que só não vai assistir a esse momento histórico para sua família se o parto ocorrer enquanto ele estiver no palco na Praça Cívica, em Goiânia. Em entrevista por e-mail ao POPULAR, Zezé e Luciano falam da briga que houve entre eles, do novo membro da família e da sensação de encerrar o ano junto aos fãs goianos. Confira trechos: Este ano foi marcado para o público pelo susto da notícia da separação da dupla. O que de ruim aconteceu todo mundo noticiou, mas o que de melhor ficou de todo o episódio? Zezé Di Camargo - A prova de que somos irmãos, de que vamos sempre honrar o sonho de nosso pai Francisco. Luciano - Já disse do quanto me envergonho do que fiz. Isso é passado. Serviu para me unir e respeitar ainda mais o meu irmão. Como está a expectativa do Zezé estrear 2012 como avô e Luciano como tio-avô? Zezé - No começo foi engraçado eu assimilar a ideia. A gente tem o filho sempre como uma criança. Realmente, a Wanessa cresceu, casou, virou mulher, vai ser mãe. Vai dar o meu primeiro neto. A cada mês, uma emoção diferente. Ela e o Marcus enviavam por Iphone as fotos da ultrassonografia. Foi bom demais. Fico babando, mostro para todos os amigos. Não vejo a hora de ver a carinha de José Marcus. E quando eles me contaram que fariam uma homenagem para mim, colocando o nome do meu neto como o meu. Bem... me chamo Mirosmar José. Claro que não seria Mirosmar. Então, a homenagem é para mim e para o pai, Marcus Buaiz. E já avisei a Wanessa, vou assistir ao parto. A não ser se for enquanto eu estiver no palco. Luciano - Vai ser bom demais, aos 38 anos, ser tio-avô. E o melhor um tio-avô que é pai de gêmeas de 1 ano e dez meses, que vão brincar com o priminho. Como é se apresentar em praça pública em Goiânia no réveillon? O que este show significa para vocês? Zezé - Meu Deus! Significa uma bênção. Imagina no ano em que você completa com o seu irmão 20 anos de carreira, fazer show na sua terra, onde tudo começou, onde É o Amor tocou pela primeira vez e mudou a nossa vida, a vida de nossa família. Significa estar ao lado de toda a nossa família, de nossos pais, irmãos, sobrinhos, sogro, sogra, cunhados, amigos... Luciano - Voltar à origem. Entrar o ano com a energia de nossa terra, para reabastecer, para renovar, para ser abençoado. Como vocês avaliam o atual cenário da música sertaneja no Brasil com a popularidade dos sertanejos universitários e a ascenção de mulheres como Paula Fernandes? Zezé - Só reforça o gênero. Prova do quanto a música sertaneja é a paixão nacional. A Paula tem uma voz abençoada. Tem ainda o casal formado por Maria Cecília e Rodolfo, que está sempre em nossos shows.

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Quais são os próximos passos de Zezé e Luciano? O que o público pode aguardar para 2012? Zezé - O principal projeto é realmente o show atual. Em março, vamos lançar o CD 20 anos de Sucesso e, em abril, o DVD com o mesmo nome, no mês em que vamos atingir a maioridade da dupla, 21 anos.

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Jornal Diário da Manhã, Editoria de Política & Justiça - 31.12.11 e 01.01.12

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Jornal O Popular, Face a Face - 31.12.11

Face a Face

"Vamos cumprir a data-base"

Marconi Perillo tomou posse, em 2011, de seu terceiro mandado à frente do Estado de Goiás. No último dia do ano, o governador faz um balanço de sua administração atual, fala do acordo da Celg com a Eletrobras, da situação dos concursados e dos servidores públicos, de sua briga com o ex-governador Alcides Rodrigues, além dos grandes projetos para o Estado. Veja os principais pontos da entrevista, que pode ser vista na integra no site do POPULAR. PERFIL: MARCONI PERILLO Marconi Ferreira Perillo Júnior, 48 anos, governa Goiás pela terceira vez (1999-2002, 2003-2006 e 2011). No PSDB desde 1995, já foi deputado estadual, deputado federal e senador. É casado com Valéria Jaime Peixoto Perillo, com quem tem duas filhas, Isabela e Ana Luísa

Os servidores públicos de Goiás começaram 2011 com atrasos no pagamento. Ao final de um ano cercado por entraves e polêmicas, o governador Marconi Perillo dá uma boa

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notícia à categoria: "Estamos pactuando o pagamento da data-base de 2011, possivelmente já a partir de janeiro. Com isso, vamos cumprir o que não pode ser

pago devido às dificuldades financeiras e fiscais." Malu Longo Luciano Vieira de Paula - O senhor lançou cronogramas de nomeações de concursados para setembro e novembro de 2011 e janeiro de 2012. Até agora nenhum foi cumprindo na sua totalidade. O senhor pretende cumprí-los, ainda que com atraso? Se falta lei para a criação dos cargos, por que não foi criada ainda? (Obs. do editor: diversos leitores questionaram sobre a contratação de concursados dos Bombeiros, Polícia Civil, UEG e Aganp) Me deparei no início do ano com uma situação muito delicada em relação aos concursos. No ano passado o governo realizou vários concursos, com dezenas de milhares de concursados, cerca de 13 mil foram efetivados e em contrapartida os comissionados não foram exonerados naquela época e mais do que isso não definiram um número X de vagas que seriam preenchidas. Todos que não foram aprovados nos concursos entraram na chamada reserva de contingência, numa espécie de lista de espera. Isso não pode existir num concurso público. Num concurso público sério tem que ser estabelecido um número de vagas e o percentual de 5% a 10% de reserva de contingência para o caso de haver alguma desistência. Aqui não aconteceu isso, todos os reprovados ficaram num cadastro de reserva e foi isso que criou esse tumulto todo. Nós chamamos este ano um número considerável de concursados, Não é possível chamar todos que participaram dos concursos. A decisão nossa é a realização de novos concursos, principalmente na área de Segurança Pública e para a UEG, estabelecendo o número de vagas e o número de pessoas que ficarão no cadastro de reserva, que deverá ser de 5%. Os outros todos que não forem aprovados serão considerados reprovados e acabou a história. Não dá para criar esta expectativa, de que quem for aprovado e quem não foi será chamado para o Estado. Isso não existe em nenhuma regra de concurso em nenhum país do mundo. Aliás, queria enfatizar que, como senador fui autor de duas proposituras de lei regulamentando os concursos públicos do Brasil, para que todas as pessoas aprovadas num certame sejam convocadas para trabalhar no limite de tempo estabelecido nos editais. Se o prazo para se convocar os concursados é de dois anos, os governos, as instituições privadas que realizaram os concursos, serão obrigadas a convocar. Repito: o que não pode é não ter uma regra de quem será aprovado e quem não será. Isso vai acontecer a partir de agora. Todos os que forem efetivamente aprovados e ainda não foram convocados, serão chamados. Isso é um direito do candidato. Leandro Santana (via #popface) - Como o senhor pode explicar a situação dos comissionados de Goiás? Em um ano de contenção, não houve aumento dos servidores efetivos (como já acontece há 4 anos), mas houve a criação de 1.300 cargos comissionados, com aumentos que chegaram a 300% para eles. Não é uma atitude incoerente, além de constitucionalmente imoral? Isso é previsto na lei. Nada do que é feito num Estado pode ficar acima da legislação e principalmente da Constituição. Não é verdade que houve aumento de 300%. Nós extinguimos no início do ano, com a reforma administrativa, mais de 2 mil cargos comissionados e 10 mil contratos temporários. Fizemos uma reforma que enxugou muito os gastos. E só por isso conseguimos chegar ao final do ano com um resultado financeiro muito positivo e com o déficit praticamente zerado. Como extinguimos muitos cargos havia necessidade de restituição de alguns outros cargos - pouco mais de mil - para postos chaves na administração, como UEG, Saúde, Vapt Vupt - tivemos início de crise nesse segmento e precisávamos colocar funcionários. Agora, é importante registrar que nos últimos cinco anos anteriores ao nosso atual governo, o governo estadual não concedeu reajuste de data base em nenhum ano. Os servidores

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ficaram a ver navios, não foram respeitados, não foram valorizados, como não eram em outros governos. Nós criamos planos de carreira, passamos valorizar nossos funcionários, instituímos a data-base e quero dar em primeira mão uma boa notícia: com os ajustes que fizemos este ano, estamos pactuando o pagamento da data-base de 2011, possivelmente já vamos dar uma boa parcela dessa data-base agora, a partir do mês de janeiro. Com isso, vamos cumprir rigorosamente a data-base de 2011 que não pode ser paga em maio devido às contingências e dificuldades financeiras e fiscais do Estado. Precisamos lembrar que 2011 começou com a folha de dezembro não quitada, problemas sérios em todas as áreas do governo, com déficit potencial previsto de acumulado R$ 2, 7 bilhões, 6 mil quilômetros de estradas deterioradas, o Ipasgo com mais de R$ 500 milhões de dívidas com prestadores de serviços, a Celg sem ter a sua situação resolvida, a Iquego quebrada, enfim, problemas em todas as áreas e funcionários desmotivados. Conseguimos superar essas dificuldades, estamos chegando ao final do ano com uma situação fiscal reconhecida pelo Tesouro Federal e com uma situação financeira de equilíbrio. É por isso que agora posso dizer que vamos pagar a data-base de 2011 parcelada e num menor número possível de parcelas; vamos cumprir rigorosamente a data-base dos funcionários públicos em maio; a partir de janeiro vamos pagar um valor superior ao piso nacional para os professores que ganhavam menos e vamos manter a folha de pagamento rigorosamente em dia, pagando antes do mês vencer; e vamos garantir também a data-base para os anos 2013 e 2014. Se não cumpriram a data-base no passado, quero aqui deixar frisado e de forma categórica: nosso governo vai cumprir a data-base todos os anos. João P. Filho - Após o senhor aumentar o ICMS dos combustíveis no início de 2011 para constituir o fundo de recuperação das rodovias estaduais, como justificar a futura privatização em 2012 de cinco rodovias estaduais para a cobrança de pedágio? Essa privatização de rodovias estaduais não obriga ao contribuinte a pagar duas vezes pelo mesmo serviço? Nós temos em Goiás uma malha rodoviária estadual de 23 mil quilômetros de rodovias. A metade disso, rodovias pavimentadas e a outra metade não pavimentadas. O fundo de transportes constituído por 20% da receita bruta do Detran, de recursos oriundos de receitas de combustíveis, de faixas de domínio, a CID que vai montar R$ 1,5 bilhão será destinado rigorosamente para reconstruir cerca de 6 mil quilômetros de rodovias que estavam ou ainda estão em estado precário. Pretendemos até o final de 2012 concluir cerca de 4 mil quilômetros de rodovias reconstruídas à base de CVOQ, ou seja, asfalto de boa qualidade. Arrancando o asfalto velho, deteriorado, e fazendo tudo de novo. É uma nova rodovia que está sendo feita. Este ano começamos essas obras em 32 frentes de serviços. Na primeira licitação do Rodovida, para a reconstituição de 2.081 quilômetros até o fim deste ano, conseguimos uma economia de R$ 170 milhões na licitação. Vamos fiscalizar a qualidade dos serviços realizados. Até 2014 deveremos alcançar 6 mil quilômetros de rodovias reconstruídas. Agora em janeiro vamos licitar o segundo bloco de reconstrução de cerca de 2 mil quilômetros e vamos licitar o programa Rodovida, que vai cuidar da segunda etapa da destinação do Fundo de Transporte, que é a manutenção permanente das rodovias estaduais, asfaltadas e não asfaltadas. Vamos dividir o Rodovida em duas partes: um grupo de empresas ficará responsável pelas rodovias não asfaltadas e o outro pelas asfaltadas. Vamos ter a reconstrução da malha rodoviária até 2014 e ter a partir de agora a manutenção permanente de todas as rodovias, acabando com o drama de passageiros. Vamos garantir estradas de excelente qualidade para todas as pessoas que quiserem visitar seus familiares ou escoar sua produção. Goiás é um Estado que fica numa localização geográfica privilegiada, no coração do Brasil, mas em compensação todos os caminhos passam por Goiás, de leste a oeste, de norte a sul. É importante que as rodovias federais também tenham boas e que a gente tenha opção de hidrovias e ferrovias. Se as rodovias estaduais ficarem boas e as federais ruins, caminhões, treminhões deixam as federais e vice-versa.

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Quanto a quatro rodovias que podem ser concessionadas, isso poderá ser feito de forma transparente, não queremos somente manter a qualidade dessas rodovias, queremos agregar serviços novos, como a duplicação. O Estado de São Paulo possui a melhor malha rodoviária do Brasil graças às rodovias concessionadas. O governo Lula concessionou milhares de quilômetros de rodovias, o governo Dilma certamente fará a mesma coisa. Fazer o contrário significa estar na contramão da história, na contramão do processo de modernização pelo qual passa a infraestrutura brasileira, que é grande, mas deteriorizada. É preciso ação inteligente, conceitos modernos de gestão para que o usuário desses serviços podem gozar de serviços de qualidade. João Médice - Durante este ano a sociedade goiana acompanhou as negociações do Estado com o Governo Federal a respeito da Celg Distribuição. Finalizando recentemente à assinatura do protocolo de intenções da Eletrobras, em assumir o controle acionário da Companhia Energética do Estado - Celg D. Ficando o Estado com o controle acionário da Celg Geração & Transmissão e Celg Telecom. O senhor tem a intenção de privatizar essas empresas? Ou pretende investir nas mesmas? O governo do Estado finalmente, depois de muita conversa do governo anterior, conseguiu concretizar a operação envolvendo a Celg, a Eletrobrás, o governo federal, o governo estadual, o BNDES e a Caixa Econômica Federal. Com isso, vamos colocar a Celg adimplente para receber novos recursos, para realizar novos investimentos. Esses R$ 3,5 bilhões de aporte que a Celg está recebendo servirão para que a empresa saia da inadimplência com o setor elétrico nacional e comece a partir de então, com uma gestão técnica e profissional, viabilizar condições de realizar novos investimentos. Neste ano nós diminuímos mais de R$ 200 milhões o comprometimento de dividas da Celg com bancos. Conseguimos reduzir de mais de 500 dias para 3 dias o pagamento de fornecedores e empreiteiros. A gestão que tivemos na Celg este ano, comandada pelo vice-governador, Dr. José Eliton, foi fundamental para que a Celg voltasse a ter credibilidade junto ao regulador do sistema que é a Aneel, junto ao Ministério das Minas e Energia, Ministério da Fazenda e a Eletrobras. A partir de agora teremos um sócio estratégico que é a holding do sistema Eletrobras que terá 51% das ações da Celg Distribuidora. Com essa operação teremos condições de realizar até 2015 - ano limitador da concessão Eletrobrás à Celg - investimento de R$ 1,2 bilhão, recursos absolutamente necessários ao atendimento às novas demandas do setor industrial, empresarial, de serviços e do consumidor residencial. Quanto à Celg Geração e Transmissão e à Celg Telecomunicações, é verdade que o Estado terá 100% do controle e da governança dessas empresas. Nós não vamos privatizá-las. O meu interesse é que a Celg Geração e Transmissão possa ter investimento, se viabilizar, entrar como sócia para construção de novas usinas hidrelétricas, enfim se constituir num novo patrimônio dos goianos. A Celg G & T deve começar com uma avaliação patrimonial em torno de R$ 500 milhões e a Celg Telecomunicações deverá ter patrimônio semelhante. Portanto, vamos ter duas empresas fortes e que vão crescer muito daqui pra frente e não serão privatizadas. Felipe Fogaça - Em mandatos anteriores do senhor a Celg era veiculada como a maior empresa de Goiás. Era verdade ou marketing? A qual fator o senhor atribui a vertiginosa queda da "maior empresa de Goiás"? O senhor lamenta a perda da estatal goiana para a Eletrobras? A Celg ainda é a maior empresa do Centro-Oeste brasileiro e será maior ainda a partir de agora. Comemoro a sociedade da Celg com a Eletrobras, afinal de contas, a Eletrobras como holding, é a mãe de todas as outras distribuidoras. No início do ano, a Eletrobrás relutava em aceitar a sociedade com a Celg ou com qualquer outra empresa de distribuição no Brasil. Eu considero uma vitória o fato de ter conseguido sensibilizar a direção da Eletrobras para vir para Goiás trazer seu know how, trazer seus profissionais para se somar aos grandes profissionais que a Celg tem e transformar a

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nossa Celg numa empresa muito maior ainda. Se ela ainda a maior empresa do Centro-Oeste, será muito maior daqui pra frente e dará muito orgulho daqui pra frente. Nos meus governos tivemos durante três anos seguidos - 2003 a 2005 - lucro na empresa. Infelizmente a partir de 2006 o governo não aceitou cumprir dois planos entregues ao governador pelo então presidente da Celg, André Luiz da Rocha, para reestruturação da empresa. Daí ela passou a amargar prejuízos, com uma gestão depois temerária e com quadros que não tinham qualificação técnica necessária, a empresa amargou um endividamento novo de aproximadamente R$ 3 bilhões. O que posso dizer é que nos anos anteriores a 2011 a Celg foi mal administrada o que acarretou na grave crise vivida pela empresa nos últimos tempos. Tentaram computar a mim algum tipo de responsabilidade. Eu já herdei a Celg com problemas. O principal motivos para as dificuldades vivenciadas pela Celg nos últimos anos do meu primeiro governo foi exatamente a privatização da usina de Cachoeira Dourada, que era a geradora de energia que dava um rendimento mensal e anual brutal para a Celg. A Usina de Cachoeira Dourada fazia uma diferença muito grande. Deixamos de ter um valor mensal, trazidos a valores de hoje, da ordem de R$ 100 milhões. Isso faz uma diferença enorme no faturamento de uma empresa como ela. A Celg passou por muitas dificuldades, não vale a pena remontar ao passado, os problemas existentes na empresa se há algum tipo de responsabilidade, cabe ao Ministério Público e à Justiça tomar as providências, as minhas duas gestões na empresa estão abertas, tenho muita tranquilidade ao que pude fazer para melhorar o perfil da empresa. Todas as informações que demos à época eram precisas, correspondentes à realidade. O importante é que assumi o governo em janeiro e desde o primeiro dia começamos a trabalhar para colocar um ponto final na crise da Celg. Estou convencido de que a nova Celg que nasce, sócia da Eletrobras, será uma empresa capitalizada, enxuta, bem administrada, que será o orgulho dos goianos e vai atender a demanda por prosperidade. Afinal de contas, chegamos neste final de ano a R$ 13 bilhões de PIB, R$ 10 bilhões de investimentos só no setor privado. Queremos chegar mais longe, gerar mais empregos, mais prosperidade, mais renda e para isso é preciso ter uma Celg mais forte. Raphael Pinheiro Sales - Tanto nas eleições de 1998, quanto na de 2002, bem como na de 2006, o senhor e Alcides estiveram juntos, compartilhando as ações administrativas, eleitorais e políticas do Estado. Exemplo claro dessa cumplicidade, foi a nomeação de Alcides Rodrigues como interventor na cidade de Anápolis. Qual foi o real motivo da briga entre vocês dois? O ex-governador, quando vice-governador, teve participação pequena na administração do Estado. Durante um certo período, ele foi secretário de Meio Ambiente e Recursos Hídricos e durante 90 dias foi interventor do Estado na cidade de Anápolis. O que houve ao final foi a quebra de confiança. Nós acreditávamos que ele cumpriria todos os compromissos estabelecidos com a sociedade goiana durante a campanha em 2006 e ele não o fez. Com isso e de uma série de outros problemas, de quebra de confiança, tomei a decisão de romper publicamente com ele. Hudson Medeiros - Gostaria de saber quando será apresentado o novo projeto do Centro de Excelência de Goiânia e também se será retomada a obra? Em reportagem do dia 24 de junho desse ano foi dito que em até quatro meses seria apresentado esse novo projeto. Queremos uma posição para esse obra que vem desde do ano de 2001. O projeto foi concebido em nosso primeiro governo, a obra teve início em 2001, parte dela foi concluída - o Ginásio Rio Vermelho foi totalmente reformado, teve o teto levantado para propiciar competições de basquete e voleibol - depois partimos para a construção do Centro de Excelência, para as piscinas e depois partiríamos para o Estádio Olímpico. O governo que me sucedeu tomou a decisão de demolir o Estádio Olímpico e por várias razões não conseguiu mais fazer nada. A obra foi embargada

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pelo Tribunal de Contas do Estado e teve problemas com a empresa responsável pela construção. Este ano tomamos medidas rápidas já nos primeiros dias de governo, a primeira delas foi procurar a empresa para ver se era possível fazer um ajustamento de conduta, mas não foi possível. Houve uma ação judicial da empresa e o governo ganhou a ação e finalmente pudemos fazer a rescisão contratual. Fizemos nova licitação e já começamos os primeiros movimentos e estamos assegurando em Brasília, junto ao Ministério dos Transportes, recursos oriundos de membros da bancada federal, coordenada pelo deputado federal Jovair Arantes (PTB) e a partir do ano que vem vamos reiniciar para valer, de forma acelerada, as obras do Centro de Excelência. Ele será um dos melhores e mais bem equipados Centros de Excelência da América Latina e será fundamental para dar suporte às Olimpíadas de 2016. Com a sua construção, vamos ter condições de abrigar aqui em Goiânia algumas equipes que virão de várias partes do mundo para competição no Rio de Janeiro. O Centro de Excelência também vai propiciar aos goianos a criação de uma geração de talentos olímpicos. Fausto Pofahl - Moradores da região Noroeste esperam há alguns anos o Hospital de Urgência, que dará um atendimento rápido e especializado para essa necessitada região. A sua construção começará em 2012? O governo, no início de dezembro, assinou decreto de desapropriação para a construção do Hospital de Urgência da região Noroeste. Creio que a Secretaria de Saúde já deve ter pago parte ou toda a indenização pela desapropriação. O Hugo 2, da Região Noroeste, será construído na saída para Goianira, do lado direito, antes da Vila Mutirão. Ficará num lugar estratégico para atender toda aquela comunidade da região Noroeste. A sua construção vai significar a redução da demanda do Hugo e do Huapa, isso tudo fará com que melhore o atendimento e os serviços de saúde de Goiânia e da Região Metropolitana. Estamos aguardando uma proposta de algumas empresas que estão preparando algumas projetos através de Parceria Público Privada (PPP). Se o governo ficar convencido de que é uma proposta viável, ele será construído através de PPP, se não será feito por administração direta, através da Agetop. Os projetos estão ficando prontos e pelo nosso cronograma suas obras terão início já em 2012, mas não posso precisar ainda o mês. O Hospital de Urgência da região Noroeste será uma realidade até o ano de 2014. Arivaldo Araujo - Queria saber como estão os grandes projetos para Goiás. Existe algum grupo da sociedade civil, formada por técnicos, cientistas, intelectuais, líderes e outros que discutem as grandes questões de Goiás? Quem pensa a macroestrutura do Estado? O que podemos esperar de grandes obras, tais como: portos-secos, aeroportos em cidades importantes, duplicação de rodovias, hidrovias, ferrovias? Enfim, além do varejo, como o senhor tem pensado e tratado das grandes questões do nosso desenvolvimento? Temos um órgão responsável para o planejamento estratégico das grandes ações de governo que é a Secretaria Estadual de Gestão e Planejamento (Segplan) e além disso criamos para dar apoio e sugestões e orientações, a Câmara de Gestão, Desempenho e Competitividade, que é formada por membros do governo e alguns representantes da sociedade civil, jovens empresários e empresários bem sucedidos em seus negócios. Essa câmara tem a função de nos auxiliar na sugestão de macropolíticas estruturantes para o nosso Estado. Algumas ações já estão delineadas: conseguimos finalmente resolver o imbróglio do aeroporto de Goiânia com a assinatura do acordo entre a Infraero e o consórcio de empresas responsável pela sua construção; vamos reiniciar as obras do Terminal de Cargas do Aeroporto de Anápolis; estamos dando suporte ao que nós é solicitado para a conclusão da Ferrovia Norte-Sul; conseguimos viabilizar o estudo para o projeto executivo da rodoferrovia que vai ligar Brasília a Luziânia; estamos fazendo gestões junto ao governo federal para o início dos estudos de

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viabilidade do projeto executivo para a construção da ferrovia Goiânia-Brasília, incluindo cargas e passageiros; o programa Rodovida será responsável pelo maior programa rodoviário do Brasil, ele prevê a reconstrução de 6 mil quilômetros de rodovias, a conclusão de mais de mil quilômetros de rodovias iniciadas, dez delas iniciadas este ano, e a construção de outras 50 rodovias estratégicas. Estamos iniciando desde o início do ano o projeto para a construção do VLT de Goiânia, em parceria com o governo federal e o setor privado; temos uma política de saneamento básico já planejada para os próximos cinco anos, R$ 2 bilhões de investimentos públicos envolvendo Saneago, tesouro estadual, PAC, Governo Federal, R$ 4, 3 bilhões de novos investimentos em esgoto, envolvendo PPP, sendo R$ 1,3 bilhão para Aparecida, Anápolis, Trindade, Jataí e Rio Verde e os restante para dez principais cidades do entorno de Brasília. Também estamos estudando concessão para quatro rodovias estratégicas de Goiás e, caso isso ocorra, serão duplicadas. Nosso plano prevê a conclusão, modernização ou construção de 26 aeroportos estratégicos em Goiás, também estamos apoiando as primeiras cidades tecnologias, uma na UFG e outra em Anápolis; estamos na tratativa para a construção da plataforma logística de Anápolis, já compramos o terreno e estamos buscando o setor privado para viabilizar a instalação ali de empresas estratégicas; também está em adiantado estudo a construção da Ferrovia de Integração do Centro-Oeste que vai ligar à ferrovia Norte-Sul ao estado do Mato Grosso, cortando toda a região Noroeste de Goiás. Ela deve ser iniciada em meados de 2013. Na área de saneamento será concluído até setembro de 2012, o sistema produtor do João Leite, com isso poderemos atender uma população superior a 3 milhões de pessoas na Região Metropolitana com água tratada e de boa qualidade, e até meados de 2013 teremos mais de 95% de esgoto tratado em Goiânia, criamos a APA do João Leite e vamos criar a APA do Meia Ponte. Na área do meio ambiente muitas ações foram tomadas neste primeiro ano. Estamos endurecendo a fiscalização, aumentando em 58% a vistoria ambiental, ações para garantir a sustentabilidade ao desenvolvimento. Fizemos um esforço para atrair o setor privado para investir em Goiás. Até 2015 teremos a construção do alcoolduto de Paulínia (SP) a Jataí (GO), uma obra de R$ 7,5 bilhões. Teremos em Quirinópolis, a maior refinaria de etanol do mundo, que vai esmagar 8 milhões de toneladas de cana, que tem como sócia a Petrobras Biocombustíveis. Teremos em Jataí a segunda maior refinaria de etanol do mundo. Acabamos de inaugurar o complexo de níquel em Barro Alto. Isso tudo somado ao esforço do governo, como indutor do desenvolvimento, está transformando Goiás num grande Estado. A região Centro-Oeste pode ser considerada a Califórnia brasileira e o Estado de Goiás é carro-chefe dessa região. No início do ano fiz um desafio ao setor privado de chegar ao final de 2012 com um PIB de R$ 10 bilhões, conseguimos antecipar para 2011, um PIB de quase R$ 13 bilhões. Pablo Carvalho Leite - O senhor demonstrou em seus dois primeiros governos habilidade para atrair investimentos privados para Goiás, como montadoras, indústrias, etc. O mote desse novo governo tem sido a captação de recursos privados, porém, para investimentos públicos, como as parcerias, os contratos de gestão, as PPPs, as concessões. Como avalia o interesse da iniciativa privada por esses investimentos em Goiás, diante das condições geográficas, econômicas e políticas do Estado no cenário nacional e internacional? Qual será o custo social dessas parcerias? O senhor acredita que obteremos bons investimentos, ou seja, muito recurso a baixo custo? Vou dar alguns exemplos da importância das parcerias privadas e da gestão por OS. O governo petista da Bahia, comandado por Jacques Wagner, começou há cinco anos o processo de PPP para construção de hospitais, presídios e saneamento básico. As OS dirigem hoje os hospitais de subúrbio e na gestão de subúrbio, em Salvador. O governo socialista de Pernambuco implantou o mesmo sistema, assim como os governos social democrata de São Paulo e de Minas Gerais. Essa é uma tendência

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mundial. É atração de recursos privados para que o Estado possa atender bem a sua função social. Os Estados de uma maneira geral estão esgotados em sua capacidade de endividamento e na viabilização de novos recursos para atender as demandas do povo. Para isso é preciso trazer dinheiro de quem tem dinheiro e antecipar-se a serviços que demorariam 40 anos para chegar e que podem chegar em cinco anos. Nos últimos anos a Saneago perdeu 19 concessões de municípios. Se a Saneago não tem dinheiro para investir na melhoria desses sistemas, os municípios vão tomar essa concessão de volta. E aí o emprego do funcionário da Saneago vai ficar ameaçado. Se trazemos, através de um processo transparente empresas do setor privado para investir no governo, é dinheiro novo que o Estado não tem para universalização dos serviços públicos essenciais, sem ameaçar empregos e garantindo qualidade de emprego. As PPPs chegam como sócias. Elas vão ter participação apenas naquele percentual de investimento realizados. No caso da saúde não há nada mais difícil do que administração hospitalar. Na rede privada é difícil encontrar uma gestão que seja modelo. Quase todas elas têm dificuldades de caixa, de equilíbrio financeiro. É a mesma coisa no setor filantrópico. O Hospital São Pedro de Alcântara em Goiás está fechado há muitos meses por falta de parceria, de apoio. O Governo de Goiás está desesperado para dar apoio, mas eles não conseguem certidões da prefeitura para receber o dinheiro do governo estadual. A Santa Casa de Misericórdia de Goiânia está sendo administrada pela PUC de Goiás há quase oito anos, só agora no final do ano estão conseguindo sair do vermelho. É por isso que estamos viabilizando as OS, de forma transparente, para que elas possam assumir as gerências dos hospitais, contando com o suporte e a experiência dos funcionários do governo para prestar serviços de qualidade. Esse modelo atual de gerência pública está falido, aqui, no Brasil e no mundo. Temos em Goiás exemplos de hospitais que ainda têm problemas e outros bem gerenciados que apresentam soluções e bons serviços aos usuários. Cito três exemplos de hospitais públicos gerenciados por OS que funcionam muito bem: o CRER, construído na minha primeira gestão, que é modelo em gestão hospitalar. O CRER está aumentando de 10 mil para 35 mil metros quadrados a sua área construída, sem ter custado um tostão para o tesouro, a não ser o repasse que o Estado faz todos os meses que é de R$ 3 milhões; o Hospital de Urgências de Anápolis (Huana), construído também no meu primeiro governo, é também referência; e agora o Hospital da Região Sudoeste, que eu abri a partir de julho, é administrado por OS. Se esses hospitais estão indo bem, temos de ir nessa linha, ou seja, transformar os hospitais já existentes - o HGG, o Hugo, o Materno Infantil, o Huapa - em unidades referenciais nessa área da gestão. Os outros hospitais que serão construídos, como o Hugo 2 e o Hospital da Mulher, também serão geridos por OS. Vou citar mais um exemplo de PPPs bem sucedidas: presídios. O presídio de Salvador não perde muito para o presídio de Liverpool na Inglaterra. Ele foi feito através de PPP e agora é gerido por PPP. O governo já gasta muito mensalmente com cada apenado no sistema de execução penal, cerca de R$ 1,6 mil com cada preso, e os serviços prestados são precários. Se uma empresa privada constrói um presídio e aluga para o Estado vai prestar um serviço de qualidade. É como se tivesse construindo um hotel com ocupação de 100% o ano inteiro. É um bom negócio para os dois lados, até porque o estado vai pagar menos por esse aluguel do que gasta hoje nos sistema atual. Pretendemos ter uma primeira experiência agora, construindo um presídio para cerca de 1.300 vagas, ao lado de mais 1.200 vagas que serão construídas agora - três no entorno de Brasília e uma em Anápolis, com recursos do Estado e do Ministério da Justiça, vamos garantir mais vagas. Hélio Telho Filho (via #popface) - Dos R$128.878.116,76 que por convênio assinado o Estado de Goiás se comprometeu a investir no novo aeroporto, quanto já repassou?

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Não tenho essa informação precisa. À época do primeiro convênio, o governo teria a responsabilidade de passar 20% do valor, só que agora, nessa nova fase, no novo acordo, o Estado não terá mais nenhuma responsabilidade e contrapartida. Lydia Himmen- Como o senhor justifica o fato de todos os espaços destinados às artes plásticas estarem fechados há mais de um ano, sendo que o senhor disse logo no início de seu mandato que o Centro Cultural Oscar Niemeyer (CCON), por exemplo, funcionaria plenamente 15 dias depois de sua posse, com calendário de exposições inclusive. E não apenas os três espaços destinados às artes plásticas que integram o CCON, como também todos os demais, a Galeria Frei Confaloni, destinada à produção de jovens artistas; a Galeria Sebastião dos Reis, destinada ao artesanato, e outros. Governar um Estado requer obediência a uma série de procedimentos e rituais, principalmente no que concerne a Lei de Licitações, concorrências públicas, e outros aspectos jurídicos. Fiz um compromisso público de reabrir o CCON no primeiro dia do meu governo para provar que ele estava pronto e o fiz. Vários eventos foram realizados ali, ocorre que depois ficar cinco anos fechado, houve uma necessidade de reforma e de conclusão dos detalhes que ficaram faltando. Tivemos dificuldades de concluir o processo licitatório, que finalmente foi concluído, e a obra está em curso. Espero que dentro de dois ou três meses toda a obra de reforma geral do CCON esteja pronta. Ele será uma grande referência para a atração de espetáculos. Já entrei em contato com os circuitos culturais do Banco do Brasil, da Caixa Econômica e do Bradesco solicitando a eles que priorizem o CCON para apresentação de seus espetáculos. Recebemos o Teatro Goiânia em reforma e ela está em andamento; estamos construindo a Vila Cultural no fundo do Teatro Goiânia, realizamos todos os eventos do calendário cultural de Goiás; vamos criar novas atrações a partir de 2012. Essa pergunta me instiga a chamar ainda hoje o secretário de cultura para saber quais os espaços que estão fechados para que funcionem adequadamente. Os meus dois primeiros governos foram marcados por um grande dinamismo na área da cultura e não será diferente agora. Se a equipe não for capaz de dar a mesma consistência e agilidade dos governos anteriores, é claro que vou fazer mudanças. Conceição Lemos - Como fica a situação dos aposentados no novo plano da Educação, já que nos foi tirado os 30% de titularidades que conquistamos a duras penas ao longo de nossa carreira no magistério? Nós, aposentados, não mais poderemos pleitear os 60% de gratificações propostos no novo plano, já que não seremos avaliados por desempenho e muito menos fazer a tal prova da Secretaria da Educação. Nós tivemos dois planos de cargos e vencimentos nos dois últimos 20 anos na Educação. Um criado no governo Santillo e revogado no governo subsequente. E o outro criado no meu primeiro governo quando a secretária era a professora Raquel Teixeira. Criamos o plano de carreira para os professores e depois para os administrativos. Isso foi um marco na valorização dos profissionais da Educação de Goiás. Portanto, falar em plano de carreira é falar em conquista dos profissionais, mas principalmente na decisão política minha de garantir aos profissionais de Educação a sua revindicação muito justa. A reforma do plano de carreira teve como objetivo garantir o pagamento de um valor superior ao piso nacional para os professores que ainda não estavam nessa situação garantida, pouco mais de mil profissionais; e aumentar o valor básico da remuneração para quem entra no magistério e isso será muito sentido já a partir de janeiro. Professor agora terá mais oportunidades de crescer na carreira. O novo plano não vai trazer perdas para ninguém. Os servidores da ativa poderão ter maiores vencimentos em razão da produtividade. Vamos apostar muito na melhoria da qualidade e do desempenho em sala de aula. Queremos que nossos alunos aprendam para valer e a serem competitivos. Vamos trabalhar pesado

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para que os professores se voltem para as salas de aula. No início do ano, dos 29 mil professores ativos, 14 mil estavam fora da sala de aula. Com o programa Reconhecer, conseguimos voltar para a sala de aula 7 mil professores. Em 2011 premiamos os professores com 100% de assiduidade, já pagamos 11 mil e vamos pagar o resto agora. Esse bônus será estendido ao grupo gestor, pagamento que será feito em julho e dezembro de 2012, vamos criar o programa permanente de manutenção da rede e investir em tecnologia. As escolas cujos alunos tiverem melhor desempenho serão premiados, assim como os próprios alunos.

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Jornal Opção, Entrevista - 30.12.11 a 07.01.12

Entrevista|Marconi Perillo “Este é o governo mais importante da minha vida. Não quero perder o foco”

Governador revela que passou por seu período mais tenso em todo seu tempo à frente de Goiás, mas fecha o ano aliviado, com sensação de dever

cumprido e otimista para 2012

A entrevista já tinha se encerrado e o governador Marconi Perillo recebeu um questionamento quase informal. Era para que ele comparasse 1999 — seu ano de estreia no Poder Executivo após a surpreendente virada sobre Iris Rezende nas eleições — a 2011. Qual dos dois anos teria sido mais difícil, aquele sem experiência alguma como gestor público ou este, com um mar de dificuldades a enfrentar, embora com dois mandatos já vivenciados? O governador não teve dúvidas: 2011 foi o ano mais difícil de sua história pública, com inúmeros desafios para resolver, alguns parecendo mais enigmas indecifráveis, como uma equação razoável para o problema da Celg. Em vários momentos durante o ano, alguns que que acompanhavam o dia a dia de Marconi chegaram mesmo a notar nele uma espécie de apatia, de paralisia. Não parecia o homem de sempre, aquele de decisões firmes e atitudes dinâmicas. O cenário tinha tudo para ser trágico, ao fim do ano. Foi justamente ao contrário. Ao receber a equipe do Jornal Opção no Palácio das Esmeraldas, para uma entrevista de balanço do primeiro ano em seu retorno à administração de Goiás, estava de volta o

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Marconi conhecido de todos, amigos e adversários: ágil, veemente, seguro nas respostas. Mas talvez a palavra chave seja ―confiante‖. Foram muitas as boas notícias do fim do ano, coroadas com o recebimento da primeira parcela do acordo sobre a Celg, no valor de R$ 1,7 bilhão. Foi com o semblante de quem tirou um peso imenso das costas e venceu as piores batalhas que já lhe haviam imposto que o governador, então, pôs o olhar no futuro para falar de Goiás. Com muita confiança. Herbert de Moraes Ribeiro — Como o sr. terminou o ano fiscal de seu governo em 2011? Muito melhor do que o encontramos em janeiro. Em 2010, de seis metas cinco não foram cumpridas e em 2011 devemos cumprir todas. No dia 23 de dezembro assinamos o nosso PAF [Programa de Ajuste Fiscal] e o governo federal nos abriu R$ 5,328 bilhões para operações de créditos a serem feitas. Uma delas para a Celg, no valor de R$ 3,537 bilhões, outra de R$ 1,5 bilhão para infraestrutura e outras operações que estão em curso. Com isso o governo federal está nos dando um atestado de idoneidade e de confiança em relação aos compromissos na área de ajuste fiscal e do reequilíbrio financeiro do Estado. Também assinamos todos os contratos relativos aos empréstimos para a Celg, todas as operações foram feitas. Evitamos di-vulgar no primeiro momento por solicitação da Presidência da República e do Ministério da Fazenda. Aliás, agora estou falando nisso pela primeira vez. Herbert de Moraes Ribeiro — Por falar em Presidência, seu governo iniciou sob o estigma de uma relação difícil com o ex-presidente Lula, o que poderia dificultar sua relação com a presidente Dilma. Isso está superado? Houve dificuldades nas negociações com a Celg, por exemplo? Minhas poucas divergências com as pessoas, quando ocorrem, são no campo político. Evito levar para o campo pessoal. Ao longo de minha história, tive dois instantes de divergências com o ex-presidente, um sobre o mensalão e outro sobre meu voto contra a CPMF. Foram questões políticas sobre pontos de vista diferentes em assuntos de Estado. Jamais tive desavença nem desferi ataques pessoais ou mesmo políticos ao ex-presidente Lula. Tenho respeito por ele e já disse isso publicamente. Ele também já teve oportunidade de me agradecer e me elogiar por ter sugerido a ele a unificação dos cartões e a criação do Bolsa Família. Quanto à presidente Dilma, estabeleci com ela relação próxima quando ela foi ministra de Minas e Energia e eu era governador, depois ela como chefe da Casa Civil e eu senador, tivemos sempre uma convivência republicana. Agora, o relacionamento foi crescendo à medida em que ela foi conhecendo os nossos propósitos, os ministros dela também foram percebendo nossa seriedade com os convênios e parcerias que a União precisou estabelecer como Estado e vice-versa. Nutro por ela muito respeito, é uma pessoa preparada tecnicamente, séria, e tem uma bonita história contra a ditadura militar. Estou convencido de que até aqui o governo dela zelou pelo republicanismo. Temos que fazer nossa parte se quisermos merecer respeito e confiança das pessoas. Fiz isso durante todo o ano. O tratamento dos problemas da Celg foi corretíssimo. Terminamos o ano melhor do que quando começamos, demos um choque de gestão na Celg, e a Eletrobrás, o Ministério de Minas e Energia e a própria Aneel respeitam nossa atuação na direção da Celg. Cezar Santos — Voltando à questão fiscal, mesmo com as medidas duras tomadas durante o ano, o governo vai fechar com déficit em torno de R$ 500 milhões. Que cenário se desenha para o futuro em vista disso, principalmente no tocante a investimentos? Ainda não está bem clara a questão do déficit. Precisamos separar as coisas, temos que saber qual o déficit do ano 2011 e se isso terá a ver com restos a pagar de 2010. Recebemos restos a pagar de cerca de R$ 600 milhões e pagamos tudo, uma vez que parte disso referia-se à folha do funcionalismo. Agora, final de ano e início de 2012, vamos apurar o que efetivamente ficou de déficit, levando em consideração o

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acumulado de 2010 com desdobramento de 2011. Se considerarmos apenas 2011, sem as consequências de 2010, com certeza nosso déficit estará muito próximo de zero. Isso será muito bem detalhado tecnicamente pela Secretaria da Fazenda, pela Controladoria-Geral nos próximos dias. Também será enviado relatório anual e quadrimestral à Assembleia Legislativa. Patrícia Moraes Machado — Há cerca de um mês, o secretário José Simão e o presidente da Agetop, Jayme Rincon, divulgaram que o Estado viraria o ano com déficit zero, levando em consideração o acordo da Celg com a Eletrobrás. Esse déficit zero depende do acordo? Repito, o ano de 2011, independente até da Celg, deveremos chegar a déficit zero ou muito perto disso. Há um déficit anterior que se acumula e a medida que uso dinheiro do atual exercício para pagar dívidas do anterior, estou transferindo déficit de 2010 para este ano. Patrícia Moraes Machado — Como que isso vai interferir em 2012? O pior já passou. Vamos agora cumprir o ajuste, que será mais rigoroso em 2012 do que o de 2011, até porque estamos contraindo agora essas operações de crédito, tivemos que assinar novo programa de ajuste fiscal que define as diretrizes que deverão ser cumpridas pelo governo estadual. E aí, a resposta para a pergunta sobre investimentos. A diferença é que o Fundo de Transporte nos dá uma margem para manutenção, conserva e reconstrução rodoviária, no valor de cerca de R$ 1,5 bilhão em quatro anos, e como temos operação de crédito para terminar e construir novas rodovias, estamos falando de R$ 3 bilhões que não sairão mais do Tesouro. A contrapartida aos investimentos em rodovias por essa contratação de crédito, talvez do BNDES, é o próprio Fundo de Transportes. Não vamos precisar de dinheiro do Tesouro para investir em rodovias, porque já temos fundo para isso. O que mais impacta o Tesouro em termos de investimento em infraestrutura são obras rodoviárias. Como não vamos ter de gastar com elas, utilizaremos os recursos de investimentos do Tesouro para outras áreas, como saúde, educação, segurança, obras civis. Também não teremos de tirar do Tesouro recursos para obras de saneamento. A Saneago está com seu perfil bem melhorado agora, repactuamos dívidas que estavam negociadas a juros mais altos. E estamos investindo em PPPs. No caso do VLT [Veículo Leve sobre Trilhos] de Goiânia, também, é PPP com o setor privado e dinheiro do PAC de mobilidade urbana nas grandes cidades, e parte do Tesouro, principalmente se for aprovada a repactuação dos royalties do petróleo e pré-sal. Cezar Santos — Mas se o ajuste fiscal será mais rigoroso, como o sr. disse, os investimentos não serão mais restringidos? Apesar de termos a possibilidade de ajuste fiscal rigoroso este ano ainda, teremos folga para fazer grandes investimentos com outras fontes que já viabilizamos. Patrícia Moraes Machado — Há quem critique as PPPs porque seria uma privatização de ações e investimentos que seriam de responsabilidade do Estado. Como o sr. vê essa crítica? Quem critica isso em Goiás está olhando para o próprio umbigo apenas. Geralmente são discursos preconceituosos, ideologicamente falando, e obtusos. São cegos que não querem enxergar a realidade. Há governadores de partidos adversários que estão há muito mais tempo no caminho das PPPs e das OS [organizações sociais]. Cito casos, sem fazer críticas, até porque considero que o conceito para administração moderna é esse. O governador da Bahia, Jaques Wagner, que é do PT, está realizando PPP para saneamento em Salvador e outras regiões. É dinheiro privado que se agrega ao dinheiro público para investir em água e esgoto, para antecipar a universalização desses serviços à população. Uma obra que demoraria 40 anos para ser feita com recursos públicos, é antecipada para cinco ou seis anos. Isso é benefício para a

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população sem aumento de tarifa, até porque tarifas são definidas pelos órgãos reguladores. Jaques Wagner está investido em PPPs também para construção de presídios, de hospitais. Na Bahia as OSs também estão administrando hospitais, como o do Subúrbio, o maior de Salvador. O governo socialista de Pernambuco realiza PPPs há vários anos — são dois governo reeleitos — para hospitais e presídios. Todos os hospitais construídos pelo governador Eduardo Campos (PSB) são geridos por OSs, lembro o Hospital Gilberto Freyre [Posto de Saúde da Família Gilberto Freyre], o Dona Lindu e o Miguel Arraes. Os três foram construídos por Eduardo Campos, que considera esse o conceito mais moderno para gestão hospitalar. Os governo de São Paulo, de Minas Gerais, Rio de Janeiro, Espírito Santo e vários outros Brasil afora, principalmente nos governos modernos que estão preocupados em ter resultados rápidos e eficientes, estão nesse caminho. Por isso, quem faz crítica em Goiás está num viés político, na contramão da história e de seus próprios partidos. Também o governo federal, ainda no período do presidente Lula, realizou várias licitações para concessões de rodovias federais. Agora já há várias licitações a serem feitas para concessionar ou realizar PPS para fazer manutenção, conserva ou construção e ampliação de aeroportos. O sistema aeroportuário brasileiro está passando por grande reforma graça a essa decisão tomada pela presidente Dilma. Governantes sérios, independentemente de serem do PT, PSDB, PSB, PMDB, PPS ou outros, estão procurando garantir serviços de boa qualidade prestados a tempo e a hora para o povo de seu Estado. Patrícia Moraes Machado — É bom esclarecer esse ponto, principalmente sobre as OSs, que tem deixado a população meio confusa. Com as OSs gerindo hospitais, o Estado não deixa de ditar a política de funcionamento dessas unidades? Não. A Constituição estabelece que o sistema de saúde é único e universal, tem de atender a todos. Os recursos públicos são para isso. Todas as diretrizes do Fundo Nacional de Saúde, as leis ordinárias emanadas da Constituição, o regramento que define a utilização de recursos da área de saúde são claros e objetivos sobre o conceito do que é saúde pública. Ninguém pode se afastar disso, até porque estaria cometendo crime. O que se está discutindo são modelos de administração de unidades hospitalares, gerência. Administrar hospital é muito complicado. Hospitais particulares tiveram problemas, vários hospitais filantrópicos em Goiás estão em dificuldades. Cito o Araújo Jorge, o São Pedro de Alcântara, na cidade de Goiás, que mesmo com nosso esforço na Secretaria de Saúde ainda está fechado por causa de problemas com a prefeitura. A Santa Casa de Misericórdia de Anápolis só sobrevive graças ao apoio permanente que nós damos com repasses financeiros para custeio, com compra de serviços na área de UTIs. É o caso da Santa Casa de Goiânia, que há oito anos começou a ser administrada pela UCG, hoje PUC, e só agora começa a sair do vermelho. Não é fácil administrar hospital. Se é difícil nos privados e filantrópicos, imagine como não será nos públicos. O que queremos é eficiência, que os hospitais públicos goianos possam oferecer a mesma qualidade que o Crer [Centro de Reabili-tação e Readaptação Dr. Henrique Santillo] e o Hospital de Urgências de Anápolis (Huapa), ambos construídos em nossas gestões anteriores, oferecem aos seus clientes. A qualidade que o Hospital da Região Sudoeste, em Santa Helena, construído na administração anterior e colocado para funcionar em julho de 2011, na minha administração, oferece. São três hospitais públicos que estão funcionando com a eficiência dos melhores hospitais privados, isso porque tem gestão que cobra resultado, que pode fazer coisas que a legislação de licitação não permite na agilização de aquisição de insumos e medicamentos. E pode, muitas vezes, contratar emergencialmente funcionários sem as exigências da legislação em relação a estatutários, diferente dos celetistas.

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Patrícia Moraes Machado — E onde entra o papel do Estado nesse modelo? O Estado faz o contrato de gestão por resultado, define metas de atendimento, número de pessoas, tipos de procedimentos que serão realizados em internação, cirurgias, UTIs, etc. Em contrapartida acerta um repasse mensal para a realização desses serviços. Depois cobra e fiscaliza a eficiência dessa gestão. O Estado paga o custo dessa manutenção e custeio dos serviços prestados. Herbert de Moraes Ribeiro — E os investimentos que devem ser feitos? Quando necessários, como no caso do Crer, são feitos pela própria OS. O Crer, quando o construímos, em 2001, ocupava 11 mil metros quadrados. Ele vai chegar agora a 35 mil metros quadrados e com equipamentos moderníssimos. Tudo isso foi comprado pela administração da OS. Cada OS tem uma realidade, e cada contrato tem suas especificidades, depende da necessidade de investimentos novos. No caso do HGG, temos o compromisso de entregar os equipamentos funcionando. No Hugo, está previsto que vamos fazer uma reforma. O fato é que a OS entrou com contrato de prestação de serviços, manutenção de limpeza, higiene, de todas as condições exigidas pela Vigilância Sanitária, mas ela tem de entregar um serviço de qualidade. Nossa obrigação é cumprir o contrato, pagar em dia os valores estabelecidos para que a OS preste serviço de qualidade ao cliente, que é o cidadão. E vamos fiscalizar através da nosso Controladoria, da Agência Goiana de Regulação, do Tribunal de Contas, se os serviços pactuados no contrato vão ser prestados, se os atendimentos serão feitos com a qualidade que esperamos. Até agora, o que se verificou nas OSs já existentes — Crer, Huana e Hospital do Sudoeste —, é que está tudo de acordo com os contratos. O serviço continua público, os repasses são públicos, as diretrizes são públicas, as exigências em relação ao que estabelece a Constituição também têm de ser cumpridas. O que estamos mudando é o padrão de governança dos hospitais.

“Só Santillo e eu tivemos sensibilidade com a educação” Elder Dias — Tendo em vista o modelo do Crer, que é um sucesso, o sr. pensa num centro de referência na área odontológica? A pergunta é oportuna e coincide com uma reunião que fizemos no dia 23 de dezembro com alguns especialistas na área de odontologia, dentre elas um representante do Conselho Regional de Odontologia (CRO). Eles vieram propor um modelo do tipo do Crer gerenciado por OS, e eles compreendem que isso é o mais eficiente. Eles estão dispostos a doar terreno, a ajudar na construção de prédios, e definir um conceito de atendimento integrado em odontologia, passando pelos atendimentos básicos até os mais complexos. Foi uma ótima reunião, eles estão conversando há tempos com o secretário Antônio Faleiros e pedi um prazo até 30 de janeiro para que eles me apresentem um projeto para darmos início à construção de um centro de odontologia na região mais central de Goiânia, para atender toda a região metropolitana. É uma necessidade e mesmo não tendo sido compromisso de campanha, vamos dar efetividade a essa ideia. Cezar Santos — Por falar em centro, como está o projeto do atendimento aos dependentes químicos, o Credeq, visto que o flagelo das drogas se agrava a cada dia? Em setembro recebemos o conceito do projeto. É uma área que divide muito os especialistas, conforme a interpretação na forma de se recuperar o dependente químico. Chegamos a um conceito razoavelmente pactuado, consensual em pelo menos algumas dessas correntes. O projeto também foi muito debatido com as áreas técnicas do Ministério da Saúde e da nossa Secretaria da Saúde. Agora entramos no detalhamento do projeto de engenharia para podermos licitar e construir. A ideia é construirmos três centros de referência em recuperação de dependentes químicos, um na Região Metropolitana de Goiânia, um na Região Sul e um na Região Sudoeste, isso

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em 2012. Depois vamos expandir para outras regionais de saúde. O projeto prevê 11 mil metros quadrados de área construída, com espaços para clínicas, para esportes, lazer. O custo é de R$ 15 milhões aproximados e consignamos no Orçamento de 2012 a construção desses três. Claro que só essa iniciativa não vai resolver o problema, tal a demanda existente hoje. Também não será suficiente para nos vermos livres das drogas. Estamos buscando, em parceria com o Ministério Público, uma grande força-tarefa na área de prevenção, envolvendo educação, ciência e tecnologia, segurança pública e outras áreas. Teremos a parte de recuperação, com o Credeq e outras instituições filantrópicas e privadas, com as quais o Estado vai celebrar convênios, para que elas atendam cada vez melhor essas pessoas. E tem a parte repressiva. Queremos começar já em janeiro a viabilização do comando regional da polícia de divisas, viabilizando comandos fortemente armados, com policiais treinados e viaturas nas entradas e saídas do Estado. Assim combateremos o contrabando de armas e principalmente de drogas. Vamos fechar as divisas, combatendo a entrada de drogas em nosso Estado. E tenho estimulado todas as iniciativas de igrejas e outras instituições com vistas a construção e manutenção de centros de recuperação de dependência química. O Estado sozinho não dá conta de construir tantos quantos são necessários para a recuperação de milhares de dependentes, principalmente do crack, a droga mais barata. Elder Dias — Ações articuladas entre pastas são mais efetivas na Saúde, como no combate à dengue, com a Secretaria de Educação, por exemplo. O sr. pretende incentivar isso? Essas medidas em grande parte já foram iniciadas. O Detran, com a Balada Responsável mais parcerias com taxistas, por exemplo, e com a Secretaria da Saúde, está investindo na prevenção a acidentes, o que diminui a demanda no Hugo. Também caminhamos nessa direção quando assinei ontem (dia 29 de dezembro) a diminuição do IPVA em 50% para veículos e motos populares que não tenham se envolvidos em acidentes nem cometido infração de trânsito nos últimos 12 meses. Também ao instituir redução de IPVA para taxistas e mototaxistas, para feirantes, igualmente caminhamos nessa direção. No combate à dengue e prevenção às drogas, a Secretaria da Educação terá papel fundamental. Essa interrelação entre Secretarias de Se-gurança, de Educação e de Saúde é fundamental para atingir os objetivos. O Ministério Público também dá sua contribuição. Vamos começar agora uma campanha na mídia integrando todos os órgãos do governo com o Ministério Público nesse projeto de combate às drogas, nas esferas de prevenção, cura e recuperação, punição e repressão. Herbert de Moraes Ribeiro — Com ação policial, haverá mais presos. Como fica a questão da falta de presídios? Serão construídos, em parcerias como Ministério da Justiça, quatro presídios, sendo três no Entorno de Brasília e um em Anápolis, com abertura de mais 1,2 mil vagas. Estamos concluindo uma PMI [proposta de manifestação de interesse] para construção do primeiro presídio privado em Goiás, para cerca de 1,3 mil sentenciados. Cezar Santos — Essa unidade será construída em Goiânia? Deve ser ao lado do presídio de Aparecida. Com recursos do Fundo de Modernização do Judiciário, vamos receber mais uma parte agora, vamos investir na melhoria, ampliação e construção de presídios, em contrapartida dos programas nacionais, e na melhoria dos IMLs. Há déficit de 6 mil vagas nos presídios goianos e incluímos nos planos da Secretaria de Segurança Pública ações efetivas para redução drástica desse déficit.

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Herbert de Moraes Ribeiro — A União vai construir presídio federal em Goiás? Não se tratou disso ainda, mas a presidente Dilma lançou o PAC das Execuções Penais. O Ministério da Justiça, a secretária de Segurança do Ministério, o secretário executivo têm demonstrado muito interesse em celebrar todas as parcerias possíveis conosco, para minorar os problemas no entorno do Brasília e em todo o Estado. Estamos aproveitando todas as oportunidades, apresentando bons projetos que estão sob avaliação do Ministério da Justiça. Vamos aproveitar também os recursos que estamos viabilizando para melhorar as cadeias, delegacias, IMLs e ao mesmo tempo para garantirmos contrapartidas e termos condições de construir mais unidades. Nosso objetivos é abrir mais 4 mil novas vagas no sistema, até o fim de meu mandato. Cezar Santos — Poucas semanas depois que o sr. Assumiu, o ex-presidente da Valec, Francisco das Neves, aqui no Palácio das Esmeraldas, prometeu à sociedade goiana o trem-pequi, de Goiânia a Brasília. Disse que a licitação da obra seria lançada em poucos meses. Juquinha caiu e o projeto parou? Infelizmente, o doutor José Francisco das Neves deixou o governo federal e de certa forma esse projeto sofreu uma redução na escala de prioridades. Mas eu retomei essa discussão junto à Sudeco, à ANTT [Agência Nacional de Transportes Terrestres] e também na Valec. A esfera federal está muito interessada em concluir o projeto executivo da utilização da linha Brasília-Luziânia para trem de passageiros. Eu e o governador de Brasília já assinamos o protocolo. O superintendente da Sudeco se disse otimista com outro protocolo para estudos de viabilidade para esse trem de passageiros ligando Brasília a Goiânia. Esse é um projeto inexorável, irreversível para o futuro, mesmo que não comece agora, mas temos de trabalhar fortemente para viabilizá-lo, porque essa região será completamente urbanizada nos próximos 20 anos. Teremos nela cidades tecnológicas, centros de tecnologia de ponta, possivelmente um novo aeroporto de Brasília a ser construído em alguns anos, talvez entre Brasília e Alexânia. Será indispensável, face ao adensamento urbano, a viabilização de uma linha ferroviária com trem de cargas a partir de meia-noite e de passageiros durante o dia e parte da noite. Com isso teremos integração definitiva entre esses dois polos de desenvolvimento, as regiões metropolitanas de Goiânia e Brasília, passando por Anápolis, formando um único polo de desenvolvimento regional. Herbert de Moraes Ribeiro — E a Ferrovia Norte-Sul? Continua em construção. A inauguração foi adiada algumas vezes, mas a previsão é que neste ano o trecho até Anápolis seja entregue e comece a operar. O trecho Sul, de Anápolis até a divisa com São Paulo, deve também ser colocado em atividade até 2013 ou 2014. E há o projeto da Fico, de integração do Centro-Oeste, que vai nascer em Campinorte, atravessando todo o Noroeste de Goiás, passando por Cocalinho até Lucas do Rio Verde (MT). Essa obra está prevista para ser iniciada no segundo semestre de 2013. Será fundamental para Goiás. Já ouvi dizer que a ferrovia que está nascendo em Itabuna (BA) passaria por Campinorte. Se acontecer, teríamos a integração da Bahia, cortando a Ferrovia Norte-Sul, em Goiás, indo ao Mato Grosso e então até o Pacífico. Patrícia Moraes Machado — Por que não foi possível a conclusão das obras do Centro Cultural Oscar Niemeyer? Problemas burocráticos. No início tivemos de fazer nova licitação. Por fim, a empresa teve dificuldade em cumprir o cronograma. O fato é que estamos concluindo detalhes que foram deixados depois que sai do governo e fazendo uma ampla reforma. Afinal, o Centro ficou cinco anos fechado, tempo suficiente para que algumas coisas se deteriorassem. Essa reforma é maior do que estava prevista. A realidade é que o Centro Cultural funcionou grande parte de 2011. E quando voltar a funcionar, a partir de março, estará com todos os equipamentos modernos, em condições de atender o público. Paralelamente, já estou conversando com o Banco do Brasil Cultural, Caixa

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Econômica Cultural, Bradesco Cultural, solicitando que Goiás e o Centro Cultural Oscar Niemeyer sejam incluídos em todos os circuitos nacionais dessas instituições de fomento à cultura. Herbert de Moraes Ribeiro — Professores reclamam que o sr. fez um achatamento salarial em vários dispositivos votados na Assembleia. Tem fundamento isso? Dois governadores tiveram a compreensão e a sensibilidade de atacar essa questão do plano de cargos e salários com a firmeza e resolutividade. Henrique Santillo, que criou o primeiro plano de cargos e vencimentos dos servidores da educação, e depois eu. Esses planos foram criados dentro de outra realidade. Naquela época, quase todos os professores do ensino fundamental não tinham diploma de licenciatura. A realidade hoje é outra, quase todos têm licenciatura. Esse é um aspecto. Outro aspecto é que tínhamos e queríamos cumprir o piso nacional, aliás, pagando um pouco mais do piso para professores em início de carreira. Com essa mudança no plano, estaremos cumprindo isso a partir de janeiro. Herbert de Moraes Ribeiro — Mas com certo sacrifício... Eu não diria sacrifício. Esse assunto está sendo muito explicado nos últimos dias, em função de cartas de leitores nos jornais e o próprio secretário [Thiago Peixoto] tem se dedicado a isso. Na verdade, nós agregamos algumas titulares ao salário base. Isso é bom para o professor quando ele for se aposentar. Claro que não teríamos como pagar todos os desdobramentos desses planos com base no piso salarial, mesmo porque o piso é para quem está embaixo, ganhando abaixo do mínimo. O que o Estado não conseguiria resolver é o efeito cascata gigantesco que ocorreria em função de um aumento do piso, ou seja, ao invés de aumentar apenas para quem está abaixo do piso para colocá-lo dentro da lei. Isso poderia resultar em um gasto anual adicional de aproximadamente R$ 800 milhões na área da educação. Temos as limitações da Lei de Responsabilidade Fiscal, do ajuste fiscal. Não podemos gastar além do limite prudencial, que estabelece 55% para todos os Poderes. Então, fizemos uma mudança levando em consideração as necessidades dos professores e demais servidores. Estamos garantindo aumentos vultosos a eles nos Orçamentos de 2012, 2013 e 2014. Para se ter ideia, em 2012 teremos um incremento na folha da Educação de mais de R$ 250 milhões. Nos anos seguintes, esse valor não será menor. Estamos cumprindo o compromisso de pagar um salário maior do que o piso para quem ganha menos e também estamos dando garantias às carreiras. Pior foi o que fizeram outros governos, que não deram aumento nem respeitaram a data base dos servidores do setor e, em alguns casos, aprovaram uma outra lei acabando com o piso. Quanto Henrique Santillo deixou o governo, quem o sucedeu enviou uma lei à Assembleia eliminando o piso dos professores. Nós criamos um piso em nosso primeiro mandato, o mantivemos no segundo e agora estamos reformulando este piso, mas mantendo o plano e dando garantias reais aos professores. O governo anterior, por exemplo, não pagou a data base em nenhum dos anos, desde 2006. Iniciamos este ano em meio a graves dificuldades, tendo de pagar, por exemplo, a folha de dezembro de 2010. Em relação a isso, abro um parêntese para dizer que, estamos terminando este ano de 2011 pagando 14 folhas em 12 meses — todos os meses, mais a folha de dezembro do ano passado e o 13º salário. Tudo isso pago antes do Natal, quitadas até o dia 23. Mais: fizemos agora um compromisso com alguns sindicatos de, fechada a equação da Celg, dar a data base que não foi dada em 2011 de forma escalonada de acordo com as parcelas que forem pagas por meio do contrato da Celg. Ou seja, se vão nos pagar o ICMS da Celg em três vezes — agora em dezembro, em janeiro de 2012 e em janeiro de 2013, ou seja, em praticamente em um ano —, vamos dar a data base de acordo com esses repasses. Outra informação é que já consignamos no Orçamento do ano que vem o cumprimento integral e rigoroso da data base em maio de 2012, de 2013 e de 2014. Portanto, estamos cumprindo com o compromisso de valorizar os servidores

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públicos, ao contrário de outros governantes que tiveram a oportunidade de fazer isso e não o fizeram. Pelo contrário, prejudicaram enormemente essa classe trabalhadora. Herbert de Moraes Ribeiro — E em relação à parte física da educação? Temos escolas com estrutura onde é absolutamente impossível o aprendizado. Neste ano fizemos intervenções em mais de 80 escolas, começando ou concluindo reformas físicas. Vamos ter, no ano que vem, a colaboração do MEC para a construção de escolas novas e vamos continuar o programa de reforma das unidades. Isso faz parte do programa Pacto pela Educação, a reforma educacional que está em curso. Há a previsão de colocarmos a rede física em bom estado de conservação, mas defendo, como já defendia em meu segundo governo, a adoção de um programa como o Terceira Via ou o Rodovida, ou seja, um programa de terceirização da manutenção e conservação permanente de nossas escolas. Determinei à Agetop e à própria Secretaria da Educação que agilizem esses estudos com vistas a uma licitação para que isso possa ocorrer. Patrícia Moraes Machado — Qual o projeto que o governo tem para a área de saneamento? Em parceria com os PACs 1 e 2, empréstimo do BNDES para a Saneago e recursos do Tesouro e da Saneago, temos hoje assegurados R$ 2 bilhões, só de dinheiro público. Estamos trabalhando por PPPs para universalização de esgoto em Aparecida, Anápolis, Trindade, Rio Verde e Jataí, no valor total de R$ 1,3 bilhões. Essas empresas vão investir com seu capital e se associar à Saneago para receber parte da tarifa em função dos serviços que estarão agregando a essas cidades. Esses projetos tiveram o apoio da diretoria e do conselho de administração da Saneago e também de todos os prefeitos dos municípios. É um projeto que já estava em curso quando cheguei ao governo e estamos dando continuidade e, agora, o finalizando. Isso vai significar a universalização do esgoto nessas cidades. Iniciamos também a conversação com os prefeitos das dez mais importantes cidades da região metropolitana de Brasília. Lá também não haverá solução que não envolva o apoio da iniciativa privada para universalizamos água e esgoto. A previsão de investimentos por PPPs no Entorno do DF é de R$ 3 bilhões. Portanto, teríamos esse montante, somado aos R$ 1,3 bilhões de PPPs para aqueles cinco municípios que citei e mais R$ 2 bilhões de recursos públicos, no total de R$ 6,3 bilhões a ser investidos nos próximos anos na área de água e esgoto em Goiás. No curto prazo, ainda no Entorno do DF, estamos concluindo obras do sistema produtor de Corumbá 4 em parceria com o governo de Brasília, para abastecimento de água de todo a região do Entorno Sul — Luziânia, Valparaíso, Novo Gama, Cidade Ocidental, entre outras cidades. Serão beneficiadas cerca de 3,5 milhões de pessoas que vivem nessa região de Goiás e mais toda a região sul de Brasília — Santa Maria, Samambaia e Gama, dentre outras localidades. Para o Entorno Norte, na região de Águas Lindas e outros municípios, temos uma parceria com a Caesb [Companhia de Saneamento Ambiental do Distrito Federal]. Compramos poços em nosso governo anterior e as pessoas têm um melhor abastecimento. Mas é uma área ainda crítica, não há uma integração total e a parceria com a Caesb se mostrou um pouco frágil. Não estamos conseguindo acelerar o processo como seria necessário. O prefeito de Águas Lindas [Geraldo Messias, do PP] nos pediu a inclusão do sistema de água do município nessa PPP do Entorno e estamos tentando fazer isso. Em Goiânia, com a construção da Estação de Tratamento de Água Bruta Mauro Borges e da elevatória, além dos tubos bombeadores, vamos concluir em setembro de 2012 o sistema João Leite, que foi iniciado por mim há dez anos, com o início do lago. Com essa estação, vamos usar a Estação Jaime Câmara para um rebombeamento e levar água para toda a área de Goiânia, Trindade e Aparecida. Com isso, vamos ter condições de ter 100% de atendimento de água em toda a região metropolitana, à exceção de Senador Canedo, que tem serviço municipal de abastecimento. Sobre o esgoto de Goiânia, com as obras que estão sendo realizadas e as novas licitações em

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curso, provavelmente chegaremos a meados de 2013 com mais de 95% de esgoto coletado e tratado. Portanto, Goiânia será uma das primeiras capitais do País a ter praticamente 100% de água e esgoto tratados para sua população. Criamos também a área de proteção do Ribeirão João Leite e vamos criar a área de proteção ambiental do Rio Meia Ponte. Estamos recebendo cerca de R$ 25 milhões da Anglo American como compensação ambiental pela construção da nova processadora de níquel, em Barro Alto, e parte desse dinheiro já será investida nessas áreas de proteção.

Elder Dias — Estamos a dois anos e meio da Copa do Mundo no Brasil. Goiânia ficou fora das subsedes. Depois do evento, vamos ter o Serra Dourada como um estádio inferior ao de Cuiabá, por exemplo, onde praticamente não existe futebol profissional. Como o sr. pretende solucionar esse dilema? O Serra Dourada, após a reforma que fizemos neste ano, está em boas condições para recepcionar os clubes brasileiros, realizar os certames estaduais e também receber seleções de fora. Para 2012, está praticamente acertada com a CBF a realização de mais um jogo amistoso da seleção brasileira. Para o futuro, temos de verificar se vamos fazer uma concessão do estádio ou uma PPP, se teremos grupos privados interessados em ser sócios do governo e fazer investimentos para que o Serra Dourada seja uma arena modernizada no nível das outras praças que ficarão prontas para a Copa. Temos preocupação também com o Autódromo e com o Centro de Excelência. Sobre o Autódromo, ou vamos fazer uma permuta da área atual e construir um novo, moderníssimo, ou vamos reformá-lo. É um assunto que está sendo resolvido. O Centro de Excelência, que virou um buraco aberto pelo governo anterior na Avenida Paranaíba, teve agora a licitação da empresa anterior cancelada e pendências burocráticas destravadas no TCU, no TCE e no Ministério do Esporte. Com isso, graças a um trabalho da bancada goiana, especialmente do deputado Jovair Arantes (PTB), estamos viabilizando recursos para retomar definitivamente a obra, a tempo de transformarmos o Centro de Excelência de Goiânia em um espaço de treinamento para competidores que estarão na Olimpíada do Rio, em 2016.

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Herbert de Moraes Ribeiro — Quais os projetos para a estrutura viária do Estado? Pegamos várias obras as quais, quando saímos do governo, tínhamos deixado praticamente tudo pronto e não caminharam nada no governo anterior. Um exemplo é o viaduto do Setor Madre Germana. Precisava apenas fazer o asfalto e o dreno debaixo da obra em uma extensão de 500 metros. Passaram-se cinco anos e nada foi feito. Agora, tivemos de cancelar a licitação e fazer outra para terminar aquele trecho e fazer a iluminação de lá até o Setor Novo Horizonte, cortando a GO-040 no Setor Garavelo. Ficaram patinando quatro anos em relação à Rodovia GO-070 e, entrando agora, estamos terminando a pista entre Goianira e Inhumas e reconstruindo as partes que estavam prontas e vamos colocar iluminação no trecho inteiro da duplicação. Pegamos uma malha viária totalmente esburacada e, para resolver a questão, criamos o fundo de transportes e fizemos a primeira licitação. Agora, sairá a segunda, para mais 2 mil quilômetros. Queremos chegar ao fim de 2012 com 4,1 mil quilômetros de rodovias reconstruídas. Até 2014, chegaremos a 6 mil. Com a contratação de crédito com o BNDES, vamos terminar todas as 30 rodovias inacabadas. Vamos ainda construir algo em torno de 50 novas rodovias. Do ponto de vista de infraestrutura, Goiás estará muito bem servido e teremos as rodovias com melhor manutenção do Brasil até 2014. Sobre concessões, deveremos receber uma proposta de estudo de viabilidade para concessão de quatro trechos de rodovias, a partir de Goiânia: até a BR -153 via Petrolina (GO-080) e até as cidades de Goiás (GO-070), São Luís de Montes Belos (GO-060) e Catalão (GO-020) — esta, em um primeiro trecho até o trevo para Caldas Novas. Se houver interesse empresarial e viabilidade para o consumidor, vamos tocar um projeto para duplicar esses quatro trechos. Patrícia Moraes Machado — Os programas sociais sempre foram uma marca de seu governo. Agora, o sr. lança a Bolsa Futuro. Ela fecha esse ciclo de programas, será realmente uma porta de saída? Esse é o objetivo. A grande ênfase deste governo será a Bolsa Futuro, com formação tecnológica e qualificação profissional. Hoje, com tantas construções, há dificuldade para contratar pedreiros, carpinteiros, algumas profissões cuja mão de obra sobrava antes e não há atualmente. O governo tem de focar famílias do Bolsa Família e do Renda Cidadã que precisam da atenção do governo para qualificação. Priorizaremos 250 mil pessoas desses programas, dando a elas mais 80 reais durante nove meses como ajuda para que elas possam estudar e ainda pagar o curso para que elas possam se forma. A tendência é unificarmos o Renda Cidadã com o Bolsa Família, aumentando o valor pago por meio deste último programa com uma parte de recursos do Estado. Vamos também continuar fortemente com o Cheque Moradia, em parceria com o programa Minha Casa Minha Vida. Ainda na questão da qualificação, além da Bolsa Futuro, vamos fazer parcerias com o Senai, o Senar, o Instituto Federal de Goiás e demais centros tecnológicos do Estado. A ideia é fazermos um movimento cada vez mais forte e consistente para que os empregos que estão chegando a Goiás sejam ocupados por filhos de famílias daqui. Precisamos focar cada vez mais o ser humano, para que as pessoas dependam cada vez menos de bolsas e outras formas de transferência de renda. Herbert de Moraes Ribeiro — O sr. termina o ano feliz com os investimentos que o Estado recebeu? Tivemos um boom de crescimento nos últimos anos em Goiás. Tínhamos estabelecido uma meta em março de chegarmos a R$ 100 bilhões de PIB no fim de 2012 e conseguimos antecipá-la para este ano. O PIB de 2011 já será de quase R$ 103 bilhões. Tínhamos a previsão de R$ 10 bilhões de investimento novos até dezembro e atingimos esse número em outubro. É uma explosão de investimentos: o etanolduto de Jataí até Paulínia (SP) praticamente assegurado, no valor de R$ 7,5 bilhões; as duas maiores refinarias de etanol do mundo — em Quirinópolis e Jataí — serão aqui em

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Goiás; o complexo da Anglo American, inaugurado em Barro Alto, no valor de US$ 1,9 bilhão; além de vários outros investimentos em mineração, etanol, indústria de alimentos, turismo, serviços etc. Vejo ainda um grande futuro para o eixo Brasília–Goiânia — o Alphaville Brasília, com as características de excelência do Alphaville Barueri de forma aprimorada, ficará com quatro quintos dentro de Goiás, com 24 milhões de metros quadrados de área. Patrícia Moraes Machado — Os programas sociais, então, serão aplicados juntamente com o avanço nos investimentos e na infraestrutura? É um casamento entre a logística, a infraestrutura e o desenvolvimento econômico com a formação de mão de obra, com a inclusão social e com o apoio aos mais pobres. Essa é uma marca minha. Tenho sensibilidade com o sofrimento das pessoas. Tenho muita preocupação em relação às discrepâncias regionais e sociais. O Brasil e Goiás ainda são muito injustos com sua população, apesar de todas as políticas implementadas. Precisamos investir pesadamente em educação, para que esta signifique democratização de oportunidade para os pobres, e em políticas emancipatórias, por meio de transferência de renda. Mas cada vez mais teremos de investir nas portas de saída, pelo emprego pleno e a qualificação para ele. Herbert de Moraes Ribeiro — O que o sr. diz a respeito do aeroporto de Goiânia? Depois de 40 idas e vindas a Brasília, conseguimos destravar a questão do aeroporto. Não é obra de responsabilidade do governo do Estado, mas como líder eu não poderia ficar sentado na cadeira, esperando o bonde passar. Deus provê, mas desde que você faça sua parte. Eu fui a luta: fui à Infraero, ao Tribunal de Contas da União, Consórcio de Empresas, ao Ministério da Defesa, à Secretaria de Aviação Civil, ao Ministério Público Federal em Goiás, Ministério Público estadual, Tribunal de Contas aqui, Justiça Federal acolá. Enfim, conseguimos depois de muito tempo um acordo entre as partes e, dependendo da avaliação do TCU, por volta de abril ou maio as obras poderão começar, para terminar em 2014. Herbert de Moraes Ribeiro — O setor industrial está registrando dificuldades justamente por conta da falta de infraestrutura, especialmente no que diz respeito à Celg. O sr. acha que, apesar das críticas dos adversários, o acordo para a Celg foi um bom negócio para Goiás? Na oposição, há pessoas que fazem seu discurso baseado em teses, ideias, e não ao Estado. Mas tem alguns que fazem oposição ao Estado. Para esta oposição mesquinha, pequena, o interessante seria que a Aneel decretasse a caducidade da Celg. Ou seja, o que eles queriam era que o problema da Celg evoluísse de tal sorte que arrebentasse nas mãos do governador Marconi Perillo. Eles não contavam que eu, o vice-governador e nossa equipe administrássemos bem a Celg este ano e ganhássemos credibilidade junto à presidência da República e ao Ministério das Minas e Energia, fazendo o ajuste fiscal, o nosso dever de casa, para buscar uma solução. O que queriam dizer era ―o Marconi não deu conta de resolver o problema da Celg‖. Como conseguimos resolver em um ano o que não resolveram em cinco, estão agora reclamando, tentando achar um jeito de criticar. Ora, esse acordo foi solicitado pela presidente Dilma Rousseff, que disse ―daqui para a frente, em meu governo, já que sou uma pessoa que entende do assunto, nenhum acordo no setor será feito sem que a Eletrobrás seja majoritária‖. Afinal, é a Eletrobrás a detentora das concessões e todas elas vão vencer em 2015. Deixei a Celg em boas condições em 2006. De lá para cá, as administrações da Celg foram medíocres, não tinham conhecimento de causa, não eram técnicos. A Celg se endividou em mais de R$ 3 bilhões no governo anterior. Ficaram o tempo inteiro tentando jogar a culpa sobre meus ombros pelo que eu não tinha culpa. Anunciaram, pelo menos umas dez vezes, a solução para a crise na Celg e chegaram ao fim de 2011 sem conseguir resolver, sem efetivar o contrato. Quem era eu para atrapalhar esse

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contrato, se Lula não gostava de mim, se eu não tinha assumido o governo ainda, se quem estava com a caneta eram eles? O problema é que o Ministério Público suspeitou da destinação que seria dada ao dinheiro que supostamente seria repassado. Quando eu digo que uma coisa é fato e outra coisa é boato é isto: o que aconteceu neste ano é fato, o contrato e o programa de ajuste fiscal estão assinados e o dinheiro, R$ 1,7 bilhão, já está na conta do Estado. O fato é este: nós resolvemos o assunto Celg, não fiquei conversando fiado, atribuindo culpa de nada aos outros. Fomos à luta e conseguimos resolver tudo. Fizemos um acordo que foi bom para o Brasil e para Goiás. Quero aqui agradecer imensamente à presidente Dilma, que foi sensível e correta; ao ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, e sua equipe; ao presidente da Eletrobrás, Armando Costa, e toda a sua diretoria; ao Ministério da Fazenda e ao Tesouro Nacional; aos senadores e deputados goianos, que tiveram uma atuação impecável; à AGM e aos prefeitos, de uma maneira geral e de modo especial aos de Goiânia [Paulo Garcia], de Aparecida [Maguito Vilela] e de Anápolis [Antônio Gomide], que, quando foram solicitados, não atrapalharam e muitas vezes ajudaram. Enfim, Celg: página virada, assunto resolvido; aeroporto de Goiânia: página virada, assunto resolvido; reinício do Centro de Excelência: página virada, resolvido; viaduto do Madre Germana: resolvido; Centro Oscar Niemeyer: resolvido; obras para os problemas das estradas: resolvido; saneamento básico, com obras em curso: página virada, assunto resolvido; ajuste fiscal: resolvido — a União nos concede um crédito de quase R$ 5,5 bilhões, por acreditar no governo e em nossa gestão financeira. A oposição tem de tentar criticar de alguma maneira, mas o fato é que conseguimos pagar 14 folhas em 12 meses; conseguimos colocar todos os programas sociais em dia; conseguimos dar a data base aos servidores; conseguimos pagar o piso para os professores. É preciso saber o seguinte: o que ficou faltando das pendências que haviam? Patrícia Moraes Machado — Talvez essa energia administrativa do sr. voltada para a política. Toda a minha energia está sendo gasta e vai ser gasta na administração. Na hora certa, vou tratar de política. Vou me envolver um pouco mais na macropolítica, para ajudar o Brasil. Vou ajudar a presidente Dilma em tudo o que eu puder. Patrícia Moraes Machado — Do mesmo jeito que o aspecto social é um marco do sr., assim também é o lado político. A gente vai ver essa energia voltada para a política em 2012? Vai ter a hora certa. A política começa a partir de agosto. Não quero tirar o foco da minha administração. O maior projeto da minha vida é este governo. Se meus dois governos foram memoráveis, este agora é o mais importante da minha vida. Fui alvo de muita traição, de muitas críticas injustas. Já estou provando e vou provar até o fim de 2014 o amor que tenho a Goiás e às finanças públicas. Patrícia Moraes Machado — O sr. abriria mão de uma reeleição por um projeto maior, no caso a Presidência? Este é um momento apenas de agradecimento a Deus e a todos que nos ajudaram a virar tantas páginas de tantas dificuldades. Tenho de fazer um agradecimento também à minha equipe, que se desdobrou nesse tempo todo e especialmente nestes últimos dias. O secretário Simão Cirineu [Fazenda] e sua equipe estão trabalhando 18 horas por dia, indo a Brasília e voltando; nas outras áreas, como o secretário Giuseppe Vecci, na Segplan, e o secretário Vilmar Rocha, na Casa Civil, enfim todos os secretários; o vice-governador, José Eliton, que foi corretíssimo na gestão da Celg e na parceria comigo para conduzir o governo; e à primeira-dama, Valéria Perillo, sempre minha companheira de todas as horas.

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Jornal Tribuna do Planalto, Editoria de Política - 30.12.11 a 07.01.12

Estado recebe parcela para a Celg

Governador Marconi Perillo faz pronunciamento durante último almoço oficial no Palácio das Esmeraldas, com conselheiros tutelares do Estado (foto: Lailson Damásio) O ano terminou bem para o governo estadual. Depois de tantos percalços, a novela envolvendo o salvamento da Celg chegou ao fim de maneira positiva. Na tarde de quinta-feira (29/12), a Caixa Econômica Federal depositou a primeira parcela do empréstimo de R$ 3,5 bilhões. O valor corresponde a R$ 1,7 bilhão, segundo informações do próprio governo estadual, que ainda não teria confirmado oficialmente, em respeito a um pedido da Eletrobras e Ministério de Minas e Energia, que querem fazer uma solenidade em Brasília no início da semana. De acordo com o estabelecido, R$ 422 milhões serão utilizados para o pagamento dos ICMS atrasado, desse montante, os municípios vão receber R$ 105 milhões, de acordo com a participação de cada um no Índice de Participação dos Municípios (Coíndice) deste ano. A segunda parcela do empréstimo, de R$ 1,3 bilhão, está programada para 29 de janeiro próximo. A terceira e última parcela, de R$ 527 milhões, para 29 de janeiro de 2013. O acordo entre Celg e Eletrobrás já teria sido assinado na segunda-feira (26/12), mas o governo ainda não havia confirmado. Na segunda-feira (26/12), o governador Marconi Perillo deu o pontapé inicial na partida de futebol entre artistas, jogadores profissionais e cantores, com finalidade beneficente, realizada no Estádio Hélio Arantes, em Palmeiras de Goiás, sua cidade natal. O jogo fez parte da 8ª Edição do Projeto Natal Contra a Fome e o Câncer e arrecadou, segundo os organizadores, quase oito toneladas de alimentos, que serão doados a instituições goianas que cuidam de pessoas carentes. Os times foram divididos entre os do cantor Leonardo e do jogador Roni. A partida teve a participação, entre outros, de Fernandão, Marrone, Amado Batista, Pedro e Thiago, Franco Levine, Nashville, Iarley, Sandro Goiano, Túlio, Israel e Rodolfo, Guilherme e Santiago, Jorge e Mateus.

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Quase 4 mil pessoas de Palmeiras de Goiás e municípios vizinhos assistiram ao jogo, para quem o que menos importava era o resultado. Eles foram lá para, além de colaborar com dois quilos de alimentos doados à população carente, verem de perto seus ídolos do futebol e da música. Os alimentos arrecadados serão divididos para entidades filantrópicas, ficando 50% para a Organização das Voluntárias de Goiás (OVG) e outros 50% para a Casa de Apoio São Luiz. De acordo com a organização, a partida de futebol beneficente do Natal Contra Fome e o Câncer teve como objetivo levar alegria ao público presente e, ao mesmo tempo, ajudar entidades que cuidam de pessoas carentes. Na terça-feira (27/12), o governador participou da entrega de 88 veículos para a Agência Goiânia de Defesa Agropecuária (Agrodefesa), por meio de convênio com o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. A solenidade de entrega dos veículos, realizada na Secretaria de Agricultura, no Setor Leste-Universitário, em Goiânia, contou com a presença do governador Marconi Perillo e autoridades do setor agropecuário. O presidente da Agrodefesa, Antenor Nogueira explicou que os carros serão utilizados nas inspeções sanitárias vegetal e animal em todo o Estado. Já chegaram 68 veículos que serão usados para ações de educação sanitária, em escritórios locais e em auditorias. Em janeiro vão chegar os outros 20 (vans e caminhonetes), equipadas com sistema de rastreamento móvel. A ampliação da frota vai dinamizar as ações de controle sanitário no Estado e serão usados por técnicos da defesa agropecuária. Para o secretário da Agricultura, Pecuária e Irrigação de Goiás, Antônio Flávio Camilo de Lima, os veículos são importantes para que as ações da Seagro tenham efetividade. ―É um instrumento fundamental no Estado de Goiás para a ação dos técnicos que visitam propriedades nos municípios‖. Ele lembra que em novembro foram entregues à Agrodefesa 20 veículos por meio do Fundo de Desenvolvimento da Agropecuária de Goiás (Fundepec), totalizando assim 108 novos veículos para a Agrodefesa. O secretário de Defesa Agropecuária do Ministério da Agricultura, Francisco Jardim, presente no evento enfatizou que o convênio é um exemplo de integração entre os governos Federal e o Estadual. ―É uma ação forte dentro do Estado de Goiás de defesa sanitária. Queremos na verdade é estimular a integração para manter o status sanitário que o Brasil precisa‖, conclui. Ainda na terça-feira (27/12), o governador ofereceu o último almoço oficial do ano no Palácio das Esmeraldas para os integrantes do Conselho Tutelar Estadual, acompanhados pelo secretário de Articulação Institucional, Daniel Goulart. Em seu pronunciamento, o governador disse ter decidido oferecer o almoço em reconhecimento ao trabalho realizado pelos conselheiros em prol da preservação da vida de crianças e adolescentes em situação de risco. ―Quero dizer da minha enorme gratidão pelo que fazem em favor de crianças e adolescentes. Muitas vezes vocês fazem um trabalho anônimo, que nem chega ao conhecimento de toda a sociedade, mas é um trabalho que tem importância enorme. Se não fossem vocês, com certeza, teríamos muito mais problemas em relação às crianças e adolescentes‖, disse Marconi. Durante a solenidade, o governador garantiu apoio integral às iniciativas do Conselho, reforçando a importância do secretário Daniel Goulart como um interlocutor dos interesses da instituição perante o Governo. ―Quero que vocês passem as solicitações ao Daniel, para que ele possa repassá-las a mim. Quero ajudá-los em relação aos

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estágios, à estrutura que os conselhos precisam. Quero, enfim, que vocês saibam que tem em mim total apoio e carinho do Governo de Goiás‖, salientou Marconi. Mais 145 casas referentes ao módulo VIII do Residencial Real Conquista foram entregues pela Agência Goiana de Habitação, na quinta-feira (29/12). Também foi lançado o módulo IX, que terá mais 395 casas construídas em 2012. No final da tarde, em Palmeiras de Goiás, foram entregues 285 escrituras que regularizam a situação de moradores do bairro Tempo Novo, e mais 15 sob a responsabilidade da prefeitura local, totalizando 300 escrituras. No Real Conquista, a chegada das novas famílias completará 330 moradias que compõem os módulos VII e VIII, entregues neste ano. O bairro tempo Novo foi criado há 8 anos, na gestão anterior de Marconi Perillo. A entrega dos documentos faz parte do Programa Casa Legal, criado em 2011 para por em prática o esforço do Governo de Goiás na regularização fundiária de moradias habitadas há anos, mas que no papel ainda não pertencem a seus moradores. O programa foi lançado em julho, com entrega de escrituras em Goiânia para moradores da Vila Mutirão e Palmeiras de Goiás, cinco delas no próprio bairro Tempo Novo. Ao todo, o investimento somente nestas moradias foi de R$ 8,25 milhões, sendo R$ 5,25 milhões em recursos estaduais, do Cheque-Moradia, e R$ 3 milhões em recursos federais. Atualmente, o Real Conquista conta com mais de 1,8 mil famílias residentes e, com a entrega de 145 casas, passará a contar com 2.004 famílias. No total, são mais de 10 mil moradores, entre eles mais de seis mil crianças e adolescentes. Na solenidade de entrega os novos moradores receberam as chaves de suas residências. ―Os canteiros de obra não ficaram parados neste ano. Isso mostra a eficiência do Governo, que tem trabalhado para transformar o Residencial Real Con-quista em um bairro, com equipamentos sociais e qualidade de vida‖, destaca o presidente da Agehab, Marcos Abrão Roriz. Em 2012, frisa o presidente, o bairro continuará no mesmo ritmo com a construção do Módulo IX, que será lançado pelo governador Marconi Perillo. As 395 casas deste novo módulo devem ser concluídas até o final de 2012. O valor total de investimento será de R$ 12.833.439,08, com R$ 8.093.439,08 do Governo estadual (Cheque-Moradia) e R$ 4.740.000,00 do Governo Federal (FGTS). ―Trabalhamos continuamente para que a população local tenha ainda condições de buscar qualificação profissional no próprio bairro para o mercado de trabalho e que também saibam cuidar de suas moradias‖, assinala Marcos Abrão Roriz.

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Jornal Opção, Editoria de Política, Coluna Anápolis - 30.12.11 a 07.01.12

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Site de Notícias: www.noticiasdegoias.go.gov.br - 02.01.12

Centro de Qualificação Profissional abre inscrição para novatos

O Centro de Qualificação Profissional, mantido pela OVG, abre hoje o período de matrículas para novatos. Como pré-requisito, precisam comprovar a conclusão ou que estão cursando o ensino médio. O Centro oferece os cursos de Informática, Português Instrumental, Inglês Instrumental, Matemática e Montagem e Manutenção de Computadores. Está prevista ainda a inclusão de Espanhol entre as disciplinas oferecidas. A unidade fica na Rua 16-A, nº 885, Setor Aeroporto, em Goiânia. O projeto beneficia alunos da rede pública de ensino em convênio com as secretarias de Ciência e Tecnologia e da Educação. Os cursos são de três meses, com aulas três vezes por semana. Mais informações: (62) 3201-9707.

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Boletim do meio-dia Centro de Qualificação Profissional abre inscrição para novatos O Centro de Qualificação Profissional, mantido pela OVG, abre hoje o período de matrículas para novatos. Como pré-requisito, precisam comprovar a conclusão ou que estão cursando o ensino médio. O Centro oferece os cursos de Informática, Português Instrumental, Inglês Instrumental, Matemática e Montagem e Manutenção de Computadores. Está prevista ainda a inclusão de Espanhol entre as disciplinas oferecidas. A unidade fica na Rua 16-A, nº 885, Setor Aeroporto, em Goiânia. O projeto beneficia alunos da rede pública de ensino em convênio com as secretarias de Ciência e Tecnologia e da Educação. Os cursos são de três meses, com aulas três vezes por semana.

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Jornal O Popular / Diário da Manhã / O Hoje / Opção / Tribuna do Planalto, Informe Especial Avança Goiás - 30.12.11

Um ano de superação e grandes realizações

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Jornal Diário da Manhã, Editoria de Opinião Pública - 31.12.11 e 01.01.12

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Jornal Diário da Manhã, Editoria de Opinião Pública - 31.12.11 e 01.01.12

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