Órgão Informativo do Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos, Caçapava, Jacareí, Santa Branca e Igaratá

Ano 35 - nº 1238www.sindmetalsjc.org.br

De 18 a 23 de julho de 2018

VENDA DA EMBRAER é

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Campanha Salarial:

VAMOS À LUTA POR

cRiMEcoNtRA

o BRAsil

Assembleia Geral discutiu e aprovou pauta de reivindicações

DIREITOS E AUMENTO REAL

Metalúrgicos vão à luta por aumento de salários e direitos

Campanha Salarial 2018

22 Jornal do Metalúrgico2

1º Torneio de Truco da Zona Leste acontece neste sábadoO 1º Torneio de Truco da Zona Leste acontece neste sábado (21), a partir das 10h, na subsede

das Chácaras Reunidas (Rua Monte Azul, 924). Ainda dá tempo de garantir vaga na competição. A inscrição das duplas pode ser feita até esta quarta-feira (18), na sede e subsedes ou diretamente

com os diretores do Sindicato. Mas atenção: é só para trabalhadores da Zona Leste. Não perca!

Trabalhadores da Avibras entram em estado de greve por PLR

Assembleia

Que drible!Um dos lances mais bonitos

da final da Copa do Mundo da Rússia, no domingo (15), foi a invasão de campo por ativistas feministas. Sem pedir licença, elas driblaram o forte esquema de segurança e entraram em campo vestidas de policiais.

O protesto denunciou a per-seguição do governo russo aos movimentos feministas, LGBT e de oposição política. Vá-rias lideranças estão presas há anos, de forma arbitrária, sem nenhuma prova e até mesmo sem acusação formal. Um ver-dadeiro atentado à democracia. Parabéns, garotas!

A mulher em casaA Irlanda irá realizar um re-

ferendo para remover de sua Constituição uma cláusula que tenta incentivar as mulheres a abandonarem o trabalho fora de casa.

Uma das cláusulas obriga o Estado a “empenhar-se em garantir que mães não tenham a necessidade econômica de trabalhar e negligenciar suas tarefas domésticas”.

A mudança é mais uma inicia-tiva de modernizar as leis do país e dar mais direitos às mulheres. Até que enfim!

Mulheres na políticaPrecisamos aumentar a par-

ticipação das mulheres na po-lítica. Nas eleições, a lei de-termina que pelo menos 30% das candidaturas devem ser de mulheres. Mas tem muito par-tido colocando a mulherada em candidaturas “laranja”.

Nosso Congresso é dominado por homens empresários, o que demonstra que só a cota não resolve. Precisamos de mulheres trabalhadoras para defender nossos direitos!

Os trabalhadores da Avibras entraram em estado de greve, na terça-feira (17), para pressionar a empresa a reabrir as negociações de PLR.

A Avibras quer pagar apenas R$ 1.000 na antecipação. Pra piorar, a empresa também está tentando maquiar o valor do resultado opera-cional. Tudo para pagar uma PLR rebaixada.

Mostrando mais uma vez sua intransigência, a Avibras encerrou as negociações na sexta-feira (13). Na segunda-feira (16), os trabalhadores re-jeitaram, em assembleia, a proposta patronal.

A Avibras também está pressionando os trabalhadores a aceitarem o valor rebaixado de PLR. Mas a chantagem não deu certo.

“Os trabalhadores estão mobilizados e não aceitaram a proposta absurda da fábrica. Quere-mos a retomada das negociações”, afirma o dire-tor do Sindicato Sérgio Henrique Machado.Assembleia discute PLR na Avibras

Na Campanha Salarial 2018, os metalúrgicos vão à luta por aumento real de salários e, principalmente, garantia dos direitos.

A pauta de reivindicações foi aprovada em Assembleia Geral neste sábado (14) e será referendada em votação nas fábricas nas próximas semanas.

Os metalúrgicos reivindicam reajuste de 16,97%, que equivale a 14,09% de aumento real mais reposição da inflação, estimada em 2,52% pelo INPC (de setembro de 2017 a agosto de 2018).

Nenhum direito a menosOs empresários farão de tudo

para cortar direitos. Por isso, vamos ter que colocar força total na luta pela garantia da renovação das Con-venções e Acordos Coletivos.

Também vamos reivindicar a unificação de direitos das metalúr-gicas de todos os setores. É preciso que as trabalhadoras de fábricas de autopeças, por exemplo, tenham os mesmos direitos das companheiras do setor de eletroeletrônicos.

“Vivemos um período que vai exi-gir muita organização dos metalúrgi-cos. Este é um momento desafiador, mas temos tradição e não deixaremos que os patrões reduzam nossos di-reitos”, afirma o vice-presidente do Sindicato, Renato Almeida.

Assembleia Geral na subsede das Chácaras Reunidas aprova pauta de reivindicações

Na Assembleia Geral, os meta-lúrgicos também discutiram sobre a sustentação financeira do Sindi-cato e aprovaram a contribuição assistencial.

Os recursos arrecadados junto à categoria são fundamentais para manter a estrutura sindical, já que aqui não entra dinheiro de patrão nem de governo.

“A contribuição assistencial é usada para financiar toda a nossa estrutura voltada para a defesa dos direitos dos metalúrgicos. Patrões e governos querem acabar com os sindicatos, portanto é decisivo que os próprios metalúrgicos sejam responsáveis pela sustentação financeira da entidade e de suas lutas”, afirma Renato Almeida.

CONTRIBUIÇÃO ASSISTENCIAL GARANTE CONTINUIDADE DA LUTA

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Morre o ativista Magrão, companheiro de lutas da categoriaA categoria perdeu um de seus grandes lutadores. O ativista Edilson Magrão, trabalhador do setor de estamparia da GM, morreu nesse sábado (14), vítima de enfarte. Magrão sempre esteve ao lado do Sindicato nas lutas em defesa dos direitos dos trabalhadores e foi cipeiro por muitos anos. Certamente, vai fazer falta para nossas batalhas! Magrão, presente!

Venda para Boeing pode levar Embraer a fechar fábricas no Brasil

Crime contra o país RÁPIDAS

Trabalhadores da Embraer em 89 e 90 terão assembleia

O Sindicato convocou para a próxima quinta-feria (19) uma assembleia com trabalhadores da Embraer para discutir o processo que cobra uma diferença nos reajustes salariais aplicados pela empresa entre os anos de 1989 e 1990. O encontro será na Praça Carlos Maldonado Campoy, em São José dos Campos (em frente à Admap), às 10h, e estão convocados todos os trabalhadores incluídos no processo 1379/91. A ação foi aberta pelo Sindicato naquela época, depois da Embraer ter aplicado índices incorretos por dois anos seguidos.

Admap discute defesa da Previdência

A Admap realiza no próximo mês o seu 4º Congresso. Neste ano, o foco da discussão estará na defesa da Previdência Social e no combate às ameaças de retirada de direitos pela reforma da Previdência. O Congresso será realizado na Colônia de Férias do Sindicato dos Metalúrgicos, em Caraguatatuba, de 7 a 9 de agosto. O evento é aberto aos aposentados e pensionistas e lideranças de outras entidades.

A Cipa é um instrumento importante para a nossa organização. Eleja quem está comprometido com a luta dos trabalhadores:

MIRAGEEleição: 20/7

RFCOMInscrição: 6 a 21/7Eleição: 26/7

STATUS Inscrição: 18/7 a 1/8Eleição: 9/8

IMAGEM AUTOMAÇÃOInscrição: 18/7 a 1/8Eleição: 9/8

Dirigentes dos sindicatos dos metalúrgicos de São José dos Campos, Araraquara e Botucatu reuniram-se com o presidente da Embraer, Paulo Cesar de Sou-za e Silva, na sexta-feira (13).

No encontro, os dirigentes reivindicaram a estabilidade no

SindicatoS exigem eStabilidade

A Embraer poderá fechar suas fábricas no Brasil em no máximo dez anos, se não houver garantia de no-vos projetos de aeronaves no país.

Este cenário ficará mais próximo da realidade caso a venda para a Boeing for concretizada. É imprová-vel que a Boeing decida desenvolver,

Protesto em frente à prefeitura contra a venda da Embraer, realizado em maio

fabricar e montar eventuais novos aviões no Brasil. Para a empresa norte-americana, a prioridade é investir nos Estados Unidos. É lá que ficarão os lucros e os empregos.

Embraer e Boeing já chegaram a entendimentos para um acordo. A norte-americana ficará com 80% da

aviação comercial da Embraer. Com isso, a empresa brasileira perderá sua maior fonte de lucros e colocará em risco a sua continuidade no Brasil.

A Boeing pagará apenas US$ 3,8 bilhões pela compra. Pra se ter uma ideia, o governo injetou mais de US$ 20 bilhões na Embraer privatizada.

Mas não é apenas uma questão financeira. A Embraer é estratégica para o Brasil: desenvolve e produz aviões civis e militares, peças aeroes-paciais e satélites.

Para o economista Luiz Gonzaga Belluzzo, a tendência é que a Boeing desmonte o setor de pesquisa aqui.

“É um caso de segurança nacional, até. O governo possui uma golden share, uma ação que lhe dá o direito de vetar o negócio. Mas, como a gente sabe, a turma que atualmente ocupa o Palácio do Planalto seria capaz de se desfazer da própria mãe”, escreveu Belluzzo em artigo.

O prefeito Felicio Ramuth (PSDB) usou as redes sociais para aplaudir a possível venda da Em-braer para a Boeing.

Empresário e fiel aos interesses dos patrões, Felicio mostra que não está preocupado com o futu-ro dos trabalhadores e da Embraer em São José dos Campos.

Para piorar, Felicio ainda consi-dera positivo o fato de a Embraer já ter transferido para o exterior parte de sua produção.

Felicio quer ver Embraer nos EUA

Felicio em vídeo postado em rede social

EMPREGOS

SEGURANÇA NACIONAL

TERCEIRA MAIOR EXPORTADORADO PAÍS

TECNOLOGIA

CADEIA PRODUTIVA DO SETOR AERONÁUTICO

O QUE ESTÁ EM JOGO

“Ele mostra que não está nem aí para os trabalhadores. Ele ficou seis meses calado sobre este assunto e agora abre a boca pra posar de garoto-propaganda da Embraer. Como prefeito, ele tem a obriga-ção de se posicionar contra a ven-da para a Boeing e, no mínimo, ter algum senso crítico para tratar do tema e incentivar o debate sobre o assunto em audiência pública”, afirma o diretor do Sindicato Ro-berto Selva.

A recusa da Embraer em garantir estabilidade é preocupante.Vimos isso como um sinal claro de que os trabalhadores brasileiros estão de fato com seus empregos ameaçados”, afirma o diretor do Sindicato Herbert Claros.

emprego para todos os trabalha-dores da empresa. O presidente da Embraer, entretanto, disse que não daria essa garantia.

Desde o anúncio dos planos de venda, a Embraer já demitiu cerca de 300 trabalhadores somente em São José dos Campos.

Reprodução Facebook

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Mobilizações

Órgão informativo do Sindicato dos Metalúrgicos de S. J. Campos, Caçapava, Jacareí, Santa Branca e Igaratá - Rua Maurício Diamante, 65, São José dos Campos - CEP 12.209-570. Telefone (12) 3946.5333 - Fax: 3922.4775 - site: www.sindmetalsjc.org.br - e-mail: comunicacao@sindmetalsjc.org.br. Responsabilidade: Diretoria do Sindicato. Edição: Shirley Rodrigues. Redação: Edmon Garcia, Lucas Martins e Manuela Moraes. Editoração eletrônica: Bruno César Galvão. Ilustração: Bruno César Galvao. Fotolito e Impressão: Unisind.

10 de agosto será Dia Nacional de Lutas em defesa do emprego

Rota 2030 dá dinheiro para montadoras sem garantir empregos

O programa Rota 2030, lançado dia 5 pelo gover-no Temer, vai conceder R$ 1,5 bilhão em incenti-vos fiscais por ano para as montadoras.

Apesar desse dinheiro ser do povo, o governo não fez qualquer exigência para que a indústria automotiva garanta geração ou manu-tenção de empregos.

Trabalhadores vão de novo às ruas para lutar por direitos e protestar contra governo Temer

Anote na agenda. 10 de agosto é dia do trabalhador tomar as ruas em defesa do emprego, da aposen-tadoria e pela revogação da refor-ma trabalhista.

Convocado pelas principais cen-trais sindicais do país, em reunião realizada na quarta-feira (11), o Dia Nacional de Lutas contará com pa-ralisações nos locais de trabalho e manifestações nas ruas.

A CSP-Conlutas e o nosso Sindi-cato também irão participar, mar-cando posição contra o governo Temer e seus ataques aos direitos.

Na cidade de São Paulo, vai ter um ato unificado, em frente à Fiesp (Federação das Indústrias do Esta-do de São Paulo), a partir das 10h.

EmbraerO Dia Nacional de Lutas também

vai denunciar a entrega da Embraer para a Boeing, como planeja o go-verno Temer.

DITO BRONCAdito@sindmetalsjc.org.br

Nem pra beber água Na S10, da GM, o ritmo acelerado da produção e a quantidade abusiva de trabalho já passaram dos limites. O peão não tem tempo nem para beber água. Do jeito que está, os acidentes e doenças

do trabalho não vão parar de crescer.

Assim não tem quem aguente!

Atestado é direitoOlha esse absurdo: a MWL não reconhece os atestados médicos apresentados pelos trabalhadores. Com a falta injustificada,

os metalúrgicos estão pagando o dia, mesmo doentes. Isso tem que

acabar, já!

AssediadoraO assédio tá rolando

solto no F-57 e F300 da Embraer. A engenheira J.

vive ameaçando o pessoal de demissão, em nome do Kaizen. Essa mandona já é conhecida do Dito. Será que não vai mudar nunca de postura? Tô de olho!

Cadê nosso salário?A direção da Sigma

só pode estar de brincadeira. Vive

botando pressão nas trabalhadoras, mas na hora de pagar o salário

sempre atrasa. Tá achando que a gente

tem cara de quê?

TrapaçaA Gerdau está tentando

maquiar as perícias técnicas que medem o

ruído nas áreas. Para não pagar insalubridade, as lideranças mandam os

trabalhadores limparem as máquinas durante a

medição. É muitacara de pau!

A indústria automotiva tem pas-sado por rápidas transformações que afetam diretamente os traba-lhadores do setor, como ameaças ao emprego e riscos para a saúde.

Para discutir sobre essas mudan-ças, o Sindicato vai realizar o semi-nário “As transformações da Indús-tria Automotiva e os Impactos na vida dos trabalhadores”.

O evento será neste sábado (21), das 9h às 16h, no Sindicato dos Químicos.

Em pauta, estarão temas como re-estruturação, precarização de postos de trabalho e retirada de direitos pela reforma trabalhista. Os interessados em participar poderão se inscrever direto com os diretores sindicais.

“Todos os metalúrgicos estão con-vidados. Quanto mais informações temos, mais força adquirimos para enfrentar os patrões”, afirma o dire-tor do Sindicato Antônio Lisboa.

Indústria automotiva será tema de seminário organizado pelo Sindicato

Será neste sábado

Dia 21 (sábado), das 9h às 16h

Local: Sindicato dos Químicos(Praça Carlos Maldonado Campoy, 23)

Seminário

O benefício será dado às montadoras que inves-tirem em inovações no se-tor energético.

“O governo vai abrir mão de recursos que po-deriam ser destinados aos serviços públicos, mas os patrões foram privilegia-dos”, afirma o diretor do Sindicato Anderson Elias Xavier, o Costelinha.

Já passou da hora dos trabalhadores voltarem às ruas e lutarem contra todos os ataques do governo Temer e dos patrões. O desemprego, as retiradas de direitos, o preço dos combustíveis e nossa Campanha Salarial também estarão na pauta das reivindicações”, afirma o diretor do Sindicato Emerson de Lima, o Binho.