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Informativo do SINDIPETRO AL/SE - Nº 728 - 16/03 a 24/03/2015 Sindicato Unificado dos Trabalhadores Petroleiros, Petroquímicos, Químicos e Plásticos nos Estados de Alagoas e Sergipe O novo presidente da Petrobrás, homem de confiança do governo, Aldemir Bendine, chegou com uma tarefa clara. Logo que chegou Bendine anunciou um “plano de desinvestimento” de US$ 13,7 bilhões como uma de suas primeiras ações, visando frear as atividades da empresa. Se antes a venda de ativos era um assunto “tabu”, hoje já se fala abertamente da possibilidade de vender empreendimentos e participações da empresa à iniciativa privada. O cancelamento ou ajustes em empreendimentos está causando um caos social, como no caso de Itaboraí. Os concursados estão sem saber o que acontecerá frente à possibilidade de venda dos ativos em que estão alocados. Em algumas obras, não se recebe pagamento e nem verba rescisória, ficando a carteira de trabalho retida pela empresa. A empresa rasga o ACT e não dá a mínima satisfação sobre a PLR. Acidentes de trabalho têm aumentado e pessoas estão pagando com a vida pela omissão. Frente a esta situação, o novo presidente não só é indiferente, mas suas ações demonstram que ele pretende aumentar o ritmo de ataque aos trabalhadores, tudo para poder “acalmar o mercado”. Pelo que parece, o alvo inicial de Bendine são os campos maduros, as unidades de fertilizantes, os navios da Transpetro e as unidades termoelétricas (UTE). Isso, se sua ambição privatizante não atacar logo as refinarias e outras unidades. Por isso, faz-se necessário a imediata convocação de to- dos os petroleiros e petroleiras à mobilização. Devemos convocar assembleias, setoriais, reuniões, debates e toda forma de mobilização nas bases destas unidades e de toda o Sistema Petrobrás. A partir daí também convocar os co- mitês de luta estaduais e organizar a luta nacionalmente. Unificar as lutas Nós do Sindipetro AL/SE e da FNP também convoca- mos a FUP, para defender de fato a Petrobrás contra to- dos os ataques do governo e da oposição de direita. Para isso precisamos defender uma empresa 100% estatal, controlada pelos trabalhadores. Da mesma forma a CSP-Conlutas, entendendo a impor- tância da unidade na luta, aprovou um chamado a CUT, ao MST e às demais centrais sindicais, para que rompam as negociações com o governo e unifiquemos os nossos esforços para realizar um dia de greve geral no país. A pauta de exigências e reivindicações teria como ei- xos a revogação das Medidas Provisórias que atacam di- reitos trabalhistas e a Previdência, o arquivamento do PL 4330 das terceirizações, contra o aumento das tarifas e pelo congelamento dos preços, o fim das demissões e a defesa da estabilidade no emprego, contra os cortes do orçamento da saúde e educação e a suspensão do paga- mento da dívida pública aos banqueiros. Unidades de fertilizantes e campo terrestre na mira do novo presidente da Petrobrás VENDA DE ATIVOS É PRIVATIZAÇÃO Organizar os comitês de luta em defesa da Petrobrás A Petrobrás tem feito nego- ciações com seus principais credores sobre a possibilidade de adiar por seis meses o pra- zo de entrega do balanço. Em troca do adiamento do prazo por seis meses, a Petrobrás discute uma remuneração adicional aos bancos, que pode ser comissão ou juros mais altos que os fixados nos contratos da dívida. A alta di- reção da estatal ainda está fazendo as contas para saber se vale a pena pagar por essa proteção. Segundo a alta gestão da empresa, o plano foi pensa- do para dar uma margem de segurança para a Petrobrás, enquanto tenta calcular os prejuízos causados pelos es- quemas de corrupção. Enquanto isso, nós trabalha- dores, continuamos sem previ- são de quando vamos receber nossa PLR. Petrobrás quer atrasar balanço PLR JÁ!

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Informativo do SINDIPETRO AL/SE - Nº 728 - 16/03 a 24/03/2015 Sindicato Unifi cado dos Trabalhadores Petroleiros, Petroquímicos, Químicos e Plásticos nos Estados de Alagoas e Sergipe

O novo presidente da Petrobrás, homem de confi ança do governo, Aldemir Bendine, chegou com uma tarefa clara. Logo que chegou Bendine anunciou um “plano de desinvestimento” de US$ 13,7 bilhões como uma de suas primeiras ações, visando frear as atividades da empresa. Se antes a venda de ativos era um assunto “tabu”, hoje já se fala abertamente da possibilidade de vender empreendimentos e participações da empresa à iniciativa privada.

O cancelamento ou ajustes em empreendimentos está causando um caos social, como no caso de Itaboraí. Os concursados estão sem saber o que acontecerá frente à possibilidade de venda dos ativos em que estão alocados.

Em algumas obras, não se recebe pagamento e nem verba rescisória, fi cando a carteira de trabalho retida pela empresa. A empresa rasga o ACT e não dá a mínima satisfação sobre a PLR. Acidentes de trabalho têm aumentado e pessoas estão pagando com a vida pela omissão.

Frente a esta situação, o novo presidente não só é indiferente, mas suas ações demonstram que ele pretende aumentar o ritmo de ataque aos trabalhadores, tudo para poder “acalmar o mercado”.

Pelo que parece, o alvo inicial de Bendine são os campos maduros, as unidades de fertilizantes, os navios da Transpetro e as unidades termoelétricas (UTE). Isso, se sua ambição privatizante não atacar logo as refi narias e outras unidades.

Por isso, faz-se necessário a imediata convocação de to-dos os petroleiros e petroleiras à mobilização. Devemos convocar assembleias, setoriais, reuniões, debates e toda forma de mobilização nas bases destas unidades e de toda o Sistema Petrobrás. A partir daí também convocar os co-mitês de luta estaduais e organizar a luta nacionalmente.

Unifi car as lutasNós do Sindipetro AL/SE e da FNP também convoca-

mos a FUP, para defender de fato a Petrobrás contra to-dos os ataques do governo e da oposição de direita. Para isso precisamos defender uma empresa 100% estatal, controlada pelos trabalhadores.

Da mesma forma a CSP-Conlutas, entendendo a impor-tância da unidade na luta, aprovou um chamado a CUT, ao MST e às demais centrais sindicais, para que rompam as negociações com o governo e unifi quemos os nossos esforços para realizar um dia de greve geral no país.

A pauta de exigências e reivindicações teria como ei-xos a revogação das Medidas Provisórias que atacam di-reitos trabalhistas e a Previdência, o arquivamento do PL 4330 das terceirizações, contra o aumento das tarifas e pelo congelamento dos preços, o fi m das demissões e a defesa da estabilidade no emprego, contra os cortes do orçamento da saúde e educação e a suspensão do paga-mento da dívida pública aos banqueiros.

Unidades de fertilizantes e campo terrestre na mira do novo presidente da Petrobrás

VENDA DE ATIVOS É PRIVATIZAÇÃO

Organizar os comitês de luta em defesa da Petrobrás

A Petrobrás tem feito nego-ciações com seus principais credores sobre a possibilidade de adiar por seis meses o pra-zo de entrega do balanço. Em troca do adiamento do prazo por seis meses, a Petrobrás discute uma remuneração adicional aos bancos, que pode ser comissão ou juros mais altos que os fi xados nos contratos da dívida. A alta di-reção da estatal ainda está fazendo as contas para saber se vale a pena pagar por essa proteção.

Segundo a alta gestão da empresa, o plano foi pensa-do para dar uma margem de segurança para a Petrobrás, enquanto tenta calcular os prejuízos causados pelos es-quemas de corrupção.

Enquanto isso, nós trabalha-dores, continuamos sem previ-são de quando vamos receber nossa PLR.

Petrobrás quer atrasar balanço

PLR JÁ!

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DIRETORIA COLEGIADA - Sergipe: Alberto Saraiva, Alealdo Hilário, Antonio D. Guedes, Arnaldo Pereira da Silva, Bruno Dantas, Clarckson Messias, Dalmar Costa Varjão Soares, Dalton Francisco dos Santos, Décio Esteves Ribeiro Barbosa, Edielson “Miudinho”, Edivaldo Leandro, Eduardo Amaro, Enilde Maria, Fernando Borges da Silva, Gildo Francisco, Gilvani Alves dos Santos, João Carlos “Lata Veia”, João de Deus, Jomar Nascimento, José Givaldo, Josiane dos Santos, Macia Leitão, Pedro Messias “Pedrão”, Robert Deyvis, Roberto Monteiro, Ronaldo Aragão, Stoessel Chagas “TOETA”, Tânia Maria, Vagner Tavares dos Santos, Vando Santos Gomes. Alagoas: Adauri Amaro “Dario”, Antônio Freitas, Antonyiel Accioly, Atacizo José, Graciene Maria, Jamison Gonçalves, Jardiran “Irmão Iran”, José de Assis Neto, Manoel Moisés “Zé do Bode”, Mário Cezar “Mario Rato”, Pedro Daniel “Pedão”, Robson Correia “Robinho”, Ronaldo de Souza, Victor Bello. CONSELHO FISCAL: Antonia Rosa, Domingos (Tico), Ivan Calasans, Marivaldo, Wilson Santos. TIRAGEM: 8.500

Aracaju-Se, Rua Siriri, 629, Centro, CEP: 49010-450. Cel: (79) 8102-7095, Tel (79) 4009-1866/ Carmópolis-SE, Rua Aristides Ferreira Leite, 40, Tel: (79) 3277-1068/ Maceió-AL, Rua do Imperador, 389, Centro, CEP: 57020-670, Tel: 82 9653-2112/3221-0735/ E-mail: [email protected]; Imprensa: Aracaju – Leonardo Maia (Jornalista e editoração eletrônica)/ Alagoas - Pedro Roberto (Jornalista).

EXPEDIENTE

Sergipe (79)8172-8285 – Alealdo9144-0063 – Arnaldo8176-9347 – Assis/Ass. Sindical9144-0037 – Bruno8839-4304, 8114-6992 – Clarckson8103-5135 – Décio8104-6463 – Fernando Borges8101-9511 – Gildo8114-5785 – Gilvani8161-1902 – Jomar8102-6415 – Leandro8103-7786 – Leonardo/Jornalista8107-2705 – Macia8102-4019 – Miudinho8172-8605 – Pedrão8134-2193 – Robert Deyvis8102-7095 – Secretaria8108-2349 – Toeta8129-8242 – Vando

Alagoas (82)9642-0438 - Antonio Freitas9981-7157, (79)8102-1849 - Eduardo 9642-0430 - Paulo Bob/Ass. Sindical9642-0354 – Victor Bello9642-0441 – Secretaria

FALE COM OS NOSSOS DIRETORES

Zé do Óleomande suas denúncias

No dia 19 de março, às 8h45 da manhã, na 2ª vara do trabalho, haverá audiência sobre o Adi-cional da Dupla Função de Motorista. É muito importante que os tra-balhadores, diretamen-te benefi ciários da ação, participem. Dentre os principais impasses com a Petrobrás o Sindipetro AL/SE defende o paga-mento de um adicional de 30% sobre o salário base, independente das horas efetivamente diri-gidas. Já a Petrobrás de-fende apenas uma gra-tifi cação de 30% sobre o salário do nível inicial do Técnico de Logística Jr, sobre as horas efeti-vamente dirigidas. Existe a possibilidade de haver uma reunião com a ge-rência da Petrobrás no edifício Sede do Rio de Janeiro nesta quarta-fei-ra, 18/03. A reunião foi uma solicitação do Sin-dipetro AL/SE e da FNP com o objetivo de tentar avançar nas negociações.

Desconto no Plano de SaúdeTrabalhadores da MCE na Fafen denunciam que a empresa colocou no mural aviso de que vai descon-tar um valor do plano de saúde, cobrado por cada consulta. A gerência da Fafen, que assinou o con-trato sem que existisse desconto, deve exigir da MCE que não leve adiante a aplicação desta medida. Começou com a WM, ago-ra todas as gatas querem aderir a mesma moda. Está na hora do trabalha-dor lutar para impedir o avanço desse e de todos os outros ataques. Além dos descontos o peão tem que fi car atento aos atrasos de salários. Vamos combater o mal agora antes que a desgraça seja maior. Trabalhadores da Telsan - Na Telsan em Carmópolis, os tra-balhadores conquistaram melhores condições de transporte depois de muita denúncia. O transporte era feito em vans com pneus de estepe careca, ban-cos soltos e sem triângu-lo. Mesmo após uma uma fi scalização, mantiveram vans irregulares. Os traba-lhadores não se calaram. Com essa atitude o pro-blema chegou ao conheci-mento da gerente do ativo, que agiu para resolver o problema. Essa iniciativa foi muito importante para que evitasse um possível acidente. Esperamos que a gerência tome também uma atitude para solucio-nar o problema das férias da turma da Telsan, que foi programada e depois suspensa. Esses trabalha-dores, que já amargaram a experiência de um calo-te na Tenasa, receiam que outro esteja na espreita.

Audiência da Dupla Função

O parecer do Ministério Público do Trabalho (MPT) quanto ao dissidio coletivo ajuizado pela Petrobrás so-bre a RMNR, foi favorável aos trabalhadores. É importante destacar que o MPT não tem direito a voto, mas sua opi-nião é apreciada pelos minis-tros durante o debate.

A Petrobrás considera que os adicionais de periculosida-de, noturno e de hora de re-pouso e alimentação devem constar no cálculo da RMNR. Segundo o MPT, o critério adotado pela empresa fere de morte, o princípio da isono-mia, estabelecido no art. 5º, caput, da Constituição Fede-ral, por tratar igualmente os desiguais. “Por exemplo, um empregado que não traba-lhe em condição especial ou de risco, receberá, ao fi nal,

a mesma quantia monetária paga aquele que se ativa em ambiente perigoso”, explica o parecer.

O MPT ainda reconhece que, apesar da atual situação econômica da Petrobrás, am-plamente divulgada pela mí-dia, não se pode deixar que os direitos sociais dos tra-balhadores sejam afetados. “A situação em que a Petro-brás se encontra, não guarda qualquer relação com os em-pregados da empresa.

Assim, o Ministério Público do Trabalho conclui que a in-terpretação mais adequada é no sentido de que os adicio-nais garantidos por normas de ordem pública (periculosida-de, noturno e de hora de re-pouso e alimentação) devem fi car excluídos do cálculo da complementação da RMNR.

MPT emite parecer sobre RMNR favorável aos trabalhadores

Mais um ano a Heringer vem com a conversa que não tem como pagar PLR. Dessa vez eles estão dizendo que a empresa saiu do vermelho e foi pro amarelo.

Nos resultados fi nanceiros divulgados pela empresa para os seus acionistas ela apresenta vários resultados positivos. Só o lucro líquido da empresa cresceu 123,5%. A quantidade de adubo que a empresa vendeu foi 9,3% maior que em 2013, isso representa um aumento na quantidade de adubo produzido e consequentemente na quantidade de trabalho pro peão dentro da fábrica. Mas nada de reconhecimento.

Em seu resultado de 2014 ela fala em construir duas novas fábricas. Uma em Candeias, na Bahia e outra em Rio Grande, no Rio Grande do Sul. Em Sergipe a Heringer construiu uma fábrica de produção de

Nitrogold, que é um produto que dá um lucro maior para a empresa, e ampliou o espaço de armazenamento.

Como pode uma empresa que está em prejuízo desde 2008 construir tanta fábrica assim? Essa história de prejuízo é conversa para não pagar o que os trabalhadores tem direito.

Campanha Salarial Está no período de iniciar a

campanha salarial do setor de fertilizantes. A expectativa é que as empresas continuem crescendo em 2015. Porém, o governo de Dilma tem atacado os direitos dos trabalhadores. Difi cultou o acesso ao PIS, Seguro Desemprego e a pensão por morte. Os patrões querem ir pelo mesmo caminho e retirar os nossos poucos direitos. Vamos preparar uma forte campanha salarial para enfrentar os patrões e alcançar melhorias.

Mais uma vez, nada de PLR na Heringer

Fertilizantes

Dissídio Coletivo