51
VIA MANGUE

Via Mangue

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: Via Mangue

VIA MANGUE

Page 2: Via Mangue

Sumário

Introdução ....................................................................................................4

Objetivos.......................................................................................................5

Desenvolvimento...........................................................................................6

O que é a obra?............................................................................................6

Projeto/ Empresa Construtora.......................................................................14

Objetivos e Motivação da Obra.....................................................................16

Características Técnicas...............................................................................22

Orçamento....................................................................................................23

Cronograma..................................................................................................25

Desafios e Inovações Tecnológicas da Via Mangue.....................................33

Compromisso Social e com o Meio Ambiente...............................................35

Conclusões...................................................................................................39

Referências...................................................................................................40

Introdução

2

Page 3: Via Mangue

O trabalho aborda o projeto e a obra da via Mangue no Recife que é

uma questão bem antiga dentro do ponto de vista técnico para uma maior

fluidez do tráfego na região.

Assim, contemplamos:

O que é aconsiste a obra

Projeto executivo

Empresa responsável pela construção

Objetivos e Motivação da Obra

Características Técnicas

Orçamento

Cronograma

Desafios e Inovações Tecnológicas da Via Mangue

Compromisso Social e com o Meio Ambiente

Objetivo

3

Page 4: Via Mangue

Conhecimento da execução, as vantagens eas desvantagens que trará

uma via de auto tráfego rápida para viabilizar melhorias no trânsito urbano na

região metropolitana do Recife.

O que é a obra?

4

Page 5: Via Mangue

Obra viária de R$ 319,8 milhões em Recife se expande por manguezal

de 6,55 ha e promove ações de saneamento, habitação e urbanização.

Como em todo grande centro urbano brasileiro, o trânsito no Recife e

Região Metropolitana está a cada dia mais lento. E um dos fatores que agrava

o problema é a falta de investimentos em obras viárias. Entre as décadas de 70

e 80, a frota de veículos no Recife aumentou 300%, pulando de 44 mil para 116

mil veículos. Em 2011, bateu os 513 mil carros, motos e caminhões. E segundo

cálculos da prefeitura, aproximadamente 700 mil veículos trafegam pela cidade

diariamente.

O crescimento vertiginoso nas últimas três décadas não veio

acompanhado da abertura de novas artérias para o tráfego. A última grande

5

Page 6: Via Mangue

intervenção viária na cidade data do final de década de 1970. Mas como abrir

novas vias de tráfego numa cidade com alto adensamento urbano, com poucos

terrenos livres para construção e cercada por manguezais, áreas de proteção

ambiental?

A opção feita pela Prefeitura do Recife foi avançar sobre o mangue, uma

decisão que gerou polêmica por mexer em um ecossistema protegido por lei. A

gestão do município começou a tirar do papel no início de junho a Via Mangue,

um complexo viário cujo objetivo principal é construir uma passagem expressa

de quase 6 km ligando Centro e zona Sul, parte nobre da cidade, onde está o

conhecido bairro de Boa Viagem.

Mais da metade da via passará por sobre 6,55 ha de um imenso

manguezal incrustado na zona Sul da capital pernambucana, que será aterrado

mediante compensações assumidas pela gestão municipal. A construção é

uma das medidas para melhorar a mobilidade no Grande Recife visando à

Copa do Mundo de 2014 - a previsão de entrega de todo o projeto é meados de

2013.

Com a via expressa, o projeto inclui também a construção de dois

elevados, uma passagem semiaterrada, oito pontes - uma delas estaiada -,

retornos e praças ao longo do trajeto. Para se viabilizar, a Via Mangue teve que

passar por adaptações, como a construção de pontilhões para possibilitar o

escoamento das águas fluviais para o mangue.

6

Page 7: Via Mangue

Mas antes de se tornar realidade, a maior obra viária do Recife nos

últimos 30 anos percorreu um longo caminho burocrático, tendo que superar

pelo menos três obstáculos: o financeiro, o ambiental e o controle do Tribunal

de Contas do Estado (TCE).

De 2004 para cá, o projeto foi alvo de críticas do Ministério Público de

Pernambuco (MPPE) e da Agência Estadual de Meio Ambiente e Recursos

Hídricos, responsável pelo licenciamento da obra. A principal delas é de como

proceder com a reposição do equivalente ao dobro da área de mangue que

será aterrada para passagem da via (6,55 ha).

Uma das medidas adotadas no projeto do Via Mangue, que vai servir

como reposição da área verde desmatada, é a retirada de cinco comunidades

ribeirinhas, que ocuparam irregularmente áreas de mangue há anos com

palafitas, e a reintrodução da vegetação nativa nesses locais. Nessas

comunidades moram mil famílias, segundo a prefeitura, que serão removidas

para três habitacionais com um total de 992 apartamentos.

7

Page 8: Via Mangue

O eixo principal da Via Mangue compreende a construção de uma via

expressa com 5,58 km de extensão no sentido Centro-Sul e 4,38 km no sentido

Sul-Centro, ambas com plataforma total de 27,4 m de largura. Todo o traçado

dela recorta a parte oeste dos bairros do Pina e Boa Viagem e passa beirando

o maior manguezal urbano do País, com 215 ha.

A maior parte da via - 2,3 km - será erguida adentrando em uma área de

mangue. Serão duas pistas duplicadas, separadas por um canteiro central com

painéis antiofuscante. Todo o trecho terá um repuxo (acostamento) de 2,5 m e

um refúgio de 75 cm na pista oeste, que margeará a parte voltada para o

manguezal.

A pista leste será toda acompanhada por uma ciclovia, com 2,4 m de

largura, e por um passeio para pedestres com 3 m de largura. Nas duas

duplicações, a semipista central tem 3,35 m e a lateral, 3,5 m. O canteiro

central e as áreas de drenagem somadas representam 1,65 m de largura.

As pistas Centro-Sul e Sul-Centro caminham lado a lado por cerca de 4

km, da extremidade Sul da Via Mangue, na Rua Antônio Falcão, em Boa

Viagem, até o bairro vizinho do Pina. Neste ponto, a parte Sul-Centro se

interliga com vias locais, reformadas há três anos já para se integrar ao projeto

da via expressa. Em uma dessas vias locais foi construído um túnel com o

objetivo de desaguar todo o tráfego na avenida Antônio de Góes, onde o

motorista pode seguir para o Centro do Recife, para a zona Norte ou para

Olinda.

A via Centro-Sul receberá mais obras de engenharia que sua coirmã.

São elas o alargamento de um viaduto e a construção de uma alça sobre a

8

Page 9: Via Mangue

bacia do Pina com um trecho estaiado. Será alargado o viaduto Capitão

Temudo, que liga a zona Sul à área central da cidade, para suportar o

acréscimo de tráfego. O capitão Temudo também receberá uma alça com 251

m de extensão para separar os veículos que, vindos do Centro ou da zona

Norte, optarem por seguir à zona Sul pela Via Mangue.

Mas a principal intervenção no trecho Centro-Sul é a construção de uma

alça a oeste da Ponte Paulo Guerra por sobre a Bacia do Pina: são 363 m,

sendo 97 deles estaiados com um mirante. Ela terá uma largura total de 14,55

m, com 12 m de pista de rolamento. Na parte estaiada, haverá uma praça com

largura máxima de 20 m (veja foto abaixo) .

Essa é uma das obras de arte especiais contempladas no projeto,

localizada na extremidade norte da Via Mangue. A outra grande intervenção

deste tipo está na extremidade sul. Trata-se do complexo viário da rua Antônio

Falcão, onde serão erguidos quatro viadutos e duas alças com extensão total

de 2.720 m - 2.205 m para os viadutos e 515 m às alças. Aqui serão usados

31.560 m de estacas metálicas do tipo w200 x 101, cada uma com 36 m.

Também está incluída no rol de obras de arte a canalização do rio Pina.

Como a Via Mangue passará por sobre o rio, o projeto prevê a construção de

400 m de canal de concreto armado para manter o curso d'água. Um dos

grandes desafios da obra será a estabilização do solo na área de mangue a ser

aterrada. É o que diz o engenheiro Marlus Muniz, da empresa JBR Engenharia,

9

Page 10: Via Mangue

responsável pela elaboração do projeto. "A estabilização do solo do mangue é

um ponto que deve ser verificado constantemente e com atenção redobrada:

ele sede muito e pode prejudicar o projeto se não for feito com atenção e

paciência", alerta ele.

A preocupação com a estabilização do mangue pode ser medida pela

quantidade de areia que será demandada na obra. Pelos cálculos de Marlus

Muniz, serão necessários 160 mil m 3 de areia. A construtora Queiroz Galvão

deve utilizar uma solução de estabilização que inclui, além da areia, geogrelha

e geodreno. A cada 100 m aterrados, também devem ser afixados drenos para

retirar a água do solo. "Trabalhar em áreas planas, como é o caso, dificulta

muito a drenagem do solo. Imagine numa área de mangue", adverte Marlus.

A versão original da via sofreu modificações em função da pressão dos

órgãos de proteção do meio ambiente. É o que informa o engenheiro Marlus

Muniz. Uma delas foi a inclusão das chamadas "passagens hidrodinâmicas".

Ao longo dos 2,3 km da via que será erguida sobre o mangue, foram

inseridos dez pontilhões, cinco em cada pista, cada um com 10 m de

comprimento por 27 m de largura e com distância média de um para o outro de

500 m.

10

Page 11: Via Mangue

A função deles é permitir o escoamento das águas fluviais, que ao

saírem das galerias, seguem para as áreas baixas de mangue. "Sem essas

passagens, a via funcionaria como uma barreira para as águas da chuva,

podendo até colaborar para o alagamento de ruas da zona Sul, além do que a

vegetação a leste da via fatalmente morreria", explica Marlus Muniz.

Outro acréscimo ao projeto trata-se do gradil de proteção que será

colocado por 4,3 km da pista Centro-Sul, principalmente pelo trecho que passa

pelo manguezal. Sua função principal é evitar que pedestres passem para área

verde e que objetos sejam jogados no mangue.

A prefeitura também se comprometeu junto ao Ministério Público e à

Agência Pernambucana de Meio Ambiente e Recursos Hídricos de criar o

Parque dos Manguezais em toda a área oeste por onde passa a Via Mangue.

Seria uma reserva municipal de preservação permanente. De acordo com a

presidente da URB, Débora Mendes, a criação deste parque, com seus 215 ha,

serviria como forma de compensação pelo dano ambiental causado pela

construção.

Comunidades reassentadas: ao todo, 936 famílias das comunidades indicadas

na imagem estão cadastradas para ações de reassentamento

A previsão da entrega da obra é o primeiro semestre de 2013. Segundo

a construtora Queiroz Galvão, responsável pela empreitada, o pico do trabalho

será entre abril e maio de 2012, quando serão gerados 600 empregos diretos.

Os trabalhos foram iniciados com a colocação das fundações para a alça que

11

Page 12: Via Mangue

sairá do viaduto Capitão Temudo. Neste primeiro momento, foram contratados

160 trabalhadores.

A prefeitura garante que não haverá descontinuidade na obra. A

presidente da empresa municipal URB, Débora Mendes, informa que os

recursos para toda a construção estão assegurados. Com todas as exigências

ambientais, ela classifica como descabidas as críticas ao preço da obra.

12

Page 13: Via Mangue

Projeto/ Empresa Construtora

Projeto

Com a construção da Via Mangue, espera-se desafogar o trânsito na

Zona Sul. O projeto, desenvolvido pela gestão municipal em parceria com o

governo federal, contempla ações de saneamento, habitação e urbanização.

A implementação da Via Mangue, será possível sair da Ponte Paulo

Guerra, que liga o bairro da Cabanga ao Pina, e chegar até a Avenida Antônio

Falcão. A via funcionará como um cinturão de proteção para o Parque dos

Manguezais. Onze hectares de manguezal desaparecerão, mas a Prefeitura

promete replantar 22 hectares.

As comunidades da Beira Rio (86 famílias), Jardim Beira Rio (230

famílias), Pantanal (131), Paraíso (mais conhecida como Deus nos Acuda, com

365 famílias) e Xuxa (124), que estão no trajeto da via, ao todo, são 936 

famílias que serão realocadas para três conjuntos habitacionais.

Um grande problema que existe hoje na Zona Sul do Recife é que boa parte do

esgoto produzido vai direto para o manguezal. Serão estruturadas três

unidades coletoras:São 29.977 metros de rede coletora que atenderão 44.805

pessoas, numa área de 221,52 hectares.

Empresa Construtora da Via Mangue

O Grupo Queiroz Galvão nasceu em abril no ano de 1953, em Recife,

Pernambuco. Os irmãos Antonio, Mário, João e Dario de Queiroz Galvão

criaram uma pequena empresa de engenharia que se transformou num dos

maiores grupos empresariais do Brasil.

Em 1963, a Empresa transfere sua sede para o Rio de Janeiro, então

especializada em construir estradas, seguiu crescendo, atravessando as

fronteiras estaduais, buscando participar dos mais diversos segmentos da

economia. Operando nas áreas de exploração de Petróleo e Gás; Siderurgia,

Agropecuária e Alimentos; Transportes Urbanos; Concessões de Serviços

13

Page 14: Via Mangue

Públicos e na área financeira através do banco BGN S.a., o grupo Queiroz

Galvão inicia a sua diversificação. Nos anos seguintes, presente em todo o

território nacional, passou a atuar em países sul-americanos - Uruguai, Peru e

Bolívia e sul da África, levando ao Exterior a marca da Queiroz Galvão.

Participaram da licitação para execução da obra do sistema viário

além da Queiros Galvão que pediu R$ 319.842.589,39, Mendes Júnior (R$

325.516.664,44), Camargo Correa (R$ 361.335.475,65) e Odebrecht (R$

388.487.870,04).

14

Page 15: Via Mangue

Objetivos e Motivação da Obra

MOTIVAÇÃO:

ATUAIS CONDIÇÕES DE CIRCULAÇÃO DE VEÍCULOS E PEDESTRES

O sistema viário do Pina e Boa Viagem absorve um fluxo de veículos

que tem um elevadíssimo percentual de tráfego de passagem, o que vem a se

constituir no mais grave problema para a circulação de veículos nesses

bairros. Isto acontece porque, além do tráfego de passagem, com origem ou

destino em Piedade, Candeias, Prazeres, áreas adjacentes e diversos

municípios da RMR; a maioria dos usuários desses equipamentos encontrados

no Pina e Boa Viagem utiliza-se das vias do sistema interno sem o menor

compromisso com as ocupações dos terrenos lindeiros a essas vias. Para

atender à demanda, a área em estudo dispõe de um sistema viário estrutural

composto pelo trinário – Av. Boa Viagem/Av. Conselheiro Aguiar/Av. Domingos

Ferreira.

A av. Boa Viagem funciona, principalmente, como um a via para tráfego

de passagem, quando, corretamente, deveria ser uma via estritamente local,

caracterizada por dar acesso aos residentes dessa avenida, aos usuários da

praia e ao tráfego de passeio (contemplativo) e turístico. Para tanto seria

necessário o estabelecimento de mecanismo de controle de velocidade mais

efetivo, bem como a instalação de semáforos em praticamente todas as

interseções com as vias locais, de modo a permitir o franco acesso de

pedestres à praia e ao calçadão.

É importante destacar também a rua dos Navegantes, via local situada

entre as Avenidas Boa Viagem e Conselheiro Aguiar, que opera em mão única,

no sentido cidade/subúrbio. A sua utilização como via local, conforme foi

projetada e implantada, não está sendo atendida, porque ela também é

utilizada como via de tráfego de passagem, em pequena proporção, e por

conta das suas instalações físicas limitadas vem causando grandes transtornos

15

Page 16: Via Mangue

aos seus residentes e da periferia.

AAv. Conselheiro Aguiar funciona em sentido único, subúrbio/cidade, e,

por ter 4 (quatro) faixas de rolamento, atrai um maior volume de veículos,

componentes desse tráfego de passagem, principalmente porque a velocidade,

no trecho compreendido entre as avenidas Antônio Falcão e Herculano

Bandeira, pode ser bem mais alta, dificultando a travessia por pedestre.

A Av. Engenheiro Domingos Ferreira, nesses últimos 3 (três) anos, foi a

via que sofreu a maior transformação do sistema viário de Boa Viagem,

notadamente do trinário composto pelos seus principais eixos de transporte,

que são as avenidas Boa Viagem, Conselheiro Aguiar e Domingos Ferreira,

quando a Companhia de Transito e Transporte Urbano – CTTU implantou

tráfego de mão única em suas duas pistas com sentido cidade/subúrbio e

sincronizou os semáforos ao implantar uma “onda verde” com velocidade

operacional de 60km/h.

É uma operação bastante tumultuada devido à presença de um elevado

fluxo de veículos privados, bem como a de caminhões de diversos tamanhos,

que distribuem mercadorias nos equipamentos de comércio e serviço

localizados na região; igualmente também há conflitos com a ocupação

lindeira, que exige constantes manobras para entrada e saída de veículos em

seus prédios, todas realizadas em parte da pista de rolamento da via,

reduzindo a velocidade, assim como causando o estrangulamento da via e

provocando redução no tráfego de veículos.

Além do exposto acima, é importantíssimo destacar que pela

superposição de suas novas funções, quais sejam, corredor de transportes

coletivos e de todo o fluxo de veículos do tráfego local de passagem, os

conflitos que se verificam nessa avenida tendem a aumentar de forma

diretamente proporcional ao crescimento vegetativo do seu fluxo de veículos, e

por ocasião de algum evento, imprevisto ou programado, que venha ocorrer na

sua área. Vale ainda destacar que a arborização do canteiro central não

obedeceu a uma locação retilínea, o que leva motoristas a desviarem dos

16

Page 17: Via Mangue

galhos de algumas árvores que se inclinam para as pistas.

Internamente, algumas melhorias foram realizadas, como a abertura das

marginais do canal de Setúbal e do rio Jordão, cujas contribuições não refletem

melhoria sensível no sistema, porque não têm conexão direta com o trinário

composto pelas avenidas Boa Viagem, Conselheiro Aguiar e Engenheiro

Domingos Ferreira.

O FLUXO DE VEÍCULOS

O elevado crescimento da frota de veículos motorizados na RMR é um

fator preocupante. O número de veículos licenciados na RMR, conforme dados

do último Plano Diretor de Circulação do Recife – PDC/REC era, em 1990, de

196.787 unidades, dos quais 162.450 (82,55%) correspondem aos veículos do

município do Recife. Em 1998, esse número na RMR foi de 361.774 veículos e

242.866 (67,13%) no Recife. A cada mês mais 3.000 veículos são acrescidos a

essa frota, o que leva a uma frota não menor que meio milhão de veículos

circulando no Recife ao final de 2007.

Dados extraídos do PDC/REC (1998) indicavam que circulavam por dia

pela Av. Boa Viagem 32.985 veículos, sendo: 98,245% de automóveis, 0,20%

de ônibus e 1,55% de caminhões. Na Av. Conselheiro Aguiar circulavam

27.598, sendo 98,53% de automóveis, 0,20% de ônibus e 1,27% de

caminhões, e na Av. Engenheiro Domingos Ferreira, 53.389 veículos, dos quais

93,49% são de automóveis, 5,31% de ônibus e 1,20% de caminhões.

A operacionalização do sistema de circulação existente do Pina e de Boa

Viagem é deficiente em todos os seus aspectos: é realizada através de

estruturas suportadas pelo sistema viário da região que não têm condições

para atender aos requisitos mínimos de trafegabilidade para os veículos e

pedestres que dele se utilizam. As vias componentes desse sistema viário são

inadequadas para dar passagem ao fluxo de veículos que demandam a região.

É notável que as condições de circulação de veículos no litoral sul do

17

Page 18: Via Mangue

Recife cada vez são mais críticas, apesar das alterações implantadas pela

CTTU, por conta do elevado volume de veículos que trafegam pela malha viária

local, pela composição da frota, na qual expressivamente prevalece o

transporte individual, e finalmente pela capacidade instalada da infra-estrutura

do sistema viário da referida região, a qual não tem condições de absorver todo

o tráfego local e mais o volume significativo do tráfego de passagem.

As condições físicas desse sistema viário - pavimentação, sinalização,

largura da faixa de rolamento, calçadas etc. - são inadequadas para suportar

uma quantidade de veículos com essa composição, tornando a circulação de

veículos e pedestres bastante deficiente. O atrito verificado pelo uso

inadequado das instalações existentes repercute desfavoravelmente no

desempenho do sistema.

Segundo o PDC/REC, o número de acidentes ocorridos em 1998 na

região do Pina e Boa Viagem foi bastante elevado. Na Av. Boa Viagem

ocorreram 243 acidentes, 187% a mais do que no ano anterior. Na Av.

Conselheiro Aguiar ocorreram 278 acidentes, 189% a mais que em 1997, e na

Av. Engenheiro Domingos Ferreira foram 459 acidentes, constituindo-se na via

mais perigosa de todo o sistema em tela, verificando-se 147% a mais de

acidentes do que em 1997.

Justamente diante desse cenário vem à luz o projeto da Via Mangue.

A SOLUÇÃO DOS PROBLEMAS

O projeto Via Mangue faz parte da política pública da Prefeitura da

cidade do Recife que se propõe a melhorias na fluidez do trânsito da zona sul

recifense, implantando vias e possibilitando o acesso a ruas existentes para o

atendimento local dos bairros de Boa Viagem, Setúbal, Pina e Brasília Teimosa.

Dentro dessas ações há o objetivo de promover melhorias no saneamento,

revitalizações do Parque dos Manguezais e melhorias habitacionais realocando

populações que se encontram no traçado do projeto.

18

Page 19: Via Mangue

Todas essas melhorias tem foco no aprimoramento da mobilidade

urbana para a Copa de 2014. A obra integra o PAC da Mobilidade Urbana,

programa federal criado para facilitar a circulação de pessoas e veículos nas

cidades-sede da Copa. O financiamento é do FGTS (Fundo de Garantia do

Tempo de Serviço) e tem a Caixa Econômica Federal (CEF) como

repassadora. A última etapa do projeto Via Mangue beneficia a zona sul do

Recife. Abrange a construção de uma via expressa de 4,5 km ligando a ponte

Paulo Guerra (bairro do Pina) à av. Antônio Falcão (Boa Viagem).

O sistema viário terá faixas de rolamento para veículos, calçadas para

pedestres e ciclovias. O projeto inclui ainda a construção de dois elevados

sobre a av. Antônio Falcão, oito pontes, um alargamento da ponte Paulo Guerra

e uma passagem semienterrada, tudo visando o desafogamento do trânsito do

Recife devido ao caos que o mesmo se encontra em termos atuais. O Projeto

Via Mangue consiste em uma via que interligará a Rua Antônio Falcão e

marginais do canal doSetúbal, em Boa Viagem, com o túnel da Rua Manoel de

Brito e o sistema viário do seu entorno, no bairro do Pina, permitindo ainda

ligações com o sistema viário existente ao longo desse traçado. Com essa via

busca-se melhorar o sistema de trânsito dos bairros de Boa Viagem e do Pina,

já bastante saturado, descongestionando as avenidas Boa Viagem,

Conselheiro Aguiar e Domingos Ferreira.

A motivação da construção da obra foi justamente o trânsito conturbado

em que se encontra as avenidas do Recife. E não teria como ficar desse jeito

para a Copa de 2014. Assim, foi preciso um projeto que resolvesse todos esses

problemas que atingem o trânsito hoje em dia nas ruas do Recife e também os

problemas de mobilidade urbana. Desse modo essas vias de trânsito rápido e

as passarelas garantirão uma maior fluidez e comodidade tanto para os

veículos quanto para os pedestres. As alças e as pontes que serão construídas

encurtarão ainda mais as distâncias ligando a zona norte às principais avenidas

de Boa viagem, Setúbal e os canais do Jordão.

19

Page 20: Via Mangue

OBJETIVOS:

Melhorar a fluidez do trânsito da zona Sul;

Implantar uma via sem semáforos com velocidade operacional de 60

km/h;

Integrar a via com as marginais dos canais Setúbal e Jordão;

Possibilitar o acesso das ruas existentes para o atendimento local dos

bairros de Boa viagem, do Pina e de Brasília Teimosa;

Eliminar os semáforos das Av. Antônio de Góes e Herculano Bandeira;

Implantar o parque ecológico Estação Rádio Pina, visando o lazer,

atividades culturais, educacionais eturismo para a população;

Proteger o manguezal do Rio Pina,e integrá-lo a população;

Promover melhorias habitacionais através da relocação da população

residente em palafitas, no entorno do projeto;

Fomentar um desenvolvimento de um novo polo econômico, turístico,

cultural e ambiental.

Características Técnicas

20

Page 21: Via Mangue

Sentido Centro/Boa Viagem, a via terá 4,75km

Sentido Boa Viagem/Centro, a extensão é de 4,37km

Velocidade de percurso: 60 km/h

Não possui semáforos

Não possui cruzamentos de tráfego

Não contempla veículos de transporte coletivo

Contempla ciclovia

Contempla acessibilidade para pessoas idosas e com dificuldade de

locomoção

Servirá como cinturão de proteção do manguezal do Rio Pina

Orçamento

21

Page 22: Via Mangue

O projeto executivo da via foi apresentado em meados de 2004, ano

eleitoral, quando o então prefeito João Paulo (PT) tentava a reeleição. O petista

conseguiu seu segundo mandato, mas a obra não saiu do papel sob a alegada

falta de recursos. Só sete anos depois, a prefeitura conseguiu o financiamento

para o projeto, orçado inicialmente em R$ 433,2 milhões, sendo R$ 418

milhões em obras físicas. A Caixa Econômica Federal se comprometeu em

liberar R$ 331 milhões - recursos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço

(FGTS); os outros R$ 102,2 milhões são de contrapartida do município.

O último grande obstáculo partiu do Tribunal de Contas do Estado

(TCE). Auditores do departamento de controle externo do órgão avaliaram, no

início deste ano, como "acima do mercado" o preço da obra orçada pela

Empresa de Urbanização do Recife (URB), braço da prefeitura responsável

pelo projeto.

Eles afirmaram ter encontrado sobrepreço em insumos de construção e

valores da prestação de alguns serviços após o edital ter sido publicado. O

TCE recomendou à URB, em caráter cautelar, que não homologasse a licitação

se o preço ofertado pelo vencedor fosse superior a R$ 335,6 milhões, valor tido

como "justo" pelo TCE e bem abaixo do estipulado pelo município no edital (R$

418 milhões).

A administração, por sua vez, alegou que o preço se justificava pela

complexidade da obra e pelos custos com as exigências ambientais. A licitação

foi encerrada em abril sagrando-se vencedora a construtora Queiroz Galvão,

com o preço de R$ 319,8 milhões. Como o valor homologado ficou abaixo do

estipulado pelos auditores, isso evitou um embate institucional entre TCE e

Prefeitura do Recife, deixando o caminho livre para a construção.

22

Page 23: Via Mangue

23

Page 24: Via Mangue

Cronograma

24

Page 25: Via Mangue

25

Page 26: Via Mangue

26

Page 27: Via Mangue

27

Page 28: Via Mangue

Etapa

Início do

Projeto

Conclusão do

Projeto Responsabili

dade pela

ExecuçãoPrevi

sto

Realiz

ado

Previ

sto

Realiz

ado

1. Projeto BásicoMar/

07Mar/07

Set/

07Set/07

Governo

Municipal

2. Projeto ExecutivoDez/

09

Dez/

09

Ago/

11-

Governo

Municipal

3.

Desapropriações/Reassen

tamentos

Mai/

10-

Dez/

12-

Governo

Municipal

4. ObrasJul/

10Abr/11

Set/

13-

Governo

Municipal

A via mangue é uma obra complexa e que exige muito planejamento,

variasopiniões sobre o seguimento do cronograma vem sendo tema de

discussões.

O cronograma da obra da via mangue é apresentado neste trabalho de

forma sucinta.

Apenas para discutirmos o avanço da obra e citar a opinião de alguns

especialistas no assunto que divergem bastante uma das outras.

28

Page 29: Via Mangue

Ao observarmos o quadro acima constatamos que houve um atraso na

etapa de desapropriação/ Reassentamento que era prevista para maio de 2010

e no momento não foi inicializada; a quarta etapa onde são iniciadas as obras

tinha previsão para julho de 2010 foi realizada em abril de 2011 com previsão

de conclusão para setembro de 2013.

A opinião dos responsáveis pela obra é que ela estará concluída ate o

final de 2013 sem maiores problemas, ou seja, será utilizada para copa em

2014.

O Cronograma inclui:

Instalação da obra

Serviços preliminares

Canalização do rio pina

Ponte sobre a lagoa encanta

moça

Alça da ponte Paulo Guerra

Complexo elevado sobre o

Antonio falcão

Alargamento da ponte Paulo

guerra

Alça do cap. temudo

Alargamento do cap. temudo

Caminhos de serviços

29

Page 30: Via Mangue

Remanejamento de utilidade

publica

Administração local

30

Page 31: Via Mangue

Esta é uma publicação do site da vereadora Priscila krause, onde ela

aponta atraso em obras que segundo ela em 150 dias de obra da Queiroz

Galvão seguindo o cronograma já deveria ter sido iniciada as seguintes fases:

“Canalização do Rio Pina 800 metros”, “Ponte sobre a Lagoa do Encanta Moça

221 m” e “Alça da Ponte Paulo Guerra – ponte estaiada”.  Até o dado momento,

nenhuma dessas três partes da Via Mangue foi iniciada. Segunda a mesma

isso representa um atraso significativo.

31

Page 32: Via Mangue

Desafios e Inovações Tecnológicas da Via Mangue

Numa grande obra de engenharia, os detalhes são importantíssimos,

ainda mais quando levamos em conta a qualidade, a beleza e que ela sirva de

referência para outras grandes obras que poderão vir posteriormente. Como os

setores da engenharia renovam-se com muita facilidade, podemos então

considerar um co-relacionamento entre as inovações tecnologias e os desafios

que uma obra pode apresentar.

O projeto via mangue em Recife tem como principal objetivo resolver os

problemas de trânsito da Zona Sul recifense. Um complexo viário com

passagem expressa de quase 6 km ligando Centro e zona Sul, parte nobre da

cidade, onde está bairro de Boa Viagem desafogando o fluxo de veículos.

A obra conta com uma série de desafios, pois se trata de um “projeto

verde” onde a maioria dela será erguida em terrenos de pouca estabilidade que

requer melhores técnicas inovadoras.

A última grande intervenção viária na cidade data do final de década de

1970. Mas como abrir novas vias de tráfego numa cidade com alto

adensamento urbano, com poucos terrenos livres para construção e cercada

por manguezais, áreas de proteção ambiental? A opção feita pela Prefeitura do

Recife foi avançar sobre o mangue, uma decisão que gerou polêmica por

mexer em um ecossistema protegido por lei.

Um dos grandes desafios da obra será a estabilização do solo na área

de mangue a ser aterrada. Como a Via Mangue passará por sobre o rio, o

projeto prevê a construção de 400 m de canal de concreto armado para manter

o curso d'água. "A estabilização do solo do mangue é um ponto que deve ser

verificado constantemente e com atenção redobrada: ele sede muito e pode

prejudicar o projeto se não for feito com atenção e paciência”, É o que diz o

engenheiro Marlus Muniz, da empresa JBR Engenharia, responsável pela

elaboração do projeto. Alerta ele.

32

Page 33: Via Mangue

Outro desafio, esse já está sendo superado, foi de construir o túnel sob a

Avenida Herculano Bandeira sem interrupção do seu tráfego, objetivo que vem

sendo alcançado com êxito e com qualidade. Nos 260 metros de sua extensão

apenas o trecho 5 fica sob a avenida. Os outros 8 foram subdivididos em

trechos de rampa e de cut-and-cover (com laje). Foram desafios superados

com engenharia de ponta, com apoio de consultores considerados como

mestres da engenharia de construção de túneis, como o professor Paulo Maffei

e o engenheiro Sérgio Pereira.

Algumas marcas alcançadas devem ser registradas, como por exemplo,

a utilização do maior conjunto de rebaixamento de lençol freático do país (40

bombas submersas e 8 conjuntos de ponteiras, com vazão de 2000 m³/h), a

execução do maior vão enfilado executado no país (12 linhas de 19 metros).

O túnel no seu vão central, sob a Avenida Herculano Bandeira, foi

parcialmente escavado, sem a interrupção do tráfego. Já é possível visualizar

as duas extremidades do segmento mais complicado para ser executado.

Agora é partir para a etapa final compreendendo a execução das paredes e do

piso do vão central, que irão exigir técnicas de engenharia de ponta e execução

com controle rigoroso, principalmente se considerarmos que o trabalho está

sendo executado em solo arenoso com nível d'água elevado. Sem medo de

errar, esta obra é um marco para a engenharia de Pernambuco.

Com cerca de 450 metros de extensão e 7,5 metros de largura, a alça

terá duas pistas de rolamento no sentido cidade-subúrbio, com capacidade

para dois veículos por vez.

33

Page 34: Via Mangue

Compromisso Social e com o Meio Ambiente

Segundo o atual prefeito da Cidade do Recife o principal objetivo da Via

mangue é promover um projeto que sintetize os problemas de mobilidade no

Recife a fim de resolver as questões do tráfego e impulsionando assim o

desenvolvimento econômico do Recife, trazendo a proteção e manutenção dos

manguezais e a promoção de moradia digna para as famílias que moram em

situação subumana.

Consequências analisadas no projeto Via mangue

O Estudo de Impacto Ambiental foi solicitado pela legislação brasileira em

projetos de grande porte como o da Via Mangue. A Via Mangue idealiza uma

estrutura à margem leste do manguezal da Zona Sul do Recife e esse projeto

vai causar diversos impactos ambientais e sociais àquela região. Considerando

que “Toda atividade humana gera impactos, tanto positivos quanto negativos”,

o projeto via mangue foi analisado como um todo garantindo o diagnóstico

ambiental, análise econômica-ambiental, jurídica-ambiental e avaliação de

todos impactos e medidas cabíveis à situação. Entre as mudanças que serão

consequências da Via Mangue, uma delas será a relocação de cerca de 2,7 mil

habitantes que vivem em palafitas, em condições precárias. Está prevista a

relocação deles para três habitacionais que estão em fase de construção e um

deles já está praticamente pronto para ser entregue, que deve acontecer ainda

em dezembro deste ano. Para alguns moradores das palafitas, a Via Mangue

será uma grande mudança de vida pelo fato que esperarem as moradias

dignas prometidas. Contrapondo a aprovação desses moradores os ativistas

pediram a preservação dos manguezais. “Moradia não deveria ser uma

promessa para a aprovação da Via Mangue, deveria ser um projeto à parte. O

dinheiro gasto neste projeto poderia ser investido em muito mais moradias”,

afirmou uma das coordenadoras do Movimento Social, Mariana Maciel. Os

integrantes desse movimento, que é em prol do meio ambiente, acreditam que

34

Page 35: Via Mangue

este projeto só trará prejuízos à natureza, incentivando o uso dos transportes

individuais. “Isso vai na contramão da política mundial de desenvolvimento

sustentável”, afirmou. No entanto, o Relatório de Impacto Ambiental (Rima)

acrescenta que um dos benefícios ambientais da Via Mangue será a

diminuição do consumo de combustível, uma vez que o trânsito deverá fluir

com maior intensidade, diminuindo a poluição dos gases emitidos para a

camada atmosférica. Sem contar que a qualidade do transporte será

beneficiada, uma vez que haverá mais espaço para os coletivos. A Via Mangue

prevê um espaço para que os carros circulem com uma velocidade máxima de

60 quilômetros por hora, que será controlada a partir de radares, além de uma

ciclovia. Nesta via não será permitido o tráfego de ônibus.

A Via Mangue prevê uma malha viária de 4,5 quilômetros e irá partir da

ponte Paulo Guerra até a rua Antônio Falcão, em Boa Viagem. O intuito

principal do projeto é desafogar os congestionamentos constantes e típicos das

avenidas Boa Viagem, Domingos Ferreira e Conselheiro Aguiar e está orçado

em R$ 482 milhões. Entre outras coisas, o Relatório de Impacto Ambiental

(Rima) recomenda que a cada um metro quadrado de mangue, dois sejam

replantados.

Esse parque é, também, uma ideia da Prefeitura do Recife de criar um

espaço protegido que deverá estar atrelado ao desenvolvimento da Via

Mangue.

Aspectos Ambientais

Os manguezais sempre foram considerados ambientes com poucos

atrativos e menosprezados, embora tenham uma grande importância

econômica e ambiental. Esse bioma não recebeu grandes atenções, pois no

passado a presença de mangue estava associada à febre amarela e á malária.

Outra característica que faz do manguezal um ambiente nada atrativo é que

seu solo exala um odor característico de gás metano e enxofre devido à grande

35

Page 36: Via Mangue

quantidade de matéria orgânica em decomposição. Apesar de todas essas

importantes funções, os manguezais eram comumente considerados, no

passado, como ‘terras baldia’, chegando-se inclusive a afirmar que deveriam

ser transformados em terras ‘úteis e produtivas’.

A estrutura e produtividade dos manguezais estão controlados,

principalmente, pela frequência de inundação pelas marés, taxa de evaporação

e aporte de água doce (fluvial e pluvial). Tais fatores são determinantes na

biodiversidade do ecossistema, sendo muitas espécies de importância

econômica, e alta produtividade primária e secundária, dentre suas funções

estão:

Área de abrigo para alimentação e reprodução de centenas de espécies

marinhas, estuarinas e terrestres. Por isso é chamado por vários autores

de o berçário da vida marinha;

Fonte de matéria orgânica particulada e dissolvida que constitui a base

da cadeia trófica a que pertencem muitas espécies de importância

econômica.

Mesmo com toda sua importância econômica e ambiental os

manguezais vêm sendo degradados. Existem muitos fatores que

causam a destruição dentre eles as moradias irregulares inclusas

também no projeto Via mangue pelo qual o mesmo estar sendo

considerados inadequados pelos ambientalistas.

Aspectos Sociais

Para a Prefeitura, a obra também é uma oportunidade de se criar postos

de trabalho na construção civil. Estão estimadas a criação de 900 novas

vagas, entre empregos diretos e indiretos, durante o andamento do projeto.

Para a presidente da URB(Empresa de Urbanização do Recife),Débora

Mendes, esta obra é estratégica para o desenvolvimento econômico, social,

turístico e ambiental da cidade. "Também é uma alternativa que criamos para

36

Page 37: Via Mangue

as pessoas que precisam seguir do Pina para Boa Viagem, de maneira

rápida, já que a via é a primeira expressa do município".

Além da parte viária, o projeto engloba ações em saneamento integrado,

com a implantação de rede de esgoto e estações elevatórias, e também na

área de habitação, com a construção de três habitacionais, a Associação de

Moradores do bairro do Pina manifesta interesse na construção de um Parque

Ecológico e as empresas do mercado imobiliário demonstram enorme

empenho em construir prédios residenciais de luxo na área. Porém, as

construções existentes hoje no seu entorno não são obras apenas das

grandes construtoras. Encontram-se, aí, diversas comunidades carentes nas

quais a maioria das famílias sobrevive em casas de taipas e de outros tipos

de material, edificadas sem nenhum planejamento urbanístico, colocando em

risco os limites do ecossistema.

Além das habitacionais para a comunidade que mora nas palafitas

alguns projetos estão promovendo oficinas de readaptação aos moradores a

fim de promover educação ambiental como também incentivar a integração

dos futuros vizinhos gerando uma convivência proveitosa.

O projeto focaliza a qualidade de vida para os moradores da

comunidade carente do Pina, como também prevê a construção de faixas de

rolamento para veículos, calçadas para pedestres e ciclovia, proporcionando

também a acessibilidade para deficientes e idosos nas futuras vias.

A Via Mangue contempla sobretudo ações de saneamento, habitação,

urbanização. Ela representará a possibilidade de alternativa de tráfego para

milhares de pessoas que moram nos bairros da zona sul da cidade e auxiliará

no desenvolvimento econômico dessa região, hoje considerada um

importante pólo de serviços do Recife em franca expansão.

37

Page 38: Via Mangue

Conclusão

A Via Mangue é um projeto que resolverá os problemas de trânsito da

Zona Sul recifense. Trata-se de uma avenida que vai ligar o Pina diretamente

às ruas que margeiam os canais Setúbal e Jordão, desafogando o fluxo de

veículos em toda a região.

A principal característica da Via Mangue é a compatibilidade entre a

preservação do meio ambiente e a melhoria do trânsito. Outro objetivo

importante é a inclusão social, pois o projeto prevê a retirada, relocação e

construção de moradias para cerca de 1.100 famílias residentes em áreas

críticas.

38

Page 39: Via Mangue

Referências

http://www.abtc.com.br/noticia311.asp

http://jconline.ne10.uol.com.br/canal/cidades/geral/noticia/2011/09/01/

alca-da-via-mangue-fica-pronta-em-maio-14737.php

http://ne10.uol.com.br/canal/cotidiano/grande-recife/noticia/2011/11/11/

conjunto-habitacional-i-da-via-mangue-e-entregue-no-pina-309262.php

http://jc3.uol.com.br/blogs/blogjamildo/canais/noticias/2009/09/23/

entenda_como_sera_a_via_mangue_54584.php

http://www.fadurpe.com.br/noticias_gerais.php?

pg=noticia_fadurpe&id=210

http://www.diariodepernambuco.com.br/vidaurbana/nota.asp?

materia=20111110161957

http://www.dpnet.com.br/nota.asp?materia=20111112100123

http://www.pernambuco.com/ultimas/nota.asp?

materia=20110831073126

http://www.observatoriodorecife.org.br/?p=2806

http://jc3.uol.com.br/blogs/blogjamildo/canais/noticias/2011/04/05/

mais_um_obstaculo_para_a_via_mangue_construtora_derrotada_entra_

com_recurso_96988.php

http://www.pontodepauta.com.br/site/noticias.php?idNoticia=9275

http://www.portaltransparencia.gov.br/copa2014/recife/mobilidade-

urbana/corredor-da-via-mangue/

http://www.recife.pe.gov.br/2011/05/20/projeto_via_mangue_176768.php

http://pref-recife.jusbrasil.com.br/politica/7427514/prefeitura-do-recife-

inicia-obras-da-via-mangue-em-boa-viagem

http://www.brasilwiki.com.br/noticia.php?id_noticia=42451

http://www.brasilwiki.com.br/noticia.php?id_noticia=42451

http://www2.informazione.com.br/cms/opencms/sinduscon/pt/

novidades/clippings/0570.html

http://jconline.ne10.uol.com.br/canal/cidades/noticia/2011/11/24/via-

mangue-acelera-o-ritmo-23319.php

39

Page 40: Via Mangue

http://www.fecomercio-pe.com.br/fecomercio/103-meta-e-desenvolver-o-

comercio-recifense.html

http://www.skyscrapercity.com/showthread.php?t=966144

http://achix.achanoticias.com.br/noticia.kmf?cod=8970765

http://www.anpec.org.br/encontro2007/artigos/A07A146.pdf

http://memoria806.blogspot.com/

40