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SETEMBRO/2013 ANO 18 Nº 74
Viação Garcia faz sua segunda compra do ano
Mais ônibus novos
Catarinense, Princesa dos Campos e Sampaio também
fazem aquisições
umárioS
Por sua vez, a
Princesa dos
Campos investiu
R$ 17 milhões
na compra de 30
novos ônibus nos
quais oferece um
serviço especial de
alto padrão,
o Top Line.
Também a Catarinense incorporou ônibus novos,
que foram pintados de verde para enfatizar
o firme compromisso ambiental da empresa.
Outra empresa que renovou a frota, inclusive com
mudança da pintura, foi a Sampaio,
em comemoração aos seus 50 anos de atividades.
1212
Depois das compras
do primeiro semestre,
o Grupo Garcia decidiu
aumentar ainda mais
o percentual de
renovação da sua frota
e voltou ao mercado
para adquirir mais 50
ônibus novos.
2424
3434
1818
Cartas ........................................6
Carta do Presidente ...................7
Bagageiro ...................................8
Opinião ....................................62
LEIA MAIS:
A Comil integra cinco de seus ônibus, entre eles o Versatile Gold, à
Caravana Volvo que vai percorrer boa parte do território chileno.
40 Ônibus verde A Volvo Bus Latin America fornece 200 ônibus
híbridos para o Sistema Transmilênio, de Bogotá. 56 Ecologia Em Curitiba, o Centro Volvo
Ambiental desenvolve projetos voltados à qualidade
de vida da comunidade.
Ao comemorar
65 anos de
atividades, a
Viação Cometa
restaurou e botou
na estrada um
de seus ônibus
mais famosos, o
Flecha Azul. Ele
está fazendo 65
viagens especiais
pelo Brasil.
É realizada em Porto Alegre a
ClassicBus, exposição de ônibus
antigos como o Eliziário Imperador
Mercedes-Benz LP-321, de 1958.
Para manter e melhorar
ainda mais a qualidade,
a Auto Viação 1001
investe cada vez mais
na manutenção dos
seus ônibus. Para isso,
conta com o apoio
da Fundação JCA,
que forma e prepara
pessoal especializado.
48
2844
52
6 REVISTA ABRATI, SETEMBRO 2013
A Revista ABRATI é uma publicação da
Associação Brasileira das Empresas de
Transporte Terrestre de Passageiros
Editor Responsável
Ciro Marcos Rosa
Produção, edição e editoração eletrônica
Plá Comunicação – Brasília
Editor Executivo
Nélio Lima – MTb 7903
Impressão
Gráfica e Editora Athalaia – Brasília
Imagem da capa
Divulgação
Esta revista pode ser acessada via
internet: http://www.abrati.org.br
Associação Brasileira das
Empresas de Transporte Terrestre
de Passageiros
Presidente
Paulo Alencar Porto Lima
Diretor Administrativo-Financeiro
Cláudio Nelson C. Rodrigues de Abreu
Diretores
Carlos Alberto de O. Medeiros,
Francisco Tude de Melo Neto, Jacob
Barata Filho, Leônidas Elias Júnior,
Letícia Sampaio Kitagawa, Mário Luft,
Paulo Humberto Naves Gonçalves,
Pedro Antonio Teixeira, Sandoval
Caramori,Telmo Joaquim Nunes e
Washington Peixoto Coura.
Superintendente
José Luiz Santolin
Assessoria Técnica
Ataíde de Almeida
Assessoria de Comunicação Social
Ciro Marcos Rosa
SAUS Quadra 1 - Bloco J - Edifício CNT
Torre A – 8º andar - Entrada 10/20
CEP: 70.070–944
Brasília - Distrito Federal
Telefone: (061) 3322-2004
Fax: (061) 3322-2058/3322-2022
E-mail: [email protected]
Internet: http://www.abrati.org.br
BUSÓLOGOEscrevo para agradecer o envio
da Revista ABRATI. Sou colecionador
de fotos de ônibus. A revista é muito
importante para a minha coleção, com
ela fico sabendo do que acontece
nas empresas de ônibus do Brasil.
Gostaria de fazer dois pedidos. Que
na próxima edição vocês publicassem
uma reportagem sobre a nova frota
da Viação Garcia. E que meu nome
saísse na próxima edição para eu me
corresponder com outros busólogos.
Cristóvão Santos da Rocha
Av. Getúlio Vargas, 165 – Centro
57100–000 – RIO LARGO - AL
SEGURANÇA 1
A edição número 73 estava ótima.
Muito interessante o que vocês es-
creveram sobre segurança, assunto
que a gente vê tratado regularmente
em publicações estrangeiras mas
que geralmente não é detalhado aqui.
Bom saber que tem gente boa dando
atenção ao assunto no Brasil.
Geraldo Frota Filho
ARAÇATUBA – SP
SEGURANÇA 2Não é à toa que muitos países
compram os ônibus de fabricação
brasileira. Também já reparei que os
fabricantes estrangeiros de carrocerias
preferem não se arriscar por aqui.
Com exceção da Irizar, de Botucatu,
que trouxe produtos diferenciados, as
demais estrangeiras sabem que não
é nada fácil concorrer com as nossas.
Escrevo isso depois de ler na última
edição sobre o esforço que é feito para
tornar os ônibus brasileiros cada vez
mais seguros. Esse esforço mostra
que os ônibus brasileiros estão muitos
quilômetros à frente.
Jurandir Paulino de Oliveira
ARACAJU – SE
artasC
NEOBUS 1Estive em Curitiba e aproveitei
para conhecer um dos corredores do
sistema BRT. Achei os ônibus produ-
zidos pela Neobus, que operam lá,
muito modernos e bonitos. As linhas
são bem arrojadas e acho que outros
fabricantes tiveram que tirar alguns
projetos da gaveta, principalmente por
causa do Mega BRT. Eu já tinha visto
as fotos na Revista, mas mesmo assim
fui surpreendido. É bom que tenhamos
mais encarroçadoras, aumenta a con-
corrência.
Cláudio Antero de Sá
CASCAVEL – PR
NEOBUS 2Pela entrevista do senhor Edson To-
mielo na edição 73 da Revista ABRATI,
dá para perceber que a Neobus tem
condições e produtos para buscar
uma boa fatia do mercado de ônibus
brasileiro. Ele sabe que as operadoras
brasileiras são exigentes, mais até
que os próprios usuários, e parece
interessado em atendê-las a contento.
Isso é bom para todos os envolvidos:
montadoras, encarroçadoras, passa-
geiros e poder público.
Joaquim Franco de Andrade
ASSIS – SP
CAÇADORQuero sugerir que vocês façam
uma reportagem sobre a empresa
Reunidas, da cidade de Caçador, em
Santa Catarina. Pelo que sei ela foi
uma desbravadora que semeou linhas
de transporte rodoviário em boa parte
daquele estado. Principalmente nos
meses do verão, a gente cruza nas es-
tradas do Sul brasileiro com os muitos
ônibus dessa empresa transportando
turistas argentinos.
Fabrício E. J. Martins
JOINVILLE – SC
arta do PresidenteC
Erro de foco na definição das prioridades
Só com a isonomia relacionada ao ICMS,
as passagens de ônibus teriam queda de 17% em média. Há estados em que esse percentual se elevaria a mais de 20%, resultando
em benefício extremamente
significativo para a população que anda
de ônibus.
Paulo Porto Lima
Presidente da ABRATI.
O conceito de governos de direita ou de esquerda, para o sociólogo Alain Touraine,
há tempos se mostra ultrapassado. Ele distingue o conservador do progressista na
medida em que o segundo prioriza as políticas públicas voltadas à maioria da população.
Como entender a prioridade do governo em viabilizar o setor aéreo em detrimento do
rodoviário de passageiros? Como entender o governo vir a público defender subsídios
ao setor aéreo para que ele pratique tarifas iguais às do ônibus?
Salientando que o crescimento do setor aéreo se deu com a prática de dumping,
com tarifas irresponsavelmente mal gerenciadas e artificialmente baixas, que compro-
meteu, mais uma vez, a saúde financeira das empresas aéreas, levando junto algumas
tradicionais empresas de transporte rodoviário.
Será que subsidiar quem anda de avião merece ser alguma prioridade no Brasil?
Talvez, esquecem os que defendem tal política que apenas 125 municípios no Brasil
são atendidos pelo modal aéreo, contra 5.500 atendidos pelo ônibus.
Contraditoriamente, lutamos insistentemente, há anos, não por subsídios ou
qualquer outra facilidade, mas apenas para sensibilizar o Governo Federal e o Poder
Judiciário no sentido de dar isonomia de tratamento do modal aéreo com o modal
rodoviário. A incidência do ICMS e as gratuidades concedidas por lei, valem, inacredi-
tavelmente, só para o ônibus.
Só com a isonomia relacionada ao ICMS, as passagens de ônibus teriam queda de
17% em média. Há estados em que esse percentual se elevaria a mais de 20%, resul-
tando em benefício extremamente significativo para a população que anda de ônibus.
Não existe justificativa plausível para essa discriminação contra os milhões de
passageiros que utilizam o ônibus em suas viagens. Por que somente a classe de
renda mais elevada, que viaja de avião, tem direito a essa isenção fiscal? Teriam eles
mais direitos que a ampla maioria dos brasileiros?
Por fim, clamamos ao governo para ouvir quem realmente faz um transporte digno,
de qualidade e a preços módicos (porém reais) para a enorme maioria da população
carente do País: as empresas legalmente estabelecidas no Brasil, algumas há mais
de 80 anos, cuja experiência em cobrir um território da dimensão geográfica do nosso
País e com diversas particularidades regionais, tem trazido empresários estrangeiros
para conhecer essa operação.
Apesar dessa inacreditável realidade, o setor de transporte rodoviário de passa-
geiros não deixará de lutar para manter o serviço de referência que presta a mais de
90 milhões de brasileiros.
Júlio
Fer
nand
es
REVISTA ABRATI, SETEMBRO 2013 7
8 REVISTA ABRATI, SETEMBRO 2013
B A G A G E I R O
NOVA FRENTESUSTENTABILIDADE
LANÇAMENTO
NOVIDADE
AOS 81 ANOS, MORRE VALTER GOMES PINTO
MERCEDES-BENZ ABRE LOJA DE COMPRA E VENDA DE CAMINHÕES SEMINOVOS
FÁBRICA DA VOLVO CAPTA ENERGIA EÓLICA E SOLAR
VOLARE COM TRANSMISSÃO AUTOMÁTICA
CHEGA AO MERCADO O CAMINHÃO ATRON COM CABINE AVANÇADA
O empresário Valter
Gomes Pinto, diretor
e um dos controla-
dores da Marcopo-
lo S.A., morreu no
dia 27 de agosto em
Caxias do Sul, aos
81 anos. Ele estava
hospitalizado. Valter
Gomes Pinto ingres-
sou na Marcopolo
em 1965. Na época,
residia em Porto Ale-
gre e conciliava suas
atividades profissio-
nais em uma agên-
cia de publicidade e
no jornal Correio do
Povo. Valter Gomes
Pinto foi responsável
pela elaboração de
importantes projetos
da encarroçadora.
Em 1969, assumiu a
área comercial e as
atividades de expor-
tação. Era casado
com Therezinha Lour-
des Comerlato Pinto.
Deixa a filha Viviane
e os netos Vicenzo e
Gianluca Pinto Bado.
A Mercedes-Benz do
Brasil está implantando
em São Paulo o seu
primeiro modelo de
negócio para caminhões
seminovos, denominado
SelecTruks. A primeira
loja se localiza em Mauá,
na Grande São Paulo.
Ela será responsável
pela compra, estoque,
manutenção e venda de
caminhões seminovos,
A Volvo do Brasil está
utilizando nos escritórios
da linha de montagem de
caminhões e ônibus, na
sua fábrica de Curitiba, a
energia elétrica captada
por uma turbina eólica
e por 30 painéis de
captação de energia
solar. Os equipamentos
possibilitam a produção de
9,3 kW, sendo o sistema
conectado diretamente à
rede de energia elétrica que
abastece os escritórios.
Durante a Transpúblico
2013, a fabricante de
transmissões Allison
Transmission expôs a sua
transmissão automática
da Série 1000 equipando
um modelo de micro-ônibus
Volare W9 Limousine. De
acordo com a Allison, o
uso de sua transmissão
facilita a tarefa de dirigir e
proporciona vários outros
benefícios operacionais.
A Mercedes-Benz apre-
sentou, nas versões be-
bidas, plataforma e bas-
culante, o seu caminhão
semipesado Atron 1719
4x2 com cabine avança-
da. O diretor de Vendas e
Marketing de Caminhões
da montadora, Gilson
Mansur, lembrou que o
veículo utiliza a tecnolo-
gia BlueTec 5, com bai-
além de oferecer apoio
em negociações dos
concessionários da marca.
A SelecTrucks vai negociar
(venda ou compra) todas
as marcas de caminhões,
modelos e anos de
fabricação. O modelo de
negócio segue os mesmos
conceitos e padrões da
TruckStore, mantida pela
Daimler em 14 países da
Europa e na África do Sul.
Novidade na Transpúblico.
Atron com cabine avançada.
A loja está localizada na alça de acesso ao Rodoanel, em Mauá-SP.
xo índice de emissões,
reduzido consumo de
combustível e trocas de
óleo mais espaçadas.
REVISTA ABRATI, JUNHO 2006REVISTA ABRATI, SETEMBRO 2013 9
ALTERNATIVA
MARKETING
ÔNIBUS VERDE RECONHECIMENTO
URBANOS
SUBSTITUIÇÃO
TRANSPORTE COMPARTILHADO EM VANS PARA EVENTOS E OUTRAS NECESSIDADES
AGRALE PÕE NA ESTRADA O SEU NOVO CHASSI
RODOVIÁRIO DA SCANIA OPERA COM ETANOL
MARCOPOLO E AGRALE, EMPRESAS INCLUSIVAS
ÔNIBUS MONDEGO DA CAIO INDUSCAR, VAI RODAR NO RIO
ASSUME O NOVO GERENTE DE ÔNIBUS RODOVIÁRIOS DA VOLVO BUS
Um projeto de transporte
compartilhado que incentiva
o uso de vans como
alternativa aos automóveis
foi lançado em São Paulo
pela Mercedes-Benz do
Brasil. Denomina-se “Van
Comigo” e destina-se a
transportar pessoas para
diversos tipos de eventos
Recém-chegada ao
segmento de chassis
da categoria de 17
toneladas de PBT, a Agrale
encarroçou dois ônibus
com chassis MA 17.0 e
deu início a uma ação de
marketing e negócios que
consiste em rodar durante
dois meses por diversas
estradas e cidades
brasileiras. Os ônibus
partiram de Erechim para
visitar Canoas-RS, Caxias
do Sul-RS (onde fica a
fábrica da Agrale),
Campinas-SP,
São Paulo-SP,
Brasília-DF,
Salvador-BA,
Aracaju-SE e
Belo Horizonte-MG.
Um ônibus rodoviário
com chassi K270, da
Scania, encarroçado pela
Marcopolo e utilizando
exclusivamente etanol
como combustível, vem
operando no transporte
de funcionários de uma
empresa de cosméticos
na região metropolitana
de São Paulo. O veículo
dispõe de computador de
bordo e controle eletrônico
do sistema de freios. A
operação está sendo feita
em regime de teste.
Os programas Envolver e
Agregar, de inclusão de pes-
soas portadoras de neces-
sidades especiais, criados
pela Marcopolo e pela Agra-
le, receberam o Selo Em-
presa Inclusiva, da Câmara
Municipal de Caxias do Sul.
A Caio Induscar informou
que 41 unidades do seu
ônibus Mondego L vão ser
operadas por empresas
de transporte urbano da
cidade do Rio de Janeiro.
Os veículos trafegarão em
linhas da Zona Sul e são
dotados de piso baixo, ar
condicionado, poltronas
injetadas estofadas,
itinerário eletrônico e
iluminação em LED.
O novo gerente de ônibus
rodoviários da Volvo Bus
Latin America, Jeferson
Gomes Cunha, já está no
artísticos, culturais,
esportivos etc. A gestão do
sistema será da GeminiTur,
companhia de turismo
que se encarregará de
selecionar e contratar as
empresas que farão o
transporte. Na prestação
do serviço serão utilizadas
vans Sprinter. Jeferson Gomes Cunha
Mondego: 41 unidades no Rio.
Uma nova forma de evitar o stress e dispor de transporte confiável.
Colaboradores da Marcopolo.
exercício da função em
que responderá pelas
operações comerciais de
chassis rodoviários da
marca em toda a América
Latina. Cunha foi diretor de
vendas e exportações da
Buscar e até há pouco era
diretor comercial da Guerra
Implementos Rodoviários.
É engenheiro mecânico,
com especialização em
marketing, e tem MBA
em comércio exterior e
negócios internacionais.
Paradiso 1800 DD
Com uma combinação perfeita entre tecnologia e design inovador, a Marcopolo
produz soluções que trazem, em sua concepção, o que há de mais moderno e
avançado nos segmentos de ônibus rodoviários e urbanos para aproximar pessoas
com conforto e segurança.
Viale BRT
O futuro do transportepassa por aqui.
rotaF
Garcia faz sua segunda grande compra do anoNeste segundo semestre o Grupo Garcia, de Londrina-PR, investiu mais R$ 25 milhões na compra de
50 ônibus. Com isso, totalizou a incorporação de 110 novas unidades a suas frotas, somente em 2013.
Um primeiro lote, de 60 carros, já havia sido adquirido no primeiro semestre.
A Viação Garcia foi a primeira empresa brasileira a testar um rodoviário Irizar (foto na página ao lado). Agora ela comprou 37 Irizar i6.
12 REVISTA ABRATI, SETEMBRO 2013
Dos 50 ônibus comprados agora,
11 unidades serão destinadas
aos serviços metropolitanos operados
pelo grupo. As outras 39 unidades
são para as operações rodoviárias.
Todos os chassis são da marca Vol-
vo. O encarroçamento foi confiado às
empresas Irizar (37 rodoviários), Comil
(dois rodoviários e um urbano) e Caio
(dez urbanos), que iniciam as entregas
agora em setembro. Até dezembro to-
das terão sido concluídas. Com isso, a
idade média da frota da Viação Garcia
passa a ser de dois anos. Nos serviços
metropolitanos, cai para 1,5 ano.
Para a Garcia, a compra dos 37 ôni-
bus rodoviários i6, da Irizar, representa
a concretização de um projeto que
havia sido tentado 15 anos atrás, em
1998, quando ela testou em algumas
de suas linhas executivas o ônibus
Century, então o top de linha da en-
carroçadora na Europa. A antiga Caio
iria produzi-lo em Botucatu e chegou
a criar uma joint ventury com a Irizar,
mas o projeto morreu com a quebra da
encarroçadora brasileira.
Os ônibus rodoviários adquiridos
agora estão equipados com o que há
de melhor na tecnologia embarcada,
com freios a disco e ABS e o sistema
anti-tombamento denominado ESP.
Nas carroçarias Irizar I6, uma novidade
é o sistema de purificação do ar condi-
cionado Eco3, da fabricante Hispacold.
DINAMIZAÇÃO
Desde 2011 o Grupo Garcia vem
dinamizando cada vez mais o seu pro-
grama de renovação de frota. Naquele
ano as operações rodoviárias do grupo
receberam o reforço de 40 novos car-
ros, sendo 20 do modelo 1800 Double
Decker e 20 do modelo 1600 Low Dri-
ver, todos da Marcopolo, com chassis
Volvo e Scania. A Garcia foi a primeira
empresa de transporte interestadual
O Irizar Century testado pela Garcia em 1998: vidros colados e retrovisores inéditos no Brasil.
de passageiros a adquirir esses dois
modelos, lançados pouco antes.
NOVO CONTROLADOR
O Grupo Garcia teve como empre-
sa originária a Viação Garcia, uma
das mais tradicionais do setor de
transporte rodoviário de passageiros
do Brasil. Foi fundada em janeiro de
1934 por dois imigrantes espanhóis,
Celso Garcia Cid e José Garcia Villar.
Ao longo de toda a sua história, a
empresa manteve a política de utilizar
sempre os veículos mais atualizados,
buscando incansavelmente a eficiên-
cia, a segurança e o conforto para os
usuários – tal como ocorre agora.
Durante mais de 76 anos a Garcia
esteve sob o controle dos descenden-
tes dos fundadores de sobrenome
Garcia. Em 1º de dezembro de 2010,
o comando acionário foi assumido
pelo empresário gaúcho Mário Luft,
com atuação nos segmentos de agro-
negócio, alimentação e saúde, entre-
tenimento e lazer, cargas expressas
sensíveis e grandes volumes, e produ-
ção industrial de defensivos agrícolas.
O novo controlador manteve a
política dos antecessores, com a
renovação peri ó dica das frotas, o
treinamento e reciclagem constante
dos colaboradores e a adoção dos
mais modernos métodos de gestão e
controle das operações.
Foto
s: D
ivul
gaçã
o
REVISTA ABRATI, SETEMBRO 2013 13
rotaF
Como mostra o quadro da página
16, nessa compra do segundo se-
mestre a Garcia incluiu dois ônibus
rodoviários Campione HD 4.05 pro-
duzidos pela Comil. Os carros serão
testados em operações normais da
empresa paranaense, tendo em vista
a possibilidade de futura aquisição de
mais unidades.
A encarroçadora acredita em uma
retomada da parceria com a operadora
e antecipou que “outras unidades do
Campione HD e do Campione Double
Decker já estão sendo encomendadas
pela companhia.”
Os dois exemplares do Campione
HD 4.05 fornecidos à Garcia são
equipados com diferentes itens de con-
forto e segurança que compõem uma
configuração apontada pela fabricante
como a de melhor custo benefício do
mercado. Trazem chassis Volvo B380R
6x2 e têm 44 poltronas do tipo leito
turismo, monitores em LCD, ar condi-
cionado e um dos maiores bagageiros
da categoria.
“A excelência do produto vem ao
encontro das necessidades da Viação
Garcia no transporte executivo de alto
padrão. Nossos ônibus apresentam
baixo tempo de parada/manutenção,
bom desempenho e consumo de
combustível menor em relação à con-
corrência”, disse Jossias Dalla Nora,
consultor de negócios da Comil na
Região Sul.
A Comil marca presença na nova compra
Para testes em operações regulares, a Garcia adquiriu da Comil dois ônibus Campione HD 4.05, montados sobre chassis Volvo B 380R.
Div
ulga
ção
14 REVISTA ABRATI, SETEMBRO 2013
A Viação Garcia manteve a tradição e vem
dinamizando a antiga prática da
empresa de transformar cada um dos
ônibus de sua frota numa espécie de
outdoor em movimento.
No caso dos novos ônibus adquiridos no
primeiro semestre, parte deles recebeu
pintura rosa, em referência à ativa
Usando a pintura e a área externa dos ônibus para passar boas mensagens à comunidade
participação da Garcia na campanha de
prevenção ao câncer de mama.
No mesmo lote, um ônibus foi pintado
de preto e ganhou inscrições de apoio ao
Londrina Esporte Clube, patrocinado pela
companhia e cujo apelido é “Tubarão”.
Um terceiro carro recebeu vistosa pintura
alusiva aos 78 anos de Londrina – mesma
idade da Garcia, que nasceu junto
com a cidade.
Finalmente, o apoio da Viação Garcia à
Proposta de Emenda Constitucional nº
37, em defesa do poder investigatório do
Ministério Público e contra a impunidade,
foi registrado por meio de uma mensagem
adesivada em outro ônibus.
Foto
s: D
ivul
gaçã
o
REVISTA ABRATI, SETEMBRO 2013 15
Os 50 novos ônibus do Grupo GarciaFROTA RODOVIÁRIA
37 unidades Carroçaria Irizar i6 Chassi Volvo B 380R
2 unidades Carroçaria Comil Campione HD 4.05 Chassi Volvo B 380R
FROTA METROPOLITANA
10 unidades Carroçaria Caio Apache VIP3 Chassi Volvo B270F com
1 unidade Carroçaria Comil Svelto Chassi Volvo B270F com
Pátio da garagem da Garcia em Londrina. A frota renovada no primeiro semestre foi mostrada à população em carreata no centro e em bairros.
Foto
s: D
ivul
gaçã
o
rotaF
16 REVISTA ABRATI, SETEMBRO 2013
dentidade visualI
Sampaio amplia a frota e adota nova pintura
Com chassi Mercedes-Benz, carroçaria Marcopolo
Paradiso 1200 e nova identidade visual, os novos ônibus
da Sampaio reforçam o conceito tradicional da qualidade dos serviços.
18 REVISTA ABRATI, SETEMBRO 2013
Os 50 anos de existência da Viação Sampaio, do Rio de Janeiro,
foram comemorados com a incorporação de novos ônibus à frota
e com a adoção de novo visual para os ônibus. É uma maneira
de a empresa demonstrar aos seus usuários e colaboradores que
está cada vez mais empenhada em prestar bons serviços.
A Viação Sampaio sempre viveu as
importantes transformações do
Vale do Paraíba nos últimos 50 anos,
desde que seus ônibus passaram a
operar a ligação da cidade do Rio de
Janeiro com o Vale. Ou seja, a transfor-
mação de uma região historicamente
cafeeira em industrial, o crescimento
exponencial das cidades, a mudança
do perfil populacional e a consolidação
da cidade de Aparecida em destino
turístico de fé. “Essas e outras situa-
ções exigiram de nossa empresa
uma constante atualização e a busca
permanente pela melhora constante
dos nossos serviços”, explica Letícia
Pineschi Kitagawa, da Viação Sam-
paio, lembrando que cinco décadas
de experiência trazem, “no mínimo”,
a obrigação de se reinventar.
Na verdade, ela observa, as trans-
formações foram ainda mais profun-
das, já que nesse meio século houve
uma acentuada expansão dos voos
nos aeroportos regionais, um imenso
crescimento da frota de veículos parti-
culares e a sensível melhora na quali-
dade da rodovia Presidente Dutra, que
interliga as cidades do Rio de Janeiro e
Para Letícia Sampaio, as cinco décadas de
experiência da empresa trazem no mínimo
a obrigação de se reinventar.
Júlio
Fer
nand
es
Div
ulga
ção
REVISTA ABRATI, SETEMBRO 2013 19
São Paulo, passando justamente pelo
Vale do Paraíba. A Sampaio, acres-
centa ela, soube acompanhar esse
processo, oferecendo aos clientes as
vantagens decorrentes da utilização
de seus serviços: viagens prazerosas,
seguras e menos estressantes, sem a
tensão de dirigir nos habituais grandes
congestionamentos na chegada ao Rio
e dentro da própria cidade, sem falar
no problema crítico e permanente de
ter que procurar vaga para estacionar
ou então gastar muito dinheiro com
estacionamentos pagos.
“Por todos esses motivos, entende-
mos que nossos 50 anos de atividade
Um dos novos ônibus recebeu pintura na cor vermelha, em comemoração aos 50 anos e em referência à visita do Papa Francisco ao Brasil.
A consolidação da cidade de Aparecida como um dos mais movimentados destinos de fé do
país sempre contou e continua contando com a decidida participação da Sampaio.
dentidade visualIFo
tos:
Div
ulga
ção
20 REVISTA ABRATI, SETEMBRO 2013
mereciam ser comemorados com uma
nova identidade visual que refletisse
as aspirações das comunidades, dos
colaboradores e dos clientes – essa
tríplice parceria responsável pela bem-
-sucedida história da nossa empresa”,
diz Letícia Pineschi Kitagawa.
Apesar da significativa mudança
no visual dos novos ônibus, a Viação
Sampaio acredita que o design e as
cores adotadas remetem o observador
às três características que colocaram
a companhia na liderança da escolha
dos usuários do Vale do Paraíba: qua-
lidade, respeito e compromisso com
os seus clientes.
CRESCENDO COM O VALE
Fundada em 25 de abril de 1963,
desde os seus primeiros tempos a
Viação Sampaio teve sua história pro-
fundamente ligada ao desenvolvimento
daquela vasta região e, de modo espe-
cial, à cidade de Aparecida do Norte,
no lado paulista do Vale do Paraíba. Já
naquela época, Aparecida atraía milha-
res de católicos de todas as partes do
país e até mesmo do exterior. As linhas
da empresa foram sempre interesta-
duais e essa característica viabilizou
sua expansão para muitas cidades
paulistas, entre elas São José dos
Campos e Jacareí. Porém, a relação
com Aparecida sempre foi muito forte,
e o dia 12 de outubro, consagrado a
Nossa Senhora Aparecida, jamais dei-
xou de fazer parte do calendário festivo
anual da transportadora. Por sinal, ano
após ano, sempre foi a data de maior
movimento da empresa.
Com o novo visual adotado nos veículos,
a Sampaio mostra sua disposição de
continuar prestando os melhores serviços.
Há 50 anos a eficiência na ligação das cidades do Vale do Paraíba com a cidade do Rio de Janeiro é um dos diferenciais da Viação Sampaio.
REVISTA ABRATI, SETEMBRO 2013 21
enovaçãoR
Catarinense investe mais R$52 milhões em frota
24 REVISTA ABRATI, SETEMBRO 2013
Agora, a idade média dos ônibus rodoviários operados pela empresa caiu para 2,2 anos – uma
das mais baixas do setor interestadual. Mas não se trata apenas de ônibus novos. São também
os mais modernos disponíveis no mercado. Utilizam motores de baixas emissões (Proconve P7)
e, desta forma, ajudam a proteger o meio ambiente.
Parte da frota da Catarinense recebeu pintura
especial alusiva ao compromisso da companhia
com as operações ambientalmente responsáveis.
Div
ulga
ção
REVISTA ABRATI, SETEMBRO 2013 25
Grande parte dos 110 ônibus
novos adquiridos recentemente
pela Auto Viação Catarinense já está
rodando nas estradas do Paraná,
Santa Catarina e São Paulo. Para le-
var aos passageiros a notícia da nova
aquisição e ressaltar a preocupação
com o meio ambiente (os veículos uti-
lizam combustível S10), a companhia
pintou de verde 80 dos novos carros
e adotou para eles uma identidade
visual diferente.
“Estamos investindo nesta reno-
vação tendo como foco o conforto,
segurança, a modernidade e a redução
das emissões de gases poluentes”,
explicou Marcelo Pierobon, diretor
executivo da Catarinense.
A chegada dos novos ônibus foi
objeto de uma campanha publicitária
veiculada desde julho no Estado de
Santa Catarina. Também nesse caso,
a preocupação foi colocar em relevo o
empenho da companhia em buscar per-
manentemente soluções mais susten-
táveis. A campanha buscou apresentar
algo impactante e lúdico para levar ao
público a mensagem de que ônibus
mais ecológicos estão rodando pelas
estradas da região.
Obviamente, as atenções da Cata-
rinense não se restringiram ao meio
ambiente, mas se estenderam aos
aspectos enumerados por Pierobon
(segurança, modernidade), que podem
ser melhorados ainda mais com os no-
vos carros, e a outros como o conforto
e o conjunto da qualidade dos serviços.
Todos os ônibus têm chassi Volvo 4x2
e carroçaria Marcopolo Paradiso, com
13,20 metros de comprimento. O sa-
lão recebeu 46 poltronas, de modo que
os passageiros dispõem de bastante
espaço e muito conforto.
A Auto Viação Catarinense é consi-
derada a empresa mais antiga do setor
no Brasil. Ou, pelo menos, a primeira
enovaçãoR
Máquinas de autoatendimento à disposição dos passageiros nos terminais e nas salas VIP.
A campanha da Catarinense abordou o tema da responsabilidade ambiental da empresa.
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o
26 REVISTA ABRATI, SETEMBRO 2013
que se registrou como transportadora
rodoviária de passageiros no país,
isso em 1928, na cidade de Blume-
nau, Santa Catarina. Um passeio pela
história da Catarinense revela que sua
preocupação com a qualidade também
é bastante antiga, e por isso mesmo
ela se mantém como referência de
qualidade há várias décadas.
GRUPO JCA
A política de qualidade da Cata-
rinense ganhou impulso ainda maior
a partir de sua aquisição pelo Grupo
JCA, do empresário pioneiro Jelson da
Costa Antunes, em 1985. A sede foi
transferida de Blumenau para Floria-
nópolis, e foram introduzidos diversos
aperfeiçoamentos e novos sistemas
nas áreas de gestão, manutenção,
treinamento e qualificação de pessoal,
especialmente de motoristas. Também
a infraestrutura operacional recebeu
novos cuidados e passou por um
processo de modernização que fez da
operadora uma das mais atualizadas
e eficientes do país.
A frota é um exemplo disso. Mas
há muitos outros, como a ênfase que
a companhia passou a dar ao seu
sistema de venda online de bilhetes
de passagem. Ou, ainda, o cartão de
crédito lançado no início do ano pas-
sado, com excelente receptividade. Ao
aderir, o contratante é automaticamen-
te incluído no Programa Contagiro de
Fidelidade e passa a acumular pontos
sempre que compra uma passagem
no site da Catarinense, para serem
trocados posteriormente por viagens.
A instalação de terminais de autoaten-
dimento em várias rodoviárias foi outra
contribuição para o conforto dos usuá-
rios e a rapidez do atendimento – caso,
também, do sistema de consulta de
horários e disponibilidade de assentos
O visual limpo da frota da Catarinense identifica os mais modernos ônibus em operação atualmente no Brasil.
Marcelo Pierobon, diretor executivo da
Auto Viação Catarinense.
por celular, que inclui ainda informa-
ções sobre a duração das viagens, o
trajeto, a existência de paradas etc.
Atualmente, a Catarinense leva
seus serviços a mais de 200 desti-
nos em Santa Catarina, Paraná e São
Paulo, transportando mais de 450.000
pessoas por mês em suas linhas es-
taduais e interestaduais.
REVISTA ABRATI, SETEMBRO 2013 27
mpresaE
Investir na manutenção em benefício da qualidadePor intermédio do Instituto JCA, a Auto Viação 1001 aposta na capacitação dos colaboradores e na
inserção e qualificação de jovens valores no mercado de trabalho.
Em 2013, a Auto Viação 1001 está
triplicando seus investimentos no
treinamento do setor de manutenção.
O objetivo é manter a tradição de alta
capacitação dos seus colaboradores
da área técnica por meio de cursos es-
pecializados que promovam a qualifica-
ção de lideranças e o desenvolvimento
de competências da equipe em geral.
Há 65 anos os seus constantes in-
vestimentos na frota e na qualificação
da equipe de colaboradores mantêm
a empresa como destaque no cenário
nacional do transporte rodoviário de
passageiros e como exemplo de boa
gestão. Proporcionar viagens confor-
táveis e seguras aos clientes é uma
tradição na 1001.
Até o fim deste ano, 230 colabora-
dores, entre mecânicos, lanterneiros,
pintores, eletricistas e técnicos em re-
frigeração deverão passar pelas trilhas
de treinamentos que comportam cur-
sos de formação técnica progressiva,
desenvolvidos com foco em cada uma
das áreas de atuação desses profis-
sionais. O instrutor técnico da manu-
tenção da Auto Viação 1001, William
Rezende, recorre ao exemplo de uma
universidade para explicar como são
preparados os profissionais. Primeiro,
algumas matérias conceituais de base
são ministradas para diversos cursos
diferentes, pois a formação técnica
também tem uma parte teórica comum
O alto padrão dos serviços da 1001
resulta dos investimentos na frota,
do treinamento de seu pessoal e da
perfeita manutenção dos seus ônibus.
28 REVISTA ABRATI, SETEMBRO 2013
às diversas especialidades. Depois,
num determinado ponto da formação,
cada curso passa a ter suas disciplinas
específicas. É onde entram os cursos
de conteúdo específico e as parcerias
com as montadoras e fornecedores
que proporcionam o conhecimento
exclusivo da tecnologia que oferecem.
Para absorver esse conhecimento, os
profissionais precisam ter tido um en-
sino teórico consistente. “Do contrário,
seria como querer aprender a navegar
sem conhecimentos de cartografia”,
afirma Rezende.
Com base nessa política de treina-
mento, estão programadas até o final
do ano mais de 700 horas de cursos
baseados em temas que abordam
sistemas básicos e avançados de me-
cânica e elétrica, e outros em parceria
com fornecedores na área de motores,
Div
ulga
ção
REVISTA ABRATI, SETEMBRO 2013 29
pintura, ar condicionado e GPS. Além
dos projetos internos de treinamen-
to, a empresa está desenvolvendo
um programa de incentivo aos seus
colaboradores da manutenção para
que façam novos cursos externos de
formação técnica, sendo parte desse
investimento custeada pela empresa.
No ano passado, o Grupo JCA,
do qual a 1001 faz parte, recebeu o
prêmio Boas Práticas no Transporte
Terrestre de Passageiros, da ABRATI e
da ANTP, na categoria Adesão dos Co-
laboradores, pelo seu programa Prata
da Casa, que custeia parte do estudo
universitário dos colaboradores.
PORTAS
Além da preocupação constante
com a evolução técnica da sua equipe
de manutenção, a Auto Viação 1001
busca desenvolver novos profissionais
em várias áreas, de modo a abrir para
eles oportunidades concretas no mer-
cado de trabalho. Todos os anos, a par-
mpresaE
O Instituto JCA forma jovens profissionais que se colocam tanto nas
empresas do grupo como em outras operadoras de transporte.
Na Sala de Treinamento Seu Jelson, os colaboradores da manutenção atualizam e aperfeiçoam seus conhecimentos.
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30 REVISTA ABRATI, SETEMBRO 2013
A Auto Viação 10011.300 ônibus em operação
4 anos de idade média da frota
25 milhões de passageiros transportados por ano
76 mil viagens realizadas por mês
10 milhões de km percorridos por mês
3.900 colaboradores diretos
ceria com o Instituto JCA (instituição
mantida pelo Grupo JCA) forma jovens
profissionais para diversas áreas do
transporte de passageiros. Os que se
destacam durante os cursos são in-
corporados ao quadro de funcionários
da Auto Viação 1001, já preparados
para se tornarem auxiliares. Por esse
caminho, ganham experiência e cursos
de aprimoramento. Mas o trabalho de
formar novos profissionais também
beneficia o setor, pois muitas empre-
sas estão preenchendo com mão de
obra qualificada suas vagas na área
de manutenção.
Desde 2005, mais de 100 ex-alu-
nos do Instituto passaram pelo quadro
funcional da empresa, ou ainda fazem
parte dele. Nesse período, a instituição
já formou mais de 1.000 alunos, que
foram encaminhados a diversas outras
empresas parceiras do programa. Isso
mostra a importância do projeto para
o setor de transportes e para o de-
senvolvimento pessoal e profissional
desses jovens, que geralmente são de
famílias de baixa renda. Só neste ano,
o Instituto JCA recebeu 86 alunos para
o seu projeto Oficina do Ensino.
AMPLIAÇÃO
O trabalho de manter o nível de
excelência da manutenção da 1001
também passa por investimentos na
estrutura física de suas garagens,
dotando-as de equipamentos e do
ambiente ideal para sua equipe. No
centro de manutenção da principal
garagem da empresa, localizada no
Rio de Janeiro, foram gastos recursos
da ordem de R$ 2 milhões. Como re-
sultado, ele se tornou uma referência
em tamanho e qualidade. O objetivo
atual é aumentar a capacidade de
manutenções preventivas, já que a
frota da empresa cresceu mais de
20% nos últimos quatro anos. De 2010
para cá, foram investidos pouco mais
de R$ 300 milhões na aquisição de
novos ônibus.
Para Fabrício Longo, gerente de
manutenção da companhia, os inves-
timentos da empresa mostram sua
preocupação em crescer de forma
sustentável e responsável. “Quando
a empresa compra novos ônibus para
ampliar ou melhorar seus serviços,
imediatamente ela precisa qualificar
sua equipe e sua estrutura com base
nas novas tecnologias, de forma que
esses veículos recebam a manutenção
ideal e isso se reflita no bom atendi-
mento ao passageiro”, afirma.
Como a frota é sempre renovada, a reciclagem dos colaboradores é um processo contínuo.
REVISTA ABRATI, SETEMBRO 2013 31
enovaçãoR
Os novos Top Line da Princesa dos CamposCom investimentos de aproximadamente R$ 17 milhões, a Expresso Princesa dos Campos incorporou
à frota 30 novos ônibus dotados da mais avançada tecnologia embarcada, com uma série de recursos
voltados ao conforto dos passageiros, à segurança e à proteção ambiental.
34 REVISTA ABRATI, SETEMBRO 2013
Div
ulga
ção
REVISTA ABRATI, SETEMBRO 2013 35
O grande destaque entre as novas
aquisições é o ônibus Top Line,
que oferece os serviços leito e executi-
vo em um mesmo piso. São 11 carros,
cada um com 11 poltronas leito na
parte frontal do salão de passageiros,
mais 28 poltronas do tipo executivo.
Além da possibilidade de escolha
entre um dos dois serviços, o passa-
geiro dispõe de lanche e de sinal de
internet (Wi-Fi) a bordo. Se optar pelo
serviço leito, contará com travesseiro
e cobertor.
O Top Line é um veículo mais alto
e, por dispor de mais espaço, propor-
ciona uma noção de amplitude que
torna a viagem ainda mais agradável.
“Queremos que o cliente tenha
uma boa experiência a cada viagem
junto com a Princesa dos Campos, des-
de a entrada em cada um dos nossos
enovaçãoR
A companhia em númerosMatriz Ponta Grossa-PR
ServiçosPassagens, encomendas, fretamento
contínuo e eventual
Garagens 13
Agências (passagens e
encomendas)226
Colaboradores 1.400
Frota passageiros 300 ônibus
Frota encomendas 150 veículos
Linhas100 (interestaduais, intermunicipais,
suburbanas, metropolitanas e urbanas)
Passageiros/mês 900.000
Quilometragem/mês – passageiros 2,5 milhões km
Volumes encomendas/mês 750.000
Quilometragem/mês – encomendas 600.000 km
A frota é monitorada permanentemente por um avançado sistema de telemetria: melhor gestão e maior segurança para os passageiros.
Div
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ção
36 REVISTA ABRATI, SETEMBRO 2013
ônibus. E o Top Line proporciona essa
nova experiência”, diz o diretor presi-
dente da empresa, Florisvaldo Hudinik.
Entre os novos ônibus, 26 têm
chassi Volvo e quatro, chassi Scania.
Todos com motorização em conformi-
dade com a norma Proconve P7 de
controle de emissões (Euro 5). Além
disso, estão equipados com suspen-
são eletrônica inteligente, freios a
disco com ABS, controle de tração
e de descida, câmbio automático e
avançado equipamento de telemetria.
As carroçarias são Marcopolo. Em
todas as poltronas é utilizada espuma
viscoelástica nos apoios de cabeça e
na área lombar. Os cinto de segurança
são do tipo retrátil. Monitores de LED e
ar condicionado inteligente completam
os itens de conforto.
“Tivemos muito cuidado na escolha
da configuração dos veículos, para
proporcionar o máximo de conforto e
segurança aos clientes e aos moto-
ristas”, assinala Florisvaldo Hudinik.
Os novos ônibus estão distribuídos
entre as linhas mais longas, como São
Miguel do Oeste–São Paulo (1.078
km), Barracão–São Paulo (1.024 km)
e, em breve, algumas outras partindo
de Curitiba. A Princesa dos Campos
oferece possibilidades de conexões
para as maiores cidades ao longo do
trajeto dessas linhas, nas regiões Su-
doeste e Centro-Sul do Paraná.
A nova etapa de renovação incluiu
um lote de 12 carros do modelo Marco-
polo Paradiso 1050, com 44 lugares,
destinados às linhas Foz do Iguaçu-
-Cascavel, Foz do Iguaçu-Toledo e Foz
do Iguaçu-Guarapuava. Um terceiro
lote, com sete ônibus Marcopolo do
modelo Paradiso 1200, está sendo
direcionado às linhas entre Curitiba
e Francisco Beltrão. São ônibus mais
altos e estão equipados com 40 pol-
tronas dotadas de descansa-pernas.
Investindo continuamente em modernas tecnologias de ponta
Além de manter uma política de constante renovação de sua frota de
pouco mais de 300 ônibus, a Princesa dos Campos continua investindo
fortemente em tecnologia. Exemplo disso é a utilização de telemetria
no controle de todos os ônibus, trazendo cada vez mais ferramentas
para a gestão das operações da frota. Softwares e hardwares de última
geração possibilitam monitorar os veículos em operação, obtendo-se
com isso uma série de dados: consumo de combustível, qualidade
da condução e variadas informações sobre as condições do veículo.
Tudo isso em tempo real e com total confiabilidade das informações.
Implantado há pouco mais de um ano, o CCO – Centro de Controle
Operacional – da Expresso Princesa dos Campos concentra a inteligên-
cia de planejamento e o controle da operação. A captação dos dados
é feita 24 horas por dia. Eles são processados e transformados em
informações gerenciais que auxiliam a tomada de decisões com maior
rapidez, eficiência e confiabilidade, tendo sempre como referencial a
melhoria contínua na prestação dos serviços.
O moderno sistema utilizado pela equipe do CCO acompanha todas
as etapas da viagem. Durante a operação, é possível visualizar os mais
relevantes aspectos de dirigibilidade, tais como pontualidade, paradas,
velocidade, freadas, acelerações, rotação do motor etc.
Outro exemplo de avanço tecnológico é o moderno sistema de Call
Center da empresa, que otimizou ainda mais o serviço de informações
e de compra de passagens pelo telefone. Para essas operações, basta
discar 0800-42-1000.
A possibilidade da compra de passagens pela internet ganhou o
reforço do check-in eletrônico nas rodoviárias. Foram instalados totens
nos principais terminais e isso está facilitando a vida do cliente e evi-
tando que ele perca tempo em filas.
Div
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ção
REVISTA ABRATI, SETEMBRO 2013 37
Os novos ônibus foram apresentados em carreata pelas principais ruas de Ponta Grossa-PR.
Os modelos Top Line são mais altos e têm um grande conteúdo de tecnologia embarcada.
Felipe Gulin, diretor de
Controladoria, e Florisvaldo
Hudinik, presidente da Expresso
Princesa dos Campos.
Perto de completar 80 anos de
fundação, a Expresso Princesa dos
Campos coloca-se entre as maiores e
mais tradicionais empresas de trans-
porte do Sul do Brasil.
No ano passado, mais de 10,5
milhões de passageiros viajaram a
bordo de seus ônibus. Em média,
foram quase 900.000 passageiros
por mês, o que representa mais de
30.000 a cada dia, distribuídos pelas
100 linhas operadas pela empresa.
São linhas intermunicipais, suburba-
nas, interestaduais, metropolitanas
e urbanas, pelas quais os ônibus da
Princesa dos Campos rodam mais de
30,5 milhões de quilômetros por ano.
Em 2012, a Princesa inaugurou
uma nova fase administrativa. O exe-
cutivo Florisvaldo Hudinik assumiu a
presidência e foram nomeados os no-
vos diretores Alexandre Gulin, no cargo
de Diretor Comercial de Passagens e
Felipe Busnardo Gulin, como Diretor
Técnico Operacional. Eles passaram
a integrar o corpo diretor junto com
Mirian Baron Mussi, Diretora Admi-
nistrativa, e Gilberto Crivelaro, Diretor
Comercial de Encomendas.
Essa ação foi o escopo de uma
estratégia que começou a ser imple-
mentada dois anos atrás com a criação
do Conselho de Administração, forma-
do por representantes dos acionistas
da empresa. Presidido por Jefferson
Rizental Gomes, o Conselho, que tem
caráter consultivo e deliberativo, é
formado por sete conselheiros eleitos
entre acionistas da empresa, não
integrantes da diretoria. Sua missão
principal é representar a vontade dos
acionistas, estabelecendo metas e
políticas de médio e longo prazo e
fiscalizando sua execução.
10,5 milhões de passageiros no ano passado
enovaçãoR
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38 REVISTA ABRATI, SETEMBRO 2013
/expressoguanabara
@ViajeGuanabara
http://blog.expressoguanabara.com.br/
PROPORCIONAR A ALEGRIADOS REENCONTROS É O QUE NOS FAZ
IR EM FRENTE.
Guanabara, interligando o Norte, o Nordeste e o Centro-Oestecom conforto, segurança e a pontualidade de sempre.
SATISFAÇÃO EM TODOS OS SENTIDOS
ransporteT
Em sua fábrica de Curitiba, a Volvo Bus
Latin America já iniciou a produção
dos 200 ônibus híbridos que, a partir
de janeiro de 2014, vão operar no
Sistema Integrado de Transporte
Público da capital da Colômbia.
A venda dos 200 ônibus a duas
operadoras do sistema de BRT
colombiano – conhecido como Trans-
milênio – não teve apenas o significado
de uma grande transação. Na verda-
de, representou o estágio inicial do
desenvolvimento de um novo modelo
de negócio formatado pela Volvo, e
que trouxe pelo menos um aspecto
inédito: a bateria do motor elétrico
não é vendida. A empresa assina com
o cliente um contrato de prestações
Div
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ção
mensais que cobre qualquer reparo e
todas as trocas da bateria até o final
da vida útil do veículo.
“Ao assumir a responsabilidade
pela bateria, garantimos aos nossos
clientes um custo linear, sem ris-
cos e sem surpresas. Além disso,
asseguramos uma destinação final
ambientalmente correta quando a
bateria for substituída por uma nova”,
informa Euclides Castro, gerente de
ônibus urbanos da Volvo Bus Latin
América. Ele acrescenta que a Volvo
também estendeu para os híbridos sua
oferta de planos de manutenção plena
(praticada para seus veículos 100% a
diesel), que incluem desde a troca de
óleo até reparos, disponibilizando ao
mesmo tempo mecânicos, equipamen-
tos e ferramentas para trabalhar na
garagem do cliente. Todo o suporte e
disponibilidade é proporcionado a um
custo fixo equivalente por quilômetro
rodado.
200 híbridos Volvo para o Transmilênio
40 REVISTA ABRATI, SETEMBRO 2013
Para Luiz Carlos Pimenta, a venda para o
Sistema Transmilênio consolida a liderança
da Volvo em eletromobilidade.
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A bateria desenvolvida pela Volvo
para os ônibus híbridos é a mais
avançada do mercado. Com 200 qui-
los, permite que o veículo transporte
a mesma quantidade de passageiros
que os ônibus tipo Padrón (até 90
passageiros).
DOIS MOTORES
O novo modelo de negócio da
Volvo Bus Latin America começou a
tomar forma com o início da produção
de ônibus híbridos na fábrica da mon-
tadora em Curitiba, em junho do ano
passado. A Volvo optou por um veículo
que já vinha sendo produzido e comer-
cializado por sua matriz, na Suécia, e
que foi adaptado e exaustivamente
testado para as condições do Brasil e
da América Latina.
O ônibus é movido por dois moto-
res, um a diesel e outro elétrico, que
funcionam em paralelo ou de forma
independente. O motor elétrico é utili-
zado para arrancar o ônibus e acelerá-
-lo até 20 km/h; o motor diesel entra
em funcionamento em velocidades
mais altas e fica desligado quando o
veículo está parado para embarque e
desembarque. A energia das frenagens
é usada para carregar as baterias do
motor elétrico.
A montadora garante que, ope-
rando nessas condições, o veículo
consome até 35% menos combustível.
Consequentemente, emite 35% menos
CO2. De acordo com a fabricante, em
um ano de operação o ônibus híbrido,
quando comparado ao ônibus Padrón,
deixa de emitir 33 toneladas de CO2.
Além disso, emite 50% menos material
particulado (fumaça) e NOx (óxidos
nocivos à saúde), em relação aos veí-
culos com tecnologia Euro 5. O ônibus
também é mais silencioso.
“Nossos híbridos são a melhor
opção disponível no mercado e esta-
mos preparados para atender qualquer
demanda. Esta venda consolida a
liderança da Volvo em eletromobilidade
não apenas na Europa, mas também
na América Latina, destaca Luiz Carlos
Pimenta, presidente da Volvo Bus Latin
America.
ELETROMOBILIDADE
Os híbridos serão destinados ao
Consórcio Express, que adquiriu 156
veículos, e à GMovil, que comprou
44. O negócio inclui um contrato de
proteção da bateria por 12 anos e um
plano de manutenção de cinco anos.
Eles entram em operação em
Bogotá a partir de janeiro de 2014 e
vão ampliar a abrangência do Siste-
ma Integrado de Transporte Público
da cidade. Uma parte do trajeto será
pelas vias troncais do TransMilênio,
e outra parte será em ruas normais,
onde atual mente não circulam alimen-
tadores. Os ônibus terão portas com
escadas do lado direito, e portas em
nível do lado esquerdo, para permitir
a parada nos terminais de embarque e
desembarque do Transmilênio.
“Com esta aquisição, a cidade de
Bogotá entra definitivamente na era
da eletromobilidade e dá um grande
passo na adoção de um sistema de
transporte urbano sustentável, tanto
do ponto de vista econômico quanto
do ponto de vista ambiental”, afirma
Luiz Carlos Pimenta.
O chassi Volvo
para o ônibus híbrido
é produzido na
fábrica da montadora
em Curitiba.
REVISTA ABRATI, SETEMBRO 2013 41
ntigosA
ClassicBus traz de volta os anos douradosTendo como principal objetivo resgatar a história e a memória do transporte por ônibus na Região
Sul do Brasil, o II Clube do Ônibus Antigo Brasileiro realizou, de 16 a 18 de agosto, na cidade de Novo
Hamburgo-RS, a quarta edição da mostra ClassicBus.
Com o mote “De volta aos anos
dourados”, a exposição apresen-
tou 35 ônibus antigos, entre eles uma
jardineira montada a partir de um mo-
delo Ford-A, produzido em 1928. Para
estabelecer um contraste, também
estavam expostos um rodoviário Irizar
PB, um ônibus Marcopolo Senior, um
micro-ônibus Hércules e um chassi
Agrale para ônibus. Completando uma
ampla visão do assunto, foi montada
uma mostra fotográfica com imagens
de veículos de décadas passadas, de
modo a dar aos visitantes a noção exa-
ta do que foi a evolução do transporte
rodoviário de passageiros desde o tem-
po dos pioneiros até os dias de hoje.
E, por fim, para reforçar o conceito de
modernidade dos produtos de hoje, foi
incluída uma linha de painéis digitais
e sistemas de tecnologia embarcada
Vista geral do recinto da exposição. Em primeiro plano, carroçaria Eliziário modelo Bicampeão, montada sobre chassi Scania B75 (1965).
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44 REVISTA ABRATI, SETEMBRO 2013
para ônibus, caminhões e finalidades
industriais.
Mais do que nas edições ante-
riores, o evento também serviu para
destacar que muitas das principais
encarroçadoras brasileiras surgiram no
Estado do Rio Grande do Sul. Estão ou
estiveram neste caso encarroçadoras
como Eliziário, Altari, Catelli & Henne-
mann, Ott, Furcare/Nimbus, Grassi, Ni-
cola, Incasel, Metac, Poletti e Asirma.
No caso da mostra fotográfica, foi
apresentada grande quantidade de fo-
tos inéditas cedidas por empresas de
ônibus e familiares de ex-empresários
do setor (transportadoras e encarroça-
doras), como, por exemplo, a famÍlia
de Eliziário Goulart, das Carrocerias
Eliziário (400 fotos inéditas), Família
Ott, das Carrocerias Ott (230 fotos),
empresas Sogil, Hélios, Planalto, Une-
sul e Princesa dos Campos.
A ClassicBus foi apresentada junta-
mente com a Expoclassic, tradicional
encontro de automóveis antigos. Jun-
tas, ambas formam, provavelmente, o
maior encontro de veículos antigos de
países do Mercosul. A primeira edição
da ClassicBus foi realizada em 2010.
O II Clube do Ônibus Antigo é
dirigido pelos historiadores e empre-
sários Marcos Jeremias e Salomão
Golandski. Ao final da mostra, ambos
comemoraram o sucesso da realização
e a receptividade encontrada junto aos
empresários do setor.
Segundo Marcos Jeremias, a expo-
sição vem inclusive motivando alguns
empresários a restaurar veículos de
sua propriedade que estavam deposi-
tados há anos em algum canto isolado
de suas garagens.
“Hoje estamos no Rio Grande do
Sul com 12 Ônibus em processo de
restauração para breve serem apre-
sentados no evento junto aos demais
associados”, informou.
Jardineira toda aberta montada sobre chassi Ford Bigode (1927).
Jardineira toda aberta montada sobre chassi Chevrolet Gigante (1932).
Rosalino Piason, fundador das encarroçadoras Piason e Incasel, de Erechim, à frente de um
estranho veículo misto montado sobre chassi Mercedes-Benz pela Eliziário para a Hélios.
REVISTA ABRATI, SETEMBRO 2013 45
ntigosA
Ônibus Catelli & Hennemann Limousine, chassi Ford F5 (1946).
Veículo Ott micro-ônibus montado sobre chassi Chevrolet 6.500 (1961).
Pilares Lotação (“Mercedinho”), chassi Mercedes-Benz LP-312 (1957).
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46 REVISTA ABRATI, SETEMBRO 2013
Jardineira Grassi montada sobre chassi Chevrolet 3.100, conhecido como Sapão (1951).
Micro-ônibus Eliziário, sobre chassi Chevrolet 6.500 (1961).
Ônibus GMC Coach PD-4103 com a famosa marca do galgo da empresa
norte-americana Greyhound(1949).
Ônibus importado GMC Coach PD-4104 (1953). Revolucionou o
transporte de passageiros e a produção de carroçarias no Brasil.
Salomao Jacob, vice-presidente, e Marcos Jeremias, presidente
do II Clube do Ônibus Antigo, organizadores da ClassicBus.
REVISTA ABRATI, SETEMBRO 2013 47
O Flecha Azul está de volta às estradas
Ainda que por tempo limitado, o clássico ônibus Flecha Azul, da Viação Cometa, que tanto sucesso
fez entre os passageiros nas décadas de 1960 a 1990, está circulando novamente em estradas
brasileiras. E não é só isso: os apreciadores de ônibus antigos estão tendo a oportunidade de
participar de um concurso que vai premiar as melhores histórias sobre ônibus e viagens.
O Flecha Azul restaurado: revestimento em duralumínio, cores originais e teto da cabine mais baixo, como era nos velhos tempos.
emóriaMD
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48 REVISTA ABRATI, SETEMBRO 2013
M as será por pouco tempo. O
famoso veículo está fazendo
somente 65 viagens, com as quais a
Cometa comemora os 65 anos de sua
fundação. E o Flecha Azul em questão
é um modelo que foi totalmente res-
taurado e customizado, tendo recebido
alguns itens que, ao ser fabricado, em
1999, ou ainda eram pouco utilizados
(a tecnologia dos vidros colados, por
exemplo), ou sequer haviam sido inven-
tados, como é o caso das lanternas
em LED.
Neste seu retorno, e ainda antes
de realizar sua primeira viagem, no
dia 24 de agosto, entre São Paulo e
Belo Horizonte, o ônibus esteve em
exposição na área de desembarque do
Terminal Tietê, em São Paulo, onde foi
objeto de muita curiosidade.
As 65 viagens serão completadas
até outubro e incluirão cidades como
Rio de Janeiro, Curitiba, Campinas, So-
rocaba, São José do Rio Preto e Poços
de Caldas. Para fazer uma ou mais des-
sas viagens, os interessados fazem a
compra dos bilhetes de passagem pelo
hotsite www.cometa65anos.com.br,
depois de consultar, ali mesmo, os iti-
nerários disponíveis. Em cada viagem
é sorteada entre os passageiros uma
miniatura de ônibus.
Outro detalhe é que o ritual de cada
uma das viagens inclui a recepção do
passageiro à porta do ônibus por um
motorista vestido com trajes de época.
Para o presidente da Cometa, Carlos
Otávio Antunes, trata-se de uma es-
pécie de última chance: experimentar
uma viagem rodoviária que junta o
melhor de antigamente com o que há
de mais moderno.
CONCURSO
Passageiros saudosos, busólogos
e aficionados por ônibus antigos tam-
bém puderam satisfazer sua curiosi-
Da esquerda para a direita, Alexandre Antunes, Carlos Otávio Antunes e Marcelo Antunes,
diretores da holding JCA, no evento comemorativo de 65 anos da Cometa, em São Paulo.
A Mercedes-Benz e a Scania homenagearam a Viação Cometa pelos seus 65 anos. Na foto, o
presidente da Cometa, Carlos Otávio Antunes, ladeado por Aguinaldo Mariano, da Mercedes-
Benz, e por Wilson Pereira, da Scania.
As poltronas continuam sendo vermelhas. O couro agora é sintético.
Foto
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REVISTA ABRATI, SETEMBRO 2013 49
No ônibus restaurado, a identificação lateral LXV (65) é referência aos 65 anos da Cometa.
Na customização, as janelas passaram a ter vidros colados, no mesmo formato de antes.
dade na página da Viação Cometa no
facebook (endereço www.facebook.
com/viacaocometaoficial). Além de
curtir a página, os interessados pude-
ram escrever no hotsite uma história
sobre a Cometa, já sabendo que as
melhores histórias seriam premiadas
com passagens para a viagem número
65, com direito a almoço especial.
Ao lado dos modelos GM Coach PD
4104 (importado e aqui apelidado de
Morubixaba) e Dinossauro (fabricado
pela encarroçadora Ciferal, do Rio de
Janeiro, sobre chassi brasileiro da
Scania), o Flecha Azul tornou-se um
dos ônibus mais requisitados em todos
os tempos pelos passageiros da Via-
ção Cometa. Nos seus últimos anos o
emóriaMFo
tos:
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ção
50 REVISTA ABRATI, SETEMBRO 2013
Antes de iniciar as viagens especiais o ônibus foi exposto no Terminal Tietê, em São Paulo.
A carroçaria em duralumínio era um acabamento sistematicamente exigido pela Cometa.
Nos velhos tempos, nem os motoristas teriam sonhado com uma cabine igual a esta.
Flecha tornou-se um produto fabricado
“em casa”, isto é, saía das linhas de
montagem da encarroçadora CMA –
Companhia Manufatureira Auxiliar –,
criada pela própria Cometa em 1983.
Suas instalações ficavam em São Pau-
lo e ela utilizava chassis Scania para
fabricar ônibus rodoviários e urbanos
exclusivamente para sua controladora.
CUSTOMIZAÇÃO
O ônibus Flecha Azul que está sen-
do utilizado nas comemorações dos 65
anos da Viação Cometa foi o último a
ser produzido pela CMA, em 1999, e
rodou até 2003. A CMA encerrou suas
atividades.
O processo de restauração e cus-
tomização durou quase um ano. Foram
mantidas as características típicas
dos ônibus originais, que por sua vez
adotavam o desenho de antigos ônibus
norte-americanos, caracterizado por
uma depressão (parecida a um degrau)
sobre a cabine do veículo. Também foi
mantida a carroçaria de duralumínio,
muito importante na época em que o
ônibus foi criado, por ser um material
resistente e leve, de modo a poupar
motor, freios e pneus.
Além dos vidros colados e das
lanternas em LED, o exemplar único
preparado para as 65 viagens co-
memorativas está equipado com ar
condicionado Thermo King e o salão
recebeu revestimento moderno. A
parte externa tem pintura metalizada
(nos tons originais) e, na traseira, foi
instalado o antigo emblema da Cometa
que mostra um cometa colorido ilumi-
nado internamente em LED. A carro-
çaria foi montada sobre chassi Scania
K113CL. A nomenclatura do motor é
dsc133b01, e a do câmbio, G777.
Após as comemorações, o Flecha
Azul será incorporado ao acervo histó-
rico da Viação Cometa.
REVISTA ABRATI, SETEMBRO 2013 51
rodutoP
A boa aceitação do Versatile GoldDe acordo com dados fornecidos pela Comil, nas três primeiras semanas seguintes à apresentação
do novo ônibus na Transpúblico 2013 foram comercializadas mais de 70 unidades do Versatile Gold.
52 REVISTA ABRATI, SETEMBRO 2013
A Comil considera bastante expressi-
va a procura pelo ônibus Versatile
Gold no mercado. Segundo o diretor
comercial da encarroçadora, Dario
Ferreira, as vendas feitas até aqui se
devem a vários fatores:
“Entre os fatores estão a presença
de destaque da companhia junto ao
segmento de fretamento, a expertise
em trabalhar a venda de varejo e o
conhecimento das diversas demandas
de mercado, as quais possibilitam
trabalhar um projeto ajustado às reais
necessidades dos clientes. Também
contribuem para o resultado as me-
lhorias e as novidades projetadas pela
engenharia, entre elas o design do
modelo, que atingiu em cheio o gosto
dos clientes”, acredita o executivo.
A fabricação do novo modelo deve
ser iniciada em setembro, com entrega
das primeiras unidades em outubro.
Enquanto isso, a encarroçadora pre-
vê um horizonte ainda melhor para
o Versatile Gold, não somente pelo
andamento das vendas de varejo até
agora, mas por possíveis negócios
com frotistas. Uma venda nessas
condições estaria em vias de ser
concretizada e envolve “uma grande
empresa que atua nas regiões Norte
e Nordeste”, cujo nome a fabricante
não antecipa. Já as vendas do tipo
varejo ocorreram em diversos estados,
como Amazonas, Bahia, Cea rá, São
Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais,
Pernambuco e Paraná.
A Comil informa que as três unida-
des do Versatile Gold produzidas até
agora especificamente para divulgação
do produto no mercado nacional, já
estão rodando nas principais praças
do país.
A partir de setembro haverá de-
monstrações do modelo em países
da América Latina, graças a uma par-
ceria com a Volvo. As ações começam
Até agora, foram feitas principalmente
vendas de varejo. A encarroçadora confia
no resultado de negociações em curso com frotistas.
REVISTA ABRATI, SETEMBRO 2013 53
pelo Chile, onde a encarroçadora se
integrará à Caravana Volvo, levando,
além do Versatile Gold, outros modelos
de sua linha, todos montados sobre
chassi Volvo.
rodutoP
Outra parceria – esta com a Volvo
Buses México – resultou na apresen-
tação, em julho, do Campione DD em
evento na capital mexicana. No mo-
mento, o ônibus está sendo testado
por grandes companhias mexicanas
de turismo rodoviário, como IAMSA,
Senda, ADO e Estrella Blanca. O chassi
fornecido pela Volvo para esse veículo
é o B13R, com 500 cv de potência.
FRETAMENTO
O Versatile Gold traz conceitos
avançados em metodologia de projeto
e construção de carroçarias. Seus
projetistas buscaram um perfeito ca-
samento entre design e componentes
funcionais, o que resulta em conforto
para o passageiro e o condutor.
Voltado aos segmentos de freta-
mento, receptivo e rodoviário de curtas
e médias distâncias, o veículo apresen-
ta curvaturas externas acentuadas, o
que produz um efeito de “afinamento”
frontal e transfere para as laterais
a continuidade das linhas de estilo,
maximizando, ao mesmo tempo, seu
efeito aerodinâmico.
Em setembro, cinco modernos ônibus da linha
Comil estão se juntando à Caravana Volvo no Chile.
Foto
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O Campione DD foi apresentado no México e está sendo testado por empresas mexicanas.
54 REVISTA ABRATI, SETEMBRO 2013
Com entrega total até o fim de setembro, a Comil
está fornecendo mais 204 veículos ao Governo Federal.
São ônibus adaptados que vão atender a programas do
Ministério da Justiça, da Força Nacional de Segurança e
do Exército Brasileiro. A empresa gaúcha também ven-
ceu licitações para fornecer sete veículos à Polícia Civil
e aos serviços penitenciários do Rio de Janeiro. Na lista
das vendas ao Exército estão 108 unidades do modelo
Svelto montadas sobre chassis Mercedes-Benz OF 1730.
Completam o lote 21 Svelto Midi urbanos montados
sobre chassis Mercedes-Benz OF 1418, para transporte
convencional.
Para o Ministério da Justiça estão sendo produzidas
69 viaturas especiais, incluindo 29 unidades do micro
Piá equipadas com chassis Mercedes-Benz LO 916. O
Ministério também encomendou, via licitação, 36 unida-
des de Delegacias Móveis (Delmov), destinadas à sua
Mais 204 veículos para o Governo Federal
Ônibus Svelto/Mercedes-Benz destinado ao Exercito.
Secretaria Extraordinária de Segurança de Grandes Even-
tos. Vão operar no monitoramento e controle de todos os
estádios brasileiros da Copa do Mundo, no próximo ano.
A intercambialidade de peças com
outros modelos recentes da Comil é
outro destaque no modelo, pois favo-
rece a praticidade e o custo baixo da
manutenção.
Já o amplo ambiente interno conta
com iluminação por lâmpadas de LED,
boa acústica, saí das de ar direcionais,
porta-pacotes e porta-copos. Conforme
a opção do cliente, o modelo também
pode ter ar condicionado.
“Confiamos muito neste projeto. As
versões já lançadas do novo Versatile,
o Gold e o Standard, complementam
nossa linha de veículos para fretamen-
to. Podemos atender o mercado em
suas mais diferentes necessidades,
desde veículos simples como um
micro-ônibus rodoviário para fretamen-
to, até o nível mais sofisticado, para o
turismo de luxo, que servimos com os
nossos Campione DD e o Campione
HD”, explica Dario Ferreira. A Comil também aposta no Doppio BRT para os sistemas urbanos das grandes cidades.
REVISTA ABRATI, SETEMBRO 2013 55
Na educação ambiental, a cor da cidadaniaEm Curitiba, a Casa Verde (ou melhor: o Centro Volvo Ambiental) contribui para a conscientização
ecológica das pessoas e ajuda a comunidade do entorno a conquistar qualidade de vida. E faz
isso por meio de projetos que captam recursos provenientes de incentivos fiscais.
eio ambienteM
56 REVISTA ABRATI, SETEMBRO 2013
No distante ano de 1938, ao
erguerem sua casa na velha es-
trada de Campo Largo, na cidade de
Curitiba, José Cruzeta e sua esposa
Lívia não poderiam imaginar que um
dia a construção ganharia nome e
se transformaria em um importante
centro de conscientização ambiental
e integração social, mantido por uma
multinacional sueca e por seus fun-
cionários, com o apoio dos incentivos
fiscais do Governo Federal para proje-
tos culturais.
Hoje, a antiga moradia do casal
Cruzeta, agora chamada Casa Verde,
é a sede do Centro Volvo Ambiental,
um espaço voltado a projetos culturais,
ao lazer e à pesquisa, com foco na
conservação ambiental e na preserva-
ção da cultura, tendo como principais
finalidades o desenvolvimento de uma
consciência ecológica e o despertar da
cidadania.
Com a missão de utilizar esse
espaço em função da melhoria social,
cultural e ambiental da sociedade,
o Centro Volvo Ambiental pretende
ser, cada vez mais, um exemplo em
educação ambiental e preservação da
natureza.
“O Centro é uma excelente op-
ção para atividades de contato das
crianças com a natureza. Aqui elas se
divertem aprendendo a importância de
cuidar do meio ambiente, em um lugar
seguro e que conta com monitores es-
pecializados”, constata a pedagoga Eri-
ca Vanessa Martins, da escola “CMEI
Nice Braga”, que este ano já levou 12
turmas – mais de 200 alunos – para
conhecer o lugar.
Como Erica Vanessa, educadores
de todas escolas da capital do Para-
ná podem inscrever turmas para as
diversas atividades destinadas a es-
tudantes de diferentes faixas etárias.
O Centro Volvo Ambiental fica em
meio a um bosque de remanescentes
da Mata com Araucária, hoje um tipo
raro de floresta. Os pinheiros ocupam
a parte mais alta do lugar.
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Na Casa Verde, informação ambiental e diversão para as crianças durante as visitas agendadas pelas escolas.
REVISTA ABRATI, SETEMBRO 2013 57
A CASA VERDE
Localizada no bairro Augusta,
região colonizada por imigrantes po-
loneses e italianos, a casa abrigava o
casal Cruzeta e também um comércio.
O imóvel é de esquina e está situado
bem junto a uma área de mata preser-
vada de propriedade da Volvo do Brasil.
Usar a casa como sede do Centro Vol-
vo Ambiental foi a forma de aproveitar
a edificação – hoje tombada como
Patrimônio Histórico – como parte dos
programas institucionais da empresa
com foco na educação ambiental.
O projeto de restauração da Casa
Verde buscou conservar as característi-
cas originais da edificação prevalecen-
tes nos anos 1930, quando os bairros
mais afastados do centro de Curitiba
eram habitados por colonos que se
dedicavam à agricultura. Imensos
parreirais dominavam a paisagem, e o
pequeno comércio da família Cruzeta
também chegou a ser um ponto de
encontro e relacionamentos, funcio-
nando como mercearia e restaurante
e contando também com uma cancha
de bocha para o lazer da vizinhança.
Esse espírito de convivência comu-
nitária continua vivo no lugar, diaria-
mente ocupado por grupos de apren-
dizes de diversas faixas etárias, na
sua maior parte moradores da região.
Há cursos permanentes de infor-
mática, teatro, cabeleireiro, corte e
costura/facção, artesanato e desenho.
Os programas de visitas têm sempre
foco em educação ambiental.
A Casa Verde é a sede do Centro Volvo Ambiental.
Três trilhas no bosque possibilitam o contato direto dos visitantes com a flora e a fauna.
Foto
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58 REVISTA ABRATI, SETEMBRO 2013
NOVAS OPORTUNIDADES
Rita Lopes da Silva, 53 anos, faz
seu primeiro curso corte e costura no
atelier mantido pela Associação Viking
dos Funcionários Volvo. “Eu trabalhava
como doméstica. Minha patroa não
quis me liberar para fazer o curso,
então eu deixei o emprego. Quero
aprender a costurar para trabalhar
por conta própria, costurando para
outras pessoas ou para indústrias de
confecção”, conta.
Morador do bairro vizinho de São
José, o estudante Lucas, 14 anos, cos-
tuma caminhar até a Casa Verde para
participar, duas vezes por semana, da
escolinha de teatro. Ele é um dos cerca
de 20 atores que apresentam peças
e intervenções para os estudantes e
outros visitantes, com temas voltados
à preservação da natureza.
“Antes de fazer o curso eu tinha difi-
culdade para falar até mesmo para um
pequeno grupo de pessoas”, lembra.
Agora ele diz que o problema não
existe mais – ao contrário, até pensa
em seguir carreira como ator.
Igualmente entusiasmadas são as
amigas Nariele e Jaqueline, ambas
com 13 anos, que também participam
da escola de atores e se divertem
aprendendo teatro e ensinando outras
pessoas a cuidar da natureza. “É bom
rir, fazer rir e se divertir ajudando a
ensinar”, diz Jaqueline. Elas fazem os
papéis de “água” e “rio”, respectiva-
mente, e estão sempre juntas, mesmo
quando fora de cena.
Na escolinha de informática, Caroli-
ne Monteiro, 15 anos, está terminando
um curso básico para em seguida
começar outro, mais avançado, que
pretende concluir neste segundo se-
mestre, quando completa 16 anos. Aí
então poderá tirar sua primeira carteira
de trabalho para ingressar no programa
“Menor Aprendiz”. Quer trabalhar para
ter renda própria e ajudar em casa.
Pela manhã, Caroline cuida dos irmãos
menores. O curso de informática é
feito à tarde, e à noite ela frequenta
a escola. “Logo terei meu trabalho e
meu dinheiro para ajudar em casa e
fazer minhas coisas”, planeja.
INCENTIVOS FISCAIS
Todo espaço do projeto está equi-
pado para estimular o conhecimento,
o bem-estar e a conscientização
ambiental. O bosque é um espaço
perfeito para aplicação de atividades
e aprendizado ambiental.
Na Casa Verde há uma exposição
permanente sobre o bioma “Mata com
Araucária”, que pode ser conferido
na prática percorrendo-se três trilhas
ecológicas pelo interior da mata. Ao
longo das trilhas há dezenas de placas
e painéis com dados e informações
a respeito do ecossistema visitado,
suas plantas, animais e curiosida-
des. As trilhas são frequentadas por
estudantes, pesquisadores, grupos
de escoteiros, funcionários da Volvo
Marilene Kulcheski é gestora do Centro
Volvo Ambiental.
A pedagoga Erica Vanessa Martins leva
grupos de crianças para visitas ao Centro.
Rita Lopes da Silva em seu primeiro curso
de corte e costura.
Lucas, aluno da escolinha de teatro:
superando as inibições.
REVISTA ABRATI, SETEMBRO 2013 59
e seus dependentes, além de outros
convidados da Associação Viking dos
funcionários da Volvo do Brasil.
“Esse contato direto estimula uma
nova percepção da natureza e, acima
de tudo, sensibiliza os visitantes para
a causa ambiental” – afirma Marilene
Kulcheski, gestora do Centro Volvo Am-
biental. – “Temos atividades envolven-
do crianças, adolescentes e adultos
e, por meio da educação ambiental
e da formação profissional, nos rela-
cionamos com a comunidade aqui do
entorno e também com a cidade toda.”
É um exemplo que pode ser se-
guido. A implantação do Centro Volvo
Ambiental foi viabilizada pela Lei
Federal de Incentivo à Cultura, sendo
a Associação Viking a proponente
e a Volvo do Brasil a patrocinadora.
Os projetos culturais são elaborados
pela Associação de forma a serem
beneficiados com incentivos fiscais
oriundos de parte dos impostos da
própria Volvo. Para saber mais sobre o
Centro Volvo Ambiental acesse http://
www.volvo.com.br/cva/index.html
Aqui as pequenas alunas dominam rapidamente os segredos da informática.
Caroline Monteiro, também aluna da informática, já em uma faixa de idade mais acima.
Jaqueline e Nariele, alunas de teatro.Os interessados em música encontram espaço apropriado para exercícios e aprendizado.
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60 REVISTA ABRATI, SETEMBRO 2013
piniãoO
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Deoclécio Corradi
Presidente do Conselho de Administração
da Comil
Dentro de uma trajetória empresa-
rial não podemos considerar que
pouco mais de 25 anos seja uma idade
avançada para qualquer empresa. Com
27 anos de idade, a Comil é extrema-
mente jovem, porém consideramos
que neste tempo atingimos um nível
de maturidade e desenvolvimento
que nos coloca em destaque dentro
do segmento.
Esse destaque não está, ainda,
associado a grandes volumes produti-
vos e sim ao portfólio ofertado e, prin-
cipalmente, à qualidade dos produtos
e serviços. A Comil entende que estas
são questões básicas para que possa
ambicionar uma maior fatia dentro
deste mercado altamente competitivo.
Outra questão importante é que o
universo do ônibus é constituído de vá-
rios outros mundos menores e dentro
destes mundos existem ainda outras
segmentações importantes de serem
entendidas. Um produto dito rodoviá-
rio, por exemplo, pode estar aplicado
no transporte interestadual de passa-
geiros, em turismo ou no transporte
de funcionários de empresas. Cada
uma dessas aplicações corresponde
a diferentes necessidades, tanto para
o frotista quanto para o usuário. A
Comil acredita que entender profun-
damente esta dinâmica é fundamental
para atender seu cliente de maneira
integral, tanto no que diz respeito a
desenvolvimento de produto, quanto
ao dimensionamento do pacote de
serviços ofertados.
O país vive um momento que,
ainda que difícil, apresenta algumas
essa boa onda. O lançamento dos
Campione DD e HD no ano de 2012,
produtos altamente demandados pelo
mercado externo, veio no momento
certo. Tratam-se de produtos de ampla
aplicação em importantes mercados
da América Latina e já estão impulsio-
nando nossos números de exportação
para os maiores patamares históricos.
Além disso, mercados como o africano
e o do Oriente Médio devem voltar
a demandar produtos fabricados no
Brasil. Esses mercados jamais tiveram
dúvidas sobre a qualidade do produto
brasileiro, porém a oferta de produtos
asiáticos a preços surreais tirou o
Brasil do jogo durante quase dez anos.
Todo este processo de entendi-
mento do mercado e amadurecimento
corporativo desembocou no chamado
Projeto Lorena. Até o final deste ano,
estaremos colocando à disposição do
mercado a mais moderna fábrica de
ônibus da América Latina. Trata-se de
uma planta que traz para o segmento
do ônibus conceitos da indústria auto-
motiva que, até então, eram considera-
dos inaplicáveis a este novo universo,
em função da constante demanda por
customizações. A nova unidade será
especializada na produção de ônibus
urbanos e carrega consigo a missão
de entregar ao mercado brasileiro
soluções inteligentes, competitivas e
com altíssima qualidade.
A Comil está absolutamente con-
vencida de sua estratégia e você está
convidado para acompanhar e partici-
par da construção deste novo capítulo
da história do ônibus no Brasil.
A Comil acredita que entender profundamente
esta dinâmica é fundamental para
atender seu cliente de maneira integral, tanto no que diz respeito a desenvolvimento do produto, quanto ao dimensionamento
do pacote de serviços ofertados.
oportunidades bem interessantes.
A taxa do dólar voltando a níveis de
2005 devolve a competitividade na
exportação de nossos produtos para
diversos mercados, e a Comil jamais
esteve tão preparada para aproveitar
Passos consistentes rumo ao amanhã
62 REVISTA ABRATI, SETEMBRO 2013