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Revista Eletrônica, feita por Pietro Bernardi, Fabio Fernandes, Bruno Astolfi, Eberval Gadelha, Pedro Henrique
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Carta ao leitor
Ao leitor,
Paraty é um lugar bonito de se visitar, lá você encontrará uma natureza
nativa e preservada. Onde casarões antigos fazem parte do comércio, hotéis
e pousadas. Além de inúmeras igrejas com arquiteturas históricas e
maçônicas.
Nesta cidade há uma mescla do “antigo” com o “novo”, estamos falando
nesse ultimo caso das usinas nucleares de Angra dos Reis. Nestas ultimas,
encontramos uma magnífica estrutura e tecnologia de ponta, onde é
possível gerar energia para quase metade do estado do Rio de Janeiro.
Porém esta viagem não foi apenas histórica e cultural, mas sim constituída,
também de muitos divertimentos e emoções. Amigos puderam relembrar
fatos acontecidos no Colégio São Luís, como também fazer novas
amizades.
Precisamos finalizar as linhas dessa leitura, porém não finalizaremos, com
certeza, as amizades e lembranças de nossos colegas, professores e
orientadores desse colégio.
O Saco do Mamanguá está localizado no município de Paraty, no estado
do Rio de Janeiro e é o único fiorde tropical da costa brasileira. É uma
entrada de mar que se estende por oito quilômetros. O Saco do Mamanguá
está dentro da reserva ecológica da Seratininga da área de proteção
ambiental Cairucu. Para chegar até o local, é preciso utilizar transporte de
barcos.
A maioria da população local é constituída de pescadores e artesãos. As
principais atividades econômicas exercidas pela população são: pesca,
artesanato e turismo (educacional).
A vegetação é rica em bromélias, orquídeas e uma parte da região são
compostas pelo manguezal. A fauna é constituída por pássaros de diversas
espécies, peixes, estrelas-do-mar, siris e caranguejos. A paisagem do Saco
do Mamanguá é muito privilegiada, é uma região preservada, e como fatos,
possui diferentes espécies de animais, diversos tipos de plantas e a água do
mar é bem limpa.
Descobrimos algumas informações de moradores locais que nos
contaram que nem sempre tem energia elétrica e que viver perto de uma
usina nuclear não traz vantagens, e sim desvantagens.
O Saco do Mamanguá é um lugar muito bonito, interessante e
agradável, que deve ser preservado para as gerações futuras.
Era um dia ensolarado e calmo no Saco do Mamanguá. Um dia como
qualquer outro. Antônio de Carlos, um artesão de 45 anos, sem
escolaridade, católico, casado e com três filhos, em um clima bem
descontraído, nos fala um pouco sobre sua vida.
Colégio São Luís: O que faz para ganhar a vida?
Antônio de Carlos: Trabalho como um artesão, e faço muitas coisas com
madeira, principalmente barcos que eu entalho com faca.
CSL: Quais as principais dificuldades vividas pela população local?
AC: Aqui falta energia elétrica, e é distante da cidade de Paraty.
CSL: Já pensou em deixar o Saco do Mamanguá para “tentar a sorte”
em outro local? Por quê?
AC: Sim, porque aqui a vida é extremamente trabalhosa, especialmente
para nós que somos pescadores ou artesãos. Porém, não há para onde ir.
CSL: O meio ambiente local é preservado? Você observa alguma ação
do governo para garantir essa preservação? Exemplifique.
AC: Sim. E o governo toma medidas para manter a preservação, como a
proibição da pesca do camarão nessas águas.
CSL: O que você pensa sobre viver tão perto de uma usina nuclear?
Cite vantagens e desvantagens.
AC: Não gosto, não vejo vantagens, e a população está sempre muito
apreensiva por causa disso.
Paraty foi fundada por volta de 1600. O primeiro povoado ficava no outro
lado do rio, onde se ergueu uma igreja a São Roque. Por volta de 1640 os
índios que viviam onde hoje é Paraty foram expulsos e a cidade se mudou
para o lugar atual. Mas agora com a nova padroeira: Nossa Senhora dos
Remédios.
Paraty ganhou importância no século XIX porque servia de porto que
levava o ouro de Minas Gerais para Portugal. Durante esta época de
riqueza, vários sobrados começaram a ser construídos e Paraty se tornara o
segundo porto mais importante do Brasil.
Quando o ciclo do ouro terminou, Paraty passou a se dedicar à produção de
cachaça. Depois da cachaça, o porto de Paraty foi usado para embarcar,
diretamente para Portugal, o café vindo do Vale do Paraíba.
Após a abolição da escravatura, em 1888, Paraty foi esquecida.
Em 1954 foi aberta uma estrada que ligava Paraty ao interior, pelo Vale do
Paraíba. Mas só na década de 70, a cidade se recuperou. A rodovia Rio-
Santos ligou Paraty aos dois maiores centros do país. E, desde então, a
cidade viu surgir um ciclo de turismo que dura até os dias de hoje.
A presença da maçonaria na
arquitetura e na sociedade
A maçonaria surgiu na idade média como uma organização secreta, na
época em que a Igreja proibia reuniões que pudessem questionar o seu
domínio. Buscava-se a verdade através da razão e da ciência, ao invés de
apenas pela fé. A maçonaria teve marcante participação na vida de Paraty.
A loja maçônica “União e Beleza”, fundada em 1823, influenciou a
urbanização, arquitetura e administração da vila.
A figura em anexo mostra uma típica casa de dois andares que tinham
suas fachadas com dimensões padronizadas e pintura de portas e janelas
nas cores azul e branca, o chamado azul-hortênsia da maçonaria simbólica.
Outro exemplo é a proporção dos vãos entre as janelas, em que o segundo
espaço é o dobro do primeiro, e o terceiro é a soma dos dois anteriores, ou
seja, a soma das partes é igual ao todo (A+B=C), que se resume no
retângulo áureo de concepção maçônica. Dois pórticos decorados com
símbolos e alegorias maçônicas nas fachadas das casas indicavam que ali
morava um maçom.
Os 33 graus da filosofia maçônica influenciaram as plantas das casas
(desenhadas na escala 1:33), os 33 quarteirões da vila e assim como os 33
cargos de ficais da administração. Nos cruzamentos de algumas ruas
encontra-se a representação do triângulo maçônico pelos três cunhais de
pedra (falta o quarto) nos cantos das esquinas.
Os átomos em Paraty
Elaboramos um vídeo, correlacionando Paraty e os átomos.
Coube ao nosso grupo mostrar a relação dos átomos, não somente na
natureza, mas como também na produção de energia nas usinas nucleares
em Angra dos Reis.
Comentamos os prós e contras “destes átomos” (inicialmente descritos por
Demócrito). De maneira negativa, podem - se criar bombas atômicas. De
maneira positiva, pode-se através de energia nucleares gerar energia limpa
para várias cidades.
Confira o vídeo a seguir:
http://www.youtube.com/watch?v=xXgXDOj2vTU&feature=plcp
Na disciplina de Inglês fizemos um cartão postal com uma imagem da
cidade de Paraty. Neste cartão citamos o que vimos nessa cidade histórica e
o que fizemos ao decorrer dessa viagem. Cada um de nós enviou para os
seus respectivos pais.
Veja a frente e o verso deste cartão a seguir:
No 4 ° bimestre estudamos sobre o impressionismo, onde fizemos um
trabalho retratando tal movimento.
Neste caso optamos por pintar uma tela inspirada numa paisagem de
Paraty.
Como os impressionistas fizeram, tentamos buscar os efeitos da luz do sol
sobre a natureza. Exploramos os contrastes das cores, dando uma ideia de
harmonia. Não pintamos contornos nítidos e utilizamos pouco a cor preta.
A impressão em alguns casos, é como se o vento estivesse “na paisagem”.
Veja os trabalhos, a seguir:
Viver perto de uma usina nuclear é vantajoso ou não? Nesta entrevista,
concedida no bairro da Ilha das Cobras, em Paraty, a moradora local Ana
Maria Bento conta um pouco de como é viver em um local
economicamente precário, e, além disso, perto de uma usina nuclear.
A moradora de 48 anos é messiânica, divorciada e possui quatro filhos.
Ela conta também sobre os problemas que a população do bairro vem
enfrentando e sobre a preservação do meio ambiente.
Colégio São Luís: No caso dos moradores da cidade ou região, como
sobrevivem economicamente? Sua profissão está relacionada direta ou
indiretamente ao turismo?
Ana Maria Bento:Os moradores dessa região sobrevivem
principalmente da pesca e do turismo, mas eu trabalho em uma cantina
escolar da qual sou proprietária. Minha profissão não está ligada ao
turismo.
CSL: Quais são as principais dificuldades vividas pela população
local?
AMB: As principais dificuldades vividas são a saúde, a educação,
principalmente entre os jovens, que não tem respeito pela população e a
segurança que não nos protege dos assaltos e dos usuários de drogas.
CSL: Já pensou em deixar a cidade para “tentar a sorte” em outro
local? Por quê?
AMB: Não, porque fui nascida e criada aqui, gosto muito desse lugar,
então me contento em ficar aqui.
CSL: O meio ambiente local é preservado? Você observa alguma
ação do governo para garantir essa preservação? Exemplifique.
AMB: O ambiente é bem preservado aqui. O governo não deixa
desmatarem as florestas nem as áreas costeiras, e a fiscalização também é
bem rígida. Há também a proibição da pesca do camarão.
CSL: O que você pensa sobre viver tão perto de uma usina nuclear?
Cite vantagens e desvantagens.
AMB: Não gosto e também não vejo vantagens nisso, Se houver um
acidente, como irão retirar a população? Também percebi que estão
crescendo os casos de câncer na região, e provavelmente isso está
acontecendo por causa da usina.
Casa situada no bairro das cobras:
Fizemos um trabalho da disciplina de Matemática, relacionando elementos
simétricos de fotos que tiramos em nossa viagem a Paraty.
Nosso cartaz simulou uma janela de um casarão histórico de Paraty. Onde
ao abrir esta você poderá ver Paraty com outros olhos. A nossa professora,
Mônica, nos ensinou desde o inicio do ano que a matemática esta presente
em todos os lugares, principalmente no dia a dia.
Encontramos diversos tipos de simetria (rotação, bilateral, repetição,
reflexão e razão áurea).
Hoje em dia, a energia nuclear é muito usada no mundo. Porém, há certas
questões que podem ser bastante discutidas, como a segurança da
população e, indubitavelmente, a existência de vários riscos que podem ser
catastróficos.
Primeiramente, há a possibilidade de uma guerra nuclear, já que
vários países, como os EUA e a Rússia, possuem esta tecnologia, e isso
seria letal para o planeta. Em segundo lugar, há o risco de acidentes nas
usinas. Embora os acidentes nucleares sejam bastante raros, sempre há uma
possibilidade de acontecer.Além disso, temos também questões ambientais,
como o aquecimento de ecossistemas aquáticos graças à água de
resfriamento dos reatores, e a questão do lixo nuclear. Esses dejetos são
altamente radioativos, e devem ser armazenados em locais seguros e
isolados. Eventualmente, esses locais irão lotar, e não teremos mais onde
colocar o material radioativo.
Outra questão que devemos considerar é a financeira: a energia
nuclear é mais cara de ser produzida em relação a outros tipos de energia.
Segundo o físico e professor da Universidade de São Paulo (USP), José
Goldemberg, o custo de Angra 3 será bem elevado: o megawatt-hora
custará R$170,00, quase 2,5 vezes maior que o valor licitado para a Usina
Hidrelétrica de Jirau, no Rio Madeira (RO), R$70,00 o megawatt-hora.
Além disso, a energia nuclear não é renovável, então, eventualmente, irá se
esgotar.Portanto, a energia nuclear, embora seja uma energia limpa,
apresenta muitas desvantagens que podem prejudicar fatalmente não só o
planeta, mas também a população, e deve ser evitada. Em vez de gastar
bilhões em energia nuclear, podemos investir esse dinheiro em pesquisas
científicas, nas quais se podem descobrir outros tipos de energia.