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Victor Palla e Bento d'Almeida: Arquitetura de outro tempo
Revista de Imprensa
1. Arquitetura de outro tempo no CCB, Cultura de Borla Online, 15-06-2017 1
2. Debate de encerramento da exposição Víctor Palla e Bento d´Almeida no CCB, Cultura de Borla Online, 07-06-2017
2
3. Temporada, Ticketline Magazine, 01-06-2017 3
4. Palla e Bento d´Almeida: a exposição que faltava, Ticketline Online - Ticketline Magazine Digital Online,16-05-2017
6
5. Espetáculos e exposições, Sol, 22-04-2017 7
6. A arquitectura alegre, Público - Ípsilon, 21-04-2017 8
7. Victor Palla e Joaquim Bento d´Almeida: Arquitetos de outro tempo, Visão Online, 20-04-2017 12
8. Arquitetura no CCB, Jornal de Notícias, 18-04-2017 14
9. Victor Palla e Bento d´Almeida, Arquitetura de Outro Tempo, TSF Online, 17-04-2017 15
10. Arquitetos como artistas totais, Diário de Notícias, 15-04-2017 16
11. Espetáculos e exposições, Sol, 15-04-2017 18
12. Arquitetura de outro tempo no CCB, Cultura de Borla Online, 14-04-2017 19
13. Primeira mostra dos arquitectos Victor Palla e Bento d´Almeida no CCB, Sábado Online, 13-04-2017 20
14. Tique taque, tique taque..., Visão, 13-04-2017 22
15. Arquitectos de «outro tempo», Sábado - GPS, 12-04-2017 24
16. Arquitectura total num snack-bar, Time Out, 12-04-2017 25
17. Homenagem aos arquitectos Victor Palla e Bento d´Almeida, Diário Imobiliário Online, 11-04-2017 28
18. Obrigatório, Time Out, 12-04-2017 30
19. Victor Palla e Joaquim Bento d´Almeida, os arquitetos do snack-bar, Observador Online, 10-04-2017 31
20. Victor Palla e Bento, Arqa, 01-04-2017 33
21. Exposição Arquitetura, RTP 3 - Horas Extraordinárias (As), 11-04-2017 34
22. O snack-bar e o novo mundo, Expresso Online, 23-05-2017 35
A1 Arquitetura de outro tempo no CCB
Tipo Meio: Internet Data Publicação: 15-06-2017
Meio: Cultura de Borla Online
URL:http://culturadeborla.blogs.sapo.pt/victor-palla-e-bento-dalmeida-4760635
Victor Palla e Bento d`Almeida: Arquitetura de outro tempo no CCB Até 18 de junho | Garagem Sul | Exposições de Arquitetura Curadoria de Patrícia Bento d'Almeida com João Palla Martins Últimos dias para ver a exposição Victor Palla e Joaquim Bento d'Almeida, dupla de arquitetos queaderiram aos princípios do Movimento Moderno, e que foram os responsáveis pela modernização deinúmeros estabelecimentos comerciais, fábricas, escolas primárias, habitação permanente etemporária, estendendo ainda a sua atividade ao design e às artes em geral. Comprar culturadeborla 15.06.17 culturadeborla
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Debate de encerramento da exposição Víctor Palla e Bento d´Almeida no CCB
Tipo Meio: Internet Data Publicação: 07-06-2017
Meio: Cultura de Borla Online
URL:http://culturadeborla.blogs.sapo.pt/debate-de-encerramento-da-exposicao-4737808
Debate de encerramento da exposição Víctor Palla e Bento d'Almeida no CCB 10 de junho | Garagem Sul | 19:00 Com Bárbara Coutinho e Diogo Aguiar A poucos dias de terminar a exposição Victor Palla e Bento d'Almeida: Arquitetura de outro tempo, aGaragem Sul acolhe um debate com Bárbara Coutinho, diretora do MUDE - Museu do Design e daModa, e com o arquiteto Diogo Aguiar, que vão falar sobre a influente obra da dupla de arquitetosVictor Palla e Joaquim Bento D'Almeida, responsável pela modernização de inúmeros estabelecimentoscomerciais, fábricas, escolas primárias, habitação permanente e temporária. Entrada Livre culturadeborla 07.06.17 culturadeborla
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Tiragem: 35000
País: Portugal
Period.: Mensal
Âmbito: Lazer
Pág: 32
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Área: 10,53 x 5,56 cm²
Corte: 1 de 3ID: 69808980 01-06-2017MUSEU COLECÃO BERARDO | EXPOSIÇÕESatÉ 31 DE DEZEmBrO
Museu Coleção Berardo | LisboaHOra das 10:00 às 19:00prOmOtOr Fundação de Arte Moderna E ContemporâneaprEçO a partir DE 2,50€entrada gratuita ao SábadoPara todos
VICTOR PALLA BENTO D'ALMEIDAatÉ 18 DE JUNHO
CCB - Garagem SulHOra De 3ªf a Domingo das 10:00 às 18:00prOmOtOr Fundação Centro Cultural BelémprEçO a partir DE 4,00€ M/6
TEMPORADA
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Tiragem: 35000
País: Portugal
Period.: Mensal
Âmbito: Lazer
Pág: 33
Cores: Cor
Área: 21,00 x 5,36 cm²
Corte: 2 de 3ID: 69808980 01-06-2017CRUZEIRO DE BARCO TIPICO FRENTE A LISBOAatÉ 28 DE OUtUBrO
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Tiragem: 35000
País: Portugal
Period.: Mensal
Âmbito: Lazer
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Área: 21,00 x 24,22 cm²
Corte: 3 de 3ID: 69808980 01-06-2017
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Museu FC Porto & Estádio do Dragão - PortoConsulte a programação em www.ticketline.ptprOmOtOr PORTO COM.,SOC.COM,LIC. E SPONZ.SAprEçO a partir DE 5,00€ p/ todos
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EXPOSIÇÃO NO MUSEU NACIONAL FERROVIÁRIOEXpOSiçÃO
Museu Nacional FerroviárioHOra Ter. a Sábado às 13h00; Domingos às 10h00prOmOtOr Fund. Museu Ferr. Armando G. MachadoprEçO a partir DE 2,50€ M/3
CRUZEIRO GET ZEN SUNSET3 JUNHO a 30 SEtEmBrO
Doca das Fontaínhas - SetubalHOra 18:00prOmOtOr GET ZEN®-EVENTS FOR LIFE de DUOFARMA, LDAprEçO a partir DE 25,00€ M/3
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Time Out Market - Academia Time Out - LisboaHOra 16:00prOmOtOr MC - MERCADOS DA CAPITAL, LDAprEçO a partir DE 25,00€M/12
COZINHAS DO MUNDO - AUSTRÁLIA-JUSTIN JENNINGS9 DE JUNHO
Time Out Market - Academia Time Out - LisboaHOra 20:00prOmOtOr MC - MERCADOS DA CAPITAL, LDAprEçO a partir DE 45,00€M/14
MASTERKIDS: COZINHA VEGETARIANA11 DE JUNHO
Time Out Market - Academia Time Out - LisboaHOra 11:00prOmOtOr MC - MERCADOS DA CAPITAL, LDAprEçO a partir DE 25,00€M/6
MASTERKIDS: SOBREMESAS GELADAS18 DE JUNHO
Time Out Market - Academia Time Out - LisboaHOra 16:00prOmOtOr MC - MERCADOS DA CAPITAL, LDAprEçO a partir DE 25,00€M/6
ESTAÇÃO ELEVATÓRIA A VAPOR DOS BARBADINHOSViSita LiVrE
Museu da Água - LisboaHOra 2ªf a Sábado das 10:00 às 17:30prOmOtOr Epal - Empresa Port. Das Águas Livres, SaprEçO a partir DE 4.00€ M/3 AQUEDUTO DAS ÁGUAS LIVRESViSita LiVrE
Museu Água-Aqueduto das Águas Livres-LxHOra Ter. a Sáb. 10:00 às 17:00prOmOtOr EpalprEçO a partir DE 3,00€ M/3
MIRADOURO AMOREIRAS 360 PANORAMIC VIEWViSitaS
Amoreiras Shopping CenterHOra 10:00prOmOtOr MundicenterprEçO a partir DE 5,00€Todas as idades
MUSEU DE ESCRAVOS - LAGOAEXpOSiçÃO pErmaNENtE
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Cine Theatro Gmnasio - Espaço Chiado LisboaHOra 19:00prOmOtOr Genius Y Meios, LdaprEçO a partir DE 17,00€ M/3
VISITA AOS 4 NÚCLEOS MUSEU DA ÁGUAVÁLiDO pOr 1 aNO
Várias Salas HOra 3ªf a Sáb. 10:00 às 17:30prOmOtOr Epal - Empresa Port. Das Águas Livres, SaprEçO a partir DE 10,00€ M/3
MASTERKIDS: SOBREMESAS GELASO verão pede sabores mais frescos, por isso traga os seus mini-chefs a aprender duas receitas incríveis com sabor a verão, que podem depois fazer em casa. As Ice Cream Cookies - duas bolachas crocantes, recheadas com gelados de fruta que não precisam de máquina; e uma Tarte gelada de Chocolate que não precisa de ir ao forno. Não perca este Masterkids e venha aprender como fazer estas tentações geladas. Domingo, 18 de junho às 16h, no Time Out market.
TEMPORADA
18 DE JUNHO Time Out Market - Academia Time Out - LisboaHOra 16:00prOmOtOr MC - MERCADOS DA CAPITAL, LDAprEçO a partir DE 25,00€M/6
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Palla e Bento d´Almeida: a exposição que faltava
Tipo Meio: Internet Data Publicação: 16-05-2017
Meio: Ticketline Online - Ticketline Magazine Digital Online
URL:http://www.pt.cision.com/s/?l=d6a53387
Até 18 de junho CCBHora: 10:00Promotor: Fundação Centro Cultural BelémPreço: 4,00EURIdade: M/06 A obra do atelier dos arquitetos Victor Palla (1922-2006) e Joaquim Bento d'Almeida (1918-1997),reconhecida pela historiografia e crítica da arquitetura portuguesa, ainda não foi alvo de exposiçãopública. Fazendo parte de uma geração de arquitetos que adere aos princípios do Movimento Moderno,a atividade profissional desta dupla manifestou-se ao longo de 25 anos (1947-1973). Contando maisde 700 projetos, foram responsáveis pela modernização de inúmeros estabelecimentos comerciais,fábricas, escolas primárias, habitação permanente (moradias unifamiliares e edifícios de habitaçãomultifamiliar) e temporária (hotéis e aldeamentos turísticos), estendendo ainda a atividade às áreasdo design e das artes. Celebrizados como precursores na introdução em Portugal do modelo americano de snack-bar,durante dezassete anos, foram também encarregues dos projetos das moradias unifamiliares que arevista EVA sorteava no Natal. Com curadoria de Patrícia Bento d'Almeida com João Palla Martins, para ver no CCB, até 18 de junho. Tue, 16 May 2017 13:05:28 +0200
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Tiragem: 26500
País: Portugal
Period.: Semanal
Âmbito: Informação Geral
Pág: 44
Cores: Cor
Área: 13,16 x 10,56 cm²
Corte: 1 de 1ID: 69201506 22-04-2017
Espetáculos e Exposições
CAETANO VELOS() Ter. e qua. 21h30 Coliseu do Porto, Porto Para um concerto inti- mista, tendo como companheiro o seu violão.
BIANCA BRANCA Até 30 de abril Maria Matos Teatro Municipal, Usboa Leonor Keil coreografa um espectáculo para crianças que se baseia em Bianca, a personagem criada pelo ilustrador Fausto Gilberti.
GIUGORY BOROLOV Dom. 19h00 Guibenklan, Lisboa Pela oitava tempora-da consecutiva, o pianista russo Grigory Sokolov irá apresentar-se em recital no Grande Auditório.
VICTOR PALLA E BENTO D'ALMEIDA. ARQUITECTURA DE OUTRO TEMPO Até 18 de Junho Centro Cultural de Belém; Usboa Exposição sobre a obra do atelier dos ar-quitectos Victor Palla e Joaquim Bento d'Almeida.
OPERAÇÃO CONDOR Até 18 de Julho Museu de Usboa, Praça do Comércio Primeira exposição do fotógrafo João Pina. Um trabalho sobre o pacto secreto entre ditaduras militares.
RAUL BRANDÃO: 150 ANOS, BIOGRAFIA E VIDA LITERÁRIA Até 30 de set. Biblioteca Pública Municipal do Porto Em destaque a sua vida e actividade literá-ria; a atenção recai sobre o seu lado artísti-co, enquanto pintor e ilustrador.
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Tiragem: 32559
País: Portugal
Period.: Semanal
Âmbito: Lazer
Pág: 20
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Área: 25,70 x 31,00 cm²
Corte: 1 de 4ID: 69184654 21-04-2017 | Ípsilon
A arquitectura aA
cabeça de uma criança loi-
ra espreita num canto da
fotografia a preto e branco.
Na composição da imagem,
a cabeça foi empurrada
por uma grande curva e o
pormenor humano vem sublinhar a
força da forma abstracta. Na fotogra-
fia ao lado, a cabeça passou para o
interior da forma helicoidal e só
quando a câmara se afasta é que per-
cebemos que se trata de um edifício
e não de uma escultura.
O comissário da exposição dedi-
cada aos arquitectos Victor Palla
(1922-2006) e Bento d’Almeida (1918-
1997) hesita em identificar a criança
cujo rosto quase não se vê nesta fo-
tografia, em que é impossível não
nos determos. É uma das três filhas
do arquitecto Victor Palla, mas nes-
te caso é também a sua mãe, uma
vez que a exposição que abriu na
semana passada no Centro Cultural
de Belém (CCB), em Lisboa, é comis-
sariada por dois dos netos desta du-
pla de arquitectos já desaparecidos.
Patrícia Bento d’Almeida e João Palla
Martins são a terceira geração de
arquitectos nas respectivas famílias
e dedicaram parte da sua vida pro-
fissional a investigar os avôs.
“Victor Palla tem uma série de fo-
tografias belíssimas com as filhas nes-
ta casa. Utiliza a sua arquitectura
como cenário e as suas filhas como
modelos.” João Palla Martins explica
que estas não são fotografia de arqui-
tectura, mas antes um ensaio foto-
gráfico. Talvez pertençam mais a uma
das muitas outras vidas de Victor
Palla, a de fotógrafo, que partilhou
com a profissão de arquitecto, desig-
ner gráfico, pintor, editor, tradutor...
As fotografias, inéditas em Portugal,
já foram mostradas em 2000 na ex-
posição A Casa, no Centro Cultural
da Gulbenkian, em Paris, e o neto
lembra que era o próprio Victor Palla
— autor de um dos mais importantes
livros de fotografia do século XX por-
tuguês (Lisboa, Cidade Triste e Alegre,
com Costa Martins) — que dizia que
não fazia fotografia de arquitectura.
O que vemos do cenário da casa
é a expressão plástica de um zoom
sobre a rampa de uma casa, elemen-
to primordial na percepção do es-
paço moderno, segundo o arquitec-
to franco-suíço Le Corbusier. Aqui,
Victor Palla, como acontece com
muitos arquitectos, usou a casa que
construiu para a sua família para
explorar uma arquitectura mais ex-
perimental e que seria com certeza
mais difícil de convencer os seus
clientes a fazer.
A casa no Bairro do Restelo (1948-
50), sublinha João Palla Martins,
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Period.: Semanal
Âmbito: Lazer
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Corte: 2 de 4ID: 69184654 21-04-2017 | Ípsilon
troca de correspondência mas tam-
bém no grafismo criado para a ima-
gem corporativa do atelier e na série
de fotografias que foram tirando um
ao outro”. Na exposição, estas ima-
gens são identificadas como “retra-
tos recíprocos”, e a comissária apon-
ta ainda os cartões de boas-festas,
com um grafismo inovador e cheio
de humor. Desenham Boas Frestas
(sic) ao lado de uma janela compos-
ta por um conjunto de frestas ou
desejam um Bom Ano num cartão
só com texto: “Arquitectos c. algum
conhecimento oferecem-se p. dese-
jar um feliz 1965. Resp. à Rua Conde
Redondo, 4.º E, ao n.º 64”.
Contorções e infl exõesTalvez 1965 tenha sido tão feliz como
1966, ano em que desenham a sua
obra mais famosa entre mais de 700
projectos, o snack-bar Galeto, na Ave-
nida da República, em Lisboa. A
aventura dos snack-bares tinha co-
meçado logo no início da vida do
atelier com o Términus (1949-50), na
Rua 1.º de Dezembro, cujo proprie-
tário quis fazer algo igual ao que ti-
nha visto numa viagem a Londres.
Chamaram-lhe Bar-Expresso Térmi-
nus e seria preciso esperar pelo Pi-
que-Nique (1952-55) no Rossio para
a palavra “snack-bar” entrar no vo-
cabulário. Mas em 1962, dez anos
depois, os dois arquitectos ainda ten-
tavam explicar numa memória des-
critiva para a Câmara de Lisboa, diz
João Palla Martins na visita à exposi-
ção com a imprensa, o que era um
snack-bar: “Um restaurante do tipo
‘snack-bar’ — isto é, com refeições
rápidas servidas a um balcão.”
Se o balcão do Términus era um
simples “U”, já para o Pique-Nique
fizeram desenhos mais “ousados”,
escreve a comissária, “obrigando a
um estudo pormenorizado das con-
torções e inflexões”. No mesmo ca-
tálogo, o historiador da arquitectura
e do design João Paulo Martins, num
artigo intitulado Pique-Nique, Tique-
Taque, Pam-Pam, bossa nova na cida-
de, chama a atenção para o cuidado
em escolher palavras onomatopaicas
para os nomes destes estabelecimen-
tos comerciais que reconfiguravam
a restauração urbana e aponta-
alegreA primeira retrospectiva dedicada a Victor Palla e a Bento d’Almeida mostra que eles são muito mais dos que os arquitectos dos snack-bares. Ou a história de como dois netos salvam parte da memória da arquitectura moderna portuguesa.
“Eles eram absolutamente militantes do Movimento Moderno. Há essa vontade, seja ao querer viver numa casa sobre pilotis ligada por uma rampa, seja ao propor sentar uma senhora a um balcão de um snack-bar”Patrícia Bento d’Almeida
Rampa da moradia de Victor Palla (1948-50); e os “retratos recíprocos” de Joaquim Bento d’Almeida e Victor Palla
Isabel Salema
mostra vários dos pontos da arqui-
tectura moderna defendidos pelo
mestre franco-suíço, já vinte anos
depois da publicação do seu mani-
festo Les cinq points d’une achitecture
nouvelle: um edifício sobre pilotis
com jardim por baixo, uma cobertu-
ra plana e a planta livre. “É moderna.
MODERNA. O Laginha gostou muito
e diz que aprova”, escreve Victor
Palla a Bento d’Almeida numa carta
sem data mostrada na exposição.
Ao lado, noutra carta da mesma
altura apontada pela comissária,
Victor Palla está radiante, porque é
finalmente arquitecto — o n.º 91 li-
cenciou-se em Fevereiro de 1948.
Assina várias vezes numa das folhas,
juntando o número à rubrica, e in-
terpela o colega de atelier a despa-
char-se: “Vai treinando [a assinatu-
ra] Joaquim.” Bento d’Almeida tor-
nar-se-ia o arquitecto n.º 142 três
anos depois.
Ainda sem diplomas, como conta
Patrícia Bento d’Almeida no catálogo,
o primeiro atelier conjunto, criado
em 1946, instala-se na Rua Coelho da
Rocha, n.º 69, num dos estúdios pro-
jectados por Cristino da Silva. Con-
vivem com arquitectos, pintores e
escultores, como Cottinelli Telmo ou
Leopoldo de Almeida, num espaço
em Campo de Ourique onde ainda
hoje a artista plástica Helena Almei-
da (filha de Leopoldo) tem o seu ate-
lier. No CCB, podemos ver uma di-
vertida foto tirada na Coelho da Ro-
cha, onde estão os dois jovens
arquitectos entre um grupo reunido
à volta de um estirador, enquanto
alguém é surpreendido a sair de de-
baixo da mesa. Há, evidentemente,
a encenação de uma prática, entre
descontracção e alegria.
Os dois jovens tinham começado
o curso de Arquitectura na Escola
de Belas-Artes de Lisboa, mas só se
conheceram no Porto, para onde
pediram transferência para fugir ao
ensino académico de Lisboa. Carlos
Ramos, director da Escola do Porto
— que será uma referência da arqui-
tectura portuguesa à volta de nomes
como Fernando Távora, da mesma
geração de Bento d’Almeida e Victor
Palla —, ajudou-os a arrancar a vida
profissional, assinando conjunta-
mente um projecto de uma loja na
Rua Augusta para o processo poder
entrar na Câmara de Lisboa.
Os primeiros anos também os en-
contram a criar a imagem não de
um atelier com dois arquitectos mas
constituído por uma dupla, sublinha
o catálogo, que tanto assinava Victor
Palla e Bento d’Almeida como Ben-
to d’Almeida e Victor Palla. Essa du-
pla emerge “não só na frequente
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22 | ípsilon | Sexta-feira 21 Abril 2017
vam para uma vontade de introduzir
uma vida moderna mais cosmopoli-
ta no Portugal do pós-guerra, em que
“o imaginário norte-americano assu-
mia uma importância crescente”.
Uma certa “volúpia fonética, rítmica,
de relativa abstracção”, ao lado de
outros nomes, como Tarantela ou
Carrossel, que evocam a ideia de mo-
vimento ou mesmo de festa.
“Eles eram absolutamente mili-
tantes do Movimento Moderno. Há
essa vontade, seja ao querer viver
numa casa sobre pilotis ligada por
uma rampa, seja ao propor sentar
uma senhora a um balcão de um
snack-bar, porque uma senhora não
se senta ao lado de um estranho”,
explica Patrícia Bento d’Almeida ao
Ípsilon. Se um dos snack-bares ain-
da previu um elevador para levar as
mulheres para uma zona mais reca-
tada, o sucesso deste tipo de esta-
belecimentos, que multiplicava a
oportunidade de encontros com
desconhecidos, entre sexos e classes
sociais diferentes, fez desaparecer
esse pudor, e o Pique-Nique, com o
seu balcão em ziguezague, é o exem-
plo do snack-bar visto como “uma
verdadeira máquina de seduzir”.
Desse pacote de sedução faz par-
te o empenho dos arquitectos em
fazer um projecto total, já que a qua-
se inexistência de design moderno
em Portugal levou Victor Palla e
Bento de d’Almeida a desenhar pra-
ticamente tudo, do mobiliário aos
menus e sacos, o que é possível de-
vido à escala relativamente modes-
ta das intervenções. Os dois arqui-
tectos estão presentes em todas as
escalas e áreas criativas, nota João
Paulo Martins: “Ao longo da sua car-
reira, ensaiam diferentes princípios
de ordem geométrica, sem se dei-
xarem aprisionar em receitas: da
estrita ortogonalidade às linhas que-
bradas, arbitrárias e livres, definin-
do ângulos agudos, obtusos, zigue-
zagues; grelhas geradoras de triân-
gulos e hexágonos (c asa
Quinhones-Levy, 1966-70; Touring
Clube de Portugal [Aldeia das Aço-
teias], 1968); sequências de células
desfasadas (loja Costa & Conde,
1972-73); curvas ondulantes, arcos,
círculos, elipses (loja Monteiro &
Jorge, 1968-69; edifício da Sociedade
Farmacêutica Lusitana, 1968-72).”
Para construírem o Galeto (1966-
68), conta Patrícia Bento d’Almeida,
o seu avô foi com um dos proprietá-
rios, Arlindo Gonçalo, a 11 países pa-
ra estudarem este tipo de estabele-
cimento. Na inauguração, represen-
tantes do Governo de Oliveira Salazar
misturaram-se com o público, onde
também pontuavam arquitectos e
artistas plásticos, antecipando uma
clientela que saía do Cinema Monu-
mental e podia frequentar a cafeta-
ria, o snack-bar, o restaurante ou o
take-away. Tal como escreveu na re-
vista Arquitectura António Sena da
Silva quando o Pique-Nique abriu
mais de uma década antes, este sna-
ck-bar tinha “uma clientela de for-
mação cinematográfica”. Quando
desenham a Confeitaria Cunha no
Porto (1970-73), já perto do fim do
atelier e com a participação do então
jovem arquitecto João Bento
d’Almeida, pai da comissária, não
sabiam que seria o último dos snack-
bares, depois de mais de trinta pro-
jectos deste tipo. “Foi experimenta-
do um sistema compartimentado de
mesas e bancos fixos que nos remete
para os diners americanos”, escreve
Patrícia Bento d’Almeida, chamando
a atenção do Ípsilon durante a visita
à exposição para as fotos de Arménio
Teixeira que pretendem evidenciar
a necessidade de conservar este pa-
trimónio moderno.
A casa para a família Palla no Res-
telo, que foi demolida em 2006, te-
rá sido provavelmente das primeiras
moradias integralmente modernas
a serem construídas em Lisboa.
É neste novo bairro lisboeta, com
um plano do urbanista João Faria da
Costa, que os dois arquitectos cons-
troem a maioria das suas moradias.
Cerca de meia centena, contabiliza-
ram agora os comissários. Victor
Palla e Bento d’Almeida correm a
apresentar-se a potenciais clientes,
sempre que há vendas de terrenos
em hasta pública na encosta da Aju-
da, como era conhecido no início
do plano o Bairro do Restelo.
Outra das fotografias significativas
da exposição, desta vez feita por
Horácio Novais, é a que apanha o
contraste entre a linguagem moder-
na da moradia feita para Carlos Al-
berto Teixeira da Silva (1949-51) e a
das dos seus vizinhos na Praça de
Goa, também no Restelo, num esti-
lo Português Suave ao gosto do re-
gime. “A foto é incrível porque re-
vela que a casa é um volume para-
lelepipédico que aterra na Praça de
Goa ao lado destas casinhas com
telhados, beirados e janelas conti-
das. Eles vão trabalhá-lo plastica-
mente, retirando matéria de um
lado e pondo-a noutro.” Um jogo,
de cheios e vazios, que articula uma
parede rebocada e pintada de bran-
co com outra coberta de azulejos.
Feita para um comandante da Ma-
rinha, “a casa vem buscar a família
e o cliente ao passeio, que entram
através de uma ponte-passadiço”,
explica a comissária. “É a mais pu-
rista”, “a menos expressionista” de
todos as moradias, ouve-se o crítico
e arquitecto Manuel Graça Dias dizer
no Magazine de Artes Visuais, pro-
grama da RTP sobre os arquitectos
incluído na exposição do CCB.
Moradia feita para Carlos Alberto Teixeira da Silva (1949-51), em Lisboa; e os compartimentos da Confeitaria Cunha (1970-73), no Porto
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Tiragem: 32559
País: Portugal
Period.: Semanal
Âmbito: Lazer
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Área: 25,70 x 31,00 cm²
Corte: 4 de 4ID: 69184654 21-04-2017 | Ípsilon
Um dos projectos preferidos de
Patrícia Bento d’Almeida é a Escola
Primária do Vale Escuro (1953-56),
um dos exemplos das infra-estrutu-
ras que se constroem no pós-guerra
em consequência do crescimento
populacional e do I Primeiro Plano
de Fomento. Depois de ter citado a
dificuldade que já foi escolher os pro-
jectos que cabiam no espaço do CCB,
a comissária destaca a maneira como
os dois arquitectos levam a que a ar-
quitectura chegue também às crian-
ças: “Defendem que é possível expe-
rienciar uma arquitectura moderna
logo desde cedo e preocupam-se com
a escala da criança.” Destaca a forma
como usam o embasamento, desa-
terrando em parte os pilares estru-
turais, para fazer um recreio coberto.
A maneira como vão articular o pro-
grama, à volta da repetição do mó-
dulo da sala de aula, dando uma con-
tinuidade nas fachadas, “é de uma
modernidade ímpar”, onde voltam
a convidar vários artistas plásticos
para trabalhar com eles.
Arquitectura para todosSe a dupla se envolve desde cedo no
diálogo com os seus pares, uma vez
que dois anos após fundarem o ate-
lier, em 1948, são responsáveis pela
renovação gráfica e editorial de sete
números do periódico Arquitectura,
revista de arte e construção (onde Vic-
tor Palla reflectiu, por exemplo, so-
bre o lugar do artista plástico na ar-
quitectura), os dois arquitectos tam-
bém se preocuparam em levar a
disciplina até outras classes sociais,
para lá da clientela burguesa do Res-
telo. Em 1952, através da Eva, uma
revista feminina dedicada à mulher
e ao lar, passam a ter nas mãos os
projectos e a construção de uma mo-
radia que todos os anos são sorteados
na altura do Natal. Foram 17 casas em
todo o país até 1971, numa sucessão
que é, segundo os comissários, uma
espécie de evolução da arquitectura
e do espaço doméstico portugueses
durante quase duas décadas do sé-
culo XX: “Cada casa, diferente da
apresentada no ano anterior, e entre
1957 e 1963 com a possibilidade de
escolha entre um de dois projectos,
veio revelar um pouco da nossa his-
tória da arquitectura, exibindo pri-
meiramente elementos da moderni-
dade, sobretudo na vertente da mo-
derna arquitectura brasileira, e numa
fase de revisão crítica do movimento
moderno, o retorno a uma arquitec-
tura mais vernacular.”
É a influência do Inquérito à Ar-
quitectura Popular em Portugal, com
os ensinamentos da arquitectura
local e tradicional, que se vê igual-
mente no projecto que aparece logo
a seguir na exposição, a Casa Qui-
nhones-Levy, na Praia Grande, onde
sobre a planta organizada à volta de
hexágonos se usam materiais típicos
daquela região. Numa resposta ao
estilo Português Suave que o regime
de Salazar apadrinhava contra o Mo-
vimento Moderno, segundo uma
ideia de Francisco Keil do Amaral,
várias equipas de arquitectos tinham
ido para o terreno durante cinco
anos, entre 1955 e 1960, para mos-
trar que havia muitas arquitecturas
tradicionais. Esse olhar das gerações
mais novas sobre o que se construía
em território nacional, mudou o fu-
turo da arquitectura portuguesa, de
uma forma que ficou bem expressa
no trabalho de Fernando Távora e,
depois, de Álvaro Siza.
Nada classifi cadoEm 1974, no ano da revolução de
Abril, quando Victor Palla deixa de
fazer arquitectura e Joaquim Bento
d’Almeida passa a trabalhar com os
filhos José e João, os dois põem fim
à sociedade com mais de 25 anos.
Mas a cumplicidade continua — os
comissários contam que os dois
nunca se zangaram — com o projec-
to da Galeria Prisma 73, a que se
junta um dos filhos, Rogério de Frei-
tas, e Manuel Costa Martins, o da
Lisboa, Cidade Triste e Alegre.
Um dos grandes contributos do
catálogo é a elaboração de uma lista
geral de projectos a partir dos 283
rolos de desenhos originais salvos por
João Bento d’Almeida quando o ate-
lier foi encerrado. Com pesquisas em
arquivos públicos e privados e a par-
tir de uma primeira lista muito vaga
do atelier, identificaram e publicam
agora mais de 360 projectos.
Dois mestrados e dois doutora-
mentos depois, o ciclo de investiga-
ção fecha-se, após 17 anos, com es-
ta primeira exposição retrospectiva
de grande dimensão, que se preten-
de principalmente didáctica. Os
netos querem dizer que “há todo
este material que nunca foi mostra-
do” e que a partir daqui é possível
fazer muito mais.
Quando começaram a cruzar-se
com as demolições, conseguiram
recolher algum mobiliário que é
possível descobrir na exposição, co-
mo a vitrina do Cabeleireiro Bruna,
ao lado de outro que só sobreviveu
através dos desenhos. É o caso de
um espelho portátil para a loja Mon-
teiro & Jorge em que vemos que o
cuidado vai até ao pormenor de de-
talharem um botão em nogueira
para cobrir um parafuso.
Apesar de esta ser “uma arquitec-
tura de outro tempo”, como titula a
exposição do CCB, nenhuma das
obras de Victor Palla e Bento
d’Almeida está classificada ou em vias
de classificação, informa a Direcção-
Geral do Património Cultural.
Através da revista Eva, passam a ter nas mãos os projectos e a construção de uma moradia que todos os anos são sorteados na altura do Natal. Foram 17 casas em todo o país numa sucessão que é, segundo os comissários, uma espécie de evolução da arquitectura e do espaço doméstico portugueses durante quase duas décadas do século XX
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Victor Palla e Joaquim Bento d´Almeida: Arquitetos de outro tempo
Tipo Meio: Internet Data Publicação: 20-04-2017
Meio: Visão Online Autores: Cláudia Marques Santos
URL:http://www.pt.cision.com/s/?l=283c419e
A exposição organizada pelos netos de Victor Palla e Joaquim Bento d'Almeida reúne desenhos,correspondência, publicações, fotografias e objetos da dupla que marcou a arquitetura moderna emPortugal. Para ver na Garagem Sul do Centro Cultural de Belém, em Lisboa, até 18 de junho A Confeitaria Cunha mudava-se, na década de 1970, para o edifício Emporium, na Rua Sá daBandeira, no Porto. Victor Palla desenha as mesas da Cunha como pequenas "ilhas de sofás",proporcionando aos clientes não só conforto, mas tambem privacidade Arménio Teixeira Interior do snack-bar Pique-Nique, no Rossio, em Lisboa. Em 1950, o atelier de Victor Palla e JoaquimBento D'Almeida recebeu uma encomenda: um snack-bar. Fizeram viagens ao estrangeiro,consultaram revistas internacionais e em 1954 nascia na Baixa lisboeta o primeiro de muitos: o Pique-Nique. No piso térreo, um painel de Júlio Pomar aludia festivamente ao tema do piquenique Estúdio Marío Novais / Coleção Ana Tostões Inaugurado a 29 de julho de 1966 na então central e moderna Avenida da República, em Lisboa, oGaleto tinha restaurante e zona de snack-bar. O balcão, com 150 lugares, os bancos, tetos e até ossuportes para menu e molhos, têm a assinatura do atelier Victor Palla/Bento D'Almeida. A decoraçãomantém-se, pouco alterada, até hoje João Palla Martins Em 1957 inaugurava o Tique Taque na Avenida de Roma, em Lisboa. Na galeria superior, ficava o bar,com mesas encostadas à janela, por onde entrava luz natural. O termo americano de snack-bardefinia um estabelecimento caracterizado por um serviço de refeições rápidas ao balcão, corrido e comcadeiras altas Estúdio Mário Novais/Biblioteca de Arte da Fundação Calouste Gulbenkian Interior do snack-bar Pam-Pam, na Avenida Almirante Reis, em Lisboa, inaugurado em fevereiro de1956. Para dar nome aos snack-bares escolhiam-se onomatopeias, de fácil reconhecimento - Tique-Taque, Pisca-Pisca, Zigue-Zague, Pica-Pau, Buzina, Noite e Dia, Tip-Top ou Tarantela -, e os logótiposapresentavam carateres estilizados. Além de snack-bar, o PamPam era também restaurante,pastelaria e salão de chá Estúdio Mário Novais/Biblioteca de Arte da Fundação Calouste Gulbenkian Moradia Comandante Teixeira da Silva, c. 1951, na Praça de Goa, em Lisboa. Victor Palla e JoaquimBento D'Almeida desenharam cabeleireiros, lojas, moradias (módulo 3 da exposição), edifícios dehabitação e escritórios (módulo 4), escolas primárias, fábricas (Martini, Kores, Bayersdorf), propostas
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para hotéis além-mar ou complexos turísticos (módulo 5) Horácio Novais / Arquivo do Atelier Há uma imagem composta por fotografias a preto e branco de duas figuras em que, olhando derepente, uma parece o ensaísta e filósofo alemão Walter Benjamin, de óculos redondos e bigode, e aoutra, Almada Negreiros, de perfil, semblante alongado. O primeiro é Victor Palla e o segundo Bento d'Almeida, a dupla de arquitetos que desenhou o primeirosnack bar em Portugal. Todos pensaram e trabalharam sobre a ideia de ser "moderno". Todosescreveram manifestos sobre/contra o tradicionalismo. "Estamos numa época em que a arquitetura do Estado Novo, um pouco monumental, se mistura comuma arquitetura de cariz tradicional nas moradias", contextualiza João Palla Martins, cocurador destaArquitetura de Outro Tempo sobre a dupla Victor Palla/ Bento d'Almeida. "Serão os jovens nascidosnos anos 20 que, em 1948, estão a fazer o manifesto no Primeiro Congresso de Arquitetura emPortugal, em Lisboa. E têm uma voz muito crítica sobre o estado da arquitetura da altura." No módulo 1 da exposição, podemos conhecer a dupla que partilhou ateliê entre 1947 e 1973 eassinava os projetos todos em conjunto. O segundo módulo é dedicado aos estabelecimentos comerciais e entram aqui os revolucionáriossnack bars. "O proprietário do Términus convidou-os a ir a Londres visitar este modelo. Eles vãoestudá-lo e, depois, desenhá-?lo em Portugal e vão ter de explicar o que é isto de comer na barra, queservia o cliente e o empregado ao mesmo tempo", explica a curadora Patrícia Bento d'Almeida. "Obalcão oferece esta possibilidade de comer rapidamente, os tempos estavam a acelerar." O Galeto, naAvenida da República, Lisboa, é dos que resiste nos dias de hoje. No Porto, sobrevive a confeitariaCunha. Foram também autores do Pique Nique, no Rossio, com um painel de Júlio Pomar, do TiqueTaque, do Pam Pam, e desenhavam tudo, do mobiliário ao equipamento. A abertura para o exterior,através de grandes vidraças, e os néons são outro traço do imaginário gráfico presente na arquiteturadesta dupla, que desenhou cabeleireiros, lojas, moradias (módulo 3 da exposição), edifícios dehabitação e escritórios (módulo 4), escolas primárias, fábricas (Martini, Kores, Bayersdorf), propostaspara hotéis além-mar ou complexos turísticos (módulo 5). Conta Patrícia Bento d'Almeida, recordando uma entrevista que fez a Victor Palla: "Lembro-me de usar a palavra espólio e ele me dizer 'não digas espólio, isto não tem esse valor desseponto de vista, para nós era material de trabalho'". Agora, é material de exposição. No âmbito da exposição, foram organizadas duas visitas guiadas a projetos assinados pela dupla dearquitetos. A primeira acontece já este sábado, 22, pelas 11 horas, ao Galeto, na Avenida daRepública, e a segunda está marcada para o dia 6 de maio, à Escola EB1 Santa Maria dos Olivais. Asvisitas, gratuitas, são conduzidas por Patrícia Bento d'Almeida e João Palla Martins, netos de JoaquimBento d'Almeida e Victor Palla, e curadores da exposição. Inscrições através do número de telefone 21361 2614/5 ou para o email [email protected]. Victor Palla/Bento d'Almeida, Arquitetura de Outro Tempo > Garagem Sul, Centro Cultural de Belém> Pç. do Império, Lisboa > T. 21 361 2400 > até 18 jun > ter-dom 10h-18h > EUR4 20.04.2017 às 15h13 Cláudia Marques Santos
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Tiragem: 72675
País: Portugal
Period.: Diária
Âmbito: Informação Geral
Pág: 41
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Área: 8,37 x 2,79 cm²
Corte: 1 de 1ID: 69130664 18-04-2017
EXPOSIÇÃO ARQUITETURA NO CCB
Obra do atelier dos arquitetos Victor Palla e Joaquim Bento d'Almeida. Centro Cultural de Belém. Das 10 ás 18 horas.
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Victor Palla e Bento d´Almeida, Arquitetura de Outro Tempo
Tipo Meio: Internet Data Publicação: 17-04-2017
Meio: TSF Online Autores: José Carlos Barreto
URL:http://www.pt.cision.com/s/?l=dd05f7d8
Uma dupla de arquitetos que marca a arquitetura portuguesa dos anos 50 e 60, Victor Palla e Bentod'Almeida, na Garagem Sul do CCB. PUB PUB É a primeira vez que o trabalho de dois arquitetos que trabalharam em dupla mais de vinte anos,Victor Palla e Bento d'Almeida, que sempre assinaram em conjunto, e agora dois nomes descendentes,netos de um e de outro, João Palla Martins e Patricia Bento D'Almeida trazem à luz da exposiçãopública o trabalho dos avós e Patricia Palla Martins fala nesse detalhe que marca o trabalho a ligaçãopermanente com a arte embutida no trabalho dos arquitetos. Arte que sempre esteve desde o primeiro esquiço. A marca dos snack bares de Lisboa, com toda ainfluência norte-americana, ou os cabeleireiros, as moradias do concurso da revista Eva ou os edifíciosde habitação, são mais de 700 trabalhos dos dois arquitetos dos quais foi feita uma escolha para estaexposição. É uma marca da arquitetura de época, mas marcante diz Victor Palla Martins, também paraolhar o passado, saber de onde vem esta arquitetura de agora. Os novos arquitetos também gostam de olhar esta arquitetura anterior e esta exposição é tambémuma oportunidade. Uma dupla de arquitetos que marcou os anos 50 e 60, do século passado, numacerta ideia de arquitetura, seguindo também numa fase inicial o movimento moderno, com o trabalhode ateliê, exposto pela primeira vez para todos, estudar ou só olhar a arquitetura. Victor Palla e Bento d'Almeida - Arquitetura de Outro Tempo, na Garagem Sul do CCB, em Lisboa deterça-feira a domingo, entre as 10h até às 18h. Última entrada às 17h30. COMENTÁRIOS 17 de ABRIL de 2017 - 06:29 José Carlos Barreto
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Tiragem: 24614
País: Portugal
Period.: Diária
Âmbito: Informação Geral
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Área: 25,50 x 30,00 cm²
Corte: 1 de 2ID: 69100614 15-04-2017
loco Palia MaTIMS aponta para uma fotografia do ateliê; em baixo, a Confeitaria Cunha e perspetiva da Aldeia das Açoteias
mr-
Victor Palla e Bento d'Almeida introduziram a arquitetura moderna em Portugal. Das moradias aos snack-bars, os projetos incorporavam elementos de design. Arquitetura de outro tempo, no CCB, resgata a memória da dupla. Por César Avó
ARQUITETOS COMO ARTISTAS TOTAIS
É uma exposição de arquitetura e não de arqueologia a que está na Garagem Sul desde terça-feira. Este lembrete, estapafúrdio à primeira vista, tem uma justificação: de um conjunto monumental de obras edificadas há menos de 70 anos—cerca de 700 —, poucas são as que sobreviveram intactas. É todo um debate paralelo, o da preservação do património arquitetônico e ar-tístico em estabelecimentos co-merciais e em propriedades priva-das, mas não deixa de causar estu-pefação quando se sabe, por exemplo, que um painel da autoria de Júlio Pomar desapareceu quan-do o cabeleireiro em que estava ex-posto encerrou. São tesouros de-pendentes das necessidades e hu-
mores dos donos. "Ninguém quer classificar este património", desa-bafa Patrícia Bento d'Almeida, neta de Joaquim e curadora da exposi-ção, a par de João Palia Martins, neto de Victor Palia. Ambos têm desenvolvido estudos, em parale-lo, do percurso da dupla desde o momento em que se graduaram em Arquitetura. Doutorada em História de Arte, Patrícia debru-çou-se sobre a arquitetura de Ben-to d'Almeida; João doutorou-se com uma tese sobre o desenho e a interdisciplinaridade de Palia.
"Gostamos da palavra dupla para designar a parceria de mais de 25 anos. Assinaram sempre em conjunto", realça Patrícia sobre a atividade de Victor Palia (1922--2006) e de Joaquim Bento d'Al-meida (1918-1997). Uma dupla que se conheceu na Escola de Be-las-Artes do Porto, após ambos te-rem saído do estabelecimento ho-mólogo de Lisboa, devido ao am-biente especialmente opressivo.
Ali beberam os ensinamentos do arquiteto e pedagogo Carlos Ramos. Ainda estudante, Victor Palia demonstrou talento noutras manifestações artísticas. A partir de 1944 dirigiu a Galeria Portugá-lia e fez parte das Exposições Inde-pendentes, em que expôs pintura
com Júlio Pomar, Nadir Afonso, Fernando Lanhas e Júlio Resende. Já em Lisboa, Palia e Bento d'Al-meida formaram em 1946 o ateliê (instalado primeiro na Rua Coelho da Rocha, depois na Rua do Con-de de Redondo) que iria trazer o movimento moderno para Portu-gal. Ao mesmo tempo, Palia nun-ca deixou de explorar (e expor) o desenho, a pintura, a escultura, as artes decorativas e a fotografia. Nesta última, numa parceria com Manuel Costa Martins, também arquiteto e fotógrafo:Victor Palia deixou marca com Lisboa, Cidade Triste e Alegre, uma exposição es-treada na Galeria do Diário de No-tíciizs em 1958 e publicada em li-vro, um ano mais tarde, com ex-certos de poemas de autores portugueses. A obra esteve esque-cida durante anos, mas foi recu-perada e hoje faz parte das mais importantes edições a nível inter-nacional, segundo a obra de histó-ria do livro de fotografia The Pho-tobook. Já para não falar no papel que teve na modernização das ar-tes gráficas, por exemplo, ao criar com José Cardoso Pires a coleção de livros de bolso As Três Abelhas (na editorial Gleba e posterior-mente na Europa-América), ou a linha gráfica da Editorial Arcádia.
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Tiragem: 24614
País: Portugal
Period.: Diária
Âmbito: Informação Geral
Pág: 33
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Área: 11,22 x 30,00 cm²
Corte: 2 de 2ID: 69100614 15-04-2017
Este espírito da Renascença per-passou para o ateliê, em especial nos trabalhos para cabeleireiros e na importação do modelo de snack-bar, no qual foram pionei-ros. Se hoje só sobrevivem, com poucas alterações, o Galeto (Lis-boa) e a Confeitaria Cunha (Porto), a intervenção no Pique-Nique, no Rossio, é considerado um "caso exemplar": o desenho da dupla es-tendeu-se ao mobiliário, logótipo, candeeiros, revestimento, tetos e aos sacos de papel. Nalguns casos até o nome do espaço era criado de raiz para a integração na imagem de marca: Pam-Pam,11que-Taque, Pisca-Pisca, Zigue-Zague, etc. "Es-tamos aqui perante uma obra em que o arquiteto se assume como artista total", resume Patrícia Ben-to d'Almeida.
A exposição, pensada com o in-tuito de ser "pedagógica", não tem plantas. É constituída por esquis-sos, fotografias, azulejaria e peças de mobiliário e está dividida em cinco núcleos: a constituição' a dupla, estabelecimentos comer-ciais, moradias, habitação e equi-pamentos. No primeiro núcleo, destaque para o papel da dupla na edição (e renovação) da revista Ar-quitectura, bem como para um conjunto de entrevistas a colegas
de profissão. No núcleo dos esta-belecimentos, além dos snack--bars, há peças de mobiliário e de azulejaria que não passam desper-cebidas.
Ao visitarmos o terceiro espaço expositivo, os curadores revelam outra característica inovadora da dupla: os próprios deslocavam-se às hastas públicas e apresenta-vam-se aos proprietários dos terre-nos, o que explica como é que da centena de moradias que projetou, cerca de metade se situe no Reste-lo. Palia e Bento d'Almeida foram protagonistas de uma iniciativa da revista feminina Eva: todos os anos, entre 1952 e 1969, era sorteada uma casa desenhada no ateliê. Nas moradias ou na habitação, os prin-cípios da nova arquitetura de Cor-busier foram adotados.
No último núcleo, são exemplos de equipamentos edificados as es-colas doVale Escuro e dos Olivais, a fábrica da Martini & Rossi ou o al-deamento das Açoteias, o primeiro equipamento turístico do género em Portugal.
Victor Palia e Bento D'Almeida Arquitetura de outro tempo
Garagem Sul do CCB Até i8 de junho
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Tiragem: 26500
País: Portugal
Period.: Semanal
Âmbito: Informação Geral
Pág: 42
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Área: 12,76 x 10,78 cm²
Corte: 1 de 1ID: 69100881 15-04-2017
Espetáculos e Exposi ões
FADA JUJU E A FESTA DOS SENTIDOS De 19 a 27 de maio Teatro de Trindade, Lx Um espectáculo de teatro musical inclusivo sobre uma jovem fada que tem como amigos a Margarida.
DOIS HOMENS COMPLETAMENTE NUS Sex., 22h, Teatro Villaret, Lisboa Miguel Guilherme, Jorge Mourato, Sandra Faleiro e Susana B)27PT interpretam a peça do dramaturgo francês Sébastien Thiéry.
MARCHA INVENCIVEL Até 29 de abril Teatro Politécnico. Lx Um espectáculo d' Os Pos-sessos para um tempo in-vencível, em que o sonho se torna insónia e despertar é desiludir-se.
LEONARDO DA VINCI - AS INVENÇÕES DO GÉNIO Até 31 de julho Edifício da Alfândega do Porto, Porto Leonardo da Vinci, artista italiano que per-sonificou o ideal renascentista, é lembrado na sua faceta de inventor..
BRASIL JUNINO Sáb. e dom. Pavilhão Portugal, Lx Os santos António, Pe-dro e João vêm juntos na embaixada de uma das maiores celebra-ções populares brasileiras.
VICTOR PALLA E BENTO D'ALMEIDA. ARQUITECTURA DE OUTRO TEMPO Até 18 de junho CCB, Lisboa Primeira exposição sobre a obra do atelier dos arquitectos, dois nomes do movimento moderno em PortugaL
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Arquitetura de outro tempo no CCB
Tipo Meio: Internet Data Publicação: 14-04-2017
Meio: Cultura de Borla Online
URL:http://culturadeborla.blogs.sapo.pt/arquitetura-de-outro-tempo-no-ccb-4489975
Arquitetura de outro tempo no CCB 11 de abril a 18 de junho | Garagem Sul | Exposições de Arquitetura Victor Palla e Bento d'Almeida Arquitetura de outro tempo Victor Palla e Joaquim Bento d'Almeida, dupla de arquitetos que aderiram aos princípios do MovimentoModerno, foram os responsáveis pela modernização de inúmeros estabelecimentos comerciais,fábricas, escolas primárias, habitação permanente e temporária, estendendo ainda a sua atividade aodesign e às artes em geral. A sua obra dá origem à exposição Arquitetura de outro tempo, comcuradoria de Patrícia Bento d'Almeida com João Palla Martins. Visitas guiadas: 22 de abril e 6 maio | sábados às 11:00 Comprar culturadeborla 14.04.17
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Primeira mostra dos arquitectos Victor Palla e Bento d´Almeida no CCB
Tipo Meio: Internet Data Publicação: 13-04-2017
Meio: Sábado Online Autores: Diogo Barreto
URL:http://www.pt.cision.com/s/?l=8f0810d3
"Eram homens dos sete ofícios", explica Patrícia Bento d'Almeida, uma das curadoras da exposiçãoVictor Palla e Bento d'Almeida - Arquitetura de Outro Tempo. A mostra, que está em exposição naGaragem Sul do Centro Cultural de Belém, em Lisboa, é a primeira retrospectiva sobre o trabalhodesenvolvido em conjunto pelos arquitectos portugueses Victor Palla e Joaquim Bento d'Almeida aolongo de mais de 25 anos. A curadoria está a cargo de dois netos dos arquitectos: Patrícia Bentod'Almeida e João Paula Martins.A dupla de arquitectos modernos desenvolveu cerca de 700 projectos em conjunto entre 1946 e 1974e o que se apresenta agora pela primeira vez é uma selecção do espólio do ateliê, algumas peças decolecções particulares, algumas fotografias actuais de espaços desenvolvidos pela dupla e aindafotografias da colecção privada de Victor Palla. A exposição está dividida em cinco núcleos principais que pretendem dar a conhecer o trabalho deVictor Palla e Bento d'Almeida de forma transversal, passando em revista os primeiros snack-bars"americanos" em Lisboa (entre os quais o Pique Nique, com uma peça de Júlio Pomar), oscabeleireiros e farmácias inovadoras e as moradias na vanguarda da modernidade em Portugal. Oscinco núcleos da exposição são os seguintes: Atelier, Estabelecimentos Comerciais, Moradias, Edifíciose Equipamentos. A Garagem Sul do Centro Cultural de Belém vai encher-se de peças criadas pelos dois arquitectos:desde papel de carta desenvolvido pela dupla no seu ateliê e cartões com mensagens natalíciasenviados todos os anos aos clientes, a esquissos e projectos para moradias, apartamentos, fábricas,unidades hoteleiras ou escolas primárias. Há ainda espaço para páginas de revistas como Arquitectura - enquanto a publicação foi editada peladupla - e EVA, com a qual a dupla colaborou nos sorteios de uma casa unifamiliar que a revistaoferecia todos os Natais. Durante 17 anos, a dupla projectou uma casa por ano para ser oferecida aovencedor do "Grande Prémio de Natal" da revista. O local onde se faria a casa era escolhido pelafamília vencedora, mas o projecto dos arquitectos era intocável. A dupla de arquitectura tentava "integrar as artes" na grande maioria dos seus projectos - através deobras de outros artistas ou desenvolvidas por si -, sem descurar a modernidade. Victor Palla e Bento d'Almeida - Arquitetura de Outro Tempo Garagem Sul - Centro Cultural de Belém, Lisboa Até 18/6 . 3.ª a dom.,10h-18h . EUR4, grátis: até 18 anos e mais de 65Visitas guiadas: Galeto,
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22 Abril - 11h Escola EB1 Santa Maria dos Olivais, 6 Maio - 11h 12.04.2017 08:00 por Diogo Barreto
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Tiragem: 93360
País: Portugal
Period.: Semanal
Âmbito: Interesse Geral
Pág: 117
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Área: 18,00 x 27,00 cm²
Corte: 1 de 2ID: 69055715 13-04-2017
Há uma imagem composta por fotografias a preto e branco de duas figuras em que, olhando de repente, uma parece o ensaísta e filósofo alemão Walter Benjamin, de óculos redondos e bigode, e a outra, Almada
Negreiros, de perfil, semblante alongado. O primeiro é Victor Palla e o segundo Bento d’Almeida, a dupla de arquitetos que desenhou o primeiro snack bar em Portugal. Todos pensaram e trabalharam sobre a ideia de ser “moderno”. Todos escreveram manifestos sobre/contra o tradicionalismo.
“Estamos numa época em que a arquitetura do Estado Novo, um pouco monumental, se mistura com uma arquitetura de cariz tradicional nas moradias”, contextualiza João Palla Martins, cocurador desta Arquitetura de Outro Tempo sobre a dupla Victor Palla/ Bento d’Almeida. “Serão os jovens nascidos nos anos 20 que, em 1948, estão a fazer o manifesto no Primeiro Congresso de Arquitetura em Portugal, em Lisboa. E têm uma voz muito crítica sobre o estado da arquitetura da altura.”
No módulo 1 da exposição, podemos conhecer a dupla que partilhou ateliê entre 1947 e 1973 e assinava os projetos todos em conjunto. O segundo módulo é dedicado aos estabelecimentos comerciais e entram aqui os
revolucionários snack bars. “O proprietário do Términus convidou-os a ir a Londres visitar este modelo. Eles vão estudá-lo e, depois, desenhá- -lo em Portugal e vão ter de explicar o que é isto de comer na barra, que servia o cliente e o empregado ao mesmo tempo”, explica a curadora Patrícia Bento d’Almeida. “O balcão oferece esta possibilidade de comer rapidamente, os tempos estavam a acelerar.” O Galeto, na Avenida da República, Lisboa, é dos que resiste nos dias de hoje. No Porto, sobrevive a confeitaria Cunha. Foram também autores do Pique Nique, no Rossio, com um painel de Júlio Pomar, do Tique Taque, do Pam Pam, e desenhavam tudo, do mobiliário ao equipamento. A abertura para o exterior, através de grandes vidraças, e os néons são outro traço do imaginário gráfico presente na arquitetura desta dupla, que desenhou cabeleireiros, lojas, moradias (módulo 3 da exposição), edifícios de habitação e escritórios (módulo 4), escolas primárias, fábricas (Martini, Kores, Bayersdorf), propostas para hotéis além-mar ou complexos turísticos (módulo 5).
Conta Patrícia Bento d’Almeida, recordando uma entrevista que fez a Victor Palla: “Lembro-me de usar a palavra espólio e ele me dizer 'não digas espólio, isto não tem esse valor desse ponto de vista, para nós era material de trabalho'”. Agora, é material de exposição. Cláudia Marques Santos
Victor Palla/Bento d'Almeida, Arquitetura de Outro Tempo LisboaTique taque, tique taque...A exposição organizada pelos netos de Victor Palla e Bento D’Almeida reúne desenhos, correspondência, publicações, fotografias e objetos da dupla que marcou a arquitetura moderna em Portugal
D.R.
Garagem Sul, Centro Cultural de Belém > Pç. do Império, Lisboa > T. 21 361 2400 > até 18 jun > ter-dom 10h-18h > €4
No projeto original de Vitorio Grego-tti e Manuel Salgado para o Centro Cultural de Belém este espaço era um parque de estacio-namento, mas nunca teve esse uso e, desde 2012, os 2125 metros quadrados da Garagem Sul têm sido uti-lizados para exposições sobre arquite-tura.
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Tiragem: 93360
País: Portugal
Period.: Semanal
Âmbito: Interesse Geral
Pág: 96
Cores: Cor
Área: 4,83 x 1,07 cm²
Corte: 2 de 2ID: 69055715 13-04-2017Exposição: Victor Palla e Bento d’Almeida, dupla revisitada
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Tiragem: 100000
País: Portugal
Period.: Semanal
Âmbito: Lazer
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Área: 17,91 x 24,15 cm²
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Arquitectos de "outro tempo"
ram homens dos sete ofícios", explica Patri-cia Bento d'Almeida, uma das curadoras da exposição Victor Palia e Bento dAlmeida -
Arquitetura de Outro Tempo. A mostra, que está em exposição na Garagem Sul do Centro Cul-tural de Belém, em Lisboa, é a primeira retrospecti-va sobre o trabalho desenvolvido em conjunto pe-los arquitectos portugueses Victor Palla e Joaquim Bento d'Almeida ao longo de mais de 25 anos. A curadoria está a cargo de dois netos dos arquitec-tos: Patrícia Bento d'Almeida e João Paula Martins.
A dupla de arquitectos modernos desenvolveu
cerca de 700 projectos em conjunto entre 1946 e 1974 e o que se apresenta agora pela primeira vez é uma selecção do espólio do ateliê, algumas peças de colecções particulares, algumas foto-
grafias actuais de espaços desenvolvidos pela dupla e ainda fotografias da colecção privada de
Victor Palia. A exposição está dividida em cinco núcleos
principais que pretendem dar a conhecer o traba-lho de Victor Palla e Bento d'Almeida de forma transversal, passando em revista os primeiros snack-bars "americanos• em Lisboa (entre os quais o Pique Nique, com uma peça de Júlio Po-mar), os cabeleireiros e farmácias inovadoras e as
VICTOR PAULA E BENTO D'ALMEIDA
ARQUITETURA DE OUTRO TEMPO GARAGEM SUL - CENTRO
CULTURAL DE BELÉM. LISBOA Até 18/6 • 3a a dom.
10h-18h • E4. grátis. até 18 anos e mais de 65
Visitas guiadas: Galeto.
22 Abril - 11h Escola EB1 Santa Maria
dos Olivais, 6 Maio -11h
Moradia do Comandante Teixeira da Silva, em Lisboa
Projectos para snack-bars, cabeleireiros, moradias, fábricas e escolas de Bento d'Almeida é Victor Palla
chegam á Garagem Sul, no CCB, em Lisboa
TEXTO DIODO BARRETO
A DUPLA TENTAVA INTEGRAR PEÇAS DE ARTE NA MAIOR PARTE DOS SEUS PROJECTOS
Snack-bar Confeitaria
Cunha, no Porto. Fotografia de 2016
moradias na vanguarda da modernidade em Por-tugal. Os cinco núcleos da exposição são os se-
guintes: Atelier. Estabelecimentos Comerciais. Moradias, Edifícios e Equipamentos.
A Garagem Sul do Centro Cultural de Belém vai encher-se de peças criadas pelos dois arquitectos: desde papel de carta desenvolvido pela dupla no seu ateliê e cartões com mensagens natalícias en-viados todos os anos aos clientes, a esquissos e projectos para moradias, apartamentos. fábricas. unidades hoteleiras ou escolas primárias.
Há ainda espaço para páginas de revistas como
Arquitectura - enquanto a publicação foi editada
pela dupla - e EVA, com a qual a dupla colaborou nos sorteios de uma casa unifamiliar que a revista oferecia todos os Natais. Durante 17 anos, a dupla projectou uma casa por ano para ser oferecida ao vencedor do 'Grande Prémio de Natal" da
revista. O local onde se faria a casa era escolhi-do pela família vencedora, mas o projecto dos arquitectos era intocável.
A dupla de arquitectura tentava 'inte-grar as artes' na grande maioria dos seus projectos - através de obras de outros artistas ou desenvolvidas por si -, sem descurar a modernidade. O
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Âmbito: Lazer
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Área: 18,30 x 25,60 cm²
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Arte
Arquitectura total num snack-bar
O trabalho de Victor Palla e Bento d'Almeida organiza-se numa exposição pela primeira vez
e Catarina Moura derramou uma lágrima pelas lojas modernas de Lisboa.
SNACK-BAR É UM ESTRANGEIRISMO QUASE MALDITO desde que todos os sítios
que vendem croquetes se apropriaram dele. Imagine o tempo em que entrar num salão de balcão comprido e cadeiras altas para se sentar a petiscar - o verdadeiro conceito de snack-bar - era viver o sonho americano. O ateliê de arquitectura de Victor Palia e Joaquim Bento d'Almeida recebeu uma encomenda para desenhar uma destas lojas nos anos 50. Seria a primeira em Portugal, no Rossio, e os problemas eram tão básicos como "em que categorias licenciar isto?". Estudaram revistas de arquitectura, fizeram viagens ao estrangeiro, desenharam o "Piquenique", do espaço aos bancos; atrás do balcão, painéis de Júlio Pomar. "Era o fechamento do Estado Novo. Eles diziam 'tínhamos de desenhar tudo porque não havia nada", conta João Palia Martins. neto do arquitecto Palia. Anos 60 dentro. quando já eram clássicos os snack-bars desenhados pela dupla, como o Galeto, estar lá dentro "era vivenciar aquilo que se via nos filmes americanos", explica Patrícia Bento d'Almeida, neta do outro arquitecto.
Agora nas pessoas dos netos, Bento d'Almeida e Palia voltam a encontrar-se para a
Time Out Lisboa 12 - 18 Abril 2017
curadoria da primeira exposição sobre a obra
do ateliê dos avôs - 700 projectos de 1946-74. "Victor Palla e Bento d'Almeida: Arquitectura de Outro tempo" abre quarta-feira ao público na Garagem Sul doCCB e revela o trabalho deste ateliê que ajudou a trazer a modernidade do seu tempo para o país, em contra-corrente com a arquitectura do regime, e que olhou a arquitectura como uma arte onde cabem todas as outras, desenhando em várias escalas, da coluna, ao cinzeiro.
Na cave onde se monta a exposição ainda está a chegar algum mobiliário para a mostra. Algumas lojas já fecharam há muito, outras estão no mesmo sitio mas de interior refeito.
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"As vezes quando sabemos das falências já não vamos a tempo de ir lá buscar nada". conta Patrícia ao passar pelo núcleo onde se mostram projectos dos snack-bars, cabeleireiros, sapatarias. "Criavam uma identidade própria para cada casa, até nos desenhos originais dos azulejos", continua João, que vê nisto um "espírito renascentista" já que faziam de tudo também nos desenhos de moradias. aldeamentos turísticos, fábricas.
As encomendas quase nunca foram públicas (a excepçãosào duas escolas. presentes na exposição). E ainda bem. porque com o antigo regime não dava para criar amizades ou passarem fé rias juntos, como com os outros
PERFEITO PARA
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Victor Palia eloaquim Bento d'Aimeida
clientes. A maneira de estar descontraída, as conversas em trocadilho, os cartões de natal com piadas que desenhavam (no pirmeiro núcleo da mostra) não saem da memória destes netos que já não conheceram os avôs enquanto arquitectos. Conheceram-lhes acapacidade de fazerdetudo."Não imaginaas vezes que o seu avô veio aqui afinara cadeira", disse aJoão um dos donos da Confe itaria Cunha, no Porto.• -, Praça do impédo,67. Ter•Dom 10-00-18.00. Até 18 dejunbo.«
LE veja como eram refinados os primeiros snack-bars liboetas
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Period.: Semanal
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Índice 12-4-2017
1 !I
p40 A modern e Bento d AltneWa no CCB
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Homenagem aos arquitectos Victor Palla e Bento d´Almeida
Tipo Meio: Internet Data Publicação: 11-04-2017
Meio: Diário Imobiliário Online
URL:http://www.pt.cision.com/s/?l=7307dadb
11 de Abril de 2017 A primeira exposição dedicada à dupla de arquitectos Victor Palla (1922-2006) e Joaquim Bentod'Almeida (1918-1997), responsáveis pela introdução do modelo americano de 'snack-bar' emPortugal, é hoje inaugurada no Centro Cultural de Belém, em Lisboa. A dupla de arquitectos, conhecida indiferentemente por Bento d'Almeida e Victor Palla ou Victor Palla eBento d'Almeida, constituiu um atelier em 1946 e aderiu à arquitectura moderna, tendo-seempenhado na militância da profissão e mantendo-se no activo por mais de 25 anos. É o resultado dessa parceria - que se traduziu em mais de 700 projectos em Portugal e em África -que está pela primeira vez patente ao público, a partir de hoje e até dia 10 de Junho. Apesar de serem escassas as obras que se mantiveram inalteradas, juntando o legado do atelier ainformação proveniente de colecções particulares e de arquivos públicos foi possível aos curadores (enetos dos arquitectos), Patricia Bento d'Almeida e João Palla Martins, montar esta exposição. A mostra encontra-se dividida em cinco núcleos: construção da dupla; estabelecimentos comerciais('snack-bars', farmácias, cabeleireiros e institutos de beleza e lojas); moradias de iniciativa privada ede época; edifícios (habitação familiar e escritórios); equipamentos (escolares, fabris, hoteleiros e delazer). No primeiro núcleo é possível, através sobretudo de fotografias que tiravam um ao outro, perceber aforma como trabalhavam em conjunto estes dois arquitectos que cedo perceberam que "nãofuncionavam um sem um outro" e decidiram, por isso, criar um atelier, explicou Patricia Bentod'Almeida, durante uma visita guiada à exposição. Além dos retratos, há uma fotografia reveladora do trabalho no atelier, com os dois arquitectos evários desenhadores em redor de uma mesa, bem como modelos do design gráfico do atelier, comopapéis de carta e exemplares da revista Arquitectura, na qual colaboraram (nomeadamente nodesenho da capa) a partir do número 25. Ainda neste núcleo há um pequeno filme de entrevistas a arquitectos, artistas e ilustradores da época,como é o caso de Abel Manta, que privaram com os arquitectos, assim como exemplares de cartões deboas festas desenhados por eles para clientes e amigos. O segundo núcleo é sobretudo dedicado aos 'snack-bars', modelo de bar americano que foi trazidopara Portugal pela dupla e que era totalmente desconhecido, ao ponto de terem tido que explicar àCâmara Municipal de Lisboa, em memória descritiva, em que consistia: "'Snack' significa refeiçãoligeira e 'bar' significa barra, portanto uma refeição ligeira à barra, ou seja, servir refeições ligeiras aolongo de um balcão", contou a curadora. Términus foi o primeiro snack-bar em Portugal, precursor de um trabalho de design que se estendeu
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ao longo de anos e que resultou em 'snack-bars' emblemáticos em Lisboa como o Pique-Nique, Tique-Taque, Pam-Pam, ou os ainda existentes Galeto (Av. da República) e, no Porto, a Confeitaria Cunha(rua Sá da Bandeira), todos eles presentes na exposição, em fotografias, plantas e mostras deazulejos decorativos de interiores. Quanto a outros estabelecimentos comerciais, destaca-se a transformação de apartamento emcabeleireiros ou a criação de institutos de beleza, dos quais há plantas, fotos e até um exemplar deuma poltrona de um cabeleireiro. No âmbito das moradias, receberam encomendas para vários projectos habitacionais ou de férias, emque exploraram a nova arquitectura, seguindo a linha de Corbusier, como a ligação de dois andaresem rampa, a elevação da casa sobre pilotis, com um jardim por baixo, janelas grandes, corridas elongas e aproveitamento da cobertura para terraço-solário. A dupla foi também responsável pelos projectos das moradias unifamiliares que a revista Eva começoua sortear em 1952, no Natal, dos quais existem exemplares em desenho, planta, esquisso e fotografia. A finalizar a exposição, no núcleo dos edifícios, há projectos de prédios de rendimento (habitaçãocolectiva de iniciativa privada), bem como, no núcleo dos equipamentos, fotografias e plantas deescolas, fábricas e estabelecimentos hoteleiros. Bilheteira Entrada Grátis para menores de 18 anos , bilhete pago a partir dos 18 anos (inclusivé) Horário de funcionamento De terça a domingo | Encerra à segunda-feira Das 10:00 às 18:00 Última entrada 17:30 Lusa/DI
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Tiragem: 12500
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Period.: Semanal
Âmbito: Lazer
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Área: 18,30 x 8,28 cm²
Corte: 1 de 1ID: 69055876 12-04-2017
OBRIGATÓRIO Três coisas que tem de fazer esta semana
Foram responsáveis pela introdução em Portugal do modelo americano de snack-bar,
mas o legado dos arquitectos Victor Palla e Bento d'Almeida é bem mais vasto. É entrar na
Garagem Sul do CCB. E na página 39.
Terça-feira festeja-se o Dia Internacional dos Monumentos e Sítios e durante uma semana vai poder escolher entre mais de
100 actividades. Na página 32 encontra uma refinada selecção para o arranque monumental.
O encenador João Pedro Mamede resume Marcha Invencível como 'amor em tempos
de guerra'. A distópica peça da companhia
Os Possessos sobe ao palco do Teatro da Politécnica e da página 54.
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Victor Palla e Joaquim Bento d´Almeida, os arquitetos do snack-bar
Tipo Meio: Internet Data Publicação: 10-04-2017
Meio: Observador Online Autores: Rita Cipriano
URL:http://www.pt.cision.com/s/?l=cfa90815
A dupla foi responsável pela modernização de inúmeros estabelecimentos comerciais portugueses. Aprimeira exposição dedicada aos dois arquitetos é inaugurada esta terça-feira no CCB, em Lisboa. Victor Palla e Joaquim Bento d'Almeida, uma dupla de arquitetos ligada ao Movimento Moderno, nuncativeram direito a uma exposição pública. Mas isso está prestes a mudar. Esta terça-feira, pelas 19h,vai ser inaugurada no Centro Cultural de Belém a mostra Arquitectura de outro tempo, que reúnevários trabalhos dos dois arquitetos que, durante 25 anos, foram responsáveis por mais de 700projetos e pela modernização de inúmeros estabelecimentos comerciais portugueses. E mais: pelaintrodução em Portugal do modelo norte-americano de snack-bar. Victor Palla nasceu a 13 de março de 1922, em Lisboa, e Joaquim Bento d'Almeida quatro anos antes.Os dois conheceram-se no Porto, depois de terem pedido transferência da Escola de Belas Artes deLisboa, marcada por um ensino académico e opressivo. Empenhados na militância da profissão,criaram em 1946 um ateliê conjunto, que funcionou até 1973. Ligados ao movimento da chamadaArquitetura Moderna, criaram durante esse período mais de 700 projetos, dos mais variados, emPortugal mas também em África. Conhecidos por terem sido os primeiros a introduzir em solo português o modelo norte-americano desnack-bar, foram ainda os responsáveis pela modernização de inúmeros estabelecimentos comerciais,desde charcutarias a cabeleireiros, passando por agências bancárias e farmácias, dando especialimportância à remodelação das fachadas numa altura em que nascia uma nova forma de acolher osclientes. Desenharam fábricas, escolas primárias, habitação permanente, temporária (como hotéis ealdeamentos turísticos), e as moradias unifamiliares que a revista Eva sorteava todos os Natais. As casas começaram a ser sorteadas em 1952. Apetrechadas com o mais moderno mobiliário eequipamento, eram construídas pela dupla de arquitetos num local escolhido pelo feliz contemplado. Com uma atividade ligada à arquitetura, mas também ao design e às artes, os dois arquitetosdeixaram um extenso legado, que a exposição do Centro Cultural de Belém pretende dar a conhecer.Dividida em quatro núcleos principais - "Estabelecimentos Comerciais", "Moradias", "Edifícios" e"Equipamentos" - Arquitectura de outro tempo, com curadoria de João Palla Martins e Patrícia Bentod'Almeida, reúne informação oriunda de coleções privadas e arquivos públicos. A exposição, que será inaugurada esta terça-feira, pelas 19h, na Garagem Sul do Centro Cultural deBelém, pretende, na palavra dos curadores, mostrar como "a 'sociedade particular conhecidaindiferentemente por Bento d'Almeida e Victor Palla ou Victor Palla e Bento d'Almeida', revelouabordagens multidisciplinares e de 'outro tempo', com uma profícua atividade desenvolvida, cuidandoaté ao mais ínfimo pormenor, e simultaneamente alargando a intervenção às áreas do design eintegração das artes". O reencontro com o material agora exposto permite-nos um novo olhar sobre este ateliê e suacontribuição para a História da Arquitetura Portuguesa", consideraram João Palla Martins e Patrícia
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Bento d'Almeida numa nota enviada à comunicação social. Arquitectura do outro tempo será inaugurada esta terça-feira, 10 de abril, pelas 19h, na Garagem Suldo Centro Cultural de Belém. Ficará patente na sala de exposições de arquitetura até 18 de junho,podendo ser visita de terça a domingo, das 10h às 18h. Os bilhetes custam 4 euros. A entrada é grátispara menores de 18 anos. Rita Cipriano
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Tiragem: 7000
País: Portugal
Period.: Trimestral
Âmbito: Outros Assuntos
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Área: 8,55 x 14,23 cm²
Corte: 1 de 1ID: 69857214 01-04-2017
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VICTOR PALLA E BENTO D'ALM El DA - ARQUITETURA DE OUTRO TEMPO ATE 18 DE JUNHO GARAGEM SUL — CCB
Integrando a geração de arquitetos que ade-re aos princípios do Movimento Moderno, a atividade profissional da dupla Victor Pal-ia (1922-2006) e Joaquim Bento d'Almeida (1918-1997), foi exercida ao longo de 25 anos (1947-1973). Esta obra, reconhecida pela his-toriografia e crítica da arquitetura portuguesa, é agora alvo de exposição pública, com mais de 700 projetos, com curadoria de Patrícia Bento D'Almeida e João Palia Martins. Esta dupla foi responsável pela modernização de inúmeros estabelecimentos comerciais, fá-bricas, escolas primárias, habitação perma-nente (moradias unifamiliares e edifícios de habitação multifamiliar) e temporária (hotéis e aldeamentos turísticos), estendendo ainda a atividade às áreas do design e das artes.
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RTP 3
Duração: 00:03:19
OCS: RTP 3 - Horas Extraordinárias (As)
ID: 69054140
11-04-2017 19:55
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Exposição Arquitetura
http://www.pt.cision.com/cp2013/ClippingDetails.aspx?id=8b529075-6b19-400c-b932-
4f4afe14ebd4&userId=6fc19fef-3062-4c74-bccc-e978701ebec6
Espaço aberto ao pensamento arquitetónico aqui na Garagem Sul do Centro Cultural de Belém, destavez para dar a ver o trabalho da dupla Victor Palla e Bento d' Almeida.Comentários de Elísio Summavielle, presidente do CCB.
Repetições: RTP 3 - Horas Extraordinárias (As) , 2017-04-11 02:03
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O snack-bar e o novo mundo
Tipo Meio: Internet Data Publicação: 23-05-2017
Meio: Expresso Online Autores: Luís M. Faria
URL:http://expresso.sapo.pt/cultura/2017-05-23-O-snack-bar-e-o-novo-mundo
Snack-Bar Galeto I, em Lisboa João Palla Martins A obra de Vitor Palla e Bento d'Almeida, dois dos mais importantes arquitetos portugueses do séculoXX, lembrada numa exposição e num livro que esta terça-feira é lançado no CCB Luís M. Faria Jornalista A ideia de pensar a arquitetura como um todo, quase como uma espécie de obra de arte total, não éexclusiva do Modernismo. Mas foi ele que em Portugal deu resposta ao mundo acelerado do pós-guerra; um mundo um pouco menos diferente aqui, pelos tristes motivos que se sabem. Em 1946, Vítor Palla e Bento D' Almeida, dois arquitetos que tinham ido estudar para o Porto (menosconservador do que Lisboa nessas matérias), fundaram um ateliê que teria um papel central nacriação de edifícios e espaços emblemáticos do novo modo de vida. O snack-bar, uma invenção importada da América, tornou-se o símbolo da novidade: um espaço ondeas mesas separadas são largamente substituídas pelo balcão, permitindo um consumo mais rápido euma interação mais direta quer entre os frequentadores quer entre eles e os empregados, cujo serviçotambém ficou mais expeditado. Os snack-bars criados pelos dois arquitetos tinham muitas vezes nomes que sugeriam dinamismo -ZigZag, Pam-Pam, TiqueTaque - e uma estética coerente no mobiliário e decoração, desde as cadeiasaos candeeiros e aos próprios menus. Não raro, encontravam-se lá painéis de artistas portugueses daépoca. Quem anda agora pela meia-idade ainda recorda vários desses espaços entretantodesaparecidos. Dois que sobrevivem são o Galeto, em Lisboa (junto ao Saldanha) e a ConfeitariaCunha, no Porto (Rua Sá da Bandeira). Confeitaria Cunha, no Porto Arménio Teixeira Mas Vitor Palla e Bento D'Almeida não desenharam apenas snack-bars. Casas, escolas, bancos,farmácias, cabeleireiros, lojas e até fábricas contam-se entre os mais de setecentos projetos queassinaram. No Centro Cultural de Belém encontra-se desde o mês passado uma exposição que faz justiça aotrabalho do ateliê, encerrado em 1973. Esta terça-feira o livro que a acompanha é lançado no mesmolocal às 18 horas.
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"Vítor Palla e Bento D'Almeida. Arquitetura de Outro Tempo" (ed. Caleidoscópio) tem um títuloperfeitamente adequado. É mesmo de um outro tempo que se trata, embora em muitos aspetosessenciais o nosso o prolongue. Com 160 páginas, o livro contém ensaios de familiares dos doisarquitetos e uma grande abundância de desenhos, fotografias, etc, além de uma lista de todos osprojetos do ateliê. 23.05.2017 às 16h10 Luís M. Faria
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