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1 Boletim CONT-TRIB-JUR em 15.set.2014 "Os homens são como os rios: quanto mais profundos são, menos barulho fazem!" (Provérbio chinês) Versão para testes do programa da Escrituração Contábil Fiscal (ECF) Foi publicada a versão para testes do programa da Escrituração Contábil Fiscal (ECF). Nessa versão será possível criar uma ECF, importar dados da ECD (Escrituração Contábil Digital) e testar os blocos de 0 a N. Versão 0.04.000beta da ECF Utilize o email [email protected] para reportar erros do programa da ECF. Empresas que ainda não detalham os tributos em suas notas fiscais poderão ser punidas a partir de outubro A referida lei também menciona que o descumprimento sujeitará o infrator às sanções previstas no Capítulo VII do Título I da Lei n 8.078 de 11.09.90 (exemplos: multas, suspensão da atividade e cassação da licença de funcionamento). A Lei 12.741/2012 dispõe que nos documentos fiscais emitidos por ocasião da venda ao consumidor de mercadorias e serviços, em todo território nacional, deverá constar a informação do valor aproximado correspondente à totalidade dos tributos federais, estaduais e IPECONT – Instituto de pesquisas Contábeis e Tributárias – http://www.ipecont.com.br/contato

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Boletim CONT-TRIB-JUR em 15.set.2014

"Os homens são como os rios: quanto mais profundos são, menos barulho fazem!"

(Provérbio chinês)

Versão para testes do programa da Escrituração Contábil Fiscal (ECF)Foi publicada a versão para testes do programa da Escrituração Contábil Fiscal (ECF). Nessa versão será possível criar uma ECF, importar dados da ECD (Escrituração Contábil Digital) e testar os blocos de 0 a N.

Versão 0.04.000beta da ECF

Utilize o email [email protected] para reportar erros do programa da ECF.

Empresas que ainda não detalham os tributos em suas notas fiscais poderão ser punidas a partir de outubroA referida lei também menciona que o descumprimento sujeitará o infrator às sanções previstas no Capítulo VII do Título I da Lei n 8.078 de 11.09.90 (exemplos: multas, suspensão da atividade e cassação da licença de funcionamento).

A Lei 12.741/2012 dispõe que nos documentos fiscais emitidos por ocasião da venda ao consumidor de mercadorias e serviços, em todo território nacional, deverá constar a informação do valor aproximado correspondente à totalidade dos tributos federais, estaduais e municipais, cuja incidência influi na formação dos respectivos preços de venda. Dentre os tributos estão o ICMS, ISS, IPI, IOF, PIS, Cofins, e em alguns casos a Cide, o PIS e a Cofins incidentes sobre a importação.

A referida lei também menciona que o descumprimento sujeitará o infrator às sanções previstas no Capítulo VII do Título I da Lei n 8.078 de 11.09.90 (exemplos: multas, suspensão da atividade e cassação da licença de funcionamento).

Vale dizer, as empresas precisam se adaptar para informar os valores dos tributos que recaem sobre as suas operações de vendas e serviços.

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Contudo, considerando a dificuldade em realizar os ajustes necessários e por em prática a determinação da lei, foi editada a MP 649 de 05 de junho 2014 que  menciona que as sanções somente começarão a valer somente a partir de 2015. De fato, pelo texto da MP “a fiscalização, no que se refere à informação relativa à carga tributária.., será exclusivamente orientadora até 31 de dezembro de 2014?.

Ocorre que as MPs têm duração de 60 dias, sendo que sua vigência pode ser prolongada por período idêntico. A MP que não obtiver aprovação na Câmara e no Senado até o prazo mencionado perde a validade desde a edição, ficando o(a) presidente da República impedido(a) de reeditá-la na mesma sessão legislativa.

No caso, a MP 649 que foi editada em 05 de junho e deverá ser aprovada até dia 04 de outubro, sob pena de perder a sua validade. Contudo, a possibilidade da MP ser aprovada até essa data é remota em vista da proximidade das eleições.

Assim, aqueles empresários que ainda não se adequaram para fins de discriminar na nota fiscal ou em local visível os tributos embutidos no preço dos seus bens e serviços correm o risco de sofrer fiscalização e punições, pois a MP 649 está prestes a perder a sua validade.

Link: http://tributarionosbastidores.wordpress.com/2014/09/08/nf/ Fonte: Tributário nos Bastidores

Bloco K - Livro Controle da Produção e Estoque Deverá Integrar o SPED/Fiscal em 2015

Postado por José Adriano em 12 setembro 2014 às 10:37 Exibir blog

E, obrigatoriamente, a partir de 1º. de janeiro de 2015, deverá ser preenchido os dados existentes no Bloco K da EFD (Escrituração Fiscal Digital), referente ao Registro de Controle da Produção e do Estoque

A partir de janeiro de 2015 passa a vigorar mais uma obrigação acessória para as empresas brasileiras: a disponibilização de informações, por meio da SPED – EFD Fiscal, de dados relativos ao controle de produção e estoques. Tais informações deverão ser inseridas no denominado “bloco K” do SPED.

Os contribuintes devem enviar mensalmente o arquivo digital ao ambiente SPED, que substitui os seguintes Livros: Registro de Entradas, Registro de Saídas, Registro de Inventário, Registro de Apuração do IPI, Registro de Apuração do ICMS e Controle de Crédito de ICMS do Ativo Permanente – CIAP.

E, obrigatoriamente, a partir de 1º. de janeiro de 2015, deverá ser preenchido os dados existentes no Bloco K da EFD (Escrituração Fiscal Digital), referente ao Registro de Controle da Produção e do Estoque.

Com isso, a EFD ICMS/IPI passará a ser composta pelos seguintes blocos:

Bloco    Descrição

0             Abertura, Identificação e Referências

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C             Documentos Fiscais I – Mercadorias (ICMS/IPI)

D             Documentos Fiscais II – Serviços (ICMS)

E             Apuração do ICMS e do IPI

G            Controle do Crédito de ICMS do Ativo Permanente – CIAP

H             Inventário Físico

K             Controle da Produção e do Estoque (que entrará em vigor em 2015)

1             Outras Informações

9             Controle e Encerramento do Arquivo Digital

Observe-se que todos os estabelecimentos serão obrigados a preencher o Bloco K a partir de janeiro do próximo ano.

Com a inclusão do Livro Registro de Controle da Produção e do Estoque no SPED Fiscal, o Fisco passa a ter acesso à movimentação completa de cada item do estoque, além de conhecer o processo produtivo de cada empresa.

Com tais dados em mão, quando necessário, o Fisco poderá realizar o cruzamento quantitativo dos saldos apurados eletronicamente pelo SPED com os informados pelas empresas, através do inventário. Assim, eventuais diferenças entre os saldos, se não justificadas, poderão configurar sonegação fiscal.

Em tese, as informações assim disponibilizadas terão o condão de erradicar práticas como nota fiscal espelhada, calçada, dublada, subfaturada ou meia-nota, além da manipulação das quantidades de estoques por ocasião do inventário físico.

A escrituração do Livro de Registro de Controle da Produção e do Estoque será obrigatória na EFD a partir de (Ajuste Sinief 10/2014):

I – 1º de janeiro de 2015, para os contribuintes relacionados em protocolo ICMS celebrado entre as administrações tributárias das unidades federadas e a RFB;

II – 1º de janeiro de 2016, para os demais contribuintes.

Link: http://guiatributario.net/2014/09/11/livro-controle-da-producao-e-e...Fonte: Blog Guia Tributário

http://www.contadores.cnt.br/portal/noticia.php?id=34122&Cat=1&...

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“BLOCO K” reforça adoção de melhores controles sobre produção e estoque

O alerta é de Mauro Negruni, diretor de conhecimento e tecnologia da Decision IT e membro do grupo de empresas participantes dos projetos-piloto do SPED

Marcada para entrar em vigor a partir do dia 1º de janeiro de 2015 em alguns estados, a obrigatoriedade de apresentação do “Bloco K” do SPED Fiscal (Livro de Controle da Produção e Estoque, também chamado de Livro P3) já está levando milhares de fabricantes, ou equiparados, a trabalhar intensamente para promover a adaptação de seus processos e sistemas a esta nova demanda do Sistema Público de Escrituração Digital.

Se por um lado este módulo do SPED desnudará as informações de controle de produção e estoque, demandando dados dos processos produtivos desde os insumos até o produto acabado, por outro levará as empresas a redobrar seus esforços para a correta aplicação da contabilidade de custos e na preparação dos sistemas de TI, com o objetivo de gerar as informações exigidas nos padrões do SPED.

“O Bloco K ampliará o espectro de fiscalização das autoridades tributárias, pois com o monitoramento do processo produtivo, da movimentação de cada item de estoque e do inventário mensal, o fisco poderá cruzar estes dados captados entre si e com as demais escriturações do SPED, aumentando consideravelmente seu poderio fiscalizatório”, explica Mauro Negruni, diretor de conhecimento e tecnologia da Decision IT, consultoria especializada em prover soluções em tecnologia da informação para o atendimento do SPED.

Iniciado em Minas Gerais com o chamado “SPED Mineiro”, ou “SPED UAI” (Resolução nº 3.884/2007, revogada pela Resolução nº 4.619/2013), o “Bloco K” chega às indústrias ou estabelecimentos equipados de São Paulo a partir de 1º de janeiro de 2015 (Portarias CAT 147/2009 e 29/2014). O Ceará, por sua vez, segundo o Decreto nº 31.534/2014, estabeleceu o calendário de entrega para as indústrias, ou a elas equiparadas (2015), e para os demais contribuintes (2016).

O Rio Grande do Sul também se pronunciou, determinando que as indústrias, ou a elas equiparadas, apresentem o “Bloco K” somente a partir de 2016 (Instrução Normativa 047/2014). Para os demais estados, espera-se a publicação do calendário de exigência ou as listas de contribuintes obrigados a apresentar o “Bloco K” a partir de janeiro do próximo ano.

Segundo Negruni, o grande impacto deste módulo do SPED transcende a adaptação dos sistemas de tecnologia da informação, pois demanda, mais do que nunca, a correta execução da contabilidade de custos. “Este novo cenário exigirá das empresas a correta aplicação dos conceitos e regramentos da contabilidade de custos e a adaptação dos sistemas de gestão da organização para gerar e enviar essas informações de forma coerente e segura”, pondera.

Devido a toda esta mudança trazida pelo “Bloco K” e ao curto prazo para a integral adaptação dos sistemas internos e dos colaboradores à nova realidade, o ideal é que as empresas façam, antecipadamente, um detalhado diagnóstico dos ajustes necessários.

“A análise deve preceder a ação. Assim, é fundamental realizar um minucioso estudo do ambiente da organização, mapeando onde devem ser implementados os controles essenciais não só para cumprir este projeto do SPED, mas capitais para boa administração da companhia”, salienta Negruni.

Fonte: Segs via Mauro Negruni.

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7 casos que dispensam pagar IR pelo lucro com venda de imóveis 8 de setembro de 2014 00:56

Bens vendidos por menos de R$ 400 mil ou adquiridos antes de 1969 estão na lista de isenção por ganho de capital; confira

É possível se livrar do Imposto de Renda (IR) sobre o ganho de capital com um imóvel? Em alguns casos, sim. Situações específicas permitem pagar menos ou até ficar 100% livre do tributo sobre o lucro obtido nessas transações.

É importante lembrar que o valor de compra de um imóvel – não importando há quanto tempo ele tenha sido adquirido –, não deve ser atualizado pelo que vale atualmente, de acordo com as regras da Receita Federal.

Dessa forma, ao vender o bem, o contribuinte precisa declarar o valor obtido na venda, que descontará a diferença sobre o preço de compra do imóvel, a fim de calcular qual foi o ganho de capital. Sobre este valor, vai incidir a alíquota fixa de 15% para pessoas físicas.

O consultor tributário Richard Domingos, da Confirp Consultoria Contábil, enumera os casos que permitem ficar livre ou reduzir o imposto sobre o ganho de capital de imóveis:

1. Reforma da casa própria: qualquer melhoria na estrutura do imóvel, tratando-se de reforma e construção, permite aumentar o valor do imóvel na declaração. Isso favorece pagar menos imposto, já que o ganho de capital será considerado menor na venda do bem, que foi valorizado pela benfeitoria. Se a valorização for muito grande, pode haver isenção do imposto.

2. Desapropriação de terra para reforma agrária: a indenização recebida para este fim sobre um imóvel rural (terra nua) é considerada receita de atividade rural, quando abatida como despesa pública, não pode ser tributada como ganho de capital na declaração à Receita.

3. Imóvel comprado antes de 1969: o lucro obtido na venda de bens adquiridos antes desta data dispensa qualquer pagamento do Imposto de Renda por ganho de capital, cuja alíquota é de 15%.

4. Imóvel adquirido entre 1969 e 1988: quem vender bens comprados nesta época pagará menos imposto sobre o ganho de capital, de forma progressiva. A redução é de 100% para o ano mais antigo, até chegar a 5% no imóvel de 1988. A cada ano, a partir de 1969, a redução do imposto é de 5%.

5. Variação cambial: se ela for resultante da venda de imóveis adquiridos com rendimentos originariamente em moeda estrangeira. Somente é isenta a variação cambial, sendo tributável o ganho obtido em moeda estrangeira.

6. Venda de único bem de até R$ 400 mil: fica isento o imóvel de qualquer tipo, de posse individual em condomínio ou em comunhão, localizado em zona urbana ou rural, desde que não tenha feito, nos últimos cinco anos, outra venda de imóvel, tributada ou não. O limite de R$ 400 mil não considera a parte de cada condômino ou coproprietário, nem a posse em comunhão com o cônjuge, a menos que esteja em contrato.

7. Compra de outro imóvel em 180 dias: A partir de 16 de junho de 2005, o ganho na venda de imóveis residenciais fica isento se outro for comprado no prazo de seis meses a partir da celebração do contrato. A

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opção pela isenção deste item deve ser informada no Demonstrativo da Apuração dos Ganhos de Capital. O benefício vale a cada cinco anos.

viaMidia News | 7 casos que dispensam pagar IR pelo lucro com venda de imóveis.

NFe: Sistema de emissão em contingência será desativado no dia 30/09O novo sistema será o SEFAZ Virtual de Contingência (SVC). As empresas que não se adequarem aos novos processos de contingência deverão utilizar as outras modalidades disponíveis.

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postado 08/09/2014 08:23 - 1284 acessos

O Sistema de Contingência do Ambiente Nacional (SCAN) de emissão da Nota Fiscal Eletrônica (NFe) será desativado no dia 30/09/2014 e substituído pelo SEFAZ Virtual de Contingência (SVC), devendo as empresas que não se adequarem aos novos processos de contingência, utilizar as outras modalidades disponíveis.

Como é de conhecimento de todos, as duas SEFAZ Virtuais de Contingência (Ambiente Nacional e SEFAZ Rio Grande do Sul) estão em plena operação.

Diante disso, as secretarias de fazenda estão realizando uma ampla divulgação desses ambientes de emissão de NFe em contingência, junto aos contribuintes que a emitem em todo o Brasil, de acordo com os Convênios 32/2012 e 39/2012 e respectiva nota técnica 2013/007, publicada desde dezembro de 2013 e que determina que o SCAN será desativado.

A desativação decorre do custo de manutenção para o funcionamento de dois sistemas similares no Ambiente Nacional (SCAN e SVC).

Fonte: SEFAZ MA

Regulamentação do novo Supersimples é publicada, mas só valerá em 2015A primeira parte da regulamentação do novo Supersimples (Lei Complementar 147/2014) foi publicada, nesta segunda-feira (8), no Diário Oficial da União.

Simone Franco

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A primeira parte da regulamentação do novo Supersimples (Lei Complementar 147/2014) foi publicada, nesta segunda-feira (8), no Diário Oficial da União. A partir de 1º de janeiro de 2015, mais de 140 setores econômicos poderão se beneficiar de uma nova forma de tributação, baseada no faturamento. A adesão será possível para empresas com faturamento anual de até R$ 3,6 milhões. O restante da regulamentação deverá ser publicada no DOU até dezembro.

Todo o setor de serviços, bem como a indústria e o comércio atacadista de refrigerantes, será acolhido pelo Supersimples. Até então, a opção por esta forma de tributação só havia sido dada ao comércio varejista. Com a mudança, atividades como fisioterapia, corretagem de seguros, odontologia, psicologia, auditoria, jornalismo e publicidade também poderão desfrutar do sistema, que reduz a taxação e simplifica o processo de recolhimento de tributos.

As alíquotas a serem aplicadas vão variar de 16,93% a 22,45%. A expectativa é de que o Supersimples alcance mais de 450 mil empreendimentos e gere uma economia de tributos de até 40%, segundo dados do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae).

A LC 147/2014 também admite um teto maior de faturamento para incentivar a exportação entre as empresas de pequeno porte. Assim, serão incluídos empreendimentos com renda bruta anual de R$ 7,2 milhões, desde que R$ 3,6 milhões tenham sido obtidos no mercado interno e R$ 3,6 milhões em exportações de mercadorias e serviços.

A nova regulamentação do Supersimples havia sido sancionada, com vetos, pela presidente da República, Dilma Rousseff, em agosto. A iniciativa altera a Lei Geral das Micro e Pequenas Empresas (LC 123/2006) e, além de ampliar o rol de atividades beneficiadas pela simplificação tributária, reduz a burocracia na criação e no fechamento de empreendimentos e elimina distorções tarifárias nestes segmentos econômicos.

Link: http://www12.senado.gov.br/noticias/materias/2014/09/09/regulamentacao-do-novo-supersimples-e-publicada-mas-so-vai-valer-em-2015 Fonte: Senado Federal

Detalhes:

Comitê Gestor inicia a regulamentação das alterações promovidas pela Lei Complementar 147/2014 - 08/09/20149 set 2014 - Simples Nacional

O Comitê Gestor do Simples Nacional (CGSN) aprovou a Resolução CGSN nº 115, de 4/09/2014, que veicula os primeiros itens da regulamentação das alterações trazidas pela Lei Complementar nº 147, de 7 de agosto de 2014.

 NOVAS ATIVIDADES

 Poderá optar pelo Simples Nacional a partir de 01/01/2015  a ME ou EPP que exerça as seguintes atividades:

 1. Tributadas com base nos Anexos I ou II da LC 123/2006:1.1 Produção e comércio atacadista de refrigerantes

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 A ME ou EPP envasadora de refrigerantes que venha a optar pelo Simples Nacional permanece obrigada a instalar equipamentos de contadores de produção, que possibilitem, ainda, a identificação do tipo de produto, de embalagem e sua marca comercial, na forma disciplinada pela Secretaria da Receita Federal do Brasil.

 2. Tributadas com base no Anexo III da LC 123/2006:2.1 Fisioterapia2.2 Corretagem de seguros2.3 Corretagem de imóveis de terceiros, assim entendida a receita relativa à intermediação na compra, venda, permuta e locação de imóveis2.4 Serviços prestados mediante locação de bens imóveis próprios com a finalidade de exploração de salões de festas, centro de convenções, escritórios virtuais, stands, quadras esportivas, estádios, ginásios, auditórios, casas de espetáculos, parques de diversões, canchas e congêneres, para realização de eventos ou negócios de qualquer natureza.

 3. Tributada com base no Anexo IV da LC 123/2006: 3.1 Serviços Advocatícios

 Constará de Resolução a ser publicada oportunamente as seguintes atividades, que também poderão optar pelo Simples Nacional a partir de 01/01/2015:

 1. Tributadas com base no Anexo III da LC 123/2006:- Serviço de transporte intermunicipal e interestadual de passageiros, na modalidade fluvial, ou quando possuir características de transporte urbano ou metropolitano ou realizar-se sob fretamento contínuo em área metropolitana para o transporte de estudantes e trabalhadores (retirando-se o ISS e acrescentando-se o ICMS)

 2. Tributadas com base no Anexo VI da LC 123/2006:- Medicina, inclusive laboratorial e enfermagem- Medicina veterinária- Odontologia- Psicologia, psicanálise, terapia ocupacional, acupuntura, podologia, fonoaudiologia e de clínicas de nutrição, de vacinação e bancos de leite- Serviços de comissaria, de despachantes, de tradução e de interpretação- Arquitetura, engenharia, medição, cartografia, topografia, geologia, geodésia, testes, suporte e análises técnicas e tecnológicas, pesquisa, design, desenho e agronomia- Representação comercial e demais atividades de intermediação de negócios e serviços de terceiros- Perícia, leilão e avaliação- Auditoria, economia, consultoria, gestão, organização, controle e administração- Jornalismo e publicidade- Agenciamento, exceto de mão-de-obra- Outras atividades do setor de serviços que tenham por finalidade a prestação de serviços decorrentes do exercício de atividade intelectual, de natureza técnica, científica, desportiva, artística ou cultural, que constitua profissão regulamentada ou não, desde que não sujeitas à tributação na forma dos Anexos III, IV ou V da LC 123/2006.

 O novo ANEXO VI da LC 123/2006, vigente a partir de 01/01/2015, prevê alíquotas entre 16,93% e 22,45%.

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 MEI – CONTRATAÇÃO POR EMPRESAS

 A empresa que contrata MEI para prestar serviços diferentes de hidráulica, eletricidade, pintura, alvenaria, carpintaria e de manutenção ou reparo de veículos, não está mais obrigada ao registro na GFIP e ao recolhimento da cota patronal de 20% (o art. 12 da LC 147/2014 revogou retroativamente essa obrigatoriedade).

 Todavia, quando houver os elementos da relação de emprego, o MEI deverá ser considerado empregado para todos os efeitos.

 Adicionalmente, a resolução ratifica que o MEI não pode prestar serviços na modalidade de cessão de mão-de-obra.

 FARMÁCIAS DE MANIPULAÇÃO

 São tributadas com base no Anexo III as receitas decorrentes da comercialização de medicamentos e produtos magistrais sob encomenda para entrega posterior ao adquirente, em caráter pessoal, mediante prescrições de profissionais habilitados ou indicação pelo farmacêutico, produzidos no próprio estabelecimento após o atendimento inicial.

 São tributadas com base no Anexo I as receitas auferidas nos demais casos (comercialização de produtos em prateleira).

 NOVA HIPÓTESE DE VEDAÇÃO À OPÇÃO PELO SIMPLES NACIONAL

 Não terá direito à opção pelo Simples Nacional e estará sujeita à exclusão do regime o MEI, ME ou EPP cujo(s) titular(es) ou sócio(s) guarde(m), cumulativamente, com o contratante do serviço, relação de pessoalidade, subordinação e habitualidade.

 Em outras palavras: membro de empresa optante pelo Simples Nacional não pode ser, na realidade, empregado de quem a contrata.

 BENEFÍCIOS PARA A CESTA BÁSICA

 A União, os Estados e o Distrito Federal poderão, em lei específica destinada à ME ou EPP optante pelo Simples Nacional, estabelecer isenção ou redução das Contribuições para a COFINS e para o PIS/Pasep e do ICMS para produtos da cesta básica, discriminando a abrangência da sua concessão.

  A medida depende de lei federal (COFINS e PIS/Pasep) e de leis estaduais ou distrital (ICMS)

 NOVAS REGRAS PARA VALORES FIXO DE ICMS E DE ISS

 Os Estados, o DF e os Municípios poderão estipular valores fixos de ICMS ou de ISS para a ME que tenha auferido, no ano anterior, até R$ 360 mil de receita bruta.

 Hoje esse limite é de R$ 120 mil.

 O valor fixo deixará de ser aplicado se, durante o ano calendário, a ME ultrapassar o limite de R$ 360 mil de receita bruta.

 A não aplicação do valor fixo ocorrerá no mês seguinte ao do excesso.

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 O ente federado que tenha valor fixo em vigência terá que efetuar a revisão até 31/12/2014.

 DOCUMENTOS FISCAIS E DEMAIS OBRIGAÇÕES ACESSÓRIAS NO PORTAL DO SIMPLES NACIONAL

 A LC 147/2014 previu a regulamentação por parte do Comitê Gestor do Simples Nacional e a disponibilização, no Portal do Simples Nacional, de aplicativos para emissão de documentos fiscais e demais obrigações acessórias relativas ao regime.

 A implantação desses aplicativos demandará o desenvolvimento e implantação de sistemas em conjunto com a Receita Federal, Estados, Distrito Federal e Municípios.

 Qualquer nova obrigação acessória relativa ao Simples Nacional terá que constar de Resolução do CGSN.

 Permanecem válidas as obrigações acessórias estabelecidas para a ME ou EPP optante pelo Simples Nacional decorrentes de norma publicada até 31 de março de 2014, até que sejam unificados os procedimentos por meio de aplicativos disponíveis no Portal do Simples Nacional.

 ITENS QUE SERÃO REGULAMENTADOS OPORTUNAMENTE:

 LIMITE EXTRA PARA EXPORTAÇÃO DE SERVIÇOS

 A partir de 2015, o limite extra para que a EPP tenha incentivos para exportar passará a abranger mercadorias e serviços.

 Dessa forma, a empresa poderá auferir receita bruta anual de até R$ 7,2 milhões, sendo R$ 3,6 milhões no mercado interno e R$ 3,6 milhões em exportação de mercadorias e serviços.

 SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA DO ICMS

 As alterações trazidas pela LC 147/2014 relativas à substituição tributária do ICMS terão vigência a partir de 01/01/2016, devendo a regulamentação ocorrer ao longo do ano de 2015.

 SECRETARIA-EXECUTIVA DO COMITÊ GESTOR DO SIMPLES NACIONAL

Fonte: SECRETARIA-EXECUTIVA DO COMITÊ GESTOR DO SIMPLES NACIONAL

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Governo simplifica uso do drawback suspensão Postado por José Adriano em 9 setembro 2014 às 8:00 Exibir blog

A partir de agora, as empresas que utilizam a modalidade suspensão do drawback poderão substituir os insumos adquiridos por mercadorias equivalentes compradas sem o benefício para comprovação das exportações vinculadas ao regime. A permissão elimina a obrigação de controles segregados de estoques físicos por parte das empresas beneficiárias e reduz custos de acesso à desoneração.

"Esta medida visa facilitar o uso do drawback sem alterar o controle e a fiscalização do regime. Trata-se do primeiro passo do processo de reforma do drawback, após consulta e intenso diálogo com os usuários e em atendimento ao pleito feito por eles", explicou o secretário de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), Daniel Godinho, que destacou ainda a importância do incentivo. "Para cada dólar importado ao amparo do regime, as empresas brasileiras exportam seis dólares. Este dado por si só mostra a importância do drawback para a agregação de valor e a competitividade exportadora brasileira", comentou.

Por meio do drawback suspensão, as aquisições de insumos, sejam importados ou nacionais, a serem empregados na industrialização de produtos de exportação se dão com a suspensão de tributos - II, IPI, PIS/COFINS e ICMS (na importação). Com a exportação do produto final, a suspensão se converte em isenção. Por evitar o pagamento de tributos que depois geram direito a créditos, o drawback preserva, desta forma, o caixa das empresas.

Em 2013, o mecanismo apoiou exportações que somam um montante superior a US$ 50 bilhões e, de janeiro a julho deste ano, já se contabiliza mais de US$ 30 bilhões em vendas externas beneficiadas. Aproximadamente 75% dos produtos exportados ao amparo do regime são industrializados. A utilização entre diversos setores manufatureiros também corresponde a mais da metade do volume exportado, como, por exemplo: automóveis (67,24%), produtos químicos inorgânicos (69,46%), veículos de carga (61,77%), pneumáticos e câmaras de ar (59,65%) e tratores (77,80%).

A aplicação da medida, regulamentada pela publicação de hoje no Diário Oficial da União da Portaria Conjunta n° 1.618 da Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do MDIC e da Secretaria da Receita Federal do Brasil (RFB), retroage a edição da Medida Provisória nº 497/2010. 

Outra flexibilidade concedida aos usuários foi a possibilidade de vincular as exportações aos atos concessórios do drawback após o embarque das mercadorias. Com essa mudança, simplifica-se o cumprimento de obrigação pelas empresas, sem que isso implique perda do necessário controle governamental sobre o regime.

Há ainda novidade relacionada aos laudos técnicos que descrevem os processos produtivos de exportação e que atestam a relação quantitativa entre insumos e produtos que os compõem. Com objetivo de reduzir os custos para confecção destes documentos e agilizar o exame deles pelo governo, a Secex passou a admitir que um mesmo documento ampare a análise de distintos atos concessórios de uma empresa e que um laudo técnico setorial sirva como base para análise de diferentes beneficiários.

Fonte: MDIC

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ECF - Lei 12.973/14 - Evento realizado em 05/08/14 na FIRJAN - Vídeos

Postado por José Adriano em 9 setembro 2014 às 9:00 Exibir blog

Painel 1 - Tema: Principais alterações na apuração do IRPJ, CSLL, PIS e COFINS promovidas pela Lei 12.973: https://www.youtube.com/watch?v=_ZCQWRusiQw

Expositores: Cláudia Lúcia Pimentel Martins da Silva, coordenadora geral de Tributação da receita Federal; e Paulo Henrique Pêgas, contador do BNDES e professor de Contabilidade Tributária do IPEC/RJ, IBMEC e da Fipecafi-SPMediadora: Cheryl Berno, gerente jurídica tributária do Sistema FIRJAN; ex-conselheira do CARF (Conselho Administrativo de Recursos Fiscais) e do Conselho do Estado do Rio de Janeiro; e membro da CEAT

Painel 2 - Tema: Tributação dos lucros auferidos no exterior por pessoas jurídicas e físicas: https://www.youtube.com/watch?v=JB320WXf3tQ

 Painel 3 - Tema: Novo tratamento tributário do ágio e do valor justo dos investimentos: https://www.youtube.com/watch?v=6QWik_1pR3A

Descontos incondicionais não integram base de cálculo do IPI (Notícias STF)Por unanimidade, o Supremo Tribunal Federal (STF) entendeu que o valor dos descontos incondicionais não integra a base de cálculo do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI). A decisão foi tomada na sessão desta quinta-feira (4), na qual o Plenário, seguindo o voto do relator do caso, ministro Marco Aurélio, declarou inconstitucional o parágrafo 2º do artigo 14 da Lei nº   4.502/1964 , com redação dada pelo artigo 15 da Lei   nº 7.798/1989, apenas no tocante à inclusão dos descontos incondicionais na base de cálculo do tributo.

O STF entendeu que a inclusão de novo fato gerador por meio de lei ordinária violou o artigo 146, inciso III, alínea "a", da Constituição federal, que reserva esta competência unicamente a lei complementar. A decisão ocorreu no julgamento do Recurso Extraordinário (RE) 567.935, apresentado pela União contra acórdão do Tribunal Regional Federal da 4ª Região que deu parcial provimento à apelação para reconhecer a uma empresa o direito de excluir o valor dos abatimentos incondicionais do cálculo do tributo. O RE teve repercussão geral reconhecida pelo Plenário Virtual e a solução afetará mais de 100 casos semelhantes que estão sobrestados na Justiça Federal.

O ministro Marco Aurélio destacou que, sob a ótica contábil ou jurídica, desconto incondicional é aquele concedido independentemente de qualquer condição, não sendo necessário que o comprador pratique qualquer ato subsequente ao de compra para fazer jus ao benefício e que, uma vez concedido, não será pago. "Ou seja, os valores abatidos repercutem no preço final, o produtor não recebe, mas está compelido a recolher o imposto", verificou.

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Ele argumentou que, ao incluir esta modalidade de abatimento de preços no cálculo do imposto por meio de lei ordinária foi invadida a competência de lei complementar. O ministro observou que fatos geradores, bases de cálculo e contribuintes dos impostos previstos na Constituição estão fixados no Código Tributário Nacional (CTN), cabendo ao legislador ordinário papel limitado na instituição de impostos, apenas com o objetivo de harmonizar o sistema impositivo. O ministro sustentou que o legislador ordinário federal, ao instituir os impostos, deve observar o regramento básico relativo a fato gerador, base de cálculo e sujeito passivo, sob pena de incorrer em inconstitucionalidade formal.

Ressaltou que, embora proveniente do Congresso Nacional, a lei complementar, por revelar normas gerais em matéria tributária, ou seja, por dispor sobre interesses de todas unidades federativas, é lei do estado nacional e vincula as pessoas constitucionais que compõem a federação, incluída a União, sem que isso represente lesão ao princípio federativo. "Em outras palavras, a lei complementar está a serviço da Constituição e não da União Federal", afirmou.

Big Brother fiscal pode trazer grandes prejuízos Postado por José Adriano em 12 setembro 2014 às 16:50 Exibir blog

Por Sueli Reis

A exigência de estruturação e modernização do sistema de prestação de contas ao Fisco por meio de plataformas digitais, instituídas pelaReceita Federal nos âmbitos do SPED (Sistema Público de Escrituração Digital) traz uma nova realidade às empresas no que diz respeito ao envio de seus dados tributários: o aumento da complexidade da declaração das informações e principalmente dos custos que a implementação do processo digital pode trazer. O alerta é de Alexandre Querquilli, sócio-diretor de consultoria tributária da Deloitte, que enfatiza os desafios que já são enfrentados pelas companhias brasileiras.

“A implantação nada mais é do que substituição dos papéis pela sua forma digital, o que facilitará o processo de cruzamento das informações pelo Fisco. Em todo caso, exige repensar todos os processos, não só de apuração dos tributos, que muda o tempo todo, no caso do setor automotivo com o IPI, mas no que tanje a rastreabilidade de todas as informações, observando metodologia e prazos”, disse durante sua apresentação “Ambiente SPED: novos desafios e riscos tributários” durante o II Workshop Os Novos Desafios da Legislação Automotiva, promovido por Automotive Business na segunda-feira, 8, em São Paulo.

Contudo, o executivo aponta para a necessidade de uma reformulação dos processos, uma vez que o programa em si não traz nenhuma novidade legal. “Estamos simplesmente digitalizando o que já ocorre nos âmbitos tributários das empresas: um sistema caótico que não funciona. Não adianta somente tornar tudo digital, deveria passar por simplificação e reforma tributária”.

Alerta ainda que é papel da sociedade e das associações a de ampliar o diálogo com o setor legislativopara discutir a necessidade de simplificação do processo. Apesar disso, destaca o que deve ser feito em tempo, enquanto as reformas não chegam. Apesar de o SPED ser debatido desde 2007, com a publicação do Decreto nº 6.022, do Ministério da Fazenda, seu processo de implantação exige atenção para com a metodologia da lei, rígida especialmente nas punições, em caso de inconsistências nas informações, por exemplo.

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Segundo Querquilli, a exatidão dos dados é extremamente importante, uma vez que incorreções podem acarretar em multas com valores altíssimos, como no caso de não apresentação ou atraso da entrega doECF (Escrituração Contábil Fiscal), para empresas que declaram lucro real, o que pode gerar multa de 0,25% por mês-calendário ou fração do lucro líquido antes de IRPJ e CSLL do período a que se refere a apuração. Ele explica ainda que há limites para a multa, de R$ 100 mil para as empresas que no ano-calendário anterior tiveram registrado receita bruta total até R$ 3,6 milhões, mas que a penalidade pode chegar a R$ 5 milhões para as que faturam acima disso.

Para cumprir o programa, o executivo chama a atenção ainda para a importância dos quesitos necessários não só de implantação, mas de manutenção, uma vez que inconsistências serão apuradas anos após a concentração dos dados. Por outro lado, com a diversidade de informações, tanto implementação como manutenção dos dados também diferentes áreas, passando não só pelo departamento tributário, mas por produção, contabilidade/financeiro, tecnologia da informação, supply chain e gestão de terceiros.

“Há pessoas capacitadas e familiarizadas com os novos desafios? Há necessidade de atualização de softwares? Pessoas, processos e tecnologia: sem isso trabalhando em conjunto, o processo falha”.

Para reduzir riscos e aumento dos custos, a lista de tarefas é completa e complexa, citando apenas alguns passos: aderência das tecnologias necessárias aos requerimentos do Fisco (softwares), aderência às normas tributárias, que consiste em mapear as posições fiscais adotadas pela empresa por meio de uma revisão fiscal, revisar processos e políticas contábeis e também revisão da gestão operacional, que deve passar pelo pente fino.

Em sua avaliação com relação ao setor automotivo, Querquilli registra que a maior parte das empresas, principalmente grandes companhias, já passaram pelo processo de implementação, apesar de a obrigação de ECF, por exemplo, ser aplicada a partir deste segundo semestre. “É importante atentar para essasobrigações acessórias existentes na digitalização, uma vez que o controle de estoques declarados no Bloco K, por exemplo, poderão servir de base de informações para a prestação de dados para o sistema de rastreabilidade previsto pelo Inovar-Auto ainda este ano”, conclui.

Fonte: http://www.automotivebusiness.com.br/

http://www.robertodiasduarte.com.br/big-brother-fiscal-pode-trazer-...

Alterados manuais de registro de empresário individual, sociedade limitada, Eireli, cooperativa e sociedade anônima 11 de setembro de 2014 22:04

O Departamento de Registro Empresarial e Integração (Drei) alterou os manuais de registro de empresário individual, sociedade limitada, Empresa Individual de Responsabilidade Limitada (Eireli), cooperativa e sociedade anônima, de observância obrigatória pelas juntas comerciais na prática de atos de registro nele regulados, aprovados pela IN Drei nº 10/2013, os quais passam a vigorar conforme disponibilizados no site do Drei (drei.smpe.gov.br).

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(Instrução Normativa Drei nº 26/2014 – DOU 1 de 11.09.2014)

via:: NETIOB ::.

A exclusão do ICMS do cálculo da Cofins 12 de setembro de 2014 08:04

Por Fabio Martins de Andrade

A questão em torno da não inclusão da parcela do ICMS na base de cálculo do PIS/Cofins aguarda o pronunciamento definitivo pelo Plenário do Supremo Tribunal Federal (STF) desde 1999. Em agosto de 2006 o julgamento chegou a contabilizar, nos autos do RE 240.785, sete votos proferidos (seis em um sentido e apenas um no sentido contrário). Na ocasião, o ministro Gilmar Mendes pediu vistas dos autos.

Em seguida, a Advocacia-Geral da União ajuizou a ADC nº 18, versando sobre o mesmo assunto, na tentativa de recomeçar o julgamento desde o início (portanto, com o desprezo dos sete votos já proferidos).

Em 2008, o Pleno decidiu que a ADC 18 teria precedência sobre o RE 240.785, vez que a decisão que seria tomada naquele processo objetivo teria maior alcance (efeito vinculante e eficácia contra todos).

Sensível ao desgaste que tal pendência gera entre Fisco e contribuintes, Lewandowski deve colocar o tema em pauta

Desde então, a relatoria da ADC 18 mudou (em razão do falecimento do Ministro Menezes Direito), a sua medida cautelar foi deferida, prorrogada algumas vezes e caducou, e a questão não foi novamente submetida ao Plenário. Por outro lado, nas instâncias inferiores, em cumprimento das metas estabelecidas pelo CNJ, muitos magistrados e tribunais julgavam aplicando cegamente as antigas súmulas do STJ sobre o tema (Súmulas 68 e 94).

Equivocado tal entendimento, vez que desde 1999 a questão já está submetida ao Plenário do Supremo Tribunal Federal que certamente decidirá sobre o tema. Desse modo, caminhões de recursos, como embargos de declaração, recurso especial, agravo de despacho denegatório de recurso especial e agravo regimental, dentre outros, têm sido interpostos por contribuintes sem qualquer utilidade a solução da matéria que, repita-se, será decidida no âmbito do Pleno da Suprema Corte.

Assim, o atual estado de coisas tem gerado enorme insegurança jurídica tanto para o Fisco como também para as empresas em questão relativamente simples, na medida em que as posições antagônicas já são conhecidas desde 2006 – de modo simplificado, a parcela do ICMS transita pela conta do contribuinte, mas por ser mera técnica arrecadatória não integra o faturamento da empresa ou, ao contrário, integra-se no preço e compõe o faturamento.

Em 2 de junho deste ano, a CNT que atua como amicus curiae na ADC 18, protocolou petição suscitando questão de ordem na qual pleiteou a imediata retomada do julgamento do RE 240.785. A novidade é que desde 2008 a situação subjacente à decisão de preferência da ADC 18 sobre o RE 240.785 se modificou

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significativamente, inclusive e especialmente em razão da jurisprudência do próprio STF sobre temas procedimentais. A robustez jurídica do pleito evidencia-se pela situação concreta verificada com o julgamento desse tema. A exagerada demora na sua conclusão viola flagrantemente diversos preceitos constitucionais, como a razoável duração do processo, a razoabilidade, a proporcionalidade, a moralidade e a própria efetividade jurisdicional, dentre outros.

Em 20 de junho, o relator, ministro Celso de Mello, proferiu despacho concordando expressamente com a petição então protocolada. Nesse sentido, entendeu que o pleito deveria ser formulado diretamente à Presidência da Suprema Corte.

Já em 23 de junho, a CNT formulou novamente o pleito direcionando-o ao (então) presidente, ministro Joaquim Barbosa, a partir do despacho do ministro Celso de Mello. O presidente, em razão de sua aposentadoria, achou por bem arquivá-la.

Posteriormente, em 4 de agosto, a CNT reiterou o pedido, agora perante o atual presidente, ministro Ricardo Lewandowski. Tal petição aguarda despacho.

Paralelamente, em 6 de junho deste ano, os colegas que patrocinam o Caso Auto Americano também protocolaram petição pleiteando a retomada do julgamento do RE 240.785. Em 1º de julho, protocolaram nova petição reiterando as razões para que o RE 240.785 seja julgado com preferência em relação à ADC 18, inclusive esclarecendo que o pedido de vista do min. Gilmar Mendes já havia sido devolvido. Em 22 de agosto, o Ministro Marco Aurélio proferiu despacho no qual encaminha o pedido formulado ao atual presidente (“3. Encaminhem cópia deste despacho, com as homenagens sempre merecidas, ao atual presidente do Supremo que, detendo sensibilidade por todos reconhecida, certamente adotará providências voltadas à imediata solução da pendência”).

Com isso, temos que os dois ministros mais antigos da Suprema Corte, Celso de Mello e Marco Aurélio, concordam expressamente com a retomada do julgamento dessa relevante questão tributária. Caberá ao presidente, ministro Ricardo Lewandowski definir a pauta para que tal questão retorne ao Pleno para, finalmente, ser decidida em caráter definitivo. Sensível ao enorme desgaste que tal pendência ocasiona na relação – já conturbada – entre o Fisco e os contribuintes, provavelmente o presidente colocará o tema em pauta nas próximas semanas.

Fabio Martins de Andrade é sócio titular da Andrade Advogados Associados

viaA exclusão do ICMS do cálculo da Cofins | Valor Econômico.

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Lei de lavagem traz novas consequências para crime de sonegação

Postado por José Adriano em 11 setembro 2014 às 9:00 Exibir blog

Antes da Lei 12.683/12, somente eram considerados como crimes antecedentes do crime de lavagem de bens, direitos e valores, o tráfico de drogas, de armas, terrorismo e seu financiamento, contrabando, extorsão mediante sequestro, contra a Administração Pública, sistema financeiro, derivado de organização criminosa ou de crime do particular contra a administração pública estrangeira (artigo 1º da Lei 9.613/98).

A nova lei de lavagem de dinheiro ampliou o rol de infrações penais que podem ser antecedentes, ou seja qualquer crime ou contravenção penal podem resultar no cometimento de lavagem de dinheiro. Como consequência, todo processo penal relativo aos crimes patrimoniais a destinação do produto ou proveito do crime será investigado, para averiguar o cometimento da lavagem de dinheiro. A ampliação ocasiona impacto sentido nos crimes de maior e menor gravidade.

No tocante aos crimes leves a política criminal de se criar alternativas ao cárcere, Lei 12.403/2011, sem dúvidas, será desprestigiada, pois crimes como furto, estelionato — cuja prisão preventiva não é possível em virtude do tempo de prisão máximo previsto ser inferior a quatro anos — poderá ocorrer ao cumular com a lavagem de dinheiro.

No crime de sonegação fiscal não será diferente. São diversas as críticas à legislação penal quanto ao crime de sonegação fiscal, sob o argumento de que a pena é branda e outras particularidades (regime de cumprimento, extinção da punibilidade pelo pagamento, dentre outros). Esse sentimento já provocou reações da Receita Federal, que tem a intenção de tornar mais rigorosa a punição para sonegação fiscal. Para isso, deve enviar ao Congresso ainda este ano projeto de lei que acaba com a regra de que o crime de sonegação se extingue com o pagamento, bem como pretende aumentar a pena máxima para oito anos.

Apesar da discussão exigir análise mais profunda, por envolver política criminal, com a nova lei de lavagem de dinheiro o crime de sonegação fiscal deve ser olhado de outra forma pela sociedade, e, em especial pelos contribuintes.

Como exemplo, caso uma empresa determine, de forma fraudulenta, o não recolhimento de tributos para evitar falência, e, em sequência invista os valores na empresa há grande risco de também ser acusada do crime de lavagem de dinheiro.

Apesar dessa possibilidade existirá grande dificuldade para os órgãos de investigação demonstrar a relação dos bens do crime de sonegação com a suposta lavagem. Todos os bens (dinheiro) originados ou preservados pela sonegação fiscal podem ser considerados objeto de lavagem de dinheiro.

Por outro lado, essa dificuldade serve de alerta, no sentido de que as empresas organizem setores de governança corporativa e contábeis para, caso necessário, fazer prova que os valores objeto de sonegação fiscal não foram objeto de reciclagem.

Espera-se prudência dos órgãos de investigação, pois o crime de lavagem de dinheiro exige a intenção de converter o objeto do crime antecedente em ativo legal.

Devendo-se, ainda, distinguir entre ocultação para posterior reinserção com aparência lícita dos valores da ocultação para posterior usufruto. O mero usufruto ou consumo do produto da infração de sonegação

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fiscal não é lavagem de dinheiro, podendo ser citado como exemplo: a compra de imóvel, aquisição de veículo, depósito da quantia em conta de sua titularidade.

No tocante ao clima de impunidade defendido pelos órgãos, como no início citado, uma vez configurado o crime de sonegação fiscal de forma conjunta com a lavagem de dinheiro essa perspectiva é diferente.

O crime de lavagem de dinheiro é apenado com reclusão de três a dez anos (e multa), enquanto que o crime de sonegação fiscal do artigo 1º, da Lei 8.137/90, com reclusão de dois a cinco anos, assim o contexto até então visto com certeza sofrerá mudanças, visto que as penas impostas aos sonegadores, quando responderem cumulativamente pelo crime de lavagem de dinheiro, serão mais pesadas, podendo chegar ao máximo de 15 anos, e, no mínimo cinco anos. O resultado será a impossibilidade da aplicação do artigo 44 do Código Penal que trata da substituição de penas privativas de liberdade por restritivas de direitos, pois as penas mínimas somadas ultrapassam o limite de quatro anos, que também ocasiona a impossibilidade do regime prisional ser o aberto, podendo ainda ser aplicado o regime inicial fechado.

Além do que a tábua de salvação utilizada para se safar do crime de sonegação, o pagamento, acarreta a extinção da punibilidade apenas o delito tributário, sobrevivendo o crime de lavagem de dinheiro, uma vez que na interpretação literal do artigo 2º, parágrafo 1º, da Lei 9.613/98, a extinção da punibilidade do crime antecedente não interfere no crime de lavagem.

A grande recomendação é investir em sistemas de prevenção, denominados pelo mercado como compliance, que nada mais é do que procedimentos para assegurar o cumprimento das normas relativas à lavagem de dinheiro.

Fonte:  Conjur  | Edson Holanda

http://www.mauronegruni.com.br/2014/09/10/lei-de-lavagem-traz-novas...

Perdimento indevido decretado pelo Fisco gera lucro cessante 8 de setembro de 2014 07:15

Por   Jomar Martins

A decretação ilegal da pena de perdimento de mercadorias, pelo Fisco, gera lucros cessantes indenizáveis. Afinal, sem matéria-prima para trabalhar, é clara a restrição à atividade empresarial. O entendimento levou a 1ª Turma do Tribunal Regional Federal da 4ª Região a reformar sentença que negou indenização a uma empresa de Foz do Iguaçu (PR), que teve a carga de camisetas apreendida pela Receita Federal por suspeita de importação irregular. O juízo local acatou o argumento, lançado no auto-de-infração que reteve a carga, de que as notas fiscais não tinham idoneidade.

Os desembargadores concluíram, no entanto, que as notas eram idôneas, pois a emissão foi reconhecida pelas respectivas vendedoras em juízo. Assim, o Fisco não poderia imputar à parte autuada a responsabilidade pelo descumprimento de obrigação acessória no preenchimento das notas fiscais, especialmente porque elas foram emitidas por empresas regularmente estabelecidas no Brasil.

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O relator da Apelação, desembargador Joel Ilan Paciornik, explicou que o lote trazia peças refugadas por grandes empresas, vendidas como sobras, a empresas de pequeno porte, como a parte autora, que as reciclam e revendem no varejo. ‘‘Destaque-se que é característico desse mercado as mercadorias serem comercializadas por quilo, sem especificação de marca, modelo, tamanho, vendido a um só preço, não havendo nenhuma ilegalidade nessa prática. É o chamado lote fechado, vendido em sacos de 20 ou 50 quilos cada’’, registrou no acórdão.

Conforme o relator, embora a apreensão não tenha sido propriamente ilegal, a conclusão pela pena de perdimento configura a ilegalidade, pois a autoridade administrativa, ao constatar a inexistência ou insuficiência de provas para amparar a retenção, tinha o dever de autorizar a liberação, e não decretar o perdimento. A definição do valor da indenização pelos lucros cessantes, devido à falta de elementos, acabou relegada à fase de liquidação de sentença. O acórdão foi lavrado na sessão do dia 30 de julho.

Ação anulatóriaEm 16 de julho de 2008, a Receita Federal apreendeu, em Foz do Iguaçu (PR), uma carga contendo 7,1 mil camisetas, pertencente à empresa Kilomania Comércio de Confecções Ltda, situada naquele município. O auto-de-infração apontou que as roupas tinham origem estrangeira, entraram ilegalmente no país e as notas fiscais apresentadas não eram idôneas. Por meio de marca própria, a empresa comercializa peças de vestuário que possuem defeitos de fabricação, adquiridas por quilo e sem etiquetas.

Como não conseguiu liberar a carga em nível administrativo — a Receita acabou decretando o seu perdimento —, a Kilomania entrou na Justiça com Ação Anulatória de Auto-de-Infração, cumulada com Pedido de Danos Morais e Materiais, contra a União, representando a Fazenda Nacional. Na inicial, argumentou que as camisetas foram adquiridas regularmente em território brasileiro. Explicou que essas peças, de segunda qualidade, são comumente vendidas por quilo pelas indústrias — lotes fechados de 20kg cada. Logo, não trazem especificações de marca, modelo ou tamanho.

Esclareceu que o fato de grande parte das peças vir acompanhada com as etiquetas com a inscrição ‘‘Henry’’ não caracteriza ilegalidade. Estas foram colocadas com única finalidade classificar as peças por tamanho e composição, já que haviam sido adquiridas sem etiquetas.

Finalizando, alegou que a apreensão da carga levou à interrupção das vendas de roupas de ‘‘segunda mão’’, responsável pela maior parte parcela de suas receitas. Além disso, teve de fechar a oficina de reparação de peças de vestuário e dispensar funcionários.

A sentençaO juiz federal substituto Sergio Luís Ruivo Marques julgou a ação improcedente, por entender que a Kilomania não comprovou a aquisição regular das peças de indústrias brasileiras. ‘‘Com efeito, as notas fiscais emitidas pela KBO Empresa Indústria e Comércio de Confecções Ltda descrevem mercadorias vendidas para a autora como ‘camisetas diversas, ‘camisetas 2º qualidade’, ‘camisetas diversas’, ‘meia malha 2º qualidade’. Já a nota emitida pela Comércio Indústria Resima SA descreve as mercadorias como ‘saldos de confecção em quilo – algodão’. Impossível, portanto, afirmar que os vestuários apreendidos correspondem àqueles descritos nessas notas’’, escreveu na sentença.

Além disso, destacou o juiz, os representantes legais dessas indústrias não puderam afirmar em juízo que as camisetas apreendidas correspondem às camisetas vendidas para a parte autora. Isso sem falar na enorme quantidade de camiseta com inscrição em inglês na etiqueta, o que é incomum na venda de peças refugadas pelos grandes fabricantes, a fim de preservar suas marcas.

Clique aqui para ler o acórdão.Clique aqui para ler a sentença.

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viaConJur – Perdimento indevido decretado pelo Fisco gera lucro cessante.

Permuta de imóveis deve ser tributada 11 de setembro de 2014 15:09

Por Laura Ignacio

A receita de permuta de imóveis, com ou sem complementação em dinheiro, obtida por empresa no regime do lucro presumido deve ser tributada pelo Imposto de Renda (IRPJ). A questão, definida pela Receita Federal por meio de parecer, é polêmica e já está em discussão na esfera administrativa e no Judiciário.

Segundo o Parecer Normativo da Cordenação-Geral de Tributação (Cosit) da Receita nº 9, o entendimento deve ser aplicado por empresas que realizam loteamento de terrenos, incorporação imobiliária, construção de prédios destinados à venda, bem como a venda de imóveis construídos ou adquiridos para a revenda. O objeto de permuta pode ser unidades imobiliárias prontas ou a construir.

O regime de tributação poderá ser o de caixa ou competência. A norma estabelece também que deve ser considerado como valor recebido em permuta o valor do imóvel conforme discriminado no instrumento representativo da operação de permuta ou compra e venda de imóveis.

No Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf) existem entendimentos no mesmo sentido do parecer. É o caso da decisão contrária à Magmatec Engenharia que, por maioria dos votos, não conseguiu derrubar autuação fiscal. “Mas, naturalmente, é um posicionamento questionável, especialmente, quando não há um efetivo acréscimo patrimonial”, afirma o advogado Fabio Calcini, do Brasil Salomão & Matthes Advocacia.

O advogado lembra que o novo parecer não se aplica às operações entre pessoas físicas. “Nesse caso, há inclusive decisões do Carf contra a tributação”, diz.

No Judiciário, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) já decidiu não ocorrer incremento de riqueza em permutas. Segundo o advogado Rodrigo Antonio Dias, do Tubino Veloso, Vitale, Bicalho e Dias Advogados, o entendimento da Receita poderá levar o assunto novamente ao Judiciário. “O Parecer nº 454, de 1992, do procurador-geral da Fazenda Nacional, afirma que a criação fictícia de um ganho na permuta de bens viola o próprio direito ao patrimônio”, diz.

Dias afirma ainda que o novo parecer só pode ser aplicado nas operações realizadas até a entrada em vigor das novas regras de permuta instituídas pela Medida Provisória nº 627, de 2013, convertida na Lei nº 12.973, deste ano. “A partir da nova lei, as permutas imobiliárias terão que ser realizadas a valor de mercado, o que poderá trazer impacto fiscal. Assim, independentemente do parecer, essas permutas deverão ser avaliadas caso a caso”, diz o advogado.

“A Receita contraria o entendimento de empresas do setor, onerando um tipo de operação bastante usual, que não representa uma etapa de comercialização de imóveis incorporados, mas mera fase preparatória do empreendimento imobiliário”, afirma o advogado Lucas Dollo, do NF&BC Advogados, especialista no setor.

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Para Dollo, definir a base de cálculo do imposto como o valor constante do instrumento de permuta é uma incoerência contábil. “Pelas regras contábeis, a receita a ser contabilizada em operações de permuta deve corresponder ao valor do bem dado em permuta, registrado na própria contabilidade.”

viaPermuta de imóveis deve ser tributada | Valor Econômico.

Receita pode quebrar sigilo bancário sem autorização 11 de setembro de 2014 15:31

A 2ª Turma do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4) decidiu, em julgamento realizado na última semana, que o fisco tem direito a quebrar o sigilo bancário sem prévia autorização judicial. A decisão em recurso ajuizado pela Fazenda Nacional restabeleceu um lançamento que havia sido desconstituído pela Justiça Estadual de Balneário Camboriú (SC). – Conforme o relator do processo, desembargador federal Otávio Roberto Pamplona, a decisão da turma, baseada em legislação vigente, ainda não está pacificada na jurisprudência e segue em julgamento no Supremo Tribunal Federal (STF). Por isso, enquanto não houver avaliação definitiva, não subsiste motivo para declarar nulo o lançamento.Segundo Pamplona, a Lei Complementar 105/2001 permite a quebra do sigilo bancário por parte das autoridades fiscais desde que autorizada por delegado da Receita Federal, após instauração de processo administrativo ou procedimento fiscal, sendo ressaltado na lei o dever de sigilo. / Da Redação

viaReceita pode quebrar sigilo bancário sem autorização – DCI.

MG – Governo simplifica ICMS na subcontratação de serviços 11 de setembro de 2014 15:21

Medida baixada pelo Executivo estadual é um pleito dos transportadores

Rafael Tomaz

O governo estadual alterou as regras do recolhimento do Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços (ICMS) para o setor de transporte de cargas e simplificou o recolhimento do tributo na subcontratação dos serviços. A medida é um pleito dos transportadores.

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As alterações fora feitas através do Decreto nº 46.591, de 4 de setembro de 2014, publicado no “Minas Gerais”. Um das principais mudanças previstas no texto está a isenção do ICMS no transporte interestadual de cargas realizado através de subcontratação do serviço em Minas Gerais. As medidas entram em vigor a partir de 1º de outubro.

O assessor jurídico do Sindicato das Empresas de Transportes de Cargas do Estado de Minas Gerais (Setcemg), Reinaldo Lage Rodrigues de Araújo, explica que a subcontratação é uma prática comum. Quando empresa é contratada pelo embarcador para a prestação do serviço, em grande parte, um transportador autônomo é subcontratado para realizar o transporte da carga.

Porém, conforme ele, é necessário que até em cinco dias após a viagem haja a emissão da documentação fiscal referente à prestação de serviço por parte do transportador subcontratado. “A transportadora não consegue ter nenhum controle sobre isso”, diz. Dessa forma, a empresa acaba por ser responsabilizada e pode ser multada.

Com as alterações, que, segundo Araújo, foi um pedido dos transportadores ao governo estadual, a subcontratação, que configurava como uma nova contratação, ficará isenta do tributo. Ou seja, o ICMS irá incidir somente no contrato entre embarcador e empresa de transportes.

Além disso, com as mudanças, a responsabilidade de recolher o imposto ficou para a transportadora. Somente nos casos em que o transportador for autônomo ou sediado em outro Estado é que o embarcador terá que recolher o ICMS.

De acordo com o assessor jurídico do Setcemg, a medida é positiva, uma vez que simplifica a emissão de documentos fiscais e ajuda a evitar que a empresa de transporte seja penalizada pela falta de prestação de contas por parte dos subcontratados. “Isso elimina um passivo da transportadora”, afirma. Atualmente, a alíquota do ICMS aplicada no transporte de cargas nas operações interestaduais varia entre 7% e 18%.

Arrecadação – Conforme dados da Secretaria de Estado da Fazenda, a arrecadação de ICMS no setor de transportes em Minas atingiu R$ 410,885 milhões entre janeiro e julho. O resultado representa incremento de 6% em relação ao mesmo intervalo do ano passado, quando somou R$ 387,741 milhões.

Apesar de ser verificado aumento na arrecadação, o setor em Minas registra cenário negativo em função da perda de ritmo da economia brasileira. Em entrevista ao DIÁRIO DO COMÉRCIO, no mês passado, o presidente da Federação das Empresas de Transportes de Carga do Estado de Minas Gerais (Fetcemg), Vander Francisco Costa, confirmou que “a situação é crítica”. Desde maio, dependendo do segmento de atuação da empresa, a demanda caiu entre 20% e 30%, conforme ele.

viaGoverno simplifica ICMS na subcontratação de serviços » Economia » Diário do Comércio.

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Prazo para entrega da declaração do ITR termina dia 30 de setembroA Prefeitura de Dourados em parceria com o Sindicato Rural e Associação dos Contabilistas da Grande Dourados realizou no início desta semana, uma reunião para oferecer aos contabilistas e produtores rurais instruções sobre a declaração do ITR.

Reunião aconteceu no auditório da prefeitura – Divulgação

Na oportunidade foi destacada a participação de cada um no processo de declaração, homologação e fiscalização do imposto.  O município de Dourados mantém convênio com a RFB (Receita Federal do Brasil) para fazer a gestão da fiscalização do ITR. A reunião aconteceu no plenário José Cerveira no CAM (Centro Administrativo Municipal).

O ITR é um tributo autodeclaratório, anual e pago por todo contribuinte, pessoa física ou jurídica, que possui imóvel rural. Dados incorretos, declaração de valores muito baixos, erros no valor da terra nua podem trazer transtornos futuros.

De acordo com o secretário municipal de Fazenda, Walter Carneiro Júnior, que também presidente do Confaz/MS (Conselho dos Secretários de Finanças e Fazenda dos municípios de Mato Grosso do Sul), o imposto é pago sobre o VTN/ha (valor da terra nua por hectare), a pauta de valores referenciais informados a RFB é a que consta no Decreto nº 512, publicado no dia 26 de agosto de 2013.

É justamente o valor da terra nua VTN/há a ser declarado, um dos pontos que geram mais dúvidas na hora da declaração, o produtor deve excluir os valores referentes a construções, instalações, culturas permanentes e temporárias, pastagens e florestas plantadas tudo conforme prevê a lei. É preciso que o contador, ou o próprio produtor, faça a conta do valor da terra nua corretamente.

Assim, o contribuinte tem liberdade de declarar o valor que compreender como correto. A Fazenda municipal alerta que no ano de 2013 a Receita começou a fiscalizar as declarações e identificar aqueles que caem em malha fiscal, ou seja, o contribuinte que cair em malha tem que justificar e fundamentar a sua declaração fiscal.

“O prazo para a declaração vai até o fim deste mês e a fiscalização dos valores declarados é feita pela Receita Federal do Brasil, bem como a base de dados e o sistema de malha”, lembrou Walter Carneiro Júnior.

A obrigação dos contribuintes do ITR atende a instrução normativa 1.483/2014 da RFB. Com isso é um imposto declaratório, para fazer a declaração o interessado deve acessar o site da receita federal e utilizar o programa gerador e logo depois o programa Receita Net, por intermédio do link: http://www.receita.fazenda.gov.br

A multa no atraso na entrega será equivalente a 1% ao mês calendário ou fração sobre o imposto devido, não podendo o valor ser inferior a R$ 50,00 (cinquenta reais).

Para o presidente do Sindicato Rural Marisvaldo Zeuli, presente no evento, a iniciativa da Prefeitura atende as expectativas dos produtores rurais, que cada dia mais estão atentos as adequações da legislação, e a interação das informações entre o poder público e as entidades esclarece as dúvidas e procedimentos a serem tomados. “O agronegócio passa por um processo de profissionalização em todos os âmbitos, incluindo o tributário”, finalizou.

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Relatórios contábeis são utilizados como ferramentas de apoio à tomada de decisão?As transformações rápidas pelas quais passa a sociedade trazem impactos significativos na maneira de administrar-se uma empresa, e de interpretar as informações disponíveisJoice Haag, 9 de setembro de 2014

Pode-se dizer que as práticas contábeis foram evoluindo com o passar do tempo simultaneamente às necessidades de o homem controlar seu patrimônio. Porém, atualmente a maioria das pessoas atribui conceitos errôneos à contabilidade, pois ainda acredita que ela representa impostos, burocracia, além de exercer as obrigações legais que o sistema econômico regula.

A contabilidade, além de registrar, classificar, demonstrar, auditar e analisar as variações patrimoniais das empresas, deveria fornecer informações que para auxiliar na tomada de decisão dos administradores. O ideal seria que as informações dos registros contábeis orientassem os gestores, já que demonstram não só a evolução econômica e patrimonial das empresas, mas também a situação atual, permitindo elaborar projeções para o futuro, analisar tendências e fazer um planejamento mais próximo da realidade.

Sendo o Administrador a pessoa responsável por alcançar os objetivos propostos pela organização, ele deve cercar-se de informações para atingir tais objetivos, por meio de planejamento, organização, direção e controle, viáveis somente através da análise dos relatórios contábeis, conjuntamente com relatórios gerenciais, de custos ou de produção.

No caso de pequenas e médias empresas, que se utilizam, na maioria dos casos, de serviços terceirizados, contar com a assessoria de um profissional competente e participativo, que possa auxiliar na interpretação das informações de forma clara, pode representar um diferencial competitivo, como redução de impostos, maior eficiência na administração financeira, gestão de custos, gerenciamento, orçamento e planejamento.

Mas porque isso acaba não ocorrendo?

Em um estudo que realizei em 2012, a partir de uma pesquisa direcionada a empresas de pequeno e médio porte da minha região, pude apurar como era o relacionamento entre empresários e contadores, e de que forma os relatórios contábeis eram utilizados como ferramentas de apoio à tomada de decisão.

De um modo geral, e acredito que não seja uma situação exclusiva da minha cidade, essas empresas utilizam-se dos serviços básicos oferecidos pelos contadores, como registros fiscais, folha de pagamento, Livro Diário, Livro Razão, Balancetes e Balanço Patrimonial. Por se tratarem, em sua grande maioria, de empresas administradas pelos sócios-proprietários, caracterizavam-se como empresas familiares, com atuação entre dois e 20 anos no mercado, e apenas 30% delas contavam com um Administrador, ou Bacharel em Administração, ou estudante de Administração no comando das operações.

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Coincidência ou não, cerca de 30% dos entrevistados utilizam-se efetivamente das informações geradas pela contabilidade para dirigirem seus negócios. Os motivos para que os 70% restantes não utilizem as informações produzidas são variados, e vão desde a falta de tempo para enviar a documentação - o que acarreta no atraso no processamento de dados - passando pelo descaso, desorganização, desinteresse na busca de informações, ou mesmo pela falta de orientação profissional da área contábil.

Em conversas posteriores com os entrevistados, a informação que ficou implícita, é que na maioria dos casos, os relatórios contábeis são elaborados pro forma, somente para atender a legislação, ou para atualização cadastral junto a bancos e instituições financeiras. Mais da metade das empresas mantém registros “frios”, ou seja, dados que não chegam ao conhecimento do contador, portanto, não são contabilizados. Em vista disso, mesmo que os empresários utilizem Balanços ou Livros como ferramentas de apoio, estes não serão um retrato da realidade de suas empresas.

Há que se ponderar sobre essa realidade, e planejar uma ação conjunta entre profissionais de Administração e Contabilidade. O Governo Federal vem fechando o cerco contra a sonegação, e os empresários, sejam eles Administradores ou não, precisam se conscientizar de que manter registros fidedignos, além de oferecerem segurança para sua empresa, evitam autuações e multas, além de oferecerem um número maior de informações, e melhores condições para administrar e gerir o seu negócio.

Multas pelo atraso na entrega da DCTF estão canceladasO contribuinte que deixa de apresentar a DCTF no prazo está sujeito à multa de 2% ao mês-calendário ou fração, incidente sobre o valor dos impostos e contribuições informados na declaração, limitada a 20%.

postado 11/09/2014 11:05 - 3204 acessos

Os lançamentos de multas aplicadas aos contribuintes que atrasaram a entrega da Declaração de Débitos e Créditos Tributários Federais – DCTF que não têm dívidas declaradas, referente aos meses de janeiro, fevereiro, março e abril de 2014 foram cancelados. A novidade foi publicada no dia 4 de setembro no Diário Oficial da União por meio do Ato Declaratório Executivo nº 5.

O contribuinte que deixa de apresentar a DCTF no prazo está sujeito à multa de 2% ao mês-calendário ou fração, incidente sobre o valor dos impostos e contribuições informados na declaração, limitada a 20% . “O fato representa um alívio às empresas que não conseguiram transmitir a declaração em tempo hábil. Mas é importante salientar que só não será multado quem não tiver débitos para com o fisco”, garante o consultor da IOB, do Grupo Sage, Antonio Teixeira.

O especialista do Grupo Sage lembra ainda que a transmissão da DCTF deve ser feita mensalmente, mediante o uso de certificado digital válido. Contudo, no decorrer deste ano, muitas empresas tiveram dificuldades para enviar a nova versão da Declaração.

Obrigação

Estão obrigadas a apresentar a Declaração as empresas de direito privado em geral, inclusive as equiparadas, as imunes e as isentas, de forma centralizada, pela matriz; as unidades gestoras de orçamento das autarquias e fundações instituídas e mantidas pela administração pública da União, dos Estados, do

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Distrito Federal e dos Municípios e dos órgãos públicos dos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário dos Estados e do Distrito Federal e dos Poderes Executivo e Legislativo dos Municípios; e os consórcios que realizam negócios jurídicos em nome próprio, inclusive na contratação de pessoas jurídicas e físicas, com ou sem vínculo empregatício.

A DCTF deve ser apresentada até o 15º dia útil do segundo mês subsequente ao mês de ocorrência dos fatos geradores.

Esse documento contém informações relacionadas aos seguintes tributos: Imposto de Renda Retido na Fonte – IRRF; Imposto sobre Produtos Industrializados – IPI; Imposto sobre Operações de Crédito, Câmbio e Seguro, ou Relativas a Títulos ou Valores Mobiliários - IOF; Contribuição Social sobre o Lucro Líquido – CSLL; Contribuição para o PIS/Pasep; Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social - Cofins; Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico incidente sobre a importação e a comercialização de petróleo e seus derivados, gás natural e seus derivados, e álcool etílico combustível - Cide-Combustível; Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico destinada a financiar o Programa de Estímulo à Interação Universidade-Empresa para o Apoio à Inovação - Cide-Remessa; Contribuição do Plano de Seguridade do Servidor Público - PSS; e Contribuição Previdenciária sobre a Receita Bruta – CPRB.

Cuidados

O especialista da IOB, do Grupo Sage, Antonio Teixeira, recomenda muito cuidado ao preencher a DCTF, por causa da publicação da Lei º 12.973/2014, a qual dá possibilidade às empresas optarem pelo tratamento tributário regido pelas IFRS, as normas internacionais da contabilidade em 2014. Tal opção poderão ser manifestadas na Declaração de Débitos e Créditos Tributários Federais - DCTF referente aos fatos geradores ocorridos no mês de agosto de 2014, ou obrigatoriamente a partir de 2015.

 A RFB esclarece que se encontra em fase de construção,, nova versão do Programa Gerador de Declaração - PGD DCTF Mensal que substituirá a versão 3.0. Esta nova versão possibilitará aos declarantes a manifestação das opções.

Fonte: Jornal Contábil

RECEITA FEDERAL ESCLARECE QUE O IMPOSTO DEVE SER RECALCULADO NA OCORRÊNCIA DE MAIS DE UM PAGAMENTO A

TÍTULO DE PLR NO MESMO ANO-CALENDÁRIO Publicada no Diário Oficial da União de 1º de setembro de 2014, a Solução de Consulta Cosit nº. 229/2014 esclarece que, na ocorrência de mais de um pagamento a título de Participação nos Lucros ou Resultados (PLR) no curso de um mesmo ano-calendário, ainda que se trate de resultados apurados pela empresa em períodos diferentes, o imposto deve ser recalculado, com base no total da participação nos lucros recebida neste ano-calendário, mediante a utilização da tabela anual, constante da Lei nº. 10.101/2000, alterada pela Lei nº. 12.832/2013, deduzindo-se do imposto assim apurado o valor retido anteriormente.

 Para conhecimento, transcrevemos alguns pontos da referida Solução de Consulta:

"Solução de Consulta nº 229 - CositIPECONT – Instituto de pesquisas Contábeis e Tributárias – http://www.ipecont.com.br/contato

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Assunto: IMPOSTO SOBRE A RENDA RETIDO NA FONTE - IRRFEmenta: PARTICIPAÇÃO DOS TRABALHADORES NOS LUCROS OU RESULTADOS (PLR). PAGAMENTO PARCELADO. Ocorrendo mais de 1 (um) pagamento a título de PLR no curso de um mesmo ano-calendário, ainda que se trate de resultados apurados pela empresa em períodos diferentes, o imposto deve ser recalculado, com base no total da participação nos lucros recebida neste ano-calendário, mediante a utilização da tabela anual, deduzindo-se do imposto assim apurado o valor retido anteriormente.

Fundamentos.

A participação dos empregados nos lucros ou resultados da empresa tem fundamento no inciso XI do art. 7º da Constituição Federal. Atualmente, a Lei nº 10.101, de 2000, com as alterações da Lei nº 12.832, de 2013, estabelece as regras relativas ao mecanismo de distribuição, inclusive a forma de tributação, dessa participação.

O artigo 3º da citada Lei dispõe que os rendimentos de participação nos resultados ou lucros estão sujeitos a tributação exclusivamente na fonte, em separado dos demais rendimentos recebidos, de acordo com tabela progressiva anual específica, e não integrarão a base de cálculo do imposto devido na declaração de ajuste. Além disso, durante o mesmo ano civil, poderão ser efetuados no máximo 2 (dois) pagamentos de qualquer antecipação ou distribuição de valores a título de participação nos lucros ou resultados da empresa, obedecido ainda o intervalo mínimo de 1 (um) trimestre civil.

Nos termos do parágrafo §5º do art. 3º da Lei nº 10.101, de 2000, a tributação de participação nos resultados ou lucros segue a regra geral de tributação de rendimentos recebidos por pessoa física, ou seja, os rendimentos auferidos são tributáveis apenas no momento em que o contribuinte adquire a disponibilidade efetiva de renda, o conhecido regime de caixa, art. 2º da Lei nº 8.134, de 27 de dezembro de 1990. Neste regime, o imposto só atinge o rendimento quando os valores já se encontram à  disposição do contribuinte, independente do período de sua competência.

No tocante ao pagamento de participação nos resultados ou lucros em parcelas, tem-se, consoante disposição do § 7º do art. 3º da Lei nº 10.101, de 2000, também a regra da incidência do imposto no efetivo recebimento dos rendimentos. O parágrafo citado determina que o cálculo do imposto será efetuado pelo montante da participação recebida dentro do ano calendário. Assim, não faz diferença que os rendimentos tenham sido originados a partir de lucros apurados pela empresa em períodos anteriores ou dentro de um mesmo período.

Dessa forma, quando houver pagamento de mais de uma parcela durante o ano-calendário, o total do imposto de renda a ser retido será recalculado considerando o somatório das parcelas recebidas no curso deste ano-calendário, independentemente da data de apuração do lucro na empresa."

"Conclusão”

Em vista do exposto acima, conclui-se:a) independentemente do período de apuração dos resultados da pessoa jurídica a que se refere, a participação dos trabalhadores nos lucros ou resultados da empresa (PLR) será tributada pelo imposto sobre a renda exclusivamente na fonte, no ano-calendário do efetivo recebimento ou crédito, com base na tabela progressiva anual constante do Anexo da Lei nº

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10.101, de 2000;b) ocorrendo mais de 1 (um) pagamento a título de PLR no curso de um mesmo ano-calendário, ainda que se trate de resultados apurados pela empresa em períodos diferentes, o imposto deve ser recalculado, com base no total da participação nos lucros recebida neste ano-calendário, mediante a utilização da tabela anual, deduzindo-se do imposto assim apurado o valor retido anteriormente;c) caso a PLR, atribuída com base em determinado período de apuração dos resultados da pessoa jurídica, seja antecipada ou distribuída de forma parcelada, em anos-calendário subsequentes, cada parcela comporá a base de cálculo do respectivo ano-calendário em que for efetivamente paga ou creditada, não havendo fundamento para recálculo do imposto nessas circunstâncias."

Despesas com fretes não geram direito a créditos a serem descontados das contribuições para o PIS-Pasep e da Cofins 11 de setembro de 2014 16:26

Por não integrarem o insumo utilizado na produção de bens destinados à venda e nem se referirem à operação de venda de mercadorias, os fretes contratados para transporte de produtos acabados ou em elaboração entre estabelecimentos industriais da mesma pessoa jurídica, bem como dos estabelecimentos industriais desta pessoa jurídica para seus próprios estabelecimentos comerciais, não geram direito a créditos a serem descontados do PIS-Pasep e da Cofins.

(Solução de Consulta Cosit nº 226/2014 – DOU de 08.09.2014)

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RFB publica portaria sobre regularidade fiscalA Receita Federal do Brasil (RFB) publicou no último dia 9 de setembro, no Diário Oficial da União, portaria nº 358 sobre a regularidade fiscal perante a Fazenda Nacional.

Segue a publicação na íntegra:

 Portaria MF nº 358, de 5 de setembro de 2014

DOU de 09.09.2014

Dispõe sobre a prova de regularidade fiscal perante a Fazenda Nacional.

O MINISTRO DE ESTADO DA FAZENDA, no uso das atribuições que lhe conferem os incisos II e IV do parágrafo único do art. 87 da Constituição Federal, e tendo em vista o disposto nos arts. 205 e 206 da Lei nº 5.172, de 25 de outubro de 1966, no art. 62 do Decreto-Lei nº 147, de 3 de fevereiro de 1967, no §1º do art. 1º do Decreto-Lei nº 1.715, de 22 de novembro de 1979, no art. 47 da Lei nº 8.212, de 24 de julho de 1991, e na Lei nº 11.457, de 16 de março de 2007, resolve:

Art. 1º A prova de regularidade fiscal perante a Fazenda Nacional será efetuada mediante apresentação de certidão expedida conjuntamente pela Secretaria da Receita Federal do Brasil - RFB e pela Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional - PGFN, referente a todos os tributos federais e à Dívida Ativa da União - DAU por elas administrados.

Parágrafo único: A certidão a que se refere o caput não obsta a emissão de certidão com finalidade determinada, quando exigida por lei, relativa aos tributos federais e à Dívida Ativa da União.

Art. 2º As certidões emitidas na forma desta Portaria terão prazo de validade de 180 (cento e oitenta) dias, contado de sua emissão.

Art. 3º A RFB e a PGFN poderão regulamentar a expedição das certidões a que se refere esta Portaria.

Art. 4º A validade das certidões emitidas pela RFB e PGFN depende de verificação de autenticidade pelo órgão responsável pela exigência da regularidade fiscal.

Art. 5º As certidões de prova de regularidade fiscal emitidas nos termos do Decreto nº 6.106, de 30 de abril de 2007, e desta Portaria têm eficácia durante o prazo de validade nelas constante.

Art. 6º Esta Portaria entra em vigor em 20 de outubro de 2014.Fonte: Sistema Fenacon

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Não incide ICMS em operações de importação por leasing, decide STFPor maioria, o Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu que não incide o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) sobre operações de importação feitas por meio de arrendamento mercantil (leasing). A decisão foi proferida no Recurso Extraordinário (RE) 540829, com repercussão geral reconhecida, na qual o Estado de São Paulo questionava uma operação realizada por uma empresa do ramo metalúrgico.

Na sessão plenária desta quinta-feira (11), o recurso foi desprovido por maioria de votos, vencidos o relator, ministro Gilmar Mendes, e o ministro Teori Zavascki. Segundo o presidente da Corte, ministro Ricardo Lewandowski, o julgamento significa a solução de, pelo menos, 406 processos que estavam sobrestados nas demais instâncias, em virtude do instituto da repercussão geral.

Voto-vista

O julgamento estava suspenso aguardando voto-vista do ministro Teori, que, na sessão de hoje, manifestou-se pelo provimento do recurso. O ministro aderiu ao voto do relator, alinhando-se ao entendimento de que o fato gerador do tributo se configura com a entrada do bem importado no Brasil, não importando a natureza do contrato celebrado no exterior.

Mudança de titularidade

Em seguida, o ministro Luís Roberto Barroso, ao seguir a divergência aberta pelo ministro Luiz Fux, votou pelo provimento do recurso e citou doutrina segundo a qual não há circulação de mercadoria, para fim de incidência do imposto, nos casos em que não há mudança de titularidade da mercadoria. 

“Não incide o ICMS importação na operação de arrendamento internacional, salvo na antecipação da opção de compra, dado que a operação não implica a transferência da titularidade do bem”, afirmou.

Também votaram pelo desprovimento do RE a ministra Rosa Weber e os ministros Marco Aurélio e Ricardo Lewandowski.

Anac regulamenta padrão contábil de aéreas Agência Estado

Publicação: 11/09/2014 09:42 Atualização:

A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) regulamentou os documentos e as demonstrações contábeis padronizadas a serem apresentados pelas empresas brasileiras que exploram os serviços aéreos públicos. A resolução nº 342, publicada no Diário Oficial da União (DOU) desta quinta-feira, 11, também aponta outros aspectos da escrituração contábil do setor, para fins de acompanhamento de mercado, que deverão ser respeitados a partir de agora.

A regra cita, entre outros pontos, que as novas determinações valem para todas as empresas brasileiras que IPECONT – Instituto de pesquisas Contábeis e Tributárias – http://www.ipecont.com.br/contato

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exploram os serviços de transporte aéreo público e os serviços aéreos públicos especializados. É preciso manter a escrituração contábil e a correspondente documentação de suporte devidamente organizadas de acordo com a legislação societária brasileira e com as normas contábeis expedidas pelos órgãos competentes no Brasil. Também é necessário manter plano de contas com nomenclaturas contábeis adequadas ao registro dos fatos que envolvem os serviços aéreos públicos, segregando as receitas, as despesas e os custos dos serviços aéreos das demais atividades desempenhadas pela empresa.

A Anac realizará, a qualquer tempo, inspeções e auditorias, bem como poderá requerer e examinar livros, sistemas, registros, documentos, demonstrações e quaisquer informações necessárias à verificação da organização e da consistência da contabilidade das empresas brasileiras que exploram os serviços aéreos públicos.

A apresentação de documentos e demonstrações contábeis pelas empresas tem por objetivo propiciar a análise da sua situação econômico-financeira, o acompanhamento de mercado e a remessa de dados econômicos do transporte aéreo requeridos pelos organismos internacionais dos quais o Brasil seja membro, entre outros. As demonstrações devem ser apresentadas na forma de Demonstrações Contábeis Individuais. Será considerado o exercício social com início no dia 1º de janeiro e encerramento no dia 31 de dezembro de cada ano.

As empresas devem manter arquivados, pelo prazo mínimo de cinco anos contados da data de protocolo, os originais dos documentos e das demonstrações contábeis, o comprovante de sua apresentação à Anac e os documentos de suporte à escrituração contábil. Para efeito dessas novas regras, a participação das empresas brasileiras que exploram os serviços de transporte aéreo público regular e não regular, exceto na modalidade táxi aéreo, será considerada relevante quando for igual ou superior a 1% no mercado doméstico ou no mercado internacional, em termos de passageiros quilômetros transportados pagos (RPK).

STF analisará créditos de PIS e Cofins 11 de setembro de 2014 14:51

Por Laura Ignacio

Um dos temas que mais gera discussões na esfera administrativa e no Judiciário, por significar redução no pagamento de PIS e Cofins, será decidido pelo Supremo Tribunal Federal (STF) em repercussão geral. A Corte analisará o que pode ser considerado insumo e, portanto, gerar créditos para as empresas abaterem do valor final a ser pago dessas contribuições sociais.

A possibilidade de usar créditos é válida para as empresas que estão no sistema da não cumulatividade do PIS e da Cofins. Apesar da previsão em lei, o problema, está na interpretação do que seria insumo. Por isso, há inúmeras discussões entre a Fazenda Nacional e contribuintes. A não cumulatividade está prevista na Emenda Constitucional (EC) nº 42, de 2003. A norma estipula que a lei deve definir a quais setores a não cumulatividade se aplica.

O processo que chegou ao STF é de uma empresa que questiona decisão do Tribunal Regional Federal (TRF) da 5ª Região. Os desembargadores entenderam que as Leis 10.367, de 2002, 10.833, de 2003, e 10.865, de 2004, são as normas regulamentadoras da não cumulatividade do PIS e da Cofins.

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Segundo a decisão do TRF, são essas normas que definem os critérios para a aplicação da não cumulatividade. O acórdão diz que as restrições presentes nas leis questionadas “corporificam um critério misto de incidência da não cumulatividade, sem finalidade de desoneração fiscal”. De acordo com a decisão, somente se existisse desoneração estaria caracterizada inconstitucionalidade.

“Relevante, portanto, a definição pela Suprema Corte do núcleo fundamental do princípio da não cumulatividade quanto à tributação sobre a receita, já que com relação aos impostos indiretos (IPI e ICMS) a Corte vem assentando rica jurisprudência”, afirmou o ministro relator Luiz Fux, na manifestação pelo reconhecimento da repercussão geral para o tema.

A alíquota do PIS e da Cofins no sistema cumulativo é de 3,65%, que incide sobre o total das receitas operacionais, sem direito a créditos. No sistema não cumulativo, a alíquota sobe para 9,25%, mas, em compensação, a empresa pode descontar o valor de PIS e Cofins pago na aquisição de insumos para a fabricação de produto final.

“A legislação prevê que todos os insumos que a empresa adquire geram créditos do PIS e da Cofins, mas não define o que são insumos”, afirma a advogada Bianca Xavier, do Siqueira Castro Advogados.

Em relação ao IPI, insumos são os bens que sofrem desgaste, dano ou perda direta na fabricação do produto. “Assim, por exemplo, a compra de detergente para limpar vasilhames na fabricação de uma bebida, uma vez que são desgastados diretamente no processo produtivo para a produção da bebida, deve gerar o direito ao crédito de IPI. Mas não se sabe ao certo se o detergente pode ser considerado insumo pela legislação do PIS e da Cofins”, diz Bianca.

“A decisão do Supremo de julgar o tema é bastante relevante, pois a Corte vinha entendendo que a matéria não era assunto constitucional”, afirma o advogado Maurício Barros, do escritório Gaia Silva Gaede & Associados Advogados. Com a repercussão geral, o que for definido pelo Supremo servirá de orientação para os demais tribunais do país.

viaSTF analisará créditos de PIS e Cofins | Valor Econômico.

Maiores detalhes:

Notícias STF Imprimir Sexta-feira, 05 de setembro de 2014

Reconhecida repercussão geral em matéria sobre não cumulatividade do PIS/CofinsFoi reconhecida a repercussão geral de disputa que envolve a definição dos critérios da não cumulatividade da contribuição ao Programa de Integração Social (PIS) e da Contribuição Social para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins). A decisão majoritária foi tomada pelo Plenário Virtual do Supremo Tribunal Federal (STF) no Recurso Extraordinário com Agravo (ARE) 790928, de relatoria do ministro Luiz Fux.

A não cumulatividade foi prevista pela Emenda Constitucional (EC) 42/2003, que remeteu a lei a definição dos setores aos quais ela se aplicaria. No ARE, uma empresa do setor industrial questiona acórdão do Tribunal Regional Federal da 5ª Região (TRF-5) que entendeu como recepcionadas as normas regulamentadoras de creditamento das Leis 10.367/2002, 10.833/2003 e 10.865/2004.

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Segundo o TRF-5, as restrições presentes nas leis questionadas corporificam um critério misto de incidência da não cumulatividade, pois não se vê nos dispositivos de lei qualquer vulnerabilidade à finalidade de desoneração da cadeia produtiva, circunstância, sim, que, verificada, ensejaria a não recepção e a inconstitucionalidade alegadas.

Em sua manifestação pelo reconhecimento da repercussão geral, o ministro Luiz Fux destacou que o texto constitucional não registrou qual fórmula serviria de ponto de partida para a previsão, e deixou assim de definir qual técnica de incidência poderia nortear a aplicação do princípio da não cumulatividade.

“Relevante, portanto, a definição pela Suprema Corte do núcleo fundamental do princípio da não cumulatividade quanto à tributação sobre a receita, já que com relação aos impostos indiretos (IPI e ICMS) a corte vem assentando rica jurisprudência”, afirmou o relator.

FT/CR

Processos relacionadosARE 790928

IBPT explica consequências de “driblar” o Fisco Postado por José Adriano em 8 setembro 2014 às 12:00 Exibir blog

Multas podem chegar a 225%, os bens podem ficar indisponíveis e o sonegador terá o seu prestígio abalado junto aos seus parceiros comerciais

De acordo com o Sonegômetro, painel administrado pelo Sindicato Nacional dos Procuradores da Fazenda Nacional (Sinprofaz) e que mostra o montante da sonegação fiscal no Brasil, R$ 318,6 bilhões em impostos deixaram de ser recolhidos somente neste ano. No acumulado de 2013 foram R$ 415,1 bilhões, ou seja, mais de 10% do Produto Interno Bruto (PIB) nacional. Parte do valor se deve à alta carga tributária do país. O Impostômetro, painel contador administrado pelo Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação – IBPT, os impostos cobrados pelas três esferas de governo atingirão o total de R$ 1,1 trilhão exatamente às 3h30 da madrugada desta quinta-feira, dia 4 de setembro.

Sobre sonegação fiscal, o presidente executivo do IBPT, João Eloi Olenike respondeu algumas perguntas à reportagem do Instituto.

Reportagem – Com a alta carga tributária muitos contribuintes inclinam-se a sonegar impostos. Em que isso implica para eles?

João Eloi Olenike – Tomando essa atitude estes contribuintes se sujeitam às consequências do crime que estão cometendo, como a responsabilidade criminal a todos que participam direta ou indiretamente das operações ilícitas, as multas podem chegar a 225%, os bens podem ficar indisponíveis e o sonegador terá o seu prestígio abalado junto aos seus parceiros comerciais.

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Muitas empresas calçam a nota fiscal, aproveitando que ainda não utilizam nota eletrônica: algumas categorias de empresas ainda não foram incluídas nessa “digitalização fiscal”. Como o Fisco pode detectar esse “calçamento de nota”, que dá uma falsa segurança ao empresário?

JEO – O Fisco tem se preparado muito bem em se tratando de cruzamentos feitos de forma eletrônica, detectando indícios de operações feitas desta forma.

Quanto o país deixa de arrecadar por conta da sonegação?

JEO – Pelos últimos estudos que fizemos, a sonegação chega a aproximadamente R$ 0,26 de cada R$ 1,00 recolhido de tributos.

Não é comum um fiscal da Receita bater à porta de uma empresa pequena e até se entende por que isso acontece, já que os maiores sonegadores são empresas de grande porte. Isso não coloca o pequeno empresário numa situação muito cômoda e também não ajuda a criar um cultura de sonegação?

JEO – O que pode levar os contribuintes a tentar meios ilícitos como a sonegação, sem dúvida, é a nossa alta carga tributária. Entendemos que se houver uma tributação justa e de acordo com a verdadeira capacidade contributiva, a sonegação tende a diminuir bastante em sua utilização.

A maioria das pessoas não conhece o termo “elisão fiscal”, que é parte importante da governança tributária. Que tipo de esforço se faz, no Brasil, para difundir essa prática, além das iniciativas do IBPT?

JEO – Infelizmente, no Brasil, não temos grandes obras de doutrinadores a respeito desse assunto, além dos mais tradicionais. Nós começamos a difundir o conceito de Governança Tributária, no Brasil, como pioneiros Há mais de 10 anos. A falta de cultura tributária por grande parte de nossa população representa um problema para o país, em relação à não reivindicação de uma tributação menor e mais justa.

Fonte: IBPT

http://juraniomonteiro.com/2014/09/04/ibpt-explica-consequencias-de...

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5 Dicas para lidar com tráfego das despesas da empresa para contabilidadeNo entanto, por enquanto ainda temos essa demanda de tráfego de informações impressas e devemos nos ajustar a ela

Simoni Luduvice

A médio prazo, não haverá mais troca de informações através de papel entre as empresas. Haverão apenas sistemas conversando entre si e nós, profissionais habilitados, analisando esse fluxo de informações e compilando dados para geração de relatórios fiscais e contábeis.

No entanto, por enquanto ainda temos essa demanda de tráfego de informações impressas e devemos nos ajustar a ela. Seguem algumas dicas que podem ajudar bastante nesse processo:

QUAIS DOCUMENTOS MANDAR PARA CONTABILIZAR? Todos! Todos os comprovantes de pagamentos de qualquer tipo de despesa da empresa devem ser contabilizados, assim como, todos os comprovantes de entradas de dinheiro também devem. São estas informações consolidadas que nos ajudam a levantar os RESULTADOS FINANCEIROS da empresa.

ATENÇÃO COM COMPROVANTES INVÁLIDOS – Como dito em matérias anteriores, para cada operação de venda de produtos ou serviços, existem documentos certos para comprovação fiscal e contábil daquela operação. Não se pode substituir a Nota de Venda de Mercadorias, por exemplo, pelo PEDIDO ou ORÇAMENTO.

Esses são documentos gerenciais do vendedor que servem apenas para documentar a relação entre as partes e não os ajustes com o Fisco e com as Leis de Contabilidade. Da mesma forma, nenhum COMPROVANTE DE VENDA, substitui um ECF. Pense nisso quando estiver fazendo uma compra. Da mesma forma que você tem obrigações a cumprir enquanto contribuinte, os outros colegas, parceiros ou vendedores também tem, portanto ninguém pode negar o documento hábil.

EXTRATOS BANCÁRIOS - a escrituração financeira da empresa nos balanços é obrigatória por Lei. Ou seja, para apurar resultados efetivos, deve-se demonstrar todas as operações da empresa, incluindo o que acontece nas contas bancárias. Os profissionais das Empresas de Contabilidade estão aptos para receber e compilar essas informações com sigilo absoluto das informações fornecidas. Por isso é importante conhecer e manter contato para que a confiança se consolide ao longo do tempo.

ANALISE DE RELATÓRIOS – depois de mandar tudo direitinho para a Empresa de Contabilidade levantar os dados, é importante ver os resultados desse trabalho JUNTOS. Ver para onde foram tantas informações e que tipo de INDICADORES elas são capazes de gerar. Quer ter uma empresa de sucesso? Entenda o que os números contábeis estão dizendo a você.

TOME DECISÕES – depois de organizar periodicamente os documentos e mandar para contabilizar, receber relatórios com informações importantes para o crescimento da empresa, agora tome decisões. Converse e entenda o que está impactando os resultados e mude o que precisar ser mudado. Muitas pequenas empresas podem falecer precocemente por falta de conhecimento ou informações relevantes ao seu desempenho. Não tenha medo de saber, ouse acreditar. Mude o que precisar!

Link: http://www.administradores.com.br/artigos/negocios/5-dicas-para-lidar-com-trafego-das-despesas-da-empresa-para-contabilidade/80799/ Fonte: Administradores

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Comprovação de despesas através de Cupom FiscalResumo:

Teceremos nesta matéria alguns comentários sobre a comprovação de despesas através de Cupom Fiscal. Para tanto, utilizaremos como base o Regulamento do Imposto de Renda (RIR/1999), aprovado pelo Decreto nº 3.000/1999.

1) Introdução:Não existe despesa que possa ser considerada dedutível se não for devidamente comprovada com documento relacionado ao dispêndio realizado, tais como: Cupom Fiscal, Fatura, Nota Fiscal, Recibo, tickets de caixa, ou outro documento equivalente. Em que pese seja admitido, por sua natureza, como dedução da Base de Cálculo (BC) do Imposto de Renda Pessoa Jurídica (IRPJ) e da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) dos contribuintes sujeitos à apuração do Lucro Real, o pagamento deve ser suficientemente comprovado, por meio de documentação hábil e idônea, sob pena da despesa deduzida ser glosada pela autoridade administrativa competente.

Como veremos no decorrer dessa matéria, o Fisco Federal, na realidade, não exige que as comprovações das operações (ou despesas) da pessoa jurídica sejam feitas por um ou outro documento específico. Na verdade, o que existe, são requisitos mínimos a serem verificados para se ter certeza que determinado documento pode comprovar a operação.

No que diz respeito ao Cupom Fiscal, ele é um documento equivalente à Nota Fiscal, diferenciando-se deste por ter que ser emitido por impressora fiscal especial, o Emissor de Cupom Fiscal (ECF). Ele substitui a Nota Fiscal de Venda ao Consumidor (NFVC) para todos os efeitos e é facilmente identificável, pois nele sempre estará impresso a expressão "Cupom Fiscal".

O Cupom Fiscal pode ser aceito como documento hábil e idôneo desde que atendidos certos requisitos legais mínimos, tais como: identificação do beneficiário e da natureza da despesa, quantidade e valor da operação, etc.

Devido à importância do tema, teceremos alguns comentários sobre a comprovação de despesas através de Cupom Fiscal. Para tanto, utilizaremos como base o Regulamento do Imposto de Renda (RIR/1999), aprovado pelo Decreto nº 3.000/1999, bem como nas demais legislações citadas do decorrer da matéria.

Base Legal/Fonte: Wikipédia (UC: 04/09/14) e; RIR/1999 (UC: 04/09/14).

2) Conceitos:

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2.1) Cupom Fiscal e equipamento ECF:O Cupom Fiscal é um documento equivalente à Nota Fiscal, diferenciando-se deste por ter que ser emitido por impressora fiscal especial, o Emissor de Cupom Fiscal (ECF). Ele substitui a NFVC para todos os efeitos e é facilmente identificável, pois nele sempre estará impresso a expressão "Cupom Fiscal".

Ele deve ser emitido quando da venda de mercadorias, à vista, sempre que o destinatário for pessoa natural ou jurídica não-contribuinte do ICMS e é imprescindível que esta mercadoria seja retirada ou consumida no próprio estabelecimento. Além disso, as empresas prestadoras de serviços também estão obrigadas à emissão do Cupom Fiscal.

O Cupom Fiscal pode ser aceito como documento hábil e idôneo desde que atendidos certos requisitos legais mínimos, tais como: identificação do beneficiário e da natureza da despesa, quantidade e valor da operação, etc.

Base Legal/Fonte: Wikipédia (UC: 04/09/14) e; Art. 61 da Lei nº 9.532/1997 (UC: 04/09/14).

2.2) Documento equivalente:De acordo com o artigo 1º, § 2º da Lei nº 8.846/1994, o Ministro da Fazenda estabelecerá, para efeitos da legislação do Imposto de Renda e proventos de qualquer natureza, os documentos equivalentes à Nota Fiscal ou Recibo, podendo dispensá-los quando os considerar desnecessários.

Nota Tax Contabilidade:

(1) Até o presente momento, o Ministro da Fazenda não regulamentou a matéria tratada neste subcapítulo. Por isso mesmo, aconselhamos nossos leitores a ficarem atentos nos entendimentos exarados pela Receita Federal do Brasil (RFB) e nas decisões exaradas pela Justiça. Lembrando que às Soluções de Consulta e as decisões judiciais possuem valor jurídico apenas para os envolvidos.

Base Legal: Art. 1º, § 2º da Lei nº 8.846/1994 (UC: 04/09/14).

3) Comprovação das despesas:Primeiramente cabe esclarecer que despesas são gastos efetuados com a finalidade de manter o funcionamento da pessoa jurídica. Deste modo, temos que as despesas realizadas pelas pessoas jurídicas tributadas com base no Lucro Real poderão ser dedutíveis ou indedutíveis conforme sua natureza.

Assim, somente são admitidas como dedutíveis despesas que, além de preencherem os requisitos de necessidade, normalidade e usualidade, apresenta-se com a devida comprovação, com documentos hábeis e idôneos.

3.1) Cupom Fiscal:Os custos e as despesas operacionais cujos pagamentos sejam efetuados a pessoas jurídicas devem ser comprovados por Nota Fiscal ou Cupom Fiscal, este desde que emitido por equipamento ECF (2). Referidos documentos devem conter, no mínimo:

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a. a identificação da pessoa jurídica compradora (ou tomadora dos serviços), mediante indicação do número do Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica (CNPJ);

b. a descrição dos bens ou serviços objeto da operação, ainda que resumido ou por códigos;c. a data e o valor da operação.

Caso o Cupom Fiscal não contenha os mencionados dados, o comprador deverá solicitar a Nota Fiscal para poder comprovar a dedução da despesa realizada.

Vale a pena registrar que, caso o prestador de serviços não esteja obrigado a utilizar o equipamento ECF e tenha sido dispensado da emissão de Nota Fiscal pelo Fisco Municipal poderá utilizar Recibo ou outro documento equivalente, desde que eles contenham os elementos definidores das operações a que se refiram. Nesse sentido, a Secretaria da RFB já se manifestou a respeito através das Soluções de Consulta nºs 24/2005 e 260/2001, conforme podemos verificar abaixo:

MINISTÉRIO DA FAZENDASECRETARIA DA RECEITA FEDERAL

SOLUÇÃO DE CONSULTA Nº 24 de 28 de Fevereiro de 2005

ASSUNTO: Imposto sobre a Renda de Pessoa Jurídica - IRPJ

EMENTA: COMPROVAÇÃO DE RECEITAS. DOCUMENTO FISCAL. Para fins de comprovação das receitas auferidas, no âmbito da legislação do imposto sobre a renda e proventos de qualquer natureza, a pessoa jurídica prestadora de serviços que não esteja obrigada ao uso do equipamento Emissor de Cupom Fiscal – ECF e tenha sido dispensada da emissão de Nota Fiscal pelo Fisco Municipal, poderá utilizar recibo ou outro documento equivalente, desde que eles contenham os elementos definidores das operações a que se refiram.

MINISTÉRIO DA FAZENDASECRETARIA DA RECEITA FEDERAL

SOLUÇÃO DE CONSULTA Nº 260 de 28 de Setembro de 2001

ASSUNTO: Imposto sobre a Renda de Pessoa Jurídica - IRPJ

EMENTA: COMPROVAÇÃO DE RECEITAS E DESPESAS - DOCUMENTO FISCAL. Para fins de comprovação das receitas auferidas, no âmbito da legislação do imposto sobre a renda e proventos de qualquer natureza, a pessoa jurídica prestadora de serviços que tenha sido dispensada da emissão de Nota Fiscal pelo Fisco Municipal e pelo Estadual e que não esteja obrigada ao uso do equipamento Emissor de Cupom Fiscal – ECF, poderá utilizar recibo ou outro documento equivalente, desde que eles contenham os elementos definidores das operações a que se refiram. As despesas operacionais devem ser comprovadas com documentação hábil. Se, porventura, o contribuinte não possuir comprovantes hábeis das despesas escrituradas, deverá adicionar esses dispêndios no lucro real para efeito de tributação.

Nota Tax Contabilidade:

(2) Qualquer outro meio de emissão de Nota Fiscal, ou até mesmo Cupom Fiscal, inclusive o manual, somente poderão ser utilizados com autorização específica da Secretaria de Estado da Fazenda com jurisdição sobre o domicílio fiscal do contribuinte.

Base Legal: Art. 61 da Lei nº 9.532/1997 (UC: 04/09/14); SC nº 24/2005 (UC: 04/09/14) e; SC nº 260/2001 (UC: 04/09/14).

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3.2) Pessoa Jurídica inapta:O gasto ou a despesa não será considerado comprovado quando os documentos comprobatórios forem emitidos por pessoa jurídica cuja inscrição no CNPJ tenha sido considerada ou declarada inapta (3). Nesta hipótese, esses documentos não produzirão quaisquer efeitos tributários em favor de terceiro por se caracterizarem como uma hipótese de inidoneidade.

Uma vez que o documento fiscal foi considerado idôneo, os valores nele constantes não poderão ser:

a. deduzidos como custo ou despesa, na determinação da base de cálculo do IRPJ e da CSLL;b. deduzidos na determinação da base de cálculo do IRPF;c. utilizados como crédito do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), e da Contribuição para o

PIS/Pasep e da Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins) não cumulativos; e

d. utilizados para justificar qualquer outra dedução, abatimento, redução, compensação ou exclusão relativa aos tributos administrados pela RFB.

Por outro lado, a dedutibilidade será admitida quando o adquirente dos bens, direitos, mercadorias ou o tomador do serviços comprovar a efetivação do pagamento do preço pactuado e o recebimento dos bens, direitos, mercadorias ou utilização dos serviços.

É importante observar, ainda, que o Cupom Fiscal deve conter obrigatoriamente todas as informações já tratadas nesta matéria, caso contrário, não será considerado documento hábil para comprovação de custos e despesas operacionais no âmbito da legislação do imposto sobre a renda, conforme entendimento já exarado pela RFB através da Decisão nº 33/1999 da 8º Região Fiscal (São Paulo), que diz o seguinte:

IRPJ - COMPROVAÇÃO DE DESPESAS. O Cupom Fiscal, emitido unicamente com as indicações mínimas contidas no Convênio ICMS nº 156/1994, não é documento hábil para comprovação de custos e despesas operacionais no âmbito da legislação do imposto sobre a renda.

Nota Tax Contabilidade:

(3) A inidoneidade de documentos em virtude de inscrição declarada inapta não exclui as demais formas de inidoneidade de documentos, previstas na legislação.

Base Legal: Art. 82 da Lei nº 9.430/1996 (UC: 04/09/14); Art. 43 da IN RFB nº 1.183/2011 (UC: 04/09/14) e; Decisão nº 33/1999 da 8º Região Fiscal/SP (UC: 04/09/14).

4) Omissão de receitas:Caracteriza omissão de receita ou de rendimentos, inclusive ganhos de capital, para efeitos do Imposto de Renda e das contribuições sociais incidentes sobre o lucro e o faturamento, a falta de emissão de Nota Fiscal, Recibo ou documentos equivalentes no momento da efetivação das operações, bem como a sua emissão com valor inferior ao da operação.

Informações Adicionais:

Este material foi escrito no dia 18/03/2013 e atualizado em 11/09/2014, pela Equipe Técnica da Tax Contabilidade. Sua reprodução é permitida desde que indicada a fonte: Tax Contabilidade. Comprovação de despesas através de Cupom Fiscal (Area: Guia do IRPJ e CSLL). Disponível em: http://www.tax-contabilidade.com.br/matTecs/matTecsIndex.php?idMatTec=159. Acesso em: 14/09/2014.

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OPERAÇÕES COM ARROZ – ICMS – ALTERAÇÕES

Por: Daniel Álvaro

Pessoal, a Receita Estadual publicou a Orientação 001/2014 sobre o credito do arroz, uma das principais observações é que a NF-e Ref. ao crédito deve ter o item cadastrado (diferente da antecipação da farinha) e o valor da guia será lançada no valor do item e no total da NF-e e não no “Valor do ICMS”

A orientação também deu algumas informações para as empresas optantes pelo simples nacional.

Segue abaixo matéria atualizada e modelo da NF-e a ser emitida:

ICMS: MUDANÇA TRATAMENTO TRIBUTÁRIO ARROZ

Por Daniel Álvaro - Solution Consultoria- 20/07/2014 ANTECIPAÇÃO DO ICMSA partir de 01.06.2014 as empresas, inclusive de microempresa e de empresa de pequeno porte, que adquirir ou receber arroz classificado nos códigos 1006.20, 1006.30 e 1006.40 da NBM/SH, em operação interestadual ou decorrente de importação do exterior, recolherá o ICMS antecipado sobre esses produtos. BASE DE CALCULO DO ICMSA base de cálculo para efeito de antecipação do imposto é a obtida por meio da soma das seguintes parcelas cobradas do adquirente:(valor da operação) + (seguro, frete, embalagem ou acondicionamento, ST, IPI, custo de financiamento e outros encargos) + (Percentual Definido em lei)Aplicará o percentual abaixo indicado sobre os valores mencionados anteriormente, quando se tratar dea) arroz integral, 44,3 % (quarenta e quatro inteiros e três décimos por cento);b) demais tipos de arroz, 26,4% (vinte e quatro inteiros e quatro décimos por cento); CALCULO DO IMPOSTOO imposto será calculado mediante aplicação da alíquota interna da mercadoria sobre a base de cálculo, observada a redução de base de cálculo prevista para esse produto, deduzindo-se do valor apurado o imposto destacado na nota fiscal relativa à entrada da mercadoria. BENEFICIO FISCAL DO FORNECEDORNa hipótese de operação interestadual alcançada por benefício fiscal concedido sem a observância do disposto na Lei Complementar nº 24, de 7 de janeiro de 1975 (verificar Resolução

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3166), a dedução a que se refere ao imposto destacado corresponderá apenas ao imposto cobrado na operação. VENCIMENTO DO IMPOSTOO imposto devido pela operação subseqüente será recolhido pelo destinatário até o momento da entrada da mercadoria no território mineiro. APROVEITAMENTO IMPOSTO PAGO O valor do imposto apurado na forma deste artigo será destacado em nota fiscal, modelo 1 ou 1-A, ou NF-e emitida pelo adquirente para esse fim, com a observação, no campo “Informações Complementares”: “Nota Fiscal emitida nos termos do art. 4º do Anexo XVI do RICMS”, com indicação do número e data da nota fiscal relativa à entrada da mercadoria.A nota fiscal será lançada no livro Registro de Entradas, após o recolhimento do imposto, com informação na coluna “Observações” do seguinte: “ICMS recolhido na forma do art. 4º do Anexo XVI do RICMS”. A nota fiscal de entrada mencionada anteriormente deverá ser emitida seguinte forma:

Nfe (modelo 55) ou NF modelo 1 ou 1A para os desobrigados a NFe; Emitir a Nota Fiscal em nome da própria empresa; Utilizar o CFOP: 1.949 e Natureza da Operação: Antecipação do ICMS - ARROZ Mencionar no campo “informações complementares” o seguinte: “Nota fiscal emitida nos

termos do art. 4º da Parte 1 do Anexo XVI do RICMS/MG”; Mencionar também no campo “informações complementares” o número e data da nota

fiscal relativa a entrada da mercadoria; Utilizar “Código da Situação do Documento” 03- - NF-e de ajuste; Deverá ser cadastrado o item do produto Descrição do Produto:  "Antecipação do ICMS - Aquisição/Recebimento de Arroz"; NCM:

00; CST: 090; Quantidade: 01 Valor Unitário: O valor do crédito a ser apropriado conforme respectivo recolhimento

efetuado até o momento da entrada do produto em território mineiro; Valor Total: repetir o valor.

ESCRITURAÇÃO DAS NOTAS FISCAIS NO SPED  NOTA FISCAL AQUISIÇÃO DO ARROZ:

        Escriturar a nota fiscal aproveitando os créditos normalmente (7%);        Incluir Obs. Lanc. Fiscal (Registro C195 e C197) utilizando o Código de Ajuste

MG70010004 mencionado os valores e informações referente a guia da antecipação. NOTA FISCAL REF. AO CRÉDITO

        Lançar NF com CFOP 1949 e Cód. Sit. Documento 03 sem preencher os valores de: Base de Calculo e ICMS do documento;

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        Incluir as seguintes observações no Registro C110 do SPED: “Nota fiscal emitida nos termos

do art. 4º da Parte 1 do Anexo XVI do RICMS/MG” e no Registro C113 os dados da NF referente a compra do produto;

         Incluir Obs. Lanc. Fiscal no Registro C195 do SPED: “ICMS recolhido na forma do art. 4º

do Decreto 46.517/2014” e no C197 utilizar o Código de Ajuste MG10000004  mencionando neste registro a BC ICMS e ICMS ref. ao aproveitamento do imposto.

DAPIO imposto recolhido antecipadamente será lançado no campo 109 da DAPI, modelo 1, referente ao período em que ocorrer a entrada da mercadoria no estabelecimento mineiro.Para fins de compensação com as demais obrigações, o valor do imposto apurado e efetivamente recolhido a título de antecipação, quando permitido, poderá ser apropriado sob a forma de crédito, devendo ser lançado no campo 71, "Outros Créditos", da DAPI, modelo 1, do período a que se refere.

PERGUNTAS E RESPOSTAS

1 - Em qual situação deverá ser feita a antecipação a que se refere o art. 4º da Parte 1 do Anexo XVI do RICMS/02?R: Na entrada no estabelecimento de contribuinte do ICMS, inclusive de microempresa e de empresa de pequeno porte, que adquirir ou receber arroz classificado nas subposições 1006.20, 1006.30 e 1006.40 da NBM/SH, em operação interestadual ou decorrente de importação do exterior. 2 - Quem está obrigado a efetuar essa antecipação?R: Contribuintes do ICMS, inclusive microempresa e empresa de pequeno porte. 3 A antecipação é uma hipótese de substituição tributária?R: A antecipação não é hipótese de substituição tributária, uma vez que não alcança as demais operações subsequentes com a mercadoria ou outras dela resultantes. 4 - A antecipação realizada por contribuinte do Simples Nacional é uma hipótese de substituição tributária?R: Não. Trata-se do regime de antecipação do recolhimento do imposto, com encerramento da tributação, previsto no item 1 da alínea “g” do inciso XIII do art. 13 da Lei Complementar nº 123/06. 5 - Está dispensado da antecipação do imposto o contribuinte mineiro que adquirir arroz com casca classificado no código 1006.10?R: Sim, tendo em vista que o art. 4º da Parte 1 do Anexo XVI não menciona a NBM/SH 1006.10. 6 - No caso de o remetente na operação interestadual for contribuinte enquadrado no Simples Nacional, mesmo não havendo indicação de base de cálculo e destaque do imposto na nota

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fiscal de entrada da mercadoria, deverá ser calculada a antecipação do imposto nos termos do art. 4º do Anexo XVI do RICMS/02 considerando a alíquota interestadual?R: Sim, em se tratando de remetente optante pelo Simples Nacional, o valor a ser utilizado como dedução no cálculo da antecipação do imposto será o resultante da aplicação da alíquota interestadual sobre o valor da operação. 7 - O imposto pago antecipadamente na forma do art. 4º da Parte 1 do Anexo XVI do RICMS/02 constitui crédito para o adquirente?R: Sim. Nos termos do inciso II do § 6º do art. 4º da Parte 1 do Anexo XVI do RICMS/02, o imposto pago antecipadamente constitui crédito para o adquirente, salvo no caso de contribuinte optante pelo Simples Nacional e estabelecimento industrial optante pelo crédito presumido previsto no inciso XXIII do art. 75 do RICMS/02. 8 - Por que o contribuinte optante pelo Simples Nacional não poderá apropriar o valor recolhido antecipadamente e aquele corretamente destacado na nota fiscal relativa à entrada da mercadoria como crédito, nos termos do § 6º do art. 4º da Parte 1 do Anexo XVI do RICMS/02?R: De acordo com o caput do art. 23 da Lei Complementar nº 123/06, as microempresas e as empresas de pequeno porte optantes pelo Simples Nacional não farão jus à apropriação nem transferirão créditos relativos a impostos ou contribuições abrangidos pelo Simples Nacional. 9 - Como o contribuinte optante pelo Simples Nacional deverá efetuar o lançamento do imposto recolhido antecipadamente no Programa Gerador do Documento de Arrecadação do Simples Nacional - Declaratório (PGDAS-D)?R: O contribuinte optante pelo Simples Nacional deverá observar a segregação de receitas prevista no art. 25 da Resolução CGSN nº 94/2011.Assim, o contribuinte do Simples Nacional deverá informar no Programa Gerador do Documento de Arrecadação do Simples Nacional - Declaratório (PGDAS-D), para cada período de apuração, as receitas brutas obtidas em cada atividade exercida, revenda de mercadorias de terceiros ou venda de mercadorias por ela industrializadas, conforme o caso, bem como possíveis imunidades, isenções, reduções, substituição tributária, tributações monofásicas, antecipações com encerramento de tributação, exigibilidades suspensas e receitas decorrentes de lançamento de ofício.Ao final desta apuração, o programa irá calcular o valor devido, permitir a geração do DAS para pagamento e apresentar o perfil com as informações de distribuição dos tributos incluídos no Simples Nacional.

MODELO NF-e CRÉDITO ANTECIPAÇAO ARROZ

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BASE LEGAL -Decreto 46.517/2014 e Decreto 46.538/2014-Resolução 3166/2001-LC 24/1975-RICMS/2002-Manual de Ajuste por documentos – Sef/MG-Guia prático do EFD ICMS/IPI-Orientação Tributária DOLT/SUTRI nº 001/2014

Solution Contabilidade e Consultoria ltda.Tel: (35) 3422-2963 (035) 8827-3371

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Cai a exigência das certidões negativas nas Juntas ComerciaisDesde ontem (11), as empresas estão dispensadas de apresentar nas juntas comerciais certidões negativas de débitos tributários, previdenciários e trabalhistas.  Com isso, elas passam a  pedir a baixa de seus registros e inscrições imediatamente após o encerramento das suas operações. Caso sejam identificados débitos tributários nas empresas encerradas, os sócios serão responsabilizados como já previsto na regra atual.

A medida foi estabelecida por meio das Instruções Normativas 25 e 26 do Departamento de Registro Empresarial e Integração (DREI) da Secretaria da Micro e Pequena Empresa (SMPE). A nova norma é baseada na Lei 147/2014, e tem como objetivo simplificar o registro nas Juntas Comerciais de todo o Brasil.

Além da baixa, as certidões não serão mais obrigatórias nas operações de extinção, redução de capital, cisão total ou parcial, incorporação, fusão transformação, transferência do controle de cotas e desmembramento. Antes da nova lei, a dispensa de certidões para a baixa de empresas somente era garantida após o prazo de um ano de inatividade.

Para o ministro da Secretaria da Micro e Pequena Empresa, Guilherme Afif Domingos, a medida é um grande avanço em um País onde o fechamento de empresas é considerado impossível. “Temos cerca de um milhão de CNPJs inativos que não são fechados por conta da má burocracia. Sem a exigência da certidão, vamos encerrar as empresas na hora. Inclusive isso já será possível no Distrito Federal a partir do dia 25 de setembro. E estamos trabalhando para que essa operação se estenda para todo o Brasil o mais breve possível”, destacou.

Em 2013, as Juntas Comerciais processaram mais 1,6 milhão de alterações e 200 mil baixas de empresas. A dispensa de certidões diminui a burocracia e reduz custos para os empreendedores, além de agilizar o atendimento das suas demandas pela simplificação da análise nos órgãos de registro.

Fonte: Secretaria da Micro e Pequena Empresa / www.smpe.gov.br

 Abaixo a íntegra das Instruções Normativas:

 INSTRUÇÃO NORMATIVA No25, DE 10 DE SETEMBRO DE 2014

 Altera o art. 8º da Instrução Normativa nº7, de 5 de dezembro de 2013, que dispõe sobre os pedidos de autorização para nacionalização ou instalação de filial, agência,sucursal ou estabelecimento no País, por sociedade empresária estrangeira.

 O DIRETOR DO DEPARTAMENTO DE REGISTRO EMPRESARIAL E INTEGRAÇÃO - DREI, no uso das atribuições que lhe confere o art. 4º do Decreto nº 1.800, de 30 de janeiro de 1996, e o art. 8º, inciso VI, do Anexo I, do Decreto nº 8.001, de 10 de maio de 2013, e Considerando a inclusão do art. 7º-A na Lei nº 11.598, de 3de dezembro de 2007, pela Lei Complementar nº 147, de 7 de agosto de 2014, que afastou a exigência de certidões de regularidade de obrigações tributárias, previdenciárias ou trabalhistas, principais ou acessórias, do empresário, da sociedade, dos sócios, dos administradores ou de empresas de que participem, para o registro dos atos constitutivos, de suas alterações e extinções (baixas), resolve:

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Art. 1º A Instrução Normativa nº 7, de 5 de dezembro de 2013, passa a vigorar com a seguinte redação:

"Art. 8º Na hipótese de solicitação de cancelamento de autorização para instalação e funcionamento de filial, sucursal, agência ou estabelecimento, a sociedade empresária estrangeira deverá apresentar, além dos documentos referidos nos incisos I e III do artigo 7º, o ato de deliberação sobre o cancelamento.

I - (Revogado).

II - (Revogado).

III - (Revogado).

IV - (Revogado)." (NR)

 Art. 2º Esta Instrução Normativa entra em vigor na data de sua publicação.

 PAULO CÉSAR ZUMPANO

INSTRUÇÃO NORMATIVA No 26, DE 10 DE SETEMBRO DE 2014

 Altera os Manuais de Registro de Empresário Individual, Sociedade Limitada, Empresa Individual de Responsabilidade Limitada - EIRELI, Cooperativa e Sociedade Anônima aprovados pela Instrução Normativa nº 10, de 5 de dezembro de 2013.

 O DIRETOR DO DEPARTAMENTO DE REGISTRO EMPRESARIAL E INTEGRAÇÃO - DREI, no uso das atribuições que lhe confere o art. 4º do Decreto nº 1.800, de 30 de janeiro de 1996, e o art. 8º, inciso VI, do Anexo I, do Decreto nº 8.001, de 10 de maio de 2013, e Considerando a inclusão do art. 7º-A na Lei nº 11.598, de 3 de dezembro de 2007, pela Lei Complementar nº 147, de 7 de agosto de 2014, que afastou a exigência de certidões de regularidade de obrigações tributárias, previdenciárias ou trabalhistas, principais ou acessórias, do empresário, da sociedade, dos sócios, dos administradores ou de empresas de que participem, para o registro dos atos constitutivos, de suas alterações e extinções (baixas); Considerando outras disposições contidas na Lei Complementar nº 147, de 7 de agosto de 2014, resolve:

Art. 1º Os manuais de registro de empresário individual, sociedade limitada, empresa individual de responsabilidade limitada - EIRELI, cooperativa e sociedade anônima, de observância obrigatória pelas Juntas Comerciais na prática de atos de registro nele regulados, aprovados pela Instrução Normativa nº 10, de 5 de dezembro de 2013, publicada no Diário Oficial da União nº 237, de 6 de dezembro de 2013, passam a vigorar conforme disponibilizados no sítio do Departamento de Registro Empresarial e Integração – DREI h t t p : / / d r e i . s m p e . g o v. b r.

Art. 2º Esta Instrução Normativa entra em vigor na data de sua publicação.

PAULO CÉSAR ZUMPANOFonte: Sistema Fenacon

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Justiça condena ex-diretor da Parmalat por sonegação fiscal 11 de setembro de 2014 22:32

Folhapress

A Justiça Federal em São Paulo condenou o executivo Carlos de Souza Monteiro, ex-diretor financeiro da Carital Brasil (antiga Parmalat Participações) a sete anos de prisão por sonegação fiscal no valor de R$ 145,64 milhões.

Monteiro poderá cumprir a pena em regime semiaberto, sob a condição de pagamento de indenização de R$ 1 milhão em favor do governo federal por danos morais coletivos, conforme determinação da 7ª Vara Criminal em São Paulo. Todos os recursos devem ser destinados, exclusivamente, ao ensino fundamental.

Durante fiscalização na Carital, a Secretaria da Receita Federal encontrou receitas não declaradas sujeitas à incidência de PIS e Cofins, que teriam sido sonegados.

Também encontrou “inúmeras operações fictícias” de compra e venda de títulos da dívida pública dos Estados Unidos, com o objetivo de eliminar o pagamento de IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) incidente em operações de câmbio realizadas em 2000 e 2001, segundo informações do processo.

As compras fictícias de títulos americanos, realizadas pela Carital por meio do banco Crédit Lyonnais, do Uruguai, suprimiu o pagamento de R$ 59,3 milhões em IOF devido, conforme valor apurado em dezembro de 2005. Esse montante é equivalente a R$ 145,64 milhões hoje.

viaJornal do Comércio – Justiça condena ex-diretor da Parmalat por sonegação fiscal.

Técnica de tributação por dentroKiyoshi Harada*

A técnica de tributação por dentro consiste em fazer com que o tributo incida sobre si próprio, como se o tributo fosse uma mercadoria ou serviço. Aumenta de forma invisível aos olhos do consumidor final a alíquota real do tributo e consequentemente o preço da mercadoria ou serviço. É uma técnica que se presta à sonegação fiscal, ao contrário da tributação por fora em que o valor do tributo pertencente ao Fisco é separado do preço da mercadoria ou serviço pertencente ao agente econômico que promove a venda da mercadoria ou presta o serviço. É a modalidade que vigora no Japão, nos Estados Unidos e em outros países onde o fenômeno da sonegação praticamente não existe. E quando ele ocorre, a perseguição criminal é pronta e eficaz graças à transparência da técnica de tributação, sem a nebulosidade que singulariza a tributação por dentro, como é o caso do nosso IPI e ICMS. O ICMS, por se tratar de imposto não cumulativo, procede-se ao destaque do valor do imposto para mero efeito de controle, mas que na realidade não representa o valor real do imposto que corresponde a muito mais do que a simples multiplicação da alíquota legal, no caso, de 18%, sobre o preço da mercadoria ou serviço.

Essa técnica de tributação nebulosa está consagrada na jurisprudência de longa data, bem antes de sua previsão constitucional contrastando com a tendência de excluir o valor do tributo da base de cálculo de outros tributos, um mal menor, no nosso entender.

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Este artigo tem por objetivo enfocar exatamente essa realidade jurisprudencial em que os argumentos que conduzem à exclusão do valor do imposto da base de cálculo de outro tributo não servem para excluir o valor desse mesmo imposto da sua base de cálculo.

Ao julgar do RE nº 582.461 o Supremo Tribunal Federal assentou três teses: a legitimidade e constitucionalidade do emprego da Taxa Selic para atualização de débitos tributários; a constitucionalidade da inclusão do valor do ICMS na base de cálculo desse imposto; e a razoabilidade e constitucionalidade da multa moratória de 20%. Reconheceu a existência de repercussão geral nessas questões constitucionais discutidas.

Neste artigo examinaremos a questão da inclusão do valor do imposto na sua própria base de cálculo. Para tanto transcrevamos para melhor exame a ementa desse julgado:

"Ementa1. Recurso extraordinário. Repercussão geral. 2. Taxa Selic. Incidência para atualização de débitos tributários. Legitimidade. Inexistência de violação aos princípios da legalidade e da anterioridade. Necessidade de adoção de critério isonômico. No julgamento da ADI 2.214, Rel. Min. Maurício Corrêa, Tribunal Pleno, DJ 19.4.2002, ao apreciar o tema, esta Corte assentou que a medida traduz rigorosa igualdade de tratamento entre contribuinte e fisco e que não se trata de imposição tributária. 3. ICMS. Inclusão do montante do tributo em sua própria base de cálculo. Constitucionalidade. Precedentes. A base de cálculo do ICMS, definida como o valor da operação da circulação de mercadorias (art. 155, II, da CF/1988, c/c arts. 2º, I, e 8º, I, da LC 87/1996), inclui o próprio montante do ICMS incidente, pois ele faz parte da importância paga pelo comprador e recebida pelo vendedor na operação. A Emenda Constitucional nº 33, de 2001, inseriu a alínea "i" no inciso XII do § 2º do art. 155 da Constituição Federal, para fazer constar que cabe à lei complementar "fixar a base de cálculo, de modo que o montante do imposto a integre, também na importação do exterior de bem, mercadoria ou serviço". Ora, se o texto dispõe que o ICMS deve ser calculado com o montante do imposto inserido em sua própria base de cálculo também na importação de bens, naturalmente a interpretação que há de ser feita é que o imposto já era calculado dessa forma em relação às operações internas. Com a alteração constitucional a Lei Complementar ficou autorizada a dar tratamento isonômico na determinação da base de cálculo entre as operações ou prestações internas com as importações do exterior, de modo que o ICMS será calculado "por dentro" em ambos os casos. 4. Multa moratória. Patamar de 20%. Razoabilidade. Inexistência de efeito confiscatório. Precedentes. A aplicação da multa moratória tem o objetivo de sancionar o contribuinte que não cumpre suas obrigações tributárias, prestigiando a conduta daqueles que pagam em dia seus tributos aos cofres públicos. Assim, para que a multa moratória cumpra sua função de desencorajar a elisão fiscal, de um lado não pode ser pífia, mas, de outro, não pode ter um importe que lhe confira característica confiscatória, inviabilizando inclusive o recolhimento de futuros tributos. O acórdão recorrido encontra amparo na jurisprudência desta Suprema Corte, segundo a qual não é confiscatória a multa moratória no importe de 20% (vinte por cento). 5. Recurso extraordinário a que se nega provimento." (Recurso Extraordinário nº 582.461/SP, Rel. Min, Gilmar Mendes, Julgamento em 18/05/2011, REPERCUSSÃO GERAL - MÉRITO DJe-158 DIVULG 17-08-2011 PUBLIC 18-08-2011 EMENT VOL-02568-02 PP-00177).

Como se pode constatar do exame do item 3 da ementa, a Emenda Constitucional nº 33, de 11-12-2001, ao incluir a letra i no inciso XII, do par. 2º, do art. 155 da CF dispondo que cabe à lei complementar fixar a base de cálculo, de modo que o montante do imposto a integre, também na importação do exterior de bem, mercadoria ou serviço teria partido do pressuposto de que o imposto já era calculado por dentro em relação às operações internas.

De fato, a Lei Complementar nº 87/96, lei de regência nacional do ICMS, dispõe no inciso I, do par. 1º, do art. 13 que integra a base de calculo do imposto o montante do próprio imposto, constituindo o respectivo destaque mera indicação para fins de controle.

E mais: antes da LC nº 87/96, na vigência do antigo ICM, o STF declarava a constitucionalidade da tributação por dentro. Na época, não havia previsão legal ou constitucional de inclusão do valor do ICM na sua própria base de cálculo.

Ocorre que aquele dispositivo da LC nº 87/96 não tinha matriz constitucional quando foi editado, como até hoje continua não tendo em relação às operações internas.

Outrossim, o V. Acórdão da Corte Suprema argumenta que a

base de cálculo do ICMS, definida como o valor da operação de circulação de mercadorias (art. 155, II, da CF/1988, c/c arts. 2º, I e 8º, I, d LC 87/1996), inclui o próprio montante do ICMS incidente, pois ele faz parte da importância paga pelo comprador e recebida pelo vendedor na operação.

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Na verdade, a questão que se coloca não é a de saber se o ICMS faz parte da importância paga pelo comprador a título de preço de aquisição da mercadoria. O que é relevante saber é se o imposto que tem como fato gerador a circulação de mercadorias e serviços, circulação essa entendida em seu sentido jurídico (negócio bilateral), pode ou não incluir nesse conceito o imposto. Afinal, o ICMS não incide sobre a circulação de imposto, e nem isso seria possível. No caso da COFINS o STF já proferiu seis votos no sentido da exclusão do ICMS da base de cálculo daquela contribuição social que, na dicção constitucional, tem como fato gerador o faturamento e o imposto não pode estar compreendido no conceito de faturamento (RE n. 240.785, Rel. Min. Marco Aurélio). A exclusão do ICMS da base de cálculo da COFINS conduzirá a um complicado cálculo desse imposto por dentro, não sendo correta a simples dedução do imposto destacado para os fins de controle fiscal na implementação do princípio da não cumulatividade. E sabemos todos nós que o cálculo por dentro conduz a uma alíquota real bem superior à legal de 18%. A tese da exclusão, para ser coerente, deve bater-se pela exclusão total do valor que representa o ICMS, e não de apenas parte dele por ser uma operação cômoda. Por conta da demora na ultimação desse julgamento que já conta com maioria necessária para emplacar a tese da exclusão, juízes e tribunais locais vêm determinando a exclusão não apenas do ICMS, como também do ISS da base de cálculo do PIS/COFINS. E certamente a tese evoluirá para a exclusão do valor do PIS/COFINS da base de cálculo do ICMS/ISS, se mantida a coerência de raciocínio.

Confrontadas as duas situações - a inclusão do ICMS na base de cálculo da COFINS e a inclusão do ICMS na sua base de cálculo - os argumentos são conflitantes. Se o ICMS não pode ser incluído na base de cálculo da COFINS porque não configura mercadoria ou serviço a ser objeto de faturamento, com muito maior razão o ICMS não pode ser incluído na sua base de cálculo, pois o imposto não pode ser objeto de circulação, mas sim a mercadoria ou o serviço. Nem se pode cogitar da figura de tributação do imposto, isto é, o próprio imposto ser objeto do imposto.

Em outro acórdão o STF reconheceu a inconstitucionalidade da inclusão do valor do ICMS no valor aduaneiro que serve de base de cálculo do PIS-COFINS/importação, bem como do valor das próprias contribuições, tendo em vista a dicção da letra a, do inciso III, do par. 2º do art. 149 da CF, que se refere apenas ao valor aduaneiro como base de cálculo dessas contribuições sociais (RE nº 559.607, Rel. Min. Marco Aurélio, DJe de 22-2-2009). Foi reconhecida a existência de repercussão geral da questão constitucional discutida. No mesmo sentido o RE nº 559937, Rel. Min. Ellen Gracie, Relator para Acórdão Min. Dias Toffoli, DJe de 4-4-2013).

A tributação por dentro, que faz com que o imposto incida sobre si próprio ensejando aumento tributário não visível ao consumidor, atenta contra o princípio de transparência tributária inscrito no par. 5º do art. 150 da CF, segundo o qual a lei determinará medidas para que os consumidores sejam esclarecidos acerca dos impostos que incidam sobre mercadorias e serviços. A expressão final "impostos que incidam sobre mercadorias e serviços", por si só, está a excluir a tributação do próprio imposto.

É preciso que a questão enfocada neste artigo seja examinada de forma sistemática tendo em conta a ordem jurídica global para evitar decisões conflitantes nos argumentos utilizados, n'um e n'outro caso.

O princípio da segurança jurídica, qualquer que seja a tese, pela exclusão ou pela inclusão do ICMS na sua base de cálculo ou na de outro tributo, pouco importa, exige argumentação jurídica uniforme que se harmonize com o ordenamento jurídico global.

Kiyoshi Harada*

- Publicado pela FISCOSoft em 11/09/2014

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SOLUÇÃO DE CONSULTA VINCULADA Nº 99006 DE 09/09/2014Publicado no DO em 11 set 2014

ASSUNTO: CONTRIBUIÇÕES SOCIAIS PREVIDENCIÁRIAS SOLUÇÃO VINCULADA À SOLUÇÃO DE CONSULTA COSIT N° 39, DE 2 DE DEZEMBRO DE 2013.

EMENTA: CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA SOBRE A RECEITA BRUTA. FABRICAÇÃO. INDUSTRIALIZAÇÃO.

A Contribuição Previdenciária sobre a Receita Bruta (CPRB) prevista no artigo 8° da Lei n° 12.546, de 2011, aplica-se às empresas que fabricam os produtos classificados no capítulo 60 (tecidos de malha).

Devem ser considerados os conceitos de industrialização e de industrialização por encomenda previstos na legislação do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para delimitar o alcance dos contribuintes sujeitos à contribuição previdenciária substitutiva.

Nos termos do artigo 4° do RIPI/2010, entende-se por industrialização qualquer operação que modifique a natureza, o funcionamento, o acabamento, a apresentação ou a finalidade do produto, ou o aperfeiçoe para consumo, tal como a transformação, beneficiamento, montagem, acondicionamento ou reacondicionamento, renovação ou recondicionamento.

A empresa que executar as atividades de alvejamento, tingimento e torção em fios, tecidos, artefatos têxteis e peças do vestuário, estamparia e texturização em fios, tecidos, artefatos têxteis e peças do vestuário e outros serviços de acabamento em fios, tecidos, artefatos têxteis e peças do vestuário será, para a legislação do IPI, considerada fabricante de tais produtos, e conforme previsto no caput e no § 2° do art. 8° da Lei n° 12.546, de 2011, estará sujeita à CPRB, ainda que não os produza integralmente.

DISPOSITIVOS LEGAIS: Lei n° 12.546, de 2011, art. 8°, caput e §§ 1° e 2°, e anexo I; RIPI/2010, arts. 4°, 9°, IV e 609, II; Decreto n° 7.828, de 2012, art. 3°, § 7°.

MIRZA MENDES REISCoordenadora

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Crédito de ICMS de NF inidônea virou Súmula 509 do STJDepois de décadas de discussão e tendência pró-contribuinte o Egrégio Superior Tribunal de Justiça sedimentou a Jurisprudência sobre o creditamento do ICMS pela aquisição de mercadorias que,a posteriori, tiveram as respectivas Notas Fiscais consideradas inidôneas pelo Fisco estadual, e que contribuintes de boa-fé aproveitaram quando da compra das referidas mercadorias.

O tema foi sumulado, ganhando o número 509 de súmula do STJ. Eis o teor do texto aprovado pela Corte Superior:

"É lícito ao comerciante de boa-fé aproveitar os créditos de ICMS decorrentes de nota fiscal posteriormente declarada inidônea, quando demonstrada a veracidade da compra e venda".

Portanto, a prova da compra e venda, corroborada com documentação - por exemplo - idônea que prova o pagamento das operações acobertadas pelas notas fiscais, posteriormente consideradas inidôneas pelo fisco, é necessária para que os creditamentos do ICMS estejam de acordo com o teor da Súmula 509 do STJ.

Já em abril de 2010 a 1ª Seção do STJ pacificou o entendimento daquela Corte em relação

"à possibilidade do uso de créditos do ICMS decorrentes de operações de compra de mercadorias cujas notas fiscais foram declaradas posteriormente inidôneas pelo Fisco - as chamadas notas frias. No julgamento de um recurso repetitivo, proposto pelo Estado de Minas, a Corte definiu que a empresa tem direito ao crédito do imposto ao demonstrar apenas que a operação de fato ocorreu e que o cadastro do vendedor da mercadoria estava regular no Sistema Integrado de Informações Sobre Operações Interestaduais com Mercadorias e Serviços (Sintegra) na época da aquisição. A controvérsia é responsável por inúmeros processos administrativos e judiciais propostos pelas empresas que contestam a exigência do Fisco da "devolução" dos créditos já aproveitados nas situações em que foi constatada a existência de notas frias".

Entendemos que, para evidenciar que o contribuinte agiu de boa-fé, em casos análogos, basta provar que realmente houve o negócio, com a comprovação do pagamento da operação comercial que precedeu o aproveitamento do ICMS oriundo da nota fiscal considerada - posteriormente - inidônea pelo Fisco.

Saliente-se que, quando uma empresa adquire mercadorias, os itens do negócio que interessam às partes são: a mercadoria, o preço e as condições da entrega daquilo que foi adquirido, assim como o cumprimento das cláusulas ajustadas pelas partes envolvidas na transação comercial.

A praxe comercial, na compra à vista, é o comerciante receber a mercadoria e fazer o pagamento no ato da entrega. O adquirente da mercadoria, de posse da nota fiscal de compra, credita-se do ICMS, nos termos do RICMS de seu estado.

Quem está no mercado vê a confiança crescer entre comprador e vendedor, diante de reiterados negócios, cumpridos as obrigações comerciais, não havendo motivos para existir desconfiança.

Portanto, no dia a dia da vida comercial somente se exigem referências comerciais de quem queira comprar a prazo. Ao contrário, não se exige o mesmo para o vendedor de mercadorias, uma vez que somente o estado tem o poder coercitivo, para averiguar - entre outros - a vida de quem vende mercadorias. Não pode o contribuinte comprador "entrar" na empresa vendedora e vasculhar sua situação enquanto contribuinte de tributos e contribuições.

Tanto na esfera administrativa como na judicial o entendimento no sentido de se aproveitar o ICMS, de nota fiscal considerada inidônea, vem desde a década de 1980, conforme se verifica pelo teor das ementas aqui colecionadas.

Em Minas Gerais, no próprio Colendo Conselho de Contribuintes, houve o seguinte julgado, conforme Ementaverbis: (1).

"CRÉDITO DE ICM - Arguição de Aproveitamento Indevido:Evidenciada a aquisição regular das mercadorias, é lícito ao contribuinte aproveitar os créditos destacados nas

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Notas Fiscais sem que para isso tenha que demonstrar o cumprimento das obrigações fiscais do remetente, que, se descumpridas, não o foram com o seu consentimento.Impugnação julgada PROCEDENTE. Decisão Unânime."

No mesmo sentido o Egrégio Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro teve entendimento idêntico, conforme se vê da EMENTA do ACÓRDÃO (2):

"ICM - VENDA COM NOTAS FISCAIS INIDÔNEAS - OPERAÇÃO IRREGULAR ANTERIOR - AÇÃO ANULATÓRIA DE DÉBITO.Não responde o comerciante pelo não recolhimento do tributo, na operação anterior, por quem lhe vendeu a mercadoria com NOTAS FISCAIS inidôneas, salvo se demonstrada a sua participação na fraude fiscal. Deu-se provimento ao apelo para julgar procedente a ação anulatória de lançamento fiscal".

Uma década após podemos ver Egrégio Superior Tribunal de Justiça, cuja EMENTA decidindo, também, favoravelmente ao contribuinte, pela EMENTA que transcrevemos (3):

"EMENTATributário. Execução Fiscal. ICMS. Infração Tributária. Autuação. Quebra do Diferimento. Comprador Irregular - Documentação Inidônea. Vendedor de Boa-Fé.1 - Não pode o vendedor, que realizou a transação de boa-fé, emitindo nota fiscal de produtor para fazer acompanhar a mercadoria, ser responsabilizado se, à época da transação, o comprador mostrou-se regularmente cadastrado, emitindo nota fiscal correspondente à entrada da mercadoria em seu estabelecimento, sendo somente posteriormente constatada a inidoneidade na sua constituição.2 - Recurso improvido.Ministro Milton Luiz Pereira - PresidenteMinistro José Delgado - Relator."

Apesar do julgado exarado há mais de 11 anos, o STJ manteve-se silente, não trazendo a paz jurídica através de sua 1ª Seção, continuando a oferecer às partes envolvidas - Fisco x contribuintes - várias oportunidades para manterem o embate, prejudicando as partes menores que, diante de várias anistias fiscais oferecidas pelos Estados, foram induzidas ao pagamento do que entendiam indevidos ao longo desse lapso temporal.

Ora, se o contribuinte vendedor emitiu as notas fiscais a que está obrigado e com observância de todos os requisitos exigidos pela legislação pertinente, e se as vias das notas fiscais assim emitidas foram entregues normalmente aos destinatários, podemos afirmar que foram cumpridos os deveres instrumentais a que se submetem, em matéria de emissão de notas fiscais.

Além do mais, os deveres relativos à emissão e recepção de documentos fiscais comportam exame não só do emitente como também daquelas obrigações atribuídas ao comprador, além dos Fiscais de plantão nos Postos de Fiscalização, quando do trânsito em rodovias, pela obrigação de aferirem os veículos que por ali transitam com mercadorias. Têm-se então a presunção de legalidade da documentação a favor do adquirente, com possibilidade do creditamento do ICMS contido no documento fiscal.

Assim, do ponto de vista do recebedor da mercadoria, os deveres para com o Fisco resumem-se em receber documentos apenas na forma prevista na norma jurídica inserida no RICMS de seu Estado. Se o documento recebido satisfaz integralmente os requisitos da legislação, não é o recebedor responsável por eventuais descompassos entre a realidade e a declaração de fatos, entre os quais não teve qualquer participação. Tampouco tem o dever jurídico de conhecer, assim como o dever de diligência.

É certo afirmar que não é do comprador a obrigação quanto à veracidade dos fatos declarados pelo vendedor, uma vez quer sequer tem condições dos mesmos de ter conhecimento.

Portanto, o contribuinte comprador não é substituto do Fisco, como bem asseverou o brilhante autor Celso Antônio Bandeira de Melo, que o recebedor de documento fiscal não é substituto do Fisco (4):

"Deveras, sua função não é a de um investigador, nem a de um fiscal da Receita, nem a de um detetive, mas a de um comerciante que deve, perante o fisco, colher os dados que outrem está obrigado a lhe fornecer.Aliás, o contribuinte, deste modo, apodera-se de elementos que necessitará perante o fisco e com ele colabora, por

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esta via, mas não se inverte sua posição. É dizer: não se transmuda primacialmente em servidor do Estado e secundariamente em comerciante, cuja atividade negocial apareceria ao ensejo de estar colaborando com o fisco. Meridiamente, a situação é inversa.De resto, na posição de recebedor de informações de outrem, o contribuinte não tem de fato os dados concernentes à terceiro, à vida fiscal intestina da outra parte, precisamente por estarem em pauta fatos alheios. Nem tem, de direito, obrigação de conhecê-los, que, se os tivesse, seria despicienda a imposição do dever de reclamá-los da outra parte.Menos ainda tem, de direito, a obrigação de pôr-se a questionar ou investigar a correção substancial do dever alheio. Faltam-lhe condições objetivas e falta-lhe título jurídico para tanto, quando exercita o poder-dever de reclamar da outra parte o cumprimento da obrigação de exibir o documento ou fornecer a declaração previstos no art. 20 do Regulamento do ICM.Uma vez atendida pela outra parte aquilo que, segundo a ordem jurídica, pode e deve exigir, está encerrado o papel que lhe quadra quando exercita essa posição.Daí que o fisco nada mais pode pretender dele senão o que os preceitos de direito lhe impõem".

No julgamento da 1ª Seção do STJ, o Ministro relator do julgado concluiu que "cabe ao comprador de boa-fé exigir, no momento da celebração do negócio jurídico, a documentação que comprove a regularidade do vendedor," cuja verificação de idoneidade incumbe ao Fisco, razão pela qual não incide oartigo 136 do CTN, segundo o qual, salvo disposição de lei em contrário, a responsabilidade por infrações da legislação tributária independe da intenção do agente ou do responsável e da efetividade, natureza e extensão dos efeitos do ato".

O ministro negou provimento ao recurso especial, que, por tratar-se de recurso representativo da controvérsia, irá balizar os demais entendimentos relativos à questão.

Eis como ficou a EMENTA do arestoin comento(5):

"EMENTAPROCESSO CIVIL. RECURSO ESPECIAL REPRESENTATIVO DE CONTROVÉRSIA. ARTIGO 543-C, DO CPC. TRIBUTÁRIO. CRÉDITOS DE ICMS. APROVEITAMENTO (PRINCÍPIO DA NÃO-CUMULATIVIDADE). NOTAS FISCAIS POSTERIORMENTE DECLARADAS INIDÔNEAS. ADQUIRENTE DE BOA-FÉ.1. O comerciante de boa-fé que adquire mercadoria, cuja nota fiscal (emitida pela empresa vendedora) posteriormente seja declarada inidônea, pode engendrar o aproveitamento do crédito do ICMS pelo princípio da não-cumulatividade, uma vez demonstrada a veracidade da compra e venda efetuada, porquanto o ato declaratório da inidoneidade somente produz efeitos a partir de sua publicação (Precedentes das Turmas de Direito Público: EDcl nos EDcl no REsp 623.335/PR, Rel. Ministra Denise Arruda, Primeira Turma, julgado em 11.03.2008, DJe 10.04.2008; REsp 737.135/MG, Rel. Ministra Eliana Calmon, Segunda Turma, julgado em 14.08.2007, DJ 23.08.2007; REsp 623.335/PR, Rel. Ministra Denise Arruda, Primeira Turma, julgado em 07.08.2007, DJ 10.09.2007; REsp 246.134/MG, Rel. Ministro João Otávio de Noronha, Segunda Turma, julgado em 06.12.2005, DJ 13.03.2006; REsp 556.850/MG, Rel. Ministra Eliana Calmon, Segunda Turma, julgado em 19.04.2005, DJ 23.05.2005; REsp 176.270/MG, Rel. Ministra Eliana Calmon, Segunda Turma, julgado em 27.03.2001, DJ 04.06.2001; REsp 112.313/SP, Rel. Ministro Francisco Peçanha Martins, Segunda Turma, julgado em 16.11.1999, DJ 17.12.1999; REsp 196.581/MG, Rel. Ministro Garcia Vieira, Primeira Turma, julgado em 04.03.1999, DJ 03.05.1999; e REsp 89.706/SP, Rel. Ministro Ari Pargendler, Segunda Turma, julgado em 24.03.1998, DJ 06.04.1998).2. A responsabilidade do adquirente de boa-fé reside na exigência, no momento da celebração do negócio jurídico, da documentação pertinente à assunção da regularidade do alienante, cuja verificação de idoneidade incumbe ao Fisco, razão pela qual não incide, à espécie, o artigo 136, do CTN, segundo o qual "salvo disposição de lei em contrário, a responsabilidade por infrações da legislação tributária independe da intenção do agente ou do responsável e da efetividade, natureza e extensão dos efeitos do ato" (norma aplicável, in casu, ao alienante).3. In casu, o Tribunal de origem consignou que:(...) os demais atos de declaração de inidoneidade foram publicados após a realização das operações (f. 272/282), sendo que as notas fiscais declaradas inidôneas têm aparência de regularidade, havendo o destaque do ICMS devido, tendo sido escrituradas no livro de registro de entradas (f. 35/162). No que toca à prova do pagamento, há, nos autos, comprovantes de pagamento às empresas cujas notas fiscais foram declaradas inidôneas (f. 163, 182, 183, 191, 204), sendo a matéria incontroversa, como admite o fisco e entende o Conselho de Contribuintes.4. A boa-fé do adquirente em relação às notas fiscais declaradas inidôneas após a celebração do negócio jurídico (o qual fora efetivamente realizado), uma vez caracterizada, legitima o aproveitamento dos créditos de ICMS.5. O óbice da Súmula 7/STJ não incide à espécie, uma vez que a insurgência especial fazendária reside na tese de que o reconhecimento, na seara administrativa, da inidoneidade das notas fiscais opera efeitos ex tunc, o que afastaria a boa-fé do terceiro adquirente, máxime tendo em vista o teor do artigo 136, do CTN.

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6. Recurso especial desprovido. Acórdão submetido ao regime do artigo 543-C, do CPC, e da Resolução STJ 08/2008."

Optamos por não discorrer sobre o princípio da não cumulatividade por entender tratar-se de matéria amplamente debatida pelos eminentes doutrinadores.

Para os operadores do direito com demandas semelhantes, vale conferir o inteiro teor do Acórdão, no rodapé deste texto (6).

Em 2012 entrou em recurso repetitivo, portanto, pondo fim à polêmica tese: Recurso Especial nº 1.148.444/MG (7), para finalmente se transformar na súmula nº 509 do STJ (8).

Concluindo, o tema sumulado pelo colendo Superior Tribunal de Justiça, finalmente, trouxe segurança jurídica para o tema.

NOTAS

(1) Acórdão de nº. 7.166/87 - 3ª Câmara de Julgamento - "in" MG, parte I, de 14.08.87, pg. 1.

(2) TJ/RJ - Ac. 2ª Câm. Cível. Reg. em 24.04.90. AP. 3.802/89 - Rel. Des. Thiago Ribas - AÇOUGUE RAMOSITA LTDA X Est. RJ, "in" ADV/COAD, Nº. 50.772, BOL. 37/90 - Jurisprudência.

(3) RECURSO ESPECIAL nº. 191529/SP (98/0075535-7)- D.J.U, 1, de 22.03.99, pg. 99.

(4) RDTributário, jan/ju-79, pg. 63.

(5) Resp 1.148.444 - DJ: 27/04/2010 - MINISTRO LUIZ FUX Relator

(6) O Inteiro Teor do Acórdão, no LINK https://ww2.stj.jus.br/revistaeletron

(7) Recurso Especial nº 1148444/MG.

(8)http://www.stj.gov.br/SCON/sumulas/toc.jsp?tipo_visualizacao=null&processo=509&b=SUMU&thesaurus=JURIDICO

BIBLIOGRAFIA

BALEEIRO, Aliomar, Comentários ao Código Tributário Nacional.

COÊLHO, Sacha Calmon Navarro. Não cumulatividade tributária. In: MACHADO, Hugo de Brito (Coord.). Não cumulatividade tributária. São Paulo: Dialética; Fortaleza: ICET, 2009. cap. 14, p. 449-482.

COIMBRA, J. R. Feijó, DEFESAS FISCAIS, Doutrina, Legislação e Jurisprudência, Ed. Hemus Editora Ltda.

COIMBRA, Feijó, A DEFESA DO CONTRIBUINTE na Área Administrativa e Judicial, Editora Destaque.

PAULSEN, Leandro - Direito Tributário, Livraria do Advogado Editora, Porto Alegre, 2000.

VIEIRA, Salomão, DEFESAS FISCAIS no Administrativo e Judiciário, VELLENICH Editora.

Roberto Rodrigues de Morais

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Especialista em Direito

Fonte: FISCOSOFT

O leão ganhou 8 de setembro de 2014 07:19

Brasil e Alemanha tentam resolver há nove anos o impasse sobre bitributação. O acordo deveria ter saído neste ano, mas não deve ocorrer tão cedo

// Por: (Diretamente de Hamburgo)

// Márcio Kroehn

O urso é o mais temido símbolo do mercado financeiro. Quando ele está presente na bolsa de valores, o investidor sabe que suas ações estarão a ponto de desabar. Para os alemães, no entanto, o animal tem um significado bem menos ameaçador. Além de ser o símbolo da imagem da milenar capital Berlim, os ursos são usados para promover a união entre povos e culturas. Em 2013, o presidente Joachim Gauck entregou para a presidenta Dilma Rousseff uma escultura da exposição Buddy Bears – A Arte da Tolerância, que marcou a abertura do Ano da Alemanha no Brasil.

Até maio passado, foram realizados 1.000 eventos em 90 cidades brasileiras e 25 alemãs. O saldo foi positivo, mas um arranhão está presente na relação entre os dois países – e não tem nada a ver com o futebol e aquele resultado na Copa que não precisamos relembrar. Em meio às comemorações, estava sendo aguardada, com grande expectativa pelos empresários brasileiros e germânicos, a assinatura de um acordo que acabaria com a bitributação, um problema que tem atrapalhado os dois países, desde 2006. Naquele ano, o governo alemão pediu a rescisão do acordo, que era válido desde os anos 1970. Os alemães estavam descontentes com a alíquota de transferência de ganhos de filiais de empresas alemãs.

O objetivo era reduzir a participação que ficava retida na fonte no Brasil para abocanhar uma parcela maior dessa troca comercial. Para a Alemanha, o governo brasileiro estava sendo favorecido. O Brasil, porém, não apenas não concordou como se recusou a mexer na tributação, alegando justamente que significaria uma perda de receita. “O Brasil poderia aumentar 10% suas exportações com o fim da bitributação”, diz Ulrich Grillo, presidente da Confederação da Indústria Alemã. De 2006 até o ano passado, o intercâmbio comercial bilateral aumentou, assim como o déficit brasileiro. “Um novo acordo melhoraria os negócios para os dois lados”, afirma Paulo Tigre, vice-presidente da CNI.

Sem o acordo, não se sabe mais de quem é a competência tributária e quem deve cobrar o quê – e muitas vezes ela é feita na Alemanha e também no Brasil, que atualmente tem 30 acordos com países como Israel e Filipinas. Os ministros da Fazenda Guido Mantega e Wolfgang Schäuble iniciaram conversas em 2012 e se comprometeram a pôr fim ao duplo imposto até 2014. A comemoração do Ano da Alemanha no Brasil seria um símbolo desses novos tempos. Não foi o que aconteceu. “O custo das dificuldades tributárias fica acima do que deveria ser”, disse Mauro Borges, ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio durante o 32º encontro econômico Brasil e Alemanha, que aconteceu na semana passada em Hamburgo.

Os alemães fizeram um mea-culpa. As crises na Rússia e na Ucrânia foram as responsáveis pelo pedido de adiamento de uma reunião proposta pelo lado brasileiro que deveria ter acontecido no final do primeiro

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semestre. Ao tentarem retomar o encontro no período pós-Copa do Mundo, foi o governo brasileiro que acusou a falta de datas e culpou o período pré-eleitoral para não marcar um novo encontro. “Falta sensibilidade à parte política para que esse acordo de bitributação deixe de ser só uma promessa”, afirma Ingo Plöger, acionista da Melhoramentos. Não se sabe se esse encontro poria fim ao impasse. Por enquanto, é a pata do leão que continua vencedora.

viaO leão ganhou – ISTOÉ DINHEIRO.

Evasão fiscal e concorrência tributária distorcem o livre mercado É intuitivo que a concorrência tributária entre países e a sonegação fiscal influem negativamente sobre o livre mercado.Com efeito, uma empresa que se transfere para uma jurisdição de baixa pressão fiscal muitas vezes busca não apenas o aumento de seus lucros — decorrente do menor desembolso com tributos —, mas também a possibilidade de repassar parte de tal vantagem para os seus preços, tomando mercado de suas concorrentes sujeitas à tributação ordinária.Idênticas motivações — aumento dos lucros distribuíveis e ganho na concorrência frente aos bons contribuintes — inspiram a sonegação fiscal, o que justifica a assimilação de dois fenômenos em princípio tão distintos.Concorrência tributária internacionalA evolução tecnológica e a crescente abertura das economias fazem que nossa era seja marcada pela liberdade de circulação internacional de capitais, mercadorias, serviços e pessoas.Esta globalização, contudo, faz-se sentir ainda muito timidamente no campo tributário, em que cada país — mesmo levando em conta o comportamento dos demais — toma e implementa as suas decisões de forma praticamente isolada, como que a recordar a todo momento o estreito vínculo existente entre soberania e tributação.De fato, os tratados contra a dupla tributação internacional não fazem mais do que uma harmonização mínima, voltada a prevenir ou a remediar (às vezes, só em parte) os casos de dupla tributação ou de dupla não-tributação, mas sem impor aos estados quaisquer limites à estruturação de seus próprios sistemas tributários. Ademais, a tolerância de diversas Constituições nacionais à violação dessas convenções (treaty override) reforça a primazia das decisões unilaterais dos estados.Mesmo na União Europeia — onde já se tornou usual a anulação de leis tributárias nacionais ofensivas a qualquer das quatro liberdades fundamentais estabelecidas nos tratados fundadores (livre circulação de pessoas, mercadorias, capitais e serviços) — todo novo esforço de harmonização tributária depende da concordância unânime dos estados-membros.É neste hiato entre um sistema econômico mundial e vários sistemas tributários estanques que grassa a concorrência tributária internacional, definida tanto como (a) a ação dos contribuintes de comparar e escolher a jurisdição que lhes seja mais favorável, quanto como (b) a reação dos estados a tal busca, (b.1) seja ampliando as próprias vantagens tributárias e a proteção dos sigilos bancário e societário, (b.2) seja adotando medidas tendentes a anular os efeitos tributários do deslocamento das fontes de renda para o exterior (legislação do tipo Controlled Foreign Corporations, exit tax sobre os ganhos de capital não-realizados, medidas que hoje são tratados conjuntamente sob a sigla BEPS – Base Erosion and Profit Shifting).

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Tais contramedidas têm lugar quando o deslocamento da fonte de renda para o exterior seja fictício (falsa interposição de paper company em paraíso fiscal, manipulação dos preços de transferência, entre outros), ou quando se trate de renda passiva (juros, dividendos e royalties), nada havendo que se possa fazer, no campo fiscal, contra o desmantelamento de uma unidade produtiva num país, seguida da criação de planta semelhante em outro.Voltando à face mais conhecida da concorrência tributária, o leilão invertido de vantagens fiscais, eis os efeitos que lhe atribuem os economistas:● indução à perda de eficiência econômica — uma empresa pode ser levada a instalar-se num país onde produza menos lucros do que geraria em outro, desde que a diferença de tributação compense a perda de rendimento, deixando para o investidor, ao final, um ganho líquido superior ao que lhe caberia se tivesse optado pelo país mais produtivo;● indução ao aumento de eficácia das despesas públicas, já que as receitas tributárias diminuem (em razão dos incentivos), mas as necessidades públicas a serem atendidas por meio delas permanecem as mesmas. Trata-se de um efeito positivo que pode fazer-se sentir num primeiro momento, embora ao final os resultados sejam desfavoráveis para todos os Fiscos envolvidos;● indução de injustiça fiscal, já que (a) a carga tributária tende a ser deslocada das bases mais móveis (capital) para as bases menos móveis (trabalho e consumo), o que viola o princípio da capacidade contributiva, e que (b) as despesas públicas tendem a ser concentradas em favor dos contribuintes mais móveis, com o intuito de mantê-los no território do Estado, o que solapa a função redistributiva do imposto.A importância da concorrência tributária deve, entretanto, ser relativizada. Barômetro elaborado pela Ernst & Young Law a partir de pesquisa feita com diretores de empresas multinacionais aponta razões de cunho tributário apenas nas 8ª, 10ª, 15ª e 17ª posições de uma lista de 17 fatores de atratividade de um país, atrás de variáveis como proximidade do mercado visado (1ª), infra-estrutura de transportes, de logística e de telecomunicações (2ª e 3ª), estabilidade social (4ª) e monetária (5ª), flexibilidade das leis trabalhistas (6ª), qualificação da mão-de-obra (7ª) entre outros. Não bastasse ser pouco relevante, a concorrência tributária é ainda um jogo que, no longo prazo, prejudica todos os estados, aniquilando as suas receitas tributárias.Apesar disso, as diferenças no nível de desenvolvimento dos países, associadas aos ganhos imediatos que o mecanismo traz para os mais agressivos, torna virtualmente impossível o estabelecimento consensual de limites mínimos de tributação a serem observados por todos.Bem por isso, os países continuam, em diferentes graus, a lançar-se nessa disputa, concedendo incentivos fiscais aos investimentos estrangeiros e, ao mesmo tempo, editando leis tendentes a anular os efeitos tributários dos deslocamentos realizados em direção ao exterior.Em tal cenário, o Brasil parece ser mais reativo do que proativo. Com efeito, embora tradicionalmente tribute pouco o patrimônio e as heranças, o país dista de poder ser acusado de manter baixa carga tributária (em geral ou sobre a renda) e não costuma conceder incentivos específicos para não-residentes.Ademais, não preserva o sigilo bancário contra o Fisco nem o sigilo societário, embora o direito de acesso direto das autoridades tributárias aos dados bancários do contribuinte, sem necessidade de autorização judicial, tenda a ser repelido pelo STF, dada a clareza da Constituição de 1988 a respeito deste tema.Vale registrar que, em sua reação contra os efeitos da concorrência tributária internacional, o país por vezes lança o dardo além da meta, adotando medidas muito mais rigorosas do que o necessário e fazendo os justos pagarem pelos pecadores. É pensar nos rigores da nossa legislação detransfer pricing, que se distancia das orientações da OCDE, ou na suposta legislação CFC brasileira (o decantado artigo 74 da Medida Provisória 2.158-35/2001), que desconsidera a personalidade jurídica de controladas ainda quando tenham atividade operacional e estejam situadas em países de alta pressão fiscal (este ponto específico não foi decidido pelo STF, estando a regra mantida por ora).

Evasão fiscalDescontada a precariedade inerente a qualquer estatística sobre esta matéria, há um consenso de que 40% da renda nacional bruta, 50% da mão-de-obra não-rural e 90% da mão-de-obra rural encontram-se na informalidade, não pagando impostos, contribuições sociais e os demais tributos devidos.

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Uma pesquisa da Fundação Getúlio Vargas entre 50 mil empresas com até cinco pessoas apurou que apenas 15% pagavam tributos, 12,3% registravam os seus empregados e 20,1% estavam formalmente constituídas.A sonegação impera também entre os profissionais liberais e as médias empresas, sendo sensivelmente menor entre as empresas de grande porte, sujeitas que estão a uma fiscalização cerrada da parte dos órgãos arrecadadores e à auditoria independente obrigatória de suas contas.À sonegação associa-se o problema da pirataria — produção, importação e venda de produtos falsos ou não-licenciados. Somando-se os dois vícios numa mesma categoria, estima-se que 59% dos CDs e DVDs, 55% dos softwares e 30% dos cigarros consumidos no Brasil são negociados no mercado informal.Este cenário é apontado como uma das principais causas para a alta carga tributária imposta aos contribuintes regulares, cuja desvantagem competitiva se percebe a olhos vistos.Paradoxalmente, a reação do Estado e da sociedade a tal estado de coisas não é unívoca. Por um lado, o legislador cria regimes de tributação simplificados e favorecidos para os pequenos empresários, na tentativa de atraí-los para a formalidade (Simples Nacional, que congrega 6 tributos federais, o ICMS e o ISS numa só apuração e num só pagamento; o chamado regime dos sacoleiros, que reúne quatro tributos federais nas importações por via terrestre, feitas por pequenas empresas, de mercadorias do Paraguai — o país responde por 50% de todas as mercadorias entradas no Brasil sem o pagamento de impostos).Ademais, institui mecanismos — criticáveis em sua indiferença quanto aos preços realmente praticados pelos agentes econômicos — de concentração do pagamento de certos tributos na etapa de produção, exonerando os contribuintes que negociam com o produto até o seu fornecimento ao consumidor final, de forma a facilitar e baratear a fiscalização.E, para aferir a exatidão das declarações dos contribuintes, impõe dispositivos como os medidores de vazão nas indústrias de bebidas.Oferecendo facilidades para a formalização e criando regras estritas para a prevenção da fraude fiscal, é de se supor que o legislador fosse duro com aqueles que incorrem nesta conduta.Mas não é o que se passa. Apesar de sujeitar-se à pena de reclusão de dois a cinco anos, o crime de sonegação fiscal é elidido pelo pagamento do tributo evadido, acrescido das multas e juros legais. Não se trata de simples atenuante ou causa de redução de pena, mas de extinção total da punibilidade, o que decerto constitui um estímulo à aposta na incapacidade do Fisco de descobrir o ilícito — o pagamento in extremis estará sempre ao alcance da mão.A simpatia nacional para com o sonegador e o falsificador percebe-se pelo fato de que, em 2007, 42% da população declararam adquirir produtos piratas, sendo os percentuais crescentes segundo os níveis de escolaridade e de renda[1]. E isso apesar de 65% dos compradores declararem pensar que a pirataria causa desemprego, de 72% afirmarem que ela alimenta o crime organizado e de 81% considerarem que ela alimenta a sonegação de impostos.Tal leniência manifesta-se também nos outros Poderes. O Executivo — cujos braços tributário e policial conduzem ações cada vez mais bem-sucedidas contra a sonegação e a pirataria — não-raro constrói, lícita e explora, pelos seus órgãos de desenvolvimento econômico e de integração social, shopping centres ocupados predominantemente por comerciantes de mercadorias falsificadas e/ou importadas por vias escusas.O Judiciário também tem a sua parcela de culpa. Basta recordar que chegou a prevalecer por um tempo no Superior Tribunal de Justiça o entendimento de que a simples concessão de parcelamento tributário, em lugar de suspender a punibilidade do crime de sonegação até o total pagamento do tributo (quando esta se extinguiria, na forma da já citada legislação), bastaria para extingui-la de modo imediato e irreversível, ainda que o contribuinte cessasse os pagamentos após uma ou duas parcelas.

ConviteO Estado brasileiro reconhece os danos causados pela concorrência tributária e pela evasão fiscal, mas reage mal a eles, atingindo mais gente do que deveria e sendo brando com quem de fato lhes dá causa.Uma reflexão aguda se impõe. Bem a propósito, esses temas serão debatidos em profundidade no XVIII Congresso Internacional de Direito Tributário da ABRADT – Concorrência, Globalização e Governança Tributária, a realizar-se sob a nossa coordenação científica em novembro próximo, em Belo Horizonte[2].

IPECONT – Instituto de pesquisas Contábeis e Tributárias – http://www.ipecont.com.br/contato

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________________________________________[1] Os dados são de pesquisa da FECOMÉRCIO-IPSOS.[2] Maiores informações em https://pt-br.facebook.com/abradtbrasil

Por Igor Mauler Santiago

Igor Mauler Santiago é sócio do Sacha Calmon – Misabel Derzi Consultores e Advogados, mestre e doutor em Direito Tributário pela UFMG. Membro da Comissão de Direito Tributário do Conselho Federal da OAB.

Fonte: Revista Consultor Jurídico

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