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Vigilância em
Saúde do
Trabalhador
SMS-BG
Vigilância e Pesquisa na Área
de Saúde do Trabalhador
Sede de 10 das 500 maiores
empresas do Sul do Brasil
Pólo moveleiro, turístico e
vitivinícola e industrial
(construção civil, alimentos e
metalurgia).
Bento Gonçalves
Mais de 110 mil habitantes
Baixa taxa de mortalidade infantil,
baixo índice de analfabetismo,
elevada expectativa de vida
Em meio a este expressivo
crescimento econômico do
município e da região, como
está a saúde de quem
trabalha, contribuindo
diretamente para esta
riqueza?
Vigilância de Saúde do Trabalhador
Sistema de Informações em Saúde
do Trabalhador - SIST
Início em 2006 – criação do setor, esforço para
implantar notificações
A partir de 2009 aumento das notificações com
busca ativa (revisão de prontuários) dos casos
atendidos no PAM-24 h
Desde 2013: incorporando as notificações de
casos atendidos no Hospital Tacchini
Equipe em 2016: médica 20h, enfermeira 20h, aux
administrativa 40 h (Neice, Raquel e Graciane).
Fontes de informação usados pela VISAT:
SUS RS: SIST – Formulário RINA – até 2014
A partir de 2015 dois sistemas: SINAN e SIST
Outros: SINITOX, SIM, CAT (INSS e PMBG)
Jornais/ radio/ internet, mídias em geral
Queixas de usuários, 0800, instituições parceiras
Radio corredor
Investigações das outras vigilâncias (ambiental,
sanitária, epidemiológica)
Contato através das UBS/ESF
Acidente de trabalho fatal = investigação do óbito
(informações detalhadas sobre o caso)
N=756 N=1977N=1186
AT e DT conforme sexo;
SIST/BG 2009-2014
N=2225
~74% do sexo
masculino
0
500
1.000
1.500
2.000
2.500
2009 2010 2011 2012 2013 2014
Fem.
Masc.
N=2767
Acidentes e doenças do trabalho
conforme faixa etária; 2009-2014; SIST/BG
0
200
400
600
800
1.000
1.200
1.400
até 15anos
16 a 17anos
18 a 29anos
30 a 39anos
40 a 49anos
50 a 59anos
60 emais
2009
2010
2011
2012
2013
2014
71% = 18 a 39 anos
46% = 18 a 29 anos
0
100
200
300
400
500
600
700
800
900
S/ Esc Fund.Inc.
Fund.Comp.
MédioInc.
MédioComp.
Sup.Inc.
Sup.Comp.ou +
Ign.
AT/DT conforme Escolaridade;
SIST-BG; 2009-2014
2009
2010
2011
2012
2013
2014
Tipo de agravo 2009 2010 2011 2012 2013 2014
Acidentes 734 1166 1957 2214 2716 2709
Doença 22 20 20 7 51 31
Tipo de Agravo relacionado ao trabalho
SIST-BG 2009-2014
Registros captados principalmente em serviços
de urgência.
A partir de 2010 houve mudança no critério de
registro para (tentar) acompanhar o padrão SINAN
0
500
1.000
1.500
2.000
2.500
Branca Ignorada Parda Preta
AT/DT conforme Raça
SIST-BG; 2009-2014
2009
2010
2011
2012
2013
2014
72,2% brancos
6,1% pretos/pardos
21,7% ignorados
0
500
1.000
1.500
2.000
2.500
2009 2010 2011 2012 2013 2014
AT/DT entre pessoas Brancas
SIST-BG 2009-2014
0
50
100
150
200
250
300
350
400
450
2009 2010 2011 2012 2013 2014
AT/DT entre pessoas pardas
e pretas SIST-BG 2009-2014
Parda Preta Ignorado
Acidentes e doenças do trabalho
conforme raça.
Coef.100.000 hab em 2010*; SIST-BG
* Denominador disponível pelo Censo
Coef. de Brancos 1.118,1
Coef. Pretos+Pardos 547,4
Acidentes e doenças do trabalho
conforme raça.
Coef.100.000 hab em 2010*; SIST-BG
* Denominador disponível pelo Censo
Coef. de Brancos 1.118,1
Coef. Pretos+Pardos 547,4
Coef. de Pretos/negros 1.267,0
Coef. de Pardos 408,3
Novos desafios étnicos
Haitianos e Senegaleses em BG
Jornal
Integração,
02/12/13
Zona 2009 2010 2011 2012 2013 2014
Ign. 1 3 6 2 9 3
Rural 86 48 52 45 50 13
Urbana 669 1.135 1.919 2.174 2.708 2787
Acidentes e doenças do trabalho
conforme local de ocorrência do AT.
75% dos acidentes ocorreram em área urbana
25% na área rural
Coef. AT-DT/100 mil em 2010
Urbana 12,47
Rural 3,01
Acidentes e doenças do trabalho
conforme local de ocorrência.
Coef.100.000 hab em 2010*; SIST-BG
* Denominador disponível pelo Censo
Desfecho 2009 2010 2011 2012 2013 Total % total
Assist.ambulat. 88 54 229 97 323 710 9,0
Assist.especializ. 63 66 133 127 193 413 6,6
Alta 597 1.060 1.610 1.991 2.247 5.252 85,2
Alta a pedido 2 2 0,0
Internação 3 12 0,1
Óbito 3 2 6 2 17 0,1
Outro 5 3 3 4 1 0,0
Total 756 1.186 1.977 2.225 2.769 8.911 100,0
Acidentes e doenças do trabalho
conforme evolução do caso
Coef. de acidentes fatais em 2010:
Coeficientes de acidentes
de trabalho fatais – SIM-BG
• 2009 – 1 caso
• 2010 – 4 caso
• 2011 – 4 casos
• 2012 – 5 casos
• 2013 – 4 casos
• 2014 – 2 casos
Problemas no registro de óbitos por AT
Local de ocorrência
Campos não obrigatórios (AT e CBO)
Caso não reconhecido como AT
(trânsito/ informal/ rural, etc)
Total 20 casos
6 casos – trânsito/veículos
3 casos - choque elétrico
3 casos - impacto/esmagamento
de objetos
2 casos de asfixia/ sufocamento/
soterramento
Corpo estranho/lesões em olho 1460
Outras lesões da cabeça 692
Lesões cervical/ dorsal/ombros/braços 537
Lesões cotovelo e antebraço 371
Lesões de punho e mão 4566
Lesões quadril/ coxa-perna/joelho 809
lesões de tornozelo e pé 1471
lesões de MMSS e MMII NE 152
Lesões abdômen /pelve/ nádegas 91
Lesões múltiplas regiões/outras regiões/NE 641
Patologia de coluna (total) 373
Queimadura/corrosão (total) 158
Exposição a material biológico 182
Efeitos tóxicos de subst química 79
Outros agravos relac. ao trabalho 139
Agravos não relac. ao trabalho 41
Diagnósticos Principais (SIST-BG; 2009-2014) Nº
Atividade econômica 2009 2010 2011 2012 2013 Total
Indústria Metalúrgica 110 292 411 483 697 1993
Indústria do Mobiliário 107 267 423 505 555 1857
Construção civil e
manutenção predial 65 114 223 268 355 1025
Setor de Transportes 16 56 95 116 135 418
Serviços de Saúde 110 37 25 39 107 318
Outros serviços 26 35 82 81 79 303
Ind. da Alimentação/
Frigoríficos 31 49 54 82 55 271
Agricultura e pecuária 67 44 60 60 44 275
Restaurantes/cozinha
industrial 16 26 66 53 87 248
AT/DT conforme grupos de atividade
econômica; SIST-BG; 2009-2013
SIST-BG Principais funções total até 2014Grupo de CBO N Total %
Alimentador de linha de produção 2863 24,0
Operador de máquinas (todas as áreas) 1315 11,0
Pedreiros/mestre obras/serventes/extração de pedras/manut. predial 930 7,8
Soldador e auxiliares de soldagem/fundição e siderurgia 798 6,7
Trabalhadores em setor de alimentação/manipuladores de alimentos 583 4,9
Outros trabalhadores da indústria 566 4,7
Profissionais de saúde/ técnico segurança no trabalho 487 4,1
Trabalhadores de serviços/gráficas/estofador 487 4,1
Motoristas em geral/motorista de empilhadeira/transportes em geral 438 3,7
Mecânico e aux. de mecânica/Mecatrônica/téc. de manutenção 386 3,2
Produtor agrícola/trabalhador rural/agrônomo/ serv. veterinários etc 329 2,8
Trab em serviços domésticos, faxina, limpeza e manutenção predial 267 2,2
Trabalhadores em setor de pintura/auxiliar de pintura/pintor 260 2,2
Trabalhadores em cargas/descarga/expedição 255 2,1
Marceneiros/carpinteiro/preparador de madeira e afins 244 2,0
gerentes/supervisores/diretores/administradores 233 2,0
Téc. e aux. do setor elétrico/eletrônico/informática/ telecomunicações 222 1,9
Trabalhadores do comércio/vendedor/ frentista 210 1,8
Trabalhadores em reciclagem e coleta de lixo 160 1,3
Tipo de vínculo
2009 2010 2011 2012 2013 2014 %
Autônomos 105 123 168 170 139 171 8,4
CLT 468 965 1686 1938 1840 2447 82,7
Cooperativado 5 6 25 15 4 2 0,7
Trab. informal 23 27 21 31 26 34 1,8
Empregador 4 4 15 13 10 13 0,5
Estagiário 8 6 10 13 5 4 0,5
Funcion. público 28 25 47 34 43 46 2,5
Domest./do lar 21 5 5 24 15 0,7
Outros/ignorado 94 25 5 6 25 71 2,2
Ignorado: aumentou muito
Os casos
registrados são a
ponta do iceberg!
O sistema municipal de
informações SIST-BG
registrou
1186 casos em 2010 1977
em 2011
2227 em 2012
2813 em 2013
2803 em 2014
Quase todos acidentes
típicos ou de trajeto.
Doença Relacionada ao
Trabalho
X
Doença Comum
Onde está o limite?
Polêmicas:
Relacionado a qual trabalho?Trabalho formal: CLT ou servidores públicos
“Cerca de metade da força de trabalho são
autônomos ou informais”
Muitos com trabalho formal têm também um
trabalho informal ou autônomo (bico)
Segurados especiais (produção familiar)
Trabalhos domésticos
Estagiários
Cooperativas/associações
O nº de trabalhadores com dois ou mais
tipos de trabalho é considerável
Controvérsias:
Questões de ST, identificadas pela
VISAT além dos registros
Doenças relacionadas ao trabalho, em especial
LER/DORT e problemas de saúde mental
(Entre trabalhadores de empresas privadas,
públicas e trabalho informal)
Problemas tóxicos ambientais
Reciclagem de lixo
Trabalho rural
Trabalho infantil
Reciclagem
de lixo
Grande vulnerabilidade
Social
Todos os tipos de riscos ocupacionais
Necessidade de melhorias básicas no ambiente
de trabalho e na proteção dos trabalhadores,
Boa parte sem nenhum acesso a proteção
social (INSS)
Recicladoras: Desafios
Como promover ambientes saudáveis?
Várias associações e muitos conflitos internos
Financiamento público
A imensa maioria sem suporte previdenciário
Educação da população para como dispor de
materiais recicláveis (vidros, latas, etc)
Grupo de trabalhadores com vários outros
problemas (violência, dependência química,
doenças crônica, miséria)
Taxas elevadas de acidentes (~10%)
Acidentes graves com trator
Efeitos agudos e crônicos
dos agrotóxicos
Trabalho Agrícola
“A aplicação de agrotóxicos é provavelmente
a única atividade produtiva em que a
contaminação do ambiente de trabalho é
intencional e, mais do que isso, é o propósito
da atividade.” E. Garcia, Fundacentro, 2005.
Neice M. X. Faria
Intoxicações por agrotóxicos
SININTOX BG 2002-4
% CIT RS 2004
% SINITOX BR 2003
%
Total 180 100% 2.048 100% 14.064 100%
% de pesticidas/ intoxicações totais
13,9% 13,1% 17,0%
Circunstância:
Acidental 35 19,4% 959 46,8% 5.354 38,1%
Ocupacional 106 5588,,99%% 386 18,8% 2.196 15,6%
Auto-infligida 35 1199,,44%% 634 31,0% 5.706 40,6%
Outras/ignorada 4 2,2% 69 3,4% 808 5,8%
Coeficiente/100.000 61,5 19,1 8,0
Intoxicações por agrotóxicos conforme 3
Sistemas de Informações Toxicológicas
SININTOX BG – Sistema de Informações Toxicológicas de Bento Gonçalves
Coeficiente: média anual de casos/100.000 hab
36
Occupational pesticide poisonings among
fruit farmers in Brazilian Southern RegionIntoxicações por agrotóxicos entre trabalhadores rurais de
fruticultura, Bento Gonçalves, RS
Sec. Munic. de Saúde Bento
Gonçalves
Universidade Federal de
Pelotas/RS
Brasil
Neice M. X. Faria
José A. R. da Rosa
Luiz A. Facchini
29th ICOH 2009 - Cape Town/South Africa
International Congress on Occupational and Health
(Congresso Internacional de Saúde ocupacional)
Neice M. X. Faria
Frequência de intoxicações agudas
em estudos populacionais
Antônio Prado e Ipê (1996): 1479 trabalhadores rurais
2% dos agricultores expostos relataram intoxicações
em doze meses
e 12% em alguma vez na vida
Bento Gonçalves (2006): 290 agricultores com
exposição intensa
3,8% relataram intoxicações em doze meses
e 19% em algum momento da vida.
pelo novo critério OMS seriam 11% de casos
prováveis
Várias palestras e capacitações no município
e na região
Inúmeras reuniões com agricultores
Projeto Eco-certo
Seminário da Uva Orgânica
Participação em eventos estaduais e
nacionais sobre o tema dos agrotóxicos
Coordenação de pesquisa entre fumicultores
em SLS/RS
Participação em pesquisa que está em
andamento no município de Vacaria
Participação na elaboração do Dossiê dos
Agrotóxicos – ABRASCO 2012
Pesquisa CEREST Serra em Vacaria
ACIDENTES DE TRABALHO RURAL E
INTOXICAÇÕES POR AGROTÓXICOS
ENTRE TRABALHADORES
AGRÍCOLAS DE VACARIA
Vigilância de ST x vigilância
ambiental
Contaminação da população (e os trabalhadores?)
devido a resíduos de níquel, cromo e cobalto no
solo e água na região do bairro Maria Goretti
devido a resíduos da galvanoplastia
Fev./2014 Acidente tóxico no bairro Vila Nova: 22
mil litros de cianeto, cromo e níquel
Problemas envolvendo outras galvanoplastias
produziram contaminação ambiental (e os
trabalhadores?)
Pressões de empresários e políticos
0
20
40
60
80
2012 2013 2014
Exp. Material Biológico; SIST-BG
CLT Funcionário Público Outro
Acidentes com Material Biológico
2012: 27
2013: 50
2014: 88
Hospital: prof de enfermagem
UPA: CBO diversificado,
incluindo vários médicos
SINAN - 2014: ~20% usou anti-
retrovirais
27 aux./técnicas de enfermagem
23 médicos
7 aux. serviços odontológicos
5 zelador/ limpeza predial
4 enfermeiros
3 aux. de laboratório
3 aux. administrativos
2 fonoaudiólogos
2 dentistas
3 policiais
Acidentes com Material
Biológico – SINAN-BG 2014
Acidentes com material biológico
Odontologia:
Alavancas
Sonda
Colher de dentina
Sindesmotomo
Tesouras
Limas
Esculpidor
Bisturi?
Agulhas
Nem sempre é possível
prevenir AT através de
dispositivos de segurança
2012: 27 casos
2013: 39 casos
2015: 71 casos
Acidentes pérfuro-cortantes
NR32: dispositivos de segurança (DS) como
medida de prevenção aos AT
Questões de custo:
Scalp 25 com DS: 2,87
Scalp 25 sem DS: 0,62
Cateter 20 com DS: 3,42
Cateter 20 sem DS: 0,60
Monopólio?
Poucas empresas fornecem materiais com
dispositivos que de fato funcionam
(BD? B Braun?)
4,6
5,7
Acidentes pérfuro-cortantes
Campanhas de vacinaçãoNas campanhas nacionais de vacinação os
materiais (seringas e agulhas) continuam vindo
(do governo federal) sem dispositivos de
segurança.
Mas se ocorrer um AT a responsabilidade
trabalhista é do município
Mesmo se este estiver cumprindo as
recomendações de segurança
Quando a NR32 vai ser levada a sério no setor
público?
Trabalho Infantil –
SIST-RS – 2009-2014
Idade 2009 2010 2011 2012 2013 2014 Total %
5 a 15 anos 3 5 8 7 7 2 32 0,3
16 a 17 anos 19 33 81 61 67 64 325 2,7
I FÓRUM MUNICIPAL DE PREVENÇÃO E
ERRADICAÇÃO DO TRABALHO INFANTIL E
PROTEÇÃO AO TRABALHADOR ADOLESCENTE BG -
2010
Data: 09/06/ 2010
Horário: 13:30h – 17:30h
Local: Sindicato dos Trabalhadores da Indústria
do Mobiliário e da Construção SITRACOM -
Rua Candelária, 235, bairro Juventude (ao lado
do Colégio Sagrado).
Palestrantes:
Dra Elisa Mattana – pediatra do
CEREST/Serra.
Profa. Eliana Tomasini – Grupo de Prevenção
à Violência, Secretaria Municipal de Educação.
Dr. Elcio Resmini Menezes – Promotor
Público, Vara da Criança e da Adolescência.
Dr. Vanius João de Araújo Corte – Auditor
fiscal da Delegacia Regional do Trabalho/
Ministério do Trabalho
Promoção: Secretaria Municipal de Saúde
de Bento Gonçalves
- Vigilância de Saúde do Trabalhador
- Saúde da Criança e do Adolescente
Trabalho Infantil - ações
Absenteísmo entre Servidores
Municipais de BG
Lucilena E. Meotti, Neice M. X. Faria/ 2011
Foram analisados:
743 avaliações periciais
555 pessoas com afastamentos
188 retornos para reavaliação de
afastamentos
82% dos afastamentos eram das
secretarias de educação e saúde
Grupo de doenças Total > 3 dias (%) > 15 dias (%) % Total
D. Osteomusculares 120 25,6 % 32,5 % 28,1 %
Transtornos Mentais 66 10,7 % 23,6 % 15,5 %
Ap. Respiratório 37 13,3 % 0,6 % 8,7 %
Aparelho Digestivo 34 9,6 % 5,1 % 8,0 %
Ap. Geniturinário 31 5,6 % 10,2 % 7,3 %
Ap. Circulatório 27 5,9 % 7,0 % 6,3 %
Doenças Infecciosas 16 5,6 % 0,6 % 3,7 %
D. do Olho e Anexos 15 4,4 % 1,9 % 3,5 %
Gravidez/Parto/ Puerpério 15 4,4 % 1,9 % 3,5 %
Sistema Nervoso 14 2,6 % 4,5 % 3,3 %
Causas Externas 13 3,3 % 2,5 % 3,0 %
D. Endócrinas /nutric e metab. 11 1,5 % 4,5 % 2,6 %
Total 427 100 100 100
Principais causas de afastamentos
Excluídas licenças p/ saúde de familiar/maternidade/ outras
Grupo de doenças Total > 3 dias (%) > 15 dias (%) % Total
D. Osteomusculares 120 25,6 % 32,5 % 28,1 %
Transtornos Mentais 66 10,7 % 23,6 % 15,5 %
Ap. Respiratório 37 13,3 % 0,6 % 8,7 %
Aparelho Digestivo 34 9,6 % 5,1 % 8,0 %
Ap. Geniturinário 31 5,6 % 10,2 % 7,3 %
Ap. Circulatório 27 5,9 % 7,0 % 6,3 %
Doenças Infecciosas 16 5,6 % 0,6 % 3,7 %
D. do Olho e Anexos 15 4,4 % 1,9 % 3,5 %
Gravidez/Parto/ Puerpério 15 4,4 % 1,9 % 3,5 %
Sistema Nervoso 14 2,6 % 4,5 % 3,3 %
Causas Externas 13 3,3 % 2,5 % 3,0 %
D. Endócrinas /nutric e metab. 11 1,5 % 4,5 % 2,6 %
Total 427 100 100 100
Principais causas de afastamentos
Ações desencadeadas :
- Criação dos serviços de assistência
psicológica e fisioterapia no SESMT da
Prefeitura
- Realização de pesquisa específica para
examinar a Saúde Mental dos Trabalhadores da
Saúde
Como está a Saúde Mental
dos Trabalhadores da Saúde?
Neice Muller Xavier Faria - VISAT- BG
Raquel Ferreira Silveira - VISAT- BG
Luciana De Marco Oliveira - SESMT- BG
Graciane Rustick - VISAT- BG
Vigilância de Saúde dos Trabalhadores
SMS-BG - 2014
Saúde de quem cuida da Saúde
Modelo teórico
Sócio demográficos:
Sexo, Faixa Etária, escolaridade,
est. civil, tabagismo, ativ. física
Vínculo Institucional
Concursado,
Fundação
Aspectos ocupacionais
Função, Setor; Antiguidade,
Jornada semanal de trabalho
Trabalho noturno – média semanal
Trabalho em finais de semana
Violência moral (assédio?) no trabalho
Com chefias, com colegas
Com usuários dos serviços
Com os 3 tipos de pessoas
Distúrbios Psiquiátricos Menores
1º nível
2º nível
3º nível
Morbidade
Doença
Crônica
Distúrbios Psiquiátricos Menores
Sintomas de Transtornos Mentais Relacionados ao
Trabalho
Indicadores de Saúde Mental
Problemas de abuso/dependência de álcool.
Teste CAGE: três casos (0,5%) (79-85 ignorados)
Distúrbios Psiquiátricos Menores – DPM /SRQ-20
agrupado por sexo: 102 (20,3%) (95 ignorados)
Esteve em tratamento psicológico/ psiquiátrico
nos últimos 12 meses: 97 (16,7%) (16 ignorados)
Sintomas de stress excessivo, ansiedade ou
depressão, relacionados ao trabalho, nos
últimos 30 dias: 159 (29,3%) (54 ignorados)
Neice M X Faria
DPM (%) DPM - RP Ajust TMRT - RP Ajust
Função P<0,001 P=0,12
Téc/aux enferm. 11,5% 1 1
Téc. bucal/ RX/ lab 15,9% 1,03 (0,24-4,45) 0,94 (0,35-2,50)
Médicos 16,0% 2,48 (1,03-5,95) 1,29 (0,69-2,41)
Enfermeira(o) 19,0% 1,56 (0,70-3,49) 1,70 (1,05-2,77)
Dentistas 19,3% 1,72 (0,68-4,34) 0,34 (0,09-1,36)
Outros de nível sup. 19,4% 1,72 (0,72-4,10) 1,32 (0,73-2,42)
Administrativos 20,3% 2,05 (1,00-4,20) 1,74 (1,08-2,80)
Fiscais/vigilâncias 34,8% 2,43 (0,75-7,85) 1,71 (0,67-4,36)
Higienizadoras 36,4% 3,84 (1,63-9,05) 1,10 (0,50-2,43)
ACS 45,5% 7,43(3,28-16,84) 1,73 (0,95-3,14)
DPM e TMRT conforme função
DPM entre médicos, administrativos, higienizadoras e ACS
TMRT entre enfermeiras e administrativos
Variáveis DPM
Prev (%)
DPM – Ajust
RP (IC 95%).
TMRT - Ajust.
RP (IC 95%)
Conflito c/ chefia P<0,001 P<0,001
Não 15,7% 1 1
Sim 41,7% 3,11 (2,14 - 4,54) 2,55 (1,92-3,39)
Conflito c/ colegas P<0,001 P<0,001
Não 13,4% 1 1
Sim 46,3% 3,07 (2,13 - 4,43) 2,71 (2,05-3,59)
Conflito c/ usuário P<0,001 P=0,001
Não 16,6% 1 1
Sim 35,2% 1,85 (1,28 - 2,68) 1,68 (1,24-2,27)
Conflitos c/ algum
tipo de pessoa
P<0,001* P<0,001*
Não 11,1% 1 1
Conflitos c/ um tipo 33,3% 2,54 (1,54 - 4,18) 1,92 (1,28-2,89)
Conflitos c/ 2 tipos 40,8% 3,56 (2,11 - 6,00) 3,16 (2,21-4,54)
Conflitos c/ 3 tipos 46,2% 3,93 (2,32 - 6,67) 3,30 (2,16-5,03)
Conflitos morais e transtornos mentais
Conclusões
A prevalência de transtornos psiquiátricos menores
entre profissionais que cuidam da saúde coletiva é
elevada: 20% apresentaram Distúrbios Psiquiátricos
ou seja, 1/5 dos entrevistados
A frequência de sintomas recentes (último mês) de
stress excessivo/ depressão e/ou ansiedade
(Transtornos Mentais Relacionados ao Trabalho é
ainda mais elevada: 29%
Todos os indicadores de problemas de Saúde
Mental alertam para uma situação preocupante
entre os profissionais que cuidam da saúde das
pessoas Neice M X Faria
A violência psicológica no trabalho, está
claramente associada com elevação da
prevalência de todos os indicadores de saúde
mental, com efeitos mais
marcantes quando oriunda
da chefia e dos colegas.
Melhorar o clima
organizacional,
e as relações humanas no
ambiente de trabalho é um desafio de todos.
Recomenda-se envolvimento de todos os
principais atores sociais num compromisso
coletivo por ambiente de trabalho mais saudável.
Conclusões e recomendações
Desafios atuais da Vigilância de ST
• Melhorar o sistema de informações, ampliando a
captação de casos, principalmente de doenças
relacionadas ao trabalho.
• Trabalhar com vários sistemas de informações:
Unificar um sistema de informações de ST no SUS,
que contemple todos os agravos de ST
• Padronizar forma de análise viabilizando
comparações
• Divulgar periodicamente estas análises para que
sejam usadas subsidiando ações em ST
• Promover ações que de fato contribuam para
melhorar as condições de trabalho
• Escassez de mão de obra x escassez de empregos
• Pessoas com limitações assumindo postos com
exigência física/ ou postos sem muito esforço, mas
com aumento dos sintomas
• Grande aumento do número de pessoas com mais
de um trabalho (formal e informal)
• Problemas com o sono.
• Sobrecarga musculoesquelética.
• Sofrimento físico e psíquico: ocupacional ou de
outras fontes
• Problemas de ST relacionados ao trânsito
(sequelas)
• Sedentarismo + obesidade x riscos no trabalho
Contexto produtivo de alto risco
Questões em aberto
• Como enfrentar tantos desafios com tão poucos
recursos?
• E o controle social?
• Como lidar com os conflitos envolvendo
interesse dos trabalhadores usuários e dos
trabalhadores de serviços públicos de saúde??
• Como lidar com as pressões da sociedade de
consumo x sobrecarga de trabalho
• O trabalho é essencial para a saúde psicossocial
x o trabalho pode ser causa de adoecimento.
Como lidar com estas contradições?