Upload
kellen-priscila
View
46
Download
3
Embed Size (px)
DESCRIPTION
BIOGRAFIA DE VILANOVA ARTIGAS, CASA DO ARQUITETO VILANOVA ARTIGAS, FAU-USP E CONJUNTO HABITACIONAL ZEZINHO MAGALHÃES PRADO
Citation preview
Vilanova Artigas
UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLNDIA
FACULDADE DE ARQUITETURA E URBANISMO E DESING
ATLI DE PROJETO INTEGRADO I
Joo Batista
Joo Batista
Vilanova Artigas
Joo Batista Vilanova Artigas (1915/1985), curitibano, formado em engenheiro-arquiteto, apontado como figura central da Escola Paulista, denominao para agrupar um conjunto de arquitetos que nos anos 1950 e 1960 representou uma ampla modernizao
da arquitetura em So Paulo ao fazer uso do concreto aparente e
da estrutura do edifcio como elemento plstico.
Algumas Obras Importantes
Edifcio Louveira, So Paulo, 1946.
Rodoviria de Ja, So Paulo, 1973.Estdio do Morumbi, So Paulo
Hospital So Lucas, Curitiba, 1945. Rodoviria de Londrina, 1950.
1915 Nasceu em Curitiba. Neste momento acontece a 1 Guerra Mundial
1932 Ingressa na Escola Politcnica da USP. Ano da Revoluo Constitucionalista em SP.
1935 Faz estgio com Oswaldo Brake. Adquire conhecimentos importantes sobre tcnicas de construo e detalhamento de projeto
1936 Frequenta o curso de desenho da Escola de Belas Artes. Estabelece vnculo com o movimento artstico de SP, o que o influencia
1940 Comea a dar aula na Politcnica como assistente. Com apenas 25 anos.
1937 Forma-se e monta um escritrio com Dulio Marone.
1945 Filia-se ao Partido Comunista.
1969 afastado da FAU. Sob presso do AI-5
1944 Rompe com Marone. Abre novo escritrio com Carlos Cascaldi. Fundao do IAB; Fase de influncia Corbusiana
1968 Participa da rediscusso do currculo da FAU.
1964 exilado no Uruguai. Ano do golpe militar.
1984 Submete-se a um concurso para professor titular. Situao irnica, j que ele teve que provar que era apto ao cargo, mesmo com suas gigantes contribuies para a FAU.
1979 Retorna FAU na condio de professor auxiliar. Lei da Anistia
1985 Falece. Vtima de cncer.
1946 Ganha uma bolsa da fundao Guggenheim e vai para os EUA. Estudou arquitetura moderna.
Influncia Wrightiana(1940/1943)
1 casa do arquiteto, Casinha, So Paulo, 1942.
Casa Rio Branco Paranhos, So Paulo, 1943. Semelhana
com a Robie House.
Robie House, Chicago, 1910, Frank Lloyd Wrigth.
Respeito natureza do material.
Influncia Corbusiana (1944-1952)
Casa da Criana, Londrina, 1950. Semelhana com
a Villa Savoye. Villa Savoye, Poissy, 1929, Le Corbusier.
Casa Benedito Levi, So Paulo, 1944.
Caminhos da arquitetura moderna 1952
Em 1952, Vilanova Artigas publica o polmico Caminhos da arquitetura moderna na revista Fundamentos, no qual contesta dura e agressivamente os dois maiores expoentes
da arquitetura moderna: Frank Lloyd Wrigth e Le Corbusier.
O autor afirma ser seu objetivo demonstrar que a obra dos arquitetos exprime ideologicamente o pensamento da
classe dominante
[...] a arquitetura moderna, tal como a conhecemos, uma arma de opresso, arma da classe dominante, uma arma de opressores contra oprimidos.
H portanto uma preocupao de Vilanova com a funo
social do arquiteto.
Cadeira Preguia
Projetada em 1945; Materiais: couro e madeira compensada; Medidas: 55x90x80cm;
Sua estrutura assemelha-se um
bumerangue
P
independente
da estrutura
principal
Cadeira Preguia
Atualmente, a pea produzida em pequenas sries de 10
unidades, havendo grande preocupao com direitos
autorais. O investimento de R$2.600,00
Casa Bettega
A casa Bettega, foi encomendada pelo
mdico Joo Luiz Bettega em 1949 e
concluda em 1953.
A casa toda de geometria racionalista. O trao
ortogonal compe as plantas, fachadas e at o
piso. Entretanto, h um nico elemento que
rene qualidades formais ainda que
geometricamente perfeitas, mas, na contramo
do grande paraleleppedo, um encontro de
curvas! a escada que d acesso ao quarto da empregada.
Escada da casa Bettega
A escadaria agregou uma espcie de surpresa
para o casal, indo muito alm de um simples
elemento funcional de subir e descer. Pode ser tomada como o sinal de um discurso poltico,
pois ela poderia estar em qualquer outro lugar da
casa, tendendo a incorporar-se enquanto
escultura.
O elemento arquitetnico mais complexo de toda a obra foi concebido para ser usado pela empregada. Por tudo isso, entende-se que as crenas polticas de Artigas se ajustavam ao projeto arquitetnico. No era um mero palavrrio. (DUDEQUE, 2001)
Escada da casa Bettega
Partindo de um ptio coberto no fundo da
casa, uma espiral de concreto aparece
como uma surpresa, valorizando o fundo
de quintal.
Escada da casa Bettega
A escada convida o observante a dar uma caminhada sua volta, oferecendo vrias
perspectivas de viso pela sua evoluo espiralada.
Escada da casa Bettega
Sua forma helicoidal destaca-se na
ortogonalidade da casa.
Exposio da cadeira
Preguia na atual casa
Vilanova Artigas, antiga
casa Bettega.
Segunda Casa do Arquiteto
Joo Batista Vilanova Artigas
ContextoA residncia est prxima ao aeroporto de Congonhas e da
famosa avenida dos bandeirantes. As ruas ao entorno da
casa so de intenso movimento de automveis e pedestres e
o quarteiro densamente construdo. A casa situa-se em um
terreno de esquina, com 1000 m de rea, entre a rua Joo
de Sousa Dias e a rua Baro de Jacegua, no bairro Campo
Belo, So Paulo. No mesmo terreno, encontram-se a primeira
casa do arquiteto, de 1942, conhecida como casinha, e asegunda, de 1949.Quando a casa foi construda, a rua no
era asfaltada e no tinham outras casas na quadra.
A garagem foi construda num ngulo de 45 de modo que
atendesse s duas casas.
Casinha
Segunda casa do arquiteto
Terreno em que seencontra as duascasas
Grande So Paulo
Uso
Acesso Principal
Acesso de servio
Acesso de automvel
Acesso aos cmodos
Acesso ao pavimento superior
Acessos
Setorizao
rea ntima
rea de servio
rea social
Circulao
12
3 4
5
5
4
3
2
1
Forma e Materiais
Alvenaria
Tijolo aparente
Vidros
Piso de cimento
queimado
Conforto Ambiental
Vento predominante na
regio (noroeste)
Ve
ntila
o Inso
la
o
Sol nascente
Sol poente
L
O
"Pensei-o [o prdio da FAU] como a espacializao de democracia, em
espaos dignos, sem portas de entrada, porque o queria como um
templo, onde todas as atividades so lcitas".
FAU-USP
FAU-USP
O edifcio possui uma rea construda de 18.600m;
est implantado na Rua do Lago, 876, na Cidade
Universitria Armando de Salles Oliveira CUASO, no Butant na cidade de So Paulo.
Foi projetado e construdo entre 1961 e 1969
por Joo Batista Vilanova Artigas e Carlos
Cascaldi.
[...]. Morria de medo de riscar aquilo to simples como est colocado. O que eles vo dizer disso? No chega a ser nada. No tem porta na entrada. Eu queria que a entrada fosse como ela : um peristilo clssico, grego, e que no tem porta. S entram deuses dentro da FAU! L no tem frio nem calor
A proposta central do projeto reside na ideia de continuidade espacial, que o
grande vazio central explicita. Os pavimentos, ligados por rampas largas de
inclinaes suaves, do a sensao de um s plano. Todos os espaos do prdio
encontram-se fisicamente interligados: as divises utilizadas para separ-los no os
seccionam de fato, apenas marcam diferenas de usos e funes
Materiais
Concreto Aparente
Vidros
Salo Caramelo foi obtido com resina epxi pigmentada aplicada diretamente sobre a laje de concreto armado
Cobertura
Domos translcidos
Iluminao Zenital
Corte Transversal
+0,80
+6,50
+2,70
+8,40
+4,60
+10,30
-1,10-3,00
Corte
Planta do nvel +0,80 e +2,70
Museu
Estacionamento
Portaria
Rampa
Lanchonete
Salo Caramelo
Administrao
Planta do nvel 3,0
Poro
Almoxarifado
Estar do Auditrio
Depsito da Biblioteca
Banheiros
Vestirios
Auditrio
Salas e Laboratrios
Administrao
Rampa
Biblioteca
Banheiros
Planta do nvel +4,60 e +6,50
Rampa
Anfiteatro
Estdios
Banheiros
Salas de aula e laboratrios
Planta do nvel +8,40 e +10,30
Detalhe da coluna da FAU
Conjunto Habitacional
Zezinho Magalhes Prado
Parque CECAP / Guarulhos - SP
Histrico
Projetado por trs expoentes da Arquitetura em So Paulo Joo Batista Vilanova Artigas (1915 1985),Fbio Penteado (1928) e Paulo Mendes da Rocha (1928) O Conjunto Habitacional Zezinho MagalhesPrado, em Guarulhos, So Paulo, encomendado a Artigas, em 1967, pela CECAP (Caixa Estadual de
Casas para o Povo), para funcionar como modelo de poltica estadual.
Aps um longo perodo de carncia de polticas habitacionais (o Plano de Metas de J. Kubitschek no
faz referncias questo da moradia), criado pelo governo militar, em 1965, o Banco Nacional de
Habitao BNH, com vistas a definir uma poltica habitacional para o perodo ps-golpe, com aconstruo intensiva de casas para a venda.
Apesar do contexto de forte represso poltica, parte dos arquitetos acredita ser possvel ocupar espaos
nas instituies do Estado para a realizao de projetos de habitao popular. Nessa direo, a
experincia mais significativa a realizao do conjunto CECAP Cumbica.
O Conjunto Habitacional Zezinho Magalhes Prado revela as preocupaes ticas e polticas que
marcam as concepes arquitetnicas de Artigas. Trata-se de uma das mais importantes experincias de
habitao popular realizada durante o governo militar, destacando-se frente aos conjuntos do BNH
construdos na poca.
Contexto
O bairro Parque CECAP est localizado no municpio de
Guarulhos. No permetro da rea do bairro est implantado o
Conjunto Habitacional Zezinho Magalhes Prado CECAP Caixa Estadual de Casas para o Povo, denominao em
vigncia na poca da implantao.
Artigas no projetou superquadras, mas sim as freguesias:at na nomenclatura notava-se a preocupao com a
preservao das razes nacionais. Tambm chamou pelo
nome dos estados brasileiros cada um dos setores compostos
por 8 blocos dentro das freguesias. No interior de cada
freguesia havia sido projetado um centro comercial e uma
rea livre central que integrava com as outras reas livres
espalhadas pelo terreno sob pavimento trreo de blocos
apoiados sobre pilotis.
Regio Metropolitana
de So Paulo
O Projeto
10.560 apartamentos 8 freguesias nmero de apartamentos de 960 (16blocos) a 1920 (32 blocos) em cada
freguesia
60 apartamentos em cada bloco apartamentos com 64 m paredes internas independentes
Atualmente
4.680 apartamentos 45% do projeto concludo
Residencial Condomnio Bahia
2 fase da construo
Condomnio Esprito Santo
2 fase da construo
Condomnio Sergipe
2 fase da construo
Condomnio Alagoas
2 fase da construo
Condomnio Minas Gerais
2 fase da construo
Condomnio Rio de Janeiro
2 fase da construo
Condomnio So Paulo
1 fase da construo
Condomnio Santa Catarina
1 fase da construo
Condomnio Paran
1 fase da construo
Condomnio Rio Grande do Sul
1 fase da construo
N
Esquema estrutural da 1 fase
Planta com layout dos apartamentos
Vistas internas de um apartamento
Vista geral dos prdios
Escadas de um dos condomnios
Alameda de Entrada do Condomnio So Paulo
Canteiro central entre as escadas do
Condomnio So Paulo
Vista do Condomnio Paran
Trreo Garagem do Condomnio So Paulo
Corredor de acesso aos
apartamentos
Ptio interno entre blocos do
condomnio Rio de Janeiro
Sistema Virio
N
Servios Pblicos Municipais
EMEI Zulma Castanheira de Oliveira
Servio Autnomo de gua e Esgoto
Centro de Abastecimento (Varejo)
Centro de Sade Parque CECAP
N
Centro de Abastecimento
Zezinho Magalhes Prado
O centro de Abastecimento tambmusado pelos bairros vizinhos;
O varejo acontece todos os sbados;
Nos dias da semana, o espao tem outrasfinalidades;
um polo gerador de trfego no bairro;
H um estacionamento gratuito no localpara minimizar os problemas nos dias de
feiras livres;
Neste equipamento possvel arealizao de shows de grande porte,
trazendo para o Parque CECAP pessoas de
todos os bairros da cidade.
Centro de Sade do Parque CECAP
Servios Pblicos Estaduais
Hospital Geral do Parque CECAP
EEPG Leopoldo Gentil Junior
EEPSG Vereador Elsio de Oliveira Neves
CEFAM
EEPSG Francisco Antunes Filho
Centro Comunitrio
N
EEPG: Escola Estadual de Primeiro Grau
EEPSG: Escola Estadual de Primeiro e Segundo Grau
CEFAM: Centro Especfico de Formao e Aperfeioamento do Magistrio
Escolas
EEPG Francisco Antunes Filho Complexo com escolas EEPSG Vereador Elido de Oliveira Neves,
CEFAM e EEPG Leopoldo Gentil Junior
Hoje a estrutura de
escolas no bairro
diversificada. Temos as trs
escolas estaduais e uma
creche que no atende a
demanda do bairro. H
escolas privadas, o
Colgio Machado de Assis
com o ensino
fundamental e mdio.
Centro Comunitrio do Parque CECAP
O Centro Comunitrio, hoje, um espaocom atividades diversas, tais como piscinas,
quadras poliesportivas, churrasqueiras,
ginsio coberto, saunas e lanchonetes.
A utilizao desse clube, como chamado pelos moradores, possvel por
meio da compra de um ttulo com um valor
bem acessvel.
um espao importante dentro do bairro,pois tem tradio entre os moradores.
Hoje, o Centro Comunitrio precisa serreformado e reestruturado
administrativamente. O estado em que ele
se encontra consideravelmente precrio.
Hospital Geral
O Hospital Geral hoje uma das principais referncias na rea da sade de Guarulhos,
prestando milhares de atendimentos nas mais diferentes especialidades e alcanando,
principalmente, a populao mais carente.
Este equipamento tambm um polo gerador de trfego, alm de atrair comrcio irregular no
seu entorno.
Lazer
Praa Mamonas Assassinas
17.370,00 m
Campo de futebol e quadras poliesportivas
17.892,74 m
Praa Joo Batista Vilanova Artigas e canteiros,
Av. Monteiro Lobato
22.258,30 m
Praa Alessandra Teixeira Gil
Parque da Vizinhana Francisco E.
Caramuru Desmoulins
7.526,14 m
N
Praas e Parques
Praa Mamonas Assassinas
Praa Alessandra Teixeira Gil
Parque da Vizinhana
Referncias< http://casasbrasileiras.wordpress.com/2010/09/26/casa-do-arquiteto-vilanova-artigas/>. Acesso em: 2014-07-09
. Acesso em:
2014-07-09
. Acesso em: 2014-07-09
. Acesso em: 2014-06-25
ISAAC, Solimar Mendes. Parque CECAP Guarulhos: transformao urbana. 2007. Dissertao (Mestrado em Projeto de Arquitetura) -
Faculdade de Arquitetura e Urbanismo, Universidade de So Paulo, So Paulo, 2007. Disponvel em:
. Acesso em: 2014-07-06.
. Acesso em: 2014-
07-06
. Acesso em: 2014-07-06
. Acesso em: 2014-07-06
KAMITA, Joo Masao. Vilanova Artigas. Cosac & Naify Edies. espaos da arte brasileira, 2000;
ARTIGAS, Joo Batista Vilanova. A funo social do arquiteto. So Paulo, Nobel/FVA, 1989.
. Acesso em: 2014-07-09
. Acesso em: 2014-07-09
RefernciasCHIANNECCINI, Ana Clara. Tcnica e esttica: o uso do concreto armado nos edifcios do MASP e FAUUSP. Rua Oliveira Lima, 444,
Cambucci, So Paulo, CEP 01541-010.
Profa. Dra. CLAUDIA T. DE ANDRADE OLIVEIRA, Profa. Dra. LUCINDA FERREIRA PRESTES, Profa. Dra. MARLENE YURGEL, Prof. Dr. SYLVIO
BARROS SAWAYA, Prof. Dr. ORESTE BORTOLLI JR., ALEXANDRE MIRANDA DE ALMEIDA ROSA. O restauro do Moderno: o caso do
edifcio Vilanova Artigas da FAUUSP. Disponvel em: . Rua do Lago,
876, Cidade Universitria, Butant CEP 05508-080 - So Paulo SP, 2007;
ROSATTI, Camila Gui. O projeto modernizador de Vilanova Artigas: prtica profissional e clientela nos anos 1940. 36 Encontro Anual
da ANPOCS / 2012
CONTIER, Felipe de Arajo. O EDIFCIO DA FAUUSP E OS MATERIAIS DO BRUTALISMO. IAU-USP, R. Dr. Jos de Queirs Aranha, 195, apto
2401, Ana Rosa, So Paulo, Brasil
OLIVEIRA, Gliceli Portela Cunico. A casa Bettega de Vilanova Artigas: Desenhos e conceitos. Dissertao de mestrado, Faculdade
de Arquitetura e Urbanismo, Universidade Federal de So Paulo, So Paulo, 2008.
. Acesso em: 2014-07-03