Violência Doméstica

Os novos crimes fisico - psicológicos

OS NOVOS CRIMES FISICO - PSICOLÓGICOS


CONCEPTUALIZAR A PROBLEMÁTICA DA V.D.


Resolução 48/104, Assembleia Geral das Nações Unidas, 1993

“… qualquer acto de violência baseado no género

de que resulte ou possa resultar danos físicos,

sexuais ou psicológicos, ou sofrimento para a

mulher, incluindo a ameaça da prática de tais actos,

coacção ou privação arbitrária da liberdade, quer

ocorram na esfera pública ou privada…”


Conferência Mundial sobre a Mulher em Pequim (1995)

“ Violência de Género é todo o acto de violência que

se exerce unicamente sobre as mulheres pelo simples

facto de sê-lo, desde que nascem até que morrem, e

com independência da classe social, do nível cultural

e da raça. (...)”


Conselho da Europa 2002

“…qualquer acto, omissão ou conduta que serve para infligir sofrimentos

físicos, sexuais ou mentais, directa ou indirectamente, por meio de enganos,

ameaças, coacção ou qualquer outro meio, a qualquer mulher e tendo por

objectivo intimidá-la, puni-la, humilhá-la ou mantê-la nos papéis

estereotipados ligados ao seu sexo ou recusar-lhe a dignidade humana, a

autonomia sexual, a integridade física, mental e moral ou abalar a sua

segurança pessoal, o seu amor próprio ou a sua personalidade, ou diminuir as

suas capacidades físicas ou intelectuais.”

6

Organização das Nações Unidas, Conselho da Europa e Comissão Europeia

Violação dos Direitos Humanos

VIOLÊNCIA CONTRA AS MULHERES

VIOLÊNCIA DOMÉSTICA

7

8

Organização das Nações Unidas

FENÓMENO GLOBAL

9

Conselho da Europa

DESIQUILIBRIO DE PODER

10

V.G V.D. V.C. V.R.I.


Violência Doméstica

Comportamento violento continuado ou um padrão de

controlo coercivo exercido, directa ou indirectamente, sobre

qualquer pessoa que habite o mesmo agregado familiar

(cônjuge, companheira/o, filha/o, mãe, pai, avó, avô), ou que

mesmo que não co-habitando, seja companheira/o, ex-

companheira/o ou familiar.

...


Violência Doméstica

...

Este padrão de comportamento violento continuado

resulta, a curto ou médio prazo, em danos fisicos, sexuais,

emocionais, psicológicos, imposição de isolamento social

ou privação económica da vitima, visa dominá-la, fazê-la

sentir-se subordinada, incompetente, sem valor ou faze-la

viver num clima de medo permanente.


Violência Conjugal

Constitui uma das dimensões da VD. Refere-se a todas as

formas de comportamento violento atrás referidas,

exercidas por um dos cônjuges/companheira/o ou ex-

cônjuge/ex-companheira/o sobre a/o outra/o.


Violência nas Relações de Intimidade

Abrange a violência exercida entre companheiros

envolvidos em diferentes tipos de relacionamentos

intimos e não apenas na conjugalidade. Ex. Violência

entre namorados.

15

Formação de Públicos Estratégicos para a obtenção da Especialização em Igualdade de Género

“... Um homem em cada quatro e uma mulher em cada seis,

admitem que em certas circunstâncias e dentro de certos limites

os homens lhes podem bater.”

Manuel Lisboa 1997

“... Um homem em cada quatro e uma mulher em cada seis,

admitem que em certas circunstâncias e dentro de certos

limites os homens lhes podem bater.”

Manuel Lisboa 1997


Tipos de Violência

Violência emocional e psicológica

Intimidação, coacção e ameaça

Violência fisica

Isolamento social

Abuso económico

Violência sexual

17


“A violência contra as mulheres é um fenómeno universal

existente em qualquer cultura, religião e classe social.”

Echeburua e Redondo 2010“A violência contra as mulheres é um fenómeno universal

existente em qualquer cultura, religião e classe social.”

Echeburua e Redondo 2010


Qualquer profissional que contacte com vitimas de V.D. deve:

Afastar/combater crenças e mitos que dificultam ou impedem a

intervenção nesta área.

Ter um conhecimento suficiente sobre os factores associados à VD e utilizados pelo agressor no contexto da VD.

Conhecer/saber identificar os tipos mais frequentes de actos envolvidos na VD e as suas consequências para a vitima.

Saber reconhecer sinais indiciadores da ocorrência de violência e incentivar a revelação por parte da vitima.


Qualquer profissional que contacte com vitimas de V.D. deve:

Conhecer/reconhecer as consequências da VD.

Saber que a maioria desses actos constitui um crime consignado no Código Penal e aplicável em situações de VD.

Adquirir as competências e estratégias básicas de comunicação/atendimento, seja presencial seja telefónico, estar sensibilizado para esta problemática e para lidar com as especificidades emocionais e comportamentais das vitimas de violência continuada.

Saber quais os tipos de apoio disponivel.

20

MITOS EESTEREÓTIPOS

21

“Entre marido e mulher ninguém mete a colher”.

Crime público.

Interferir em situações de violência é um exercicio de

cidadania.

22

“A mulher só é agredida porque não faz nada

para o evitar.”

Não devemos atribuir a responsabilidade pela violência

à vitima.

23

“A mulher só é agredida porque merece”.

Ninguém tem legitimidade de exercer violência sobre

outrem.

24

“ A violência e o amor/afecto não coexistem nas

familias/nas relações intimas”.

Mesmo nos casos mais graves de violência existem

periodos de não – violência (lua de mel).

25

“ A violência só ocorre nos estratos

socioeconómicos mais desfavorecidos”.

A violência é transversal aos diferentes padrões

culturais, religiosos, económicos, profissionais,....

26

“ A violência só ocorre sob efeito do álcool ou

outras drogas”.

O alcool e/ou outras drogas podem ser o facilitador

dessa violência, mas é incorrecto pensar que esta só

ocorre sob o efeito destas substâncias.

27

“ A V.D. resulta de problemas de saúde mental”.

A V.D. pode ser exercida por individuos normais. Aceitar que

um individuo “igual a nós” pode ser agressor é ter de aceitar

que “um de nós” pode ser agressor/a.

28

“ As crianças vitimas de maus tratos serão, no futuro,

maltratantes ou os agressores, são-no por terem sido vitimas

na sua infância”.

Ideia determinista. Poderão ter maior probabilidade, mas é

incorrecto afirmar que as vitimas se tornarão maltratantes

ou que os maltratantes o são porque foram vitimas.

29

“ A V.D. É um fenómeno raro.”

30

DADOS EPIDEMIOLÓGICOS,

INCIDÊNCIA E PREVALÊNCIA

Relatório Anual de Segurança Interna 2012


Ocorrências 2012

26 084 GNR e PSP

2011( - 2 896)

37 homicidios conjugais


6 distritos com maior número de ocorrências

Lisboa Porto Braga Aveiro Faro0

1000

2000

3000

4000

5000

6000

55935003

1635 1579 1259

Distritos


distritos com taxas de variação positiva

Beja Viseu Santarém0

100200300400500600700800900

1000

317

791983 Nº Ocorrências

Beja (+ 26,8%)

Viseu (+ 1,8%)

Santarém (+ 1,5%)


Regiões Autónomas

R.A.M.

R.A.A.850

900

950

1000

1050

1100

1150

1200

976

1156 Nº de ocorrências

R.A.M. (+ 2,6%)

R.A.A. (-6,6%)


Vitimas - Sexo

Series10

5000

10000

15000

20000

25000

30000

24889

5549

MulherHomem

Mulher82%

Homem18%


Vitimas - Idade

0

5000

10000

15000

20000

25000

30000

24796

2976 2658

25 ou maismenos de 1616 e 24 25 ou mais

81%

menos de 16

10%

16 e 249%


Grau de parentesco

Cônjuge ou compan-heira/o

ex-cônj ou ex-comp

filha/o ou enteada/o

pai/mãe/

pad/mad

Outras situações

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

61%

17% 14%6% 3%


Denúncia

Vitima

Familia

res/vizin

hos

Conhecimento dire

cto das

F.S.

Anónima

Outro0%

20%40%60%80%

77%

9% 4% 3% 6%

39

42% das ocorrências presença de menores

40

417 individuos detidos


SQE - Sistema de Queixa Electrónica

Desde 30 de Janeiro de 2008

De 30 Jan 2008 a 31 Dez 2012

• 250 queixas de V.D. (5%)

Em 2012 – 58 participações (7%)


Meios

GNR e PSP

965 efectivos com responsabilidades no âmbito da V.D.


GNR – projecto IAVE (Investigação e Apoio a Vitimas Especificas)

23 NIAVE (Núcleos de Investigação a Vitimas Especificas)

• 371 efectivos (71 M e 300 H).

249 EII Pter (Equipas de Investigação e Inquérito)

• 1 ou 2 elementos com formação especifica


PSP

EPAV (Equipas de Proximidade e Apoio a Vitimas – criadas em 2006)

• 489 efectivos (71 M e 418 H).

Equipas Especiais de V.D. (funcionam ao nível das brigadas

de investigação criminal dos vários comandos/divisões).

• 105 efectivos (37 M e 68H).


15 de Outubro de 2013

186 agressores com pulseira electrónica

417 pessoas presas pela prática de crime de V.D.

119 pessoas com aparelho de teleassistência

*Teresa Morais – entrevista ao jornal Publico

Artigo 152ºViolência doméstica

1 – Quem, de modo reiterado ou não, infligir maus-tratos físicos ou psíquicos, incluindo castigos corporais, privações da liberdade e ofensas sexuais:

a) Ao cônjuge ou ex-cônjuge;b) A pessoa de outro ou do mesmo sexo com quem o agente mantenha ou tenha

mantido uma relação análoga à dos cônjuges, ainda que sem coabitação;c)A progenitor de descendente comum em 1º grau; ou d) A pessoa particularmente indefesa, em razão de idade, deficiência, doença,

gravidez ou dependência económica, que com ele coabite;é punido com pena de prisão de um a cinco anos, se pena mais grave lhe não couber por força de outra disposição legal.

2 – No caso previsto no número anterior, se o agente praticar o facto contra menor, na presença de menor, no domicílio comum ou no domicílio da vítima é punido com pena de prisão de dois a cinco anos.

3 – Se dos factos previstos no nº 1 resultar:a) Ofensa à integridade física grave, o agente é punido com pena de prisão de dois

a oito anos;b) A morte, o agente é punido com pena de prisão de três a dez anos.

4 – Nos casos previstos nos números anteriores, podem ser aplicadas ao arguido as penas acessórias de proibição de contacto com a vítima e de proibição de uso e porte de armas, pelo período de seis meses a cinco anos, e de obrigação de frequência de programas específicos de prevenção da violência doméstica.

5 – A pena acessória de proibição de contacto com a vítima pode incluir o afastamento da residência ou do local de trabalho desta e o seu cumprimento pode ser fiscalizado por meios técnicos de controlo à distância.

6 –Quem for condenado por crime previsto neste artigo pode, atenta a concreta gravidade do facto e a sua conexão com a função exercida pelo agente, ser inibido do exercício do poder paternal, da tutela ou da curatela por um período de um a dez anos.

Lei nº 59/2007, de 4 de Setembro (in Diário da República, 1ª série — N.º 170 — 4 de Setembro de 2007, página 6188)

47

“... João é muito ciumento e sempre que vê um homem olhar para

mim diz logo que somos amantes (...) um dia começou a implicar

comigo e a dizer que eu andava com um dos seus clientes, neguei e

fui logo agredida a soco e a pontapé. Depois de me violar fechou-me

na cave (...) desesperada cortei um pulso (...). Foi a minha sogra que

me encontrou e que me levou ao hospital, (...) disse apenas que eu

me tentara suicidar (...). Nunca tive coragem de denunciar”.


Caso 1 – Analise e Comente

J. É médico e como tal passa muitas noites fora de casa.

Uma manhã chegou mais cedo do que o normal e encontrou outro

homem na cama dele.

Depois de uma discussão bastante feia sovou a mulher.

Imediatamente ela fez queixa junto de uma posto da GNR.

Ele alega que não é agressor, que foi um acto isolado e que só o

fez por ciúme.

49

CICLO DA VIOLÊNCIA CONJUGAL

50

Fase I Aumento da Tensão

Fase IIAtaque

Violento

Fase IIILua-de-

mel

51

A vitima torna-se “refém” do ciclo de violência.

52

CARACTERISTICAS DO AGRESSOR E DA VITIMA


“A violência no espaço doméstico é a maior causa de

morte e invalidez entre as mulheres dos 16 aos 44

anos, ultrapassando o cancro e acidentes de

viação.”

Assembleia Parlamentar do Conselho da Europa - 2002


43% das agressões e violações à integridade

física ocorrem no espaço conjugal ou

doméstico.


Não são os “outros” que são os potenciais

agressores e homicidas.

A casa não é “o porto de abrigo.”


Na V.D. os agressores são maioritariamente do sexo

masculino. Mas isso não significa que todos os

agressores sejam homens ou todas as vitimas sejam

mulheres.

Existem individuos que são simultaneamente vitimas

e agressores.


Mulheres em situações de maior vulnerabilidade *

Carências afectivas

Baixa auto-estima

Frágeis emocionalmente

Movem-se em contornos marginais

Contam com uma rede limitada de apoio familiar

*Echeburua e Redondo 2010


Mulheres em situações de maior vulnerabilidade *

*Echeburua e Redondo 2010

Casam-se ou juntam-se muito jovens

Nível cultural muito baixo

Dependência económica do agressor

Tenham sido vitimas de maltrato e de abuso na infância

59

IDENTIFICAÇÃO DAS NECESSIDADES DA

VITIMA


Preocupação Principal

Garantir a segurança e integridade das vitimas.

• Avaliação do risco

• Avaliação do impacto da violência sofrida


Avaliação do Risco

A maioria das mulheres que procura ajuda está em

risco/perigo (violência fisica grave; sequestro; homicidio;...)

É necessário garantir condições de segurança à vitima e filhos.

Fazer a avaliação do risco (questionários)


Avaliação do Impacto da Violência Sofrida

Avaliação dos danos fisicos, psicológicos, sexuais, sociais,... causados pela VD continuada.

Avaliação dos recursos e capacidades que a vitima tem para tomar decisões e concretizar autonomamente projectos alternativos à relação abusiva.

(esta avaliação – fisica e psicológica – deverá ser feita por profissionais especializados).


Princípios de Intervenção

64

A IMPORTÂNCIA DO

TRABALHO EM REDE


Rede Nacional de Apoio à Vitima

Existe um sistema de apoio geral às vítimas a partir do momento em

que apresenta queixa nomeadamente, isenção nas taxas

moderadoras, caso necessite de se deslocar ao hospital, justificação

de faltas no trabalho, beneficiar de um subsídio para deslocação ou

dormida e caso seja requerido, encaminhamento para uma casa

abrigo.

Lei nº 112/2009, de 16 de SetembroArtº 2


Apoio em Rede

Depois de atribuído o estatuto de vítima, a vitima

pode abandonar a casa própria e levar os filhos, a

lei 112/2009 de 16 de Setembro, assim a protege.


Recursos Disponíveis na área da VD

Acolhimento

• Casas de Abrigo

o Social

o Psicológico

o Jurídico



Atendimento Telefónico

• LNES 144 (linha nacional de emergência social)

o Apoio psicológico

o Informação sobre os seus direitos

o Recursos de apoio existentes

• Atendimento Telefónico Regional – Madeira

• Equipa de apoio à Vitima de VD – 291 205 135

• Associação Presença Feminina – 291 759 777



Área de Segurança e Justiça

• PSP

• GNR

• Piquete da PJ

• Delegação ou gabinete de médico legal do INML

• Serviços do Ministério Público



Área da Saúde

• Hospitais

• Centros de Saúde

71

Lei nº 112/2009, de 16 de SetArtº 15

72

RECONHECIMENTO E PREVENÇÃO DAS DIFICULDADES DE INTERVENÇÃO EM SITUAÇÕES DE VD

73

Espaço Familiar Intimo

PREVENÇÃO


Prevenção Primária

Diminuir a incidência de situações de

violência e atenuar as desigualdades que a

propiciam. (longo prazo)


Prevenção Secundária e Terciária

Quebra do ciclo de violência instalado.

Prevenção do seu reaparecimento.

76

“Ele obrigava-me a ter relações sexuais, apontava-me a

arma e perguntava-me se eu queria morrer. Dava tiros para

o ar. Quando tive coragem e fui à esquadra apresentar

queixa, o agente que estava de serviço, disse-me para eu

voltar outro dia, pois nada indicava que eu era uma vitima

(...). Eu voltei para casa, muito deprimida, sem apoio e

humilhada. ”

77

INDICADORES DE ALERTA DE VD


Indicadores Físicos

Lesões físicas, que não se adequam a causa alegada;

Ocultamento de lesões antigas;

Hematomas e queimaduras em diferentes estágios de cicatrização;


Indicadores Psicológicos

Isolamento social;

Baixa auto –estima

Submissão e apatia

Tendências suicidas

Ansiedade

80

“A minha mãe era prostituta (...). Quando me tornei “mulher” a mimha mãe obrigou-me

a prostituir-me, colocando inclusivamente anuncios nos jornais (...) ficava com o meu

dinheiro e quando eu contestava ficava dias a fio sem comer (...). Nunca tive coragem de

denunciar por medo e por vergonha (...). Um dia o meu tio e o meu padrasto violaram-

me deixando-me semi-inconsciente (...) não sei como tive forças de me arrastar até ao

hospital (...). (...) negaram tudo e a minha prórpia mãe testemunhou contra mim (...)

Mas serviu para me dar coragem e sair de casa, através de uma associação consegui

“reconstruir a minha vida” (...) Sobrevivo (...) tenho pesadelos com tudo o que me

aconteceu (...)”


Consequências e Impacto da Vitimação

Fisicas

Traumatismos

Coma

Problemas a nível da saúde reprodutora

Lesões e doenças do foro ginecológico

Morte


Consequências e Impacto da Vitimação

Psicológicas

Vergonha

Culpa

Ataques de pânico

Depressão

.....


Consequências e Impacto da VD em vitimas indirectas

Dificuldades emocionais

Ansiedade/depressão/raiva

Baixa auto – estima

Alterações de comportamento /hiperactividade

Dificuldades de aprendizagem/absentismo

Aprendizagem de comportamentos violentos

Comportamento agressivo, condutas desviantes

84


Um direito/uma escolha com dois lados

http://www.google.pt/imgres?q=escrever&start=127&um=1&hl=pt-PT&sa=N&qscrl=1&nord=1&rlz=1T4ADRA_pt-PTPT378PT381&biw=978&bih=611&addh=36&tbm=isch&tbnid=HC1CGxjI2nediM:&imgrefurl=http://blog.meuingles.com/dicas/para-nunca-mais-errar-quando-escrever-beautiful/&docid=aJBj3dGY6CIz9M&imgurl=http://blog.meuingles.com/wp-content/uploads/2012/03/perguntas_01.jpg&w=300&h=300&ei=I983UKG6N8Ps0gWOnYDwAw&zoom=1&iact=hc&vpx=404&vpy=88&dur=234&hovh=225&hovw=225&tx=166&ty=80&sig=111036887553087847342&page=8&tbnh=130&tbnw=128&ndsp=20&ved=1t:429,r:7,s:127,i:158

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Violência Doméstica