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Viroses da Videira
Gabrielli DedordiMarina Scarsi
Micheli Pegoraro
Viroses da Videira
Conhecidas cerca de 50 doenças consideradas de origem viral
Causam degenerescência lenta e gradual das plantas
Provocam perdas qualitativas e quantitativas na produção
Ao contrário das doenças causadas por fungos as viroses são de difícil
visualização pelo agricultor, o que faz com que não haja grande
preocupação
Não são conhecidos ainda, vetores de transmissão de vírus em videiras
Propagação vegetativa: facilita a disseminação de partículas virais e
favorece o aparecimento de doenças complexas, pelo acúmulo de
diferentes vírus numa mesma planta
Viroses da Videira
Enrolamento da folha
Mosaico das nervuras
Mosaico do traviú
Necrose das nervuras
Complexo rugoso
ENROLAMENTO DA FOLHA Grapevine leafroll-associated virus - GLRaV
É atribuído à 9 vírus do gênero Closterovirus
Agentes (complexo viral): "vírus associados ao enrolamento da folha da videira 1-9"
GLRaV -1 a -9
Individualmente ou em mistura, estão associados com a manifestação e variabilidade dos sintomas da doença
Brasil: detectados os vírus GLRaV -1, -2 e -3
Patógeno restrito ao gênero Vitis
Variedades imunes não são conhecidas
ENROLAMENTO DA FOLHA Grapevine leafroll-associated virus - GLRaV
Sintomatologia
Variedades sensíveis: plantas afetadas são menores que as sadias Os sintomas típicos só se manifestam a partir da época da maturação dos frutos
Gradual enrolamento dos bordos da folha para baixoInicialmente das basais, evoluindo para as demais folhas da extremidade
Apresentam clorose prematura das margens
ENROLAMENTO DA FOLHA Grapevine leafroll-associated virus -
GLRaV
Nas cultivares viníferas, brancas e tintas, as folhas apresentam o limbo com aspecto rugoso, quebradiço e de consistência mais grossa
Variedades tintas limbo com uma coloração vermelha-violácea,
permanecendo o tecido ao longo das nervuras principais com a cor
verde normal
Variedades brancas limbo com uma leve coloração
amarelo-pálida
Sintoma da virose do Enrolamento da folha em uva Niagara Branca
Sintoma da virose do Enrolamento da folha em uva Niagara Rosada
ENROLAMENTO DA FOLHA Grapevine leafroll-associated virus - GLRaV
No período de repouso vegetativo, nas plantas muito afetadas, verifica-se um acentuado enfraquecimento dos ramos
Aspecto nítido de definhamento
Muda de vinífera tinta com sintoma da virose do enrolamento da folha
ENROLAMENTO DA FOLHA Grapevine leafroll-associated virus - GLRaV
FrutosMaturação irregular e atrasada
Afeta o número, peso e tamanho dos
cachos
Diminuir o teor de açúcar da uva, a
qualidade do vinho
Dimunui a longevidade da planta
Os danos causados pela virose variam
em função da suscetibilidade varietal,
estirpe do vírus e intensidade da infecção
São inferiores em quantidade e em
qualidade !
ENROLAMENTO DA FOLHA Grapevine leafroll-associated virus - GLRaV
Disseminação do vírus
Material propagativo infectado (mudas, estacas, gemas), durante o processo de formação das mudas, independentemente do método de enxertia
No Brasil, tem se verificado significativa disseminação da doença no campo, possivelmente, pelas espécies de cochonilhas que ocorrem nos vinhedos
Em estudo
MOSAICO DAS NERVURASGrapevine fleck virus - GFkV
Manchas das nervuras
Causado por um vírus do gênero Maculavirus
Limitado ao floema e não transmissível mecanicamente
É uma doença latente plantas doentes não mostram sintomas
Praticamente todas as cultivares de produtoras e de porta-enxertos encontra-se infectada pelo vírus
Algumas com níveis próximos a 100%
Mosaico das NervurasGrapevine fleck virus - GFkV
Sintomatologia Somente causa sintomas característicos no porta-enxerto Rupestris du LotPlantas muito afetadas são menos desenvolvidas
Presença de manchas cloróticas pequenas nas nervuras e áreas adjacentes
do parênquima mosaico das nervurasFolhas apresentam superfície ondulada e ligeira curvatura dos bordos para cima
Manifestam-se com intensidade nas folhas jovens e médias da brotação de primavera Desaparecem à medida que elas vão se tornando madurasFolhas das brotações subseqüentes não exibem sintomas
Porta-enxerto Rupestris du Lot afetado pela virose das manchas das nervuras
Mosaico das NervurasGrapevine fleck virus - GFkV
Transmissão
Facilmente transmitido por união de tecidos
Não passa através da semente
Evidências de disseminação natural do vírus nos vinhedos já foram observadas em alguns países
vetor não foi identificado
MOSAICO DA VIDEIRA TRAVIÚ – Grapevine fanleaf virus GFLV
Nome da doença devido o reconhecimento ter sido em porta-enxerto Traviú
No Brasil tem baixa incidência e não tem importância econômica
Rio grande do sul – Doença
Folha em leque da videira
MOSAICO DA VIDEIRA TRAVIÚ – Grapevine fanleaf virus GFLV
Sintomatologia
Pequenas manchas arredondadas, translúcidas distribuída irregularmente nas folhas da primavera
Manchas sob forma de anéis
Faixas cloróticas em zig-zag
Folhas pequenas e deformadas
MOSAICO DA VIDEIRA TRAVIÚ – Grapevine fanleaf virus GFLV
Etiologia
Doença causado por um vírus de partículas isométricas de cerca de 300nm de diâmetro
Formado por estirpes de uma espécie do gênero Nepovirus, possui genoma bipartido composto de RNA de fita simples
MOSAICO DA VIDEIRA TRAVIÚ – Grapevine fanleaf virus GFLV
Transmissão
Por enxertia
Inoculação mecânica
Transmitido por nematóides – Xiphinema index em outros países
No Brasil não há evidencias de disseminação por vetores
Bifurcação do ramo causada pela virose da degenerescência
Deformação dos ramos causada pela virose da degenerescência
NECROSE DAS NERVURAS
Doença considerada de origem viral, apesar de ainda não se ter determinado o agente causal, os efeitos negativos parecem ter expressão econômica limitada. (EMBRAPA)
Corresponde a doença: “grapevine vein necrosis”
Constatação desta doença nos estados: Rio Grande do Sul e São Paulo
NECROSE DAS NERVURAS
Sintomas
A virose não causa sintomas nas cultivares comerciais
Dos porta-enxertos, somente o Richter 110 mostra sintomas
Necrose nas nervuras, pode evoluir para manchas necróticas que abrangem grande parte da área foliar
Necrose intensa, induz ao enrugamento e assimetria da lâmina foliar
Na superfície dos ramos verdes e no pecíolo da folha ocorrem estrias necróticas.
Coloração verde das folhas é bem menos intensa
Redução do crescimento
NECROSE DAS NERVURAS
Etiologia
Facilmente transmitido por união de tecidos (enxertia)
Não transmitido através de ferramentas
Diagnose da doença só pode ser feita com o uso da videira indicadora 11OR
COMPLEXO DO LENHO RUGOSO
Complexo de quatro viroses Anomalias no lenhoOcorre na maior parte dos países vitícolas
Virose do intumescimento dos ramos - retardamento da queda das folhas. Planta doente à esquerda
Sintomatologia
Afeta muitas cultivares comerciais e porta-enxertos
Queda progressiva de produtividade
Uva não completa a maturação
Redução no teor de açúcar
COMPLEXO DO LENHO RUGOSO INTUMESCIMENTO DOS RAMOS
Grapevine virus B - GVB
Nas plantas bastante afetadas
Brotação é retardada e fraca
Folhas caem mais tarde no outono
A uva não amadurece regularmente
Definhamento gradativo
Avermelhamento das folhas
Fisuras e formação de tecido corticento na região de inserção no entreno na base do ramo
Engrossamento na região da enxertia
COMPLEXO DO LENHO RUGOSO INTUMESCIMENTO DOS RAMOS
Grapevine virus B - GVB
Virose do intumescimento dos ramos - avermelhamento da folha em cultivar tinta
Virose do intumescimento dos ramos - formação de tecido corticento na inserção dos ramos do ano
TransmissãoMaterial propagativo infectado (mudas, estacas ou gemas)
Enxertia
Transmissão do vírus pelas cochonilhas Planococcus ficus, P. citri, Pseudococcus longispinus e P. affinis
Não há constatação de transmissão por meio de ferramentas
COMPLEXO DO LENHO RUGOSO INTUMESCIMENTO DOS RAMOS
Grapevine virus B - GVB
COMPLEXO DO LENHO RUGOSO CANELURAS DO TRONCO
Acanaladura do lenho de Kober → Grapevine virus A, GVA
Caneluras do tronco de Rupestris → Rupestris stem pitting-associated virus, RSPaV
Acanaladura do lenho de LN33 → vírus não identificado
COMPLEXO DO LENHO RUGOSO CANELURAS DO TRONCO
A severidade dos sintomas depende:
combinação produtora/porta-enxerto
suscetibilidade das cultivares
virulência da estirpe do vírus
COMPLEXO DO LENHO RUGOSO CANELURAS DO TRONCO
Sintomatologia Formação de reentrâncias longitudinais (caneluras)
Diminuição do vigor
Retardamento na brotação das gemas de uma a duas semanas
Casca do tronco é mais grossa e de aspecto corticento
Podem ser observadas até nas raízes
Virose das caneluras no tronco Virose das caneluras no tronco - sintomas em tronco com casca e
sem casca
COMPLEXO DO LENHO RUGOSO CANELURAS DO TRONCO
TransmissãoMaterial propagativo infectado
Enxertia
Cochonilhas, Pseudococcus longispinus, P. Affinis, Planococcus citri, P. ficus e Neopulvinaria innumerabilis
Não há constatação de transmissão por meio de ferramentas
OBRIGADA !!!