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A ventilação não invasiva (VNI) nas doenças neuromusculares (DNM) Cristina Alves Serviço de Pneumologia

Vni nas dnm

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A ventilação não invasiva (VNI) nas doenças

neuromusculares (DNM)

Cristina Alves

Serviço de Pneumologia

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Ventilação Não Invasiva

Refere-se a todas as técnicas de administração de ventilação mecânica pulmonar que não necessitam de uma via aérea artificial invasiva.

Objectivo: tratar os casos de maior gravidade da insuficiência respiratória, diminuindo a necessidade de intubação endo-traqueal ou traqueostomia.

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Prespectiva histórica da VNI

Anos 30 - “pulmão de aço”

Anos 80 – CPAP

Anos 90 - BiPAP®

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Modalidades da VNI

Ventilação por pressão negativa

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Modalidades da VNI

Ventilação por pressão positiva

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Modalidades da VNI

Ventiladores Volumétricos– VC fixo– Pressão de insuflação variável

Ventiladores Pressurométricos– VC variável– Inspiração termina quando a pressão predeterminada é atingida

Tipos de Ventiladores

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Mecanismo de acção

CPAP BIPAP

t

P

t

P

EPAP

EPAP

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Interfaces doente/ventilador

Máscaras nasais

Máscaras nasobucais

Peça Bucal

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Doenças neuromusculares

Toda a doença que afecta qualquer parte do nervo e do músculo

– Doenças do neurónio motor– Doenças da junção neuromuscular– Doenças dos nervos periféricos

Miopatias e Distrofias Musculares

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Classificação das DNM

Doenças do neurónio motor

Doenças da junção neuromuscular

Doenças dos nervos periféricos

Esclerose Lateral amiotrófica Miastenia Gravis Síndrome de Guillen-Barre

Esclerose Lateral primária Síndrome de Eaton-Lambert Doença de Charcot-Marie-Tooth

Atrofia Muscular Progressiva Botulismo Doença de Dejerine-Sottas

Atrofia Muscular Espinhal

Parelesia Bulbar Progressiva

Poliomielite Anterior Aguda

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Sintomatologia DNM

Atrofia/fadiga Muscular Hipotonia Hiperreflexia Espasticidade Caibras musculares Disartria Diasfagia

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Alterações ventilatórias nas DNM

Fraqueza/fadiga muscularAlteração padrão ventilatório

Desigualdade V/P

Capacidade contráctil Volumes pulmonares

Pressões expiratórias

Atelectasias

Retenção de secreções

Hipercapnia

Hipoxemia

HTP

Falência respiratória

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Alterações ventilatórias nas DNM

Padrão restritivo CV CPT CI; VRE E CRF– VR n ou – DEM 25%, 50% e 75% n– CLCO N PEM e PIM

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Efeitos da VNI

Alívio dos sintomas Estabiliza e/ou melhora as trocas gasosas Previne a hipoventilação nocturna Melhora a qualidade do sono Reduz o nº de complicações respiratórias e hospitalizações Adia a necessidade de ventilação invasiva Melhora a qualidade de vida Aumenta a sobrevida

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Indicação para VNI nas DNM

Sintomatologia– Fadiga generalizada, dispneia, cefaleias…

Alterações gasométricas– Hipercapnia diurna (pCO2 >45mmHg)

– Dessaturação nocturna (SatO2 <88% > 5min cons)

Alterações funcionais– PIM <60cmH2O

– CVF <50%

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Contraindicações da VNI nas DNM

Relativas– Acompanhamento familiar/social inadequado– Compromisso severo da deglutição– Necessidade de ventilação continua

Absolutas– Obstrução da via aérea– Retenção de secreções / tosse ineficaz– Falta de colaboração

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Complicações da VNI nas DNM

Comuns– Insuflação pulmonar– Claustrofobia– Congestão e secura oral/nasal– Irritação ocular– Insuflação gástrica

Raras– Intolerância– Aspiração– Pneumotorax

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Opções de VNI

Pressão positiva– Volume (10-15ml/Kg)– Pressão (CPAP/BIPAP®)

Pressão negativa– Rara– Falha da PP

Outros– Pacing diafragmático

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Escolha da VNI

Depende – Necessidade específica da patologia– Preferência/adaptação do doente

Melhor tolerância– Pressão– Máscara nasal– Modo espontâneo

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Inicio da VNI

Preparação do doente Escolha do equipamento adequado Preferencialmente hospitalização

– Internamento– Laboratório sono

Aumento gradual de parâmetros e tempo de utilização

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Follow-up

Avaliação periódica– 1-3 meses (doenças progressão rápida)– 6-12 meses (outras patologias)

Avaliação clínica

Avaliação funcional

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VNI no HSS

7 doentes

– 5 ELA (71%)– 2 Miopatia (29%)

– 4 ♂♂ / 3 ♀♀– Idade

30-76 anos Média 52

– 3 óbitos - ELA (43%)

VNI

– BIPAP® (100%)– Est 4 (57%)– Exac 3 (43%)– Adaptação (100%)– Melhoria sint (100%)

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Conclusão

Avaliação funcional respiratória - elemento essencial da abordagem dos doente neuromusculares

Avaliação funcional seriada – monitorizar o inicio/continuidade da VNI

Modo/ventilador ideal – varia com doença e adaptação do doente

Monitorização e folow-up