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Clarisse Lobo [email protected] HEMORIO

Você tem um aluno com Doença Falciforme em sua turma?

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Page 1: Você tem um aluno com Doença Falciforme em sua turma?

Clarisse Lobo

[email protected]

HEMORIO

Page 2: Você tem um aluno com Doença Falciforme em sua turma?

Para que estamos aqui?

• Disseminando informações entre os professores sobre a Doença Falciforme

• A doença genética mais frequente do Brasil.

Disseminar conhecimento

• Atendendo a Lei 12.287 (13/07/2010), de Obrigatoriedade da temática afro-brasileira na escola.

• Lei de Diretrizes e Bases Brasileiras

Respeitar a Legislação

• Responsabilizando a escola com a educação plural, reconhecendo as diferenças entre seus alunos.

• Aliança entre a escola e o hospital do estudante.

Incluir a escola na saúde da criança

Page 3: Você tem um aluno com Doença Falciforme em sua turma?

Qual é a razão dessa proposta ?

Page 4: Você tem um aluno com Doença Falciforme em sua turma?

Qual é a razão dessa proposta ?

Page 5: Você tem um aluno com Doença Falciforme em sua turma?

Qual é a razão dessa proposta ?

Page 6: Você tem um aluno com Doença Falciforme em sua turma?

O que é DOENÇA FALCIFORME ?

50% 50% 50% 100%

ss ss

ss ss ss ss

Page 7: Você tem um aluno com Doença Falciforme em sua turma?

Como se apresenta ?

• Indivíduo assintomático

• Sem anemia

• História Familiar Positiva

• Orientação e informação

• Diagnóstico Fortuito/Triagem

• NÃO necessita tratamento

• PÓS NATAL - AS (eletroforese de Hgb)

• NEONATAL - FAS (focalização isoelétrica / HPLC)

• Paciente sintomático

• Com anemia

• História Familiar Positiva

• Orientação e informação

• Diagnóstico na infância

• Necessita tratamento

• PÓS NATAL - SS •(eletroforese de Hgb)

• NEONATAL - FS (focalização isoelétrica / HPLC)

Page 8: Você tem um aluno com Doença Falciforme em sua turma?

NIGER

AS – 22% BURKINA FASO

AS – 8%

NIGÉRIA

AS – 24%

BENIN

AS – 25%

GHANA

AS – 13%

Qual é a origem da DOENÇA FALCIFORME ?

Page 9: Você tem um aluno com Doença Falciforme em sua turma?

Qual é a origem da DOENÇA FALCIFORME ?

Page 10: Você tem um aluno com Doença Falciforme em sua turma?

DF em números

Page 11: Você tem um aluno com Doença Falciforme em sua turma?

BA

SS 1:650

AS 1:17

DF em números

1º - BA

Page 12: Você tem um aluno com Doença Falciforme em sua turma?

BA

SS 1:650

AS 1:17

MG

SS 1:1400

AS 1:23

RJ - SS 1:1200, AS 1:21

ES - SS 1:1800, AS 1:28

MA

SS

1:1400

AS 1:23

GO

SS

1:1440

AS 1:25

PE - SS 1:1400, AS 1:23

DF em números

1º - BA

2º - RJ, ES, MG, MA, PE

Page 13: Você tem um aluno com Doença Falciforme em sua turma?

BA

SS 1:650

AS 1:17

1º - BA

2º - RJ, ES, MG, MA, PE

MG

SS 1:1400

AS 1:23

RJ - SS 1:1200, AS 1:21

ES - SS 1:1800, AS 1:28

MA

SS

1:1400

AS 1:23

PE - SS 1:1400, AS 1:23

3º - PA, SP

PA

SS 1:3400

AS 1:36

DF em números

GO

SS 1:1440

AS 1:25

SP

SS 1:4000

AS 1:35

Page 14: Você tem um aluno com Doença Falciforme em sua turma?

DF em números

BA

SS 1:650

AS 1:17

MG

SS 1:1400

AS 1:23

RJ - SS 1:1200, AS 1:21

ES - SS 1:1800, AS 1:28

MA

SS

1:1400

AS 1:23

GO

SS 1:1440

AS 1:25

PE - SS 1:1400, AS 1:23

SP

SS 1:4000

AS 1:35

PA

SS 1:3400

AS 1:36

RS

SS 1:10000

AS 1:65

PR

SS 1:13000 AS 1:65

MS

SS 1:18000

AS 1:70

SC - SS 1:13000, AS 1:65

4º - MS, PR, SC, RS

1º - BA

2º - RJ, ES, MG, MA, PE

3º - PA, SP

Page 15: Você tem um aluno com Doença Falciforme em sua turma?

O que acontece ?

Reproduced from Stuart MJ, Nagel RL. Lancet.

2004;364:1343-60 © 2004, with permission from Elsevier.

Modified by M de Montalembert.

HbS

Tetrâmeros

solúveis

oxi ↓ deformabilidade

Desidratação celular

Hemácia

Falcizada

↓ OCLUSÃO

VASCULAR

LESÃO

TECIDUAL

HbS

Polímeros

Insolúveis

desoxi

O2

Substituição

aminoácido

↓ (6Glu ↓

Val)

Mutação

Cadeia

da Globina

α2β2 6glu-val

DESTRUIÇÃO

ERITROCITÁRIA

↑O2 ↓

LESÃO DE

ÓRGÃOS

ANEMIA

HEMOLÍTICA

Page 16: Você tem um aluno com Doença Falciforme em sua turma?

Como se apresenta ?

• Maior risco de INFECÇÃO

• Datilite Falciforme

• Seqüestro Esplênico

• STA

• Infecções

• AVC

• Degeneração crônica de órgãos

• Crises Álgicas

• Úlceras de perna

• STA

NO BEBÊ E NA CRIANÇA

NO ADULTO

NO ADOLESCENTE

Page 17: Você tem um aluno com Doença Falciforme em sua turma?

Quais são os principais sinais e sintomas ?

Saúde Física Saúde Ocular

Saúde Alimentar Saúde Emocional

Page 18: Você tem um aluno com Doença Falciforme em sua turma?

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DESENVOLVIMENTO E CRESCIMENTO

NECESSIDADE DE IR AO BANHEIRO

DORES ÓSSEAS E MUSCULARES

SINAIS DE ALERTA PARA HOSPITALIZAÇÃO

• PESO abaixo do normal para a

altura.

• ALTURA final normal, porém

estirão da puberdade retardado.

• IDADE ÓSSEA abaixo da

cronológica.

• HIPOGONADISMO primário

(homem), menarca atrasada

(mulher).

• DESENVOLVIMENTO

INTELECTUAL: comprometido.

Saúde Física

• 2/3 dos pacientes evoluem com

DOR que necessita

INTERNAÇÃO.

• 1/3 dos pacientes internam MAIS

DE 6 X/ano, por causa de DOR.

• Mais frequente em ADULTOS (19 -

39 anos).

• Frio, calor, desidratação, período

pré-menstrual, infecção e

problemas emocionais são fatores

de risco.

• Dificuldade de concentrar a urina

está presente na grande maioria

das crianças;

• Há necessidade de ir ao banheiro

com mais frequência que os

demais alunos;

• Pode aumentar a desidratação.

• FEBRE – sinal de infecção. Pode

ser um sinal de infecção.

• PRIAPISMO – ereção involuntária

e dolorosa do pênis

• SINAIS DE AVC – queda da

comissura labial, convulsões,

cefaleia intensa, perda da força

muscular

• NECROSE ÓSSEA – necrose de

cabeça de fêmur ou de úmero

Page 19: Você tem um aluno com Doença Falciforme em sua turma?

MÉDICO

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Saúde Física

RECOMENDAÇÕES AOS

PROFESSORES:

1 – Ajude-o junto aos colegas quanto à

maior necessidade de ir ao banheiro.

2 – Incentive a ingestão de líquidos.

3 – Observe os fatores desencadeantes de

crise de dor (frio, calor, desidratação,

período pré-menstrual, problemas

emocionais, entre outros).

DESENVOLVIMENTO E CRESCIMENTO

NECESSIDADE DE IR AO BANHEIRO

DORES ÓSSEAS E MUSCULARES

SINAIS DE ALERTA PARA HOSPITALIZAÇÃO

Page 20: Você tem um aluno com Doença Falciforme em sua turma?

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OLHOS AMARELOS

LESÕES OCULARES

Saúde Ocular

Lesões Oculares - Incidência - 44%

• Retinopatia Proliferativa: 15,6%

• Retinopatia Não-proliferativa: 40%

Olhos amarelados são devidos à

destruição dos glóbulos vermelhos e

não correspondem à doença

contagiosa.

Page 21: Você tem um aluno com Doença Falciforme em sua turma?

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Saúde Ocular

OLHOS AMARELOS

LESÕES OCULARES

MÉDICO

RECOMENDAÇÕES AOS

PROFESSORES:

1 – Observe se a criança tem

dificuldade visual.

2 – Avise aos pais para que

procurem assistência médica

3 – Esclareça aos demais alunos e

familiares a origem não contagiosa

do amarelo dos olhos

Page 22: Você tem um aluno com Doença Falciforme em sua turma?

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Saúde Alimentar

A QUESTÃO DO FERRO

LÍQUIDOS EM ABUNDÂNCIA

• Pessoas com Doença Falciforme

têm excesso de ferro no

organismo.

• Esse elemento pode danificar os

tecidos

• Pessoas com Doença Falciforme

NÃO devem desidratar.

• A desidratação é um fator

desencadeante de crises

dolorosas e outras complicações.

Page 23: Você tem um aluno com Doença Falciforme em sua turma?

23

Saúde Alimentar

A QUESTÃO DO FERRO

LÍQUIDOS EM ABUNDÂNCIA

MÉDICO

RECOMENDAÇÕES AOS

PROFESSORES:

1 – Procure conhecer as

recomendações dos médicos e

nutricionistas, para auxiliar as

crianças na alimentação.

2 – Os alunos devem ser

estimulados a tomar bastante

líquido durante o dia.

Page 24: Você tem um aluno com Doença Falciforme em sua turma?

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Saúde Emocional

STRESS / DEPRESSÃO

DISTÚRBIOS DA AUTO-IMAGEM

DISTÚRBIOS DO AUTO-CONCEITO

• Pessoas com doença crônica

requerem maior atenção

psicológica, pelo seu dia-a-dia

(dor, procedimentos médicos,

internações, absenteísmo escolar)

• Crianças e adolescentes

apresentam baixo

desenvolvimento físico e sexual, o

que pode causar

constrangimentos diante dos

colegas.

• A descoberta de que possuem

uma doença crônica, degenerativa

e incurável leva a comportamentos

variáveis de revolta e tristeza.

Page 25: Você tem um aluno com Doença Falciforme em sua turma?

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Saúde Emocional

MÉDICO

RECOMENDAÇÕES AOS

PROFESSORES:

1 – Os alunos devem ter

tratamento diferenciado quanto às

questões emocionais e afetivas.

2 – A superproteção não é

aconselhável, pois pode ter

consequências imprevisíveis.

3 – O ideal é que a escola tenha

contato direto com os tratadores.

STRESS / DEPRESSÃO

DISTÚRBIOS DA AUTO-IMAGEM

DISTÚRBIOS DO AUTO-CONCEITO

Page 26: Você tem um aluno com Doença Falciforme em sua turma?

Dor

Febre

Infeção

A doença pode gerar absenteísmo...

Page 27: Você tem um aluno com Doença Falciforme em sua turma?

Tratamento dos pacientes

DIAGNÓSTICO PRECOCE Triagem Neonatal

PROFILAXIA ANTIBIÓTICA Penicilina profilática

IMUNIZAÇÃO SISTEMÁTICA Sistema de vacinação especializada

INTERVENÇÕES PREVENTIVAS DTC periódico e HU

Page 28: Você tem um aluno com Doença Falciforme em sua turma?

PROGRAMA TRANSFUSIONAL Transfusão de troca, transfusão crônica fenotipada

CUIDADO ESPECIAL PARA A DOR Uso de analgésicos e opióides

ATENÇÃO ESPECIAL À INFECÇÃO

INCENTIVO AO AUTO CUIDADO

Tratamento dos pacientes

Page 29: Você tem um aluno com Doença Falciforme em sua turma?

CRIANÇAS (0 a 7 anos)

• CONSULTAS:

até 2 anos: 2/2 m

> 2 anos: 3/3m

• SOROLOGIA:

12/12m - habitual

6/6m-politransfundidos

• AVALIAÇÕES:

Odonto: 6/6m

DTC : 2/2 anos

Fisiatria: 2/2 anos

O tratamento pode gerar absenteísmo...

Page 30: Você tem um aluno com Doença Falciforme em sua turma?

CRIANÇAS (7 a 18 anos)

• CONSULTAS:

7 -12 anos: 3/3m

> 12 anos: 4/4 m

• SOROLOGIA:

12/12m - habitual

6/6m-politransfundidos

• AVALIAÇÕES:

Odonto: 6/6m

DTC : 2/2 a (até 20 a)

Fisiatria: 2/2 anos)

Cardio: 5 a (2/2 a)

Oftalmo: 6 a (2/2 a)

Audiometria:6 a (5/5 a)

Hb F: 15 anos

O tratamento pode gerar absenteísmo...

Page 31: Você tem um aluno com Doença Falciforme em sua turma?

ADULTOS (> 18 ANOS)

• CONSULTAS +

EXAMES:

6/6 m

• SOROLOGIA:

12/12m - habitual

6/6m-politransfundidos

• AVALIAÇÕES:

Odonto: 6/6 m

DTC: 2/2a (até 20 anos)

Fisiatria: 2/2 anos)

Cardio: 2/2 anos

Oftalmo: 2/2 anos

Audiometria: 5/5 anos

O tratamento pode gerar absenteísmo...

Page 32: Você tem um aluno com Doença Falciforme em sua turma?
Page 33: Você tem um aluno com Doença Falciforme em sua turma?

Inclusão da criança para o alcance de suas potencialidades acadêmicas.

Socialização do escolar diante de suas peculiaridades pessoais.

Participação ativa no tratamento, através de contato estreito com o hospital.

Disseminação de conhecimentos sobre a doença genética mais prevalente do Brasil.

Desafios do Professor e da Escola

Atenção, compreensão e apoio de cada profissional da

Escola FAZ TODA A DIFERENÇA !

Fazer planos de estudos personalizados, visando cobrir

faltas por internações e absenteísmos pela doença.

Estimular o maior desempenho possível de cada aluno

para o alcance de seus sonhos e objetivos de vida.

Page 34: Você tem um aluno com Doença Falciforme em sua turma?

Socialização do escolar diante de suas peculiaridades pessoais.

Socialização do escolar diante de suas peculiaridades pessoais.

Participação ativa no tratamento, através de contato estreito com o hospital.

Disseminação de conhecimentos sobre a doença genética mais prevalente do Brasil.

Desafios do Professor e da Escola

Atenção dos professores quanto ao convívio e relação

interpessoal com os colegas.

Evitar preconceitos e estigmatização. O grande desafio

do professor é entender a especificidade da doença,

assim como de cada aluno.

Realizar atividades educativas sobre a doença,

envolvendo os profissionais, família e comunidade.

Page 35: Você tem um aluno com Doença Falciforme em sua turma?

Socialização do escolar diante de suas peculiaridades pessoais.

Socialização do escolar diante de suas peculiaridades pessoais.

Participação ativa no tratamento, através de contato estreito com o hospital.

Disseminação de conhecimentos sobre a doença genética mais prevalente do Brasil.

Desafios do Professor e da Escola

Pessoas com DF

podem fazer

exercícios físicos, sob

orientação médica.

Page 36: Você tem um aluno com Doença Falciforme em sua turma?

Participação ativa no tratamento, através de contato estreito com o hospital.

Socialização do escolar diante de suas peculiaridades pessoais.

Participação ativa no tratamento, através de contato estreito com o hospital.

Disseminação de conhecimentos sobre a doença genética mais prevalente do Brasil.

Desafios do Professor e da Escola

A resolução no 41/1995 determinou a criação da Classe

Hospitalar, para o acompanhamento do currículo escolar,

durante a internação de crianças e adolescentes.

É importante a interlocução entre os profissionais das

classes escolares e os professores da rede de ensino.

O professor é um agente facilitador da promoção e da

proteção da saúde infanto-juvenil.

Page 37: Você tem um aluno com Doença Falciforme em sua turma?

Disseminação de conhecimentos sobre a doença genética mais prevalente do Brasil.

Socialização do escolar diante de suas peculiaridades pessoais.

Participação ativa no tratamento, através de contato estreito com o hospital.

Disseminação de conhecimentos sobre a doença genética mais prevalente do Brasil.

Desafios do Professor e da Escola

Nascem mais de 3.000 brasileiros a cada ano com a

Doença Falciforme, no país. Todos precisam conhecê-la.

A aliança hospital-escola auxilia no processo de

desconstruir “ideias de exclusão”. JUNTOS PODEMOS

FAZER A DIFERENÇA!

O Rio de Janeiro é o segundo Estado com maior incidência

do Brasil. Todos devemos compartilhar seus

conhecimentos.

Page 38: Você tem um aluno com Doença Falciforme em sua turma?

A criança com Doença

Falciforme (DF) é ativa e

participativa, como as demais

crianças, mas há muitas

coisas que você pode fazer

para ajudar a encorajar seu

aluno com Doença Falciforme.