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VOL. 3
Ficha técnica
Título: Caderno da Horta Biológica na Escola - Cascais - Volume 3 – Fichas de Atividades para o ProfessorVolume 1 - Objetivos e funcionamento Volume 2 - Fichas de Atividades para os Alunos
Autores: Miguel Maria Brito e Isabel de Maria MourãoEditora: EMAC - Empresa Municipal de Ambiente de CascaisComplexo Multisserviços, Estrada de Manique, 1830, Alcoitão, 2645-138 AlcabidecheColaboração: André Miguel, Andreia RijoRevisão científica: Maria Elvira FerreiraDesign e Paginação: Katia Lopes, Câmara Municipal de Cascais Ilustração: Katia Lopes, Câmara Municipal de Cascais 1ª edição, Cascais, janeiro, 2020ISBN: 978-989-33-0237-8
// 3
// 4
ÍNDICEFICHAS DE ATIVIDADES PARA O PROFESSOR
Atividade 1 - setembroPlantas e plano da hortaFertilização do solo para as culturas de outono-inverno
Atividade 2 – outubroPlantação das culturas de outono-inverno
Atividade 3 – novembroComo funcionam as plantasManutenção da horta
Atividade 4 – dezembroProdução biológicaQualidade dos alimentos
Atividade 5 – janeiroColheita das culturas de outono-invernoSementeira em viveiro
Atividade 6 – fevereiroSolo e compostagemFertilização do solo para as culturas de primavera-verão
Atividade 7 – marçoPlantação das culturas de primavera-verão
Atividade 8 – abrilManutenção da horta e do compostor
Atividade 9 – maioProteção contra pragas e doençasInício da colheita das culturas de primavera-verão
Atividade 10 – junhoColheita e inovação alimentar
Plano de trabalho no início do ano letivo e entre atividades
7 - 8
9 - 10
11 - 12
13 - 15
16 - 17
18 - 19
20 - 21
22 - 23
24 - 25
26 - 27
28 - 33
// 7
// OBJETIVOS
• Identificar e conhecer as características e a diversidade das culturas da horta: plantas
hortícolas, plantas aromáticas e medicinais e flores
comestíveis.
• Compreender o plano da horta escolar.
• Limpar e fertilizar o solo dos canteiros, com o composto e fertilizante orgânico, para as culturas
de outono-inverno.
// MATERIAIS E UTENSÍLIOS NECESSÁRIOS
• Adubo orgânico (rico em azoto, ≥ 3% de azoto) e composto bem maturado (produzido na escola ou adquirido)
• Balança • Caderno de Campo e Dossiê da Horta• Luvas• Pá• Sacho e ancinho
ATIVIDADE 1 - SETEMBRO
// EXECUÇÃO PRÁTICA
• Apresentar as Fichas de Atividades 1.1 a 1.3 (volume 2).• Limpar os canteiros e retirar restos de plantas, se necessário.• Representar o plano da Horta da Escola (ou de um canteiro).• Pesar e espalhar uniformemente o composto bem maturado na superfície do solo. Dose de aplicação: 3,0 kg/m2 de solo; para vasos - 1 parte de composto para 4 partes de solo/substrato (v/v).
• Pesar e espalhar uniformemente o adubo orgânico. Dose de aplicação: 0,5 kg/m2 de solo ou 40 g/vaso de 10 L.
• Incorporar no solo o composto, o adubo orgânico e os resíduos das culturas, nos primeiros 10-15 cm de profundidade (nunca menos de 2 semanas antes da plantação ou sementeira que decorre na Atividade 2 - outubro).
// PLANTAS E PLANO DA HORTA
// FERTILIZAÇÃO DO SOLO PARA AS CULTURAS DE
OUTONO-INVERNO
// 8
// SUGESTÕES DE ATIVIDADES PEDAGÓGICAS
PORTUGUÊS
• Descrição oral ou escrita das plantas que podem existir na horta e do plano da Horta Escolar.• Organização do Dossiê "A Nossa Horta Biológica", por turma, que pode incluir o plano da horta e das culturas do
canteiro atribuído e o respetivo Caderno de Campo.
• Montagem de um cartaz da Horta Biológica da Escola, onde cada turma coloca a informação relevante relacionada com o plano da horta, as culturas dos canteiros, as atividades, notícias sobre a horta, informação meteorológica,
fotografias, desenhos, etc.
• Planear a execução de Fichas das Culturas, com o nome científico, características botânicas e morfológicas, preferência de solo e clima, principais técnicas de produção e sua utilização. Estas fichas podem ser incluídas no
referido dossiê ou afixadas no cartaz da Horta Biológica da Escola (ver fichas das culturas em: Brito e Mourão
(2019), que consta na Bibliografia complementar do Volume 1 do Caderno da Horta Biológica na Escola.
• Organizar um álbum de fotografias das fases de desenvolvimento das plantas e das tarefas executadas, que pode ser digital ou físico, para uma exposição de final de ano.
MATEMÁTICA
• Representar o plano da Horta (ou de um canteiro), em papel quadriculado, com indicação das distâncias e comprimentos, a orientação geográfica, a localização do ponto de água e a acessibilidade.
• Efetuar o cálculo da quantidade de composto e de adubo orgânico necessária para a área atribuída a cada canteiro e à Horta, em função da dose de aplicação, da área e do número de canteiros, ou do número de vasos.
• Pesagem das quantidades de composto e de adubo orgânico necessárias.
CIÊNCIAS E ESTUDO DO MEIO
• Observar os movimentos do sol e as sombras que ele gera ao longo do dia no local da Horta Escolar. Em geral, a melhor orientação da horta é para o sul (para SE, o sol de manhã pode aquecer demasiado e secar as plantas
e para SW, o sol da tarde pode também ser muito forte). Com uma bússola descobrir a direção do Norte e dos
outros pontos cardeais.
• Descrever as vantagens ambientais da da Horta Biológica da Escola, incluindo, o contributo para aumentar o teor de oxigénio do ar (O2) e diminuir o dióxido de carbono (CO2) e, ainda, para a preservação da biodiversidade.
• Pesquisar características das diferentes culturas de outono-inverno, com base no seu nome científico, analisar as famílias, possibilidade de rotações de culturas e associações.
// 9
EXECUÇÃO PRÁTICA
• Apresentar as Fichas de Atividades 2.1 a 2.3 (volume 2).• Dar um nome ao canteiro atribuído a cada turma.• Plantar as culturas planeadas (ver o compasso de plantação no Quadro 2 do Volume 1 do Caderno da Horta
Biológica na Escola).
• Semear as culturas de ervilha-de-quebrar, ervilha e fava, se não existirem plantas de viveiro.• Colocar etiquetas com identificação da turma, da cultura, o nome científico das espécies e a data de plantação
ou sementeira.
• Marcar com uma fita colorida, três plantas da mesma cultura, que se localizem no centro do canteiro, para acompanhar o seu crescimento ao longo do tempo.
• Registar a altura ou diâmetro e o número de folhas das três plantas marcadas, no Caderno de Campo.• Colocar os tutores na cultura de ervilha-de-quebrar.• Regar as jovens plantas.
//
// OBJETIVOS
• Compreender o plano do canteiro e identificar as plantas de outono-inverno.
• Plantar e semear as culturas de outono-inverno, de acordo com o plano de rotação de culturas de
cada canteiro e de acordo com as características
descritas no Quadro 2 do Volume 1 do Caderno da
Horta Biológica na Escola.
// MATERIAIS E UTENSÍLIOS NECESSÁRIOS
• Caderno de Campo• Etiquetas e canetas• Fio de ráfia• Fita colorida (fita de embrulho vermelha)• Fita métrica ou régua• Jovens plantas produzidas em viveiro, prontas
a plantar e sementes de ervilha-de-quebrar,
ervilha e fava, quando se optar por semear estas
culturas diretamente no canteiro ou vaso e não por
transplantação de plantas produzidas em viveiro.
• Pá• Sistema de rega ou regador• Tutores: 15 canas de cerca de 1,5 m de comprimento
ATIVIDADE 2 - OUTUBRO
// PLANTAÇÃO DAS CULTURAS
DE OUTONO-INVERNO
// 10
Nota sobre as culturas de ervilha
• Para as culturas de ervilha, normalmente, as cultivares (cv.) de ervilha-de-quebrar são “de
trepar”, também designadas por cv. de palha média
ou alta, e as cv. de ervilha (de grão) são de baixa
altura, ou cv. rasteiras ou de palha baixa (Mourão e
Brito, 2015). No entanto há variações nas diferentes
cultivares, que estão indicadas nas embalagens das
sementes.
• As plantas trepam através do enrolamento do caule no tutor, que pode ser um fio, uma rede de
suporte de plantas (rede de tutoragem com uma
malha de 20 x 20 cm), ou canas. Na Horta Escolar
é adequado utilizar canas com cerca de 1,5 m de
comprimento.
• As cv. de ervilha “de trepar” são plantas indeterminadas, que possuem caules modificados –
as gavinhas – que facilitam o enrolamento da planta
ao tutor. No início, se necessário, pode-se atar a
planta ao tutor com um fio de ráfia ou outro.
// SUGESTÕES DE ATIVIDADES PEDAGÓGICAS
PORTUGUÊS
• Descrição oral ou escrita das culturas que irão fazer
parte do canteiro atribuído a cada turma, na época
de outono-inverno.
• Descrição oral ou escrita do processo de plantação (cultura, compasso de plantação/sementeira,
cuidados na colocação das plantas no solo).
• Elaboração do Dicionário da Horta, que pode incluir: > "Palavra"> "o que significa"> "onde é usado"> "outros nomes" e um desenho ou fotografia
MATEMÁTICA
• Medição da distância entre plantas (Quadro 2 do Volume 1 do Caderno da Horta Biológica na Escola)
com uma fita métrica ou régua. Pode-se também
marcar a distância entre plantas com a ajuda de um
pau ou cana do mesmo tamanho que essa distância.
• Operações com o compasso (distância entre linhas X distância entre plantas na linha) e com a área
atribuída a cada turma, para calcular o número total
de plantas em cada canteiro.
• Contagens.
CIÊNCIAS E ESTUDO DO MEIO
• Utilizar os sentidos para identificar as plantas que se irão produzir na horta escolar.
Reunir pelo menos 10 produtos hortícolas e
distribuí-los em cinco estações: a estação de visão,
do paladar, da audição, do tato e do olfato. O
objetivo é identificar os produtos usando o sentido
correspondente:
> Visão: ervilha ou couve;
> Paladar (tapar o nariz e os olhos e não tocar): tomate e pepino
(pequeno pedaço espetado num palito).
Variante: utilizar folhas frescas de Stevia que é muito
doce;
> Audição (tapar o nariz e os olhos e não tocar): feijão seco (a cair da mão para uma
tigela) e cebola (retirar as cascas secas de
uma cebola com várias camadas);
> Olfato (tapar os olhos e não tocar): salsa, fava;
> Tato (tapar o nariz e os olhos): brócolo, alface.
• Identificar qual o sentido que mais e menos se utiliza, para distinguir os produtos
hortícolas.
• Solicitar aos alunos que sugiram adjetivos que possam descrever as qualidades sensoriais dos
alimentos, por exemplo:
> Visão: cor, brilho, tamanho, forma > Paladar: doce, azedo, salgado, amargo> Audição: crocante, estaladiço, desidratado> Olfato: fresco, adocicado, intenso, agradável> Tato: firme, mole, macio, rugoso
• Classificar diversos produtos hortícolas numa experiência de degustação.
// 11
// COMO FUNCIONAM AS PLANTAS
// MANUTENÇÃO DA HORTA
// OBJETIVOS
• Identificar e compreender as condições necessárias à vida das plantas - seres vivos do Reino Vegetal - respiração (energia) e fotossíntese (radiação solar, dióxido de carbono, nutrientes minerais e água).
• Compreender a importância das plantas que sustentam todos os outros seres vivos, incluindo o Homem, estando na base das cadeias alimentares dos ecossistemas terrestres.
• Identificar e compreender o ciclo de vida das plantas.
• Conhecer e compreender operações de manutenção da horta - controlo das plantas infestantes e rega.
• Compreender as vantagens de cobrir o solo com palha, no controlo de plantas infestantes, diminuição do impacto da chuva e contribuição para a matéria orgânica do solo, após decomposição.
// MATERIAIS E UTENSÍLIOS NECESSÁRIOS
• Caderno de Campo
• Fio de ráfia
• Fita métrica ou régua
• Palha
• Sacho
// EXECUÇÃO PRÁTICA
• Apresentar as Fichas de Atividades 3.1 a 3.5 (volume 2).• Identificar a fase do ciclo de vida das culturas na horta e observar o seu estado sanitário.• Verificar os tutores na cultura de ervilha.• Eliminar as partes doentes das plantas, retirar as plantas infestantes e regar os canteiros.• Cobrir o solo dos canteiros com uma fina camada de palha (empalhamento).• Registar no Caderno de Campo a altura ou diâmetro e o número de folhas das três plantas marcadas, em cada
canteiro - 1 mês após a plantação.
ATIVIDADE 3 - NOVEMBRO
// 12
// SUGESTÕES DE ATIVIDADES PEDAGÓGICAS
PORTUGUÊS
• Descrição oral ou escrita do funcionamento das plantas (respiração e fotossíntese).
• Descrição oral ou escrita da transformação da flor em fruto.
• Descrição oral ou escrita das vantagens de se colocar palha a cobrir o solo do canteiro (evitar o crescimento das plantas infestantes; diminuir o impacto da chuva; diminuir a evaporação de água do solo e também contribui para aumentar a matéria orgânica do solo, após decomposição).
CIÊNCIAS E ESTUDO DO MEIO
• Colocar uma planta em dois vasos e cobrir um dos vasos com um material escuro que não permita a entrada de luz (cubo de cartolina ou pano) e regar normalmente ambas as plantas. > Observar o que acontece à planta que não recebe luz, em comparação com a que recebeu. Explicar a importância da luz solar e a sua função.
• Realizar uma experiência semelhante para o elemento água, mas com três vasos: sem água, rega normal e o triplo da rega normal (provocar encharcamento).
> Observar o que acontece quando as plantas não recebem água, que é o meio de transporte dos nutrientes das raízes para as folhas e mantém as plantas eretas (por pressão hidráulica). Explicar a importância da água e as suas funções.
> Observar o que acontece quando as plantas recebem excesso de água que não permite a existência de ar no solo. Sem oxigénio, as raízes não respiram e apodrecem.
• Variante: realizar as experiências anteriores a partir da germinação de sementes, com quatro boiões de iogurte e 5 sementes da mesma espécie (ex. feijão ou outra) em cada boião, colocadas em algodão.
> No boião 1: humedecer o algodão e sempre que secar acrescentar água apenas para o manter humedecido, sem excesso de água, colocar à temperatura ambiente com luz;
> No boião 2: igual ao 1 mas sem luz, tapado com papel de alumínio;
> No boião 3: igual ao 1 mas com o algodão seco, sem se adicionar água;
> No boião 4: igual ao 1 mas humedecer o algodão com excesso de água, mantendo-o algodão sempre encharcado.
> Registar as previsões dos resultados, observar diariamente e registar as observações num quadro.
Comparar os resultados obtidos entre grupos de
alunos.
• Comparar e classificar as plantas segundo a sua parte comestível (por intermédio de desenhos, imagens
das plantas, ou registando num painel):
> Raiz - batata-doce, cenoura, nabo, rabanete;> Caule - aipo, couve-penca, salsa;> Folhas - acelga, alface, couves, espinafre, manjericão;> Flor - amor-perfeito, brócolo, calêndula, grelos; > Fruto - curgete, ervilha-de-quebrar, feijão-verde,
pepino, tomate;
> Semente - abóbora, ervilha, fava, feijão.> Estruturas especiais: > Tubérculo (caule subterrâneo) - batata;> Bolbo (bainha das folhas) - cebola, alho.
• Desenhar o ciclo de vida das plantas (germinação da semente, fase vegetativa, fase reprodutiva e
senescência).
• Relacionar os recursos naturais solo, água, ar e biodiversidade, com a fotossíntese e respiração das
plantas e das algas (produtores), que estão na base
de todas as cadeias alimentares (Brito e Mourão,
2019).
> Os produtores sustentam a vida do Homem e de todos os outros seres vivos, animais e micróbios
(consumidores).
> Desenhar diferentes pirâmides/teias alimentares do Homem, de ecossistemas terrestres e aquáticos.
// 13
// PRODUÇÃO BIOLÓGICA
// QUALIDADE DOS ALIMENTOS
ATIVIDADE 4 - DEZEMBRO
// OBJETIVOS
• Compreender a importância da agricultura biológica (AB) para a saúde das pessoas, para o
ambiente e qualidade do solo, para a preservação
da biodiversidade e para a mitigação das alterações
climáticas.
• Compreender as principais regras da AB e as vantagens da rotação de culturas.
• Compreender a importância das plantas da horta na alimentação e na saúde das pessoas (Roda dos
Alimentos).
• Distinguir os atributos de qualidade dos alimentos (nutrientes, sabor, aroma, cor, aspeto; sem resíduos
químicos, ‘fruta feia’).
• Identificar e prevenir o desperdício dos alimentos, que pode ser de mais de 30% dos alimentos que se
produzem em todo o Mundo.
// MATERIAIS E UTENSÍLIOS NECESSÁRIOS
• Caderno de Campo
• Fita métrica ou régua
• Sacho
// EXECUÇÃO PRÁTICA
• Apresentar as Fichas de Atividades 4.1 a 4.6 (volume 2).• Identificar a fase do ciclo de vida das culturas na horta e observar o seu estado sanitário.• Registar no Caderno de Campo a altura ou diâmetro e o número de folhas das três plantas marcadas, em cada
canteiro - 2 meses após a plantação.
• Verificar os tutores na cultura de ervilha.• Eliminar as partes doentes das plantas, retirar as plantas infestantes e regar os canteiros.
// 14
Agricultura convencionalAgricultura biológica
Tecnologia
- Fertilização orgânica.- Compostagem.- Rotação e consociação de culturas.- Controlo das pragas e doenças com medidas preventivas e pesticidas naturais.
- Fertilização com adubos minerais de síntese.- Controlo das pragas e doenças com pesticidas químicos de síntese.
- Riscos de poluição do solo e da água.- Contribui para o aumento das emissões de CO2, entre outras razões, devido à produção em fábricas e ao transporte dos pesticidas e adubos minerais de síntese, em todo o mundo.
- Não polui o solo e a água subterrânea e dos rios com resíduos químicos nocivos.- Contribui para diminuir a emissão de dióxido de carbono (CO2), que aumenta o efeito de estufa da atmosfera, provocando o aquecimento da Terra.
- Os alimentos biológicos não contêm resíduos de produtos químicos de síntese.
- Aumenta a fertilidade dos solos devido à maior aplicação de matéria orgânica.
- Mantém locais de abrigo e de alimentação para muitos seres vivos.- Os pesticidas naturais são menos prejudiciais para os seres vivos.
Alguns pesticidas matam abelhas e outros seres vivos que têm um papel essencial na natureza, como por exemplo, a polinização.
- Riscos da presença de resíduos químicos nos alimentos, que podem provocar doenças nas pessoas e nos animais.
- Contribui para solos com baixa fertilidade.
Ambiente
saúde
Qualidade do solo
Preservação da biodiversidade
// SUGESTÕES DE ATIVIDADES PEDAGÓGICAS
PORTUGUÊS
• Interação discursiva sobre as diferenças entre a agricultura biológica e a agricultura convencional e
dramatização.
// Atores:• culturas hortícolas (2-3 alunos); • piolhos (3-4 alunos); • pesticida sintético (1 aluno); • o Homem (1-2 alunos); • joaninhas (1-2 alunos); • plantas auxiliares (2-3 alunos); • biopesticidas (1-2 alunos) e• narrador (professor ou 1 aluno mais velho).
// Ação: (a) as culturas hortícolas estão doentes devido ao ataque da praga de piolhos (mostram sintomas de
murchidão e comichão); (b) primeiro, o tratamento é
realizado com pesticida sintético, os piolhos morrem
(caem para o chão), as plantas ficam saudáveis
(sem sintomas), mas podem ocorrer consequências
negativas para a saúde do Homem (que demonstra
dores de barriga) se este comer resíduos do pesticida;
(c) em alternativa, as joaninhas aparecem, comem
os piolhos e as plantas ficam saudáveis e o Homem
também; (d) podem também existir plantas auxiliares
(que rodeiam as culturas hortícolas), que repelem
os piolhos obrigando-os a fugir, as plantas ficam
saudáveis e o Homem também; (e) se o número de
piolhos for muito elevado ou se as joaninhas não forem
suficientes e não existirem plantas repelentes nas
proximidades das culturas hortícolas, pode-se matar
os piolhos com biopesticidas de origem natural, como
o sabão azul e branco e o extrato de alho e cebola, os
piolhos morrem (caem para o chão), as plantas ficam
saudáveis e o Homem também.
• Descrição oral ou escrita sobre a importância dos produtos da horta na nossa alimentação e sobre a
qualidade dos alimentos biológicos. “Somos aquilo
que comemos”, salientar a importância de uma
alimentação saudável.
• Interação discursiva sobre a qualidade dos alimentos vs o significado de “fruta feia”, por exemplo. A fruta
pode ser "feia", por não ser grande ou brilhante,
ou por ter pequenas cicatrizes ou manchas, mas
pode manter uma boa qualidade organolética e ser
saudável, se não tiver resíduos de produtos químicos
nocivos à saúde.
• Interação discursiva sobre o valor dos alimentos vs o desperdício alimentar de que somos responsáveis.
// 15
MATEMÁTICA
• Calcular as médias da altura ou diâmetro e/ou do número de folhas, das 3 plantas marcadas em cada cultura.• Desenhar um gráfico (em papel milimétrico) da altura ou diâmetro e/ou do número de folhas ao longo do tempo,
desde a plantação até dois meses após a plantação, que permite estimar a curva de crescimento das plantas.
• Calcular taxas de crescimento das plantas (aumento da altura, diâmetro ou número de folhas, num determinado intervalo de tempo). Comparar as taxas de crescimento após a plantação, nos períodos seguintes de 15 em 15 dias
e até dois meses após a plantação.
CIÊNCIAS E ESTUDO DO MEIO
• Compreender o papel dos gases de efeito de estufa (CO2, N2O, CH4) no aumento da temperatura global da Terra e as medidas que podem ser tomadas para minimizar as emissões antropogénicas destes gases.
• Compreender as vantagens para o ambiente e para a saúde das pessoas da agricultura biológica em comparação com a agricultura convencional.
• Desenhar as plantas hortícolas por Famílias e relacionar com a rotação de culturas e as suas vantagens.• Retirar cuidadosamente do solo as raizes de uma planta da Família das Fabáceas (que se designavam por
Leguminosas) para observar os nódulos que existem nas raízes e que alojam as bactérias do género Rhizobium
spp.. Nesta relação de simbiose, as plantas leguminosas recebem o nutriente azoto, proveniente do azoto do ar
(N2) que as bactérias fixam e, em troca, estas recebem alimento.
• Os produtos hortícolas são pobres em calorias, mas fornecem substâncias necessárias para o bom funcionamento do organismo como água, fibras, vitaminas, minerais e fitoquímicos (compostos antioxidantes que combatem
os radicais livres). Associar as cores dos produtos hortícolas, à sua composição nutricional, nomeadamente aos
pigmentos que lhes conferem a cor e que fazem bem à saúde.
O pigmento pode-se transformar em vitamina A caso o organismo precise. Fortalece o sistema imunitário, ajuda na prevenção de doenças cardíacas e de alguns tipos do cancro, promove a melhoria da visão e uma pele saudável
Auxilia na prevenção de alguns tipos do cancro e do envelhecimento. Fortalece o sistema imunitário e ajuda na prevenção de doenças cardiovasculares
Ajuda na redução do colesterol, na prevenção de alguns tipos do cancro e de doenças cardiovasculares, pois melhora o sistema circulatório. Atua na preservação da memória
Fortalece o sistema imunitário e o sistema circulatório, ajuda nas doenças associadas ao envelhecimento e na redução do colesterol
Cores Pigmento Hortícolas
Licopenovermelho
Antocianinaroxo, azulado Beterraba, beringela
Tomate, pimentão, melancia
BetacarotenoCenoura, abóbora, brócolo, couves, espinafre, chicória
Amarelo, alaranjado, verde-escuro
Antoxantinabranco Cebola, alho, couve-flor
Benefícios na saúde
// 16
// COLHEITA DAS CULTURAS DE OUTONO-INVERNO
// SEMENTEIRA EM VIVEIRO
ATIVIDADE 5 - JANEIRO
// OBJETIVOS
• Iniciar a colheita das culturas de outono-inverno.• Identificar e conhecer as características das
sementes de plantas hortícolas, plantas aromáticas
e medicinais e flores comestíveis.
• Identificar os materiais para a sementeira em viveiro: tabuleiros de alvéolos, substrato de
germinação, vermiculite e etiquetas.
• Semear em tabuleiros de alvéolos.• Compreender os cuidados de manutenção das
plantas no viveiro – luz solar, água e temperatura.
// MATERIAIS E UTENSÍLIOS NECESSÁRIOS
• Borrifador.• Caderno de Campo.• Coleção de sementes de diferentes tamanhos, cores
e formas.
• Etiquetas e canetas.• Prateleiras para o viveiro, se necessário.• Sementes de alface, espinafre, salsa, coentro ou
outras.
• Substrato de germinação e vermiculite.• Tabuleiro de 24 alvéolos, por turma (ou boiões de
iogurte e/ou rolos interiores de papel higiénico).
• Tabuleiros ou baldes.• Tesouras.
// EXECUÇÃO PRÁTICA
• Apresentar as Fichas de Atividades 5.1 a 5.4 (volume 2).• Colher as culturas da horta.• Registar no Caderno de Campo o número e o peso dos produtos que se colheram nas três plantas marcadas, em
cada canteiro.
• Transportar os produtos colhidos para um local fresco ou para o frigorífico.• Semear um tabuleiro (de por exemplo 24 alvéolos) em cada turma, com espécies como a alface, espinafre, salsa,
coentro ou outras. Em alternativa aos tabuleiros, podem-se utilizar boiões de iogurte furados em baixo ou rolos
interiores de papel higiénico.
• Colocar as etiquetas com identificação da turma, da cultura, o nome científico das espécies e a data de sementeira.
• Colocar os tabuleiros em local abrigado e com luz solar direta.• Regar os tabuleiros com um borrifador.
// 17
Nota: a plantação das culturas de primavera/verão, em março, não poderá estar dependente do sucesso do viveiro na escola. Por este motivo, todas as plantas necessárias devem estar encomendadas e, caso as plantas semeadas
no viveiro da escola estejam em boas condições para serem transplantadas, devem ser preferidas.
// SUGESTÕES DE ATIVIDADES PEDAGÓGICAS
PORTUGUÊS
• Descrição oral ou escrita dos cuidados a ter com as plantas antes de germinarem e depois da germinação.
MATEMÁTICA
• Contagem de sementes e de alvéolos dos tabuleiros.• Pesagem dos produtos da horta.
CIÊNCIAS E ESTUDO DO MEIO
• Num copo de plástico ou boião de iogurte, colocar substrato e uma semente de fava a germinar. Ao fim de cerca de 15-20 dias, retirar a planta com cuidado e lavar as raízes com água. Observar, desenhar e legendar.
• Criar uma coleção de sementes de espécies hortícolas e outras, em frascos de vidro ou de plástico transparente, que podem ser reutilizados. Comparar e classificar as sementes por tamanho, cor e/ou forma.
• Caso esteja disponível equipamento de medição das condições atmosféricas, um termómetro de máximas e de mínimas e um pluviómetro (Figura 1 do volume 1), os alunos poderão anotar os elementos básicos: nebulosidade,
temperatura máxima e mínima do ar e precipitação e calcular a temperatura média do ar (ver ponto 2.2. Registo
das condições meteorológicas, no Volume 1). Este registo poderá ficar da responsabilidade de um pequeno grupo
de alunos, rotativamente, e ser afixado posteriormente no cartaz da Horta Biológica da Escola.
• Fazer gráficos, de barras para a precipitação e de linhas para a temperatura média do ar, em função do tempo (para uma semana, um mês ou para o período de crescimento das culturas da horta).
// 18
// SOLO E COMPOSTAGEM
// FERTILIZAÇÃO DO SOLO PARA AS CULTURAS
DE PRIMAVERA-VERÃO
ATIVIDADE 6 - FEVEREIRO
// MATERIAIS E UTENSÍLIOS NECESSÁRIOS
• Adubo orgânico (rico em azoto, ≥ 3% de azoto) e composto bem maturado (produzido na escola ou adquirido)• Balança• Caderno de Campo• Luvas• Pá• Sacho e ancinho• Tabuleiros ou baldes• Tesouras• Para a compostagem:> resíduos orgânicos domésticos recolhidos nas semanas anteriores> palha
// EXECUÇÃO PRÁTICA
• Apresentar as Fichas de Atividades 6.1 a 6.5 (volume 2).• Colher os últimos produtos da horta.• Limpar os canteiros e retirar restos de plantas se necessário.• Pesar e espalhar uniformemente o composto bem maturado na superfície do solo.> Dose de aplicação: > 3,0 kg/m2 de solo; para vasos - 1 parte de composto para 4 partes de solo/substrato (v/v)• Pesar e espalhar uniformemente o adubo orgânico. > Dose de aplicação: > 0,5 kg/m2 de solo ou 40 g/vaso de 10 L• Incorporar no solo o composto, o adubo orgânico e os resíduos das culturas, nos primeiros 10-15 cm de profundidade
(nunca menos de 2 semanas antes da plantação que decorre na Atividade 7 - março).
• Realizar o enchimento do compostor com os resíduos orgânicos domésticos em camadas alternadas com palha e regar.
• No viveiro: acertar as plantas nos tabuleiros para deixar apenas uma em cada alvéolo, cortando as restantes plantas que tenham germinado, com uma tesoura.
// OBJETIVOS
• Identificar e compreender os constituintes do solo: componentes minerais, matéria orgânica,
microrganismos e outros seres vivos, ar e água.
• Compreender o processo de compostagem de resíduos orgânicos (decomposição) e a sua
transformação em composto (fertilizante orgânico
que fornecerá nutrientes minerais às plantas), em
condições adequadas de arejamento e humidade
(Brito, 2017).
• Fertilizar o solo dos canteiros com o composto e fertilizante orgânico.
// 19
Decomposição(decompositores)
Fotossíntese(plantas e algas)
Nutrientes mineraisMatéria orgânica
// SUGESTÃO DE ATIVIDADES PEDAGÓGICAS
PORTUGUÊS
• Descrição oral ou escrita sobre a importância do solo para a vida no planeta Terra (Mourão e Brito, 2015).• Descrição oral ou escrita sobre a importância da separação do lixo doméstico orgânico.• Ordenar e classificar fotografias ou imagens do processo desde a sementeira/plantação até à colheita, de acordo
com a fase que representam. Podem ser legendadas e coladas num álbum.
MATEMÁTICA
• Efetuar o cálculo da quantidade de composto e de adubo orgânico necessária para a área atribuída a cada canteiro e à Horta Escolar, em função da dose de aplicação, da área e do número de canteiros, ou do número de vasos.
• Pesagem das quantidades de composto e de adubo orgânico necessárias.• Pesagem dos produtos da horta.
CIÊNCIAS E ESTUDO DO MEIO
• Desenhar e legendar os constituintes do solo.
• Realizar uma experiência sobre a granulometria dos constituintes do solo que influenciam o arejamento e permeabilidade do solo. Reunir 2-4 amostras de diferentes tipos de solo (argiloso, arenoso, com mais ou menos
matéria orgânica) e colocar cada solo num frasco de vidro largo e alto, até cerca de metade da sua capacidade.
Encher com água, tapar o frasco, agitar vigorosamente e deixar o frasco em repouso durante algumas horas.
> Observar as diferentes camadas que se formaram em cada um dos tipos de solo. Explicar a sequência de materiais de acordo com a sua granulometria e a sua proporção. Os materiais mais grosseiros como as areias, depositam-se
no fundo, em seguida os de tamanho médio (limo) e, na zona superior, as partículas de argila, mais finas.
> Comparar os resultados obtidos entre grupos de alunos com diferentes tipos de solo.> Observar se existem restos flutuantes e tentar identificá-los. Normalmente correspondem a matéria orgânica
(pedaços de folhas ou ramos, pequenos animais, etc.).
> Desenhar o resultado da experiência e legendar.
• Desenhar e legendar as camadas de matéria orgânica que se colocam no compostor.• Desenhar e legendar o ciclo da compostagem.• Desenhar e legendar o ciclo entre a matéria orgânica e os nutrientes minerais.
// 20
ATIVIDADE 7 - MARÇO
// PLANTAÇÃO DAS CULTURAS
DE PRIMAVERA-VERÃO
// OBJETIVOS
• Compreender o plano do canteiro e identificar as
plantas de primavera-verão.
• Plantar as culturas de primavera-verão, de
acordo com o plano de rotação de culturas de
cada canteiro e de acordo com as características
descritas no Quadro 3 do Volume 1 do Caderno da
Horta Biológica na Escola.
• Compreender as vantagens de cobrir o solo com palha, não apenas no controlo de plantas
infestantes e de incorporação de matéria orgânica,
mas também na diminuição da evaporação de água
do solo.
// MATERIAIS E UTENSÍLIOS NECESSÁRIOS
• Caderno de Campo• Etiquetas e canetas• Fio de ráfia• Fita colorida (fita de embrulho vermelha)• Fita métrica ou régua• Jovens plantas prontas a plantar e batata semente• Pá• Palha• Sistema de rega ou regador• Tutores: 15 canas de cerca de 1,5 m de comprimento
// EXECUÇÃO PRÁTICA
• Apresentar as Fichas de Atividades 7.1 a 7.3 (volume 2).• Plantar as culturas planeadas (ver o compasso de plantação no Quadro 3 do Volume 1 do Caderno da Horta
Biológica na Escola).
• Colocar etiquetas com identificação da turma, da cultura, o nome científico das espécies e a data de plantação.• Marcar com uma fita colorida, três plantas da mesma cultura que se localizem no centro do canteiro, para
acompanhar o seu crescimento ao longo do tempo.
• Registar no Caderno de Campo a altura ou diâmetro e o número de folhas das três plantas marcadas, em cada canteiro (à plantação).
• Colocar os tutores nas culturas de tomate e pepino e atar o caule ao tutor, com fio de ráfia ou outro.• Cobrir o solo dos canteiros com uma fina camada de palha (empalhamento).• Regar as plantas.
// 21
// SUGESTÃO DE ATIVIDADES PEDAGÓGICAS
PORTUGUÊS
• Descrição oral ou escrita das culturas que fazem parte do canteiro atribuído à turma, na época de primavera-verão.
MATEMÁTICA
• Medição da distância entre plantas (Quadro 3 do Volume 1 do Caderno da Horta Biológica na Escola) com uma fita métrica ou régua. Pode-se também marcar a distância entre plantas com a ajuda de um pau ou cana do mesmo
tamanho que essa distância.
• Operações com o compasso (distância entre linhas x distância entre plantas na linha) e com a área atribuída a cada turma, para calcular o número total de plantas em cada canteiro.
• Contagens.
CIÊNCIAS E ESTUDO DO MEIO
• Descrever a origem da água, a sua importância para as plantas e a reduzida quantidade de água em Portugal e no Mundo. Considerar que cada País consome mais de 70% da sua água na rega para a produção de alimentos, 20%
é utilizada na indústria e 10% nas cidades e zonas urbanas. Dia Mundial da Água: 22 de março.
• Colher folhas de plantas na Horta Escolar e nas imediações, com as quais se pode organizar um herbário. Comparar e classificar essas folhas de acordo com o facto de serem simples ou compostas e com outros critérios como
(Guertin et al., 2015):
> A folha tem um pecíolo ou não (é séssil);> A forma do limbo da folha é: arredondada, oval ou linear;> A forma da base da folha é: em forma de coração ou quadrado;> O formato do ápice da folha é: com ou sem uma ponta afiada;> O tipo de margem da folha é: dentada, serrada, ondulada ou pontiaguda;> As nervuras são: paralelas ou ramificadas;> A superfície da folha é: suave, áspera, com ou sem pelos. Se tem, os pelos são rígidos e ásperos ou emaranhados,
são poucos ou muitos, existem na página superior ou inferior da folha ou nas duas.
FOLHAS SIMPLES Folhas compostas
// 22
ATIVIDADE 8 - ABRIL
// MANUTENÇÃO DA HORTA E DO COMPOSTOR
// OBJETIVOS
• Conhecer e compreender as principais técnicas culturais durante o crescimento de algumas
culturas, como o tutoramento nas culturas de
tomate e pepino, a poda do tomateiro, a desfolha
em tomate, pepino e curgete e a amontoa na
batateira.
• Avaliar o processo de compostagem (estado dos resíduos, arejamento, humidade e odores).
// MATERIAIS E UTENSÍLIOS NECESSÁRIOS
• Caderno de Campo• Fio de ráfia ou outro• Fita métrica ou régua• Sacho e pá• Tesoura
// EXECUÇÃO PRÁTICA
• Apresentar a Ficha de Atividades 8.1 e 8.2 (volume 2).• Identificar a fase do ciclo de vida das culturas e observar o seu estado sanitário.• Registar no Caderno de Campo a altura ou diâmetro e o número de folhas das três plantas marcadas, em cada
canteiro (1 mês após a plantação).• Verificar os tutores nas culturas de tomate e pepino e atar o caule ao tutor, com fio de ráfia ou outro.• Eliminar as partes doentes das plantas, retirar as plantas infestantes e regar os canteiros.• Avaliar o processo de compostagem: humidade e odores. Se necessário, juntar materiais, revolver e/ou regar o
compostor.
// 23
// SUGESTÃO DE ATIVIDADES PEDAGÓGICAS
PORTUGUÊS
• Descrição oral ou escrita das técnicas realizadas nas culturas do canteiro atribuído à turma.• Interação discursiva sobre a definição de plantas infestantes (plantas que estão onde não as queremos) e sobre
a designação, também usual, de “ervas daninhas”, que é depreciativa, considerando que todas as plantas têm a sua utilidade.
MATEMÁTICA
• Se a rega for efetuada com um regador: contar o número de regadores utilizados para uma rega do canteiro, e calcular o volume de água utilizada.
• Contagem do número de espécies de plantas infestantes encontradas e do número de plantas por espécie.
CIÊNCIAS E ESTUDO DO MEIO
• Colocar uma planta de alface (ou outra) num vaso, regar abundantemente e cobrir a planta com um saco de plástico transparente atado no vaso. Em seguida, colocar o vaso ao sol por algumas horas. Observar as pequenas gotas de água que se formaram dentro do plástico. Explicar o percurso da água que a planta absorveu através das raízes e se evaporou através dos estomas (transpiração), tendo-se condensado na superfície interna do plástico, tal como a água que se evaporou da superficie da terra do vaso.
// 24
ATIVIDADE 9 - MAIO
// PROTEÇÃO CONTRA PRAGAS E DOENÇAS
// INÍCIO DA COLHEITA DAS CULTURAS
DE PRIMAVERA-VERÃO
// OBJETIVOS
• Conhecer as principais pragas e doenças das culturas, por exemplo, caracóis, lagartas, míldio e podridões, e os métodos de controlo aceites em produção biológica.
• Identificar alguns insetos e compreender a importância dos insetos auxiliares na proteção das culturas (ex. joaninhas que comem os afídios ou piolhos).
• Observar agentes patogénicos e insetos auxiliares que possam ter aparecido.
• Compreender os métodos de colheita adequados a cada cultura.
// MATERIAIS E UTENSÍLIOS NECESSÁRIOS
• Caderno de Campo• Fio de ráfia ou outro• Fita métrica ou régua• Lupas
• Sacho
• Tabuleiros ou baldes
• Tesouras
// EXECUÇÃO PRÁTICA
• Apresentar as Fichas de Atividades 9.1 a 9.7 (volume 2).
• Observar o estado sanitário das plantas e localizar, com lupas, agentes patogénicos que possam ter aparecido
nas páginas superiores e inferiores das folhas, como caracóis, ovos de insetos, micélio de fungos, etc, e insetos
auxiliares como joaninhas.
• Registar no Caderno de Campo a altura ou diâmetro e o número de folhas das três plantas marcadas, em cada
canteiro (2 meses após a plantação).
• Manutenção da horta: verificar os tutores, podar os tomateiros, amontoar as batateiras, eliminar as partes
doentes das plantas, retirar as plantas infestantes, regar os canteiros e o compostor se necessário.
• Iniciar a colheita dos produtos da horta.
• Registar no Caderno de Campo o número e o peso dos produtos que se colheram nas três plantas marcadas, em
cada canteiro.
• Transportar os produtos colhidos para um local fresco ou para o frigorífico.
// 25
CIÊNCIAS E ESTUDO DO MEIO
• Observar e registar os animais encontrados na Horta, identificar se são ou não insetos (os insetos têm 6 patas, 3 pares) e classificar por tamanho (Coutinho, 2007). Não são insetos as aranhas, porque têm 4 pares de patas; as centopeias, porque têm muitas patas e os caracóis porque só têm um "pé".
• Elaborar fichas sobre os animais encontrados, incluindo: o nome, desenho ou fotografia, relacionamento com as plantas (benéfico ou nocivo), o que comem, os seus predadores ou as suas presas.
• Desenhar a constituição do corpo dos insetos, dividido em cabeça, tórax e abdómen; um par de antenas, olhos compostos, três pares de patas localizadas no tórax, um ou dois pares de asas, ou sem asas.
• Desenhar o ciclo de vida dos insetos auxiliares predadores, joaninha e mosca-das-flores – Sirfídeo.
• Comparar a função de predação entre a joaninha e a mosca-das-flores, e sublinhar a dupla função desta última, como polinizadora na fase adulta.
Em caso de ameaça comprovada, utilizar na Horta Escolar apenas produtos fitofarmacêuticos autorizados em agricultura biológica, como por exemplo: Calda bordalesa contra o míldio; Enxofre contra o oídio; Sabão azul e branco contra os piolhos; Extrato de alho e cebola contra fungos e repelente de piolhos e lagartas; Bacillus thuringiensis (Turex ou Dipel) contra as lagartas de insetos da ordem Lepidóptera; Ferramol (fosfato férrico) contra lesmas e caracóis.Para pulverizar os biopesticidas tem de se usar sempre luvas e máscara.
// SUGESTÃO DE ATIVIDADES PEDAGÓGICAS
PORTUGUÊS
• Interação discursiva sobre as diferenças entre os seres vivos que causam as pragas e os que causam doenças nas plantas e sobre a importância das medidas preventivas na proteção das culturas.
• Descrição oral ou escrita sobre as razões da camuflagem da mosca-das-flores – Sirfídeo (assemelha-se a uma abelha para se proteger dos seus predadores que, naturalmente, evitam as abelhas).
• Descrição oral ou escrita sobre as vantagens de utilização de biopesticidas (como preparados à base de sabão e extratos de plantas) na agricultura biológica, em vez de pesticidas de síntese, utilizados na agricultura convencional.
MATEMÁTICA
• Calcular as médias da altura ou diâmetro e/ou do número de folhas, das 3 plantas marcadas em cada cultura.
• Desenhar um gráfico da altura ou diâmetro e/ou do número de folhas ao longo do tempo, desde a plantação até dois meses após a plantação, que permite estimar a curva de crescimento das plantas (em papel milimétrico).
• Calcular taxas de crescimento das plantas (aumento da altura, diâmetro ou número de folhas, num determinado intervalo de tempo). Comparar as taxas de crescimento após a plantação, nos períodos seguintes de 15 em 15 dias e até dois meses após a plantação.
• Pesagem dos produtos da horta.
cabeça
abdómen
tórax
// 26
ATIVIDADE 10 - JUNHO
// COLHEITA E INOVAÇÃO ALIMENTAR
// MATERIAIS E UTENSÍLIOS NECESSÁRIOS
• Caderno de Campo• Fio de ráfia ou outro• Sacho• Tabuleiros ou baldes• Tesouras
• Saladas e flores comestíveis para a degustação:> plantas colhidas na horta (alface, acelga, tomate
cereja, orégão, hortelã-pimenta, coentro, etc.);
> flores comestíveis (calêndula, amor-perfeito, petúnia, cravo-túnico, coentro, flores da família das Cucurbitáceas, ou outras);
> tostas pequenas e queijo fresco;> pratos, copos, saladeiras, talheres, facas,
guardanapos;
> infusão fria de hortelã-pimenta (preparada antecipadamente).
// OBJETIVOS
• Colheita dos produtos da horta. • Identificar as múltiplas utilizações das plantas
aromáticas e medicinais (PAM) frescas ou secas (condimentares, infusões, etc.).
• Compreender e apreciar diferentes cheiros, sabores, texturas e cores dos alimentos da horta.
• Preparar saladas e/ou entradas com as plantas da horta e flores comestíveis (Brito e Mourão, 2019).
// EXECUÇÃO PRÁTICA
• Apresentar as Fichas de Atividades 10.1 e 10.2 (volume 2).• Realizar a colheita das culturas.• Registar no Caderno de Campo o número e o peso dos produtos que se colheram nas três plantas marcadas, em
cada canteiro.• Transportar os produtos colhidos para um local fresco ou para o frigorífico.• Preparar saladas e/ou entradas com as plantas colhidas na horta e com flores comestíveis e degustar,
acompanhado pela infusão fria de hortelã-pimenta.
// 27
// SUGESTÃO DE ATIVIDADES PEDAGÓGICAS
PORTUGUÊS
• Descrição oral ou escrita sobre a utilização das plantas aromáticas e medicinais (PAM). O ser humano sempre utilizou plantas para curar doenças e muitos medicamentos atuais têm por base substâncias presentes nas plantas. Que plantas medicinais conhecem e que propriedades medicinais têm (Cunha et al., 2013; Vilela et al., 2013).
• Descrição oral ou escrita sobre a utilização das plantas da horta, nomeadamente, sobre as flores comestíveis (cor, paladar, textura e aroma).
MATEMÁTICA
• Pesagem dos produtos da horta.
CIÊNCIAS E ESTUDO DO MEIO
• Com os olhos vendados, identificar pelo olfato, as plantas hortícolas, plantas aromáticas e medicinais (PAM) e flores comestíveis, disponíveis. Explicar que, particularmente as PAM, têm um aroma intenso (devido à libertação de compostos orgânicos voláteis), que geralmente têm um propósito prático, como a proteção das plantas contra pragas, por repelência, ou a atração de insetos para que realizem a polinização das suas flores.
• Investigar para um conjunto de alimentos comuns hortícolas e outros (ex. alface, maçãs/uvas, carne/peixe, ovos), a sua proveniência, se são sazonais ou não, e o percurso que fizeram até chegarem à mesa. As informações podem ser recolhidas no comércio local.
• Avaliar os custos de transporte dos produtos fora da estação e comparar com os circuitos curtos de comercialização (consumo de energia, emissão de CO2 para a atmosfera).
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PLANO DE TRABALHO NO INÍCIO DO ANO LETIVO E ENTRE ATIVIDADES
// FINAIS DE AGOSTO
• Encomendar as plantas e sementes necessárias para a plantação de outono-inverno que se realiza em meados de outubro (Atividade 2).
• Encomendar o composto e o fertilizante orgânico necessários para a fertilização do solo da Horta Escolar, que se realiza em meados de setembro (Atividade 1).
Entre Atividades 1 e 2
setembro a outubro
Entre Atividades 2 e 3
outubro a novembro
atividade 1
atividade 2
atividade 2
atividade 3
mês (meados de cada mês)
mês (meados de cada mês)
- Plantas e plano da horta - Fertilização do solo para as culturas de
outono-inverno
- Plantação das culturas de outono-inverno
setembro
outubro
outubro
novembro
- Plantação das culturas de outono-inverno
- Como funcionam as plantas- Manutenção da horta
• Regar as plantas da horta:> Se não chover, regar as plantas duas vezes por semana;
> Se chover apenas um dia na semana, regar uma vez;
> Se chover mais dias, não é necessário regar.
> A rega deve ser dirigida ao solo para não molhar as folhas das plantas.
• Verificar os tutores na cultura de ervilha. • Duas semanas após a plantação, registar no Caderno de Campo a altura ou diâmetro e o número de folhas das
três plantas marcadas, em cada canteiro.
• Observar as plantas e verificar se apresentam sintomas de algum problema.
• Não é necessária manutenção na horta.
// 29
Entre Atividades 4 e 5
dezembro a janeiro
atividade 4
atividade 5
mês (meados de cada mês)
- Produção biológica.- Qualidade dos alimentos
dezembro
janeiro- Colheita das culturas de outono-inverno- Sementeira em viveiro
Entre Atividades 3 e 4
novembro a dezembroatividade 3
atividade 4
mês (meados de cada mês)
- Como funcionam as plantas- Manutenção da horta
novembro
dezembro- Produção biológica.- Qualidade dos alimentos
• Regar as plantas da horta.• Verificar os tutores na cultura de ervilha. • Um mês e meio após a plantação, registar no Caderno de Campo a altura ou diâmetro e o número de folhas das
três plantas marcadas, em cada canteiro.
• Observar as plantas e verificar se apresentam sintomas de algum problema.
• Regar as plantas da horta.• Verificar os tutores na cultura de ervilha. • Observar as plantas e verificar se apresentam sintomas de algum problema.• Encomendar no início de janeiro as plantas necessárias para a plantação de primavera-verão que se realiza em
meados de março (Atividade 7).
// 30
Entre Atividades 5 e 6
janeiro a fevereiroatividade 5
atividade 6
mês (meados de cada mês)
- Colheita das culturas de outono-inverno- Sementeira em viveiro
janeiro
fevereiro- Solo e compostagem. - Fertilização do solo para as culturas de primavera-verão.
• Regar as plantas nos tabuleiros do viveiro:> Regar duas vezes por semana, com o borrifador.
> A quantidade de água não deve ser nem pouca nem muita, apenas o necessário para molhar a “terra especial”
(substrato).
• Regar as plantas da horta se necessário.• Registar no Caderno de Campo o número e o peso dos produtos que se colherem nas três plantas marcadas, em
cada canteiro.
• Observar as plantas e verificar se apresentam sintomas de algum problema.• Encomendar o composto e o fertilizante orgânico necessários para a fertilização do solo da Horta Escolar, que
se realiza em meados de fevereiro (Atividade 6).
• Solicitar aos alunos e professores de cada turma que, durante uma semana, recolham em suas casas os resíduos orgânicos domésticos e os transportem em sacos de plástico na 2.ª feira seguinte. Estes resíduos podem ficar
acumulados num local adequado, para realizar a compostagem na Atividade 6.
// Resíduos orgânicos domésticos que se devem recolher:
• Palha, rolo interior do papel higiénico, caixas de ovos, folhas verdes, relva, restos de flores, restos de cozinha como legumes, fruta, cascas, pão, massa sem molhos, folhas de chá e borras de café e cascas de ovos esmagadas.
Nota: o papel encerado de jornais e revistas, por exemplo, não se deve utilizar na compostagem por ser de difícil decomposição, assim como o papel de cor, que pode conter metais pesados. No total, o papel não deve exceder
10% do compostor.
// Resíduos orgânicos domésticos que não se devem incluir para a compostagem:
• Carne, peixe, derivados de leite e restos de comida com gordura (retardam a compostagem, causam maus cheiros ou atraem insetos e outros animais); ossos, espinhas, têxteis e excrementos de animais domésticos.
Nota: os resíduos inorgânicos não se devem incluir pois não se decompõe, como por exemplo, vidro, plástico, tinta, óleos, produtos químicos, metais, pedras e outros materiais.
// 31
Entre Atividades 7 e 8
março a abril
atividade 7
atividade 8
mês (meados de cada mês)
- Plantação das culturas de primavera-verão. março
abril- Manutenção da horta e do compostor.
Entre Atividades 6 e 7
fevereiro a marçoatividade 6
atividade 7
mês (meados de cada mês)
- Solo e compostagem- Fertilização do solo para as culturas de
primavera-verão.
fevereiro
março- Plantação das culturas de primavera-verão
• Regar as plantas nos tabuleiros do viveiro:> Regar duas vezes por semana, com o borrifador;
> A quantidade de água não deve ser nem pouca nem muita, apenas o necessário para molhar a “terra especial”
(substrato).
• Regar o compostor se necessário, para que os materiais fiquem húmidos, mas não encharcados.• Observar as plantas e verificar se apresentam sintomas de algum problema.
• Regar as plantas da horta:> Se não chover, regar as plantas duas vezes por semana;
> Se chover apenas um dia na semana, regar uma vez;
> Se chover mais dias, não é necessário regar.
> A rega deve ser dirigida ao solo para não molhar as folhas das plantas.
• Regar o compostor se necessário.• Verificar os tutores nas culturas de tomate e pepino e atar o caule ao tutor, com fio de ráfia.• Duas semanas após a plantação, registar no Caderno de Campo a altura ou diâmetro e o número de folhas das
três plantas marcadas, em cada canteiro.
• Observar as plantas e verificar se apresentam sintomas de algum problema.
// 32
Entre Atividades 8 e 9
abril a maioatividade 8
atividade 9
mês (meados de cada mês)
- Manutenção da horta e do compostor. abril
maio- Proteção contra pragas e doenças.- Início da colheita das culturas de primavera-verão.
• Regar as plantas da horta.• Regar o compostor se necessário.• Verificar os tutores nas culturas de tomate e pepino e atar o caule ao tutor, com fio de ráfia.• Podar os tomateiros, cortando os rebentos que aparecem na axila das folhas.• Retirar as folhas velhas das culturas de tomate, pepino, curgete e outras.• Eliminar as partes doentes das plantas e retirar as plantas infestantes.• Um mês e meio após a plantação, registar no Caderno de Campo a altura ou diâmetro e o número de folhas das
três plantas marcadas, em cada canteiro.
• Observar as plantas e verificar se apresentam sintomas de algum problema.
Entre Atividades 9 e 10
maio a junhoatividade 9
atividade 10
mês (meados de cada mês)
- Proteção contra pragas e doenças. - Início da colheita das culturas de primavera-verão.
maio
junho- Colheita e inovação alimentar.
• Regar as plantas da horta.• Regar o compostor se necessário.• Verificar os tutores nas culturas de tomate e pepino e atar o caule ao tutor, com fio de ráfia.• Podar os tomateiros, cortando os rebentos que aparecem na axila das folhas.• Retirar as folhas velhas das culturas de tomate, pepino, curgete e outras.• Eliminar as partes doentes das plantas e retirar as plantas infestantes.• Registar no Caderno de Campo o número e o peso dos produtos que se colherem nas três plantas marcadas, em
cada canteiro.• Observar as plantas e verificar se apresentam sintomas de algum problema.
// 33
junho
• Regar as plantas da horta.• Regar o compostor se necessário.• Comunicar os resultados da Horta Biológica na Escola junto da comunidade escolar e dos encarregados de
educação.• Avaliar o projeto e preparar o ano seguinte.
NOTAS:
// 34
NOTAS: