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A liberdade, numa sociedade democrática, inclui o direito à preservação das invioladas suas comunicações com outras. É o sigilo das comunicações interpessoais As comunicações entre os humanos, por meios modernos ou antigos, só a eles, em excepcionalmente poderá o Estado, quando o interesse público o reclamar, permitir, para forma que a lei estabelecer para fins de investigação criminal ou instrução processual elevado à categoria de bem constitucionalmente protegido.
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SEÇÃO III - DOS CRIMES CONTRA A
INVIOLABILIDADE DE
CORRESPONDÊNCIA
_____________________________
A Constituição Federal, no inciso XII do art. 5º, consagra:
“É inviolável o sigilo da correspondência e das comunicações telegráficas, de dados e das
comunicações telefônicas, salvo, no último caso, por ordem judicial, nas hipóteses e na
forma que a lei estabelecer para fins de investigação criminal ou instrução processual
penal.”
A liberdade, numa sociedade democrática, inclui o direito à preservação das
comunicações entre as pessoas, as únicas que podem dispor sobre o sigilo do que falam e
ouvem. A ninguém é dado se imiscuir na vida privada, devassando aquilo que o outro
prefere manter sob reserva.
As comunicações entre os humanos, por meios modernos ou antigos, só a eles, em
particular, dizem respeito e devem ser protegidas contra sua divulgação. A não ser
excepcionalmente poderá o Estado, quando o interesse público o reclamar, permitir, para
fins específicos e estritos, a violação do sigilo das comunicações.
Para conferir efetividade ao preceito maior o legislador do Código Penal construiu
tipos legais de crimes conferindo proteção ao direito que as pessoas têm de manter
invioladas suas comunicações com outras. É o sigilo das comunicações interpessoais
elevado à categoria de bem constitucionalmente protegido.