6
Vou Contar o que eu nunca vi no sertão nem na cidade Nunca vi guerra sem tiro, nem cadeia sem grade Nunca vi um prisioneiro que não queira liberdade Nunca vi mãe amorosa do filho não ter saudade.

Vou Contar o que eu nunca vi no sertão nem na cidade Nunca vi guerra sem tiro, nem cadeia sem grade Nunca vi um prisioneiro que não queira liberdade Nunca

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: Vou Contar o que eu nunca vi no sertão nem na cidade Nunca vi guerra sem tiro, nem cadeia sem grade Nunca vi um prisioneiro que não queira liberdade Nunca

Vou Contar o que eu nunca vi no sertão nem na cidade

Nunca vi guerra sem tiro, nem cadeia sem grade

Nunca vi um prisioneiro que não queira liberdade

Nunca vi mãe amorosa do filho não ter saudade.

Page 2: Vou Contar o que eu nunca vi no sertão nem na cidade Nunca vi guerra sem tiro, nem cadeia sem grade Nunca vi um prisioneiro que não queira liberdade Nunca

Nunca vi homem pequeno que não fosse papudo

Eu nunca vi um doutor fazer falar quem é mudo

Nunca vi um boiadeiro carregar dinheiro miúdo

Nunca vi homem direito vestir calça de veludo.

Page 3: Vou Contar o que eu nunca vi no sertão nem na cidade Nunca vi guerra sem tiro, nem cadeia sem grade Nunca vi um prisioneiro que não queira liberdade Nunca

Eu nunca vi um carioca que não fosse bom sambista

Nunca vi um Pernanbucano que não fosse bom passista

Nunca vi um Paraibano que não fosse repentista

Nunca vi um deputado apanhar de Jornalista.

Page 4: Vou Contar o que eu nunca vi no sertão nem na cidade Nunca vi guerra sem tiro, nem cadeia sem grade Nunca vi um prisioneiro que não queira liberdade Nunca

Nunca vi um Catarinense depois de velho aprendendo

Nunca vi um Matogrossense de medo andar tremendo

Eu nunca vi um gaúcho pra laçar precisar treino

Eu nunca vi um Goiano por paixão beber veneno.

Page 5: Vou Contar o que eu nunca vi no sertão nem na cidade Nunca vi guerra sem tiro, nem cadeia sem grade Nunca vi um prisioneiro que não queira liberdade Nunca

Nunca vi um fazendeiro andar em cavalo que mancaNunca vi um fazendeiro andar em cavalo que manca

Pra fechar boca de sogra não vi chave não vi trancaPra fechar boca de sogra não vi chave não vi tranca

Pra terminar meus versos vou falar botando bancaPra terminar meus versos vou falar botando banca

Quero ver meus inimigos levantar bandeira branca. Quero ver meus inimigos levantar bandeira branca.

Page 6: Vou Contar o que eu nunca vi no sertão nem na cidade Nunca vi guerra sem tiro, nem cadeia sem grade Nunca vi um prisioneiro que não queira liberdade Nunca

[email protected]

Imagens colhidas na INTERNET

Música: “Bandeira Branca” (Tião Carreiro e Pardinho)

Texto: “Bandeira Branca”(Tião Carreiro)