4
goo22014temporpi jj Também ON LINE em: http://issuu.com/josejoaquim9/docs/voz-10-nov-14 EXECUTIVA NACIONAL VISITA O PIAUÍ a tarde de 22.10.14, tivemos a presença da Diretora da EN Ana Magni que, de passagem para S. Luis-MA - certamente visitando parte dos 10 estados que não enviaram representantes ao Seminário dos GT’s -, deu uma passadinha aqui para falar sobre Carreira e Salários. Achei essa visita muito providencial pois foi essa mesma diretora que respondeu ao e-mail da minha cancelada inscrição ao Seminário. A Ana começou falando, por sinal, da situação dos temporários dentro do IBGE em relação a outras instituições, como as UNIVERSIDADES FEDERAIS onde – como já vimos falando nas nossas publicações [pág. 3 - http://issuu.com/josejoaquim9/docs/voz-06- jul-14 ] –, ainda que contratado pela mesma Lei 8745/93, O PROFESSOR TEMPORÁRIO GANHA O SALÁRIO DE INÍCIO DE CARREIRA, muito diferentemente de nós. E, segundo ela, não é essa discrepância que se deseja por aqui, no Instituto. Ao final da sua exposição, fiz-lhe algumas perguntas que, quase não foram permitidas devido o “avançado da hora” (não entendo porque “tanta pressa” nas nossas reuniões e assembleias). Comecei inquirindo da Ana sobre uma das resoluções do Seminário de 8 e 9.10.14 que foi a de “Retomar a CAMPANHA DE FILIAÇÃO DOS TEMPORÁRIOS”, quando, de fato, nunca houve tal campanha deliberada, inclusive no último Congresso Nacional-2013. Ela respondeu que sempre “espera que os Núcleos façam esses contatos de filiação” e que é preocupação da EN agregar esta Categoria. Sugeri a existência de cartazes, chamadas no site e jornais do Sindicato ao que ela aquiesceu que “pode ser”. Esperamos pois uma MAIOR DIVULGAÇÃO DO NOSSO SINDICATO. Aproveitando o correr do relógio, pedi para ela responder em poucas palavras SE A COORDENAÇÃO DO NÚCLEO TINHA PODERES PARA ESCOLHER (SEM CONVOCAR ASSEMBLEIA) O REPRESENTANTE PARA O SEMINÁRIO e SE PODIA IR TEMPORÁRIO OU NÃO! (Nesse momento houve certo movimento na sala como se alguém quisesse “censurar minha pergunta”, mas pude concluí-la.) Sem titubear, a Diretora foi objetiva em dizer que A COORDENAÇÃO DO NÚCLEO PODIA FAZER A ESCOLHA bem como PODIA ENVIAR QUEM QUISESSE; apenas a EN “sugeria” que fosse um efetivo devido à pauta dos debates (com a posterior retirada do tema “temporários”), confirmando assim o que repetidamente vim falando desde o incidente - http://issuu.com/josejoaquim9/docs/voz-09-out-14 ) Continuei perguntando, mesmo com certa inquietação dos presentes, sobre o MANDADO DE SEGURANÇA DOS DEMITIDOS que foi indeferido pela falta de telegramas, e-mails, rescisões, etc. Ela concordou que essas são as polêmicas “provas pré-constituídas” e que as mesmas estavam/estão apensas ao processo principal (Pet 10499) e que o MS faz um link às mesmas (embora, na pág. 6 do MS só encontramos esta expressão: “...como comprovado às fls. 622/846 dos autos principais,...” apenas referindo-se a “mais da metade da força de trabalho do IBGE” [os temporários]...). Retorqui dizendo que, nesse caso, o juiz (a Ministra) só se louvaria pelos documentos anexados ao próprio Mandado e não ao processo principal. Ela concordou e disse que o Jurídico do Sindicato está agindo no sentido de provocar novamente a uma decisão favorável do STJ. Sem mais perguntas, minhas ou dos presentes que estavam “apressados”, a Diretora seguiu para S. Luís. Esperamos que, efetivamente, a Executiva Nacional da ASSIBGE trate a temática dos Servidores Temporários com a atenção que é necessária, sabendo que há um sem-número de questões a serem resolvidas. Nas duas últimas assembleias que tivemos aqui, houve alguns incidentes sintomáticos: 1º) Quase perdi essa assembleia com a Ana pois não fui avisado do evento (+1X) e o edital foi “relâmpago” – Os APMs não estamos na agência todos os dias e, mesmo residindo em região rural/urbana recebo ligações ainda que com falhas e, quando estou nas duas cidades, os demais números funcionam bem, e tenho e-mails também; 2º) Curiosamente, percebeu-se ao final dessa assembleia algo que ocorreu no penúltimo encontro local: colegas efetivos querendo me ridicularizar quanto às minhas opiniões e os meios de expressá-las; e 3º) Houve tolhimento no espaço para me expressar livremente, como se deu na penúltima assembleia, quando tentei colocar que a Coordenação do Núcleo tinha o direito de fazer a escolha do representante, independentemente de convocação de assembleia (conforme acima esclarecido pela própria Dir. da EN). Quanto a isso, quero dizer que ideias se debatem com ideias e fatos, não com afrontas ou indiretas. A Pesquisa pela Internet visa formar um PERFIL DO TEMPORÁRIO (pág. 2). Já somos 40% de temporários filiados no Piauí, com 36 associados (pág. 3) Publicamos também o Relatório do Seminário pelo único colega Temporário (de SP) que esteve presente (pág. 4). Que todos tenham uma BOA LEITURA! O Redator* Sempre que o fizestes a um destes meus pequeninos irmãos, a Mim o fizestes. (Mt 25.40) N Voz dos Temporários Informativo sobre os Temporários do IBGE [email protected] Nº 10 – NOV/2014 CAMPANHA SOLIDÁRIA TEMPORÁRIOS DEMITIDOS ASSIBGE-SN – Banco do Brasil Ag. 1855-4 – Cta. 8305-4 (Depós. Identificado) QUALQUER QUANTIA CONFRATERNIZAÇÃO – 2014 - ASSIBGE-PI Convidados: Todos os EFETIVOS E TEMPORÁRIOS ASSOCIADOS (e seus dependentes) - TEMPORÁRIOS NÃO ASSOCIADOS: R$ 38,00 - OUTROS CONVIDADOS: R$ 75,00 07/12/2014 (DOM) - 20:00h - BISTRÔ BUFFET R. Cel. Costa Araújo, 2255 - Horto Florestal (Em frente a Escolinha do Flamengo e próximo ao IBAMA) Confirme sua presença até o dia 02/12/2014 com ROOSEVELT, SOLANGE ou LUIS FERNANDO – Tels. 2106-4174/4159,

VOZ DOS TEMPORARIOS - Nº 10 - NOV/14

Embed Size (px)

DESCRIPTION

Jornal independente sobre os Servidores Temporários do IBGE, debatendo seus direitos contidos nas Leis 8745/93 e 8112/90. Contatos: [email protected] - Tel. (86) 8879.6671 (oi)

Citation preview

Page 1: VOZ DOS TEMPORARIOS - Nº 10 - NOV/14

goo22014temporpi

jj

Também ON LINE em: http://issuu.com/josejoaquim9/docs/voz-10-nov-14

EXECUTIVA NACIONAL VISITA O PIAUÍ

a tarde de 22.10.14, tivemos a presença da Diretora da EN Ana Magni que, de passagem para S. Luis-MA - certamente visitando parte dos 10 estados que não enviaram representantes ao Seminário dos GT’s -, deu uma passadinha aqui para falar sobre Carreira e Salários. Achei essa visita muito providencial pois foi essa

mesma diretora que respondeu ao e-mail da minha cancelada inscrição ao Seminário. A Ana começou falando, por sinal, da situação dos temporários dentro do IBGE em relação a outras instituições, como as UNIVERSIDADES FEDERAIS onde – como já vimos falando nas nossas publicações [pág. 3 - http://issuu.com/josejoaquim9/docs/voz-06-jul-14 ] –, ainda que contratado pela mesma Lei 8745/93, O PROFESSOR TEMPORÁRIO GANHA O SALÁRIO DE INÍCIO DE CARREIRA, muito diferentemente de nós. E, segundo ela, não é essa discrepância que se deseja por aqui, no Instituto.

Ao final da sua exposição, fiz-lhe algumas perguntas que, quase não foram permitidas devido o “avançado da hora” (não entendo porque “tanta pressa” nas nossas reuniões e assembleias).

Comecei inquirindo da Ana sobre uma das resoluções do Seminário de 8 e 9.10.14 que foi a de “Retomar a CAMPANHA DE FILIAÇÃO DOS TEMPORÁRIOS”, quando, de fato, nunca houve tal campanha deliberada, inclusive no último Congresso Nacional-2013. Ela respondeu que sempre “espera que os Núcleos façam esses contatos de filiação” e que é preocupação da EN agregar esta Categoria. Sugeri a existência de cartazes, chamadas no site e jornais do Sindicato ao que ela aquiesceu que “pode ser”. Esperamos pois uma MAIOR DIVULGAÇÃO DO NOSSO SINDICATO.

Aproveitando o correr do relógio, pedi para ela responder em poucas palavras SE A COORDENAÇÃO DO NÚCLEO TINHA PODERES PARA ESCOLHER (SEM CONVOCAR ASSEMBLEIA) O REPRESENTANTE PARA O SEMINÁRIO e SE PODIA IR TEMPORÁRIO OU NÃO! (Nesse momento houve certo movimento na sala como se alguém quisesse “censurar minha pergunta”, mas pude concluí-la.) Sem titubear, a Diretora foi objetiva em dizer que A COORDENAÇÃO DO NÚCLEO PODIA FAZER A ESCOLHA bem como PODIA ENVIAR QUEM QUISESSE; apenas a EN “sugeria” que fosse um efetivo devido à pauta dos debates (com a posterior retirada do tema “temporários”), confirmando assim o que repetidamente vim falando desde o incidente - http://issuu.com/josejoaquim9/docs/voz-09-out-14 )

Continuei perguntando, mesmo com certa inquietação dos presentes, sobre o MANDADO DE SEGURANÇA DOS DEMITIDOS que foi indeferido pela falta de telegramas, e-mails, rescisões, etc. Ela concordou que essas são as polêmicas “provas pré-constituídas” e que as mesmas estavam/estão apensas ao processo principal (Pet 10499) e que o MS faz um link às mesmas (embora, na pág. 6 do MS só encontramos esta expressão: “...como comprovado às fls. 622/846 dos autos principais,...” apenas referindo-se a “mais da metade da força de trabalho do IBGE” [os temporários]...). Retorqui dizendo que, nesse caso, o juiz (a Ministra) só se louvaria pelos documentos anexados ao próprio Mandado e não ao processo principal. Ela concordou e disse que o Jurídico do Sindicato está agindo no sentido de provocar novamente a uma decisão favorável do STJ. Sem mais perguntas, minhas ou dos presentes que estavam “apressados”, a Diretora seguiu para S. Luís.

Esperamos que, efetivamente, a Executiva Nacional da ASSIBGE trate a temática dos Servidores Temporários com a atenção que é necessária, sabendo que há um sem-número de questões a serem resolvidas. Nas duas últimas assembleias que tivemos aqui, houve alguns incidentes sintomáticos:

1º) Quase perdi essa assembleia com a Ana pois não fui avisado do evento (+1X) e o edital foi “relâmpago” – Os APMs não estamos na agência todos os dias e, mesmo residindo em região rural/urbana recebo ligações ainda que com falhas e, quando estou nas duas cidades, os demais números funcionam bem, e tenho e-mails também; 2º) Curiosamente, percebeu-se ao final dessa assembleia algo que ocorreu no penúltimo encontro local: colegas efetivos querendo me ridicularizar quanto às minhas opiniões e os meios de expressá-las; e 3º) Houve tolhimento no espaço para me expressar livremente, como se deu na penúltima assembleia, quando tentei colocar que a Coordenação do Núcleo tinha o direito de fazer a escolha do representante, independentemente de convocação de assembleia (conforme acima esclarecido pela própria Dir. da EN).

Quanto a isso, quero dizer que ideias se debatem com ideias e fatos, não com afrontas ou indiretas. A Pesquisa pela Internet visa formar um PERFIL DO TEMPORÁRIO (pág. 2). Já somos 40% de temporários filiados no Piauí, com 36 associados (pág. 3) Publicamos também o Relatório do Seminário pelo único colega Temporário (de SP) que esteve presente (pág. 4). Que todos tenham uma BOA LEITURA!

O Redator*

Sempre que o fizestes a um destes meus pequeninos irmãos, a Mim o fizestes. (Mt 25.40)

N

Voz dos Temporários Informativo sobre os Temporários do IBGE [email protected] Nº 10 – NOV/2014

CAMPANHA

SOLIDÁRIA TEMPORÁRIOS DEMITIDOS

ASSIBGE-SN – Banco do Brasil

Ag. 1855-4 – Cta. 8305-4 (Depós. Identificado)

QUALQUER QUANTIA

CONFRATERNIZAÇÃO – 2014 - ASSIBGE-PI Convidados: Todos os EFETIVOS E TEMPORÁRIOS

ASSOCIADOS (e seus dependentes) - TEMPORÁRIOS NÃO ASSOCIADOS: R$ 38,00 - OUTROS CONVIDADOS: R$ 75,00

07/12/2014 (DOM) - 20:00h - BISTRÔ BUFFET R. Cel. Costa Araújo, 2255 - Horto Florestal (Em frente a Escolinha do Flamengo e próximo ao IBAMA)

Confirme sua presença até o dia 02/12/2014 com ROOSEVELT,

SOLANGE ou LUIS FERNANDO – Tels. 2106-4174/4159,

Page 2: VOZ DOS TEMPORARIOS - Nº 10 - NOV/14

VOZ DOS TEMPORÁRIOS – Nov/2014

2 2

PESQUISA PELA INTERNET

Esta Pesquisa visa traçar o PERFIL DO SERVIDOR TEMPORÁRIOS NO IBGE em relação às suas perspectivas

sindicais/trabalhistas a fim de que possamos lutar para aumentar a BASE SINDICAL desta Categoria, aumentando assim o nosso poder de voz. . Pode ser respondida integralmente ou pulando apenas para as perguntas desejadas.

Copie e cole este link: https://pt.surveymonkey.com/s/DHSCW5G

Aqui vão algumas das respostas recebidas. Para proteger uma possível identificação do entrevistado, foi omitido o nome da Agência/UE quando aparece no original.

TEMPORÁRIO,

FILIE-SE à

ASSIBGE-SN E aumente sua Base Sindical.

Esta força também é sua!

Page 3: VOZ DOS TEMPORARIOS - Nº 10 - NOV/14

VOZ DOS TEMPORÁRIOS – Nov/2014

3 3

FILIAÇÃO DE TEMPORÁRIOS NO BRASIL E PIAUÍ

Na recente visita da Diretora Ana Magni, da EN, indagada por mim, ela respondeu que a Executiva não tem uma posição atual da quantidade de temporários filiados no País. Em Jan/14 a EN me enviou quadro, que, com alguns números que corrigi conforme contatos com alguns Núcleos, totalizava 114 filiados. Em Abr/14 já éramos 193, conforme este quadro publicado em http://issuu.com/josejoaquim9/docs/voz_dos_temporarios-mai-14 :

Contando com todos os que já se desligaram do IBGE, já atingimos 50 filiações(+-), aqui, no PI. Mesmo assim, proporcionalmente ao número de trabalhadores contratados, o Piauí ainda é o Estado com maior

filiação: 40% - contando HOJE com 36 filiados para um total de 90 temporários (set/14). Como uma das decisões da EN no Seminário dos GT’ foi o da “retomada” da Campanha de Filiação dos Tempo-rários, acreditamos que, logo-logo teremos os

nossos primeiros “1.000 filiados”, a nível nacional (atualmente, estima-se em uns 400). Quem puder nos informar o número no seu Estado, queira nos enviar.

Contingente do IBGE no PIAUI - SET/14 (Conf. www.acessoainformacao.gov.br)

AGENCIA EFET. TEMPOR PERC.(%) (Temp/Ef)

01 BARRAS 3 4 133

02 CAMPO MAIOR 1 3 300

03 CANTO DO BURITI 3 3 100

04 CORRENTE 2 3 150

05 FLORIANO 4 5 125

06 OEIRAS 3 4 133

07 PARNAIBA 3 5 167

08 PICOS 6 7 117

09 PIRIPIRI 3 3 100

10 S. RDO NONATO 2 2 100

11 TERESINA 47 46 98

12 VALENÇA 4 5 125

TOTAL: 171 81 90 111%

QUADRO NACIONAL (Abr/13)

* Este Jornal é independente e de redação e responsabilidade de JOSÉ

JOAQUIM DA SILVA FILHO – APM – Agente de Pesquisa e Mapeamento no IBGE–PI e Coordenador no Núcleo Piauí da ASSIBGE-SN, com o qual este

Jornal não possui qualquer vínculo. Tels: (86) 8822.2611 – 8879.6671 (OI) – 9455.9810 (Claro) – 9974.8105 (TIM) – Envie Matérias para:

[email protected] (Todas estas matérias e opiniões se

respaldam no art. 5º-IV da Const. Federal do Brasil.)

CONVÊNIOS DA ASSIBGE-PI (P/Efetivos e Temporários)

Page 4: VOZ DOS TEMPORARIOS - Nº 10 - NOV/14

VOZ DOS TEMPORÁRIOS – Nov/2014

4 4

SEMINÁRIO S/GTs (CARREIRAS E SALÁRIOS) – OUT/14 RELATÓRIO pelo único Temporário presente

Vítor Joanni (Pelo FACEBOOK, pág. de APMs BRASIL – 17.10.14, sexta) Semana passada (dias 08 e 09) estive presente, como representante da Assibge Núcleo São Paulo, no seminário realizado pela Executiva Nacional do sindicato para discutir um plano de carreiras e cargos para o IBGE. (...)

Durante os debates que seguiram as exposições sobre a forma de carreira atual do IBGE e sobre a forma de remuneração por subsídio (com base nas experiências do IPEA, CVM e BACEN), ficou claro que há muitas dúvidas e críticas aos possíveis modelos que podem surgir associados à remuneração por subsídio.

Um dos principais problemas é que ela, pelo que foi feito até agora, só poderia ser feita para os trabalhadores que entraram no IBGE por concurso. Condição esta na qual só está enquadrada uma minoria, mesmo entre os funcionários de carreira. Isso se explica devido ao alto número de funcionários que já estão há décadas na instituição, e ingressaram de outras maneiras (contratação via CLT, por exemplo). Quando, no começo dos anos 90, foi garantida a eles a estabilidade caraterística do servidor público, isso foi feito num acordo em que eles aceitaram não ser classificados como "efetivos", status que só tem os funcionários que entraram desde então, via concurso.

Durante as falas, vários dirigentes se manifestaram não só contrários, em princípio, ao subsídio (mas não ao aprofundamento do debate sobre ele), mas também preocupados que essa discussão esteja sendo feita agora, num momento em que temos outras pautas ainda relativas à nossa greve recente, tais como a reposição dos trabalhos, o combate à perseguição e, especialmente, a situação dos temporários demitidos e dos que ainda estão vulneráveis. Surgiu, nas falas, a noção de que precisamos debater a coleta de dados do IBGE como um todo, com a perspectiva de incluir todas as funções que estão sendo desempenhadas por temporários dentro da discussão do plano de carreiras.

Este é o posicionamento ao qual eu sou favorável, e em alguns momentos defendi que a discussão sobre carreira dos efetivos e forma de remuneração, além de não poder ser a maior prioridade agora, deve ser conduzida em segundo ou terceiro plano, pois vai gerar grande impasse dentro do próprio grupo que pode ou não ser beneficiado (na aplicação do subsídio em outras instituições, por exemplo, só os de nível superior passaram a receber dessa forma, os de nível intermediário não).

Nós precisamos discutir os problemas relativos à precarização, que atinge os temporários de forma imediata, cotidiana, mas também atinge os do quadro permanente nas suas condições de trabalho e na sua capacidade de mobilização no futuro. É necessária uma ampla discussão e uma consequente campanha de valorização da coleta de dados do IBGE, vinculada ou não à criação de carreira específica pra isso (outra das idéias discutidas, bem inicialmente, lá).

Na última tarde do seminário houve a listagem, discussão e registro dos encaminhamentos. Estes mesmos seriam (como foram) repassados à base para que cada núcleo, em suas assembléias os discutisse e decidisse como agir. Deveriam ser sugestões ou informações acerca do conteúdo do seminário, não "Orientações" como diz o texto publicado no site. Um deles era de que, por hora, não investíssemos nosso tempo em discutir subsídio e plano de carreira, mas focássemos na discussão sobre temporários e coleta de dados.

Eu propus esse encaminhamento, sem em momento algum defender que fossem retirados outros que chocavam com essa idéia. Afinal, caberia à base discutir tudo e decidir suas prioridades. Infelizmente, numa cena bastante lamentável, alguns dirigentes, em especial os que compõem a Executiva Nacional, pediram para que o encaminhamento fosse retirado da lista que seria (e foi) repassada aos núcleos. Eu não concordei, argumentei que o espaço ali não era deliberativo, que não havia problema em passar informações que conflitavam entre si, porque afinal fazer isso seria um retrato mais fiel do seminário.

Houve uma sugestão de reformulação, que eu considerei muito genérica, sem força. Não houve acordo, e me disseram que retirariam o encaminhamento mesmo assim. Dito e feito, apesar de outras pessoas, durante aquele momento, terem se colocado a favor de mantê-lo. Nota-se que a Executiva Nacional e alguns outros dirigentes, que ali constituíram maioria, tem séria dificuldade de transmitir, para futuros debates, idéias que sejam divergentes das suas. Alguns se irritaram bastante e houve quem me acusasse de ter ido lá causar tumulto.

Isso sem falar na hostilidade aberta, praticada desde o início do seminário, por parte do mediador que esteve na mesa que presidiu os trabalhos. Eu não mencionaria isso sem ter certeza que outros presentes podem atestar esse fato.

Além de tudo, os encaminhamentos acordados foram transmitidos com texto diverso do que foram aprovados lá. Eu entenderia se fossem pequenas alterações pra melhorar a clareza, mas considero que foram um pouco além disso. Os encaminhamentos originais sugeriam que fossem realizados debates locais sobre carreira. O do site fala que "deverão" ser feitos e que a Executiva se propõe a enviar expositores. Essa proposta de agenda está mais bem delineada e com ares de coisa decidida, mas o seminário não tinha (teoricamente) intenção ou poder de decidir pelos núcleos. Isso dá motivos às críticas, que já vem sendo feitas, de que as coisas estão feitas de cima para baixo.

É falado que temos que amadurecer o debate sobre carreira e subsídio a tempo de termos alguma definição nacional sobre o assunto na próxima reunião da DN, em Novembro. Isso se deve, a meu ver, e de acordo com o que foi falado também lá no seminário, com a possibilidade de incluir a demanda pela remuneração por subsídio na campanha salarial de 2015, que vai ser feita conjuntamente por vários sindicatos do funcionalismo público federal.

A meu ver, isso não é justificativa para invertermos as prioridades que já temos e que nos são impostas pela realidade concreta e urgente da maior parte dos trabalhadores do IBGE: a precarização, o ataque à organização sindical, o ataque individual aos que tem lutado.

Tanto a Executiva Nacional quanto os dirigentes e demais representantes que lá compareceram (e os ausentes) são parte dessa luta. As divergências deles comigo e com tantos outras pessoas que também estão no processo não me impedem de reconhecer tanto a trajetória de luta deles quanto o potencial que eles ainda tem de continuar. Mas é preciso, urgentemente, repensar o rumo.

Não é o momento de gastar tempo e energia tendo como prioridade a discussão de carreira e da forma de remuneração. Ainda mais da forma como foi encaminhada para a base. É um caminho descolado das necessidades da maior parte dos trabalhadores do IBGE, que são os temporários. Que divide opiniões e gera impasses dentro do quadro permanente. E que, como evidencia claramente o caso de outras instituições, não nos ajuda a fortalecer o sindicato a médio e longo prazo.

Fecho o relato me desculpando mais uma vez pela demora e convidando os companheiros que lá estavam e também os que não estavam a complementar o que eu falei, corrigir, criticar ou comentar o que foi exposto. Mas façamos isso sabendo que estamos no mesmo barco. Abraço