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Jornal Voz Ribatejana edição 4 Janeiro 2012
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Em frente aos correios de Alverca
tel: 21 958 45 37 Web: www.audiovital.pt
“:: número 28 :: ano 2 :: 4 de Janeiro de 2012 :: quinzenário regional :: director Jorge Talixa :: preço 0,50 cêntimos ::
Voz Ribatejana
“
Deseja-lhe
boas festas
Câmara procura 8 milhões
para comprar a marinha
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Família denuncia
alegada negligência
em lar de Alenquer
Póvoa e Azambuja
contestam horários da CP
Tribunal liquida TNC
Ensino superior e um serviço regional da administração central são, nesta altura, as hipóteses mais viáveis para o aproveitamento de
espaços da antiga Marinha de Vila Franca. A Câmara volta, por isso, a equacionar a possibilidade de comprar aqueles 12 hectares,
desde que existam parcerias firmes para a sua futura utilização, e vai tentar encontrar fundos comunitários que minimizem o peso
dos 8 milhões actualmente pedidos pelo complexo situado junto à entrada sul de Vila Franca, que está desactivado há mais de dois
anos e tem sido alvo de sucessivos roubos.
pag: 3
Junta de Vila
Franca desiste
de projecto
onde já gastou
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MÓVEIS COM PASSADO E FUTURO
pag.: 9
Restaurante
“O Redondel”
vai reabrir
A família de um homem de 82 anos, que faleceu no dia 22,
no Hospital de Vila Franca de Xira, critica o comporta-
mento do lar da Santa Casa da Misericórdia de Alenquer,
onde estava internado há 12 dias.
pag.: 7
As alterações de horários introduzidas pela CP desde o
passado dia 11 estão a gerar muitos protestos, sobretudo na
zona sul do concelho de Vila Franca de Xira e devido à
supressão, aos fins-de-semana e feriados, da maioria das par-
agens na Póvoa de comboios com destino e origem em Santa
Apolónia
pag.: 9
pag.: 5
Arruda e Sobral vão ter que
pagar mais para ver televisão
pag.: 24
SAP de Benavente garante
médicos por mais 6 mesespag.: 8
pag.: 15
voz ribatejana #28DESTAQUE
02
“
Jorge Talixa
A coligação Novo Rumo
(CNR) continua a levantar
muitas dúvidas à forma como
foi negociada e tramitada a
alteração ao loteamento da 2ª.
Fase da Quinta da Piedade e
admite, se as questões levan-
tadas não forem devidamente
esclarecidas levar o caso a tri-
bunal. A presidente da Câmara
de Vila Franca de Xira já deu
orientações aos serviços para
apresentarem um esclareci-
mento circunstanciado até à
reunião de 11 de Janeiro.
Recorde-se que foi o voto da
CNR contra esta nova urba-
nização que levou, no final de
Novembro, à ruptura do
entendimento entre socialistas
e sociais-democratas para a
gestão da edilidade vila-fran-
quense e, desde então, a dis-
cussão tem-se mantido entre
as duas forças políticas.
Na passada quarta-feira, o
social-democrata Rui Rei
levantou várias questões que
entende que não estão esclare-
cidas durante a reunião
camarária realizada na Póvoa
e a discussão acabou por se
prolongar por quase uma hora.
O eleito do PSD lamentou que
o parecer jurídico sobre a
matéria não estivesse incluído
nas 16 pastas do processo que
teve oportunidade de consul-
tar, estranhou que não tivesse
sido solicitado parecer à Epal
e que não exista estudo de
tráfego e considerou que não
foi dada a devida publicidade
a esta alteração de modo a que
os moradores vizinhos se
pudessem pronunciar.
“Na última assembleia muni-
cipal (a alteração foi aprovada
com votos favoráveis de PS e
CDU) foi dito que havia vários
pareceres jurídicos que supor-
tavam esta alteração. Ou esses
pareceres vieram entretanto ou
das 16 pastas do processo em
nenhuma constam esses pare-
ceres”, sublinhou Rui Rei que
encontra, ainda, várias outras
questões por esclarecer.
Primeiro não encontrou nen-
huma deliberação do conselho
de administração dos Serviços
Municipalizados de Águas e
Saneamento em que estes
decidam transferir uma faixa
de terreno que ali possuem
para o promotor da urbaniza-
ção. “Onde está a deliberação
dos SMAS que permite que
passe nesse terreno uma estra-
da, sem essa estrada não há
construção de edifícios, não há
saídas para as garagens, não há
prédios”, afirma.Depois, sus-
tenta Rui Rei, há uma questão
fundamental que é a de não ser
possível a nenhum promotor
pedir a aprovação de lotea-
mento que abranja uma faixa
terreno de que não é propri-
etário. “Para nós é claro: um
erro todos podemos cometer e
todos podem ser analisados. Já
não podemos aceitar que, com
base em tudo isto que temos
vindo a dizer, a Câmara con-
tinue a afirmar que está tudo
instruído correctamente, quan-
do pensamos que padece de
gravíssimas irregularidades.
Ninguém pode pedir uma
alteração sobre um terreno de
que não é proprietário”, acres-
centou.
Maria da Luz Rosinha afi-
ançou que os serviços de
urbanismo vão responder “em
detalhe” a todas as questões
colocadas num requerimento
apresentado pela CNR na últi-
ma sessão da Assembleia
Municipal e algumas outras
colocadas por Rui Rei na
própria reunião camarária.
“Também convém dizer que
aos serviços da Câmara e aos
SMAS não assistiu, no trata-
mento deste processo, nenhum
intenção de favorecer quem
quer que seja, até porque o
promotor já foi bastante preju-
dicado ao longo dos anos, nem
nenhuma intenção de incorrer
em nenhum incumprimento da
Lei”, vincou a presidente da
Câmara, frisando que a CNR
tem todo o direito de pedir
todos os esclarecimentos.
“Estamos de consciência tran-
quila, vamos responder por
escrito e responder ao que
mais nos vier a ser solicitado.
Não precisamos de agitar
ninguém, mantemo-nos na
nossa atitude de responsabili-
dade perante as obrigações
que temos”, referiu.
Alberto Mesquita, vice-presi-
dente da edilidade vila-fran-
quense e responsável pelo
pelouro do urbanismo, reafir-
mou que é legítimo que a CNR
apresente todas as suas dúvi-
das. “Estou absolutamente
convicto que, em termos
urbanísticos, este projecto é
substancialmente melhor do
que o que estava aprovado.
Temos em cada momento de
ter a responsabilidade, se
tivermos condições para o
fazer, de melhorar, de corrigir,
de minimizar uma solução que
não nos pareça adequada.
Fizemo-lo na convicção de
que todos os procedimentos
estavam correctos”, asse-
gurou.
O eleito do PS observou que
todas as questões colocadas
por Rui Rei são bem-vindas e
explicou que, já depois da
Assembleia Municipal, se ve-
rificou que o parecer jurídico
do advogado Manuel
Rodrigues estava numa pasta
específica juntamente com
outros pareceres deste causídi-
co e não junto ao processo do
loteamento da Póvoa “como
devia estar”, o que já foi co-
rrigido. Rui Rei considerou
“positiva” a intervenção de
Maria da Luz Rosinha, mas
frisou que já devia ter sido
feita na sessão camarária de 30
de Novembro, quando se deu a
ruptura entre socialistas e soci-
ais-democratas. “A Câmara já
devia ter avaliado se são
razoáveis as questões que
temos colocado”, sublinhou.Já
Nuno Libório, vereador da
CDU, salientou que, até à data
e com base na informação
fornecida pela Câmara, a coli-
gação liderada pelo PCP man-
tém a sua posição sobre esta
alteração ao loteamento da 2ª.
Fase. O eleito da CDU frisou
que é legítimo que o PSD le-
vante estas questões que
“põem em causa até a
transparência” do processo,
defendeu que tudo deve ser
devidamente esclarecido, mas
também observou que lamenta
se os sociais-democratas estão,
agora, a levantar tudo isto por
razões meramente partidárias.
Maria da Luz Rosinha disse
partilhar das questões colo-
cadas por Nuno Libório e
observou que a possibilidade
aventada por Rui Rei da CNR
levar este assunto ao
Ministério Público para
averiguação “não chega para
abalar a credibilidade da
Câmara. Cada um assume as
suas responsabilidades pelas
posições que toma e pela
forma como as toma. Pôr em
causa a honestidade dos
processos, a transparência dos
mesmos, um trabalho logica-
mente ponderado pelos
serviços, só responsabiliza no
caso presente quem as levan-
ta”, rematou, referindo que
espera que os serviços
esclareçam rapidamente as
questões colocadas, mas pre-
vendo que novas questões
venham a ser colocadas pela
CNR, nesta nova postura da
coligação liderada pelo PSD.
A alteração à 2ª. fase da urbanização da Quinta da Piedade que levou ao rompimento do acordo entre socialistas e sociais-
democratas continua a dar controvérsia, com o PSD a afirmar que o processo “padece de gravíssimas irregularidades” e o PS
a garantir que está tudo correcto.
Coligação Novo Rumo ameaça levar loteamento
polémico da Póvoa ao Ministério Público
Compromissospor cumprir?Rui Rei colocou também aquestão do chamado “lotea-mento da variante”(aprovado para uma faixaque chegou a estar reserva-da para uma variante àPóvoa que não avançou poralegada falta de espaço)com o objectivo de sabercomo é que estão as situ-ações ainda por concretizarpelo promotor como aszonas verdes, os passeios, anova sede da junta e asinstalações para oAcadémico dos Desportos.Quis também saber o pontoda situação dos quatro oucinco prédios ainda previs-tos para os Caniços.Alberto Mesquita explicouque virá, em breve, àCâmara um documento comsoluções para a questão dosCaniços. “Este último acor-do tem estabelecido com oproprietário e estabelecidasas condições de relocaliza-ção do Clube Académicodos Desportos, que atravésdesta operação vai terinstalações desportivas esede social. Temos tidovárias reuniões com adirecção e todas asquestões que nos foramcolocadas já estão acer-tadas”, afiançou. Rui Reiavisou, todavia, que, no diaem que os prédios estiveremconstruídos, já será maisdifícil exigir a resolução doproblema da construção danova sede da Junta.
O polémico“loteamentodo tridente”O loteamento da 2ª fase daQuinta da Piedade já temcerca de 18 anos, mas umaárea extensa, situada pró-ximo do quartel dosbombeiros da Póvoa,nunca foi ocupada pordiversas vicissitudes. Paraali estava previsto um con-junto de edifícios muitodenso, com uma basecomum que formariamuma espécie de tridente. Aolongo dos anos, os execu-tivos camarários foram ten-tando negociar umaredução das construçõesprevistas pelo alvará conce-dido à empresa José MariaDuarte Junior.Ultimamente, já com aempresa Sociatos, a autar-quia chegou a um entendi-mento que entende quereduz bastante o impactodesta urbanização. Sabe-seque o processo tem evoluí-do também porque há umacadeia de supermercadosinteressada em abrir aliuma loja e que a alteraçãoagora aprovada prevê aconstrução de seis prédiosde 10 pisos. Técnicos emaioria PS sublinham que,neste novo formato, o pro-motor assume a construçãode espaços verdes que nãoexistiam na primeira ver-são e aumentam os espaçospúblicos e para estaciona-mento.
O espaço para onde estáprevista a controversa
urbanização
11 de Janeiro’12
15h00
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dos Paços do Município
de Vila Franca de Xira
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1h00
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Tel.:
263 2
85 6
00
Jorge Talixa
A Câmara de Vila Franca de
Xira deverá discutir já em
Janeiro uma proposta do exe-
cutivo socialista que poderá
levar à compra do espaço da
antiga marinha pela edilidade
vila-franquense, tendo já em
vista algumas utilizações, uma
delas na área do ensino superi-
or. Maria da Luz Rosinha,
presidente do Município, re-
velou também, na quarta-feira,
que poderão existir condições
para obter apoios comunitários
para esta aquisição, con-
siderando que o processo
poderá ser muito importante
para o desenvolvimento futuro
da cidade sede de concelho.
A questão foi colocada na últi-
ma reunião camarária pelo
vereador Nuno Libório, que
citou notícias recentes que re-
ferem que a Estamo (empresa
imobiliária do Estado) terá
pago 8 milhões de euros à
Direcção-Geral do Tesouro e
Finanças (DGTF) pelo antigo
complexo das escolas da arma-
da. “E agora, qual será a
intenção do Estado? Se é para
vender, com que finalidade?”,
questionou o autarca da CDU,
perguntando também até onde
a maioria PS “está disponível a
ir para tirar o melhor partido
possível de uma bolsa de te-
rreno como já não existem ou-
tras no concelho?”. Nuno
Libório alertou, contudo, para
eventuais intenção de negoci-
ação do espaço por parte da
Estamo. “Temos sérias dúvi-
das que a Estamo tenha
adquirido o espaço se não
tivesse outras pretensões
urbanísticas para além daquilo
que o Plano Director
Municipal define”, frisou.
Maria da Luz Rosinha afi-
ançou, todavia, que em todas
as conversas que já manteve
com a Estamo nunca lhe foi
colocada qualquer outra
hipótese de ocupação que não
seja a prevista no PDM –
equipamentos públicos nas
áreas da educação, do desporto
e do lazer e uma possível fran-
ja de construção para
habitação na parte sul. “Foi-
me claramente dito que nada
será ali feito que não tenha a
concordância da Câmara”,
assegurou a edil, acrescentan-
do que a Estamo também já lhe
transmitiu que admite vender o
espaço à Câmara pelos mes-
mos 8 milhões de euros que
pagou à DGTF.
“O que a Câmara fez nestes 2
anos (depois da desactivação
total das escolas da Armada)
de diligências foi tentar nego-
ciar prazos. Inicialmente o
prazo que estabeleciam eram 8
anos para pagamento, mas o
valor era de 24 milhões de
euros. Chegámos aos 8 mil-
hões para um prazo de 20
anos”, referiu, vincando que o
executivo municipal entende
que só faz sentido tentar
adquirir o espaço com a garan-
tia de que há parceiros interes-
sados em articular com a autar-
quia os investimentos
necessários à utilização futura
de um complexo que se
estende por cerca de 12
hectares.
Por isso, Maria da Luz
Rosinha diz que a Câmara
“tem vindo a fazer várias
diligências na área da edu-
cação e do ensino superior,
uma perspectiva que há muito
tempo se coloca. Muito camin-
ho já foi feito, mas não quise-
mos criar falsas expectativas
que não viessem, depois, a
concretizar-se”, explicou a
presidente da Câmara, frisando
que, para além da possibili-
dade que se coloca do ensino
superior surgiu, mais recente-
mente, em paralelo, a possibil-
idade de se instalar também no
antigo espaço da marinha um
serviço da administração cen-
tral. “Já há abordagens desse
Ministério com a Estamo, o
problema é simples, o do din-
heiro que a Estamo adiantou
ao Estado”, precisou.
Certo é que Maria da Luz
Rosinha acha que o processo
pode ter grande desenvolvi-
mento já neste mês de Janeiro
e acredita que poderá levar às
sessões de câmara de 11 ou de
25 de Janeiro uma proposta
mais detalhada relacionada
com a negociação do espaço e
com os eventuais parceiros.
Por outro lado, a autarca do PS
sabe que, nesta altura, será po-
ssível apresentar uma candi-
datura a apoios comunitários
que “viesse facilitar a
aquisição daquele espaço que
muito beneficiaria do
Município”.
4 de Janeiro de 2012
03
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Oposição “trava” aumentosno refeitório municipalTendo em conta o aumento do IVA e o consequente aumentoda verba cobrada pela empresa que fornece os almoços parao refeitório municipal de Vila Franca de Xira, o executivocamarário propôs um acréscimo de 3, 50 para 3, 70 euros dovalor cobrado por cada refeição. Mas as reservas colocadaspelos vereadores da CDU e da coligação Novo Rumo(PSD/PPM/MPT) obrigaram a presidente da Câmara a retiraro ponto para uma análise mais aprofundada com a comissãosindical e para avaliar a possibilidade de vir a ser a autar-quia a suportar o valor resultante da alteração da taxa deIVA.Maria da Conceição Santos, vereadora responsável pelagestão do refeitório municipal, explicou que, devido ao IVA,cada refeição fornecida pela empresa vai passar de 3, 41 para3, 69 euros, pelo que a proposta foi no sentido de arredondaro valor a cobrar aos funcionários para 3, 70.Mas Nuno Libório (CDU) começou por afirmar que a entregado serviço a uma empresa privada não trouxe nenhuma“mais-valia” e que muitos trabalhadores garantem que“houve uma nítida perda de qualidade”. Maria da ConceiçãoSantos não vê razões para esse sentimento, diz que almoçaregularmente no refeitório e que o seu funcionamento é moni-torizado permanentemente por uma comissão especializada.“Acho estranho que lhe cheguem essas queixas, porque nãochegam à comissão de acompanhamento”, vincou.Mas Ana Lídia Cardoso (CDU) citou uma passagem de umparecer da comissão sindical que diz que “houve umaredução na quantidade da comida fornecida e na qualidade”,frisando que é um espelho do descontentamento existente.Maria da Conceição Santos adiantou que só teve conhecimen-to deste parecer no próprio dia da sessão camarária e, emresposta à CDU, explicou que em Setembro o refeitóriomunicipal forneceu 2850 refeições e que nos últimos mesesesse número tem rondado as 2500.Para a CDU isto traduz um redução significativa e o social-democrata Rui Rei também sublinha que quem frequenta orefeitório municipal percebe que “o número de consumidoresbaixou drasticamente” e diz que, “com comissão de acompa-nhamento ou sem comissão de acompanhamento, é fundamen-tal que se avalie porque, efectivamente, os clientes dorefeitório municipal diminuíram, alguma coisa aconteceu”. Oautarca do PSD defendeu, também, que será da mais elemen-tar justiça que a Câmara assuma estes 20 cêntimos, atéporque vai pagar menos cerca de 1 milhão de euros de remu-nerações devidos aos cortes de subsídios de férias e de Natal.Maria da Luz Rosinha acabou por decidir retirar o pontopara reapreciação, até porque corria o risco de ver chumbadaa proposta de aumento com votos desfavoráveis de CDU ePSD.
J.T.
A possibilidade de compra do espaço da antiga Marinha pela Câmara de Vila Franca de Xira volta a estar em cima da mesa. A
autarquia acredita que pode obter fundos comunitários e que a eventual instalação de um pólo de ensino superior e de um
serviço da administração central ajudarão a criar condições para pagar os 8 milhões de euros que o Estado pede pelos cerca de
12 hectares, situados junto à entrada sul de Vila Franca. O assunto deve ter desenvolvimentos já em Janeiro.
Câmara procura
meios para comprar
a antiga marinha
As antigas instalações daMarinha têm sido alvo desucessivos roubos
Ponte de Vila Franca fez 60 anos
A Ponte Marechal Carmona completou, na passadasexta-feira, 60 anos de existência. Estrutura decisivapara as ligações entre o Norte e o Sul do País e entreVila Franca e os campos da Lezíria, a ponte sobre oTejo começou a ser construída em 1947 e foi inaugura-da, quatro anos depois, a 30 de Dezembro de 1951.
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voz ribatejana #28
04
O volume elevado de facturas por pagar e o peso dos encargos
com o pessoal no orçamento da Junta estão a preocupar a
Assembleia de Freguesia de Vila Franca de Xira.
Freguesia de Vila Franca aprova orçamento de 1, 3
milhões com muitas críticas ao anterior executivo
Jorge Talixa
A Assembleia de Freguesia de
Vila Franca de Xira aprovou
as propostas de plano e orça-
mento para 2012 da Junta vila-
franquense, numa sessão mar-
cada por bastantes críticas ao
executivo cessante (saíram em
Setembro o presidente e o
tesoureiro, substituídos por
Ana Câncio e Marques da
Costa, e mantiveram-se os
restantes três elementos),
sobretudo no que diz respeito
ao dinheiro já gasto no proje-
cto do Centro Gastronómico
de Povos que, afinal, parece
não ter pernas para andar. O
novo executivo apresentou um
levantamento da situação
financeira da Junta, que apon-
ta para 154 mil euros de fa-
cturas por pagar, e diz que,
perante a quebra de receitas,
praticamente só tem condições
para suportar as despesas co-
rrentes e para pagar as dívidas.
Na votação, apesar de algumas
críticas, a coligação Novo
Rumo (PSD/PPM/MPT)
voltou a optar pela abstenção
e, por isso, a maioria relativa
do PS foi suficiente para
aprovar as propostas, uma vez
que CDU e Bloco de Esquerda
votaram contra. “O horizonte,
não sendo catastrófico, não se
augura nada fácil”, assume o
executivo da Junta nas pro-
postas apresentadas à
Assembleia, considerando que
“não chega manter a orien-
tação de gestão dos últimos
anos” e que “será necessário
um empenho fortíssimo”. É
que, segundo o executivo
agora liderado por Ana
Câncio, “a afectação de recur-
sos a compromissos previa-
mente assumidos e não li-
quidados limita as expectati-
vas que a actual equipa detém
na concretização de activi-
dades e de investimentos”.
“A Junta de Freguesia andou a
viver acima das suas possibili-
dades e os senhores permiti-
ram isso”, criticou Fernando
Matos, eleito do BE, afirman-
do que a culpa não é do actual
executivo, mas de quem viabi-
lizou esta gestão e a anterior
(PS e coligação Novo Rumo).
“Não chega a ser um orçamen-
to, é uma lista de encargos”,
lamentou. No mesmo sentido
foi a intervenção de Carlos
Romano, eleito da CDU, que
garantiu que a sua bancada foi
sempre alertando “para os
problemas que o executivo
anterior estava a criar à
Junta”. O autarca da CDU
estranha que alguns respon-
sáveis do PS venham respon-
sabilizar também a oposição
pelo crescimento elevado do
quadro de pessoal da Junta de
Freguesia. “O facto é que as
pessoas entraram sem qual-
quer pedido ou influência dos
membros da Assembleia de
Freguesia”, prosseguiu, ques-
tionando também as verbas
previstas para os parques de
estacionamento da zona do
hospital. “Tudo o resto nos
parece aceitável, mas um
assunto nos deixa apreensivos,
já que se prevê com 42 mil
euros vir a financiar 110 mil
euros de investimentos”,
referiu, aludindo a eventuais
“engenharias financeiras” para
encontrar mais verbas para
investimento. Também
António José Matos, eleito da
coligação Novo Rumo, se
mostrou preocupado com o
crescente peso dos encargos
com o pessoal da Junta. “Há
dois ou três orçamentos atrás,
esses encargos estavam nos
48% do orçamento, em 2012,
considerando a receita pre-
vista, já vão nos 53%. Não
posso deixar de referir o peso
considerável e o aumento
gradual dos custos fixos como
as despesas com o pessoal”,
alertou o autarca do PSD. Já
João Trindade, da bancada do
PS, salienttou que ninguém
pode sacudir a água do capote
e que a CDU também tem uma
responsabilidade política e
também partilha destas
responsabilidades. “Ninguém
nesta assembleia gostaria de
estar a apresentar este orça-
mento. A verdade é que há
aqui que assumir responsabili-
dades e ninguém está a fugir a
isso, estamos a assumir aquilo
que aconteceu. O que este
executivo se propõe é emen-
dar aquilo que menos bem
correu e falo deste rol de fac-
turas que nos foi apresentado
(ver caixa)”, reconheceu,
destacando que esta proposta
de orçamento para 2012 está
também influenciada pela
“imprevisibilidade” das
receitas. Fernando matos
voltou a intervir para salientar
que, para o BE, “as pessoas
não são uma despesa, são um
activo”, mas lembrou também
que três dos actuais membros
do executivo da Junta transi-
taram do anterior elenco e
têm, por isso, também respon-
sabilidades na gestão realiza-
da. “Acho que todos temos a
nossa quota de responsabili-
dade”, observou, por seu
turno, a presidente da Junta
Ana Câncio, destacando a
responsabilidade para com o
passivo que é preciso “tentar
pagar e pôr a zero o mais ra-
pidamente possível”. O autar-
ca do PS diz que nas actuais
condições financeiras sobra
muito pouca margem para
investimentos e que Junta vai
tomar algumas medidas para
colocar mais funcionários na
área da acção social. Ana
Câncio acrescentou que o
novo executivo não vai
enveredar pelo caminho de
tentar reduzir despesas
reduzindo o pessoal, porque
tem consciência que as pes-
soas têm expectativas e têm
vínculos. “Não vemos que seja
por aí que vamos reduzir a
despesas e vamos tentar que
nunca seja por aí”, afiançou.
BE ameaça processarautarquias locaisFernando Matos, eleito local do BE, lamentou a forma “des-cuidada” como, no seu entender, foi colocada sinalização noâmbito da recente remodelação da Travessa do Araújo. Oautarca sustenta que um dos sinais “está em cima do passeio,em clara violação da Lei” e garante que, “ou a Câmaracumpre a Lei ou vamos ter que accionar os tribunais”, porque“aquilo que lá está é mera negligência, não seria mais carocolocar aquele poste no sítio devido”.O eleito do Bloco de Esquerda começou por questionar se aresponsabilidade pela colocação daqueles sinais era da Juntaou da Câmara e diz não estar disposto a aceitar que esta situ-ação ilegal se mantenha por muito tempo, considerando que éperigosa para os peões e especialmente para alguns cidadãoscom limitações de mobilidade. “Se permanecer, eu, em nomepróprio, accionarei os tribunais para que a situação sejareposta”, promete. A presidente Ana Câncio prometeu observar a situação inloco, para “ver qual será a melhor forma de tirar o sinal dosítio onde está”, e explicou que, normalmente, a definição doslocais de colocação da sinalização é feita em articulaçãoentre a Câmara e a Junta.
Lista de facturas por pagarsurpreendeNa sessão da Assembleia de Freguesia do passado dia 19, oexecutivo da Junta de Vila Franca apresentou um levanta-mento das facturas por pagar que encontrou quando tomouposse em Setembro e dos compromissos assumidos pelo ante-rior executivo que entretanto resultaram em mais facturasrecebidas. O montante global de compromissos por pagarronda os 154 mil euros e Rita Lima (CDU) foi a primeira acomentar considerando que houve, na Junta, “uma mágestão dos dinheiros públicos” e que a responsabilidade é doPS e da coligação Novo Rumo, que tem apoiado os execu-tivos socialistas. “Felizmente a CDU não tem nada a vercom isto”, frisou, apontando situações extremas como asquotas da Associação Nacional de Freguesias por pagardesde Abril de 2010. Mas Orlando Silva, presidente da mesada Assembleia e eleito da coligação Novo Rumo, observouque a sua bancada nunca votou a favor dos orçamentos daJunta, optando sempre pela abstenção.Já António José Matos, também eleito da Novo Rumo, quissaber se estes compromissos estão previstos no orçamento de2011. Ana Câncio garantiu que sim. João Trindade (PS) elo-giou a forma como o novo executivo apresentou este levanta-mento. “Temos plena confiança que, independentemente dosnúmeros que estão aqui a ser divulgados, este executivo vaiser capaz de alterar a situação e de levar a bom porto agestão e a missão a que se comprometeu”, concluiu.
LOCAL
“
4 de Janeiro de 2012
05
Restaurante Redondelvai reabrir
A Santa Casa da Misericórdia de Vila Franca de Xira(SCMVFX) está a preparar o lançamento de um novo concur-so para a concessão da exploração do emblemático restau-rante “O Redondel”, que funcionou, durante muitas décadas,na Praça de Toiros Palha Blanco. A mesa administrativa dainstituição, que já foi contactada por vários interessados, pre-tende elaborar um caderno de encargos muito preciso eacredita que será possível reabrir o conhecido restauranteainda no primeiro semestre deste ano.Carlos Caetano Dias, provedor da Misericórdia de VilaFranca, disse, ao Voz Ribatejana, que, depois da assembleiade credores, o Tribunal do Comércio de Lisboa decidiudeclarar insolvente a firma que explorou “O Redondel” nosúltimos anos e que, no final de Novembro, o próprio tribunalentregou a chave do espaço à SCMVFX, ficando a instituição(proprietária da praça) novamente habilitada a dar-lhe o des-tino mais adequado. “Estamos a preparar um caderno de encargos, que tem queser muito bem elaborado, porque é um património que quere-mos defender e preservar e para que não apareça alguém quequeira fazer alterações sem sentido”, sublinha CarlosCaetano Dias, admitindo que o próprio caderno de encargosvenha a prever o desenvolvimento de algumas obras de me-lhoria do espaço do restaurante antes da sua reabertura.“Temos sido contactados por pessoas interessadas, já pelomenos três ou quatro. E foi curioso ver num destes diasaparecerem quatro indivíduos que vinham para almoçar noRedondel e ficaram surpreendidos quando dissemos o que sepassava”, refere o responsável da Misericórdia de VilaFranca, destacando a imagem que “o Redondel” ainda temem muitas zonas do país.Carlos Caetano Dias acha que há todas as condições paraque “O Redondel” reabra algum tempo antes do próximoColete Encarnado e sublinha que é do interesse da SCMVFXultrapassar este problema, porque a concessão do espaço éuma receita que contribui para sustentar a actividade socialda instituição.
Boa parte do projecto do centro gastronómico de Povos vai ficar pelo caminho. Já se gastaram perto de 100 mil euros em obras
e equipamentos e a Junta tenta, agora, aproveitar parte do edifício para fazer refeições para escolas e outra para instalar a sua
delegação no bairro.
Junta desiste do centro
gastronómico onde já
gastou 100 mil euros
Jorge Talixa
O novo executivo da Junta de
Vila Franca de Xira entende
que não há condições para con-
cretizar o centro gastronómico
que a anterior equipa da autar-
quia planeou para um edifício
degradado de Povos. O caso
voltou a dar acesa polémica na
última sessão da Assembleia de
Freguesia e a nova presidente
da Junta, Ana Câncio, anun-
ciou que a intenção da autar-
quia é, agora, tentar concluir as
obras de reabilitação do edifí-
cio e transferir para ali a sua
delegação de Povos, o que per-
mitiria poupar a renda actual-
mente paga pelas instalações
do balcão local da Junta.
Depois de cerca de 100 mil
euros já gastos (ou compro-
metidos) num projecto anunci-
ado em 2008 durante uma visi-
ta do executivo municipal à
freguesia, o centro gastronómi-
ca deveria trabalhar na for-
mação de pessoal especializa-
do para a restauração e
refeitórios de instituições e
empresas da região e também
no fornecimento de refeições
ali confeccionadas. O investi-
mento previsto pelo executivo
liderado por José Fidalgo ron-
dava os 200 mil euros, mas a
candidatura a fundos comu-
nitários nunca foi aprovada,
complicando, e muito, o desen-
volvimento do projecto.
Entretanto foram feitas obras
num valor de cerca de 44 mil
euros (a reabilitação e ada-
ptação do imóvel ainda está
longe do fim) e a Junta adqui-
riu, em leasing, equipamentos
para a cozinha e computadores
para as salas de formação, num
total de cerca de 50 mil euros.
A ideia seria instalar ali duas
salas de formação com capaci-
dade para 40 formandos, uma
cozinha e uma zona de serviço
de mesa.
Na Assembleia de Freguesia de
dia 19 foi o próprio PS, pela
voz de João Trindade, a solici-
tar esclarecimentos ao executi-
vo da Junta sobre este processo
do centro gastronómico. “A
bancada do PS gostaria de
saber o que é que se passa com
o centro gastronómico, quais
são os projectos ou ideias e o
que é que está pensado para a
solução do mesmo?”, questio-
nou.
Orlando Silva, presidente da
mesa da assembleia, lembrou
que a bancada da CDU apre-
sentou um requerimento solici-
tando esclarecimento sobre o
processo do centro gastronómi-
co e Ana Câncio fez um ponto
da situação, frisando que “há
algumas obras feitas e o
equipamento da cozinha
adquirido”.
“O que falhou aqui? Falhou
talvez o facto de se ter dado,
naquela altura, talvez um passo
um pouco maior que a perna e
não estariam completamente
acauteladas todas as parcerias
que seriam necessárias para
que o centro gastronómico
tivesse hipóteses de funciona-
mento”, sustentou a autarca do
PS, explicando que o projecto
assentava também numa parce-
ria com o Instituto do Emprego
e da Formação Profissional ou
com alguma outra instituição.
“A verdade é que as obras
pararam, ainda temos as obras
por pagar e estamos a pagar o
leasing do equipamento da
cozinha”, vincou.
Certo é que, no entender do
novo executivo da Junta,
empossado em Setembro, “não
será possível avançar com a
ideia do centro gastronómico
como tal, mesmo o quadro de
apoio em que estava a fun-
cionar essas acções de for-
mação hoje em dia já não exis-
tem ou são diminutos”. Por
isso, a autarquia local está,
agora, “a tentar perceber quan-
to custa acabar a obra do cen-
tro, não como centro gas-
tronómico, mas, eventual-
mente, como uma cozinha que
possa vir a servir as refeições
que são dadas nas escolas e
com parcerias com institui-
ções”. Segundo referiu, a Junta
não pensa para já tentar vender
os equipamentos adquiridos,
mas planeia utilizá-los à
mesma para uma função social.
Abandonada ficará a ideia do
centro de formação e a Junta
equaciona a possibilidade de
aproveitar o andar de cima para
a delegação que já possui em
Povos, o que permitiria deixar
de pagar a renda das actuais
instalações. “O projecto do
centro gastronómico não se
consegue levar para a frente, o
que este executivo tem que ten-
tar é minimizar os danos e que
não seja mais um edifício
degradado”, rematou Ana
Câncio.
“Não podemos deixar passar
em claro esta situação”, reagiu
Carlos Romano, eleito da
CDU, frisando que a sua ban-
cada sempre questionou este
processo. “Não há centro gas-
tronómico, o edifício está hoje
pior do que estava há 5 anos,
não há nada, mas já voaram
praticamente 100 mil euros
para aquele centro gastronómi-
co e não se vê luz ao fundo do
túnel”, lamentou, garantindo
que a CDU vai continuar aten-
ta ao destino daquele edifício e
dos equipamentos já adquiri-
dos.
O assunto voltou à baila na dis-
cussão das dívidas da Junta e
das proposta de plano e orça-
mento para 2012, com Rita
Lima (CDU) a perguntar “se
não é um crime ter-se gasto
mais de 40 mil euros impune-
mente e Carlos Romano a
referir que “o PS está atolado
nesta questão do centro gas-
tronómico” e a garantir que “a
CDU não se vai calar”, lem-
brando que três dos cinco
membros do actual executivo
já integravam o anterior.
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Ortopedia do Hospital de Vila Franca tem classificação máxima
A Entidade Reguladora da Saúde, através do SINAS - Sistema Nacional de Avaliação em Saúde,atribuiu a classificação máxima, de nível de excelência clínica III, ao serviço de Ortopedia doHospital de Vila Franca de Xira. As áreas de AVC e de pediatria da unidade hospitalar vila-fran-quense, que foram pela primeira vez submetidas a esta avaliação, foram distinguidas com o nível II deexcelência clínica. Os responsáveis do Hospital Vila Franca de Xira reconhecem a “pertinência” destaavaliação e pretendem “alargar a sua participação a todas as áreas avaliadas pelo programa SINAS”.
voz ribatejana #28
06
TODOS COM VOZ
Ficha técnica: Voz Ribatejana Quinzenário regional Sede da Redacção e Administração: Centro Comercial da Mina, Loja 3 Apartado 10040, 2600-126 Vila Franca de Xira Telefone geral : 263 281 329Correio Electrónico: [email protected] - [email protected] - [email protected] - [email protected] - Proprietário e editor: Jorge HumbertoPerdigoto Talixa - Director: Jorge Talixa (carteira prof. 2126) - Paginação: António Dias - Colaboradores: Miguel António Rodrigues (carteira prof. 3351), Carla Ferreira (carteira prof. 2127), Paula Gadelha(carteira prof. 9865), Vasco Antão (carteira de colaborador 895), Adriano Pires, Hipólito Cabeça, Paulo Beja - Concessionário de Publicidade: PFM – Radiodifusão Lda. Área Administrativa e Comercial– Júlio Pereira (93 88 50 664) e Afonso Braz (936645773) - Registo de Imprensa na ERC: 125978 - Depósito Legal nº: 320246/10 - Impressão: Coraze - Oliveira de Azeméis - Tiragem: 5.000 exemplares
O Melhor e o Pior da Quinzena
Editorial
As
potencialidades
da antiga
Marinha
A cidade de Vila Franca de Xira vive,
há bastantes anos, uma fase de algu-
ma estagnação, aqui e ali interrompi-
da por investimentos que lhe vão
dando algum dinamismo mesmo que
temporário, como foi o caso do
Vilafranca Centro ou como poderão
vir a ser as obras de requalificação do
jardim e da frente ribeirinha. Mas
quase todos concordam que Vila
Franca tem perdido algumas da pre-
ponderância e do papel de centrali-
dade que já desempenhou neste baixo
Ribatejo. Durante décadas apon-
taram-se argumentos como o trânsito
congestionado ou a falta de espaços
para novas construções, mas que
estão muito longe de explicar a
evolução negativa da cidade.
Por outro lado, projectos como a con-
troversa Nova Vila Franca parecem,
no mínimo adiados. O Hospital, den-
tro de ano e meio deixará de ter a
influência que ainda tem na vida do
centro da cidade e Vila Franca pre-
cisa, seriamente, de encontrar outros
caminhos e outros factores de
dinamismo. A zona ribeirinha, o pa-
sseio pedonal, a marina e o novo
pavilhão multiusos podem ajudar. Os
cerca de 12 hectares da antiga
Marinha poderão, se bem aproveita-
dos, gerar o pólo de actividades
educativas, económicas e recreativas
que dê um impulso ainda mais decisi-
vo.
A Câmara vila-franquense, apesar das
enormes restrições financeiras e da
acentuada quebra de receitas, parece
agora (ver página 3) mais confiante
na possibilidade de encontrar parce-
rias e meios que permitam adquirir
aquele espaço nobre. Um pólo de
ensino superior, um complexo
desportivo e outras possibilidades em
negociação que a autarquia ainda não
revela serão capazes de gerar
condições para um desafio ambicioso
mas, ao mesmo tempo, apaixonante
de criar uma zona de revitalização de
Vila Franca de Xira, paredes meias
com a cidade e servida pela Estrada
Nacional 10, pela linha-férrea e pela
auto-estrada.
Este mês de Janeiro poderá ser deci-
sivo para que se consolide o processo,
assim se reúnam os apoios (eventual-
mente até comunitários) e as von-
tades necessárias para aquele que
poderá ser o passo mais determinante
para a vida de Vila Franca de Xira nas
últimas décadas.
Jorge Talixa
Introduzir em Portugal um novo sistema deemissões televisivas, é certo que com melhor
qualidade, mas que obriga as famílias adespender quantias significativas para não
perderem a companhia básica da TV, é contro-verso. Pior ainda quando se percebe que nem
tudo foi bem esclarecido e que alguns, como oshabitantes do concelho de Arruda, vão serpenalizados com custos bem mais elevados
porque não foi exigido à empresa que ganhou aconcessão que invista o necessário para garantir
a cobertura do território nacional a 100%.
Preocupação e pessimismo para 2012
Não espero grande coisa de 2012, espero
muita perturbação em termos sociais, muita
recorrência à justiça, especialmente em ter-
mos de crimes graves, violentos. Estão-se a
ver nestes últimos tempos muitos assaltos.
Acho que também devido à perturbação
social cada vez mais se está a assistir a
crimes violentos. Sempre se assistiu, mas
nesta forma e nesta quantidade não. Todas
as semanas há 3 ou 4 crimes violentos, são
máquinas multibanco, são ourives. Acho
que a crise social também está a justificar
muita coisa, não justifica tudo, porque há
pessoas que recorrem às vezes ao dinheiro
fácil, mas também contribui para esta cri-
minalidade.
A Segurança Social está a apertar e a
restringir o acesso a apoios sociais, o que é
compreensível, porque se o País não tem
dinheiro, não tem onde o arranjar. Mas há
muita gente que vive desses expedientes e
que podia perfeitamente trabalhar em qual-
quer coisa. Às vezes, o Rendimento
Mínimo é a opção mais fácil e, às tantas,
acho que a Segurança Social não dará
vazão à quantidade de pessoas que vai
recorrer mesmo por necessidade, porque
cada vez há mais desemprego e, em mais
de 20 anos de profis-
são, nunca vi tan-
tas falências de
pessoas em ter-
mos individuais
como agora
As pessoas,
durante muito
tempo, foram incenti-
vadas a recorrer ao crédi-
to fácil. Eram tudo facilidades. Eu fui edu-
cada de uma forma: quem não tem dinheiro
não tem vícios. Mas há pessoas que pen-
saram que isto era fácil, que pagavam as
férias a crédito, e surgiram situações muito
complicadas.
O problema nesta altura é que a grande
maioria da população não está a compreen-
der por que é que as pessoas que de certo
modo contribuíram para esta situação de
gastar mais do que aquilo que se tem e para
outro tipo de coisas não estão, agora, a ser
responsabilizadas. A voz que se ouve é que
são sempre os mesmos a pagar a crise.
Não espero nada de bom para 2012. As
pessoas não acreditam muito em 2012 e
não acreditam muito que em 2013 se
comece a ver a luz ao fundo do túnel.
Os 100 anos do nascimento de Alves Redol têmsido assinalados com um conjunto alargado deiniciativas que vão muito para além das fron-teiras da cidade de Vila Franca, onde nasceu oescritor. Um exemplo de que a junção de von-tades pode gerar um programa diversificado edinâmico, que ainda se vai prolongar por maisalguns meses.
O novo ano que agora se inicia adivinha-se ainda mais difícil e o sentimento de alguns vila-franquenses ouvidos pelo Voz Ribatejana é de notório pe-
ssimismo, sobretudo porque duvidam do impacto positivo das sucessivas medidas de austeridade. O crescimento do desemprego, a degradação social,
o aumento da criminalidade violenta e os sucessivos acréscimos de preços de bens essenciais são motivos para muita preocupação, com alguns, mais ve-
lhos, a temerem principalmente a falta de perspectivas para os mais jovens, num País onde falta também alguma confiança nos decisores políticos.
António Cascais, 71 anos, reformado,
natural e residente em Vila Franca de
Xira
Não vejo melhoras nenhumas. Isto cada vez vai mais
para pior. Segundo eles dizem, 2012 vai ser pior e já
se está a notar isso. Estou também a notar no aspecto
monetário, há muitos impostos, muita coisa a aumen-
tar. Isto nunca mais se endireita, é mesmo um País de
gatunos. Acho que assim não é o caminho para
resolver os problemas do País.
Sinceramente não sei quais seriam as alternativas,
mas eles estão lá, querem ir para o Governo, têm que
arranjar soluções. Não sou eu, que tenho a 4ª. classe,
que vou resolver isto. Quem vai para
lá é que tem que resolver os
problemas. Cada vez se
nota mais famílias em
dificuldades, mais
roubos, pessoas que
não têm trabalho.
Estou preocupado
é com os meus
netos, isso é que
está a preocupar-
me, como é que será
o futuro deles?
“
Sílvia Valverde, 48 anos, advogada, Vila Franca de Xira
4 de Janeiro de 2012
07
Ginásio
degrada-se na
Castanheira
O ginásio de manutenção con-
struído no chamado Bairro do
PER da Castanheira do
Ribatejo está fechado desde
Janeiro de 2010, há quase
dois anos. O edifício vai-se
degradando e não devia estar,
assim, ao abandono.
AB
Camiões invadem Quinta
da Piedade
Como é possível a PSP não fazer nada, são camiões estaciona-
dos junto a cruzamentos a tapar a visibilidade, a colocar em
risco uma condução em segurança, são camiões estacionados
onde estão as marcações para estacionamento de ligeiros.
Tudo isto se passa na 2ª fase da Quinta da Piedade, junto ao
quartel dos Bombeiros da Póvoa de Santa Iria e da Escola
Aristides Sousa Mendes, na Avenida Vicente Afonso Valente,
que fica perto da esquadra da PSP.
As fotos foram tiradas às 16hoo do dia 29 de Dezembro.
Porque será que a PSP não actua? Esta é uma pergunta para a
qual eu não consigo encontrar uma resposta, mas sinceramente
gostava de saber a resposta, se existir alguém que saiba a
resposta, por favor responda.
Carlos Mota
Casas em perigo no Bom
Sucesso
O abatimento do pavimento da Rua de Alfatar (por cima da
estrada da Proverba) está a gerar grande preocupação, pondo
em perigo os peões e os automobilistas que ali passam. Ha
vizinhos assustados por causa desta situação, que pode afectar
as suas casas. Em caso de grandes chuvas haverá enorme peri-
go para a moradia e para as duas adjacentes. O problema
arrasta-se há mais de dois meses e precisa de uma urgente
intervenção das autarquias locais.
A.B.
O fim do ano de 2011 foi particular-
mente complicado em termos de
criminalidade nos concelhos de
Alenquer e Azambuja. Na madruga-
da de 22 de Dezembro, dois homens
encapuzados fizeram explodir uma
caixa multibanco junto a um super-
mercado da Rua u????, no
Carregado. A vizinhança, embora
alertada pelo estrondo, pouco ou
nada podia fazer, já que os dois
homens estavam alegadamente
armados.
O assalto violento, com recurso a
gás, destruiu a caixa multibanco e
parcialmente a montra do superme-
rcado Ponto Fresco. Sérgio Lopes, o
proprietário, lamentou a destruição
parcial da sua loja, frisando que “a
potência da explosão foi tal que cau-
sou muitos danos".
As autoridades acreditam que o
ataque terá sido planeado durante os
dias anteriores e lembram que a
caixa terá sido carregada com din-
heiro na véspera do assalto. A inves-
tigação do caso está, agora, entregue
à Unidade Nacional de Contra-
Terrorismo da Polícia Judiciária.
Assaltos em Azambuja
Já no dia 13, dois homens assaltaram
a estação dos Correios de Azambuja.
Passava pouco das quatro da tarde
quando duas funcionárias que tin-
ham ido ao banco buscar dinheiro
para pagar as reformas dos utentes
foram abordadas com alguma vio-
lência ainda antes de entrarem nos
Correios. Segundo algumas teste-
munhas, as funcionárias não ofere-
ceram resistência, a rapidez da
acção dos assaltantes foi o bastante
para que não existisse qualquer
reacção.
Os ladrões colocaram-se em fuga em
direcção à Estrada Nacional 3, onde,
segundo testemunhas, teriam um
veículo para a fuga. MAR
Família acusa lar de Alenquer
de negligênciaA família de António Silva
Sousa, de 82 anos, acusa o lar
da Santa Casa da Misericórdia
de Alenquer (SCMA) de ne-
gligência. Em carta dirigida ao
Voz Ribatejana, a neta, Liliana
Costa, solicita que o caso “não
passe despercebido”, subli-
nhando que não compreende a
actuação da instituição, que
acusa de comportamento
“desumano”. António Sousa
faleceu, na semana passada, no
Hospital de Vila Franca, onde
deu entrada muito fraco,
desidratado e sem conseguir
andar. A SCM de Alenquer afi-
ança que vai averiguar interna-
mente o que se passou.
A neta interroga a instituição
pelo facto da família ter sido
chamada para transportar o
idoso para o hospital, algo que
até considera irrelevante, não
fosse o caso do idoso “estar
com dificuldades respiratórias
e sem andar”. Liliana Costa
acrescenta que a instituição
justificou o telefonema feito
para a família com o facto
deste ter família.
Disseram-lhe que, “tendo
família, são da responsabili-
dade da família, quando
necessário as idas aos hospi-
tais, o que não se justifica,
pois, se a pessoa estiver em
risco de vida, de nada adianta,
pois o tempo da família chegar
e até à chegada ao hospital,
todo esse tempo pode ser
fatal”, salienta a neta na comu-
nicação que dirigiu ao Voz
Ribatejana..
E aqui começam as interro-
gações da família que realça o
facto de que António Sousa
estar apenas há 12 dias no lar
da instituição. “Entrou para lá a
andar, relativamente bem de
saúde, pois a única doença era
Alzheimer”, sustenta a neta,
referindo que, quando foi bus-
car o avô, encontrou-o sem
andar e transportado de cadeira
de rodas. “Sou sincera, não
reconheci o meu avô”, admite.
Já no hospital, foi informada
que o estado de saúde do fami-
liar era complicado, tendo
entrado directamente para
fazer exames de diagnóstico e
foi já de madrugada que a
família foi informada do falec-
imento de António Sousa, a 21
de Dezembro.
O Voz Ribatejana tentou, sem
sucesso, até ao fecho desta
edição, obter esclarecimentos
de responsáveis da SCM de
Alenquer. Luís Rema, director
delegado da instituição, decla-
rou, entretanto, ao jornal
Correio da Manhã, que "o sen-
hor estava num estado lasti-
moso quando faleceu, devido a
uma depressão que desen-
volveu pelo facto de estar
longe da filha". O mesmo
responsável da instituição de
Alenquer disse, ao CM, que a
avaliação do estado de saúde
do idoso é da responsabilidade
do médico. Luís Rema admite
que “possa haver uma falha ou
outra” e destaca a necessidade
de recolher o máximo de infor-
mação possível para esclarecer
devidamente este caso. No
caso de haver responsabili-
dades imputadas à instituição,
Luís Rema é
peremptório:“Estamos cá para
as assumir"
Miguel António Rodrigues
Onda de assaltos nos concelhos
de Alenquer e Azambuja
voz ribatejana #28SOCIEDADE
08
“
Um colectivo de juízes do Círculo de Vila Franca de Xira con-
denou os dois principais arguidos de um grupo acusado de 13
assaltos à mão-armada a penas de prisão efectiva. Mas, devi-
do à insuficiência das provas apresentadas em tribunal e à
forma como a legislação portuguesa não permite a valoração
de depoimentos anteriores, o colectivo só considerou provado
um dos assaltos e assumiu que lamenta não poder punir os
arguidos pelos restantes, porque até está convencido da culpa.
Grupo estava acusado de 13 assaltos à
mão-armada mas o tribunal só provou um
Jorge Talixa
A presidente do colectivo de
juízes admitiu que o tribunal
“está convencido” que os prin-
cipais arguidos do caso de um
grupo acusado de 13 assaltos à
mão-armada a cabines de
portagens e estações de
serviço “são culpados”, mas
frisou que “infelizmente a Lei
ainda não foi alterada” e, com
base apenas nas provas apre-
sentadas no julgamento rea-
lizado no Tribunal de
Benavente, só pode condenar
dois deles a penas de prisão
efectiva. A investigação
baseou-se nas declarações
prestadas em fase de inquérito
pela também arguida Lucinda
F., que conduziu os inspe-
ctores da Judiciária aos locais
dos roubos e descreveu alguns
pormenores. Mas como esta
“testemunha” não falou em
tribunal e não há mais provas
que o colectivo presidido por
Manuela Pereira entenda sufi-
cientes, o acórdão condena
apenas dois deles pelo assalto
às portagens da A 2 na
Marateca verificado em
Março de 2010.
“O tribunal reitera que lamen-
ta não poder condenar todos
os culpados que mereciam,
porque fizeram muito mal. Os
senhores sabem os danos que
causaram às vítimas. Espero
que não se voltem a repetir”,
sustentou Manuela Pereira, no
final da sessão do passado dia
21, depois de ter resumido o
conteúdo do extenso acórdão
de 107 páginas. “O tribunal
está convencido que são cul-
pados mais viu-se obrigado a
absolvê-los por força da Lei”,
referiu a magistrada.
De facto, o processo foi inici-
ado com um assalto às porta-
gens da A 13 em Santo
Estevão (Benavente), onde foi
identificada uma viatura furta-
da, posteriormente encontrada
na zona de Sines. Pelo meio, a
PJ deteve a arguida Lucinda
que acabou por confessar o
seu envolvimento com este
grupo de indivíduos, que disse
ter chegado a acompanhar
numa série de assaltos,
incluindo os da Marateca e de
Santo Estevão. E a Judiciária
encontrou num poço e enterra-
dos num terreno próximo da
residência dos dois supostos
“cabecilhas”, no concelho de
Palmela, boa parte dos obje-
ctos roubados. Foram, assim,
acusados de associação crimi-
nosa, ofensas à integridade
física grave por disparos sobre
militares da GNR e detenção
de armas proibidas. Os
“líderes” respondiam por 27
crimes de roubo qualificado,
correspondentes a 13 assaltos
verificados em várias zonas do
centro do País, especialmente
nos distritos de Leiria, Lisboa
e Santarém e Setúbal. Em tri-
bunal, os arguidos optaram
por não falar e as testemunhas
(vítimas dos assaltos) não os
identificaram na maior parte
dos casos, também porque os
assaltantes actuavam enca-
puzados. Certo é que, explicou
agora a juíza Manuela Pereira,
não bastam as informações
anteriores de Lucinda para a
condenação. “Embora tenha
feito o reconhecimento dos
locais, não prestou declar-
ações em tribunal e nada mais
do que isso pode ser levado
em conta. A circunstância de
terem sido encontrados diver-
sos bens subtraídos junto à
residência de parte dos argui-
dos, sem qualquer outro meio
de prova, não permite a conde-
nação. Não permite concluir,
infelizmente, que os pos-
suidores foram os autores dos
roubos. Por isso vão absolvi-
dos desses crimes”, explicou.
Os arguidos Fernando e
Hilário, acusados de 27 crimes
de roubo, foram assim conde-
nados por dois, respeitantes ao
assalto às portagens da
Marateca e o tribunal julgou
provado que dispararam sobre
dois militares da GNR que ali
se encontravam em operação
mas trajados à civil. Um dos
guardas foi mesmo atingido,
supostamente por Fernando,
que, em cúmulo jurídico, foi
condenado a 9 anos e seis
meses de cadeia por dois
crimes de roubo agravado e
dois de ofensas à integridade
física graves. Hilário também
vai cumprir pena de prisão e
foi condenado, em cúmulo, a 8
anos e seis meses de prisão.
Foram ambos absolvidos dos
restantes 25 crimes de roubo
por que estava acusados. Já os
arguidos Ricardo e Emanuel
foram condenados a 1 ano e
seis meses e 1 ano e três meses
por detenção de arma proibi-
da, sendo a execução destas
penas declarada suspensa. “O
tribunal acredita que, depois
do período de prisão preventi-
va que o Ricardo sofreu e que
o susto do Emanuel já serão
suficientes para que não
queiram repetir a práticas
destes crimes”, vincou
Manuela Pereira. Lucinda foi
absolvida, mas vai continuar
detida a cumprir outra pena e
Bruno “também conseguiu
escapar à justiça”, referiu a
presidente do colectivo, e foi
absolvido da prática de um
crime de roubo agravado. A
Brisa reclamava uma indem-
nização pelos roubos e danos
causados, mas o tribunal con-
denou apenas os dois princi-
pais arguidos a pagarem uma
verba de 125 euros, correspon-
dente ao valor roubado das
portagens da Marateca.
Contratos médicos renovados por 6 mesesem BenaventeO Agrupamento de Centros de Saúde da Lezíria (ACES) obteve autorização da AdministraçãoRegional de Saúde de Lisboa e Vale do tejo (ARSLVT) para renovar por mais seis meses os con-tratos de prestação de serviços médicos que asseguram o funcionamento diurno do Serviço deAtendimento Permanente (SAP) de Benavente. Medida idêntica foi tomada em relação aos médi-cos que prestam serviço na Extensão de Saúde do Porto Alto, segundo revelou, no dia 29, opresidente da edilidade benaventense, António José Ganhão, no decorrer de uma concentraçãoorganizada pela Comissão de Utentes do Concelho de Benavente. Relativamente à Extensão deSanto Estevão também foi liberta verba para a contratação de um médico. As comissões deutentes dos serviços públicos de saúde de seis concelhos da Lezíria do Tejo organizaram acçõesde protesto em simultâneo na tarde de quinta-feira em Alpiarça, Benavente e Chamusca, recla-mando medidas de reforço das unidades de saúde da região onde já são mais de 30 mil osinscritos sem médico de família. O novo presidente da ARSLVT, disse, no entanto, ao VozRibatejana, que não haverá qualquer alteração do funcionamento deste SAP – serve os 50 milhabitantes dos municípios de Benavente e Salvaterra – enquanto não estiver concluído um estu-do global de reestruturação dos serviços de urgência e emergência e enquanto o Ministério daSaúde não delinear e aprovar as medidas daí resultantes. Cunha Ribeiro prevê que este estudopossa estar pronto até Fevereiro e garante que só a partir daí serão equacionadas medidas.Também no que diz respeito às extensões de saúde, segundo Cunha Ribeiro, nenhuma medida defundo será tomada sem diálogo prévio com os presidentes das juntas de freguesia, enquanto rep-resentantes das populações. “Queremos que as pessoas tenham, dentro do possível e do que érazoável, serviços de proximidade. Isso não significa ter à porta de cada pessoa um hospital ouum centro de saúde”, salienta, afiançando que a ARSLVT não fará nada contra as pessoas. “Oque vamos ver em relação às extensões de saúde é ver as que fazem sentido e as que não fazem.As pessoas já perceberam que temos que adaptar a realidade às possibilidades. Impossíveis nãofazemos e não inventamos médicos, nem espaços”, conclui o presidente da ARSLVT.
4 de Janeiro de 2012
09
Jorge Talixa
As alterações de horários intro-
duzidas pela CP desde o passa-
do dia 11 estão a gerar muitos
protestos, sobretudo na zona
sul do concelho de Vila Franca
de Xira e devido à supressão,
aos fins-de-semana e feriados,
da maioria das paragens na
Póvoa de comboios com desti-
no e origem em Santa
Apolónia. Alguns utentes afir-
mam mesmo que esta alteração
obriga a transbordos e percur-
sos alternativos que os fazem
gastar mais hora e meia em
cada viagem. A CP alega que
fez um estudo de mercado, que
concluiu que apenas 4% dos
passageiros de fim-de-semana
fazem ligações com Santa
Apolónia e que, mesmo assim,
manteve as paragens na Póvoa
dos comboios regionais com
origem em Tomar.
Rute Santos é uma das utentes
lesadas por estes novos
horários da CP e disse, ao Voz
Ribatejana, que este novo sis-
tema não responde às necessi-
dades de muitos habitantes da
zona sul do concelho de Vila
Franca. Como os comboios
regionais são muito escassos
ao fim-de-semana, vê-se,
agora, obrigada a sair de casa
hora e meia mais cedo, a apan-
har comboio para o Areeiro e a
fazer, depois, a restante ligação
até ao seu destino no Metro. “É
uma tristeza”, lamenta, frisan-
do que no regresso, é
necessário fazer transbordo de
comboio na Gare do Oriente.
“Quando estamos a fazer a
troca temos que correr, porque
o comboio de Azambuja já está
a chegar. Senão, lá temos que
esperar mais meia hora”, criti-
ca, em conversa que manteve
com o Voz Ribatejana através
do Facebook.
Certo é que, anteriormente, a
maioria dos comboios que
fazia a ligação entre Azambuja
ou a Castanheira e Santa
Apolónia parava na Póvoa,
uma das estações mais movi-
mentadas da Linha de
Azambuja com mais de 10 mil
passageiros por dia.
Já o gabinete de comunicação
da CP explicou, ao Voz
Ribatejana, que estas alter-
ações decorrem, entre outros
factores, da realização de um
estudo de mercado, realizado
com o objectivo de “aferir as
efectivas e actuais necessi-
dades de mobilidade destas
populações, que têm como
principal destino as estações de
Sete Rios, Entrecampos e
Roma-Areeiro e principal-
mente as deslocações para a
estação do Oriente”.
Por isso, os horários foram
delineados, refere a porta-voz
da transportadora ferroviária
Ana Portela, “com o objectivo
de adequar a oferta à procura,
privilegiando também as deslo-
cações de lazer através da li-
gação à Linha de Cascais por
Alcântara-Terra”. A CP con-
cluiu, assim, que “há uma
alteração de hábitos de mobili-
dade dos clientes destas linhas,
decorrente, nomeadamente,
quer do período em que o túnel
do Rossio esteve encerrado
(durante o qual as pessoas
encontraram novas formas de
realizar as suas deslocações) e
também das alterações de ofer-
ta dos operadores da Área
Metropolitana de Lisboa,
nomeadamente o Metro”.
O caso da Póvoa
de Santa Iria
Embora reconheça que a Póvoa
de Santa Iria é “uma das princi-
pais estações da Linha da
Azambuja”, Ana Portela acres-
centa que os estudos realizados
permitiram apurar que os pa-
ssageiros que embarcam nesta
estação ao fim-de- semana são
cerca de metade dos que o
fazem em dia útil da semana. E
que, destes cerca de 50%, ape-
nas 4% têm como destino
Santa Apolónia. “A larga maio-
ria dirige-se a Sete Rios,
Entrecampos e Roma/Areei-
ro”, sustenta a porta-voz da
empresa. Por outro lado, a CP
recorda que, aos fins-de-sem-
ana e feriados, mantêm-se as
paragens na Póvoa de Santa
Iria dos chamados “comboios
regionais” que, no entender dos
seus responsáveis, tendo em
conta os dados sobre os níveis
reais de procura, “permitem
satisfazer as necessidades de
mobilidade dos clientes”. Ana
Portela afiança, contudo, que,
como é habitual, a CP “está a
monitorizar atentamente os
efeitos e reacções decorrentes
destas alterações no sentido de
detectar eventuais necessi-
dades de reanalisar e reequa-
cionar esta questão”.
Os novos horários da CP reduziram as paragens de comboios na estação da Póvoa de Santa Iria, sobretudo aos fins-de-semana e feriados
Novos horários da CP dão muitos
protestos na Póvoa
Mário Rui Gonçalves (n. 22 de Dezembro de 1947 –
f. 7 de Dezembro de 2011) foi co-fundador do Grupo de
Teatro Esteiros, sediado na Sociedade Euterpe
Alhandrense, colectivo que mantém a actividade e que
dirigiu durante cerca de três décadas. Naquele grupo,
entre outras funções, participou como actor numa
dezena de espectáculos, entre os quais aquele em que se
estreou: Guilherme Tell tem os olhos tristes, de Alfonso
Sastre, em 1976. Destacou-se, todavia, como encenador,
função que iniciou, em 1978, na peça João – o menino
que inventava palavras, de Isa Meireles. Encenou com
regularidade 22 espectáculos, que contribuíram para a
divulgação de autores relevantes, clássicos e contemporâneos, das dramaturgias
nacional e universal, tendo sido apresentados por todo o país – incluindo alguns
dos mais importantes Teatros, entre os quais o Teatro da Trindade, o Teatro de
São Luís ou o Teatro Maria Matos, em Lisboa; o Teatro da Malaposta, em Olival
Basto; ou o Teatro Garcia de Rezende, em Évora – e também no estrangeiro.
Recebeu várias distinções em festivais de teatro: tanto prémios individuais
(atribuídos a si, na qualidade de encenador e de compositor), como prémios
principais na categoria de “melhor espectáculo”. Em Outubro de 2009, recebeu
a Medalha de Mérito Artístico e Cultural, da Freguesia de Alhandra.
Ao longo dos trinta anos que dedicou ao teatro e ao Grupo Esteiros, aprofundou
a sua formação com destacados encenadores, como Mário Barradas, José
Martins ou José Peixoto, e assumiu-se como elo de transmissão de conhecimen-
to, ora nos cursos específicos que ministrou, ora na sua actividade regular de
criação. O seu empenho na formação de muitos jovens, de várias gerações,
alguns dos quais prosseguiram percursos profissionais no teatro (enquanto
actores, cenógrafos, produtores, professores e investigadores), justifica, por si
só, a forma como, por todos, foi sendo reconhecido e tratado: o “Mestre”.
A estação da Póvoa é uma das mais movimentadas da regiãoe um dos locais onde há mais protestos
Pub/divulgaçãoAssembleia de freguesiatambém contesta mudanças A Assembleia de Freguesia da Póvoa de Santa Iria aprovou,no dia 29, uma moção contra as alterações introduzidas noshorários da CP, especialmente no que diz respeito àsupressão das paragens dos comboios com origem e destinoem Santa Apolónia aos fins-de-semana e feriados. O docu-mento, apresentado pela bancada da CDU, foi aprovadotambém com votos favoráveis do PS e do Bloco de Esquerdae as abstenções da coligação Novo Rumo.A moção sublinha que, para além das ligações a SantaApolónia, os novos horários vieram também reduzir as para-gens de comboios no período nocturno e recorda que o con-celho de Vila Franca de Xira é aquele que mais contribuicom passageiros e receitas na “Linha Suburbana do Norte”e que a estação faz parte das que mais contribuem com pa-ssageiros para a CP.O documento elaborado pela bancada da CDU contesta,também, o “brutal aumento” das tarifas verificado em 2011,que, diz, rondou os 25% e os novos aumentos que se pers-pectivam já para Fevereiro, que “criam sérias dificuldadesaos povoenses que necessitam deste meio público de trans-porte”. Depois, os eleitos comunistas rejeitam eventuaisalterações no sistema tarifário que passem a Póvoa dasegunda para a terceira zona do trajecto de ligação a SantaApolónia e uma eventual privatização das linhas ferroviáriassuburbanas de Lisboa e Porto.A moção exige do Governo “a defesa do cariz social dotransporte público ferroviário e o alargamento da coroa dopasse social L-123 a todo o concelho de Vila Franca” ereclama medidas que valorizem, modernizem e desenvolvamo sector do transporte ferroviário.
Euterpe tem Concerto de Ano Novo
A Sociedade Euterpe Alhandrense organiza, domingo à tarde,o seu habitual Concerto de Ano Novo, desta vez integradonas comemorações dos 150 anos da colectividade. O espec-táculo tem início marcado para 16h00 e inclui actuações dabanda, do grupo de teatro Esteiros, do Conservatório SilvaMarques e de grupos de dança da colectividade alhandrense.
voz ribatejana #28EDUCAÇÃO
10
“
Jorge Talixa
Pais e Encarregados de
Educação da Escola Básica dos
2º. e 3º. Ciclos (EB 2.3) de
Vialonga decidiram enviar uma
carta aberta ao ministro Nuno
Crato e agendar novos
protestos para Janeiro, con-
siderando que os 93 mil euros
que a Direcção Regional de
Educação de Lisboa anunciou
que vai investir na escola ficam
muito longe das suas necessi-
dades imediatas. Reunidos em
assembleia-geral, os membros
da Associação de Pais
criticaram também a decisão
“cega” do Governo de sus-
pender o projecto de reabili-
tação e ampliação da escola que
a Parque Escolar estava a
desenvolver.
“Esta verba não resolve o pro-
blema de fundo da escola, ou
seja a superlotação a que neste
momento se encontra sujeita”,
diz José Luís Vieira, presidente
da Associação de Pais da EB
2.3 de Vialonga, vincando que
a escola foi inaugurada há 24
anos para 600 a 700 alunos e
hoje tem 1200 estudantes, dis-
tribuídos pelos mesmos
espaços, alguns dos quais
sujeitos a inundações em perío-
dos de maior pluviosidade.
A DREL informou, recente-
mente, a direcção do
Agrupamento de Escolas de
Vialonga que vai disponibilizar
93 mil euros para obras de
reparação dos telhados, mas,
diz José Luís Vieira, essa verba
“poderá não chegar para a total
substituição” das coberturas,
feitas de telhas de fibrocimen-
to, que também suscitam pre-
ocupação aos pais por terem
amianto nos seus componentes.
A assembleia decidiu agendar
para Janeiro um protesto com
“maior visibilidade” e enviar
uma carta ao ministro Nuno
Crato onde pais e encarregados
de educação sublinham que os
seus educandos “continuam a
ter aulas em péssimas
condições” e sujeitos, em cer-
tos dias da semana, a 10 tempos
de aulas, devido à dificuldade
da escola em organizar horários
para todas as turmas num
espaço com poucas salas.
Lembrando que a EB 2.3 de
Vialonga também não tem
instalações desportivas, o que
obriga os alunos a percorrerem
cerca de 1 quilómetro a pé “à
chuva e ao vento” para terem
aulas de educação física num
pavilhão da vila e de música no
centro comunitário, a carta
acrescenta que os educandos
também “não podem ter aque-
cimento, pois os quadros eléc-
tricos não aguentam e chegam a
não ter aulas porque chove den-
tro das salas”. E reafirma o con-
vite para que Nuno Crato vi-
site a escola, já feito em
Novembro, mas que ainda não
teve resposta.
Obras de 93 mil euros nos telhados não
sossegam pais da EB 2.3 de VialongaA Direcção Regional de Educação disponibilizou cerca de 93 mil euros para substituir os telha-
dos dos blocos da EB 2.3 de Vialonga, mas os pais e encarregados de educação sustentam que
esta intervenção é manifestamente insuficiente para criar condições mínimas numa escola
sobrelotada e onde faltam instalações desportivas e espaços para cursos específicos como o de
música.
Os eleitos da CDU sustentam
que a maioria camarária PS está
“desfasada” das necessidades
das duas freguesias - Vialonga
e Castanheira do Ribatejo – em
que a coligação liderada pelo
PCP governa as respectivas
juntas. Os eleitos comunistas
hesitam em falar de “discrimi-
nação”, mas, em conferência de
imprensa realizada no dia 22,
criticaram o “desconhecimen-
to” das necessidades prio-
ritárias destas zonas e sobretu-
do o facto de Vialonga, com
cerca de um sexto da população
concelhia, receber menos de
5% dos investimentos
camarários previstos para 2012.
José António Gomes, presi-
dente da Junta de Vialonga,
salienta que não põe, de modo
nenhum, em causa os investi-
mentos que a Câmara se propõe
fazer nas restantes freguesias,
mas estranha que, num mon-
tante de 8, 74 milhões de euros
que a edilidade pretende inve-
stir nas 11 freguesias (exce-
ptuando grandes obras como as
regularizações dos rios Crós-
Cós e Grande da Pipa e os ace-
ssos ao hospital e à plataforma
logística), a freguesia via-
longuense tenha apenas 334 mil
euros. “Não ponho em causa as
verbas que se gasta nas outras
freguesias, mas a questão é que
Vialonga, a terceira freguesia
do concelho – nesta altura ape-
nas atrás de Alverca e da Póvoa
e já mais populosa que Vila
Franca -, de 8, 7 milhões tenha
apenas 334 mil euros”, contes-
ta.
“Temos ou não temos escolas a
funcionar em contentores, com
crianças ao frio, em condições
de aprendizagem péssimas?
Vialonga deve ter as piores
escolas do concelho”, lamenta
o eleito da CDU, lembrando
que a freguesia tem também
urbanizações que esperam há
12 anos pela conclusão dos
seus espaços exteriores.
“Espanta-me quando oiço falar
em bibliotecas de 7 milhões”,
critica José António Gomes,
lembrando que se criticou a
eventual construção de um
auditório de 8 milhões de euros
na Escola Básica dos 2º. e 3º.
Ciclos de Vialonga e, agora,
admite-se gastar 7 milhões na
biblioteca de Vila Franca. “Há
muita coisa que faria muito
mais falta e será muito mais pri-
oritária”, referiu.
Em resposta ao Voz Ribatejana,
José António Gomes disse que,
em relação à freguesia de
Vialonga, não vê que “haja dis-
criminação por ser CDU”, mas
entende que “há uma certa
visão da Câmara em relação a
Vialonga que está desfasada do
contexto”. Também Ana Lídia
Cardoso, vereadora da CDU
natural de Vialonga, acha que
há, no mínimo, “desconheci-
mento” por parte da Câmara
das necessidades destas duas
freguesias e falta de atenção às
questões colocadas pelas
respectivas juntas. “Se se faz
discriminação política é não
saber governar, porque os
impostos da Castanheira, de
Vialonga, de Alverca ou da
Póvoa são iguais. Se funciona
assim, diferenciando as fregue-
sias pelas cores políticas, a pop-
ulação só tem uma opção, tirar
o PS da Câmara e pôr lá uma
força política que trate as
freguesias de forma igual”, sus-
tenta.
Já António Ventura Reis, presi-
dente da Junta da Castanheira,
acha que a discriminação
parece ser para a generalidade
das juntas, porque “ou há inca-
pacidade ou há falta de vontade
política e, hoje, não se discute
nada com os presidentes de
junta, se se discute só se é de
forma isolada”, afirma, con-
siderando que esse é, nesta
altura, o grande problema: a
alegada falta de diálogo entre o
executivo camarário e as juntas
de freguesia. Essa falta de diá-
logo acaba por ter consequên-
cias nocivas, com casos de
investimentos decidido pela
Câmara que acabam por se re-
velar desajustados, como foi o
caso, referiu, do parque infantil
da Vala do Carregado.
CDU acusa PS de estar “desfasado” das necessidades de
Vialonga e da Castanheira
A bancada do PS na Assembleia Municipal de Vila Franca deXira apresentou uma decla-ração em defesa da requalificação eampliação da Escola Básica dos 2º. e 3º. Ciclos (EB 2.3) deVialonga. Pelo voz de Paulo Afonso, os socialistas exortaram asentidades competentes, em particular o Ministério da Educação,a concretizarem de forma “urgente” as obras da EB 2.3 deVialonga e manifestaram o “interesse” da comunidade educativada freguesia e do conce-lho “numa intervenção de fundo quantoà requalificação e ampliação” do estabelecimento, actualmentefrequentado por cerca de 1200 alunos. Paulo Afonso lembrou asmudanças efectuadas durante o primeiro governo de JoséSócrates na esfera educativa, em domínios como a acção social
escolar, a modernização tecnológica, o 1º, Ciclo, o secundário ea formação de jovens e adultos já inseridos no mercado de tra-balho. Recordou, também, os objectivos da criação, em 2007, daParque Escolar, para desenvolver e executar o programa demodernização da rede pública de escolas secundárias. “A EB 2.3de Vialonga encontrava-se contemplada neste conjunto de esco-las a intervencionar, estando previsto um investimento na ordemdos 15 milhões de euros na construção de 20 novas salas, per-mitindo a implementação do ensino secundário, para além daconstrução, entre outras infra-estruturas, de novas instalaçõespara a prática desportiva”, referiu. O documento apresentadopelo PS vila-franquense realça também o trabalho desenvolvido
pela EB 2.3 de Vialonga e por todo o agrupamento local de esco-las, com projectos como o da orquestra juvenil, sendo “umareferência a nível nacional na promoção de uma escola públicacomo instrumento para a igualdade de oportunidades”.Recordando que, actualmente, a EB 2.3 está em “completa ru-ptura” e sem espaço para os seus mais de 1200 alunos, a decla-ração da bancada do PS sublinha, ainda, que há turmas quechegam a ter aulas em salas onde entra a água da chuva, outrasobrigadas a ter aulas em quatro contentores e a escola aindanão pôde beneficiar do Plano Tecnológico para a Educaçãoporque as salas não estão ligadas à rede informática e não exis-tem condições da infra-estrutura eléctrica.
Socialistas defendem requalificação da EB 2.3 de Vialonga
4 de Janeiro de 2012
11
A Câmara de Vila Franca de
Xira ensaiou, no final do ano
passado, uma primeira expe-
riência local de Orçamento
Participativo, desafiando a
população a escolher uma
obra a concretizar em 2012
nas quatro freguesias mais
populosas do concelho. O
executivo camarário indicou
oito projectos alternativos
(dois por cada uma delas) e
definiu que irá disponibilizar
500 mil euros do orçamento
deste ano para concretizar as
quatro intervenções mais
votadas em cada uma delas. A
participação até ficou aquém
das expectativas, mas o maior
problema dá-se, agora, em
Vialonga onde a Junta de
Freguesia e muitos dos
moradores estão contra a obra
prevista para a chamada
Praça Alegre, na zona do
Morgado. Aquando da apre-
sentação dos oito projectos,
em Outubro, já haviam surgi-
do algumas reservas na Praça
Alegre. Mas, agora, os
moradores estão mesmo a
organizar-se contra a obra, já
protestaram na última sessão
camarária e a presidente da
autarquia, Maria da Luz
Rosinha, prometeu agendar
rapidamente uma reunião no
bairro para discutir a situação
com os moradores e chegar a
uma decisão final.
“Os moradores não foram
ouvidos, não é nada que inter-
esse a quem ali mora”, critica
Maria Teresa Rodrigues, con-
siderando que a votação,
escassa, pela Internet não
traduz o pensamento de quem
ali reside. A moradora recor-
da que o espaço de estaciona-
mento ali existente é muito
deficiente e não chega para as
necessidades, frisando que os
moradores não concordam
com a ideia de instalar ali
parque de lazer público no
espaço onde há seis/sete anos
foi construído um pequeno
jardim com parque infantil.
Também Paulo Camarão acha
que não faz sentido desen-
volver o projecto preconizado
pela Câmara, porque o espaço
até foi requalificado há
poucos anos. “Só tivemos
conhecimento deste novo
projecto há um mês, sem ser-
mos ouvidos, o que estra-
nhamos. Não é um projecto
que vá melhorar nada e não
olha para a segurança das
pessoas”, frisa o habitante,
aludindo à preocupação que
os residentes têm com a even-
tual aglomeração ali de pe-
ssoas oriundas de outras áreas
da freguesia, eventualmente
até horas tardias. “Isto não
devia ir para a frente sem
ouvir os moradores”, recla-
mou. Maria da Luz Rosinha,
presidente da Câmara de Vila
Franca de Xira, afiança que o
assunto será tratado em diálo-
go com a população local. “Já
me tinha comprometido em
fazer uma reunião com os
moradores. Até lá nada será
feito no sentido de avançar
para a obra. Consideramos
que fizemos uma boa divul-
gação do Orçamento
Participativo, que foi dis-
tribuída massivamente, porta
a porta, em todas as fregue-
sias”, salientou.
Transferências para as juntas de freguesiacada vez mais limitadasAs transferências de verbas do Orçamento de Estado e da Câmara para as juntas de fregue-sia do Município vila-franquense têm vindo a baixar nos últimos anos. Para 2012, aredução é de cerca de 5%. Ventura Reis, presidente da Junta da Castanheira, sublinha que,com todos estes cortes, a capacidade de investimento das juntas é mínima. “A Castanheirateve sempre condições e capacidade de investimento, porque faz a manutenção e gere o din-heiro público da forma o mais cautelosa possível”, acrescenta, lamentando que matérias daresponsabilidade directa da Câmara ou de empresas privadas que intervêm no território dafreguesia continuem por resolver. “O investimento na pavimentação e na reparação dasestradas municipais foi zero. As empresas têm chorudos lucros, destroem as estradas e,depois, é o dinheiro público que vai ser investido nessas reparações”, critica o eleito daCDU, frisando que as juntas têm cada vez mais responsabilidades, desde as escolas aos pas-seios e vêm-se, muitas vezes, obrigadas e ir tapar buracos quando outros não assumem assuas responsabilidades. “Devia-se dar prioridade àquilo que é da nossa responsabilidade. Ea prioridade número 1 deviam ser as estradas e caminhos, porque as pessoas pagam os seusimpostos e têm o direito a circular em vias com condições”, sustenta. Ventura Reis admite que a freguesia da Castanheira vai ter um investimento importante nospróximos anos, na regularização do Rio Grande da Pipa na zona da Vala do Carregado,mas defende que esta obra “já devia estar concluída pelo menos há 5 anos. Levaram-seanos a resolver problemas em que deviam ter sido muito mais rápidos”, conclui.
163 votosOs 163 votos recolhidos neste primeiro OrçamentoParticipativo de Vila Franca permitiram escolher quatrointervenções inscritas no plano de actividades da Câmarapara 2012. Para além da polémica obra da Praça Alegre(recolheu apenas 5 votos, ainda assim superiores aos 3 dooutro projecto da freguesia de Vialonga, relativo à requalifi-cação da zona a tardoz da Rua Olival Santo). Mais pacíficassão as restantes três obras seleccionadas: integração pais-agística da Praceta da Cabine (Alverca) com 32 votos, zonade lazer dos Caniços (Póvoa de Santa Iria) com 43 votos eintegração paisagística a tardoz da Rua Egas Moniz (VilaFranca) com 24 votos.
Discussão naCâmaraOs resultados desteprimeiro OrçamentoParticipativo foram divul-gados na reuniãocamarária de 30 deNovembro, com a CDU adefender que é precisoadoptar outro modelo nospróximos anos e a maioriaPS a salientar que foi umaprimeira experiência quepode ser melhorada.“Temos que alterar com-pletamente a tipologia defuncionamento. Osnúmeros falam si,inscreveram-se 279 pessoase votaram 163, o que dácerca de 0, 02% da popu-lação do concelho. É umaprova de que o modeloestava errado”, sustentouAna Lídia Cardoso, quecriticou também a formadesequilibrada como foramindicados os projectos avotação, tendo em contaque o investimento previstonos projectos paraVialonga era bastante infe-rior ao dos restantes. “OOrçamento Participativoassim não funcionou, emfreguesias com 30 milhabitantes termos 60 a 80pessoas a votarem, é muitopouco, devia ter sido maisdivulgado e devia ter-setido em conta que a maiorparte das pessoas não temacesso à Internet”, alertou,questionando também oexecutivo sobre o que vaifazer relativamente ao casoda Praça Alegre.Fernando Paulo Ferreira,vereador do PS que acom-panhou todo o processo,salientou, por seu lado, quefoi particularmente impor-tante ter avançado nestecaminho do OrçamentoParticipativo. “Também érelevante que, pelaprimeira vez, uma fatiaimportante do orçamento écanalizada para oOrçamento Participativo.Foi o modelo possível nacontingência temporal quetínhamos e foi sempre ditoque era um projecto-pilotopara aproveitarmos tam-bém para ouvir as pe-ssoas”, sublinhou o edil,admitindo que correcçõesno futuro.
Junta pede revogaçãoTambém a Junta de Vialonga está contra a forma como decor-reu este Orçamento Participativo e já pediu a revogação dadecisão relativa ao vencedor, frisando que não concorda como dispêndio do escasso dinheiro público “numa intervençãonão necessária e que colide com o desejo dos moradoreslocais”. A autarquia já manifestara “estranheza” pela alega-da “diferenciação de tratamento” quanto às verbas a aplicarpor freguesia, uma vez que dos 500 mil euros previstos, ape-nas cerca de 40 mil poderiam ser destinados a Vialonga. Econsidera que o modelo parte de uma base errada, “porquedeveria arrancar da vontade da população e, no limite, doseleitos mais próximos”.José António Gomes, presidente da Junta vialonguense, dizque informou Fernando Paulo Ferreira que as opções dajunta não seriam aquelas, dado que os moradores da PraçaAlegre se manifestaram por várias vias contra a intervenção eque a obra da Rua do Olival Santo é um compromisso daCâmara que já devia ter avançado em 2010. Por isso, a Juntadiz querer ser parte na resolução do problema, “pela maiorproximidade e co-nhecimento da vontade da população deVialonga”.
Moradores de Vialonga não querem obra
escolhida no Orçamento Participativo
Maria Teresa Rodrugues
Casinhad`AvóGenaabriucomnova gerência Paredes-meias com o Núcleo Museológico e com o pelourinhode Alverca encontra-se a Casinha d`Avó, com mais de 60 anosde tradição como local de convívio de sucessivas gerações dealverquenses. Abriu recentemente ao público, com gerência daempresária dona Eugénia, uma transmontana que se apaixo-nou pela cidade alverquense. A Casinha d’ Avó está decoradaao rigor dos tempos modernos, mas conserva, porém, ostraços da tradição, patentes na colecção de fotos antigas bemilustrativas do pulmão económico que sempre foi a povoaçãoalverquense. O poeta popular Joaquim Agostinho fez honrasde traje, com o seu búzio. Um espaço – um recanto – queoferece ao cliente o conforto para degustar um bom aperitivo.
Adriano Pires
Ourivesaria assaltada no Forte da Casa
Uma ourivesaria do Centro Comercial Olival Parque do Forte da Casafoi assaltada, ao fima da tarde do passado dia 23, por três homens enca-puzados e armados com caçadeiras de canos serrados. Um dosassaltantes apontou a arma aos funcionários e aos clientes daourivesaria "Ambar Jóias" e, em poucos minutos, partiram vitrinas erecolheram muitos objectos em prata e ouro, cujo valor não foi revelado.
voz ribatejana #28
12
A dimensão financeira do projecto que está a ser delineado para a construção de uma nova biblioteca municipal nos silos da antiga fábrica de descasque de arroz de Vila Franca de Xira está a
gerar controvérsia entre comunistas e socialistas.
Possível biblioteca de 7 milhões
dá polémica em Vila Franca
Jorge Talixa
A maioria PS que governa a
Câmara de Vila Franca de Xira
quer construir uma moderna
biblioteca pública, com cara-
cterísticas únicas em Portugal,
no espaço dos antigos silos da
antiga fábrica de descasque de
arroz da sede de concelho. Já
existem um acordo com a
empresa proprietária do velho
edifício industrial e um estudo
prévio elaborado pelo arquite-
cto Miguel Arruda, mas o valor
“indicativo” de 7 milhões de
euros para a instalação da nova
biblioteca inscrito no plano
plurianual de investimentos da
autarquia está a dar acesa
polémica, com a CDU a
criticar projectos “megaló-
manos” para “encher o olho” e
o PS a esclarecer que aquele é
um valor inscrito apenas para
manter a rubrica aberta, que as
últimas estimativas de custo
são inferiores e que aguarda a
abertura de um programa de
apoios comunitários para can-
didata o empreendimento.
Com o projecto de transfor-
mação da antiga fábrica num
moderno edifício para
habitação, comércio e serviços
apresentado pela imobiliária
Obriverca (dona do imóvel)
surgiu também a ideia de trans-
formar os antigos silos da parte
Norte numa biblioteca de seis
pisos com as mais modernas
características, que incluem
meios mecânicos e robóticos
para transporte e entrega de
livros e um funcionamento
muito baseado em sistemas
informáticos. Bibliotecas deste
tipo, segundo referem os
autores do estudo prévio, exis-
tem muito poucas em todo o
Mundo, uma delas em Nova
Iorque e outra em Londres. A
estimativa inicial apontou para
um custo de 6 milhões de
euros.
Agora, na recente discussão do
plano e orçamento para 2012, o
eleito da CDU Nuno Libório
frisou que a população local
concordará com a necessidade
de uma nova biblioteca – a
antiga tem problemas graves
de infiltrações que já ameaçam
o seu centro de documentação -
, mas já não estará “certa-
mente” de acordo que se gaste
7 milhões de euros nesse novo
equipamento. “Como esta só
existem duas bibliotecas no
Mundo, em Londres e em
Nova Iorque. Ora, nós não
estamos em nenhuma metró-
pole deste tipo ou dimensão,
pelo que, tendo em conta a
grande quantidade de necessi-
dades deste concelho, julgamos
muito mais oportuno fazer um
investimento bem menor, que
sirva Vila Franca de Xira e os
seus visitantes, poupando
recursos para outras obras há
muito reivindicadas e prometi-
das, mas nunca concretizadas”,
defende o vereador comunista,
considerando “megalómano”
pensar num investimento deste
montante, ainda por cima nesta
fase de crise acentuada e de
quebra de receitas do
Município.
Dias depois, em conferência de
imprensa, a CDU de Vila
Franca de Xira reafirmou a sua
oposição a esta ideia. Os comu-
nistas sustentam que concor-
dam com a necessidade de uma
nova biblioteca na cidade de
Vila Franca, mas a vereadora
Ana Lídia Cardoso sublinha
que “é impensável gastar 7
milhões numa biblioteca. É
uma necessidade, mas pode ser
feita por um valor muito mais
reduzido. É uma questão de
prioridades”, afirma. Bem
diferente é a posição de Maria
da Luz Rosinha, presidente da
Câmara de Vila Franca de Xira,
que sustenta que o que está nos
documentos apresentados para
votação do plano plurianual de
investimentos “é uma verba
meramente indicativa, que já
não é de 7 milhões, são 5 mi-
lhões e tal de euros. Até lá
poderia estar apenas com 1
euro, porque é uma verba a
definir e não está nada orça-
mentado para 2012. Está ali
simplesmente para termos a
acção aberta e, caso surja uma
possibilidade, não se perder a
oportunidade de a candidatar”,
explica a autarca do PS, frisan-
do que o executivo camarário
acredita que nos próximos anos
vai haver condições para can-
didatar a construção desta nova
biblioteca a apoios do Quadro
de Referência Estratégico
Nacional (QREN) e que só
assim será possível concretizar
um projecto com estas cara-
cterísticas. “Porque não sonhar
em ter uma biblioteca de refer-
ência. Será que a a população
deste concelho não gostaria?
De certo que gostaria de ter
uma biblioteca que fosse, ela
também, um centro de investi-
gação e de contacto com outras
realidades”, vincou Maria da
Luz Rosinha, criticando a CDU
por ter um pensamento redutor
em que, diz, preferirá não
avançar com uma obra de 1
milhão que tenha financiamen-
tos de 750 mil para não ter que
investir os 250 mil em falta.
“Muita coisa poderia ter sido
feita no primeiro quadro comu-
nitário de apoio se não fosse
este pensamento da CDU
(força maioritária na Câmara
até 1997)”, sustentou a presi-
dente da Câmara.
Museus de Vila Franca e Arruda ganham prémios da APOMO Museu do Neo-Realismo (MNR) de Vila Franca de Xira e o Centro de Interpretação das Linhas de Torres de Arruda dos Vinhosforam, recentemente, distinguidos pela Associação Portuguesa de Museologia (Apom). Os prémios foram entregues, no passadodia 12, em cerimónia presidida pelo secretário de Estado da Cultura.O MNR recebeu uma menção honrosa pela exposição “Tarrafal – Memória do Campo de Concentração”, que esteve patente entreAbril e Agosto de 2010. Um trabalho que resultou, também, de uma colaboração entre o MNR e a Fundação Mário Soares.Segundo a edilidade vila-franquense, o prémio para a melhor exposição é considerado o segundo mais importante entre osatribuídos anualmente pela Apom, depois do galardão para o “Melhor Museu”.Em 2007, o MNR já recebera o prémio (ex-aequo) para o melhor catálogo, pelo catálogo organizado por ocasião da exposição“Batalha pelo Conteúdo”. Já o Centro Interpretativo das Linhas de Torres de Arruda recebeu uma menção honrosa na categoria “Aplicação de GestãoMultimédia”. Para o Município de Arruda, esta distinção representa um reconhecimento do trabalho que tem vindo a ser desen-volvido no âmbito da recuperação e divulgação do património ligado às Linhas de Torres, quer pela autarquia arrudense, querpela Plataforma Intermunicipal para as Linhas de Torres que integra com outros cinco municípios da região.
A CDU critica projectos “megaló-manos” para “encher o olho” e o PSesclarece que aquele é um valorinscrito apenas para manter a rubricaaberta
Os antigos silos (à esquerda) e a imagem do projeto da futurabiblioteca (à direita)
CULTURA
“
Fotos Ana Serra
Vila Franca de Xira evocou, no
passado dia 29, a passagem de
100 anos sobre a data de nasci-
mento do escritor Alves Redol,
com uma arruada da Banda do
Ateneu, o lançamento de um
carimbo alusivo ao centenário
e a apresentação da reedição do
livro “Cancioneiro do
Ribatejo”. As actividades,
desenvolvidas a partir das
18h00, surpreenderam muitos
vila-franquenses, especial-
mente pelo desfile e pelas
músicas que a banda do AAV
interpretou junto ao monumen-
to de homenagem ao escritor.
Já no interior do átrio do
Museu do Neo-Realismo
(MNR), a banda de Vila Franca
de Xira apresentou mais dois
trechos, concluindo com o hino
do Ateneu Artístico
Vilafranquense. David Santos,
director do MNR lembrou que
Alves Redol foi sempre um
homem muito ligado ao movi-
mento associativo local e foi
também presidente da assem-
bleia-geral do Grémio
Artístico, que deu origem ao
actual AAV.
Seguiu-se a sessão evocativa
dos 100 anos de nascimento de
escritor, com David Santos a
vincar que Alves Redol “é uma
figura maior do neo-realismo
português, da literatura por-
tuguesa e necessriamente tam-
bém desta cidade e desta
região”.
Para Maria da Luz Rosinha a
dimensão da obra de Redol é
de tal ordem que vai muito
para além das fronteiras da
cidade e do País. “Alves Redol
não partiu, está connosco”,
salientou a edil, frisando que
este Museu do Neo-Realismo
“tem tudo a ver com a história
de Redol e com a história de
todo um conjunto de vultos
importantes da nossa cultura”.
Ӄ um sonho pensado por
muitos, que se conseguiu
tornar realidade e que nos per-
mite, num ambiente próprio,
comemorar o centenário de
Redol”, prosseguiu, agradecen-
do publicamente todo o
empenho que David Santos
tem mostrado na direcção do
MNR. “Já que não posso
aumentar-lhe o ordenado, devo
reconhecer publicamente tudo
o que tem feito em prol deste
espaço”, observou.
A presidente da Câmara vila-
franquense destacou, também,
a importância da reedição do
“Cancioneiro do Ribatejo”,
que teve uma primeira edição
em 1950 e não voltara a ser
publicado. Realçou, igual-
mente, o carimbo comemorati-
vo destes 100 anos lançado
pelos CTT e a forma como
estas comemorações do cen-
tenário do nascimento de
Redol conseguiram envolver
um conjunto alargado de par-
ceiros.
Falou, depois, a neta de Alves
Redol, filha de António Mota
Redol, que agradeceu a todos
os que se envolveram nestas
comemorações e em especial a
Maria da Luz Rosinha e David
Santos. Pedro Coelho apresen-
tou o carimbo dos CTT, que
frisou que o neo-realismo em
Portugal “teve sempre como
protagonistas gente de esquer-
da que, através do neo-realis-
mo, denunciava e chamava a
atenção para o que se passava”.
O vice-presidente da empresa
defendeu que é preciso honrar
estas pessoas “politicamente
actuantes” que nos deixaram os
seus ensinamentos e “nos per-
mitiram ter hoje a percepção
correcta dos princípios e dos
ideais”, referiu, considerando
que alguns dos actuais líderes
europeus “são possivelmente
bons economistas” e pessoas
“pragmáticas”, mas terão “per-
dido esta visão dos princípios
na política”.
Seguiu-se a apresentação do
“Cancioneiro do Ribatejo”,
numa reedição da editora “O
Mirante”, que deu sequência
uma sugestão de António Mota
Redol. Trata-se de uma recolha
que Alves Redol iniciou em
1937/38 e que resultou, já em
1950, na publicação deste
“Cancioneiro do Ribatejo”.
“Depois de 1950 não voltou a
ser publicado. É muito positivo
que, agora, tenha sido ree-dita-
do”, concluiu António Mota
Redol, filho único do escritor
vila-franquense.
4 de Janeiro de 2012
13
D. Manuela Câncio Reis
Gomes, figura querida de
Alhandra, já nos deixou para
sempre.
Alhandrense de coração,
granjeou muita simpatia
com o Povo de Alhandra,
mas muito especialmente
com as mulheres. Fazia
parte de todos os espectácu-
los que seu pai Francisco
Filipe dos Reis e o seu mari-
do Soeiro Pereira Gomes
organizavam, como autora
de letras e de músicas e onde
tinha sempre o seu lugar no
piano, juntamente com a
orquestra, que compunham
todas as peças.
Com uma cultura acima da
média, que soube distribuir
pelo Povo de Alhandra, sem-
pre com uma vivacidade,
aliada à grande amizade que
nutria pelo povo da terra.
Extraímos da sua longa
biografia, algumas obras
que se destacam:
Os livros:
“Eles vieram de madrugada
– Cartas para a
Clandestinidade” (dedicadas
ao seu marido)
“A Passagem” (uma
biografia do seu marido)
Inscreveu-se na Sociedade
Portuguesa de Autores em
5/2/1934, onde está também
registada como autor da
letra e da música de canções
como:
“Noite de Luar” (não con-
fundir com o teatro Sonho
ao Luar)
“Roda meu coração”
“Nunca Mais”
“E não vou contigo”
“A Fiandeira”
Mas há duas canções que
são a sua coroa de glória e
que ficam para sempre imor-
talizadas. São elas “A
Fiandeira” e “Noite ao
Luar”, qualquer delas can-
tadas por esse grande artista
que se chama Luís Piçarra e
que, durante muitos anos, se
ouviam nas rádios. Mas,
como os tempos são outros,
deixou de se ouvir.
D. Manuela foi um talento
cultural insaciável de uma
escritora que, sendo
humilde, conseguiu expri-
mir os sentimentos do Ser
Humano que, com uma co-
ragem extraordinária, con-
seguiu suportar o que de
mau e de mal lhe foi feito.
Os Alhandrenses sentem a
sua morte, ocorrida a 8 de
Dezembro de 2011.
Manuela Câncio Reis perfez
101 anos de vida. À família
enlutada, sentidos pêsames.
Américo Diogo Ferreira
Correio do Leitor
“É uma figura maiordo neo-realismo por-tuguês, da literaturaportuguesa e nece-ssariamente tambémdesta cidade e destaregião”
Congressointernacionalé ponto altoO congresso internacionaldedicado à vida e obra deAlves Redol será um dospontos altos destas come-morações. Realiza-se nosdias 19 (Faculdade deLetras de Lisboa), 20 e 21de Janeiro (Museu do Neo-Realismo em Vila Franca) evai, de certa forma, culmi-nar o programa comemora-tivo. Para Abril está, noentanto, agendada a entre-ga dos prémios aos vence-dores do Prémio LiterárioAlves Redol, ganho porNuno Figueiredo (romance)e Humberto David Oliveira(conto).
Vila Franca assinala 100 anos
do nascimento de Alves Redol Recordando
Manuela
Câncio Reis
Festa dos Reis no Bom Sucesso
O Centro Social e Cultural do Bom Sucessoorganiza, sexta-feira ao princípio da noite(19h00), uma Festa dos Reis. A iniciativaconta com a parceria da Academia PaulaManso e apresenta-se como uma “festamulticultural”. As entradas são gratuitas.
voz ribatejana #28
14
A Assembleia Municipal de
Arruda dos Vinhos aprovou,
no dia 28, por unanimidade, as
propostas de Grandes Opções
do Plano e de Orçamento para
2012, com a oposição a realçar
a abertura revelado pelo exe-
cutivo social-democrata para
ouvir e contemplar algumas
das suas propostas. Na prática,
o Município arrudense espera
movimentar este ano cerca de
15, 995 milhões de euros, que
se traduzem numa redução de
2, 2 milhões por comparação
com o orçamento anterior.
Carlos Lourenço, presidente
da edilidade de Arruda, expli-
cou que este é um orçamento
que, pela primeira vez, tam-
bém foi discutido e participado
com os vereadores do PS,
numa colaboração que, referiu,
foi realçada nas declarações de
voto dos socialistas e pelos
presidentes de Junta de
Freguesia. Segundo o edil, ini-
cialmente os cortes nas verbas
transferidas para as juntas
estiveram quantificados nos
41%, mas foi possível chegar a
um entendimento que permitiu
reduzir essa corte para 35%.
“Foi tudo partilhado e chegá-
mos a um entendimento de
consenso”, destacou, frisando
que a maioria PSD também
gostaria de poder apresentar
um melhor orçamento, mas
que tal não é possível.
“Mesmo para este temos que
trabalhar muito mais e cada
vez mais unidos. Temos aqui
algumas situações que já estão
feitas, mas que têm que cons-
tar porque ainda existem estes
compromissos para pagar. E
tivemos que deixar cair alguns
investimentos, como o com-
plexo desportivo, a recupe-
ração dos antigos Paços do
Concelho e a requalificação
ambiental do troço do Rio
Grande da Pipa e do Casal
Telheiro”, explicou o autarca
do PSD, frisando que, ainda
assim, o Município não pre-
scinde de alguns investimentos
importantes como os 21 fogos
de habitação social, a ampli-
ação e requalificação da escola
de S. Tiago dos Velhos e a
requalificação da zona envol-
vente da igreja matriz de
Arruda.
Carlos Lourenço admitiu que o
corte de 35% nas transferên-
cias para as juntas vai obrigar a
um esforço grande e traçou o
objectivo de, no final de 2012,
ter conseguido reduzir a dívida
da Câmara em cerca de 15%.
O edil espera uma redução nas
receitas provenientes dos
impostos directos e as transfe-
rências da administração cen-
tral para o Município de
Arruda deverão baixar cerca
de 400 mil euros. Por sectores,
o presidente da Câmara expli-
cou que se procurou manter o
nível de apoio aos bombeiros e
as verbas para a educação e
que na saúde e acção social há
um aumento de 47%, procu-
rando também responder às
crescentes necessidades de
apoio social. A maior redução
dá-se nas áreas da cultura,
desporto e lazer (menos 39%).
José Augusto Almeida, eleito
do PS, admitiu que este “é um
orçamento difícil nos tempos
em que vivemos”, frisando que
tudo tem que ser muito bem
pensado e calculado.
Reconhecendo que concorda
com alguns aspectos das pro-
postas, José Augusto Almeida
acha que as verbas previstas
para a acção social “vão ser
insuficientes” e que a Câmara
vai ter que “acelerar” questões
como o banco de voluntariado
e a construção dos fogos de
habitação social.
Já Porfírio Silva, eleito da
CDU, defendeu que se deveria
ter mais em conta a reparação
da rede viária municipal e
reclamar mais intervenções da
Estradas de Portugal nas vias
nacionais, assim como mais
obras da SimTejo a nível do
saneamento. “Em termos
gerais é o plano de actividades
possível, contempla aquelas
áreas mais prioritárias e con-
sideramos que é positivo”, vin-
cou, destacando a forma posi-
tiva como o PSD acolheu as
propostas da oposição.
Casimiro Ramos, membro da
bancada do PS, colocou algu-
mas questões sobre as verbas
previstas no orçamento rela-
cionadas com receitas de
venda de bens imóveis e de
rendimentos de propriedade,
num total da ordem dos 2, 7
milhões de euros e estranhou
que, no que diz respeito à
água, as despesas previstas
sejam quase o dobro das
receitas. Isabel Espada, tam-
bém eleita do PS, quis saber
qual será o destino dos 76 500
euros previstos para o banco
solidário.
Carlos Lourenço explicou que
a diferença em relação à água
tem a ver com fornecimentos
(cerca de 1 ano) que o
Município ainda não pagou à
Águas do Oeste e que, como
estão por pagar, têm que con-
star do orçamento. Já no que
diz respeito aos rendimentos
de património, o presidente da
Câmara explicou que maior
verba (1, 2 milhões) tem a ver
com os contratos de instalação
de 21 ou 22 “moinhos”
aerogeradores e as restantes
com a venda de alguns edifí-
cios de uma participação na
Pisoeste.
Sobre o banco solidário,
Carlos Lourenço e a vereadora
Gertrudes Cunha explicaram
que a verba prevista se destina
à ajuda a famílias, à aquisição
de bens e ao apoio às institu-
ições locais. O presidente da
edilidade acrescentou que tem
procurado tomar algumas
medidas para reduzir as despe-
sas de transportes escolares (a
autarquia recebe 33 mil euros
da DREL e só à transportadora
que serve a região paga 200
mil, sem contar com os meios
próprios que também envolve
nestes transportes) mas que é
muito difícil.
Casimiro Ramos esclareceu,
depois, que o PS também vota-
va a favor, porque estas pro-
postas resultaram de um “tra-
balho de equipa” e as pro-
postas dos seus eleitos foram
discutidas. Sugeriu, no entan-
to, que o executivo social-
democrata equacione uma
intervenção, mesmo que mais
ligeira do que o previsto, no
moinho das Cardosas e que
haja uma discussão alargada
sobre o futuro da Quinta da
Murzinheira (Arranhó), onde
nasceu a escritora Irene
Lisboa. “O grande desafio será
encontrar soluções para as
receitas, já que não há mais
onde cortar nas despesas co-
rrentes”, concluiu.
Jorge Talixa
Arruda aprova orçamento de 16
milhões com consenso alargado
A sessão da Assembleia realizada no dia 28
ECONOMIA
“
Ota pode ter investimentode 45 milhõesA freguesia da Ota pode receber nos próximos anos um inves-timento da ordem dos 45 milhões de euros. A AssembleiaMunicipal de Alenquer aprovou, em Dezembro, por unanimi-dade, uma Declaração de Interesse Municipal para um pro-jecto nas áreas da segurança, investigação e desportoautomóvel que poderá também criar 300 postos de trabalho.Para uma região que, durante os últimos 15 anos, viveudebaixo das medidas restritivas relacionadas com o projecta-do aeroporto trata-se de uma mais-valia, questão sublinhadapelo presidente da Câmara de Alenquer. Jorge Riso admiteque o projecto ainda está numa fase muito inicial e que aindanão há certezas absolutas quanto à sua implantação, mas dizque, a concretizar-se, será uma boa notícia. O autarca do PSacrescenta que é um projecto muito atractivo para quem estáligado ao desporto automóvel e que poderá levar muita genteao concelho de Alenquer.O empreendimento programa para a Quinta da Ota, segundoo que foi revelado, contempla um centro de segurançarodoviária, uma escola de condução defensiva, um autódromoe um kartódromo.
MAR
4 de Janeiro de 2012
15
A situação financeira da Câmara de Vila Franca de Xira tem leituras completamente diferentes de CDU e PSD. Os comunistas
dizem que os compromissos assumidos e a quebra de receitas estão a levar a uma situação de quase “ruína”. Os socialistas
garantem a “estabilidade” financeira da autarquia e que tem todas as condições para continuar a cumprir os seus compromi-
ssos.
CDU fala de “estado calamitoso” mas
maioria PS garante “estabilidade”
Jorge Talixa
A CDU de Vila Franca de Xira
sustentou, no dia 22, horas
antes da votação do plano e
orçamento da Câmara local
para 2012 em sede de
Assembleia Municipal, que as
finanças da Câmara “cami-
nham para a ruína” e começam
a entrar num estado “calami-
toso”. A maioria socialista tem
uma visão completamente
diferente, considera que as afir-
mações da CDU são demagó-
gicas e sublinha que, apesar
das dificuldades existentes, a
Câmara tem a sua situação
financeira estabilizada, é um
dos municípios que paga mais
atempadamente a fornecedores
e tem condições para continuar
a assumir todos os seus com-
promissos em 2012.
Nuno Libório, vereador da
CDU, alerta para o “estado
calamitoso” em que, no seu
entender, “se encontra a estru-
tura financeira” da Câmara,
sobretudo porque, acusa, os
executivos de maioria PS têm
optado por assumir encargos
que não deveriam ser da autar-
quia, como a construção de
acessos a empreendimentos
privados como o novo hospital
(gerido pelo Grupo Mello) e a
plataforma logística da
Castanheira (projectada pelos
espanhóis da Abertis).
“A Câmara não soube acautelar
as reduções financeiras
impostas por sucessivos gover-
nos e tem, nos últimos anos,
uma redução impressionante
de receitas”, sustenta o eleito
comunista, realçando que o
orçamento camarário desce de
87 milhões de euros em 2011
para os 69 milhões previstos
para o próximo ano.
“Dos pouco mais de 20 mi-
lhões de euros para investi-
mentos, cerca de 6, 3 milhões
vão para a libertação de te-
rrenos e para a construção de
acessos a projectos privados”,
critica Nuno Libório, referindo
que, devido a estas opções con-
testadas pela CDU, a Câmara
não tem resolvido os inúmeros
problemas que o concelho tem
em domínios como as acessi-
bilidades internas, a reabili-
tação do parque escolar do 1º.
ciclo e do seu parque habita-
cional e a construção de mais
áreas de estacionamento.
Bem diferente é a visão de
Maria da Luz Rosinha, presi-
dente da Câmara de Vila
Franca de Xira desde 1998, que
sublinha que, apesar das difi-
culdades generalizadas e das
restrições impostas pelo pro-
grama de austeridade, o
Município “tem uma situação
confortável em relação ao
endividamento, respeitando
rigorosamente os limites estab-
elecidos” e “tem cumprido na
integra, e nalguns casos até
antecipado, os prazos de paga-
mento”.
Embora admita que são de pre-
ver quebras significativas de
receitas em 2012, sobretudo no
Imposto Municipal de
Transacções (muito ligado à
negociação de imóveis), que
deverá baixar para menos de
metade, levando a autarquia a
arrecadar menos cerca de 3, 8
milhões de euros, Maria da Luz
Rosinha sustenta que, ainda
assim, é possível canalizar
cerca de 25 milhões de euros
para investimentos. A autarca
do PS destaca o arranque, já no
início de 2012, das obras de
requalificação da margem
ribeirinha da zona sul do
Município e de regularização
do Rio Grande da Pipa. A con-
strução das novas instalações
do Centro de Saúde de
Alhandra e a reparação da rede
viária são outras das apostas.
Para a maioria PS, as afir-
mações da CDU são
“demagógicas” porque o
Hospital vai servir os 240 mil
habitantes da região e os aces-
sos à plataforma permitirão,
também, que toda a zona Norte
do concelho tenha acesso
directo à Auto-estrada do
Norte.
Votos contra doscredoresliquidam últimasesperanças daTNCAs últimas esperanças de recuperação da TNC(Transportadora Nacional de Camionagem) goraram-se nasemana passada com a juíza do Tribunal do Comércio deLisboa responsável pelo acompanhamento do processo deinsolvência a reafirmar a decisão de liquidação da empresajá tomada em Junho e suspensa na sequência da apresen-tação de um plano de viabilização. No início de Dezembro jáa maioria dos credores se pronunciara contra e a decisão deliquidação não foi desde logo tomada porque a Auto Suecosolicitou um prazo de 10 dias para se pronunciar por escrito.Agora, uma vez que a proposta de recuperação não reuniu oapoio de pelo menos dois terços dos valores representadospelos credores não restava outra opção e os 126 traba-lhadores vêm confirmada a perda dos empregos, que já sedesenhava desde que, em Outubro, receberam cartas de des-pedimento do administrador da insolvência.É mais uma empresa do concelho de Vila Franca de Xiraque fica pelo caminho (esta, sedeada em Alverca, chegou aser uma das maiores transportadoras portuguesas) e segue-se, agora, um processo necessariamente demorado de vendade bens e de divisão dos resultados da venda da massa insol-vente. Os 126 trabalhadores, recorde-se, reclamam cerca de7, 5 milhões de euros relativos a salários e indemnizações. A juíza responsável explica, na sua deliberação que decidiuavançar para a liquidação pelo facto do plano de viabiliza-ção apresentada pela antiga dona da TNC “não ter recolhi-do mais de dois terços da totalidade dos votos na assembleiade credores”. Alguns dos maiores credores como os bancosEspírito Santo e Santander acabaram por não se pronunciara favor da recuperação da empresa, apesar de, durante oVerão, ter sido referido que se haviam comprometido peranteo Ministério da Economia a contribuir para a viabilizaçãoda TNC. Certo é que o processo se arrastou desde meados deJulho e a paragem da laboração também ajudou a limitar aspossibilidades de recuperação. O Sindicato dosTrabalhadores dos Transportes Rodoviários e Urbanos dePortugal afiança que vai continuar a fazer tudo para que osdireitos dos 126 funcionários sejam garantidos na definiçãodos credores prioritários e na divisão dos valores que resul-tem da venda da massa insolvente.
Finanças da Câmara de Vila Franca
Votos do PS aprovamorçamentoAs Grandes Opções do Plano da Câmara de Vila Franca deXira para 2012 foram aprovadas em Assembleia Municipalapenas com os votos favoráveis da maioria PS, votos contrade CDU, Bloco de Esquerda e CDS-PP e abstenções da coli-gação liderada pelo PSD. De acordo com os documentos, oMunicípio tem, actualmente, uma capacidade de endividamen-to de 26, 341 milhões de euros e empréstimos contraídos demédio e longo prazo que contam para a contagem da capaci-dade de endividamento de 21, 012 milhões de euros.“Haverá cortes significativos na arrecadação de alguns va-lores, há toda uma mudança que nos pressiona para realizardespesas face à arrecadação de receitas. Garantimos asgrandes obras, com o aproveitamento dos fundos comu-nitários, e o cumprimento daquilo que são as nossas respon-sabilidades com os nossos fornecedores e prestadores deserviços e mesmo também dar uma resposta à qualificação emodernização dos nossos serviços”, salientou a presidente daCâmara Maria da Luz Rosinha, destacando algumas dasobras previstas para 2012 como a regularização do RioGrande da Pipa e o Centro de Saúde de Alhandra.João Milheiro reafirmou que a CDU não concorda com asprioridades delineadas pela maioria PS e João Machado,eleito do Bloco de Esquerda, colocou várias questões sobre oendividamento camarário. Já Ana Belchior, eleita do CDS-PP,apresentou um extenso documento onde sublinha que não vênas Grandes Opções do Plano medidas para o desenvolvi-mento de uma economia sustentada, com a criação de meiospara que as actividades económicas se desenvolvam em se-ctores que tenham viabilidade. A autarca do CDS-PP defen-deu, também, mais medidas de apoios às instituições particu-lares de solidariedade social e ligadas à formação e aoemprego e considerou que é preciso encontrar meios derentabilização das verbas investidas no Museu do Neo-Realismo. Rui Rocha observou, por seu turno, que a coligaçãoNovo Rumo entende que este orçamento se revela “equilibra-do” e reflecte globalmente os constrangimentos da actividadeeconómica em Portugal. “Podemos ou não divergir num ounoutro ponto, mas consideramo-lo globalmente equilibrado.Os nossos vereadores na Câmara, decorrente das suaspróprias responsabilidades, participaram na execução desseorçamento, deram-nos a garantia de que tinham conseguidofazer valer os seus pontos de vista”, referiu Rui Rocha, expli-cando que os vereadores sociais-democratas votaram a favorna Câmara, mas que a bancada da CNR na AssembleiaMunicipal optou pela abstenção, porque considera que a reti-rada de pelouros aos seus eleitos gera uma “quebra de confi-ança” quanto à capacidade do executivo de concretizar esteplano e orçamento.
Falecimento de Miguel Fernandes gera consternação
Miguel Fernandes, jovem samorense de 23 anos, faleceu, na semana passada, vítima de uma colisão entre trêsveículos ligeiros ocorrida no troço da Estrada Nacional 118, junto ao Campo de Tiro. Antigo jogador doFutebol Clube de Alverca, Miguel Fernandes deslocava-se para o local de trabalho, em Setúbal, quando, cercadas 08h40, o carro que conduzia terá sido abalroado e atirado contra uma das viaturas, segundo uma fonte daGNR. O jovem entrou em paragem cardiorrespiratória, foi assistido no local por uma equipa da ViaturaMédica de Emergência e Reanimação (VMER) de Vila Franca de Xira, mas não resistiu aos ferimentos.
Hipólito Cabaço
1) O Fiat 850 é a evolução nat-
ural do Fiat 600.
2) Este é lançado no mercado
no ano de 1964, a designação
do modelo acaba por ser a sua
própria cilindrada 843 cc – o
Fiat 850.
3) Dante Giacosa, chefe dos
projectistas da Fiat, apresenta
este modelo com muito mais
espaço interior e com muito
mais acessibilidade aos bancos
traseiros e com um espaço
envolvente muito mais cuida-
do.
4) No exterior, em relação aos
600, a frente é mais alta e
quadrada e os faróis são mais
amplos.
5) Mantendo a filosofia das
duas portas, motor e tracção
traseira, suspensão indepen-
dente às quatro rodas, este novo
modelo apresenta sobretudo um
bom coeficiente aerodinâmico
para a época.
6) A Berlina, na altura do lança-
mento, tinha disponíveis dois
modelos: um standard com 34
cv e um super com 37 cv. A sus-
pensão traseira independente
tinha um novo braço em “y”
que suportava o motor de 4
cilindros, arrefecido a água.
7) Com o evoluir da Berlina
“850” e com a muito boa
aceitação dos utilizadores da
marca, lançou-se no mercado
um Coupé e um Spider, con-
seguindo uma produção total,
até 1972, de 2 milhões e 800
mil exemplares.
8) No Verão de 1965 são intro-
duzidas duas novas versões: um
Coupé desenhado pela própria
Fiat e debitando 47 cv e um
Spider desenhado por Bertone e
debitando 49 cv
9) No ano de 1965 são coloca-
dos no mercado uma versão
850 familiar e um utilitário na
linha da Múltipla, com fileiras
de bancos.
10) Estes modelos mantive-
ram-se sem alteração até 1968,
após este ano sofreram peque-
nas mudanças. A berlina deixou
de ser Super e pa-ssou a ser
“Special” com acabamentos
mais refinados. Os interiores a
preto e novos frisos e passou a
receber o motor de 47 cv do
Coupé.
11) Neste mesmo ano, o Coupé
foi alongado, recebeu nova
frente com faróis suple-
mentares, a cilindrada passou
para os 903 cm3 e a potência
para os 52 cv. O mesmo aconte-
ceu com o Spider, com os faróis
e a aplicação de uma nova grel-
ha posterior.
12) As denominações foram
alteradas para “850 Sport
Coupé” e “850 Sport Spider”
Tintin e osautomóveisFazem parte do imagináriode infância as histórias debanda desenhada de Tintin.Foi, de facto, com satisfaçãoque vi Steven Spielberg comorealizador e Peter Jackson(Senhor dos Anéis) como pro-dutor terem concretizado umvelho sonho, com uma ani-mação digital luxuosa e comum espírito aventureiro quefazem justiça à extra-ordinária herança de Hergé.O ter visto no grande ecrã as“Aventuras de Tintin: O segre-do do Tricorne” levou-me, umavez mais, a fazer um estudode pesquisa para saber quan-tos modelos foram utilizadosao longo de todos estes anos.Pois bem, foram “só” 79 mode-los diferentes. Na impossibili-dade de vos deixar os desenhosde todos, aqui ficam os maisemblemáticos.
voz ribatejana #28AUTOMÓVEIS & HISTÓRIA
16
“
Fiat 850
Inspirado no Alfa RomeoAmilcar
Lincon Zephyr Cabriolet
Citroen Ami 6
Citroen 15/6
Triumph Herald 1200
Ford T
Willys MB
Opel Olympia Cabrioletcoach
Lancia Aprillia
MG 1100Simca Aronde
Vilafranquenseempatou com oTiresInduzidos em erro pelas tabelasde resultados e pela classifi-cação publicada na edição dedia 19 do diário Record,escrevemos, na última ediçãodo Voz Ribatejana, que a UniãoDesportiva Vilafranquense(UDV) batera, no domingoanterior, no Cevadeiro, o Uniãode Tires, por 1-0. De facto ojogo terminou com um empatea 1 bola, o que altera tambémde forma significativa a situ-ação das equipas da região natabela classificativa.Assim, a UDV está na 12ª.posição com 20 pontos, fruto de5 vitórias, 5 empates e 5 derro-tas nos 15 jogos já disputados.Logo acima está o Alverca com21 e o Vialonga soma 22 pon-tos neste renhido campeonatoda Divisão de Honra daAssociação de Futebol de Lisboa. Pelo erro no resultadopublicado pedimos as nossas desculpas aos leitores e amigose voltamos a publicar a classificação, agora correcta.
4 de Janeiro de 2012
17
O campeonato da Divisão de
Honra da Associação de Futebol
de Lisboa regressa no próximo
domingo, com a disputa da 16ª.
jornada, penúltima da primeira
volta, onde ressalta o sempre
apetecível dérbi concelhio entre
Vilafranquense e Alverca, que se
disputa no campo do Cevadeiro,
a partir das 15h00.
As duas equipas seguem a meio
da tabela, o Alverca mais bem
colocado com 21 pontos e o
Vilafranquense logo a seguir
com 20. Mais à frente segue o
Vialonga, com 22 pontos, que
nesta jornada tem deslocação
difícil ao terreno do vizinho
Loures. Já na I Divisão da AFL,
o União Povoense recebe o
Coutada, o Juventude da
Castanheira visita a Ericeira e o
União e Recreio de Vila Nova da
Rainha viaja até A-dos-
Cunhados. Aqui fica o ca-
lendário da Divisão de Honra
para domingo:
Vilafranquense-Alverca
Loures-Vialonga
Ponterrolense-Malveira
Lourinhanense-Tojal
Bucelenses-Encarnação
Odivelas-Linda-a-Velha
Lourel-Cacém
V. F. do Rosário-Sanjoanenses-
Alta de Lisboa
Hermano Ferreiraganha São Silvestrede Lisboa pelaterceira vezHermano Ferreira, atleta natural e residente em S.Tiago dosVelhos, no concelho de Arruda dos Vinhos, ganhou pela ter-ceira vez consecutiva a São Silvestre de Lisboa, disputada nopassado dia 31. O fundista da Conforlimpa chegou ao lado doseu colega de equipa Tiago costa, depois de terem deslocadotodos os adversários, numa prova de 10 quilómetros com par-tida e chegada nos Restauradores.Mais uma vitória de Hermano Ferreira que tem como grandeambição a participação nos Jogos Olímpicos de Londres, emJulho de 2012. O atleta de S. Tiago dos Velhos obteve os míni-mos B na maratona, em Dezembro, ao conseguir 2h 13m e28s na prova disputada na cidade italiana de Turim, mas temuma concorrência muito forte na corrida de 42 quilómetros edeverá precisar de melhorar a sua marca. Já em 2011,Hermano Ferreira conseguira sagrar-se campeão nacional deestrada. Já o cartaxeiro Rui Silva alcançou a sétima posiçãona S. Silvestre de Madrid.
Alverca renova plantelcom alguma polémica
O Futebol Clube de Alverca aproveitou a paragem de duassemanas nos campeonatos distritais para reformular oplantel da sua equipa sénior, com cinco entradas e seis saí-das de jogadores. Algumas destas “mexidas” não foram bemrecebidas por alguns adeptos ligados à claque do clube, quelamentaram a saída de jogadores que tiveram prestaçãoimportante na subida de divisão e na conquista da supertaçada AFL.A direcção do FCA distribuiu, no final do ano, um comuni-cado onde explica que esta renovação do plantel envolve asentradas de Armindo e Tera (ex-Sacavenense), André (ex-Vialonga), João Rodrigues (ex-Vila Franca do Rosário) eAlex (ex-Loures). Saíram Celso, Gabriel, Gonçalo, Bacar,Nobre e Djaló, a quem os responsáveis do Futebol Clube deAlverca agradecem “a forma como sempre defenderam ascores” do clube.Recorde-se que o FCA tem, desde o passado dia 27 deNovembro um novo treinador, Nuno Lopes, que substituiuRicardo Monsanto. A equipa técnica em funções é aindacomposta por Gabriel Rodrigues, Carlos Patrício e LuísCosta.
Vilafranquense e Alverca jogam
dérbi concelhio no domingo
DESPORTO
“
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O Voz Ribatejana Mais Perto de Si
A forte ligação à região que servimos é uma característica que distingue o Voz Ribatejana, que procura desenvolver um jornalismo atento aos problemas e às
aspirações das comunidades do sul do Ribatejo e de parte dos concelhos do Oeste. Apostamos num jornalismo de proximidade, que dá voz a todos e valoriza o
trabalho de associações e instituições e a importância dos valores e das tradições regionais. Também por isso, o Voz Ribatejana está quinzenalmente consigo
em cerca de 70 postos de venda da região, nossos parceiros nesta tarefa de levar mais longe a informação que produzimos. Para todos eles e para si Amigo
leitor vão os votos de um Ano Novo com muita Saúde e Boas Notícias.
Postos de Venda
voz ribatejana #28
20
Equipa da AISC junta 150
crianças em festa de NatalA equipa de RSI (Rendimento
Social de Inserção) da Póvoa de
Santa Iria e Vialonga, estrutura
ligada à Associação de
Intervenção Social e
Comunitária (AISC), organi-
zou, no dia 20, uma festa de
Natal destinada especialmente
a “proporcionar a crianças que
se encontram em situação
económica e socialmente des-
favorecida” um momento um
pouco mais feliz. A iniciativa,
que se realizou no Centro
Comunitário de Vialonga,
reuniu cerca de 150 crianças,
que puderam escolher o seu
brinquedo de entre livros,
jogos, bonecas, peluches e ca-
rros telecomandados, entre
muitos outros. Este “Natal a
Brincar”, promovido no âmbito
do protocolo existente com a
AISC (associação que repre-
senta 22 instituições particu-
lares de solidariedade social do
concelho de Vila Franca de
Xira), procurou também “sensi-
bilizar a comunidade e enti-
dades parceiras através da
recolha de brinquedos ao longo
de todo o ano, uma vez que se
considera que o espírito de
Natal não deve estar presente
apenas uma vez por ano, mas
sim todos os dias. Face à ge-
nerosa doação obtida, surgiu a
possibilidade de realizar esta
iniciativa em parceria com o
Centro Comunitário de
Vialonga, abrangendo deste
modo as famílias da freguesia”,
sublinha a equipa de RSI da
Póvoa e Vialonga. “Este
envolvimento das entidades
parceiras e da comunidade em
geral favoreceu um espírito de
partilha plena, consolidando e
estreitando relações entre todos
os envolvidos, afirmando-nos
assim como cidadãos de uma
sociedade informada, cons-
ciente e actuante”, prossegue a
referida equipa de acompa-
nhamento das famílias benefi-
ciárias e candidatas ao
Rendimento Social de Inserção,
salientando que “o balanço
final foi muito positivo”, até
porque “a maior recompensa
para todos os técnicos envolvi-
dos foi observar os sorrisos de
alegria e o brilho nos olhos
destes meninos que tiveram
também eles direito ao seu
brinquedo”.
Alverca mantém a tradição dafogueira do NatalA Igreja dos Pastorinhos em Alverca do Ribatejo, com acolaboração da Junta de Freguesia alverquense manteve atradição de acender uma fogueira na noite de Natal, que semantém acesa até ao dia de Reis.Henrique, um dos funcionários da igreja, tem sido o obreirode alma e coração em manter a tradição desde que a igrejafoi construída. Na noite de 24 para 25, os alverquensesestavam presentes para se aquecerem antes de assistirem àmissa do galo. O Voz Ribatejana também esteve presente edesejou a todos um Natal Feliz e um próspero Ano Novo de2012.
Adriano Pires
Liga do Hospital oferece cadeiraespecial a menino da Castanheira
A Liga dos Amigos do Hospital Reynaldo dos Santos de VilaFranca de Xira (LAHRS) entregou, no dia 21, uma cadeirade rodas especial à famíliade João Filipe GomesBolsa, menino de 8 anosresidente da Castanheirado Ribatejo, que sofre deparalisia cerebral. Aentrega do equipamento,orçado em 1900 eurossuportados integralmentepela LAHRS, decorreu nasinstalações do hospital vila-franquense.Segundo os responsáveis daLiga, o João vive com a suamãe, que tem dificuldadeseconómicas que não lhe per-mitem reunir meios para“adquirir os equipamentosnecessários que facilitem odesenvolvimento das capaci-dades” motoras da criançaque, devido à paralisiacerebral, tem umaredução permanente dassuas possibilidades físicas.“É sabido que todos osequipamentos técnicos des-tinados a crianças quesofrem de deficiência sãonormalmente caros e quepouco ou nenhum apoio têmem termos de compartici-pação das entidades oficiaiscompetentes”, acrescenta adirecção da LAHRS. Por isso,e conhecedores das dificul-dades da família, os respon-sáveis da Liga resolveramcanalizar esta verba paraa aquisição e oferta aoJoão Filipe de umacadeira Cruiser CX12,acompanhada pordiversos acessórios ade-quados ao seu estado físico.
NATAL/ANO NOVO
“
4 de Janeiro de 2012
19
O Grupo de Forcados
Amadores de Vila Franca de
Xira foi um dos que mais actu-
ou na Temporada
Tauromáquica de 2011 em
Portugal, com um total de 23
corridas, menos quatro que o
líder, que foi o Grupo de
Alcochete, a exemplo do ano
anterior. O novilheiro prati-
cante Tiago Santos, aluno da
Escola de Toureio José Falcão
também esteve em destaque e
foi o que mais toureou na sua
categoria. Já Vítor Mendes não
aparece nas tabelas agora
divulgadas pela Associação
Nacional de Toureiros (ANT),
porque não faz parte desta
instituição e Nuno Casquinha
surge com 3 corridas numa
tabela de matadores de toiros
portugueses liderada por Luís
Vital Procuna, com 10 actu-
ações.
No que diz respeito aos espec-
táculos realizados (ver
quadros), a ANT contabilizou
378, menos 26 que na tempora-
da anterior, mas estes números
terão sido também influencia-
dos pelo tempo chuvoso do
arranque da temporada que
obrigou a cancelar vários
espectáculos. Os números con-
hecidos apontam, todavia, para
um acréscimo de público, com
vários casos de lotação esgota-
da, como voltou a acontecer na
Palha Blanco de Vila Franca de
Xira. “O ano de 2011 foi mar-
cado pelas dificuldades finan-
ceiras às quais a tauromaquia
não ficou isenta, havendo com
isso uma diminuição no
número de espectáculos onde
os festivais taurinos foram os
que sofreram a diminuição
mais acentuada a par das corri-
das de toiros a pé / mistas”, re-
fere a ANT, frisando, contudo,
que registou uma “maior
afluência de público às praças
de toiros, por várias vezes
esgotadas e muitas vezes
cheias”.
Os dados coligidos pela ANT
dividem-se numa dezena de
categorias, incluindo ca-
valeiros, cavaleiros praticantes,
matadores, novilheiros, ban-
darilheiros, moços de espadas,
emboladores, empresas e gru-
pos de forcados.
Luís Rouxinol foi claramente
quem mais toureou em 2011
com 52 corridas (liderou tam-
bém em 2010, então com 58),
seguido por João Caetano e
Joaquim Bastinhas com 41.
Entre os cavaleiros de alterna-
tiva destacaram-se também Rui
Salvador e a samorense Sónia
Matias que, com 38 actuações,
foi na última temporada a ca-
valeira que mais toureou nas
praças portuguesas.
Nos matadores de toiros Luís
Vital Procuna teve 10 actu- ações e numa tabela reduzida a
Menos 26 espectáculos taurinos e Forcados
de Vila Franca de Xira entre os que mais
pegaram no ano passado
TAUROMAQUIA
“Luís Rouxinol foi quem mais toureou na última temporada taurina e Sónia Matias, Tiago Santos e Nuno Casquinha também estiveram em foco.
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CONDIÇÕES PARA O RESTO DA EUROPA
0 16 2 2
Evolução de espectáculos realizados
4 de Janeiro de 2012
21
A Assembleia Municipal de
Vila Franca de Xira aprovou
uma recomendação para que
se reforce a divulgação da
possibilidade que os
munícipes têm de canalizar
uma percentagem do seu IRS
para instituições particulares
de solidariedade social por
eles indicadas aos serviços
de Finanças. Ana Paula
Bayer, eleita da co-ligação
Novo Rumo, realçou os
benefícios que as instituições
locais podem co-lher destes
donativos e sugeriu que a
própria Assembleia
Municipal “divulgue esta
informação junto de todos os
cidadãos, independente-
mente das organizações que
pretendam ajudar”. João
Quítalo, presidente do órgão
deliberativo municipal de
Vila Franca de Xira, garantiu
que a Assembleia “irá fazer a
divulgação pelos seus
meios” e que espera que
todos possam também colab-
orar para alargar “o mais
possível” esta divulgação,
frisando que as próprias
IPSS também têm todo o
interesse em divulgar esta
possibilidade. Já Paulo
Afonso, eleito da bancada do
PS, manifestou o acordo dos
socialistas com esta sug-
estão, lembrando que esta
possibilidade de canalizar
verbas do IRS para as IPSS
surgiu por iniciativa de um
dos governos socialistas de
António Guterres. Mas o
autarca socia-lista disse, tam-
bém, esperar que uma das
próximas medidas do actual
Governo não seja eliminar
esta possibilidade de apoio
às IPSS, que “sendo volun-
tário, é um contributo impor-
tante”.
Maria da Luz Rosinha afi-
ançou que a Câmara fez, em
devido tempo, a divulgação
desta medida, desde logo
junto do movimento associa-
tivo e junto dos seus fun-
cionários. Lamentou, contu-
do, que, depois, o dinheiro
não chegue tão rapidamente
quanto devia às IPSS.
As emoções marcaram a apre-
sentação do livro
“Voluntariamente Feliz”.
Francisco José Graça,
bombeiro voluntário e for-
mador da Escola Nacional de
Bombeiros, juntou, no salão
nobre dos Bombeiros de
Azambuja, mais de uma cente-
na de amigos, como, aliás,
chamou aos presentes, para a
apresentação do seu livro.
Um livro que, nas palavras de
Joaquim Ramos, presidente da
Câmara de Azambuja, relata
afectos, relata vivências e a
dedicação à causa do voluntari-
ado. O autarca falou na quali-
dade de cidadão e elo-
giou Francisco Graça
pelo projecto de vol-
untariado a que se
dedica, salientando
que é um exemplo de
dedicação e de vida.
Antes, o presidente da
associação, António
Manuel Duarte, já
tinha dedicado algumas
palavras de incentivo e de
amizade a Francisco Graça,
que depois foram replicadas
por Pedro Cardoso, coman-
dante dos bombeiros de
Azambuja, que elogiou o
carácter daquele que, em tem-
pos, foi seu segundo coman-
dante, lembrando a relação de
amizade com mais de 15 anos.
Francisco Graça, autor deste
“Voluntariamente Feliz”, falou
do seu livro, do enriquecimen-
to que tem sido a sua vida,
junto dos amigos e da família,
que o tem ajudado também a
passar cada etapa da sua vida
pessoal. O autor que tem feito
das “suas fraquezas, força”
como dizia uma pessoa do
público.
Os amigos e a família têm sido
importantes na sua luta contra
um linfoma e estas são pessoas
importantes para o autor, que se
considera “Voluntariamente
Feliz”. E se “Voluntariamente
Feliz” foi o título escolhido,
Francisco Graça explica então
que a “felicidade surge quando
conseguimos ter a capacidade
de observar, enten-
der e desfrutar de
todos os momentos.
A felicidade consiste
na capacidade de
anular a inércia, ou
então revertê-la em
veemência absolu-
ta”.
O autor lembra, por
isso, que “acordar em cada dia,
é uma vitória alcançada e são
estas pequenas vitórias que nos
devem reportar para este tal
conceito de felicidade que,
infelizmente, muita gente
desconhece”, referiu, sublin-
hando que “os bens materiais
ficam e de nada valem.
Rigorosamente nada, se não
conseguirem ser felizes…”,
concluiu.
Miguel António Rodrigues
Francisco Graça dá o
exemplo no voluntariado
Assembleia quer mais
sensibilização para
donativos às IPSS
EXUMAÇÕES
Afonso Lourenço Correia da Costa, Presidente da Junta de Freguesia de Alverca do Ribatejo, vem nos termos da competência que lhe está atribuída
pelo art. 38.º, n.º 1, alínea g), da lei n.º 169/99, de 18 de Setembro, tornar público que a Junta de Freguesia em sua reunião de 05.12.2011, deliberou um
conformidade com o art.º 21.º do Decreto-Lei n.º 411/98, de 30 de Dezembro, proceder à exumação dos restos mortais dos cidadãos indicados por já
terem decorrido 3 anos sobre a sua inumação. Assim, os familiares ou interessados deverão, no prazo de 30 dias a contar da publicação deste Edital, na
secretaria da Junta de Freguesia, indicar o destino que pretendem dar às ossadas. Findo que seja este prazo (30 dias), sem que o responsável ou outro
familiar se pronuncie sobre o destino da ossada, a Junta de Freguesia aquando da exumação reserva-se ao direito de considerar a mesma abandonada,
nos termos do art.º 18.º, n.º 3 do Regulamento do Cemitério e Casa Mortuária, de 2 de Agosto de 1999.
Cemitério de Alverca
EDITAL Nº 30/2011
Processo: Nome: Talhão: Nº: Inumação:
Alverca, 6 de Dezembro de 2011
Junta de Freguesia de Alverca do Ribatejo
Tipo de Sepultura: Coval
Sede Praça D. Afonso V nº 5B
2615-357 ALVERCA DO RIBATEJO
Telef: 21 9580770 - 96 4008659 - 96 5249749
Filial: R. Padre Américo nº85 c/v Esqª
2625-394 FORTE DA CASA
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22
“
Voz Ribatejana | Ano II | edição 28 de 4 de Janeiro de 2012 | (2ª Publicação)Voz Ribatejana | Ano II | edição 28 de 4 de Janeiro de 2012 | (2ª Publicação)
Vila Franca de Xira
José Ferraz Peixoto
1º Ano de Eterna Saudade
e Participação de Missa
Faz um ano dia 10/01/2012
que nos deixaste, estarás
para sempre presente nos
nossos corações. Eterna
Saudade de sua filha, genro,
neta e restante família, que
participam que se celebra
missa por sua alma no dia
10/01/2012 às 19 horas na
Igreja Matriz de Vila Franca
de Xira, agradecendo, anteci-
padamente, a todos os que
se dignarem a assistir a este
piedoso acto.
Tratou:
Agência Funerária Machado
Lda.
Vila Franca de Xira
Tel: 263 272 302
Alhandra:
Tel: 219 501 408
Telm: 962 534 196
969 017 439
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Vila Franca de Xira
António Joaquim
de Matos
Agradecimento
Sua esposa, filhos, noras,
netas, bisnetos e restante
família, na impossibilidade de
o fazer directamente vêm, por
este meio, agradecer a todas
as pessoas que acompa-
nharam o seu ente querido à
sua última morada, assim
como a todos aqueles que
lhes manifestaram o seu
pesar.
Tratou:
Agência Funerária Machado
Lda.
Vila Franca de Xira
Tel: 263 272 302 - 964 003 884
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Vila Franca de Xira
Exposição de Arte Sacra - “Arte e Devoção:
Formas e Olhares”, exposição permanente, no
Núcleo Museológico do Mártir Santo, em Vila
Franca de Xira.
Exposição “The Return of the Real 16” intitula-
da “AFigura” de Pedro Loureiro, patente até 8 de
Janeiro de 2012, no Museu do Neo-Realismo.
I Bienal de Artes Plásticas, do Grupo de Artistas e
Amigos da Arte (Gart), no Celeiro da Patriarcal, até
12 de Janeiro de 2012, em Vila Franca.
Comemorações do Centenário do Nascimento
de Alves Redol
Exposições Comemorativas: “Horizonte Revelado”,
no Museu do Neo-Realismo em Vila Franca de Xira.
Piso 1 -“Alves Redol Horizonte Revelado” - biobib-
liográ-fica; Piso 0 “Alves Redol, e a Fotografi-a”; na
Livraria “Alves Redol em BD: projectos de banda
desenhada em torno da narrativa redoliana”. Patentes
até 12 de Março de 2012. Congresso Internacional
“Nascimento de Alves Redol”, dia 19 de Janeiro, na
Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa e dias
20 e 21, no Museu do Neo-Realismo.
Encontros de Pais de Crianças e Jovens
Deficientes, dia 7 de Janeiro, das 10h00 às 12h00, na
CerciPóvoa, Póvoa de Santa Iria. Organização:
Associação de Pais e Encarregados de Educação dos
Alunos do Agrupamento de Escolas Póvoa de D.
Martinho.
Teatro “O Feiticeiro de OZ”, dia 6 de Janeiro, às
21h30, no Auditório da Igreja Paroquial do Forte da
Casa. Organização: Agrupamento de Escuteiros 773
da Póvoa.
Teatro "A Ceia dos Cardeais" de Júlio Dantas,
pelo Grupo de Teatro do Grémio Dramático
Povoense, dia 20 de Janeiro, às 14h45, no Núcleo do
Mártir Santo do Museu Municipal.
Alenquer
Exposição “Presépios de Alenquer”, patente até 6
de Janeiro de 2012, na Biblioteca Municipal.
Janeiro, Mês do Cinema, de 06 a 29 , no Auditório
Damião de Góis, Alenquer:
Dia 6, às 21h30 e dia 8, às17h00 “Identidade
Secreta”; dia 13, às 21h30 e dia 15, às 17h00 “50/50”;
dias 20 e 21, às 21h30 e dia 22, às 17h00 “Imortais”
(filmes para maiores de 12 anos); dias 27 e 28, às
21h30 e dia 29, às 17h00 “APele Onde Eu Vivo”
(filme para maiores de 16 anos).
Grande Gala de Fados dos 26 Anos da Rádio Voz
de Alenquer, dia 7 de Janeiro, às 21h30, no Auditório
Damião de Góis.
Teatro "Vamos Contar Mentiras", com Isabel
Damatta e Octávio Matos, dia 14 de Janeiro, no
Auditório Damião de Góis.
Tertúlia fadista, dia 21 de Janeiro, às 21h30, no Museu
do Vinho, Alenquer. Actuação de Célia Leiria, Prova
de vinhos da Quinta D. Carlos e Prova gastronómica.
Apresentação do livro infantil da autora Elisabete
Lucas. Contém as histórias "ASábia Figueira Velha"
- ilustrada por Aristides Meneses - e "Choveu uma
Lenda no Natal" - ilustrada por Ana Marques, no dia
21 de Janeiro, às 14h00, na Biblioteca Municipal.
Tesouros no Rio, Feira de Velharias de Alenquer, dia
21 de Janeiro (terceiro sábado do mês), nas margens
do rio Alenquer.
Arruda dos Vinhos
Exposição “Mostra de Artesanato”, Trabalhos de
Fernanda Simões, até 31 de Janeiro, no Posto de
Turismo de Arruda.
Exposição de desenho de Patrik Chinita Caetano,
até 11 de Janeiro, na Galeria Municipal de Arruda.
Exposição de Escultura de Ana Marta Pereira, de
14 de Janeiro a 8 de Fevereiro. Inauguração dia 14, às
16h00, na Galeria Municipal.
Filmes no Auditório em Janeiro, às 16h00: dia 8,
“Os Smurfs” ; dia 15, “O Panda do Kung Fu 2”; dia
22, “Caçadores de Dragões”; dia 29, “Marley & Eu
– O Filhote”.
Apresentação do livro “Meu Pregão”de Joaquim
Fortunato Agostinho, dia 29 de Janeiro, às 15h00, no
Auditório Municipal.
Azambuja
Exposição permanente “Património cultural,
sagrado e religioso” no Mosteiro Santa Maria das
Virtudes;
Exposição permanente "O mundo moderno
também começou aqui no séc. XV" - Vale do
Paraíso;
Exposição permanente “Quotidianos: Recordar;
Conhecer e Aprender” no Museu Municipal
Sebastião Mateus Arenque;
Exposição de desenho "Imagens de uma Vida",
de Manuel Vidal. Natural de Azambuja, com 83 anos
de idade, começou a desenhar aos 13 anos. Patente
até 21 de Janeiro, na Galeria da Biblioteca Municipal
de Azambuja.
Exposição “Alfred Nobel: um homem ao serviço
da literatura” de cariz permanente, com rotatividade
mensal, ao longo do ano, nas Bibliotecas Municipais
de Azambuja.
Visitas Guiadas, todas as sextas-feiras às 10H00,
na Biblioteca de Azambuja e às 10h30, na
Biblioteca do Centro Cultural Grandella – Aveiras de
Cima. As visitas guiadas têm como objectivo dar a
conhecer o espaço, as regras de funcionamento e o
fundo documental da biblioteca. Actividade sujeita a
marcação.
Leitura Sénior, todas as quartas e sextas-feiras, às
11h00, a Biblioteca Municipal de Alcoentre, vai visi-
tar o Centro de Dia de Alcoentre para partilhar boas
leituras com os utentes seniores da instituição.
“Concerto de Ano Novo", pelos músicos e cantores
do Centro Cultural Azambujense, no dia 7 de Janeiro
de 2012, na Igreja do Mosteiro de Santa Maria das
Virtudes, Aveiras de Baixo.
V Concurso Literário do Concelho de
Azambuja. Data limite para entrega de trabalhos,
nas Direcções das Escolas, Bibliotecas Escolares ou
numa das bibliotecas da Rede de Bibliotecas do
Município, dia 9 de Março de 2012.
Benavente
Exposição Permanente "Galeria de Trens" na
Galeria 1 do Palácio do Infantado - Samora Correia.
Exposição Permanente "O Calendário
Agrícola" no Núcleo Museológico Agrícola de
Benavente.
Exposição Permanente "Vida e Obra de João
Fernandes Pratas" na Biblioteca Odete e Carlos
Gaspar, no Palácio do Infantado, Samora Correia.
Exposição “Campino - O Homem da Lezíria”.
Campino, Homem do Campo, guardador de gado.
Na Charneca ou na Lezíria, é conhecido pelo maneio
do gado bravo e facilmente identificado pelo barrete
verde. Patente até 04 de Fevereiro de 2012, na Galeria
2 - Palácio do Infantado, em Samora Correia.
Exposição de Pintura "La Mise en Scéne
d'Ofélia", de Sónia Lapa. Patente até 3 de Março de
2012, na Galeria do Centro Cultural de Samora
Correia.
Exposição “Olhares de Entrudo”. O Carnaval
Samorense Ontem e Hoje, de 21 de Janeiro à 22 de
Fevereiro, na Galeria Bar do Palácio do Infantado em
Samora Correia.
Concertos de Ano Novo: Banda da SFUS e Coro
do Município de Benavente, dia 6 de Janeiro, às
21h30, na Igreja Matriz de Samora Correia; dia 8, às
16h00, na Igreja do Porto Alto;
Banda Filarmónica de Santo Estêvão, dia 8 de
Janeiro, às 16h00, na Sociedade Filarmónica Santo
Estêvão; Banda Filarmónica de Santo Estêvão e
Coro do Município de Benavente, dia 15 de
Janeiro, às 16h00, no Centro Social, Foros de
Almada; Banda Filarmónica Benaventense, Coro
Infantil dos Foros da Charneca e Coro Infantil da
Sociedade Filarmónica Benaventense, dia 22 de
Janeiro, às 16h00, no Centro Social, Foros de
Charneca.
Teatro “As Bodas de Fígaro”de Beaumarchais, dia
7 de Janeiro, às 21h30, pelo Grupo de Teatro Intervalo
Dramaturgia e Encenação de Armando Caldas, no
Cine Teatro de Benavente.
Serões nas Bibliotecas “O Deputado” –
Dissertação sobre o livro de António Modesto
Navarro - Com presença do autor, dia 18 de Janeiro,
às 21h00, na Biblioteca Odete e Carlos Gaspar, em
Samora Correia.
Teatro “O Urso” e “O Pedido de Casamento” de
Anton Tchekhov, dia 22 de Janeiro, às 16h00, no
Cine-Teatro de Benavente e dia 29, às 16h00, no
Centro Cultural de Samora Correia
Filmes em Janeiro: Cine-Teatro de Benavente:
dia 4, às 15h00 - Sessão sénior “O Pai Tirano”; às
21h15 “Trinitá – Cowboy Insolente”; dia 13, às
21h30 “As Aventuras de Tintin – O Segredo do
Licorne”; dia 14, às 16h00, Sessão infantil “Os
Smurfs”; dia 18, às 10h30- Sessão infantil “Branca
da Neve e os Sete Anões”, às 21h30 “Silverado”; dia
27, às 21h30 “Alta Golpada” .
Centro Cultural de Samora Correia: dia 6, às 21h30,
“As Aventuras de Tintin – O Segredo do Licorne”;
dia 11, às 15h00 “O Pai Tirano”, às 21h15
“Appaloosa”; dia 13, às 21h30 “Trinitá – Cowboy
Insolente”; dia 20, às 21h30 “Alta Golpada”; dia 25,
às 10h30, Sessão infantil “Branca da Neve e os Sete
Anões”, as 21h15 “Silverado”.
Teatro Infantil “Planeta dos Girassóis” de Fernando
Oliveira, dia 28 de Janeiro, às 16h00, realizado pela
Associação Teatral “Revisteiros”, no Centro Cultural
de Samora Correia.
Festa Pequena em Honra de N.ª Sr.ª da Paz, dias
28 e 29 de Janeiro em Benavente.
SalvaterradeMagos
Exposição Relógios de Sol e a Matemática, até 24
de Fevereiro, Centro de Interpretação do Cais da Vala,
em Salvaterra de Magos.
Concerto no Orgão de Tubos, dia 8 de Janeiro, às
15h00, na Igreja Matriz de Salvaterra de Magos,
pelos alunos do CICO (Centro Internacional do
Carrilhão e do Orgão).
Convívio de Idosos e Reformados, no Pavilhão da
Comissão de Festas de Marinhais.Dia 5 de Janeiro,
Freguesias de Salvaterra, Foros de Salvaterra e Muge;
Dia 6 de Janeiro, Freguesias de Glória, Marinhais e
Granho. Transporte nas freguesias às 13h30.
SobraldeMonteAgraço
Exposição Colectiva do GART(Grupo de Artistas
e Amigos da Arte), patente 14 de Janeiro a 18 de
Fevereiro, na Galeria Municipal.
Concerto de Ano Novo, dia 14 de Janeiro, às 21h30,
pela Banda da Euterpe Alhandrense, no Cine-Teatro
de Sobral.
AtelierCom a Mão na Massa, por Andreia Brites
“Bicho dos Livros”, dia 14 de Janeiro, às 15h00, na
Sala Polivalente da Biblioteca.
Dança – Ballet: Sonhos Cor-de-Rosa - Turmas I,
II, III e IVde Ballet da Monteges, EM , dia 21 de
Janeiro, às 16h00, no Cine-Teatro.
5.º RAID BTT- À Descoberta das Maravilhas de
Sobral de Monte Agraço- Desafios Sport Club, dia
22 de Janeiro. Inicio do passeio BTTàs 09h30.
Santarém
Exposição de pintura: “Íntima Alegoria”, da
artista Bela Mestre, até 8 de Janeiro, nas Galerias de
Exposição da Casa do Brasil.
Exposição de Registos de Cristina Torre, até 8 de
Janeiro, no Bar da Casa do Brasil.
Concerto de Ano Novo, dia 8 de Janeiro, das 16h às
18h00, na Igreja de São Nicolau.
Concerto de música barroca europeia, pelo Coro
do Instituto Gregoriano de Lisboa, dia 14 de Janeiro,
das 18h30 às 20h00, na Igreja de Nossa Senhora de
Jesus do Sítio, em Santarém.
Oficina de Educação Artística – O Jogo
Dramático integrado na sala de aula, com Catarina
Ascensão e Célia Ramos (Formadoras), dia 15 de
Janeiro, das 09h30 às 1830, no Teatro Sá da Bandeira.
coordenação António Preto
Agenda Cultural
Distracção
leva carro
ao meio da
rotunda
Aconteceu no passado
dia 17, na principal
rotunda do sul de
Benavente, que faz tam-
bém a ligação entre a EN
118 e as auto-estradas 10 e 13.
Um automobilista algo distraído ou pouco conhecedor da zona não
conseguiu evitar o embate com o lancil que rodeia a rotunda e só
conseguiu parar mesmo no meio do relvado ali existente.
Felizmente, o condutor, já com alguma idade, não sofreu ferimen-
tos, para além certamente do susto. Fica o aviso e o alerta para
todos os que circulam nesta área.
4 de Janeiro de 2012
23
Câmara
tenta “desa-
tar” os nós
O último mês não foi fácil na
gestão da Câmara de Vila
Franca de Xira, sobretudo
devido aos desentendimen-
tos entre socialistas e soci-
ais-democratas, mas também
pelas crescentes dificuldades
financeiras. Será por isso que
o executivo decidiu decorar as
portas do edifício dos Paços do Concelho com estes “nós”? Será
para vir se o Ano Novo ajuda a “desatar” os nós?
Perigo nos
Caniços
A rotunda dos Caniços,
na entrada Norte da
cidade da Póvoa, tem
estado em obras, que
contribuíram também
para apagar o que
restava da passadeira
ali colocada. Trata-se
de uma zona de tráfego
muito intenso onde até
é questionável se faz
sentido colocar uma
passadeira “agarrada” à
rotunda, tendo em conta
que muitos automobilistas procuram encontrar ali uma abertura
para ganharem prioridade. Mas se a situação da passadeira só por
si é perigosa, mais ainda quando está praticamente apagada e
quando, reparou há dias o Olho Vivo, de um lado existe um sinal
mesmo em cima da dita passadeira e do outro lado nem sinal
existe. Recomendam-se medidas rápidas de quem de direito antes
que aconteça ali algum atropelamento grave.
OLHO VIVO
Tentaram assaltar casa de guarda e foram apanhados
Um militar da GNR de Azambuja colaborou, ferido, na captura de dois homens que lhe assaltaram a casa na última sexta-feira doano. O Voz Ribatejana apurou que o militar vinha das compras com a esposa quando encontrou dois assaltantes, que, surpreendi-dos, o agrediram e fugiram sem roubar nada. O guarda ainda lutou com os dois homens mas, por estar em inferioridade numérica,acabaria por os deixar escapar. Contactou, entretanto, os colegas do posto, situado a poucos metros da sua casa, e com eles ini-ciou, mesmo ferido com vários hematomas, a busca pelas redondezas. Os dois homens, na casa dos 30 anos, irmãos e residentes naárea de Lisboa, já estavam referenciados por outros crimes e acabariam por ser detidos junto à Estação da CP de Azambuja.
Voz Ribatejana
“
“
ALVERCA
Jorge Talixa
Os municípios de Arruda dos
Vinhos e de Sobral de Monte
Agraço reclamam medidas que
permitam que os seus cerca de
25 mil habitantes tenham ace-
sso ao novo sistema de
Televisão Digital Terrestre
(TDT) em condições seme-
lhantes às da maioria da popu-
lação portuguesa e sem encar-
gos acrescidos. Os autarcas
locais vão apresentar a exigên-
cia, já esta semana, à Anacom
e à PT, porque perceberam, nas
últimas semanas, que os seus
territórios (a pouco mais de 20
quilómetros da capital) vão
ficar numa chamada zona
“cinzenta” sem cobertura que
permita ver os quatro canais
abertos de televisão em boas
condições apenas com o
auxílio de um descodificador.
Segundo a Anacom, o contrato
de concessão da rede de TDT à
Portugal Telecom (PT) já pre-
via uma cobertura só de cerca
de 85% do território nacional e
os equipamentos instalados
pela PT até deverão permitir
ultrapassar ligeiramente essa
percentagem. Mas Arruda e
Sobral poderão ser dois dos
municípios já afectados a par-
tir de 12 de Janeiro com o
corte do antigo sinal analógico
em toda a faixa litoral do país,
sem que o simples descodifi-
cador garanta às respectivas
populações uma boa captação
destes canais. Nesse caso,
explica uma porta-voz da
Anacom, as pessoas poderão
ter que adquirir também uma
antena parabólica e pagar a
respectiva instalação para
terem acesso à TDT por
satélite. Mas, garante, foi
assumido pela PT que o
fornecimento do kit para a
TDT por satélite não ultrapa-
ssará os 55 euros (33 para
famílias comprovadamente
carenciadas), acrescidos de um
valor máximo de 61 euros para
a antena, para os cabos e para
o trabalho de instalação, o que
totalizará 116 euros.
Só que os autarcas de Arruda e
do Sobral não se conformam e
não aceitam que as respectivas
populações sejam, de certa
forma, penalizadas, uma vez
que o que a Anacom e a PT
têm dito é que as pessoas con-
tinuarão a ter acesso aos quatro
canais apenas mediante a
aquisição de um descodifi-
cador com preços entre os 30 e
os 50 euros. Ilda Matos,
responsável pela assessoria de
imprensa da Anacom, assegu-
ra, contudo, que esta situação
das áreas sem cobertura ter-
restre adequada de TDT foi
devidamente esclarecida em
reuniões e nos milhões de fol-
hetos e jornais TDT distribuí-
dos por todo o País, assim
como em comunicações envi-
adas aos media.
Mas Carlos Lourenço (PSD),
presidente da Câmara de
Arruda, reclama um adiamento
pelo menos até Abril do corte
do sinal analógico nesta região
e que se estude a possibilidade
de colocar um retransmissor na
serra de Montejunto que
propague o sinal de TDT para
Sul, à semelhança do já ali
colocado direccionado para
Norte. “Falámos com técnicos
do sector que nos dizem que
pode ser fácil, com um
pequeno investimento, colocar
um retransmissor em
Montejunto. É isso que vamos
exigir, que seja reposto nesta
área um sinal normal, para que
as pessoas possam minimizar
os custos”, salienta o autarca,
frisando que seria “escan-
daloso” obrigar as pessoas as
gastarem bastante mais di-
nheiro, só porque o plano esta-
belecido não previu uma
cobertura terrestre nesta zona,
com um relevo algo irregular,
mas altitudes que não ultrapa-
ssam os 200 a 400 metros.
O problema foi colocado, na
sessão de quarta-feira da
Assembleia Municipal, por
Porfírio Silva, eleito da CDU,
que lembrou que “não há sinal
de TDT na vila de Arruda” e
quis saber que iniciativas tem
tomado o executivo municipal
para ultrapassar a situação.
Já a socialista Isabel Espada
sublinha que esta é “uma situ-
ação de grande injustiça”, lem-
brando que os descontos para
famílias carenciadas nem
abrangem as antenas e a sua
instalação e que é preciso
reclamar compensações para
esta “discriminação” da popu-
lação local.
Habitantes de Arruda e Sobral podem
ficar sem televisão já a partir de dia 12 Os concelhos de Arruda e Sobral não estão devidamente abrangidos pelo sinal terrestre do novo sistema de televisão TDT, o que poderá obrigar os respectivos habitantes, para além da nece-
ssidade de comprarem descodificadores para continuarem a ver os quatro canais abertos, a terem também que comprar e pagar a instalação de uma antena parabólica. Significa isto que os gas-
tos poderão atingir, no mínimo, os 116 euros. Os autarcas locais não se conformam e vão exigir o adiamento do corte das emissões no antigo sistema analógico e medidas que garantam a cober-
tura destes concelhos com sinal terrestre de TDT.
Ilda Matos sustenta, por seu turno, que estetipo de situações já estava previsto, porque ocontrato de concessão estabelecido com aPT prevê uma cobertura de sinal terrestreem 85% do território. “Existem condições deequiparação entre o sistema via satélite e osistema por via terrestre. O preço do kit porsatélite é calculado de acordo com a médiado descodificador terrestre”, assegura,admitindo,contudo,que naszonas semcoberturaterrestre aspessoasterão quepagar tam-bém umaantenaparabólica ea sua insta-lação, num valor de 61 euros. E acrescentaque foi desde logo esclarecido pela Anacomque poderão surgir três tipos de situações:as regiões onde basta um descodificadorpara aceder à TDT, zonas onde as pessoas játêm antenas que podem ser reorientadas e li-gadas ao descodificador sem mais custos ecasos em que é preciso, para além dodescodificador, comprar uma antenaparabólica e pagar a sua instalação. “Não ésurpresa nenhuma surgirem estas situações,
já tínhamos chamado a atenção para isso.Distribuímos 6 milhões de guias, 3, 5 mi-lhões de jornais TDT e enviámos infor-mação a todos os media, esclarecendo quehá situações excepcionais que não têmcobertura terrestre e carecem de antena”,refere, garantindo que nestes casos as pe-ssoas só terão que pagar também a insta-lação da antena e não ficam sujeitas a men-
salidades.Sobre a possibili-dade de colo-cação de umretransmissor emMontejunto quesirva Arruda eSobral, IldaMatos diz quenão tem infor-mação que lhepermita esclare-cer isso e que é
uma questão que terá que ser analisada pelaPT, mas salienta que o sistema TDT utilizasó uma frequência, o que limita essasopções, porque não pode haver interferên-cias. A porta-voz da Anacom sublinha,ainda, que as pessoas, por vezes esquecemque, no antigo sistema, já 10 a 20% da pop-ulação não conseguia ver correctamente osquatro canais sem o auxílio de umaparabólica.
Anacom afiança que este tipo
de situações já estava previstoAs pessoas [de Arrudae Sobral] poderão terque adquirir [além dodescodificador] tam-bém uma antenaparabólica e pagar arespectiva instalaçãopara terem acesso àTDT por satélite