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Quem conta um conto... 5 ano 2008 vozes do emílio Resenhas Corredores poéticos Metendo a colher x52008 Charges Charge de Itamar Rodrigues, Turma 25

Vozes do Emílio

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Revista dos alunos da Escola Municipal de Ensino Médio Emílio Meyer, Porto Alegre

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EDITORIALA revista Vozes do Emílio se propõe a socializar os pensa-mentos e idéias dos alunos emilianos que, ao compartilhar suas experiências e reflexões, multiplicam seu saber e enri-quecem nossas páginas. Nesta edição, as seções “Poesia” e “Corredores Poéticos”, encorajam todos a se deixar conta-giar pelas emoções que fluem em seus poemas, bem como, a desfrutar a criatividade e o inesperado em “Quem conta um conto...” e em “Emílio Fazendo Arte”. As “Normalistas do Século XXI” compartilham seus sonhos e desejos, elen-cando os desafios que as desafiam no dia que acaba e na noite que começa, com a certeza de estar no lugar certo. Em “Resenhas” e “Metendo a colher”, reflexões e posicionamen-tos dos alunos sobre livros, filmes, documentários e peças teatrais salientam a importância de vivenciar diferentes mo-mentos de aprendizagem. A percepção e o reconhecimento da escola como um ambiente onde pessoas se encontram, se conhecem, se cativam e se deixam cativar está latente em “O Emílio que encontrei”. Enfim, ao passar às mãos da co-munidade emiliana o presente número, o fazemos com alto grau de satisfação, ao divulgar o melhor e mais atual pensa-mento de nossos alunos.

Escola Municipal de Ensino Médio Emílio MeyerAv. Niterói, 472 - Porto Alegre/RS - CEP 90880-270

Fones: (51) 3289 5990 - 3289 5991 - FAX: (51) 3219 2608http://www.emiliomeyer.zip.net

EXPEDIENTE

Vozes do EmílioAno 5, Número 5, 2008

Coordenação, Edição e Revisão

Profª. Célia TrevisanProfª. Gisele Bischoff Scherer

Profª. Vera D’Amore

Projeto Gráfico e Diagramação

Profº. Ronaldo Machado

Colaboração

Profª. Magali Silveira de Quadros (Diretora)Profª. Cláudia Dusso Martins (Vice-Diretora)

Profª. Marta Robaina (Bibliotecária)

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O projeto Corredores Poéticos é realizado semestralmente pela biblioteca. Aqui estão os vencedores da 7ª edição.

Eu sou assimEster S. Machado, Turma 41

Há coisas na vidaque não há explicaçãosó tem uma razãosão coisas do coraçãohoje eu percebi.Porque estou aquicom muita alegriavou vivendo,os dias de emoção,de confusãocom aperto no coração.

Mas as emoções são minhas.Faço delas boas ou ruinsa escolha é minha.A vida é assim:de momentos.

Por isso quero vivê-losintensamente.O que não há explicaçãosó há uma razão,são os motivos que a vidatraz ao coração.

Contos de FadaKarina D’ Alberto Santos, Turma 41

O conto de fadas terminoudurou tão pouco

que me sente num sufocome senti mal, tal como alguémque foi jogada e deixada de ladocomo se nada tivesse acontecido.

Que triste,palavras

são realmentesó palavras.

É complicado acreditar nelas.

Mas também não sãototalmente desacreditadas.Se a gente não se encontra

o destino não fez acontecermas assumir isso?

E porque terminar?São perguntas que não

possuo respostas.Mas à vida farei proposta

quem sabe me mandaalgo em que eu possa

acreditar?

Prometo que irei cultivar.

DevaneioIara Marilda Martins, Turma 21

Olho a chuva orvalhandoa vidraça

Vejo a vida molhadalá fora

Vem curtir essa tardeque passa...

Vem viver o momentode agora...

Mais adiante umbarquinho desliza

Na beleza do riomuito lento

Vem comigo contar milsegredos

e histórias de amorpara o vento...

Vamos ser dois meninosperdidos

Caminhado descalçosna areia

Por momentos serás o meu príncipe

e eu talvez seja a tua sereia!!

FantasiaKetrin Regina D. dos Santos,Turma 26

A noite sonhei contigo...e o sonho cruel mal dizque me deu tanta ventura,uma estrelinha que vagaem céu de inverno e se apagafaz a noite mais escura!

Eu sonhava que sentiatua voz que estremecianos meus beijos se afogar!que teu rosto descoravae teu peito palpitavae eu te via a desmaiar!

Que eu te beijava tremendo,que teu rosto fervescentedesmaiava a palidez!tanto amor tua alma enchiae tanto fogo morriados olhos na languidez!e depois dos meus braços,tu caíste, abrindo os braços,dos lábios meus...

CORREDORES POÉTICOS

Escola Municipal de Ensino Médio Emílio MeyerAv. Niterói, 472 - Porto Alegre/RS - CEP 90880-270

Fones: (51) 3289 5990 - 3289 5991 - FAX: (51) 3219 2608http://www.emiliomeyer.zip.net

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Iara Marilda M

artins, Turma 21

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QUEM CONTA UM CONTO...Consulta Pré-Natal

Andrea Cristiane H. Seberino, Turma 46 Todo dia 30 de cada mês, Elaine, que estava grávida de 5 meses, ia na consulta pré-natal, para acompanhar sua gestação, quando lá chegava, encontrava suas colegas de pré- natal na sala de espera onde trocavam experiências com as mães que já tinham filhos. Como na sala de espera ficavam no mínimo uma hora espe-rando pela doutora, numa dessas consultas, Gislaine, que já era mãe de segunda viagem, contou para nós a sua experiência vivida. Gislaine quando foi ter seu primeiro filho, saí da consulta pré-natal feliz por saber que ia ter o meu filho naquele dia. A dou-tora disse: – “Mãezinha, vai para casa, avisa a todos e arrume tuas coisas e vem para o hospital que vais ganhar o teu nenê hoje”. – Isso ela disse depois de me tocar e provocar um certo sangramento forçando a natureza. Elaine curiosa disse para Gislaine – Continua a história! – Bem fui para casa e voltei para o hospital acompanhada de minha madrasta, porém barrada, alegaram que a emergência es-tava lotada e que eu teria que ir a outro hospital. – E você foi? Achou vaga? – Fui de hospital em hospital até achar vaga.Curiosa, Elaine perguntou para Gislaine: – E como foi o parto, Gislaine? Gislaine respondeu: – É uma longa história! – Então conta tudo! – No começo foi fácil, pois eu estava sem dor, e nesse meio tempo vi muita mulher fazer um fiasco, vi uma que fez lavagem, foi pro vaso evacuar e saiu correndo com a criança pendurada entre o umbigo e a placenta! Elaine não acreditava. – Mas é verdade! No fim, passei a noite sem dor, só o que me incomodava eram os estagiários que vinham toda hora me tocar. No outro dia, às 17 da tarde, já fazia quase 24 horas que eu estava lá, já estava com 7dedos de dilatação, quando os médicos resolveram colocar soro para acelerar meu parto. – E tu tiveste dor? – E como tive, durante 5 horas quase arranquei meus cabe-los todos, já estava com a vagina ardendo de tanto ser tocada, contei mais ou menos onze médicos, entre estagiários e plantonistas cada um mais de duas vezes. Já estava pedindo água quando o médico do plantão me tocou e disse que eu estava pronta para o parto. Elaine curiosa quis saber o resto da história quando a dou-tora chamou Gislaine, que entrou no consultório e, enquanto Gis-laine consultava, Elaine continuou a comentar a história de Gislaine com as outras colegas do consultório. Mais ou menos 20 minutos mais tarde, Gislaine saiu do consultório da obstetra e outra foi chamada. Elaine, que não se agüentava de curiosidade, interpelou Gislaine e disse: – Agora tu me contas o resto da história, por favor! Gislaine orgulhosa da sua experiência disse: – É claro que sim! Pois bem! Quando o médico disse que eu estava pronta, como por encanto, as contrações foram embora, enquanto eles me dirigiram para sala de parto. Chegando lá me mandavam fazer força quando eu tivesse dor, eu não estava mais sentindo dor, eu respirava fundo e fazia força, que de nada adiantou. Resumindo, o parto foi a fórceps, a criança foi puxada a ferro Depois de tudo isso, o médico ainda me disse:

– “Gislaine, o teu filho tem dois defeitos!” Meu coração acelerou e eu perguntei a ele: – Qual doutor? Ele respondeu: – É desdentado e analfabeto! Depois do “cagaço”, morri de rir! Nesse meio tempo, a doutora chamou Elaine, que se despe-diu de Gislaine e foi viver a sua própria história.

TempoDanielle de Souza Xavier, Turma 46

Dois amigos se encontraram no parque para correr. – Bom dia... – Bom dia. – Como você está? – Eu estou bem. Estava pensando se você iria se atrasar. – Por que você sempre acha que eu me atraso? – Porque eu sempre chego primeiro. – Bom então você que é adiantado. – Estava pensando esses dias de como as horas têm passado rápido. – Concordo com você. – Mas as noites e os dias estão cada vez mais curtos. Sem contar que não temos tempo pra nada. – Pois é. Sem falar que as pessoas nem se dão conta de que o dia passou, estão tão envolvidas em suas tarefas, trabalho, casa, filhos e outras coisas que só percebem o tempo quando lhes é cobra-do. – Tudo bem isso é verdade. Mas você não acha que não é o tempo que passa rápido, mas sim as pessoas passam rápido pelo tempo? – Como assim, não entendi? – Bom vou explicar... – A verdade é que ninguém mais quer saber de perder tempo e sim quanto mais tempo melhor, pois assim fabricam mais, trabalham, vendem e compram mais, sem falar no dinheiro que ganham com tudo isso. – É verdade, caro amigo. E sem falar que com tudo isso eles destroem mais o nosso planeta, pois sendo assim é muita destruição em pouco tempo o planeta acaba não tendo tempo para se recom-por das suas destruições causada pelo tempo e pela falta dele. – Caro amigo, tudo isso que você falou consegui compre-ender em pouco tempo. Pois participo sem querer desse tempo cor-rido que nós levamos e que, às vezes, nos vemos obrigados a correr junto com ele. – Pois é, você conseguiu enxergar em minutos e segundos o que pessoas levam horas para perceber no tempo. – Viu só! Você já usou o tempo para mostrar o que eu tinha falado. – Hum rsrs... – Bom já que você falou em horas, lembrei que você foi naquela inauguração do hotel que por acaso se chama tempo me-dieval. – Como foi a festa? – Ba! Amigo, eu não fui. – Por quê? – Não tive tempo... rsrs...

– Você só pode estar brincando. Perdeu um festão por falta de tempo.

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– Vou te explicar por quê. É que eu estava com um projeto atrasado, por falta de tempo, então fiquei no escritório até tarde quando vi a hora, já era tarde e tinha perdido a hora. Resumindo acabei perdendo tempo e a festa por causa de um relatório que não serviu pra nada. – Que pena que você não foi. Pelo que sei foi até altas ho-ras. – Ai, eu já ia me esquecendo, já que você falou em horas lembrei que tenho que buscar minha esposa e acho que estou atra-sado. – Bom já faz mais ou menos 1 hora que estamos correndo e conversando que a gente nem percebeu o tempo passar. – É verdade, só que agora vou ter que correr contra o tem-po. Pois estou em cima da hora. – É bom correr mesmo, pois o tempo está passando... – Você e o tempo, caro amigo...rssrss. – Rsrs...

TraiçãoSchaiany Stallivieri, Turma 46

Uma moça muito bonita está sentada sozinha no banco de uma praça, esperando seu namorado. Quando este chega, ela diz: – Para vida, como você demorou, já não agüentava mais esperar! – Me desculpe, meu amor. Mas o ônibus atrasou. – Fiquei aqui mais de meia hora te esperando, já até perde-mos o filme no cinema. – Sinto muito. Desculpe pelo atraso. – Tudo bem, pontualidade não é teu forte mesmo.E agora, o que você sugere para nós fazermos? – Não sei, mas já que estamos no parque e o dia está boni-to, vamos dar uma caminhada, comer uma pipoca. Até decidirmos aonde vamos. O que você acha? – Para mim, está ótimo. Saíram para caminhar. Foi quando, ao lado do rapaz, passa uma moça muito bonita, olhos claros, e sorri. Na mesma hora, a namorada perguntou. – Quem é? – Como assim quem é? – Quem é a garota que passou e sorriu para você?

– Mas que garota? – Não se faça de ingênuo, a garota que passou agora e abriu um sorriso para você! – Não sei quem é! – Como assim não sabe quem é? – Não sei. – Sabe sim. Se ela sorriu para você é porque vocês se conhe-cem. – Já falei que não sei quem é e não vi garota nenhuma sorrir para mim. – Você acha que sou burra é? Fala a verdade! Fala que você a conhece. – Já disse que não conheço. – Já entendi tudo. É com ela que você está me traindo. Por isso que ela passou sorrindo. Na verdade ela estava rindo da minha cara. Como você teve coragem de fazer isso comigo!? – Você está doida, mulher? Eu nunca te traí! – Já traiu e está traindo. Seu cachorro, eu não acredito que você foi capaz de fazer uma coisa dessas. Eu nunca mais quero falar contigo. – Quem não quer falar contigo sou eu. Eu vou embora. – Vai mesmo, cachorro, e nunca mais olha na minha cara. Foi quando a moça que sorriu voltou, parou na frente da namorada e disse: – Oi, Você não lembra de mim? – Não!!! – Estudamos juntas no ensino médio, éramos muito ami-gas. Saímos juntas e tudo. Perdi o contato contigo, mas quando vi você caminhando, sorri, pois achei que você tinha me conhecido. – Agora me lembro, você está ótima. É muito bom te ver. – Eu também gostei muito de vê-la. Mas agora preciso ir. Tchau! – Se cuide, minha amiga. Tchau! O rapaz olha para namorada e indignado, diz: – É esse teu ciúme bobo que sempre estraga nossos pas-seios. – Tudo bem, mas não quero mais cenas de ciúme hoje, ok? – Ok. E continuaram seu caminho.

... aumenta um ponto.

Oficina da Escola Aberta

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NORMALISTAs DO SÉCULO XXIMagistério

Margareth Reis, Turma 41

Quando era bem pequena, sonhava em ser como a minha primeira professora Cleonice. Guardo a sua lembrança com muito carinho até hoje, mas o tempo passou e outras profissões chamaram a minha atenção. Mas teve uma que ficou por mais de vinte anos – ser mãe, esta foi minha tarefa balanceada por dois grandes ami-gos. Mas os filhos crescem e ser mãe torna-se secundário. Outros acontecimentos despertaram em mim a vontade de estudar. Como na família existem pessoas ligadas à educação, foi-me sugerido tirar o curso de educadora assistente, só que achei muito pouco para lidar com situações que poderiam acontecer na profissão. Comecei a ler, e deu início aos porquês, isto eu não sei, etc... No final do ano passado, veio a oportunidade de cursar o magistério. A princípio, pensei que era um absurdo eu estudar, pen-sei como Raul Seixas, “ já contribui com a pátria amada, vou ficar quieta esperando a velhice e a morte.” Depois decidi “vou trabalhar, pois gosto e farei o que devo”. Mas daí começaram as aulas, aquela mesma vontade de an-tigamente voltou, existe uma contaminação entre as classes, o qua-dro, os corredores, uma voz que te chama, ter vontade de aprender, estar no lugar certo. E aí muitas informações chegam como água numa terra seca e isso é muito bom. Penso que o maravilhoso é nunca parar de estudar, isso é um sonho. Meus planos são terminar o Curso Normal e fazer uma faculdade, descobri que não sou velha para isso, nem acomoda-da. Nessa trajetória tenho tido algumas decepções e muitas alegrias, contabilizando: estou com o saldo positivo, é muito bom.

Educadora de BaseCristiane de Lima, Turma 41

Decidi ser professora pelo amor nos olhos das crianças com as quais eu trabalho. Da minha parte, mesmo quando faço o míni-mo possível, para elas é uma grande coisa. E também porque sou mãe e minhas filhas quando pequenas me deram tantas alegrias e nem me deram trabalho algum, resolvi ser professora de crianças carentes, tenho a impressão de que o amor e o carinho são mais verdadeiros. Terminei o primeiro grau aos trancos e barrancos, cursava, parava, retornei e aí decidi não parar mais, peguei gosto pelo ensi-no que até então eu achava tão difícil. Se tivesse que homenagear alguém, homenagearia os professores da escola onde terminei o 1º grau, eles me apoiaram para eu seguir em frente e não desistir jamais. Então comecei a trabalhar na Associação de Moradores da Vila Orfanotrófio II como secretária, mas sempre de olho em uma vaga na creche para eu mudar de cargo. Então, para minha alegria, a dirigente me disse que eu iria começar a trabalhar no fim do mês de julho, no ano de 2007. Onde ainda estou trabalhando como educadora de base. Os meus sonhos e planos para o futuro são: vivo o mo-mento como se fosse o último, com tanta intensidade que chego a cansar. E o futuro a Deus pertence. E eu continuo procurando me aprimorar cada vez mais.

MaratonaMaurin H.K. Camargo, Turma 42

Toca Beethoven... seis horas.Acordei...respiro profundamente!

Pulo da cama, coração em câmera lenta.Passo café; cheiro de acordar.Banho, água, força e prazer.

Esqueci; leite no fogo....Susto; volto à realidade.

Filho, está na hora!Levanta, filha, vamos...

Meus dois tesouros!

Tomo um gole de café.Pouco tempo; beijos rápidos....

Saio; está na hora, tenho que voar!Me aguardam, pequeno seres.

Me esperam, crianças, pais...Lágrimas, sorrisos...

Estou ali, mais um dia.Contam comigo, para...

Que outras vidas, cumpram:seu curso, sua rotina, seus mundos.

Por instantes sinto...

Sou feliz por abrir os olhos; por acordar, correr, pular.Estou viva; cuido de vidas:

A vida segue.E eu, sigo a vida.

Ahhh!Gislaine, Turma 42

Amanhece!Na rotina diária da vida

Nos falta tempo!

As horas passam...É como se o relógioFosse movido a jato!

A noite chega!E com ela a certezaDe estar no lugar

Onde as horas não importam

Pois um sonhoIrá se realizar

Para que outrosTomem seu lugar !

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Cotidiano - Lisandra, Turma 42

Chega segunda feira começa o turbilhão

levanto às seis e meia vou para o chuveiro

a hora passa corro mais ainda, ufa!

Subo rapidamente enfim chego. Sete e meia ,bato o cartão bate o portão

são as crianças que chegam começa a rotina do dia

que estresse os dias têm supresas

boas ou ruins quem sabe.

chega as seis horasmaravilha

o dia acaboua noite promete.

Labuta - Maria Sirlei, Turma 42

Quando o celular tocaQue ânsia me dá

Alguém me chamaPara trabalhar.

Tomo um banho voandoTem alguém me esperando

Não posso me atrasarTrabalho cansativo

Mas tenho que trabalhar.

O dia na labutaLimpa, lava, esfrega.As horas correm...

A melhor hora chega.

Hora do colégioCom a turma encontrarEstudar, ler, e brincar...Depois, vamos pro lar!

ProfessoraSimone Bezerra, Turma 41

Desde criança, quando me perguntavam: – “O que tu que-res ser quando crescer?” Eu respondia: – “professora”. Realmente, sempre tive essa vontade, mas parei de estudar cedo, engravidei e casei muito nova, mas não me arrependo mais, pois, para mim, arrependimento é sofrimento. Aos 30 anos, minha vida mudou, consegui meu primeiro emprego de carteira assinada, eu era cozinheira, em uma escola de educação infantil. Como também ajudava minhas colegas em sala de aula, em 2007, uma colega me indicou o Emílio, para eu fazer magistério, eu falei: – “este é o meu sonho”. Quando eu li meu nome na lista de seleção, liguei pra ela chorando. Agora, é só pensar no futuro, quero trabalhar com crianças, vou fazer pedagogia e tentar passar em um concurso. Quero dedicar-me à minha carreira, que eu acho tão boni-ta, sei que vou encontrar dificuldades no caminho, mas agora não paro mais.

IlusãoDébora Montão, Turma 41

Não conheço ninguém que conseguiu realizar seu sonho, sem sacrificar feriados e domingos, pelo menos uma centena de ve-zes. Da mesma forma, se você quiser construir uma relação amiga com seus filhos, terá que se dedicar a isso, superar o cansaço, arru-mar tempo para eles, deixar de lado o orgulho e o comodismo. Se quiser um casamento gratificante, terá que investir tempo, energia e sentimentos nesse objetivo. O sucesso é construído à noite. Durante o dia, você faz o que todos fazem. Mas, para obter um resultado diferente da maio-ria, você tem que ser especial. Se fizer igual a todo mundo, obterá os mesmos resultados, não se compare à maioria, pois, infelizmente ela não é modelo de sucesso. Se você quiser atingir uma meta especial, terá que estudar no horário em que os outros estão tomando chope com batatas fritas. Terá de planejar, enquanto os outros permane-cem à frente da televisão. Terá de trabalhar enquanto os outros to-mam sol à beira da piscina. Há muita gente que espera que o sonho se realize por mágica. Mas toda mágica é ilusão, não tira ninguém de onde está. Ilusão é combustível de perdedores. Quem quer fazer alguma coisa, en-contra um meio,quem não quer fazer nada, encontra uma desculpa. Alunas do Curso Normal (turma 21) com o poeta Alexei Bueno

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Danielle Cunha Montenegro, Turma 36Roger Oliveira Lucas, Turma 17

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O Aprendiz do Futuro, Gilberto DimensteinRafael da Costa Horstmann,

Curso de Desensolvedores em Software

Dividido em cinco blocos, o Aprendiz do Futuro, de Gilberto Dimenstein, aborda questões sobre Tecnologia e In-formação, O Novo Emprego, Ciência e Saúde, Direitos Hu-manos, Vida Urbana e Futuro da Sociedade. O livro trata de textos retirados do jornal Folha de São Paulo e de experiências que Gilberto Dimenstein pode presenciar, principalmente nos EUA, que foi onde buscou co-nhecimento sobre o assunto que estava abordando. Na ocasião, o escritor identificava a educação como uma das prioridades nacionais. Ele acreditava que uma recon-figuração do sistema educacional, garantiria as novas tecno-logias para todos e maior consciência política, fundamentais para se obterem melhores resultados para a formação de ci-dadãos participativos, fazendo com que assim, todos reajam como se realmente vivessem em sociedade. Um dos aspectos essenciais do trabalho podia ser en-contrado ainda em suas primeiras páginas: a idéia de que de-veríamos estudar continuamente, pelo resto de nossas vidas, num procedimento de constante aperfeiçoamento, de necessá-ria atualização, o chamado “Aprendiz permanente”. Dizia que somente dessa forma poderíamos nos desenvolver profissio-nalmente, amadurecer pessoalmente e entender os princípios que regem uma sociedade dinâmica e marcadamente interati-va em seus aspectos sociais. Este é um livro em que além do autor falar dos pro-blemas sociais, dá sempre novas idéias, e faz comparações do Brasil com os Estados Unidos, gerando assim uma forma de prevenir a sociedade brasileira do que está por vir nesta cons-tante evolução da sociedade, do trabalhador e do trabalho. É uma leitura recomendada, pois aborda muito bem os assuntos ao qual se propõem, de forma descomplicada e direta. Deixa também uma boa base de todas as transformações que estão acontecendo, e claro o autor nunca deixa de dar dicas com formas para se desviar de certos problemas, ou sair dando um passo à frente de todos.

RESENHASAprendiz do Futuro: Cidadania Hoje e Amanhã

Gabriel Barcellos, Curso de Desensolvedores em Software O livro aborda uma série de problemas sociais cada vez mais presentes nas grandes cidades. O autor, Gilberto Dimenstein, revela que escolheu Nova York para concretizar seus estudos sobre os temas do livro, tendo em vista que no Brasil, infelizmente, não haveria recursos suficientes para concluir, de maneira satisfatória, todas as suas pesquisas. Também considera Nova York um exemplo de cidade voltada para causas sociais. Sendo colunista do Jornal Folha de São Paulo e correspon-dente dele em Nova York, Gilberto Dimenstein estabelece uma bre-ve relação sobre o futuro dos jovens do Brasil, fazendo um compa-rativo com países subdesenvolvidos como África e Índia e potências mundiais, como os EUA e Inglaterra. A obra leva a refletir sobre problemas que agridem a socie-dade brasileira como um todo, descreve vários fatores causadores dos males e questiona a forma como vêm sendo tratados os proble-mas no Brasil, se comparados a outros países. Dentre os assuntos mais marcantes destacam-se a escassez do trabalho, a requalificação profissional, trabalho e prostituição infantil, planejamento familiar, racismo e violência urbana (só para citar os mais polêmicos). Resumidos em capítulos curtos e de fácil interpretação, os textos acompanham fotos ilustrativas, conceitos de termos abordados e seleção de reportagens fragmentadas de várias edições do Jornal Folha de São Paulo. Este livro é um ótimo instrumento para ser usado dentro e fora da sala de aula. Está repleto de críticas sobre a sociedade como a conhecemos e cheio de bons exemplos adotados por pessoas que fizeram a diferença na vida de outras pessoas e na vida delas mes-mas.

ClickJorge Antônio, Turma 66

É um filme que conta a história de um homem atrapalha-do, que vivia se perdendo nos horários e nos compromissos. Num certo dia, foi a uma loja comprar presentes e nela deparou-se com uma cama. Apreciou o momento na cama e adormeceu, em seu subconsciente encontrou um cientista/anjo, que lhe deu a oportu-nidade de testar um aparelho onde pudesse adiantar-se ou atrasar-se no tempo, sabendo então qual seria seu caminho a percorrer. Então ele vivia alguns minutos no futuro e automaticamente se via no presente. Ele tomava as decisões que sabia que eram vantajosas para ele. Nesse período, ele foi deixando a família de lado, vivendo num mundo irreal, então ele notou que, modificando o presente, todo seu futuro será modificado, sem saber, ele já tinha perdido o contato e o afeto de seus filhos.Alunos do Curso de Desenvolvedoros em Software

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Tomou a decisão de voltar ao tempo e tentar recuperar sua família, sem sucesso se viu na cama de um hospital, onde recebeu a visita de seu filho e de sua ex-mulher, quando a visita o deixou, ele tomou as últimas forças que tinha e correu atrás de sua família, che-gando na rua onde caía enorme chuva, sem sucesso faleceu. Ainda bem que era apenas um cochilo na cama de um shopping. Esse filme passa a mensagem de que devemos dar valor à vida e aos momentos marcantes, não deixar passar em branco, pois a felicidade está em pequenas coisas e também em grandes momen-tos, mas só será completa quando compartilhada.

Eu gosteiFernando Guilherme, Turma 67

O documentário de Al Gore, “Uma verdade inconvenien-te”, anuncia o acontecimento de catástrofes naturais, queimadas de florestas, furacões como o Catarina na costa sul do Brasil e o efeito estufa que mantém a terra aquecida. É um documentário, que mostra que nós todos temos que acordar para esses acontecimentos apocalípticos e que devemos re-duzir a emissão de Co2 na atmosfera, que é o vilão causador do aquecimento global. Al Gore aponta que ainda há chances de salvar o nosso planeta, só que para isso cada um tem que fazer sua parte, optar por meios mais ecologicamente corretos, como andar de transporte coletivo em vez de dirigir um carro. Acho que este documentário reforçou os meus conheci-mentos sobre o meio ambiente e o nosso planeta, vale a pena assistir, e discutir sobre essa verdade inconveniente e conscientizar-se de que nós temos que salvar o mundo que nós vivemos, para que nossas futuras gerações não sofram com estes problemas globais.

Ao PortãoMahira Regina Santos, Turma 57

Ao Portão do Passeio, um mendigo estendeu-nos a mão. José Dias passou adiante, mas eu pensei em Capitu e no seminá-rio, tirei dois vinténs do bolso e dei-os ao mendigo. Este beijou a moeda; eu pedi-lhe que rogasse a Deus por mim, a fim de que eu pudesse satisfazer todos os meus desejos. – Sim, meu devoto! – Chamo-me Bento, acrescentei para esclarecê-lo.Machado de Assis “ Gostei da atitude de Bento porque, ao ver o mendigo com a mão estendida, deu dois vinténs a ele, só que quando a esmo-la é demais até santo desconfia, ele deu os dois vinténs, mas com o propósito de que o mendigo rogasse por ele e realizasse todos os seus desejos e depois, para esclarecê-lo, deu o seu nome.”

À procura da felicidadeLesly, Turma: 66

Está história é baseada em fatos reais. Tem como ator prin-cipal Will Smith. Gostei muito deste filme por seu contexto em geral. É uma história bem contada, que traz para a tela a realidade nua e crua. Trata-se de um pai que tem um amor incondicional por seu filho. Ele aposta em um negócio de raio-x portátil, que não dá certo. Por causa das dívidas e o aluguel atrasado, sua mulher foi embora e o deixou com o filho. Agora ele foi despejado e não tem mais emprego. Ele faz uma ficha de emprego em uma corretora de seguros, com muito custo consegue a vaga, mas é informado

que nos primeiros seis meses a vaga não era garantida. Ele tinha duas opções. Ou ficava na rua com seu filho tentando a sorte, ou agarrava a oportunidade de dar um futuro melhor para ele. Sabia-mente, ele escolheu passar necessidade com seu filho por um tempo dormindo em abrigos e comendo com o pouco de dinheiro que tinha lhe restado e aceitar a oportunidade que a empresa lhe deu. Após seis meses de muito sacrifício, dedicação e muitas vendas de seguros, ele conseguiu um emprego fixo na empresa, após alguns anos, abriu sua própria corretora. Acho que esse filme é mui-to importante para os jovens, ele ensina que nunca devemos recusar uma boa oportunidade, mesmo ela não te recompensando instanta-neamente, e a nunca desistir do que se acredita.

ESCOLA ABERTAOficineira

Gizelda Madalena Czavnowski, Escola Aberta

Sou estudante do Curso Técnico em Contabilidade da Es-cola Emílio Meyer e, aqui, conheci a Escola Aberta, participando da oficina de customização e depois da de manicure. Ao terminar o curso de customização, fui convidada para ser oficineira. Estou muito contente, pois posso repassar os meus conhe-cimentos para outras pessoas. No início, fiquei muito insegura, mas, graças ao interesse, à dedicação das alunas e das organizadoras da Escola Aberta, percebo que estou fazendo um bom trabalho.

A ExperiênciaFabiane Duarte, Escola Aberta

Ao tomar conhecimento do projeto Escola Aberta, fiquei pensando em participar e mandei um currículo. A espera foi longa. No primeiro dia de aula, estava muito nervosa. A expec-tativa era grande, pois queria transmitir meus conhecimentos de maneira clara e objetiva. Precisava ter uma boa didática. Houve dias em que fiquei angustiada e algumas vezes a di-nâmica de aula precisou ser modificada. O tempo foi passando. A convivência com as alunas é muito legal, pois elas trazem experiências de vida. A partilha de idéias, atitudes e dúvidas me levam a dar continuidade a esse trabalho gratificante e encantador. A escola precisa de nós e nós precisamos de quem viva a Escola nos finais de semana.

Vale a pena ser oficineira!

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Eu ainda estou aquiEduardo, Turma 21

Como todo mundo sabe, o hip-hop é um dos estilos de música mais inspirados, polêmicos, diversificados e procurados da face da terra. Há rappers que falam sobre assuntos polêmicos, como política, distribuição de renda, preconceito, entre outros. Assim como há quem faça rap sobre mulheres, carros, dinheiro, etc. Mas o que poucos sabem (o que explica tanto preconcei-to...) é que a finalidade dessa música eletrônica misturada com a arte vinda das ruas, não importa sobre o que a letra signifique, resume-se em quatro palavras: eu ainda estou aqui Mas só um pouquinho, pára tudo!!! Será que eu sou o úni-co que acho que essas quatro palavras não servem apenas para o hip-hop? Desde os meus 15 anos conheci um jeito novo de viver quando parecia que eu iria cair na rotina, aliás, rotina não, e sim na longa fila das pessoas que não iriam para frente na vida sem que não abrissem suas mentes para algo novo, eis que surge o estilo ameri-cano de ser, mas não se engane, eu não deixei de amar o meu país, muito menos comecei a gostar do Bush, simplesmente adotei o ato que para muitos até parece comum, mas não para mim, que é o ato de estarmos sempre à frente de todo mundo, não importa o que for. Mas como tudo na vida nunca foi fácil, acabei sendo assim como a maioria de vocês, massacrados pelo mundo lá fora. Mesmo assim, não arredei pé desse pensamento e desse sentimento que não me larga de jeito nenhum. Porém, acabei pensando em tudo que passou em minha vida, momentos bons, maus, péssimos, ótimos... E depois, de tanto pensar, cheguei à conclusão de que ainda estou aqui, apesar de tudo. Não seria isso um motivo para pensarmos nos nossos atos e seguirmos em frente só pensando em coisas boas e positivas? Claro que não é fácil e nunca foi fazer isso todo dia, mas é só pensarmos que nosso semelhante ainda está ali por algum motivo na vida dele. Meus estilos para vocês podem até ser diferentes dos que vocês estão acostumados, mas lembre-se de que para muitos perso-nagens, como Rosa Parks, Mather Lutter King e Zumbi dos Palma-res nada foi fácil na vida, e que sempre me lembrarei, mesmo nos piores momentos, da frase: EU AINDA ESTOU AQUI !

FalarGustavo, Turma 25

Normalmente não tenho o que falar, mas na medida que o tempo passa aqui no Emílio, eu aprendi realmente a falar o que eu penso, mas também sinto receio de me expressar por motivos bes-tas, que são os mesmos que fazem me sentir assim. Sei que muitos não entenderam minhas palavras, mas sei que, no momento que pararem para pensar, verão que estão na mesma situação que eu ao escrever isso, mas agora a pergunta que todos ficam com receio de falar. Você tem medo de se expressar? Agora pense na pergunta e dê uma resposta na sua mente. Bom, muitos que param para pensar se vêem em um dilema, porque vários sentem medo de expressar o que pensam, como os seus sentimentos. Eu sou um que não demonstro meus problemas, isso acaba comigo, mas esse sou eu, esse é meu jeito, isso faz eu ser quem sou. Agora que eu mostrei o que sinto, o medo que eu sinto de me expressar, ou de demonstrar o que eu sinto, espero que possa mudar, ou talvez não.

O computador melhorou o mundo?Helena Oliveira, Curso de Desenvolvedores de Software

Hoje em dia, o que mais se discute é a interação do compu-tador ao nosso meio, pois, ao mesmo tempo que nos aproxima da informação rapidamente, ele nos mostra os atos de violência que ocorrem nas cidades e o seu uso contínuo pode nos deixar depen-dentes. Muitas pessoas usam o computador para fazer trabalhos e pesquisas, principalmente na Internet, que é o meio mais rápido de nos mantermos informados. Isso é um aspecto positivo, pois até tempos atrás tínhamos de ir à biblioteca para fazermos pesquisas. Hoje não é mais necessário sair de casa para tal, é só acessar o com-putador e aparecem várias informações sobre todos os tipos de as-sunto. Em compensação, quando utilizamos o computador, podemos nos deparar com a violência, sendo praticada por jovens e adultos, usando esse meio para armar brigas e para o uso dos traficantes. A internet, em muitos casos, serve para propagar a exploração sexual infantil. Esses são os aspectos negativos, pois o computador é um instrumento que serve para nos ajudar nas tarefas diárias e não para aumentar a violência que hoje é grande nas cidades. Não sabendo o modo mais correto de utiizar o computador, muitas pessoas, antes de tomar qualquer atitude ou até mesmo decidir o seu futuro, recorrem a ele. Tornando-se dependentes, não enxergam mais nada ao seu redor e desistem de qualquer coisa para tentar desvendar os vários truques que existem nos computadores. Portanto, deveríamos tratar do computador como mais um instrumento para a melhoria do mundo e não o tornar um objeto negativo , já que ele foi feito para nos auxiliar quando precisarmos de ajuda mas também para nos manter atualizados em relação aos acontecimentos diários.

metendo a colher

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O EMÍLIO QUE ENCONTREIO Começo de Um Sonho

Leonardo, Turma 14

Meu nome é Leonardo Barcellos, tenho 17 anos e estudo na escola Emílio Meyer. No momento, sou atleta de futebol. Jogo na categoria de base do clube Internacional de Porto Alegre e vim parar na escola Emílio Meyer por acaso.Pela manhã, eu acordo às 7h30min, tomo um banho, um café e saio para o treino. Para jogar em um clube, o atleta tem que estar estudando e eu estava sem estudar e pre-cisada de uma escola.Estava indo para o trei-no e olhei em direção a escola Emílio Meyer, vi anúncios e cartazes dizendo que abririam novas vagas para o turno da tarde e da noite e isso me interessou bastante. Fui para o trei-no com a expectativa de que a escola abriria novos caminhos para o meu desenvolvimento no futuro. Cheguei do treino, desci na parada ao lado da escola e fui na escola conferir o que era necessário para eu poder me matri-cular. Depois fui direto para casa agilizar os documentos necessários para me matricular, voltei para a escola com os documentos em mão e apresentei-os na secretaria da escola, estava tudo correto e graças ao meu interes-se consegui minha matrícula na escola para o turno da tarde, na turma 14. Acordei no dia seguinte mais tranqüilo, sabendo que estaria matriculado na escola e isso me ajudaria no meu desenvolvimento profissional. Fui para o treino esperando que acabasse logo para estre-ar o primeiro dia de aula. No final do treino, chamei o técnico do clube para dizer a ele que estava matriculado na escola e que ele não de-veria mais se preocupar, o técnico ficou bem feliz pela minha volta à escola, me desejou boa sorte e o elogio dele veio para mim como uma motivação para mais uma conquista na vida.Cheguei à escola muito tímido, pois não tinha a mínima idéia de como seria a estrutura da escola, entrei na sala de aula e percebi que seria um dia legal, estou gostando bastante da escola, tenho bons professores e bons colegas e tudo corre nas mais perfeitas condi-ções, estou aprendendo coisas que jamais imaginava e está sendo ótimo.

Minha ImaginaçãoJéssica, Turma 14

Nunca imaginei que no Emilio estudaria, minha mãe estu-dou aqui e minha irmã também. Quando cheguei, eu me perdi, achei que tinha que subir,mas quando vi tinha que descer, achei que era um porão, mas quando desci vi uma porta e achei que era ali que eles colocavam as pessoas más! Depois eu vi que o Emí-lio é um colégio legal, gostei, me diverti e do Emílio não vou sair.

Primeiro diaIngrid Santos, Turma 14

O primeiro dia foi muito estranho, cheguei na escola, eu e a minha amiga Kelly, vimos muita gente nova, caras novas, muito estranho, de começo, procuramos a sala de aula e não encontramos.Então pergun-tamos para o Wagner onde ficava nossa sala, ele nos levou, mas não era a nossa sala de aula, era outra, de outra turma. Enfim encontramos a sala e a aula era Educação Artística, fomos até o teatro e lá fica

mos, fizeram a chamada, mas meu nome não estava escrito, tive que ir até a secretaria e lá esperei dez minutos para o homem que lá trabalhava fazer meu comprovante de matrícula, voltei e mostrei para os quatro professores que estavam no teatro. Tive aula de desenho e aula de música, adorei as aulas e os professores. Depois descemos até a sala de aula e vi as

agendas que nossos colegas tinham ganhado, eu e a minha amiga e colega Kelly fomos até a secre-tária pegar as agendas, achei lindas! Depois disso tudo que aconteceu, tivemos aula de Geografia e dois de Português. Meu primeiro dia foi bom, co-nheci pessoas legais e me apaixonei pelo Emílio.

O melhor primeiro diaNatanael, Turma 14

O colégio Emílio Meyer é diferente de qualquer colégio que eu já estudei! Nos outros colégios onde estudei, o aluno novo sempre era recebido por “caras amarrada”, ficava num canto tímido e pensava que todo mundo olhava para ele, se sentia incomodado com o barulho e até com seus colegas que não paravam de conver-sar! Bem, eu vindo de Camaquã, um colono tímido, estava mais nervoso do que...bem nem sei explicar aquela sensação horrí-vel que estava sentindo...porém, chegando ao colégio, encontrei um clima completamente diferente! Um clima amistoso, confortável, as pessoas olhavam o aluno novo com um largo sorriso e com um olhar meigo! Os professo-res não eram chatos e antipáticos e sim legais

e atenciosos! E eu que pensava que nos primeiros dias ia ficar num canto, sem amigos (sou incrivelmente tímido), logo fui recebidos por colegas bacanas e alegres!! É, esse colégio é mesmo diferente!!!

Emílio MeyerBruna da Rosa Cocola, Trma 14

Muitas vezes, passei pela frente,mas nunca o notei..

Muitas vezes, ouvi falar delemas ignorei...

Muitas vezes, nem quis escutare virei as costas..

Muitas vezes, só o critiquei sem ter motivos...

Muitas vezes, pensei em dar uma chance...Muitas vezes, nem passou de pensamentos..Muitas vezes, o pensamento falou mais alto,

mas o medo o calou..Muitas vezes, cheguei na porta,

mas sai correndoMuitas vezes decidi que nunca voltaria lá para tentar..

Mas um dia esses muitas vezes chegaram ao fime o medo foi calado com a vontade de aprender muito mais

E daí quando passei pela frentefoi que encontrei o EMILIO MEYER.

Escola do momentoMatheus, Turma 14

O colégio Emílio é muito legaleducação maneira

e o aprendizado auto astral!

Mas se você estudar lá Você não vai se arrepender

Porque o colégio é de primeiraIsso você vai perceber,Como diz o ditado,‘’Querer é poder’’’!

Na hora do recreioé so zoação

folgaçao a toda hora‘’não é briquedo não!!’’

Não calunia e nem papo furadoEmilio é a escola do momento

O lugar iluminado!!

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EMÍLIO FAZENDO ARTEO computador melhorou o mundo?

André Bonatto Júnior, Curso de Desenvolvedores em Software

A espécie humana, desde o momento em que desenvolveu a fala, sempre teve, como um dos pilares do desenvolvimento, a busca constante pelo envolvimento das pessoas entre si, pois isso implicava em adquirir e transmitir conhecimento. Havia uma cons-tante troca de experiências para que se pudesse crescer e evoluir. O ser humano é curioso por natureza e essa curiosidade sempre fez com que ele tentasse inventar coisas que pudessem servir às comu-nidades em que viviam, que melhorassem a vida como um todo. To-dos esses conhecimentos sempre foram preservados em livros para que, enfim, qualquer um pudesse usufruir do que fora descoberto. Com o passar dos séculos, a espécie humana foi inven-tando mais e mais coisas e chegamos, então, ao computador. No início, rudimentar, espaçoso, com pouquíssima utilidade mas, mes-mo assim, uma máquina para auxiliar o ser humano. Com o pas-sar do tempo, esse computador foi sendo aprimorado e tivemos o advento da Internet, a rede mundial de computadores, o que per-mitiu que todo o conhecimento fosse através dela compartilhado. A Internet, hoje em dia, permite que estejamos conectados com todos a qualquer momento, e que acessemos todo e qualquer as-sunto e que fiquemos livres para expor o que sabemos. Em função disso, afirmo que o computador melhorou o mundo. E muito! Se tivermos dúvida sobre algum assunto, basta que pesquisemos e lá estará a resposta. Se quisermos aprender sobre qualquer assunto, basta que pesquisemos. Se quisermos nos comunicar com outras pessoas, sejam conhecidos ou não, lá estará o computador nos aju-dando, através de seus programas, para que os contatemos on-line. Por tudo isso, repito, o computador melhorou o mundo. E muito!

Rei Édipo de Tebas - Janaina Ferreira , 67

A peça foi fiel à história de Édipo como conhecemos, a tragédia grega foi apresentada de uma maneira que não se tornou chata nem de difícil entendimento. Tanto no presente, quanto no passado, Édipo estava fadado ao sofrimento, à dor, à angústia, tudo graças ao destino que lhe foi dado pelos deuses. Tudo bem apresen-tado pelos atores, todos competentes para fazer com que adolescen-tes ficassem quietos e, mais incrível ainda, prestassem atenção ao que os atores tentavam passar através da peça. A peça contou que, após muito andar, Édipo, cansado, sentou-se em uma pedra, porém, ele não sabia que aquele local era sagrado. Era onde os Atenienses cultuavam seus deuses. Após ser repreendido pelos guardas, o rei Teseu foi chamado ao local onde Édipo começou a contar toda sua história desde quando iniciou sua penitência. Contou que tudo teve início quando seu reinado passava por terríveis dificuldades: seca, doenças, dificuldades em geral. Preocupado com essa situação, Édi-po pediu a Creonte que trouxesse um advinho para que lhes dissesse quem havia assassinado o rei Laio, seu antecessor, pois somente de-pois que o assassino fosse descoberto e punido, os deuses não mais castigariam Tebas e seu povo. Após muito investigar, Édipo ficou sabendo de coisas terríveis. Que, mesmo indiretamente, foi ele o culpado pela morte do rei Laio, este, além de seu antecessor, era seu pai. Descobrindo isso, percebeu que vivia uma união incestuosa, pois sua mulher e mãe de suas filhas, era sua própria mãe. Jocasta em um momento de dor insuportável suicidou-se, enforcando-se dentro de seu quarto. Como ato de punição, Édipo furou seus olhos na intenção de nada mais enxergar no mundo. Fugiu de Tebas

e suas filhas o seguiram pelo mundo. Após ouvir toda história de Édipo, Teseu perdoou a atitude involuntária do viajante e a pedido do próprio Édipo, o conduziu a um local desconhecido de todos para que ali fosse enterrado e descansasse em paz. Ao final do es-petáculo fica a lição: “Nenhum rico ou pobre, está livre da dor, da tristeza e do sofrimento”.

Em busca da terra do nunca - Aniebe, Turma 66

Gostei do filme, no início tive curiosidade em ver, porque gosto muito dos filmes em que Johnny Deep atua. O filme conta como James Barrie (dramaturgo que teve sua última peça de teatro fracassado) fez para criar uma peça que na época fosse bem aceita. Na história, ele conhece Peter, um garotinho de 8 anos que vive com seus 4 irmãos e sua mãe viúva (foi nele que Barrie inspirou-se para criar Peter Pan). Peter era um garoto que não acreditava em magia e não brincara mais depois que seu pai falecera. Barrie faz o garoto acreditar em sonhos com histórias de piratas, cachorros que querem ser urso de circo, índios e fadas. Faz da avó de Peter o capitão Gan-cho e de um sino amarrado a uma pipa a fada sininho. Não queria que as crianças dormissem, pois acordariam um dia mais velhas, daí a eterna juventude de Peter Pan. Em Peter Pan, há um lugar cha-mado Terra do Nunca. Algumas pessoas a vêem como uma jornada para a imaginação e para a criatividade. Para outras, significa que você nunca morre. A Terra do Nunca é um lugar que existe para nós na parte dos desejos da nossa mente. Tudo o que o filme tenta mos-trar é bonito, inteligente e de muito bom gosto. Quando o vemos, dá vontade de voltar a ser criança. Barrie diz que podemos crescer, nos tornarmos adultos, mantendo as belas qualidades de criança. É um belo conceito. Você pode criar e tornar real aquilo que deseja. É um conto de fadas a história de Peter Pan. Não importa quão ridícu-lo é a situação, o importante é você criar aquilo que tem em mente. Não tenha medo de arriscar. Não tenha medo de ser criativo.

Eu sou a lenda - Ângela Peralba,Curso de Desenvolvedores em Software

Um homem sozinho no mundo, resultante de um acidente médico, esse é o filme “Eu sou a lenda”. Tudo começa a partir de uma vacina que inicialmente era para imunizá-los contra a gripe. A partir daí começa uma grande batalha dos mortos vivos contra o único sobrevivente, estrelado por Will Smith. Filmes com esse contexto já vêm de muitos anos, desde a volta dos mortos-vivos, e fazem muito sucesso até os dias de hoje. Quem não gosta de ir ao cinema ou até ver em casa e sentir aquele arrepio diante de cada cena horripilante desses famosos filmes.

Nosso Brasil - Leandro Pereira Carvalho, Turma 56

Nos dias de hoje é muito fácil ver as nossas crianças nas ruas junto a esgotos que correm a céu aberto,sem o mínimo de higiene.Vemos crianças sem escolas, sem creches,sem moradia,com os pais desempregados ou drogados e que já não têm mais sonhos ou ambi-ções. O Brasil é um país imenso e rico. A renda é mal distribuída, fi-cando na mão de alguns empresários que visam somente o lucro. O governo afirma ter dinheiro em caixa e as pessoas continuam mor-rendo nas filas dos hospitais.É uma falta de respeito com o povo. Não há projetos para melhorar vilas, bairros, etc. Não investem em cursos profissionalizantes para jovens e para desempregados. Não constróem creches e tantas outras coisas. A meu ver, somente o povo poderá mudar tudo isso quando começar a se organizar e votar em

políticos mais bem preparados.

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POESIA

Um diaLuciana, Turma 41

Um dia você aprende que...Verdadeiras amizades continuam Mesmo à longa distância.Mas se for um tanto egoístaE ficar achando que o mundoGire em sua volta Não terá amizade que resista.E o que importa não é o que você

[tem na vida,Mas quem você tem da vida.Portanto, plante seu jardimE decore sua almaAo invés de esperar que Alguém lhe traga flores.

Vamos pensarMarlei, Turma 41

Temos que pensar nos outros Quando menos percebemosNão estamosnos importando com o próximoTemos de pensar E dividir os nossos momentosDe alegria ou tristeza,Ninguém vive sozinho Nesta nossa sociedade.

Para um grande amigoMichelle Joaquim de Oliveira,

Turma 41

Preciso ser amigo do meu amigo. Ser sincero.

Capaz de dividir alegrias e tristezas.Chorar e sorrir em momentos difíceis

Conquistar a confiança e dividir segredos

Mas que sejam sinceros, poder doar esperanças

de um dia melhor.

A SolidãoSilvana, Turma 41

Eu acho que a solidão É a companheira dos egoístas São dias miseráveis em que passo só.

O vazio da minha alma não impõemO vazio da minha carne não respondeNa decadência de minha vida Solitária e sofrida

No abandono de um sonho Eu vejo a vida passarNa felicidade de um abraçoEu vejo o meu coração se aquietar.

Sou uma alma perdida Que na juventude me escondiMe escondi tanto que No fim me perdi.

Os sonhos

Silvana Stefani S. da Fonseca,Turma 25 Escondidos na tua agendaEmbaixo do teu travesseiroSonhos revelados ao abrir teus olhosEsse teu sonho é tua honra, tua realeza.

O sonho está na nossa bandeira,Sonhos destruídos, vividos de rancor,Corrupção nesse mundo sofredor.

O sonho do nosso BrasilResume-se em três palavras,A nossa Paz.Que é nossa esperança

Chega de preconceitos,Todos agora serão aceitos.Chega de guerra,Nosso mundo precisa de ordem.Chega de briga,Vamos lutar pelo nosso sonho,Cada um com seu time,Mas todos com a mesma fé.

Chega de frustração,Nesse mundo sem proteçãoProgresso é nosso caminho,Nosso Emílio, com muito amor e carinho.

LiberdadeVera, Turma 41

Na verdade o homem é livre,Mas não é e nunca será

Totalmente livre

Não nasce livre,não cresce livre

Não vive livre e não morre livreEm nenhuma religião e sistema político

Sua liberdade vai até onde começa a do outro

e às vezes começa quando umoutro concordou em aceitar um limite

Para dar espaço a você.

Assuma suas limitações trabalhe dentro Delas

para abrir espaço dentro de você mesmo e será livre

Talvez isso acabe até abrindo espaço fora de você

e fazendo alguma coisade concreto pela liberdade do povo.

Um diaViviane, Turma 41

Houve um dia, em que as pessoasEram mais amigas.Houve um dia, que todo mundo se queria bem.Houve um dia,em que as criançasBrincaram na rua.Houve um dia, que eu saí sem medode quem passa por mim.Houve um dia, que a humanidade.Se importava com outros.Ah... houve um dia, que tudo isso existiaE agora não existe mais.

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