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ARTIGOS DE ESTUDO PARA AS SEMANAS DE: 26 de setembro–2 de outubro Eles esperavam o Messias P ´ AGINA 8 C ˆ ANTICOS: 116, 30 3-9 de outubro Eles acharam o Messias! P ´ AGINA 12 C ˆ ANTICOS: 109, 5 10-16 de outubro Jeov ´ a — ‘o Deus que d ´ a paz’ P ´ AGINA 23 C ˆ ANTICOS: 39, 76 17-23 de outubro Empenhe-se pela paz P ´ AGINA 27 C ˆ ANTICOS: 53, 73 34567 15 DE AGOSTO DE 2011 EDI ¸ C ˜ AO DE ESTUDO

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ARTIGOS DE ESTUDO PARA AS SEMANAS DE:

26 de setembro–2 de outubroEles esperavam o MessiasP

´AGINA 8 C

ˆANTICOS: 116, 30

3-9 de outubroEles acharam o Messias!P

´AGINA 12 C

ˆANTICOS: 109, 5

10-16 de outubroJeova — ‘o Deus que da paz’P

´AGINA 23 C

ˆANTICOS: 39, 76

17-23 de outubroEmpenhe-se pela pazP

´AGINA 27 C

ˆANTICOS: 53, 73

3456715 DE AGOSTO DE 2011

E D I C˜

A O D E E S T U D O

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O OBJETIVO DESTA REVISTA, A Sentinela, e honrar a Jeova Deus, o Supremo Governante do Universo.Assim como as torres de vigia nos tempos antigos possibilitavam que uma pessoa observasse de longeos acontecimentos, esta revista mostra para nos o significado dos acontecimentos mundiais a luz dasprofecias bıblicas. Consola as pessoas com as boas novas de que o Reino de Deus, um governo real noceu, em breve acabara com toda a maldade e transformara a Terra num paraıso. Incentiva a fe em JesusCristo, que morreu para que nos pudessemos ter vida eterna e que agora reina como Rei do Reino deDeus. Esta revista, publicada sem interrupcao pelas Testemunhas de Jeova desde 1879, nao e polıtica.Adere a Bıblia como autoridade.Esta publicacao nao e vendida. Ela faz parte de uma obra educativa bıblica, mundial, mantida por donativos. A menos que haja outra indicacao, os textosbıblicos citados sao da Traducao do Novo Mundo das Escrituras Sagradas com Referencias.

34567�

15 DE AGOSTO DE 2011

OBJETIVO DOS ARTIGOS DE ESTUDO

ARTIGOS DE ESTUDO 1 E 2 P´

AGINAS 8-16 -

As Escrituras Hebraicas contem muitas pro-fecias messianicas. Examinar algumas delaspermitira que voce identifique o prometidoMessias. Espera-se que as informacoes nessesartigos lhe sejam uteis no seu ministerio. Essamateria sem duvida tambem fortalecera sua fena palavra profetica de Jeova.

ARTIGOS DE ESTUDO 3 E 4 P´

AGINAS 23-31

A uniao das Testemunhas de Jeova e semigual, e jamais devemos considera-la corriquei-ra. O primeiro artigo destaca exemplos bıbli-cos que nos incentivam a ser pessoas de paz.O segundo mostra como podemos nos empe-nhar pela paz.

TAMB´EM NESTE N

´UMERO

3 Internet — como usar bemesse instrumento global

6 Ideias paraadoracaoem famıliae estudopessoal )

17 Perguntas dos Leitores

18 Uma reuniao muito especial

22 Perguntas dos Leitores

32 Lembra-se?

A Sentinela e publicada e impressa quinzenalmente pela Associacao Torre de Vigia de Bıblias e Tratados. Sede e grafica: Rodovia SP-141, km 43, CesarioLange, SP, 18285-000. Diretor e editor responsavel: A. S. Machado Filho. Revista registrada sob o numero de ordem 508. � 2011 Watch Tower Bible and TractSociety of Pennsylvania. Todos os direitos reservados. Impressa no Brasil.Vol. 132, N.° 16 Semimonthly PORTUGUESE (Brazilian Edition)

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A SENTINELA ˙ 15 DE AGOSTO DE 2011 3

A INVENC˜

AO da impressao com tiposmoveis, seculos atras, mudou a manei-

ra de as pessoas se comunicarem. A invencaoda internet nos tempos modernos tem sidocomparada a essa mudanca. Tal ferramentapratica tem sido chamada, apropriadamen-te, de instrumento global de comunicacao.Ao percorrer a “super-rodovia da informa-cao” voce pode colher fatos, estatısticas eopinioes sobre ampla variedade de assuntos.

A capacidade de se comunicar e um pre-sente maravilhoso do Criador. Podemos tro-car ideias e compartilhar informacoes comoutros. Jeova foi o primeiro a se comunicarcom a famılia humana, dando informacoesclaras e precisas de como ter uma vida signi-ficativa. (Gen. 1:28-30) Mas, como no casodo que aconteceu no inıcio da historia hu-mana, o presente da comunicacao pode sermal-usado. Satanas deu a Eva informacoestotalmente falsas. Ela aceitou e repassou es-sas informacoes a Adao, que levou a huma-nidade a um rumo desastroso. — Gen. 3:1-6;Rom. 5:12.

Que dizer da internet? Embora ela possanos fornecer dados valiosos, poupar nossotempo e ser util, pode tambem nos enganar,desperdicar enorme quantidade de tempo e

nos corromper moralmente. Vejamos comousar de maneira benefica esse instrumentoglobal.

Informacoes — confiaveis ou falsas?Jamais presuma que todas as informacoes

na internet sao confiaveis e beneficas. Ossites de busca na internet sao comparaveisa um grupo de colhedores de cogume-los que colhe sem parar todo tipo de cogu-melos — comestıveis e venenosos —, lanca-os numa so vasilha e os serve para seremconsumidos. Voce os comeria sem examina-los com cuidado?

´E obvio que nao! Os sites

de busca na internet usam uma quantidadeenorme de computadores para colher, ouselecionar, informacoes nos bilhoes de pagi-nas da internet que contem de tudo, do queha de melhor ao que ha de pior. Precisamoster discernimento para separar o trigo dojoio, por assim dizer, a fim de nao envene-nar a mente com informacoes enganosas.

Em 1993, uma revista bem conhecida pu-blicou uma historia em quadrinhos comdois caes em frente a um computador. Umcao explica ao outro: “Na internet, ninguemsabe que voce e um cao.” La no passado, Sa-tanas escondeu-se atras de uma serpente

InternetComo usar bem esseinstrumento global

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4 A SENTINELA ˙ 15 DE AGOSTO DE 2011

para um “bate-papo” com Eva, e lhe disseque ela poderia ser como Deus. Hoje, qual-quer pessoa conectada a internet pode tor-nar-se um catedratico, fingindo ser especia-lista em alguma area, sem sequer revelar seunome. E nao existem regras sobre quempode divulgar ideias, informacoes, imagense sugestoes.

Nao se torne uma “Eva da internet”. Sejacrıtico e desconfie das informacoes. Antes deacreditar nelas, pergunte-se: (1) quem publi-cou essa materia? Qual e a formacao do au-tor? (2) Por que foi publicada? Que motiva-cao tinha o autor?

´E tendenciosa? (3) Onde o

autor conseguiu as informacoes? Ele cita asfontes de referencia? (4) As informacoes es-tao atualizadas? No primeiro seculo, o apos-tolo Paulo deu a Timoteo um conselho queainda vale hoje. Ele escreveu: “Guarda o quete foi confiado, desviando-te dos falatoriosvaos, que violam o que e santo, e das contra-dicoes do falsamente chamado ‘conheci-mento’.” — 1 Tim. 6:20.

Poupa ou desperdica tempo?A internet bem usada pode, sem duvida,

poupar tempo, energia e recursos. Pode-mos comprar algo com facilidade, sem sair

de casa. Comparar precos pode nos ajudara economizar. Operacoes bancarias on-linetem facilitado a vida de muitos; e possıvelcuidar de assuntos financeiros em qualquermomento no conforto do lar. Na internet te-mos meios de escolher um roteiro de viagemconveniente e economico e fazer as reservasnecessarias. Com pouco esforco podemosprocurar numeros de telefone, enderecos eroteiros para chegar ao nosso destino. As se-des das Testemunhas de Jeova em todo omundo usam muitos desses servicos parapoupar tempo e recursos, envolvendo me-nos pessoas.

Mas ha um lado negativo a levar em con-ta: a quantidade de tempo que o uso da inter-net pode consumir. Muitos a usam como umbrinquedo fascinante, em vez de instrumen-to util. Gastam tempo demais jogando, fa-zendo compras, ‘batendo papo’, enviando elendo e-mails, pesquisando e ‘navegando’.Por fim, talvez negligenciem as coisas maisimportantes, como a famılia, os amigos e acongregacao. A internet pode ate mesmo setornar um vıcio. Por exemplo, segundo umaestimativa publicada em 2010, 18,4% dosadolescentes coreanos eram viciados em in-ternet. Pesquisadores alemaes disseram que“cada vez mais mulheres se queixam do vı-cio de seus parceiros”. Certa mulher lamen-tou que o vıcio da internet mudou radical-mente seu marido a ponto de destruir ocasamento.

Uma sede das Testemunhas de Jeova rece-beu uma carta de um autodenominado vi-ciado em internet.

`As vezes ele gastava ate

dez horas por dia na internet. Depois de di-zer que “de inıcio tudo parecia muito ino-cente”, ele acrescentou: “Com o tempo, eufaltava a muitas reunioes e parei de orar.”Durante as reunioes, para as quais nao sepreparava, ele quase so pensava em chegarem casa para “conectar-se de novo”. Feliz-

Como evitar ser vıtimasde informacoes enganosas?

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mente, ele percebeu a gravidade do proble-ma e tomou medidas para corrigi-lo. Jamaispermitamos que o uso da internet se torneum vıcio para nos.

Informacoes — proveitosas ou nao?Em 1 Tessalonicenses 5:21, 22, lemos:

“Certificai-vos de todas as coisas; apegai-vosao que e excelente. Abstende-vos de toda for-ma de iniquidade.” Temos de determinar seas informacoes que encontramos na inter-net se enquadram naquilo que Deus aprova,de acordo com seus elevados padroes. De-vem ser moralmente impecaveis e apropria-das para o cristao. A pornografia na internettornou-se muito comum e, se nao tivermoscuidado, poderemos com facilidade cair nasua armadilha.

Seria bom que cada um se perguntasse:‘Aquilo que vejo na tela e algo que eu rapida-mente esconderia de meu conjuge, de meuspais ou de irmaos cristaos que entrassem nasala?’ Em caso afirmativo, sera sabio so usara internet quando outros estiverem por per-to. A internet sem duvida mudou a maneirade as pessoas se comunicarem e fazeremcompras. Mas deu tambem origem a ummodo totalmente novo de ‘cometer adulte-rio no coracao’. — Mat. 5:27, 28.

Devo encaminhar a mensagem?Usar a internet inclui receber e distribuir

informacoes. Embora tenhamos a liberdadede obter e repassar informacoes, temos tam-bem o dever de nos certificar da veracidade eda moralidade de seu conteudo. Podemosnos responsabilizar pela exatidao daquiloque escrevemos ou encaminhamos a ou-tros? Temos permissao para divulgar essasinformacoes?� Vale a pena? Edifica? Com

� Pode-se dizer o mesmo a respeito de fotografias. Em-bora possamos tirar fotos para uso pessoal, talvez nao te-nhamos autorizacao para distribuı-las e, muito menos,para divulgar nome e endereco das pessoas fotografadas.

que motivacao vamos divulgar? Sera que eum mero desejo de impressionar outros?

Usado da forma correta, o e-mail pode sermuito util. Mas pode tambem nos inundarde informacoes. Sera que estamos sobrecar-regando outros, enviando novidades e trivia-lidades a uma longa lista de contatos, talvezconsumindo o valioso tempo deles? Nao de-verıamos avaliar nossa motivacao antes dedar o comando “enviar”? O que pretende-mos realmente com isso? As pessoas costu-mavam escrever cartas para contar a famıliae aos amigos o que acontecia na vida delas.Nao deveria ser esse o objetivo de nossose-mails? Por que repassar algo que nao pode-mos confirmar?

Entao, o que devemos fazer em relacao ainternet? Deixar de usa-la? Em alguns casos,talvez isso seja necessario. A pessoa viciadaem internet, a que ja nos referimos, fezisso para superar um vıcio de muitos anos.Por outro lado, usar a internet pode serutil, desde que deixemos ‘o raciocınio nosguardar e o discernimento nos resguardar’.— Pro. 2:10,11.

O que voce deve analisarantes de dar o comando “enviar”?

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6 A SENTINELA ˙ 15 DE AGOSTO DE 2011

NO IN´ICIO de 2009, as congregacoes

das Testemunhas de Jeova em todo omundo fizeram ajustes na programacao desuas reunioes. As reunioes do meio da sema-na passaram a ser realizadas numa so noite,e todos nos fomos incentivados a usar a ou-tra noite para adoracao em famılia ou es-tudo pessoal. Esta usando bem esse tem-po livre? Esta tirando pleno proveito desseajuste?

Alguns se perguntam que materia devemescolher para considerar na adoracao em fa-mılia. O Corpo Governante nao determinaum padrao para ser seguido por todas as fa-mılias. Visto que as circunstancias variam, ebom que cada chefe de famılia ou cada pes-soa avalie qual e a melhor maneira de utili-zar essa ocasiao semanal.

Alguns estao preparando as reunioes con-gregacionais, mas a adoracao em famılianao precisa se limitar a isso. Outros fazemleitura, analise e ate encenacao de passagensbıblicas, em especial para ajudar criancas pe-quenas. Nao e necessario nem recomenda-vel usar sempre o metodo de perguntas erespostas, como nas nossas reunioes. Umaatmosfera informal tem mais probabilidadede incentivar uma interacao e a troca de

ideias. Essa atmosfera estimula a criativida-de, que pode tornar a ocasiao inesquecıvel eagradavel para todos.

Certo pai de tres filhos escreveu: “Em ge-ral, nos baseamos na leitura da Bıblia. Cadaum de nos le os capıtulos com antecedencia.Meus filhos escolhem algo que desejam pes-quisar e entao apresentam o que descobri-ram. Michael, de 7 anos, costuma fazer umdesenho ou escrever um paragrafo. David,de 13, e Kaitlyn, de 15, talvez escrevam sobreum relato bıblico do ponto de vista de umobservador. Por exemplo, quando lemos orelato em que Jose interpretou os sonhos dopadeiro e do copeiro de Farao, Kaitlyn escre-veu uma redacao do ponto de vista deum prisioneiro observando essa conversa.”— Gen., cap. 40.

Naturalmente, as situacoes variam. O queda certo para uma famılia ou para determi-nada pessoa talvez nao funcione para outra.O quadro acompanhante apresenta diversasideias que podem ser uteis para suas sessoesde adoracao em famılia ou estudo pessoal.´E bem provavel que voce tambem tenha va-rias outras ideias.

Ideias paraadorac

˜ao em fam

´ılia

e estudo pessoal

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Fam´ılias

com adolescentes:

˙ Ler e analisar Os JovensPerguntam — RespostasPraticas.

˙ Encenar situacoes de “Co-loque-se no lugar de . . .”.(Veja A Sentinela de 15 demaio de 1996, pagina 14,paragrafos 17-18.)

˙ Conversar sobre alvos demedio e longo prazo.

˙ De vez em quando, vere analisar vıdeos baseadosna Bıblia.

˙ Considerar a secao “Paraos Jovens” de A Sentinela.

Casaissem filhos:

˙ Analisar os capıtulos 1, 3 e11-16 do livro O Segredo deUma Famılia Feliz.

˙ Compartilhar pontos en-contrados na pesquisa fei-ta para os destaques daleitura da Bıblia.

˙ Preparar-se para o EstudoBıblico de Congregacaoou para o Estudo deA Sentinela.

˙ Considerar maneiras deexpandir seu ministeriocomo casal.

Irm˜

aos e irm˜

as solteirosou membros de umafam

´ılia em que nem

todos s˜

ao crist˜

aos:

˙ Estudar os lancamentos docongresso de distrito.

˙ Ler o Anuario do ano e osanteriores.

˙ Pesquisar como respondera perguntas comuns noterritorio.

˙ Preparar apresentacoespara o ministerio decampo.

Fam´ılias

com filhos pequenos:

˙ Encenar relatos bıblicos.

˙ Brincar com jogos de me-moria, como os das pagi-nas 30 e 31 da Despertai!.

˙ Vez por outra, fazer algodiferente. (Veja “Estuda-mos a Bıblia no zoologi-co!”, na Despertai! de8 de marco de 1996,paginas 16-19.)

˙ Considerar a secao“Ensine Seus Filhos”de A Sentinela.

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A HAVIA anoitecido. Pastores estavamno campo, vigiando seus rebanhos. Co-

mo ficaram surpresos quando o anjo deJeova apareceu e a gloria de Deus relu-ziu em volta deles! O anjo fez uma pro-clamacao espantosa: “Nao temais, pois, eisque vos declaro boas novas duma grandealegria que todo o povo tera, porque hojevos nasceu . . . um Salvador, que e Cristo,o Senhor.” Esse seria o Messias. Os pastorespoderiam encontrar a crianca numa man-jedoura em uma cidade proxima. De re-

1. Que proclamacao angelica alguns pastores ouvi-ram?

pente, “uma multidao do exercito celes-tial” comecou a louvar a Jeova, dizendo:“Gloria a Deus nas maiores alturas, e naterra paz entre homens de boa vontade.”— Luc. 2:8-14.

2 Naturalmente, os pastores judeus sa-biam que a palavra “Messias”, ou “Cris-to”, se referia ao “Ungido” de Deus. (

ˆExo.

29:5-7) Mas como poderiam aprender maise convencer outros de que o bebe mencio-nado pelo anjo seria o Messias designadopor Jeova? Por examinar profecias das Es-crituras Hebraicas e compara-las com as ati-vidades e a vida dessa crianca.

Por que as pessoasestavam na expectativa?3 Anos mais tarde, quando

Joao Batista se tornou conheci-do, suas palavras e acoes leva-ram alguns a se perguntar seele era o Messias. (Leia Lucas3:15.)

´E possıvel que alguns te-

nham entendido corretamen-te uma profecia messianica arespeito de “setenta semanas”.Nesse caso, eles podiam ter cal-culado quando o Messias apa-receria. A profecia dizia, emparte: “Desde a saıda da pala-vra para se restaurar e recons-truir Jerusalem ate o Messias,

2. O que significa a palavra “Mes-sias”, e como ele poderia ser identifi-cado?3, 4. Qual e o nosso entendimentode Daniel 9:24, 25?

ELES ESPERAVAM O MESSIAS“O povo estava esperando o Messias. E todos perguntavam a si mesmos

se Joao nao seria o Messias.” — LUC. 3:15, B´IBLIA PASTORAL.

8

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A SENTINELA ˙ 15 DE AGOSTO DE 2011 9

o Lıder, havera sete semanas, tambem ses-senta e duas semanas.” (Dan. 9:24, 25) Di-versos eruditos concordam que essas saosemanas de anos. Por exemplo, a RevisedStandard Version (Versao Padrao Revisada)diz: “Setenta semanas de anos foram decre-tadas.”

4 Hoje, os servos de Jeova sabem que as69 semanas, ou 483 anos, de Daniel 9:25comecaram em 455 AEC, quando o rei per-sa Artaxerxes autorizou Neemias a restaurare reconstruir Jerusalem. (Nee. 2:1-8) Essassemanas terminaram 483 anos mais tarde,em 29 EC, quando Jesus de Nazare foi bati-zado e depois ungido com espırito santo,tornando-se assim o Messias. — Mat. 3:13-17.�

5 Vejamos agora algumas de muitas ou-tras profecias a respeito do Messias que secumpriram no nascimento, nos primeirosanos de vida e no ministerio de Jesus. Semduvida, isso fortalecera nossa fe na palavraprofetica de Deus. Tambem fornecera evi-dencias claras de que Jesus era mesmo otao aguardado Messias.

Os primeiros anos da vida de Jesus6 O Messias viria da tribo israelita de

Juda. Quando estava para morrer, o patriar-ca Jaco abencoou seus filhos e predisse:“O cetro nao se afastara de Juda, nem o bas-tao de comandante de entre os seus pes, ateque venha Silo; e a ele pertencera a obe-diencia dos povos.” (Gen. 49:10) Muitoseruditos judaicos do passado associaram es-sas palavras ao Messias. Comecando com ogoverno do Rei Davi, da tribo de Juda, o ce-tro (soberania regia) e o bastao de coman-

� Para uma consideracao detalhada sobre as “setentasemanas”, veja o capıtulo 11 do livro Preste Atencao aProfecia de Daniel!.

5. Que profecias veremos agora?6. Explique como Genesis 49:10 se cumpriu.

dante (poder para comandar) permanece-ram nessa tribo. “Silo” significa “aquele dequem e; aquele a quem pertence”. A li-nhagem real de Juda terminaria em “Silo”,como Herdeiro real permanente, visto queDeus disse a Zedequias, o ultimo rei deJuda, que o governo seria dado a quem ti-nha o direito legal. (Eze. 21:26, 27) Depoisde Zedequias, Jesus foi o unico descendentede Davi a quem se prometeu um reinado.Antes de Jesus nascer, o anjo Gabriel dis-se a Maria: “Jeova Deus lhe dara o trono deDavi, seu pai, e ele reinara sobre a casa deJaco para sempre, e nao havera fim do seureino.” (Luc. 1:32, 33) Silo com certeza e Je-sus Cristo, que era descendente de Juda e deDavi. — Mat.1:1-3, 6; Luc. 3:23, 31-34.

7 O Messias nasceria em Belem. “Tu, Be-lem Efrata, pequena demais para chegar aestar entre os milhares de Juda”, escreveu oprofeta Miqueias, “de ti me saira aqueleque ha de tornar-se governante em Israel,cuja origem e desde os tempos primitivos,desde os dias do tempo indefinido”. (Miq.5:2) O Messias nasceria na cidade de Be-lem, de Juda, que pelo visto em algumaepoca se chamava tambem Efrata. EmboraMaria, mae de Jesus, e Jose, seu pai adotivo,morassem em Nazare, um decreto romanoos fez ir a Belem para se registrar, e Jesusnasceu ali em 2 AEC. (Mat. 2:1, 5, 6) Quenotavel cumprimento de profecia!

8 O Messias nasceria de uma virgem.(Leia Isaıas 7:14.) A palavra hebraicabethu·lah significa “virgem”, mas um ou-tro termo (al·mah) e usado em Isaıas 7:14.Ali foi profetizado que uma “donzela [ha-al·mah]” teria um filho. A palavra al·mah eusada para se referir a virgem Rebeca antes

7. Onde o Messias nasceu, e por que isso e impor-tante?8, 9. O que foi predito sobre o nascimento do Mes-sias e sobre o que aconteceria depois?

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10 A SENTINELA ˙ 15 DE AGOSTO DE 2011

de seu casamento. (Gen. 24:16, 43) Sobinspiracao, Mateus usou a palavra gregapara “virgem” (par·the·nos) ao mostrar queIsaıas 7:14 se cumpriu no nascimento deJesus. Mateus e Lucas declaram em seusevangelhos que Maria era virgem quandoficou gravida pela atuacao do espırito deDeus. — Mat. 1:18-25; Luc. 1:26-35.

9 Criancas seriam assassinadas depois donascimento do Messias. Algo similar acon-teceu seculos antes, quando o Farao do Egi-to decretou que meninos hebreus fossemjogados no rio Nilo assim que nascessem.(

ˆExo. 1:22) Mas e interessante que Jeremias

31:15, 16 diz que Raquel chorava por seusfilhos que haviam sido levados para a “ter-ra do inimigo”. Seu choro foi ouvido na dis-tante Rama, no territorio de Benjamim, aonorte de Jerusalem. Mateus indica que aspalavras de Jeremias se cumpriram quandoo Rei Herodes ordenou o extermınio de me-ninos em Belem e nos arredores. (Leia Ma-teus 2:16-18.) Imagine como isso foi triste!

10 Assim como os israelitas, o Messias seriachamado do Egito. (Ose. 11:1) Antes deHerodes decretar a morte dos meninos,um anjo ordenou que Jose, Maria e Je-sus fossem para o Egito. Eles ficaram ali“ate o falecimento de Herodes, para que secumprisse o que fora falado por Jeova porintermedio do seu profeta [Oseias], dizen-do: ‘Do Egito chamei o meu filho.’” (Mat.2:13-15)

´E claro que Jesus nao poderia ter

manipulado nenhum dos eventos profeti-cos relacionados ao seu nascimento e pri-meiros anos de vida.

O Messias entra em acao11 O caminho devia ser preparado antes da

10. Explique como Oseias 11:1 se cumpriu em Je-sus.11. Como o caminho foi preparado antes da chega-da do Ungido de Jeova?

chegada do Ungido de Deus. Malaquias pre-disse que “Elias, o profeta”, faria essaobra, preparando o coracao das pessoaspara a chegada do Messias. (Leia Mala-quias 4:5, 6.) O proprio Jesus identificouJoao Batista como esse “Elias”. (Mat. 11:12-14) E Marcos esclareceu que o ministeriode Joao cumpriu as palavras profeticas deIsaıas. (Isa. 40:3; Mar. 1:1-4) Jesus nao ma-nipulou as circunstancias para que Joao fi-zesse uma obra semelhante a de Eliascomo seu precursor. A atividade desse pre-dito “Elias” ocorreu em harmonia com avontade de Deus e foi um meio de identifi-car o Messias.

12 Uma designacao dada por Deus ajuda-ria a identificar o Messias. Na sinagoga emNazare, a cidade onde havia crescido, Jesusleu e aplicou a si mesmo as seguintes pala-vras do rolo de Isaıas: “O espırito de Jeovaesta sobre mim, porque me ungiu para de-clarar boas novas aos pobres, enviou-mepara pregar livramento aos cativos e recu-peracao da vista aos cegos, para mandarembora os esmagados, com livramento,para pregar o ano aceitavel de Jeova.” Vistoque era mesmo o Messias, Jesus podia dedireito dizer: “Hoje se cumpriu esta escritu-ra que acabais de ouvir.” — Luc. 4:16-21.

13 O ministerio publico do Messias na Ga-lileia foi predito. Com respeito ‘a terra deZebulao e a terra de Naftali, Galileia das na-coes’, Isaıas escreveu: “O povo que andavana escuridao viu uma grande luz. Quantoaos que moram na terra de sombra tene-brosa, resplandeceu sobre eles a proprialuz.” (Isa. 9:1, 2) Jesus iniciou seu ministe-rio na Galileia, morando em Cafarnaum,onde diversos habitantes dos territorios de

12. Que designacao ajuda a identificar o Messias?13. Como foi predito o ministerio publico de Jesusna Galileia?

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A SENTINELA ˙ 15 DE AGOSTO DE 2011 11

Zebulao e Naftali se beneficiaram da luz es-piritual que ele lhes trouxe. (Mat. 4:12-16)Na Galileia, Jesus proferiu seu surpreen-dente Sermao do Monte, escolheu seusapostolos e realizou seu primeiro milagre.Foi provavelmente ali que ele apareceu acerca de 500 discıpulos apos sua ressurrei-cao. (Mat. 5:1–7:27; 28:16-20; Mar. 3:13, 14;Joao 2:8-11; 1 Cor. 15:6) Desse modo, elecumpriu a profecia de Isaıas por pregar ‘naterra de Zebulao e na terra de Naftali’.Naturalmente, Jesus continuou a pregar amensagem do Reino em outras partes de Is-rael.

Outras atividades do Messias14 O Messias falaria usando parabolas, ou

ilustracoes. O salmista Asafe cantou: “Vouabrir a boca numa expressao proverbial.”(Sal. 78:2) Como sabemos que isso se apli-cou profeticamente a Jesus? Mateus nos in-forma isso. Depois de narrar as ilustracoesem que Jesus comparou o Reino a um graode mostarda e ao fermento, Mateus diz:“Nada lhes falava sem ilustracao; para quese cumprisse o que fora dito por interme-dio do profeta, que disse: ‘Abrirei a bocacom ilustracoes, publicarei as coisas escon-didas desde a fundacao.’” (Mat. 13:31-35)O uso de proverbios ou parabolas era umdos eficazes metodos de ensino de Jesus.

15 O Messias curaria pessoas. Isaıas pre-disse: “Verdadeiramente, foram as nossasdoencas que ele mesmo carregou; e quantoas nossas dores, ele as levou.” (Isa. 53:4)Mateus salientou que, depois de curar a so-gra de Pedro, Jesus curou outros “para quese cumprisse o que fora falado por interme-dio de Isaıas, o profeta, dizendo: ‘Ele mes-mo tomou as nossas doencas e levou as

14. De que modo Jesus cumpriu o Salmo 78:2?15. Explique como Isaıas 53:4 se cumpriu.

nossas molestias.’” (Mat. 8:14-17) E esse eapenas um dos muitos exemplos registra-dos de Jesus curar doentes.

16 Apesar de todo o bem que seria realiza-do pelo Messias, muitas pessoas nao acredi-tariam nele. (Leia Isaıas 53:1.) Mostrandoque essa profecia se cumpriu, o apostoloJoao escreveu: “Embora tivesse realizadotantos sinais na frente deles, nao deposita-vam fe [em Jesus], de modo que se cum-priu a palavra de Isaıas, o profeta, que disse:‘Jeova, quem depositou fe na coisa ouvidapor nos? E quanto ao braco de Jeova, aquem tem sido revelado?’” (Joao 12:37,38) Alem disso, poucos exerceram fe nasboas novas sobre Jesus, o Messias, duranteo ministerio do apostolo Paulo. — Rom.10:16, 17.

17 O Messias seria odiado sem causa. (Sal.69:4) Segundo o apostolo Joao, Jesus disse:“Se eu nao tivesse feito entre [o povo] asobras que ninguem mais fez, nao teriampecado; mas agora eles tem visto e temodiado tanto a mim como a meu Pai. Mas,e para que se cumpra a palavra escrita naLei deles: ‘Odiaram-me sem causa.’” (Joao15:24, 25) Geralmente, o termo “Lei” serefere ao inteiro conjunto das Escrituras.(Joao 10:34; 12:34) Os Evangelhos provamque Jesus foi odiado, em especial pelos lı-deres religiosos judaicos. Alem disso, Cristodisse: “O mundo nao tem razao para vosodiar, mas odeia a mim, porque dou teste-munho dele de que as suas obras sao inı-quas.” — Joao 7:7.

18 Os cristaos do primeiro seculo tinhamcerteza de que Jesus era o Messias, visto que

16. Como o apostolo Joao mostrou que Jesus cum-priu Isaıas 53:1?17. Como Joao aplicou o Salmo 69:4?18. Que analise adicional fortalecera nossa convic-cao de que Jesus e o Messias?

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ele realmente havia cumprido as profeciasmessianicas registradas nas Escrituras He-braicas. (Mat. 16:16) Como vimos, algumasdelas tiveram cumprimento nos primeirosanos da vida de Jesus de Nazare e no seuministerio. No proximo artigo analisare-mos outras profecias messianicas. Meditarnelas certamente fortalecera nossa convic-cao de que Jesus Cristo e mesmo o Messiasdesignado por nosso Pai celestial, Jeova.

Como responderia?˙ Que profecias se cumpriram no nasci-

mento de Jesus?˙ Como se preparou o caminho antes

da chegada do Messias?˙ Que palavras profeticas do capıtu-

lo 53 de Isaıas se cumpriram emJesus?

JO˜

AO BATISTA estava com dois de seusdiscıpulos. Enquanto Jesus se aproxi-

mava, Joao exclamou: “Eis o Cordeiro deDeus!” Andre e o outro discıpulo logo se-guiram Jesus e passaram o dia com ele. Maistarde, Andre encontrou Simao Pedro, seu ir-mao, e o levou a Jesus depois de dar a sur-preendente notıcia: “Achamos o Messias.”— Joao 1:35-41.

2 Com o tempo, Andre, Pedro e outros ti-veram muitas oportunidades de pesquisaras Escrituras, e declararam sem reservas queJesus de Nazare era o prometido Messias. Anossa propria fe na Bıblia e no Ungido deDeus sera fortalecida por continuarmos oestudo de profecias messianicas.

“O teu Rei esta vindo”3 O Messias faria uma entrada triunfal em

1. O que levou Andre a declarar: “Achamos o Mes-sias”?2. Como nos beneficiaremos de continuar a estu-dar profecias messianicas?3. Que profecias se cumpriram na entrada triunfalde Jesus em Jerusalem?

Jerusalem. A profecia de Zacarias dizia: “Ju-bila grandemente, o filha de Siao. Brada emtriunfo, o filha de Jerusalem. Eis que vem ati o teu proprio rei. Ele e justo, sim, salvo;humilde, e montado num jumento, sim,num animal plenamente desenvolvido, fi-lho de jumenta.” (Zac. 9:9) O salmista es-creveu: “Bendito Aquele que vem em nomede Jeova.” (Sal. 118:26) Jesus nao poderiater manipulado as acoes da multidao. Noentanto, em cumprimento dessa profecia,tal multidao espontaneamente se expres-sou com enorme euforia. Ao ler o relato, vi-sualize a cena e ouca os brados de alegria.— Leia Mateus 21:4-9.

4 Embora muitos rejeitassem a Jesus apesarde sua qualificacao como Messias, ele seriaprecioso para Deus. Como predito, Jesus ‘foidesprezado e considerado indigno de ser le-vado em conta’ pelas pessoas que nao acei-tavam as evidencias. (Isa. 53:3; Mar. 9:12)Mas Deus havia inspirado o salmista a dizer:“A pedra que os construtores rejeitaram

4. Explique como o Salmo 118:22, 23 se cumpriu.

ELES ACHARAM O MESSIAS!“Achamos o Messias.” — JO

˜AO 1:41.

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A SENTINELA ˙ 15 DE AGOSTO DE 2011 13

tem-se tornado a principal do angulo. Istoveio a ser da parte do proprio Jeova.” (Sal.118:22, 23) Jesus trouxe essa passagem aatencao de seus opositores religiosos, e Pe-dro disse que ela se cumpriu em Cristo.(Mar. 12:10, 11; Atos 4:8-11) Jesus realmentese tornou a “pedra angular de alicerce” dacongregacao crista. Rejeitado pelos ımpios,ele foi ‘escolhido e era precioso para Deus’.— 1 Ped. 2:4-6.

Traıdo e abandonado5 O Messias seria entregue aos inimigos por

um companheiro traidor. Davi profetizou:“O homem que estava em paz comigo, emquem confiei, que comia meu pao, en-grandeceu seu calcanhar contra mim.” (Sal.41:9) Comer pao com outra pessoa era tidocomo gesto de amizade. (Gen. 31:54) Por-tanto, o ato de Judas Iscariotes foi uma trai-cao da pior especie. Jesus chamou a atencaopara o cumprimento das palavras profeticas

5, 6. O que foi predito sobre a traicao contra o Mes-sias e como isso se cumpriu?

de Davi ao referir-se a seutraidor e dizer aos apostolos:“Nao estou falando a respei-to de todos vos; conheco osque tenho escolhido. Mas, epara que se cumpra a escri-tura: ‘Aquele que costumavaalimentar-se do meu pao er-gueu o seu calcanhar contramim.’” — Joao 13:18.

6 O traidor do Messias re-ceberia 30 moedas de pra-ta — o preco de um escravo!Com base em Zacarias 11:12,13, Mateus indicou que Jesusfoi traıdo por essa quantiairrisoria. Mas por que Ma-teus disse que isso foi predito“por intermedio de Jeremias,

o profeta”? Nos dias de Mateus, Jeremiastalvez aparecesse em primeiro lugar numgrupo de livros bıblicos que incluıa Zaca-rias. (Note Lucas 24:44.) Judas nao desfru-tou desse dinheiro sujo, pois o lancou notemplo e depois se matou. — Mat. 26:14-16;27:3-10.

7 Ate mesmo os discıpulos do Messias sedispersariam. “Golpeia o pastor”, escreveuZacarias, “e sejam espalhadas as ovelhas dorebanho”. (Zac. 13:7) Em 14 de nisa de33 EC, Jesus disse aos discıpulos: “Esta noi-te, todos vos tropecareis em conexao comi-go, pois esta escrito: ‘Golpearei o pastor, e asovelhas do rebanho ficarao espalhadas.’ ”Foi isso mesmo o que aconteceu, pois se-gundo Mateus ‘todos os discıpulos abando-naram Jesus e fugiram’. — Mat. 26:31, 56.

Acusado e golpeado8 O Messias seria julgado e condenado.

(Leia Isaıas 53:8.) Ao amanhecer de

7. Como Zacarias 13:7 se cumpriu?8. Em que circunstancias se cumpriu Isaıas 53:8?

A entrada triunfal de Jesus em Jerusalemcumpriu que profecias?

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14 de nisa, o Sinedrio inteiro se reuniu,mandou amarrar Jesus e o enviou ao gover-nador romano Poncio Pilatos. Ele interro-gou Jesus e nao viu nele nenhuma culpa.Mas, quando Pilatos sugeriu livrar Jesus, amultidao gritou: “Para a estaca com ele!” epediu a libertacao do criminoso Barrabas.Para agradar a multidao, Pilatos libertouBarrabas, mandou chicotear Jesus e o entre-gou para ser pregado numa estaca. — Mar.15:1-15.

9 Testemunhas falsas testificariam contrao Messias. “Levantam-se testemunhas vio-lentas”, disse o salmista Davi. “Perguntam-me o que nao sei.” (Sal. 35:11) Como profe-tizado, “os principais sacerdotes e todo oSinedrio estavam procurando falso teste-munho contra Jesus, para o entregarem amorte”. (Mat. 26:59) “Muitos, de fato, da-vam testemunho falso contra ele, mas osseus testemunhos nao estavam em acordo.”(Mar. 14:56) Aqueles furiosos inimigos deJesus, dispostos a mata-lo, nao se importa-vam com a falsidade dos testemunhos.

10 O Messias ficaria em silencio na frentede seus acusadores. Isaıas profetizou: “Viu-se apertado e deixou-se atribular; contudo,nao abria a sua boca. Foi trazido qual ovı-deo ao abate; e como a ovelha fica mudadiante dos seus tosquiadores, tampouco eleabria a sua boca.” (Isa. 53:7) “Enquanto es-tava sendo acusado pelos principais sacer-dotes e anciaos”, Jesus “nao deu nenhumaresposta”. Pilatos perguntou: “Nao ouvesquantas coisas testificam contra ti?” Mas Je-sus “nao lhe respondeu . . . nem com umaso palavra, de modo que o governador fi-cou muito admirado”. (Mat. 27:12-14) Je-sus nao insultou seus acusadores. — Rom.12:17-21; 1 Ped. 2:23.

9. O que aconteceu nos dias de Jesus em cumpri-mento do Salmo 35:11?10. Explique como Isaıas 53:7 se cumpriu.

11 Isaıas profetizou que o Messias seria es-pancado. “Dei as minhas costas aos que gol-peavam e as minhas faces aos que arranca-vam o cabelo”, escreveu o profeta. “Naoescondi a minha face de coisas humilhan-tes e do escarro.” (Isa. 50:6) Miqueias pre-disse: “Com a vara golpearao a face dojuiz de Israel.” (Miq. 5:1) Confirmando ocumprimento dessas profecias, o evangelis-ta Marcos disse: “Alguns principiaram a cus-pir [em Jesus], e a encobrir-lhe o rosto todo,e a esmurra-lo, e a dizer-lhe: ‘Profetiza!’ E osoficiais de justica levaram-no, esbofetean-do-lhe o rosto.” Marcos acrescentou que ossoldados “batiam-lhe tambem com umacana na cabeca e cuspiam nele, e, dobran-do os joelhos [zombando], prestavam-lhehomenagem”. (Mar. 14:65; 15:19) Natural-mente, Jesus nada fez que justificasse essesmaus-tratos.

Fiel ate a morte12 Alguns detalhes da execucao de Jesus na

estaca foram preditos. “Rodeou-me a assem-bleia dos proprios malfeitores”, disse o sal-mista Davi. “Iguais a um leao atacam as mi-nhas maos e os meus pes.” (Sal. 22:16)Relatando um evento bem conhecido dosleitores da Bıblia, o evangelista Marcos diz:“Era entao a terceira hora [por volta das9 da manha], e pregaram-no numa estaca.”(Mar. 15:25) Tambem havia sido preditoque o Messias morreria entre pecadores.“Esvaziou a sua alma ate a propria morte”,escreveu Isaıas, “e foi contado com os trans-gressores”. (Isa. 53:12) Assim, ‘dois saltea-dores foram pregados em estacas com Jesus,um a sua direita e outro a sua esquerda’.— Mat. 27:38.

11. O que ocorreu em cumprimento de Isaıas 50:6e Miqueias 5:1?12. Como o Salmo 22:16 e Isaıas 53:12 se aplicarama Jesus?

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A SENTINELA ˙ 15 DE AGOSTO DE 2011 15

13 Davi profetizou que o Messias seria in-sultado. (Leia Salmo 22:7, 8.) Jesus foi in-sultado enquanto sofria na estaca, pois Ma-teus relata: “Os que passavam comecaram. . . a falar dele de modo ultrajante, sacudin-do a cabeca e dizendo: ‘

´O tu, pretenso der-

rubador do templo e construtor dele emtres dias, salva-te a ti mesmo! Se tu es fi-lho de Deus, desce da estaca de tortura!’”Os principais sacerdotes, escribas e anciaostambem zombaram dele, dizendo: “A ou-tros ele salvou; a si mesmo nao pode salvar!Ele e Rei de Israel; desca agora da estaca detortura, e nos acreditaremos nele. Deposi-tou a sua confianca em Deus; que Ele o so-corra agora, se Ele o quiser, pois este disse:

13. De que modo o Salmo 22:7, 8 se cumpriu em Je-sus?

‘Sou Filho de Deus.’” (Mat. 27:39-43) No entanto, Jesus suportou tudoisso com dignidade. Que belo exem-plo para nos!

14 Seriam lancadas sortes para re-partir a roupa do Messias. “Repartementre si a minha roupa”, escreveu osalmista, “e lancam sortes sobre aminha vestimenta”. (Sal. 22:18) As-sim aconteceu, pois “tendo [os sol-dados romanos] pregado [Jesus]numa estaca, distribuıram a sua rou-pagem exterior por lancar sortes”.— Mat. 27:35; leia Joao 19:23, 24.

15 Vinagre e bebida amarga seriamdados ao Messias. “Por alimento mederam uma planta venenosa”, disseo salmista, “e para a minha sede ten-taram fazer-me beber vinagre”. (Sal.69:21) Mateus nos conta: “Deram[a Jesus] a beber vinho misturado

com fel; mas ele, depois de prova-lo, recu-sou-se a beber.” Mais tarde, ‘um deles cor-reu e, tomando uma esponja, ensopou-aem vinho acre e a pos numa cana, dando-lhe de beber’. — Mat. 27:34, 48.

16 O Messias seria aparentemente abando-nado por Deus. (Leia Salmo 22:1.) Segundoa profecia, “a nona hora [por volta das3 da tarde], Jesus clamou com voz alta:‘Eli, Eli, lama sabactani?’ que significa, tra-duzido: ‘Deus meu, Deus meu, por que meabandonaste?’” (Mar. 15:34) Jesus nao ha-via perdido a fe no seu Pai celestial.Deus abandonou Jesus as maos de seus

14, 15. Explique o cumprimento das profecias so-bre a roupa do Messias e o fato de lhe terem ofereci-do vinagre.16. Explique como se cumpriram as palavras profe-ticas do Salmo 22:1.

Jesus morreu pelos nossos pecados,mas agora ele governa como Reimessianico

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inimigos por retirar Sua protecao para que aintegridade de Jesus pudesse ser provada ca-balmente. E o clamor de Cristo cumpriu oSalmo 22:1.

17 O Messias seria furado com uma lanca,mas seus ossos nao seriam quebrados. Mora-dores de Jerusalem ‘olhariam para Aquele aquem traspassaram’. (Zac. 12:10) E o Sal-mo 34:20 diz: “[Deus] guarda-lhe todos osossos; nem sequer um deles foi quebra-do.” Confirmando esses detalhes, o aposto-lo Joao escreveu: “Um dos soldados furou-lhe o lado [de Jesus] com uma lanca, e saiuimediatamente sangue e agua. E aquele queviu isso [Joao] tem dado testemunho, e oseu testemunho e verdadeiro . . . Estas coisasocorreram, a fim de que se cumprisse a es-critura: ‘Nenhum osso seu sera esmaga-do.’ E, novamente, uma escritura diferentediz: ‘Olharao para Aquele a quem traspassa-ram.’” — Joao 19:33-37.

18 O Messias seria sepultado entre os ricos.(Leia Isaıas 53:5, 8, 9.) Ao entardecer de14 de nisa, “um homem rico de Arimateia,de nome Jose”, pediu a Pilatos o corpo deJesus, e o pedido foi atendido. O relato deMateus acrescenta: “Jose tomou o corpo,enrolou-o em puro linho fino e deitou-o noseu novo tumulo memorial, que ele tinhaaberto na rocha. E, depois de rolar umagrande pedra a porta do tumulo memorial,partiu.” — Mat. 27:57-60.

Aclame o Rei messianico!19 O Messias seria ressuscitado. Davi escre-

veu: ‘Jeova nao deixara a minha alma noSeol.’ (Sal. 16:10) Imagine a surpresa das

17. Como se cumpriram Zacarias 12:10 e o Sal-mo 34:20?18. Como se deu que Jesus foi sepultado entre os ri-cos?19. O que aconteceu em harmonia com as palavrasprofeticas do Salmo 16:10?

mulheres que foram ao local do sepulta-mento de Jesus. Elas se depararam com umanjo materializado, que lhes disse: “Parai deficar atonitas. Vos estais procurando Jesus, onazareno, que foi pregado numa estaca. Elefoi levantado, nao esta aqui. Eis o lugaronde o deitaram.” (Mar. 16:6) O apostoloPedro declarou a multidao em Jerusalemno Pentecostes de 33 EC: “[Davi] previu efalou a respeito da ressurreicao do Cristo,que ele nem foi abandonado no Hades,nem viu a sua carne a corrupcao.” (Atos2:29-31) Deus nao permitiu que o corpo deseu amado Filho entrasse em decomposi-cao. Alem disso, Jesus foi ressuscitado mila-grosamente para a vida espiritual. — 1 Ped.3:18.

20 Conforme predito, Deus declarou que Je-sus e seu Filho. (Leia Salmo 2:7; Mateus3:17.) Alem disso, multidoes aclamaram Je-sus e o futuro Reino, e nos hoje falamos ale-gremente sobre ele e seu abencoado gover-no. (Mar. 11:7-10) Cristo em breve destruiraseus inimigos quando ‘cavalgar na causa daverdade, humildade e justica’. (Sal. 2:8, 9;45:1-6) O seu reinado resultara em paz eprosperidade em toda a Terra. (Sal. 72:1, 3,12, 16; Isa. 9:6, 7) Como suas testemunhas,e nosso grandioso privilegio proclamar es-sas verdades a respeito de Jeova, cujo Filhoamado ja governa no ceu como Rei messia-nico!

20. Como se cumpre o que foi predito sobre o go-verno do Messias?

Como responderia?˙ Como Jesus foi traıdo e abandonado?˙ Quais foram alguns detalhes preditos

sobre a execucao de Jesus na estaca?˙ O que o convence de que Jesus e o

prometido Messias?

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´E possıvel dizer com exatidao quantas

profecias messianicas ha nas Escrituras He-braicas?

Um estudo cuidadoso das Escrituras He-braicas permite identificar dezenas de profe-cias que se cumpriram em Jesus Cristo. Essasprofecias predisseram detalhes a respeito daformacao do Messias, da epoca de sua vinda,de suas acoes, do tratamento que receberia ede seu lugar no proposito de Jeova Deus. Emconjunto, elas nos ajudam a identificar Jesuscomo o Messias. Mas e preciso ter cautela aoprocurar determinar com exatidao quantassao as profecias messianicas nas EscriturasHebraicas.

Nem todos concordam quanto ao que e,ou nao, uma profecia messianica. No livro TheLife and Times of Jesus the Messiah (A Vida e a´Epoca de Jesus, o Messias), Alfred Edersheimdisse que os antigos escritos rabınicos classifi-caram 456 passagens das Escrituras Hebrai-cas como messianicas, embora muitas delasnao mencionem especificamente o Messias.Um exame dessas 456 passagens levanta du-vidas quanto a se algumas delas sao profeciassobre Jesus Cristo. Por exemplo, Edersheimdisse que os judeus consideravam a passa-gem em Genesis 8:11 como messianica. Elesalegavam que a “folha de oliveira que a pom-ba trouxe foi tirada do monte do Messias”.O autor mencionou tambem

ˆExodo 12:42. Ex-

plicando como os judeus entenderam de for-ma errada esse texto, ele escreveu: “Assimcomo Moises veio do deserto, o Messias viriade Roma.” Muitos eruditos e outros dificil-mente conseguiriam relacionar a Jesus Cristoesses dois textos e suas explicacoes equivoca-das.

Mesmo que concentremos nossa atencaonas profecias que realmente se cumpriram

em Jesus Cristo, e difıcil concordar num nu-mero exato. Vejamos, por exemplo, o capıtu-lo 53 de Isaıas, que contem diversos detalhesprofeticos sobre o Messias. Isaıas 53:2-7 pro-fetiza: “Nao tem nenhuma figura imponente. . . Ele foi desprezado e evitado pelos ho-mens . . . Foram as nossas doencas que elemesmo carregou . . . Ele estava sendo tras-passado pela nossa transgressao . . . Foi trazi-do qual ovıdeo ao abate.” Sera que essa pas-sagem inteira em Isaıas capıtulo 53 deveriaser contada como apenas uma profecia mes-sianica, ou cada uma dessas caracterısticasdo Messias deveria ser encarada como umaprofecia em separado?

Analise tambem Isaıas 11:1: “Do toco deJesse tera de sair um renovo; e das suas raızesfrutificara um rebentao.” No versıculo 10, ve-mos novamente essa profecia, com uma fra-seologia semelhante. Devemos contar essesdois versıculos como duas profecias ou comouma so que se repete? As conclusoes tiradasda analise de Isaıas capıtulo 53 e Isaıas capı-tulo 11 certamente afetam a quantidade deprofecias messianicas.

Portanto, e bom nao sermos especıficos so-bre qual e a quantidade exata de profeciasmessianicas nas Escrituras Hebraicas. A orga-nizacao de Jeova tem publicado listas comdezenas de profecias sobre Jesus e seus cum-primentos.� Essas listas podem nos ajudar eencorajar em nosso estudo pessoal e em fa-mılia, bem como no nosso ministerio. Alemdisso, as inumeras profecias messianicas, se-jam elas quantas forem, nos dao provas soli-das de que Jesus e o Cristo, ou Messias.

� Estudo Perspicaz das Escrituras, Volume 2, pagi-nas 427 e 819; “Toda a Escritura

´E Inspirada por Deus e

Proveitosa”, paginas 343-344; O Que a Bıblia RealmenteEnsina?, pagina 200.

Perguntas dos Leitores

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18 A SENTINELA ˙ 15 DE AGOSTO DE 2011

“QUANDO esta reuniao terminar, vocedira: ‘Foi mesmo uma reuniao muito

especial!’” Com essas palavras, Stephen Lett,do Corpo Governante das Testemunhas deJeova, agucou a ja grande expectativa daenorme assistencia que se reuniu para a 126.areuniao anual da Sociedade Torre de Vigia deBıblias e Tratados de Pensilvania, EUA. Foirealizada em 2 de outubro de 2010, no Salaode Assembleias das Testemunhas de Jeovaem Jersey City, Nova Jersey, EUA. Quais fo-ram alguns destaques dessa ocasiao tao espe-cial?

O discurso inicial, do irmao Lett, foi umaconsideracao animada do carro celestial deJeova, descrito no livro bıblico de Ezequiel.Esse colossal carro glorioso representa a orga-nizacao de Deus, com Jeova no pleno contro-le. A parte celestial, composta de criaturas es-pirituais, move-se a velocidade de um raio— a velocidade dos pensamentos do proprioJeova, disse o irmao Lett. A parte terrestreda organizacao de Jeova Deus tambem estaem marcha. O irmao Lett mencionou variosavancos animadores ocorridos em temposrecentes na parte visıvel da organizacao deDeus.

Por exemplo, algumas filiais estao sendounificadas e consolidadas, o que permite que

muitos que serviam em lares de Betel nessespaıses se concentrem na obra de pregacao.O irmao Lett exortou a assistencia a persistirem orar para que o Corpo Governante, comorepresentante da classe-escravo, continue aser nao apenas fiel, mas tambem sabio, ou“discreto”. — Mat. 24:45-47.

Relatorios encorajadorese entrevistas tocantes

Tab Honsberger, da Comissao de Filial noHaiti, fez um relatorio comovente sobre a si-tuacao apos o terremoto de 12 de janeiro de2010, que matou umas 300 mil pessoas na-quele paıs. Ele mencionou que alguns cleri-gos diziam que Deus havia punido aquelasvıtimas por nao terem fe e que havia protegi-do os bons. No entanto, o terremoto derru-bou os muros de uma prisao, deixando livresmilhares de criminosos condenados. Muitoshaitianos sinceros encontram consolo quan-do aprendem a verdade sobre por que nossostempos sao tao atribulados. O irmao Hons-berger citou as palavras de um fiel irmao hai-tiano que perdeu a esposa no desastre. “Atehoje eu choro”, disse esse irmao. “Nao seipor quanto tempo ainda vou sentir essa tris-teza, mas alegro-me de sentir o amor da orga-nizacao de Jeova. Eu tenho esperanca, e es-tou decidido a falar dela a outros.”

Uma reuniaomuito especial

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Mark Sanderson, agora membro da famıliade Betel de Brooklyn, fez um relatorio sobreas Filipinas. Como ex-membro da Comissaode Filial daquele paıs, ele falou com muitaalegria sobre os 32 auges consecutivos de pu-blicadores do Reino e o fato de que os estu-dos bıblicos ultrapassam em muito o nume-ro de publicadores. Ele contou a historiado irmao Miguel, cujo neto foi assassinado.O avo empenhou-se muito para que o assas-sino fosse julgado e preso. Tempos depois, aodar testemunho na prisao, ele reencontrou oassassino. Embora apreensivo, Miguel con-versou com ele de modo manso e bondoso.Por fim, dirigiu estudo bıblico ao homem,que mostrou apreco e passou a amar a Jeova.Ele ja foi batizado. Miguel e agora amigo delee esta se empenhando para fazer que esse seunovo irmao saia mais cedo da prisao.�

Na sequencia, Mark Noumair, instrutor noDepartamento de Escolas Teocraticas, fez al-gumas entrevistas que deram aos presentes aoportunidade de conhecer melhor tres casais— Alex e Sarah Reinmueller, David e KristaSchafer, e Robert e Ketra Ciranko. Alex Rein-mueller, ajudante da Comissao Editora, con-tou como aprofundou seu apreco pela verda-de ao trabalhar de pioneiro no Canada, comapenas 15 anos, muitas vezes sozinho. Quan-

� Veja o Anuario das Testemunhas de Jeova de 2011,paginas 62-63.

do lhe foi perguntado quem o influencioumais em Betel, o irmao Reinmueller men-cionou tres homens fieis, destacando comocada um deles o ajudou a crescer espiritual-mente. Sarah falou da amizade que tinhacom uma irma que perseverou por decadasem prisoes chinesas por causa da fe, acres-centando que aprendeu a confiar em Jeovapor meio de oracoes.

David Schafer, ajudante da Comissao deEnsino, elogiou a forte fe de sua mae e faloude irmaos madeireiros que o ajudaram a serpioneiro auxiliar na juventude. Sua esposa,Krista, falou com carinho da influencia querecebeu de membros mais idosos da famıliade Betel, que provaram ser ‘fieis no mınimo’,como Jesus aconselhou. — Luc.16:10.

Robert Ciranko, ajudante da Comissaode Redacao, falou de seus avos paternose maternos, que eram imigrantes hunga-ros e cristaos ungidos. Ainda crianca, ele fi-cou impressionado quando assistiu a grandescongressos nos anos 50 e se deu conta de quea organizacao de Jeova era muito maior doque a congregacao dele. Sua esposa, Ketra,contou como aprendeu o valor da lealdade

Todos os presentesgostaram das entrevistascom irmaos veteranos

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20 A SENTINELA ˙ 15 DE AGOSTO DE 2011

quando foi pioneira numa congregacao quesofreu com apostasia e outros problemas. Elaperseverou e mais tarde foi designada pionei-ra especial numa congregacao de comoventeuniao.

A seguir, Manfred Tonak apresentou umrelatorio sobre a Etiopia. Esse paıs existe des-de os tempos bıblicos e agora e abencoadocom mais de 9 mil publicadores das boas no-vas. A maioria deles mora na capital, Adis-Abeba, ou nas imediacoes, de modo que asregioes mais afastadas ainda precisam de aju-da. Para preencher essa necessidade, irmaos

etıopes que moram em outros paıses foramconvidados a vir e pregar em algumas partesremotas do paıs. Muitos vieram, incentiva-ram os irmaos locais e encontraram pessoasreceptivas.

Um dos destaques do programa foi umsimposio sobre as Testemunhas de Jeova naRussia e suas batalhas jurıdicas. Aulis Berg-dahl, da Comissao de Filial na Russia, contoudetalhes sobre a perseguicao movida contraas Testemunhas de Jeova naquele paıs, espe-cialmente em Moscou. Philip Brumley, doDepartamento Jurıdico da sede nos EstadosUnidos, falou sobre os acontecimentos emo-cionantes em meses recentes, quando a Cor-te Europeia dos Direitos Humanos (CEDH)analisou as nove acusacoes que haviam sidofeitas contra as Testemunhas de Jeova. A Cor-te concluiu com unanimidade que nenhumadas nove acusacoes tinha fundamento, emvarios casos ate mesmo refutando criteriosa-mente os argumentos apresentados. Emboraainda nao se conhecam os resultados, o ir-mao Brumley falou com otimismo sobre oimpacto que a decisao da Corte podera terem processos semelhantes em outros paıses.

Depois dessas notıcias emocionantes, o ir-mao Lett anunciou que a CEDH julgou pro-cedente o longo processo sobre impostosenvolvendo o governo da Franca e as Teste-munhas de Jeova. Essa Corte altamente res-peitada acolhe pouquıssimos dos casos quelhe sao apresentados. Ate agora, a CEDH con-siderou 39 processos envolvendo as Testemu-nhas de Jeova e decidiu em nosso favor em37 deles. O irmao Lett incentivou o povo deDeus a nao deixar de orar a Jeova a respeitodesse assunto pendente.

A ultima apresentacao nessa parte foi deRichard Morlan, um instrutor de campo daEscola para Anciaos de Congregacao. Ele fa-lou entusiasticamente sobre essa escola e oapreco dos anciaos que a cursaram.

Jeova tem abencoadoa pregacao na Etiopia

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A SENTINELA ˙ 15 DE AGOSTO DE 2011 21

Outros discursos de membrosdo Corpo Governante

Guy Pierce, do Corpo Governante, proferiuum emocionante discurso baseado no textodo ano para 2011, ‘Refugie-se no nome deJeova’. (Sof. 3:12) Ele observou que, emboraos tempos atuais sejam em muitos sentidosuma epoca feliz para o povo de Jeova, sao tam-bem um perıodo muito serio. O grande dia deJeova esta proximo; mas as pessoas em geralcontinuam a buscar refugio na religiao falsa,nas instituicoes polıticas, nas riquezas, no es-capismo e coisas assim. Para encontrar o ver-dadeiro refugio, temos de invocar o nome deJeova, o que significa conhecer e respeitarprofundamente a Pessoa que esse nome repre-senta. Significa tambem confiar em Jeova eama-lo com tudo o que temos.

Depois, David Splane, tambem do CorpoGovernante, apresentou o importante e bemponderado discurso “Voce entrou no descan-so de Deus?”. Ele destacou que o descansode Deus nao significa inatividade, visto queJeova e seu Filho ‘tem estado trabalhando’nesse simbolico dia de descanso a fim de reali-zar com exito o proposito de Deus para com ascoisas criadas em relacao a Terra. ( Joao 5:17)Como podemos entrar no descanso de Deus?Abandonar o pecado e as obras de autojustifi-cacao e apenas parte da resposta. Temos deexercer fe e ter em mente o proposito de Deus,dando a realizacao desse proposito todo nossoapoio. Isso as vezes pode ser um grande desa-fio, mas e preciso aceitar os conselhos e seguiras orientacoes da organizacao de Jeova. O ir-mao Splane exortou os presentes a fazer todoo possıvel para entrar no descanso de Deus.

O ultimo discurso, de Anthony Morris, doCorpo Governante, teve como tıtulo “O quevoce esta esperando?”. Num caloroso tom pa-ternal e de exortacao, o irmao Morris lem-brou aos presentes os acontecimentos profeti-cos a nossa frente, que todos os fieis aguardamansiosamente. Entre esses o clamor “Paz e se-

guranca!” e a destruicao da religiao falsa.(1 Tes. 5:2, 3; Rev. 17:15-17) O irmao Morrissugeriu evitar dizer: “Isso so pode ser o Arma-gedom”, diante de acontecimentos divulga-dos pela mıdia que nao cumprem tais pro-fecias. Ele recomendou a alegre e pacienteatitude de espera mencionada em Miqueias7:7. Ao mesmo tempo, porem, ele exortou to-dos a “unir forcas” com o Corpo Governan-te, a se achegarem como soldados no calorde uma batalha. “Fortifique-se o vosso cora-cao”, disse ele, “todos vos os que esperais porJeova”. — Sal. 31:24.

Em conclusao foram dados alguns anun-cios emocionantes e marcantes. GeoffreyJackson, do Corpo Governante, anunciou pla-nos para uma edicao experimental de A Senti-nela em ingles simplificado, em benefıcio dosque tem conhecimento limitado desse idio-ma. Em seguida, Stephen Lett anunciou que oCorpo Governante providenciara visitas depastoreio para superintendentes de distrito esuas esposas, nos Estados Unidos. Daı infor-mou que a Escola de Treinamento Ministerialseria agora chamada de Escola Bıblica para Ir-maos Solteiros. Seria em breve complementa-da pela Escola Bıblica para Casais Cristaos.Essa escola daria a casais um treinamento adi-cional para poderem ser ainda mais uteis a or-ganizacao de Jeova. O irmao Lett anuncioutambem que a Escola para SuperintendentesViajantes e Suas Esposas e a Escola para Mem-bros de Comissoes de Filial e Suas Esposas te-riam agora duas turmas anuais em Patterson,com a possibilidade de que aqueles que ja ascursaram possam faze-lo novamente.

Numa comovente conclusao do programa,John E. Barr, de 97 anos, membro veterano doCorpo Governante, proferiu uma humilde esincera oracao.� Todos saıram com a sensacaode que aquele foi realmente um dia muito es-pecial.

� O irmao Barr terminou sua carreira terrestre em 4 dedezembro de 2010.

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22 A SENTINELA ˙ 15 DE AGOSTO DE 2011

Como devemos entender os dados no re-latorio anual de servico?

Todos os anos aguardamos com expectati-va o relatorio de servico publicado no Anua-rio.

´E emocionante ver o que o povo de Jeova,

como grupo, realiza mundialmente na obrade pregar e ensinar a respeito do Reino. Mas,para tirar o melhor proveito do relatorio, pre-cisamos entender bem os termos usados comrelacao aos dados e ter um conceito equili-brado dos numeros. Veja alguns exemplos.

Ano de servico. Vai de setembro de um anoa agosto do proximo. O Anuario traz o relato-rio do ano de servico anterior. Assim, o Anua-rio de 2011 traz o relatorio do ano de servicode 2010, que comecou em 1.° de setembrode 2009 e terminou em 31 de agosto de2010.

Auge de publicadores e media de publica-dores. “Publicadores” inclui as Testemunhasde Jeova batizadas e pessoas nao batizadasque se qualificam para pregar o Reino. “Augede publicadores” e o total mais alto relatadoem qualquer um dos meses do ano de servi-co e talvez inclua relatorios entregues comatraso e nao incluıdos no mes anterior. As-sim, alguns publicadores podem ser conta-dos duas vezes. Mas o auge nao inclui os pu-blicadores que realmente participaram noministerio mas esqueceram de relatar aquelemes. Isso mostra a importancia de cada pu-blicador entregar seu relatorio prontamentetodos os meses. “Media de publicadores” re-presenta o numero medio de publicadoresque entregam seu relatorio todo mes.

Total de horas. De acordo com o Anuariode 2011, as Testemunhas de Jeova dedicarammais de 1,6 bilhao de horas ao ministerio decampo. Esse total, porem, nao representa to-

das as horas que dedicamos a adoracao, vis-to que nao inclui o tempo que normalmentedevotamos a atividades como pastoreio, fre-quencia as reunioes, estudo pessoal da Bıbliae meditacao.

Dinheiro empregado. Durante o ano deservico de 2010, as Testemunhas de Jeovagastaram mais de US$ 155 milhoes para cui-dar de pioneiros especiais, missionarios e su-perintendentes viajantes nas suas designa-coes de servico de campo. No entanto, essevalor nao inclui o custo da impressao das pu-blicacoes bıblicas que produzimos, nem o di-nheiro gasto para cuidar de mais de 20 milvoluntarios que trabalham nos Lares de Betelem todo o mundo.

Participantes da Comemoracao. Trata-sedo numero de batizados que tomam dos em-blemas na Comemoracao no mundo inteiro.Sera que esse total representa o numero deungidos na Terra? Nao necessariamente. Di-versos fatores — incluindo anteriores crencasreligiosas ou desequilıbrio mental ou emo-cional — podem levar alguns a pensar erro-neamente que receberam a chamada celes-tial. Dessa forma, nao temos como saber onumero exato de ungidos na Terra, nem pre-cisamos saber. O Corpo Governante nao temuma lista dos participantes, pois nao man-tem uma rede global de ungidos.�

O que sabemos e que havera alguns dosungidos “escravos de nosso Deus” na Terraquando os ventos destrutivos da grande tri-bulacao forem soltos. (Rev. 7:1-3) Ate la, osungidos vao liderar algo bem documentadono nosso relatorio anual de servico: a maiorobra de pregacao e ensino da Historia.

� Veja a pagina 24 de A Sentinela de 15 de junho de2009, no artigo “O mordomo fiel e seu Corpo Governan-te”.

Perguntas dos Leitores

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23

O LOCAL e proximo a Penuel, perto dovale da torrente do Jaboque, na mar-

gem leste do rio Jordao. Esau soube que seuirmao gemeo, Jaco, esta voltando para casa.Mesmo ja tendo passado 20 anos desde queEsau lhe vendeu a primogenitura, Jaco temeque seu irmao ainda sinta por ele odio mor-tal. Junto com 400 homens, Esau mar-cha ao encontro de seu irmao com quemha muito rompera relacoes. Prevendo umarecepcao hostil, Jaco envia a Esau uma levaatras de outra de presentes que chegama mais de 550 animais domesticos. A cadagrupo de animais enviados, os servos deJaco informam a Esau que se trata de umpresente de seu irmao.

2 Chega o tao esperado momento! Cami-nhando corajosamente na direcao de Esau,

1, 2. Que situacao tensa e relatada nos capıtulos 32e 33 de Genesis, e com que final?

Jaco se curva — nao apenas uma vez, massete vezes. Jaco ja havia feito a coisa mais im-portante que poderia ter feito para abrandaro coracao de seu irmao — orar a Jeova paraque o livrasse das maos de Esau. Jeova aten-deu a oracao? Sim. “Esau foi correndo aoencontro dele”, diz a Bıblia, “e comecou aabraca-lo e a lancar-se ao pescoco dele, e abeija-lo”. — Gen. 32:11-20; 33:1-4.

3 O relato de Jaco e Esau mostra que deve-mos tomar medidas serias e praticas para re-solver problemas que ameacem a paz nacongregacao crista. Jaco procurou fazer aspazes com Esau, mas nao porque tivesse pre-judicado seu irmao e lhe devesse um pedidode desculpas. Nao, Esau havia desprezadosua primogenitura e a vendeu a Jaco por umprato de lentilhas. (Gen. 25:31-34; Heb.12:16) No entanto, o modo como Jaco

3. O que aprendemos do relato de Jaco e Esau?

JEOV´

A — ‘O DEUS QUE D´

A PAZ’“O Deus, que da paz, esteja com todos vos.” — ROM. 15:33.

Qual foi a coisa mais importanteque Jaco fez ao tentar

se reconciliar com Esau?

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se aproximou de Esau ilustra o quanto deve-mos nos empenhar para preservar a pazcom os irmaos cristaos. Mostra tambemque, quando oramos pela paz e nos empe-nhamos por ela, o Deus verdadeiro abencoaos nossos esforcos. Na Bıblia ha muitos ou-tros exemplos que nos ensinam a ser pacıfi-cos.

O maior exemplo de todos4 O maior exemplo de alguem que busca

a paz e Jeova — ‘o Deus que da paz’. (Rom.15:33) Pense em ate que ponto Jeova foipara tornar possıvel termos uma relacao pa-cıfica com ele. Como pecaminosos descen-dentes de Adao e Eva, nos merecemos “o sa-lario pago pelo pecado”. (Rom. 6:23) Aindaassim, com base no seu grande amor, Jeovaprovidenciou a nossa salvacao por enviar,do ceu, seu Filho amado para nascer comohumano perfeito. E o Filho colaborou vo-luntariamente. Ele concordou em ser mor-to pelos inimigos de Deus. (Joao 10:17, 18)O Deus verdadeiro ressuscitou seu Filhoquerido, que depois apresentou ao Pai o va-lor de seu sangue derramado, que resgatariada morte eterna os pecadores arrependidos.— Leia Hebreus 9:14, 24.

5 Como o sacrifıcio de resgate do Filho deDeus afeta a estremecida relacao entre Deuse a humanidade pecaminosa? “O castigo in-tencionado para a nossa paz estava sobreele”, diz Isaıas 53:5, “e por causa das suas fe-ridas tem havido cura para nos”. Em vez deserem considerados inimigos de Deus, oshumanos obedientes podem agora ter umarelacao pacıfica com ele. “Mediante [Jesus]temos o livramento por meio de resgate,

4. Que provisao Deus fez para salvar a humanidadedo pecado e da morte?5, 6. Como o sangue derramado de Jesus afeta a es-tremecida relacao entre Deus e a humanidade peca-minosa?

por intermedio do sangue desse, sim, o per-dao de nossas falhas.” — Efe. 1:7.

6 A Bıblia diz: “Deus achou bom que mo-rasse [em Cristo] toda a plenitude.” Isso eporque Cristo e a peca central no cumpri-mento do proposito de Jeova. E qual e esseproposito?

´E “reconciliar novamente todas

as outras coisas consigo mesmo, por fazera paz por intermedio do sangue [derrama-do]” de Jesus Cristo. “Todas as outras coi-sas” que Deus desse modo faz com que en-trem numa relacao pacıfica com ele sao“as coisas nos ceus” e “as coisas na terra”.Que coisas sao essas? — Leia Colossenses1:19, 20.

7 A provisao do resgate torna possıvel queos cristaos ungidos, que ‘sao declarados jus-tos’ como filhos de Deus, ‘gozem de pazcom Deus’. (Leia Romanos 5:1.) Eles saoclassificados de “as coisas nos ceus” porquetem a esperanca celestial e “hao de reinar so-bre a terra” e servir como sacerdotes deDeus. (Rev. 5:10) A expressao “as coisas naterra”, por suavez, refere-se a humanos arre-pendidos que por fim ganharao a vida eter-na na Terra. — Sal. 37:29.

8 Como expressao de sua sincera gratidaopela provisao de Jeova, Paulo escreveu aoscristaos ungidos em

´Efeso: “Deus, que e

rico em misericordia, . . . vivificou-nosjunto com o Cristo, mesmo quando esta-vamos mortos nas falhas — por benignida-de imerecida e que fostes salvos.” (Efe.2:4, 5) Quer tenhamos esperanca celestial,quer terrestre, estamos muito endividadoscom Deus por sua misericordia e bondadeimerecida. Ficamos cheios de gratidao

7. O que sao “as coisas nos ceus” e “as coisas naterra” que sao levadas a uma relacao pacıfica comDeus?8. Como voce se sente ao refletir sobre ate que pon-to Jeova foi para que a humanidade pudesse ter pazcom ele?

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quando consideramos ate que ponto Jeovafoi para possibilitar que a humanidade te-nha paz com ele. Assim, nao e verdade querefletir com apreco no exemplo de Deus de-veria nos mover a buscar a paz caso surjamsituacoes que ameacem a uniao na congre-gacao?

O que aprendemos dasatitudes de Abraao e Isaque

9 A Bıblia diz sobre o patriarca Abraao:“ ‘[Ele] depositou fe em Jeova, e isso lhe foicontado como justica’, e ele veio a ser cha-mado ‘amigo de Jeova’.” (Tia. 2:23) As atitu-des pacıficas de Abraao provaram que eleera um homem de fe. Por exemplo, com oaumento de seus rebanhos, surgiram desa-vencas entre seus pastores e os pastores deseu sobrinho Lo. (Gen.12:5; 13:7) A solucaoobvia seria Abraao e Lo se separarem. ComoAbraao lidou com essa situacao difıcil? Emvez de usar sua idade e posicao peranteDeus para impor sua vontade ao sobrinho,Abraao mostrou ser um verdadeiro homemde paz.

10 “Por favor, nao continue qualquer al-tercacao entre mim e ti, e entre os meuspastores e os teus pastores”, Abraao disse aseu sobrinho, “pois nos homens somos ir-maos”. O patriarca continuou: “Nao te estadisponıvel todo o paıs? Por favor, separa-te de mim. Se fores para a esquerda, entaohei de ir para a direita; mas se fores para adireita, entao hei de ir para a esquerda.” Loescolheu a parte mais fertil do paıs, masAbraao nao ficou ressentido com ele. (Gen.13:8-11) Mais tarde, quando Lo foi aprisio-nado por exercitos invasores, Abraao naohesitou em libertar seu sobrinho. — Gen.14:14-16.

9, 10. Como Abraao mostrou ser um homem depaz ao lidar com Lo quando surgiram desavencasentre os pastores deles?

11 Lembre-se tambem de como Abraaoempenhou-se pela paz com os vizinhos filis-teus na terra de Canaa. Os filisteus ‘toma-ram a forca’ um poco de agua cavado pelosservos de Abraao em Berseba. Qual foi a rea-cao desse homem que havia libertado seusobrinho vencendo os quatro reis que o ha-viam capturado? Em vez de brigar pela pos-se do poco, Abraao preferiu o silencio. Comotempo, o rei filisteu visitou Abraao para fa-zer um acordo de paz. Ele conseguiu queAbraao lhe jurasse que os descendentes dorei seriam tratados com bondade. Foi so en-tao que Abraao trouxe a tona o assunto dopoco roubado. Chocado com essa notıcia, orei lhe devolveu o poco. Abraao continuoua viver pacificamente como forasteiro nopaıs. — Gen. 21:22-31, 34.

12 Isaque, filho de Abraao, adotou o com-portamento pacıfico de seu pai. Isso ficouevidente no modo como lidou com os filis-teus. Isaque morava em Beer-Laai-Roi, na re-giao arida do Negebe. Daı, por causa de umafome no paıs, ele havia se mudado com a fa-mılia para o norte, a Gerar, um territoriomais fertil na terra dos filisteus. Ali Jeova oabencoou com grandes colheitas e aumen-tou seus rebanhos. Os filisteus ficaram cominveja. Nao querendo que Isaque prosperas-se como seu pai havia prosperado, os filis-teus taparam os pocos que os servos deAbraao haviam cavado na regiao. Por fim, orei filisteu pediu a Isaque que ‘se mudasseda vizinhanca deles’. Como homem depaz, Isaque concordou. — Gen. 24:62; 26:1,12-17.

13 Depois que Isaque mudou seu acam-pamento para mais longe, seus pastores

11. Como Abraao empenhou-se pela paz com seusvizinhos filisteus?12, 13. (a) Como Isaque seguiu o exemplo de seupai? (b) Como Jeova abencoou a atitude pacıfica deIsaque?

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cavaram outro poco. Pastores filisteus alega-ram que a agua era deles. Assim como seupai, Abraao, Isaque nao brigou por causa deum poco. Em vez disso, mandou seus ho-mens cavarem outro poco. De novo os filis-teus disseram que a agua era deles. Paramanter a paz, Isaque mudou seu grandeacampamento para outro lugar. Ali seus ser-vos cavaram um poco que Isaque chamoude Reobote. Com o tempo, ele se mudoupara Berseba, uma regiao mais fertil, ondeJeova o abencoou e lhe disse: “Nao tenhasmedo, porque estou contigo, e vou aben-coar-te e multiplicar a tua descendenciapor causa de Abraao, meu servo.” — Gen.26:17-25.

14 Isaque sem duvida tinha como lutarpelo direito de usar os pocos que seus servoshaviam cavado. Evidencia disso e a visitaque o rei filisteu e seus dignitarios lhe fize-ram em Berseba para tentar um acordo depaz com ele, dizendo: “Temos visto in-confundivelmente que Jeova mostrou estarcontigo.” Mesmo assim, para manter a paz,Isaque mais de uma vez preferiu mudar-separa outra regiao, em vez de lutar. Tambemnessa ocasiao Isaque mostrou ser um ho-mem pacıfico. O registro historico diz: ‘Fezum banquete para seus visitantes, e come-ram e beberam. Na manha seguinte levan-taram-se cedo e fizeram um ao outro de-claracoes juramentadas. Depois, Isaque osdespediu em paz.’ — Gen. 26:26-31.

O que aprendemos dofilho mais amado de Jaco

15 O filho de Isaque, Jaco, tornou-se um“homem inculpe”. (Gen. 25:27) Como vi-mos no inıcio deste artigo, Jaco procurou fa-

14. Como Isaque mostrou ser um homem pacıficoquando o rei filisteu o procurou para fazer um acor-do de paz?15. Por que os irmaos de Jose nao eram capazes defalar pacificamente com ele?

zer as pazes com seu irmao, Esau. Jaco comcerteza deve ter aprendido do exemplo pacı-fico de seu pai Isaque. Que dizer dos filhosde Jaco? Dentre seus 12 filhos, Jose era omais amado por ele. Jose era um filho obe-diente e respeitoso que zelava muito pelosinteresses de seu pai. (Gen. 37:2, 14) Mas osirmaos mais velhos de Jose ficaram tao en-ciumados que nao eram capazes de falar pa-cificamente com ele. Sem piedade, vende-ram Jose como escravo e levaram seu paia crer que ele havia sido morto por umanimal selvagem. — Gen. 37:4, 28, 31-33.

16 Jeova sempre apoiou Jose. Com o tem-po, ele tornou-se primeiro-ministro do Egi-to — a pessoa mais poderosa depois de Fa-rao. Quando uma fome severa obrigou osirmaos de Jose a ir ao Egito, eles nao reco-nheceram seu irmao, vestido com roupaoficial egıpcia. (Gen. 42:5-7) Como teriasido facil para Jose retribuir a crueldade deseus irmaos para com ele e seu pai! Em vezde se vingar, porem, Jose procurou fazer aspazes com eles. Quando ficou evidente queseus irmaos haviam se arrependido, ele serevelou a eles, dizendo: “Naovos sintais ma-goados e nao estejais irados com vos mes-mos, por me terdes vendido para ca; porquefoi para a preservacao de vida que Deus meenviou na vossa frente.” Daı ele passou abeijar a todos os seus irmaos e a chorar sobreeles. — Gen. 45:1, 5, 15.

17 Depois da morte de seu pai, Jaco, os ir-maos de Jose pensaram que ele agora se vin-garia deles. Quando lhe expressaram seustemores, Jose “rompeu em pranto” e disse:“Nao tenhais medo. Eu mesmo suprirei ali-mento a vos e as vossas criancinhas.” O pa-cıfico Jose “os consolou e falou tranquiliza-doramente com eles”. — Gen. 50:15-21.

16, 17. Como Jose mostrou a seus irmaos que eraum homem pacıfico?

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“Escritas para a nossa instrucao”18 “Todas as coisas escritas outrora foram

escritas para a nossa instrucao”, escreveuPaulo, “para que, por intermedio da nossaperseveranca e por intermedio do conso-lo das Escrituras, tivessemos esperanca”.(Rom. 15:4) Como nos beneficia o estu-do tanto do exemplo superlativo de Jeovacomo dos relatos bıblicos sobre Abraao, Isa-que, Jaco e Jose?

19 Podemos refletir com apreco sobre oque Jeova fez para restabelecer a estremeci-da relacao entre ele e a humanidade pecami-nosa. Nao e verdade que tal reflexao nosmove a fazer o possıvel para nos empe-nhar pela paz com outros? Os exemplos deAbraao, Isaque, Jaco e Jose mostram que os

18, 19. (a) Que benefıcio voce tirou de consideraros exemplos de homens pacıficos estudados nesteartigo? (b) O que sera considerado no proximo ar-tigo?

pais podem exercer uma boa influencia so-bre os filhos. Esses relatos mostram tam-bem que Jeova abencoa os que se empe-nham pela paz. Nao e de admirar que Paulose refira a Jeova como ‘o Deus que da paz’!(Leia Romanos 15:33; 16:20.) O proximoartigo mostrara por que Paulo acentuou anecessidade de nos empenharmos pela paze como podemos fazer isso.

O que aprendemos?˙ O que Jaco fez para se reconciliar com

Esau pouco antes de encontra-lo?˙ Como voce se beneficia do que Jeova

fez para que a humanidade estivesseem paz com ele?

˙ O que voce aprendeu dos exemplosde homens pacıficos como Abraao,Isaque, Jaco e Jose?

A PAZ verdadeira e raridade no mundoatual. Sao comuns as divisoes religio-

sas, polıticas e sociais ate mesmo entre pes-soas da mesma nacionalidade e mesmo idio-ma. Em contraste, o povo de Jeova e unido,apesar de se originar ‘de todas as nacoes, tri-bos, povos e lınguas’. — Rev. 7:9.

2 As condicoes pacıficas que em geral pre-valecem no nosso meio nao sao por acaso.

1, 2. O que explica a paz que existe entre as Teste-munhas de Jeova?

Elas existem principalmente porque ‘goza-mos de paz com Deus’ mediante nossa fe emseu Filho, cujo sangue derramado encobrenossos pecados. (Rom. 5:1; Efe. 1:7) Alem dis-so, o Deus verdadeiro da espırito santo a seusservos leais, e o fruto que esse espırito produzinclui a paz. (Gal. 5:22) Outra coisa que con-tribui para nossa uniao pacıfica e ‘nao fa-zermos parte do mundo’. ( Joao 15:19) Emvez de tomar partido em assuntos polıticos,nos somos neutros. Visto que ‘forjamos dasnossas espadas relhas de arado’, nao nos

EMPENHE-SE PELA PAZ“Empenhemo-nos pelas coisas que produzem paz.” — ROM. 14:19.

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envolvemos em guerras civis ou internacio-nais. — Isa. 2:4.

3 A paz que podemos ter entre nos vai mui-to alem de apenas nao prejudicar nossos ir-maos. Embora a congregacao das Testemu-nhas de Jeova a que pertencemos talvez secomponha de pessoas de diferentes etnias eculturas, nos ‘amamos uns aos outros’. ( Joao15:17) A nossa paz permite que “facamos oque e bom para com todos, mas especialmen-te para com os aparentados conosco na fe”.(Gal. 6:10) Devemos prezar e preservar nossopacıfico paraıso espiritual. Vejamos entaocomo nos empenhar pela paz na congrega-cao.

Quando tropecamos4 “Todos nos tropecamos muitas vezes”,

escreveu o discıpulo Tiago. “Se alguem naotropecar em palavra, este e homem perfeito.”(Tia. 3:2) Portanto, e certo que surgirao di-vergencias e desentendimentos entre cris-taos. (Fil. 4:2, 3) Mas e possıvel resolver pro-blemas entre pessoas sem perturbar a paz dacongregacao. Por exemplo, analise o conse-lho que temos de aplicar caso nos dermosconta de que talvez tenhamos ofendido al-guem. — Leia Mateus 5:23, 24.

5 E se alguem nos prejudicou em algorelativamente pequeno? Deverıamos es-perar que o ofensor venha se desculpar?“[O amor] nao leva em conta o dano”, diz1 Corıntios 13:5. Quando somos ofendidos,empenhar-nos pela paz significa perdoar eesquecer, isto e, ‘nao levar em conta o dano’.(Leia Colossenses 3:13.) Esse e o melhormodo de lidar com as pequenas transgres-soes no dia a dia, visto que contribui para re-lacoes pacıficas com os irmaos e nos da paz

3. O que a paz que podemos ter nos permite fazer,e o que estudaremos neste artigo?4. O que podemos fazer no empenho pela pazquando ofendemos alguem?5. Como podemos nos empenhar pela paz quandosomos prejudicados?

mental. Diz um sabio proverbio: ‘´

E belezapassar por alto a transgressao.’ — Pro. 19:11.

6 Que dizer se acharmos que determinadaofensa e demais para ser passada por alto?Com certeza, nao e sabio espalhar o assuntoa todo mundo que quiser ouvir. Tal falatorioso serve para arruinar a paz na congregacao.O que deve ser feito para resolver o assuntopacificamente? Mateus 18:15 diz: “Se o teuirmao cometer um pecado, vai expor a faltadele entre ti e ele so. Se te escutar, ganhaste oteu irmao.” Embora Mateus 18:15-17 se apli-que a pecados graves, com base no princıpiodeclarado no versıculo 15 deverıamos bon-dosamente procurar o ofensor, em particu-lar, e tentar restabelecer a paz com ele.�

7 O apostolo Paulo escreveu: “Ficai fu-riosos, mas nao pequeis; nao se ponha osol enquanto estais encolerizados, nem deismargem ao Diabo.” (Efe. 4:26, 27) “Resolveprontamente os assuntos com aquele que sequeixa de ti em juızo”, disse Jesus. (Mat.5:25) Portanto, empenhar-se pela paz exigeresolver logo as dificuldades. Por que? Por-que evita que as divergencias se agravem, as-sim como uma ferida nao tratada inflama.Nao permitamos que o orgulho, a inveja ouo excessivo apego a coisas materiais nos im-pecam de resolver prontamente os possıveisdesentendimentos. — Tia. 4:1-6.

Quando uma controversiaenvolve muitas pessoas

8`

As vezes, as divergencias na congregacao

� Para orientacao bıblica sobre lidar com pecados gra-ves como calunia e fraude, veja A Sentinela de 15 de ou-tubro de 1999, paginas 17-22.

6. O que devemos fazer se nao conseguimos passarpor alto uma ofensa?7. Por que devemos resolver logo os desentendi-mentos?8, 9. (a) Que diferentes pontos de vista existiamna congregacao de Roma no primeiro seculo?(b) O que o apostolo Paulo aconselhou aos cristaosromanos com relacao a controversia deles?

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nao sao apenas entre duas pessoas, mas entremuitas. Foi o que aconteceu aos cristaos emRoma, a quem o apostolo Paulo escreveuuma carta inspirada. Havia uma disputa en-tre cristaos judeus e cristaos gentios. Pelo vis-to, alguns naquela congregacao menospreza-vam os que tinham uma consciencia muitosensıvel ou restritiva demais. Aquelas pes-soas julgavam outros de forma indevida emassuntos de escolha pessoal. Que conselhosPaulo deu a congregacao? — Rom. 14:1-6.

9 Pessoas de ambos os lados da controver-sia foram aconselhadas por Paulo. Aos quecompreendiam que nao estavam mais sujei-tos a Lei mosaica, ele disse que nao menos-prezassem seus irmaos. (Rom. 14:2, 10) Essaatitude poderia fazer tropecar os irmaos queainda achavam repulsivo comer as coisasproibidas na Lei. “Parai de demolir a obra deDeus so por causa do alimento”, Paulo os ad-moestou. “

´E bom nao comer carne, nem be-

ber vinho, nem fazer algo que faca teu irmao

tropecar.” (Rom. 14:14, 15, 20, 21) Por outrolado, Paulo aconselhou os cristaos que ti-nham uma consciencia mais restritiva a naoconsiderar infieis os que adotavam um pon-to de vista mais abrangente. (Rom. 14:13) Eledisse ‘a cada um deles que nao pensasse maisde si mesmo do que era necessario pensar’.(Rom. 12:3) Depois de aconselhar os dois la-dos da controversia, Paulo escreveu: “Assim,pois, empenhemo-nos pelas coisas que pro-duzem paz e pelas coisas que sao para a edifi-cacao mutua.” — Rom. 14:19.

10 Podemos ter certeza de que a congrega-cao em Roma acatou o conselho de Pauloe fez os ajustes necessarios. Devemos nos per-guntar: quando surgem divergencias entre ir-maos, nao deverıamos nos tambem resol-ve-las com gentileza, procurando e aplicandohumildemente os conselhos bıblicos? Como

10. Como na congregacao em Roma no primeiroseculo, o que e necessario para resolver possıveis di-vergencias atuais?

Jeova ama os queperdoam outros generosamente

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no caso dos romanos, ambos os lados deuma controversia talvez tenham de fazerajustes para ‘manter a paz entre si’. — Mar.9:50.

Quando anciaos saochamados para ajudar

11 Que dizer se um cristao deseja falar comum anciao sobre um problema com um pa-rente ou com um irmao na congregacao?Proverbios 21:13 diz: ‘Aquele que tapa seuouvido contra o clamor queixoso do de con-dicao humilde, ele mesmo tambem clamarae nao se lhe respondera.’ Um anciao certa-mente nao ‘taparia seu ouvido’. Mas outroproverbio alerta: “O primeiro a apresentar asua causa parece ter razao, ate que outro ve-nha a frente e o questione.” (Pro. 18:17, NovaVersao Internacional) O anciao deve ouvirbondosamente, mas precisa cuidar para naotomar o lado da pessoa que conta o proble-ma. Apos ouvir o assunto, e provavel que elepergunte se o ofendido falou com a pessoaque causou o mal-estar. O anciao talvez reca-pitule tambem os passos bıblicos que o ofen-dido pode dar em favor da paz.

12 Tres exemplos da Bıblia salientam operigo de agir precipitadamente depois deouvir apenas um lado duma controversia.Potifar acreditou quando sua esposa lhe dis-se que Jose tentou violenta-la. Com ira in-justificada, ele mandou prender Jose. (Gen.39:19, 20) O Rei Davi acreditou em Ziba, quedisse que seu amo, Mefibosete, havia passa-do para o lado dos inimigos de Davi. “Eisque e teu tudo o que pertence a Mefibosete”foi a resposta precipitada de Davi. (2 Sam.16:4; 19:25-27) Disseram ao Rei Artaxerxesque os judeus estavam reconstruindo as mu-ralhas de Jerusalem e estavam prestes a se

11. Que cuidado o anciao deve ter se um cristao de-seja lhe falar sobre um desentendimento com um ir-mao?12. Cite exemplos do perigo de agir precipitada-mente ao ouvir uma queixa.

rebelar contra o Imperio Persa. O rei acredi-tou nesse relato falso e mandou parar a obrade reconstrucao em Jerusalem. Com isso, osjudeus interromperam a obra no templo deDeus. (Esd. 4:11-13, 23, 24) Os anciaos cris-taos sensatamente seguem o conselho dePaulo a Timoteo, de nao fazer julgamentosprematuros. — Leia 1 Timoteo 5:21.

13 Mesmo quando parece que os dois ladosde um desentendimento ja foram apresenta-dos, e vital entender que “se alguem pensaque tem adquirido conhecimento de algo,ele ainda nao o conhece como devia conhe-cer”. (1 Cor. 8:2) Sera que sabemos todos osdetalhes que originaram o desentendimen-to? Somos capazes de entender a fundo a for-macao dos envolvidos? Se forem chamadospara julgar, e extremamente importante queos anciaos nao se deixem enganar por falsi-dades, taticas escusas ou boatos. O Juiz de-signado por Deus, Jesus Cristo, julga comjustica. Ele nao ‘julga pelo que meramenteparece aos seus olhos, nem repreende sim-plesmente segundo a coisa ouvida pelos seusouvidos’. (Isa. 11:3, 4) Em vez disso, Jesus eguiado pelo espırito de Jeova. Os anciaoscristaos tambem se beneficiam da direcao doespırito santo de Deus.

14 Antes de julgar casos de irmaos cristaos,os anciaos precisam orar pela ajuda do espı-rito de Jeova e confiar na orientacao divinapor consultar a Palavra de Deus e as publica-coes do escravo fiel e discreto. — Mat. 24:45.

Paz a qualquer preco?15 Os cristaos sao exortados a se empenhar

pela paz. Mas a Bıblia tambem diz: “A sabe-doria de cima e primeiramente casta, depois

13, 14. (a) Que limitacoes todos nos temos quantoa desentendimentos de outros? (b) Com que ajudaos anciaos podem contar para fazer julgamentoscorretos em casos de irmaos cristaos?15. Em que caso devemos relatar um pecado gravede que tomamos conhecimento?

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pacıfica.” (Tia. 3:17) Ser pacıfico nao e maisimportante do que ser casto, o que significarespeitar os sagrados padroes de moral deDeus e viver a altura de seus requisitos justos.Se um cristao souber de um pecado serio co-metido por um irmao, ele deve incentiva-loa confessar o erro aos anciaos. (1 Cor. 6:9, 10;Tia. 5:14-16) Se o transgressor nao fizer isso,o cristao que soube do erro deve relata-lo.Deixar de fazer isso, num mal-orientado es-forco de manter a paz com o pecador, fazcom que a pessoa se torne cumplice do peca-do. — Lev. 5:1; leia Proverbios 29:24.

16 Certo relato, envolvendo Jeu, mostraque a paz nao e mais importante do que ajustica divina. Deus enviara Jeu para execu-tar Seu julgamento na casa do Rei Acabe.O perverso Rei Jeorao, filho de Acabe e Jeza-bel, foi com seu carro de guerra ao encontrode Jeu e perguntou: “Ha paz, Jeu?” Como Jeureagiu? Ele respondeu: “Que paz pode haverenquanto ha as fornicacoes de Jezabel, tuamae, e as suas muitas feiticarias?” (2 Reis9:22) Com isso, Jeu armou seu arco e atingiuJeorao no coracao. Jeu agiu. Da mesma for-ma, os anciaos nao devem, so para manter apaz, transigir com pecadores nao arrependi-dos e deliberados. Eles expulsam pecadoresnao arrependidos para que a congregacaocontinue em paz com Deus. — 1 Cor. 5:1, 2,11-13.

17 A maioria das discordias entre irmaosnao envolve transgressoes serias que exijamuma acao judicativa. Portanto, e elogiavelamorosamente desconsiderar os pequenoserros de outros. “Esquecer uma ofensa crialacos de amizade”, diz a Palavra de Deus,e “insistir nela separa os maiores amigos”.(Pro. 17:9, Sociedade Bıblica Portuguesa) Aca-tar essas palavras nos ajudara a preservar a

16. O que aprendemos do encontro de Jeu com oRei Jeorao?17. O que todos os cristaos podem fazer em favor dapaz?

paz na congregacao e uma boa relacao comJeova. — Mat. 6:14, 15.

Empenhar-se pela paz traz bencaos18 Empenhar-nos por “coisas que produ-

zem paz” traz muitas bencaos. Resulta numarelacao achegada com Jeova a medida queimitamos seus modos e contribuımos para auniao pacıfica do nosso paraıso espiritual.Alem do mais, empenhar-nos pela paz nacongregacaonosajuda aver maneirasde fazerisso com aqueles a quem pregamos as “boasnovas de paz”. (Efe. 6:15) Estamos mais bempreparados para ‘ser meigos para com todos,restringindo-nos sobomal’.— 2Tim.2:24.

19 Lembre-se tambem de que havera “umaressurreicao tanto de justos como de injus-tos”. (Atos 24:15) Quando essa esperanca serealizar aqui na Terra, milhoes de pessoas dediferentes formacoes, temperamentos e per-sonalidades — e de todas as epocas desde“a fundacao do mundo” — serao ressuscita-das! (Luc. 11:50, 51) Sera um grande privile-gio ensinar aos ressuscitados os caminhos dapaz. Que enorme ajuda para nos sera entaoo treinamento que recebemos agora comoamantes da paz!

18, 19. Que benefıcios resultam de se empenharpela paz?

O que aprendemos?˙ Como podemos nos empenhar

pela paz caso tenhamos ofendidoalguem?

˙ O que deve ser feito em favor da pazcaso tenhamos sido de algum modoprejudicados?

˙ Por que nao e sensato tomar partidonos desentendimentos alheios?

˙ Explique por que o empenho pelapaz nao deve ser feito a qualquerpreco.

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˙ Que tres fatores nos ajudam a resistir aqualquer tendencia a desonestidade?(1) Desenvolver temor salutar a Deus. (1 Ped.3:12) (2) Cultivar uma consciencia treinadapela Bıblia. (3) Esforcar-se em ter contenta-mento. — 15/4, paginas 6-7.˙ Como sabemos que servir a Deus com se-riedade nao significa ter sempre um ar deseveridade ou nunca se descontrair?Podemos lembrar do exemplo de Jesus. Ele to-mou refeicoes com outros em ambientes des-contraıdos. Sabemos que ele nao era seriodemais nem rıgido. Ate mesmo criancas se sen-tiam atraıdas e a vontade ao seu lado. — 15/4,pagina 10.˙ O que pode ser feito se o nascimento de fi-lhos parece distanciar o casal?Eles precisam reafirmar seu amor um pelo ou-tro. O marido pode se esforcar para amenizarqualquer sentimento de inseguranca da es-posa. E os dois precisam se empenhar paraconversar sobre seus sentimentos e suas neces-sidades fısicas. — 1/5, paginas 12-13.˙ O que foi ilustrado pela oliveira em Roma-nos, capıtulo 11?A oliveira se refere a parte secundaria do des-cendente de Abraao, o Israel espiritual. Jeova ecomo a raiz e Jesus como o tronco dessa oli-veira simbolica. Quando a maioria dos ju-deus naturais rejeitou Jesus, os gentios quese tornaram crentes puderam ser enxertados,produzindo assim o pleno numero da parte se-cundaria do descendente de Abraao. — 15/5,paginas 22-25.˙ Que excelentes boas novas podemos ofe-recer aos pobres?As boas novas sao: Deus designou Jesus comoRei. Ele e o Governante ideal para acabar com

a pobreza. Por que? Porque governara toda ahumanidade, tem poder para agir, demonstracompaixao pelos pobres e pode eliminar a cau-sa da pobreza: a nossa tendencia herdada deser egoıstas. — 1/6, pagina 7.˙ O que Jesus quis dizer ao responder aCaifas: “Tu mesmo o disseste”? — Mat.26:63, 64.Pelo visto, “tu mesmo o disseste” era uma ex-pressao idiomatica que os judeus usavam paraconfirmar que uma declaracao era verdadeira.O Sumo Sacerdote Caifas havia perguntado seJesus era o Cristo, o Filho de Deus. A respostade Jesus: “Tu mesmo o disseste” era uma de-claracao afirmativa. — 1/6, pagina 18.˙ Sera que os possıveis descendentes do ho-mem perfeito Jesus faziam parte do resgate?Nao. Embora Jesus pudesse ter gerado bilhoesde descendentes perfeitos, essa possıvel des-cendencia nao fazia parte do resgate. Apenas avida perfeita de Jesus correspondeu a vida per-feita de Adao. (1 Tim. 2:6) — 15/6, pagina 13.˙ Como os cristaos mostram que levam a se-rio o alerta contra falsos instrutores em Atos20:29, 30?Eles nao recebem em casa os falsos instrutoresnem os cumprimentam. (Rom. 16:17; 2 Joao9-11) Os cristaos rejeitam publicacoes aposta-tas, nao assistem a suas apresentacoes na TV enao acessam sites com seus ensinos. — 15/7,paginas 15-16.˙ Quem deve ensinar os filhos a respeito deDeus?Segundo o conselho da Bıblia, o pai e a maedevem participar nisso. (Pro. 1:8; Efe. 6:4) Pes-quisas mostram que, quando ambos estao en-volvidos, o efeito sobre os filhos e positivo.— 1/8, paginas 6-7.

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