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WA1 - GHOSP - 2/3 SEM - N - GESTO DE MATERIAIS, CONTRATOS, TERCEIRIZAO E LICITAO
Viso geral
Apresentao da disciplina:
A disciplina de Gesto de Recursos Materiais tem como foco o
gerenciamento de materiais dentro do ambiente empresarial hospitalar.
Na disciplina, so demonstradas algumas tcnicas de gerenciamento de
estoques e procedimentos logsticos que proporcionam agilidade no
processo administrativo e consequente melhora no gerenciamento e
atendimento aos clientes. Assim, so trabalhados temas relacionados a
nveis de estoques, funo de compras organizacionais e processos
logsticos.
Objetivos:
Demonstrar ao aluno a administrao de materiais em toda cadeia de suprimentos logstico.
Trabalhar a gesto de estoques de produtos hospitalares na mbito da coordenao de materiais de consumo.
Demonstrar o processo de compras de materiais para hospitais pblicos e privados.
Contedo Programtico:
Nosso programa, que ser dividido entre as teleaulas e as web-aulas, compreende os elementos bsicos que compem uma pesquisa em Gesto Hospitalar. Primeiro, vamos aprender o que so e como se delimitam os problemas e as hipteses em pesquisa. E ainda, como fixar os objetivos para essa pesquisa. Tambm, estudaremos as etapas para se realizar um estudo cientfico em nossa rea at chegar redao do texto acadmico. Finalmente, vamos conhecer os principais tipos de trabalhos acadmicos e as respectivas normas para sua elaborao.
Metodologia:
Os contedos programticos ofertados nessa disciplina sero desenvolvidos por meio das Tele-Aulas de forma expositiva e interativa (chat - tira dvidas em tempo real), Aula Atividade por Chat para aprofundamento e reflexo eWeb Aulas que estaro disponveis no Ambiente Colaborar, compostas de contedos de aprofundamento, reflexo e atividades de aplicao dos contedos e avaliao. Sero tambm realizadas atividades de acompanhamento tutorial, participao em Frum, atividades prticas e estudos independentes (auto estudo) alm do Material do Impresso por disciplina.
Avaliao Prevista:
O sistema de avaliao da disciplina compreende em assistir a tele-aula,
participao no frum, produo de texto/trabalho no portflio,
realizao de duas avaliaes virtuais, uma avaliao presencial
embasada em todo o material didtico, tele-aula e web aula da
disciplina.
GESTO HOSPITALAR
WEB AULA 1 Unidade 1 Introduo Gesto de Materiais
Gesto de Materiais1
A Gesto de materiais em hospitais tem o propsito bsico de colocar
recursos necessrios ao processo de prestao de servios com a
qualidade adequada, na quantidade e no tempo correto com o menor
custo possvel.
Podemos definir materiais como todas as coisas contabilizveis que
entram como elementos constitudos ou constituintes na linha de
atividade de uma empresa. E a Gesto de Materiais exerce uma funo na
empresa que planeja, coordena, direciona e controla todas as atividades
ligadas a aquisio de materiais para a formao de estoques, desde o
momento de sua concepo at seu consumo final.
Nos hospitais, deve ser observado que itens como equipamentos mdico-
hospitalares, mobilirios, veculos no so categorizados como materiais,
pois no sero consumidos. Neste sentido, os produtos de consumo, tais
como medicamentos, seringas, alimentos, materiais de escritrio, de uso
cirrgico que sero consumidos em algum momento so categorizados
como itens materiais, e neste foco que trabalharemos neste texto.
Acessem o link http://www.slideshare.net/igovbrasil/compras-publicas-435743e vejam uma apresentao da Secretaria de Gesto Pblica do Estado de So Paulo no qual abordam a Gesto de Compras Pblicas.
Controle de Estoques
Estima-se que aproximadamente 25% dos gastos em um hospital so
decorrentes de consumo de materiais com uma quantidade em torno de
5.000 itens de consumo em mdia. O gerenciamento destes recursos
deve ser dado de maneira sistemtica devido a sua parcela financeira e
tambm ao controle de excessos ou falta de itens que pode gerar
prejuzos empresa.
A falta ou excesso de estoque de materiais est relacionado falta de
gerenciamento do mesmo. Atualmente, o setor de matrias est sendo
mais valorizado pela alta administrao em funo de seu valor. E a falta
de itens pode ser vinculada a causas estruturais, a causas
organizacionais, e a causas individuais.
As causas estruturais ocorrem quando o setor possui baixa prioridade
poltica e administrativa; quando h favorecimentos por parte de diretores
o que conhecemos como clientelismo poltico; excesso de controle
burocrtico; centralizao excessiva das decises etc.
As causas organizacionais um reflexo das causas estruturais, no qual
itens como falta de profissionalismo da direo; falta de capacitao de
pessoal; falta de objetivos claros; falta de recursos financeiros; falta de
controle etc. levam a um descontrole organizacional na gesto de
materiais.
E as causas individuais em geral derivam das duas causas anteriores, em
que a improvisao de diretoria e funcionrios desmotivados pelo
acumulo de insatisfaes organizacionais, compelem a um descontrole.
Este descontrole nos leva a um ponto crtico no gerenciamento de
estoques, que a determinao da quantidade de estoques de materiais.
A figura 1 ilustra este ponto.
Figura 1 Ponto Crtico no Gerenciamento de Estoque
Fonte: Do autor
Podemos perceber que esta relao demonstra que uma empresa que
possui poucos itens em estoque estar correndo mais riscos do que
aquela que possui bastante estoque, isso se d em funo de poder
atender ou no as necessidades em relao s atividades desenvolvidas.
Por outro lado, apesar da empresa ter menos estoque correr mais riscos,
a mesma possui uma vantagem em relao ao fator custo, pois necessita
de menos espao fsico para armazenagem.
Nos hospitais podemos trabalhar com trs formas principais para
dimensionar o tamanho do estoque.
1. Pela Necessidade de Sade; 2. Pelas Metas de Servios; e 3. Pela Demanda da Sade.
O mtodo de necessidade de sade considera os atendimentos
necessrios a populao, atravs de estudos epidemiolgicos, possvel
estimar a populao a ser atendida, os servios de sade a serem
produzidos podendo assim estimar a necessidade de materiais.
O segundo mtodo estima metas de servios a serem prestados atravs
do perfil epidemiolgico da demanda e realizam estimativas baseadas em
servios e programas de sade para poder levantar as necessidades
futuras de materiais.
No mtodo de demanda da sade so analisados os servios existentes e
os dados atuais de consumo real da sade para poder estimar a
necessidade futura de materiais.
Para evitar a falta de estoques podemos utilizar algumas tcnicas
essenciais, o Sistema ABC; o Estoque Mnimo tambm conhecido como
Estoque de Segurana; o Modelo do Lote Econmico; o Ponto de Pedido;
e o Sistema Just in Time.
O Sistema ABC classifica os estoques da empresa em trs grandes
grupos: A, B e C. No grupo A esto inclusos os itens de maior
investimento financeiro, tem uma relao de 20% dos itens de estoque
que requerem em mdia 80% dos investimentos. No grupo B esto os
itens intermedirios e no grupo C esto a maioria dos itens, em mdia de
70% que corresponde a uma mdia de 5% dos investimentos financeiros.
Neste sentido, fica claro a preocupao no gerenciamento dos itens do
grupo A que corresponde a uma quantidade relativamente pequena dos
itens, porm de grande valor financeiro.
O artigo do autor Cassiano e Fernado da UTFPR tem como objetivo mostrar a relevncia da gesto de estoques no mbito organizacional dando um enfoque ao sistema ABC de controle e anlise de estoques. Acessem o link http://www.pg.cefetpr.br/incubadora/wp-content/themes/7o_epege/Gerenciamento_de_Estoques_Um_Enfoque_ao_Sistema_ABC.pdfe analisem a forma sistemtica deste modelo de gerenciamento.
O modelo de estoque mnimo preconiza que a quantidade de itens a
serem supridos igual a quantidade de consumo de um determinado
perodo mais um estoque de segurana. Este estoque de segurana uma
quantidade mnima de itens que estaro a disposio para serem
consumidos.
O modelo do lote econmico determina o tamanho de pedido ideal,
considerando custos de carregamento e tambm custos de pedido, com
objetivo de reduzir o custo total de estocagem. O custo de pedido inclui
gastos administrativos fixos para realizao do pedido, por exemplo,
preenchimento da ordem de compra, processamento da documentao,
recebimento e conferencia de pedido etc. j os custos de carregamento
compem os custos variveis de armazenagem, seguro, perdas etc., e
tambm o custo do capital do investimento realizado.
H uma relao inversamente proporcional entre esses itens, visto que o
custo de pedido diminui conforme aumenta o tamanho do pedido,
enquanto que o de carregamento aumenta. O objetivo do modelo de lote
econmico o de balancear os custos de pedidos com os custos de
carregamento para encontrar um ponto timo entre eles, determinando,
assim, o tamanho do pedido.
O ponto de pedido definido aps a elaborao do seu lote econmico de
compra e precisa emitir novos pedidos. Pode ser considerado como o
tempo necessrio entre a emisso do pedido e o efetivo recebimento da
mercadoria, confrontando com sua utilizao diria. Por exemplo, uma
empresa sabe que precisa de quatro dias para emitir e receber um pedido
e consome 20 unidades por dia deste item, o ponto de emisso do pedido
ser de 80 unidades de produtos em estoque, ou seja, quatro dias. Veja
no grfico 1 a relao do ponto de pedido com o modelo de estoque
mnimo.
Grfico 1 Estoque Mnimo x Ponto de Pedido
Fonte: Do autor
O sistema Just in Time JIT utilizado para reduzir os investimentos em
estoques. Parte de uma premissa que os materiais chegaro no exato
momento em que sero consumidos. Nesta modalidade, normalmente,
no h incidncia de estoques de segurana, quando h so muito
reduzidos. O gerenciamento neste modelo deve ser bastante rigoroso,
visto que um descontrole acarretaria em falta de materiais para atender a
demanda de consumo.
Procedimentos Fundamentais do Gestor de Materiais
Como definimos inicialmente o gestor de materiais responsvel pelo
abastecimento contnuo de itens de consumo que sero utilizados durante
a produo do servio. Sendo assim, podemos destacar as principais
funes deste gestor em perguntas que devem ser realizadas no
momento da compra.
O que Comprar?
Deve ser definido o produto ou insumo certo com todas as especificaes
que traduzem as necessidades da empresa. As especificaes do produto
normalmente so de responsabilidade do usurio e/ou de normas
tcnicas.
Como deve ser comprado?
Nesta etapa, a escolha do procedimento mais recomendvel para o
processo de compras levando em considerao a realidade de cada
empresa especificamente. No caso de hospitais privados podem ser
realizadas simples cotaes e adquirir o que melhor atenda sua
convenincia, por outro lado, hospitais pblicos dependem do fator
licitao pblica para adquirir materiais.
Quando deve ser comprado?
Deve existir uma programao que determine os momentos mais
recomendveis em todos os seus aspectos. O importante no faltar
produtos para atendimento pleno de todas as atividades.
Onde deve ser comprado?
Conhecer os melhores segmentos e as melhores e mais confiveis
procedncias.
De quem deve ser comprado?
A rede de relacionamento fundamental para se comprar bem, preciso
conhecer e ter bom relacionamento com os fornecedores
Por quanto deve ser comprado?
O preo justo de aquisio de materiais determinado pelo mercado e
tambm pelo seu relacionamento com os fornecedores. Quanto maior a
quantidade maior tambm seu poder de negociao.
Quanto deve ser comprado?
A quantidade ideal a ser comprada aquela que atenda as diferentes
polticas da empresa. Por um lado no deixar faltar material e por outro
no estocar muitos itens para no aumentar o custo de armazenagem.
Neste sentido, importante que a o Gestor de materiais seja informado
ou, junto com a Alta Administrao, dever determinar padres e critrios
com o objetivo de manter um eficiente planejamento do fluxo e do nvel
dos estoques a ser mantido.
Web Aula 2
Estrutura Logstica da Gesto de Materiais na Organizao
Segundo o site Cavol Logstica, a gesto de materiais trata de todas as
atividades de movimentao e armazenagem, que facilitam o fluxo de
produtos desde o ponto de aquisio de matria-prima at o ponto de
consumo final, assim como dos fluxos de informao que colocam os
produtos em movimento, com o propsito de providenciar nveis de
servio adequados aos clientes a um custo razovel. Podemos observar
um organograma logstico na figura 02.
Figura 2 Organograma Logstico para Gesto de Materiais
Fonte: Do autor
Percebemos no organograma logstico trs funes complementares
essenciais a administrao de materiais:
A funo Compras A Gesto de Estoques E o Almoxarifado
A funo Compras
A funo compras a rea responsvel pelo abastecimento ininterrupto
de toda a Organizao, atravs de sistemticas de gerenciamento que
garantem menores custos de aquisio e qualidade mnima requerida que
se refletir em toda a cadeia de suprimentos e produo.
A funo compras apresenta caractersticas inerentes as suas atividades,
tais como:
Movimentao de grandes somas de capital Necessidade de profissionais especializados Responsvel por abastecer a organizao Carter de setor de negociao Bom relacionamento com stakeholders Deve garantir a qualidade no recebimento de materiais.
Figura 3 Fluxograma do Processo de Compras
Fonte: Do autor
Na figura 3, possvel analisar todo o processo para a realizao de
compras dentro de uma organizao. O departamento de compras recebe
uma ordem de compra de um setor especifico, aps esse processo analisa
a prioridade na ordem de compra e tambm sua qualidade e preo. Neste
processo acessa os fornecedores no qual j possuem um bom
relacionamento para uma melhor relao entre custo e beneficio do
material. Aps anlise o pedido cotado e avaliado, aqui entra as
tcnicas de negociao inerentes ao setor e somente depois de autorizada
a compra que o pedido contratado. Assim, o setor ir realizar um
acompanhamento do pedido, receber os materiais para finalmente poder
armazenar no almoxarifado e distribuir aos consumidores finais.
Nesta etapa importante a empresa possuir um cadastro de
fornecedores, no qual j foi qualificado e avaliado seu desempenho em
negociaes anteriores. Nesta seleo e cadastro de fornecedores,
importante a observao de alguns critrios de avaliao, veja a tabela 1.
Tabela 1 Critrios de Avaliao de Fornecedores
Custo Flexibilidade
Qualidade Produtividade
Pontualidade Instalaes
Inovao Capacidade Gerencial e
Financeira
Fonte: Do autor
Percebemos na tabela 1, alguns itens a serem analisados no
cadastramento de fornecedores. Um cadastro adequadamente indexado e
constantemente atualizado traz benefcios para a empresa, tais como:
Economia de tempo de compra; Economia de dinheiro na cotao; Garantia de melhor qualidade, condies e preos;
Compras para o Setor Pblico e para o Setor Privado
As compras dentro dos hospitais podem ocorrer segundo uma das duas
modalidades: hospitais pblicos e hospitais privados.
Compras para Hospitais da Iniciativa Privada
Nas compras realizadas para o setor privado no h segredos, visto que a
empresa tem total autonomia e independncia administrativa no que se
refere a gastos com materiais.
Alguns cuidados devem ser observados para o setor de compras nesta
modalidade:
Conhecer e manter atualizado o processo de cotao e compras; Manter junto ao setor do Cadastro de Fornecedores, os dados atualizados; Conhecer detalhadamente as caractersticas dos materiais a serem
comprados; Manter um relacionamento de benefcios mtuos com os fornecedores;
A figura 4 ilustra o processo de compras no setor privado.
Figura 4 Processo de compras em hospitais privados
Fonte: Do autor
Visualizamos neste processo de compras que o usurio (mdicos,
enfermeiros etc.) com a necessidade de materiais realiza os pedidos de
materiais ao almoxarifado que solicita as compras dos mesmos. Quando
isto ocorre, o setor de compras em posse do cadastro de fornecedores
realiza as cotaes e fecham o pedido, que por sua vez alimentam toda a
cadeia de negcios fazendo com que o material chegue ao consumidor
final para a prestao dos servios.
Compras para hospitais pblicos
As compras para o setor pblico devem respeitar as mesmas
caractersticas evidenciadas para hospitais privados, a grande diferena
est que a empresa pblica necessita que as compras sejam precedidas
de Licitao Pblica, regulamentada pela Lei 8.666/93.
Link.
Acessem o linkhttp://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8666cons.htme vejam a Lei 8.666/93 na integra com todas as suas alteraes.
Devem seguir passo a passo o que indica na Lei, evitando custos
adicionais e irregulares na gesto do dinheiro pblico. A figura 5 ilustra o
processo de compra nos hospitais pblicos.
Figura 5 Processo de Compras em Hospitais Pblicos
Fonte: Do autor
Vejam que o processo basicamente igual ao que discorremos nas
compras de hospitais da iniciativa privada. A diferena est no inicio do
processo, em que o departamento de compras deve realizar o processo
de licitao e somente aps a licitao concluda que o pedido chega aos
fornecedores para alimentar todo o processo de abastecimento de
materiais.
Algo importante a ser lembrado que, normalmente, os hospitais
possuem contratos com empresas fornecedoras de materiais com prazos
de 1 ano ou mais, no tendo, portanto, a necessidade de licitar a cada
compra de produtos realizados.
Para concluir o estudo da Unidade
Vimos que a gesto de materiais essencial dentro de um ambiente
empresarial hospitalar para um melhor resultado operacional dos servios
prestados. A logstica de materiais tem como objetivo atingir um nvel
desejado de servio ao cliente pelo menor custo possvel, e o fator
compras imprescindvel neste processo.
Web Aula 1
UNIDADE 2: A PREVISO DA DEMANDA E CUSTO DE ESTOQUE
Vimos, na Unidade 1, a importncia da Gesto de Estoques e a Funo
Compras, conforme visualizado na figura 1 abaixo. Nesta unidade vamos
explorar um pouco sobre o almoxarifado, que um setor totalmente
operacional na organizao, porm de grande valor a gesto de materiais.
Figura 1 Organograma Logstico para Gesto de Materiais
Fonte: Do autor
O almoxarifado tem a finalidade de garantir a fiel guarda dos materiais
confiados pela empresa, objetivando sua preservao e integridade at o
consumo final. Suas atividades so basicamente:
Receber materiais Armazenar materiais Distribuir materiais
Recebimento de Materiais
A funo de recebimento de materiais abrange algumas fases distintas e
necessita de organizao e diligenciamento de alguns documentos, tais
como:
Pedido de compra Romaneio (conhecimento de transporte) Nota Fiscal Procedimento Check List Ficha de Verificao de Material
As atividades do almoxarifado podem ser visualizadas na figura abaixo.
Figura 2 Atividades de Recebimento de Materiais.
Fonte: Do autor
No processo de descarga o almoxarife precisa estar de posse dos
documentos Pedido de Compra; Check List; e Ficha de Verificao de Material. Assim, poder realizar primeiramente a verificao preliminar
observando se na Nota Fiscal o material est conforme o Pedido de
Compra e em conformidade com a programao de entrega. Num
segundo momento, o almoxarife dever prever e providenciar o espao
adequado para a descarga e conferencia do produto.
Na conferencia quantitativa, a empresa confere, junto com o fornecedor,
se a quantidade fsica est conforme o PC. Dependendo do material e da quantidade, o almoxarife pode precisar de ferramentas para ajudar na
contagem, tais como: balana, calculadora, trena, varas.
Na conferencia qualitativa o objetivo garantir a conformidade do
material recebido com os padres de qualidade exigidos pela empresa. De
posse dos documentos necessrios o almoxarife pode conferir a
conformidade das caractersticas do material recebido, com as requeridas
pela empresa ou, quando for o caso, com um padro ou modelo de
qualidade especfico exigido pela empresa. Basicamente, as
caractersticas so relativas s medidas, ao peso, consistncia,
estrutura e s especificaes. A conferncia feita por meio de inspees
visuais, manuais, instrumentos, ensaios e testes. Os mtodos usados,
bem como os critrios de aceitao, constam no respectivo Procedimento.
Na etapa de regularizao finalizado o processo de recebimento de
materiais, sendo assim, todos os documentos envolvidos e preenchidos
durante o processo so devidamente enviados para a conferncia final. E
os materiais so enviados para os seus destinos que podem ser: a devida
armazenagem, a devoluo parcial ou total, o envio direto ao
requisitante.
A Secretaria Municipal de Sade do Estado de So Paulo criou um Manual de estruturao de almoxarifados de medicamentos e produtos para a sade, e de boas prticas de armazenamento e distribuio. Acesse o link e tenha acesso ao material completo.http://www.farmaciahospitalar.com/geral/arquivos/tecnicas%20armazenamento%20medicamentos.pdf
Armazenagem de Materiais
Outra funo do almoxarife infere nos cuidados necessrios para a
armazenagem do material recebido. Visa utilizar o espao nas trs
dimenses, da maneira mais eficiente possvel para a adequada
armazenagem e movimentao dos materiais em estoque. Deve-se tomar
cuidado com:
Embalagens Disposio dos materiais Datas de vencimento Etc.
Previso da Demanda
A previso da demanda um fator critico ao planejamento da cadeia de
negcios, pois atravs dela que conseguimos mensurar a quantidade de
produtos a serem comprados/fabricados, as polticas de estocagem e
armazenagem.
Tem o objetivo de estabelecer quanto e quando os produtos sero
comprados pelos clientes. o ponto de partida de todo o planejamento
empresarial e sua preciso deve ser compatvel com o custo de obteno.
Para uma boa estimativa da previso de demanda e estoques
necessrio algumas informaes bsicas, veja na figura 3.
Figura 3 Informaes bsicas para previso da demanda e estoques
Fonte: Do autor
Observamos que as informaes so tanto quantitativas como
qualitativas, e que a anlise destes dados permite uma maior
acertabilidade na previso da demanda realizada. Lembre-se que a
anlise no garante dados exatos, o normal que ocorram oscilaes,
sendo essas informaes necessrias para minimizar a disparidade entre
o plano e a demanda real.
Link
Acesse o
linkhttp://www.feg.unesp.br/dpd/cegp/2011/LOG/arquivos%20pdf/Tecnicas%20de%20Previs%F
5es.pdfe visualize as Tcnicas de Previso da Demanda abordadas pelo Prof. Fernando Augusto
Silva Marins
Web Aula 2
Custos dos Estoques e o Lote Econmico de Compra
Estoques custam dinheiro, pois manter estoques acarreta custos s
empresas. Podemos classificar os custos de manter estoques em trs
grandes categorias:
Custos diretamente proporcionais aos estoques Custos inversamente proporcionais aos estoques Custos independentes da quantidade estocada
Vamos examinar, ento, cada um destes custos:
Custos proporcionais aos estoques
So os custos que crescem com o aumento do estoque mdio. Por
exemplo:
Quanto maior o estoque, maior o capital investido. Quanto maior o estoque, maior a rea necessria, maior o aluguel. Quanto maior o estoque, maior o nmero de pessoas e equipamentos para
manusear o estoque. Quanto maior o estoque, maior a cobertura do seguro.
Todos esses custos so tambm chamados de custos de carregamento
(Cc) do termo em ingls carrying costs. comum a diviso destes custos em duas subcategorias:
Custos de capital Custos de armazenagem
O Custo do capital dado por
C = i * P
Onde:
i = taxa de juros
P = preo e compra ou custo de fabricao.
O custo de armazenagem dado por:
CA, onde:
CA= somatrio de todos os custos relacionados armazenagem
(manuseio, perdas, obsolescncia, seguros).
O Estoque Mdio calculado por:
Em = (Ei + Ef)/2 ou Q/2
Onde:
Q=tamanho do lote de compra.
Assim, temos que:
CC= (CA + i * P) * Q/2
Onde: Cc o custo de carregamento.
Ex.: se afirmamos que Cc= R$ 0,45 unidade/ms o mesmo que dizer
que uma unidade estocada durante um ms custa R$ 0,45, ou R$ 2,70
unidade/semestre ou R$ 5,40 unidade/ano.
Custos Inversamente Proporcionais aos Estoques
So os custos que diminuem com o aumento do estoque mdio. Quanto
mais vezes comprar (ou se preparar a fabricao), menores sero os
estoques mdios e maiores sero os custos decorrentes dos processos de
compras (ou de preparao). As despesas que compem o custo de
obteno incluem: mo de obra (emisso e processamento do pedido);
material utilizado na confeco do pedido (papel, envelopes, selos, etc.);
custos indiretos (telefonemas, energia, etc.) Assim:
Cip = custos inversamente proporcionais
N = nmero de pedidos
Cp = custo do pedido ou tambm chamado de custo de obteno
Cip = n * CP
O nmero de pedidos (n) tambm pode ser dado por:
n=(D/Q)
Onde:
D= demanda no perodo
Q = tamanho do lote de compras
Logo, Cip pode tambm ser escrito em funo da demanda (D) e do
tamanho do Lote de Compra (Q), assim:
Cip = D/Q * CP
Exemplo: se dissermos que Cip R$ 15,00/pedido significa que cada
pedido de obteno custa em mdia R$ 15,00.
Custos Independentes
Os custos independentes so aqueles que independem do estoque mdio
mantido pela empresa, ou seja, independe da quantidade estocada.
Tambm so chamados de custos fixos, como, por exemplo, o custo do aluguel de um galpo. Ele geralmente um valor fixo, independente da
quantidade estocada. medido por R$/ms e representado por CI.
Pgina
Custo Total
Se somarmos os trs fatores de custo analisados at aqui, teremos os
custos totais decorrentes da necessidade de se manter estoques (CT)
CT = (Custos Diretamente Proporcionais + Custos inversamente
proporcionais + custos independentes) + custos do material comprado.
CT = [(CA + i*P) EM] + [n*CP] + CI + (D*P)
Ou em termos de Q e D, temos:
CT = [(CA + i*P) Q/2] + [D/Q*CP] + CI + (D*P)
Vamos a um exemplo 1:
Determinar o custo total anual de manuteno dos estoques de uma
empresa que comercializa um produto, cuja demanda anual de 40.000
unidades.
O produto comprado por R$ 2,00 a unidade. Numa taxa de juros
corrente no mercado de 24% ao ano, os custos anuais de armazenagem
so de R$ 0,80/unidade e os custos fixos anuais para este item no
estoque so estimados em R$ 150,00. Os custos de obteno so de R$
25,00 por pedido. Calcule o Custo Total de estocagem para lotes de
compra de 1.000, 1.200 e 1.400 unidades.
Soluo:
D = 40.000 unidades/ano
P = 2,00/unidade
i = 24% a. a. 0,24 a. a.
Ca = R$ 0,80/unidade
Ci = R$ 150,00/ano
Cp = R$ 25,00/pedido
para Q = 1.000 unidades:
CT = Cdp + Cip + Ci + (custo material comprado)
CT = [(CA + i * P) * Q/2] + [D/Q * CP] + C1 + (D * P)
CT = [(0,80 + 0,24*2) * 1.000/2] + [40.000/1.000 * 25] + 150 +
(40.000 * 2)
CT = R$ 81.790,00/ano
para Q = 1.200 unidades:
CT = [(CA + i * P) * Q/2] + [D/Q * CP] + C1 + (D * P)
CT = [(0,80 + 0,24*2) * 1.200/2] + [40.000/1.200 * 25] + 150 +
(40.000 * 2)
CT = R$ 81.751,33/ano
para Q = 1.400 unidades:
CT = [(CA + i * P) * Q/2] + [D/Q * CP] + C1 + (D * P)
CT = [(0,80 + 0,24*2) * 1.400/2] + [40.000/1.400 * 25] + 150 +
(40.000 * 2)
CT = R$ 81.760,28/ano
Em resumo:
Tamanho do lote (unidade/pedido) Custo (R$/ano)
1.000 81.790,00
1.200 81.751,33
1.400 81.760,28
O Lote econmico de compra
Suponhamos que o abastecimento de determinado material seja feito
razo de 20.000 unidades ano. Como ser a compra ideal deste material?
Faremos compras em parcelas mensais, trimestrais ou semestrais?
Se comprar todo dia impraticvel; se comprarmos uma nica vez vai
depender de termos capacidade de armazenamento suficiente. Ento, o
LEC, ou Lote econmico de Compras, a soluo para encontrarmos uma
quantidade ideal, de maneira a minimizar o custo total de reposio. Se
formos representar o LEC em um grfico, ele teria esse aspecto:
A frmula do LEC dada por:
Onde:
Cp = Custo de obteno
D = demanda
Ca = Custo de armazenagem
I = taxa de juros
P = preo de compra
O modelo do LEC, no entanto, levanta algumas crticas de vrios autores:
1) O modelo pressupe demanda constante durante o perodo em estudo,
o que utpico. 2) O levantamento de alguns custos, como
carregamento, aluguel de rea ocupada dependem de rateios discutveis e
3) certos custos como de obsolescncia so intangveis (difceis de
mensurar).
Vamos calcular o LEC do exemplo 1:
D = 40.000
Cp = R$ 25,00/pedido
Ca = R$ 0,80/unidade
i = 24% a. a. 0,24 a. a.
P = 2,00/unidade
= 1250 unidades/pedido
Link
Acesse o linkhttp://www.logisticadescomplicada.com/entendendo-o-lote-economico-de-compras-lec-ou-eoq/ e veja mais detalhes do Lote
Economico de Compras.
Para concluir o estudo da Unidade
Vimos que o almoxarifado uma atividade operacional essencial a gesto
de materiais e que suas funes devem seguir um roteiro padro
determinado nos procedimentos administrativos. A previso da demanda
um ponto critico ao planejamento de toda cadeia de negcios no
ambiente empresarial e finalmente os custos de estoques seguem uma
lgica de gastos proporcionais a armazenagem e ao tamanho do pedido,
sendo que a ferramenta Lote Econmico de Compra equilibra esses gastos
proporcionando uma melhor relao entre custo e benefcios.