Walter Wynn - Rupert Vive (A Morte não Existe)

8/14/2019 Walter Wynn - Rupert Vive (A Morte não Existe)

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deveriam procurar ter senso comum e cultivar a lóSei que é difícil para elas, mas sempre podem tent

É fora de dúvida que a mesa se deslocava semajudada por mim. Resolvi pôr então os fenômen prova para verificar se provinham de causas natuPelos seguintes fatos, ver-se-á que não era o caso.

Comecei por duas experiências.

Primeira experiência

Pedi à Senhora Wynn e ao Senhor Bates paescolherem, em minha ausência, três objetos diverocultá-los em um lugar qualquer de minha bibliotVoltei para casa acompanhado de dois amiformados pela Universidade de Londres, amigosquais expliquei de que se tratava. Aproximei-m

mesa, que repousava sobre um tapete ordináriolado de alma tapeçaria turca muito grossa. Logo dea mesa começou a se deslocar.

Pedimos ao "guia'' para conduzir a mesa direção aos três objetos ocultos no aposento.

- Qual o primeiro?- Uma maçã, respondeu-me o Senhor Bates.Logo a mesa girou sobre si mesma e avançatravés do aposento para se deter diante de uma v

colocada no chão, com um pé posto a mais ou medez centímetros da extremidade da valise. Virando para o Senhor Bates, perguntei lhe:



- A maçã está dentro dela?- Sim e o pé da mesa se acha exatamente em c

dela.As testemunhas M. e Sc. arregalaram os olhespantados.- Qual o objeto seguinte?- Uma porta-moeda.A mesa pôs-se logo a caminho e eu a segui até

armário, do outro lado da biblioteca. E a pontamesa indicou uma gavetinha.

- O porta-moeda está dentro desta gaveta?- Sim.O terceiro objeto era uma Bíblia colocada so

uma secretária do outro lado do tapete turco.A mesa voltou-se; levantou um pé em cima

tapete e avançou sabre o outro pé, na direção

Bíblia.- A Bíblia é o objeto? perguntei.- Sim. Não foco comentários. Limito-me a narrar os fa

Virando-me para os Srs B. e Sc., perguntei-lhes- Fui eu quem mexeu a mesa?- Não, responderam. Examinamos tudo.

Segunda experiência

Resolvi tentar uma prova mais severa. PediSenhor X., negociante de móveis, para vir ver-



Pedi-lhe para vendar os meus olhos, o que fez. Egirei sobre mim mesmo até que eu não soubesse oestava. Em seguida pedi ao "guia" para dirigir a mrumo às prateleiras de minha biblioteca e de fazemodo que uma das pontas da mesa indicasse um llevando o título de "Êxodo II", livro escolhido p pessoas reunidas, depois que meus olhos fovendados. Não tinha idéia alguma do lugar ondencontrava o livro. Esperei. A mesa se deslocvivamente. Com os meus dedos em cima eu a segmas sem saber em que direção. A mesa parou e eua venda. Uma das pontas da mesa estava defrontlivro que levava exatamente o título de "Êxodo IIDr. Mercier explicará provavelmente em que instcomeçaram minhas perturbações patológicas no cEu estava maluco ou era a mesa que estava louca

narro os fatos. Não há senão uma explicação, umum ser invisível havia feito a mesa andar. Todaoutras teorias não se mantêm em pé. Mas quemeste ser? Seria Rupert? Naturalmente que estdesejoso por saber.

- Quem nos fala? perguntei.A mesa ditou: P AEsperei pelo resto. Nada.- É estranho, exclamei. Não compreendo isto.- Mas, exclamou por sua vez a Senhora Wynn,

quer dizer Pai! (abreviatura do nome Papai.)



Sorri. Rupert me chamava sempre de Pa. Não gdestas abreviaturas modernas de Pa e Ma. Gostovelhos tratamentos familiares de Papai e Mamnomes que representam para nós toda uma histórnascimento do mundo, da raça. Nosso Pai!, ao qdevemos tudo. Nossa Mãe!, que recordações nome faz ressuscitar: nossa infância, nossas lágrinossos consolos! Meu filho sabia de minhas idéirespeito e era bem ele, quem, para me importudizia que era Pa quem falava.

- Não importa quem seja você, mas seria uma c bem grave enganar-me. Não é de minha opinião?

- Sim.- Quer enganar-me?- Não.- É verdadeiramente nosso filho Rupert?

- Sim.- Acha inconveniente que verifiquemos suafirmativas? - Não.

- Então segura a mesa (já era noite).- Sim.- Bem, quer conduzira mesa e colocar um de s

pés justamente em face de dois livros a respeitoquais você gostava tanto de me ouvir fazer sermõe Nenhuma resposta foi dada.

Esperei cinco bons minutos. Depois a mesadirigiu rapidamente para a estante e ficou inclincom um dos pés indicando um certo livro intitul



Revelation e, em seguida, passou livro de noDaniel.

Acendeu-se um fósforo para se ler os títulos livros.- Maravilhoso! exclamei.

Depois perguntei-lhe:- Você vem sempre escutar-me a pregar?- Sim.- Acompanhado de outros espíritos?- Sim.- Estão no momento a seu lado- Sim.- Seus avós?- Não.- Seu irmão Ruskin?- Sim.

- Sua irmã Kate?- Sim.- O Senhor George Newton?- Sim.- Membros da Igreja Batista de Broadway?- Sim (muito veemente).Aqui se seguiram recomendações minuciosa

respeito de certos casos referentes à minha igrejBroadway, casos de modo algum interessantes poutrem. Depois, datas precisas de acontecimenfuturos se referindo às duas igrejas foram dadas efizeram compreender que esses espíritos hav



recebido ordem de realizar essas predições, pois era parte de seus deveres no outro mundo. Todas e predições ainda não se realizaram. Só o tempo porevelar-nos a verdade.- Você se encontrou como o Senhor Parker?

- Sim.- Vocês todas estavam juntas na casa do Senh

Vango e na da Srta. Mc Creadie?- Sim.- Você pode ver tudo o que se passa e ouvir tud

que se diz aqui?- Não.- A visão e a audição são limitadas?- Sim.- Está a par do que se passa na guerra?- Sim.

Ainda duas experiências

- Se você é verdadeiramente meu filho, contin poderia dizer-me os meigos nomes que havia dasua irmã e a Harry?

- Sim.- Quais são?- Nance e John (exato)

(Paro para salientar que é absolutamenimpossível que nenhuma outra pessoa não ser Ruo poderia dizer.)



- Pode ver agora que já é noite aposento (Eramhoras e 30 minutos.)

- Sim.- Quer então conduzir a mesa até à sua mãe levantar na direção de seu rosto, como se a quis

abraçar?(O que se seguiu foi à coisa mais notável do mu

que jamais vi. A mesa me deixou repentinamentedireta à Senhora Wynn e se levantou na direçãorosto dela.)

- Você tinha o costume de deitar-se neste locPode indicar-me onde se achava o seu leito e fazmesa andar até a porta pela qual habitualmente saí

- Sim.Ele o fez, tal como lhe havia pedido.Pedi depois que a mesa fosse colocada defront

diferentes objetos, o que foi feito exatamente.- Já viu o Cristo?- Não.- E espera vê-lo?- Sim.- Breve?- Sim.- Você tem ido a diferentes esferas?- Sim.- Quantas há?- Sete.- Mora-se em casas?



- Sim.- Trabalha-se?- Sim.- O mundo, em que você está, e bonito!- Sim.- Sente-se feliz?- Sim.- Você se encontrou aí com pessoas de Chesh

que passaram recentemente para o Além?- Sim.- Quais?- Seguiram-se nomes que eu não conhec

Verifiquei-os depois: eram todos iguais!

Profecias

- Você se interessa sempre por profecias?- Sim.- Sua interpretação histórica é exata?- Sim.- Os que estão ao seu redor se interessam també- Sim (muito claro).- O próximo mês será um mês importante (outu

de 1917).- Sim.(Meu filho se interessou sempre por minh

predicas baseadas em profecias bíblicas. Ele sem



me ouviu dizer que os Turcos seriam vencidos outubro de 1917.)

- É a morte e a passagem horrível como se pinta- Não! (muito claro).- Quer ditar o nome de uma jovem que vo

conheceu em Chesham?O nome foi dado exatamente.Com esta resposta eu já não tinha mais dúv

alguma a respeito da pessoa que me falava e, conseqüência, conversei com Rupert sobre ca pessoais e as respostas que obtive não podiam prsenão dele.

- Boa noite, Rupert. Você pode fazer com qumesa diga: Boa noite, meu pai?

Imediatamente a mesa se movimentoreproduzindo bem todas as palavras indicadas.

Dir-se-ia que a mesa se tornara um ser humano.

CAPÍTULO V

Prova indiscutível

Acredito na realidade dos fenômenos. Penso eles provam a existência da vida no outro mundo,sou igualmente de opinião de que a maioria ensinos dados nos grupos espiritualistas s



decididamente anticristãos. Muitos espíritas mamentirosos se comunicam. Darei as minhas raz para esta opinião. Todas as pesquisas não deveriamempreendidas senão por pessoas de espírequilibrado, desprovidas de tendência mística e possuírem temperamento nervoso e excitável. Cque o Cristo e seus ensinamentos bastem para ce pessoas, que a alma pode encontrar uma paz perfum repouso completo, aceitando simplesmente eensinos e aplicando às necessidades da existência.

Afirmo tudo isto, mas afirmo também que serámais alta importância, para o mundo inteiro, quSociety for Psychical Research (Sociedade Pesquisas Psíquicas) continue a sua obra. O SenGladstone era igualmente desta opinião. A Ciêdeixa de ser científica logo que deixa de lado os f

Sem dúvida, muitos dos fenômenos provêm subconsciência do médium ou do experimentador,há os que não podem ser explicados se não psobrevivência da personalidade humana. São Patinha razão quando dizia que não lutamos só concarne e o sangue, mas também contra as "for prejudiciais da atmosfera". E da mais alta importâque as pessoas jovens escapem a tais poderes. (4)(4) Por "forças prejudiciais da atmosfera" entendem os espíritas que são osespíritos maus e obsessores do Além, e as chamadas "sessões de doutrinação ou dedesobsessão "são realizadas precisamente para lutar contra tais forças que levammuitas pessoas à loucura e à internação em hospícios e casas de saúde. São, aosmilhões, os casos de curas de supostos loucos, em associações espíritas bem orientadasque há às centenas em todo o Brasil, como as do Hospital Espírita de Uberaba, Estado



de Minas Gerais, e da Sociedade de Medicina e Espiritismo do Rio de Janeiro, no ex-Estado da Guanabara. (N. T.)

Quero agora justificar estas conclusões, apoianme em fatos evidentes e, repito, uma vez mais, desejo ser estritamente sincero em tudo o que respeito aos fenômenos psíquicos.

A Senhora Wynn me acompanhou à casa da SMc Creadie em Blomfield Road 6, Maida VLondres, N.S., 3º feira, dia 18 de setembro de 1913 horas da tarde. Enviei a Srta. Mc Creadie os rel

publicados no jornal The Young Man & WomMinha. esposa possui intuição notável dos caracthumanos. Nunca a vi enganar-se a respeito das pese sobre os móveis dos seus atos. Ela diz: "Não gdesta pessoa" ou "fazem isto ou aquilo porque"ainda: "É preciso que não façais isto ou aquilCheguei a reconhecer que me achava errado em seguir certas opiniões dela, pois tinha sempre raPara fazer conhecer sua opinião sobre a Srta. Creadie, acrescentarei que, terminada a sessãomédium e a minha esposa conversavam como dirmãs. Agora, voltemos à sessão.

- Por favor, Senhora Wynn, queira sentar-vosdisse a Srta. Mc Creadie, pois tenho algo vos conHá dias uma senhora veio procurar-me. Seu fiacabava de partir para o Além. Expliquei-lhe lastimava não poder conseguir uma materializaçãespírito, mas que ele poderia ditar uma mensagespiritual. Coloquei então as mãos sobre esta m



aqui e pedi à visitante para anotar as letras batidasa comunicação obtida. A Srta. Mc Creadie se levada cadeira, abriu uma pequena gaveta e dela tirou pedaço de papel. Estava escrito nele: Wynn, RuClifford. Vim para agradecer-vos. Auxiliastes-me do que pensais. Deixai que meu pai venha. ObrigDizei à minha mãe para não ter duvidas. Adeus.

(Fui eu quem construiu as frases, porque as leestavam escritas no papel em maiúsculas, letra letra.)

- Pensastes em Rupert naquela ocasião, Srta. Creadie? perguntei.

- Não.- A tal senhora nos conhecia?- Não.- Reunistes as letras à medida que eram indicad

- Não.A Senhora Wynn e eu nos olhamos, sem di palavra.

- Vejo por detrás de vossos ombros, Senhor Wydisse a velha senhora, um homem, grande, rosto chtesta alta, quase calvo, com a barba e os cabe brancos. Ele pronuncia o nome Henry...

(A parte) - Sim, meu amigo, Henry... e o resto?- Ele aponta para a mesa. Imagino que deseja fconhecer seu outro nome por meio dela.

A Srta. Mc Creadie pausou levemente as mãoscima da musa. Esperamos mais ou menos ci



minutos. A mesa estremeceu e pôs-se a girar coencantada. Parecia um ser vivo.

- Isto quer dizer que se sente feliz por vos vConfirma com a cabeça o que digo. Está contente.(A parte) - Sim, meu amigo, mas qual o vooutro nome?

E a mesa ditou: P A R K E R.- Henry Parker! exclamou a Srta. Mc Creadie

isto? Obrigada, Senhor Wynn. Conhecestes algSenhor Henry Parker?

- Sim. Era membro da Comissão, um diáconominha igreja de Chesham (Igreja Livre Unida).

- É maravilhoso! Ele deseja que faleis com ele.- Senhor Parker, não sei verdadeiramente o que

dizer. Espero que estejais feliz.A mesa estremeceu vivamente como se estive

alegre e, em seguida, respondeu:- Sim.- Estais contente por nos rever?- Sim (claramente).- Podeis ver-me e ouvir-me?- Sim.- Compreendeis agora muitas coisas em n

acreditáveis por ocasião de vossa última doença?- Sim (nitidamente).Então a Srta. Mc Creadie disse:- Ele demonstra uma grande emoção olha, com

desejasse alguma coisa.



- Vistes Rupert?- Sim.Houve uma pausa, depois do que a Srta. M

Creadie disse:- Não vejo Rupert, mas sinto que está aqui. Crque ele coloca sua mão sobre a minha.. Quem soismeu amigo?

- Rupert.- Quereis ter a amabilidade de saudar, p

mesinha, as pessoas presentes.A mesinha caminhou em direção à Senhora W

e não somente a saudou, mas rodeou a sua cadetocando-a de todos as lados, de uma forma afetuDepois, aproximou-se de mim.

- Onde estais morando? Nenhuma resposta.

- Longe daqui?- Não.- Numa casa?- Sim (hesitante).- Quereis dizer, não é, Rupert, observou a Srta.

Creadie, que o vosso antigo lar continua a ser o vlar espiritual?

- Sim (claramente).- Qual a primeira pessoa que vistes chegandooutro lado?

- George Newton.





passar ao redor do aposento inteiro e Rupert ditseu nome.

- Rupert, você nos acompanhou a Sandy LaneEarby?- Sim.

- Regressastes ao mesmo tempo que nós, hoje?- Sim.- Quem pagou a minha conta de despesas

Midland Hotel? Você o sabe?- Sim, foi Clifford Snowden.Escrevi ao Senhor Clifford Snowden, de San

Lane, e lhe agradeci assim como à sua espoexplicando-lhe como cheguei a saber o nome do ada amabilidade. O Senhor Snowden me respondeuforam ele e o seu pai, com e feito, quem pagaraminha conta no hotel.

Chego agora a manifestações que não são taltão evidentes como as anteriores, mas que têm lugar muito importante nas minhas investigações.

Não farei mais do que um resumo, mas um resusuficiente para demonstrar que as investigações deser reservadas às pessoas experimentadas. Tomei pem várias sessões, mas não fiz nenhuma narradelas. Quero somente citar os três seguintes casos:

Primeiro caso



A Srta. Mc Creadie está aborrecida. De repenterosto toma uma expressão terrível e triste.

Ouço gemidos de uma alma em pena. Ela excl"Oh! onde poderei encontrar a paz?" Nenhuma atrmundo teria podido reproduzir o que vi e ouvi. tenho facilmente medo, mas durante alguns minfiquei assustado. Não darei outros detalhes do cQuando a Srta. Mc Creadie voltou a si achou-se pde uma grande tristeza. Parece-me, disse ela, quevisitada por um espírito bem infeliz. Pobre alQuanto gostaria eu de ajudá-la! - Nenhum comentá

Segundo caso

Tinha-se projetado uma sessão à que dois modeveriam assistir. Fui igualmente convidado e a m

deram os nomes dos que a comporiam. Aceitei pogostaria de ver o efeito produzido sobre as alm jovens. Ambos receberam comunicações queemocionaram. Voltei para a minha casa, perguntanme se Sir Arthur Conan Doyle tinha verdadeiramrazão ao dizer que nos encontrávamos no limia Nova Revelação. No dia seguinte da sessão, ctelegrama foi expedido para o escritório de The YoMan & Woman, Tallis Street 31, Londres, E. C pedindo-me para ir imediatamente a um endereçquarteirão oeste de Londres. Tomei um táxi e p para o endereço indicado, onde encontrei um



jovens em delírio. Não dormira durante a noite. Mo bastante e logo compreendi de que se tratava.

- Sabe, disse-lhe eu, severa e friamente, qudiabo está querendo zombar de você?O moço me olhou fixamente, parecendo sair desonho. Almocei com ele e, ao deixar a mesa. tomominhas mãos entre as suas, dizendo-me "Vós salvastes a vida; tudo isto me tornava louco." - Scomentários.

Terceiro caso

Numa outra sessão, um espírito se comunidizendo que passara para o Além em Calgary, Cane forneceu seu nome e o endereço de uma antmoradia em Bradford, Yorkshire. Fizemos u

investigação e verificamos que o dito homem paefetivamente para Calgary. Mais tarde, a data e a exata de sua morte nos foram comunicadas. Ele pediu para escrever a um certo Senhor John PicWest Street 24, Manchester, para lhe fazer ccomunicação e publicar uma nota de sua morte em jornais de Bradford. Tudo era bem claro e inteiramfora dos meus conhecimentos, mas, durante o temem que o espírito se comunicara, tive a impresnítida da presença de um espírito mau. O ambi parecia bem outro que o habitual. Escrevi, apesatudo, ao Senhor Pickles e lhe pedi que me dess



endereço atual, se o conhecesse, do Senhor X., residira outrora em Bradford. Dita carta me devolvida com a anotação "Endereço incompleto"não me surpreendeu de modo algum. Tinha plconsciência de que, embora fosse uma entidespiritual que se comunicara, esse espírito mentiroso, da mesma família que o demônio. Te pena dos homens que, inocente ou inconscientemcometem faltas, mas os que, intencionalme proferem uma mentira, são objeto de minha aveUma mentira, dir-se-á, é uma coisa sem importânmas não cenho tempo a perder com ninharias. Detestemunha disto. Todavia, por causa de min pesquisas, resolvi dar uma oportunidade a mentiroso e o evoquei em uma sessão na residêncSrta. Mc Creadie. Foi uma maravilha.

Disse a Srta. Mc Creadie:- Acha-se presente um espírito desconheciPercebo que se sente confuso. Ele quer dizer algo.

- Bem, disse eu, que fale.Ele se recusou a dar o seu nome, mas esclare

que havia nascido em Bradford há 51 anos passaque tinha crescido ao lado de um homem que dcomo falecido e me falou que dissera uma porçãmentiras e seu respeito e a respeito do Senhor Pice, finalmente, me suplicou que o perdoasse.

- Mas por que mentistes tanto? perguntou a SMc Creadie.



E veio a resposta:- Divertir-me. Lamento.- Conheceis o Senhor Wynn?- Não.- Agora podeis partir. Deixai esta ca

imediatamente e cá não volteis nunca, pelo meenquanto não estiverdes disposto a acabar comvossas mentiras.

- Sim. Lamento (resposta lenta).Logo a mesa ficou imóvel, tão imóvel quão

leões de Trafalgar Square.- Admito, Senhor Wynn, observou a Srta. M

Creadie, que tais coisas sejam possíveis e que comuniquemos com espíritos maus como, quandTerra, estamos em relação com pessoas más. Mestou certa, certíssima também de que o vosso f

esteve aqui. Eu o vi. Queria falar convosco.

CAPÍTULO VI

Tão claro como em fotografia

Já tinha uma confiança absoluta no Senhor Vae, presentemente, depois de dois anos de conhecimíntimo, esta confiança não diminuíra. Fiz vásessões com ele. Cético, eu o tinha fiscalizado



modo preciso. Não tenho dúvida alguma quanto àhonestidade. Em suma, a sessão realizada em cdele, na 4 feira, dia 24 de outubro de 1917, às 4 hda tarde, e que irei narrar, demonstra que não tenh podido tomar informações a meu respeito, nerespeito de minha família, e esta sessão prova qtelepatia não poderia verificar-se no caso, porqGamo se verá a seguir, eu soube algo de que não tconhecimento e que era inteiramente exato.

Comecei a sessão conversando com o SenhVango e fazendo-lhe diversas perguntas: - Cofazeis para vos adormecer? Que entendeis par e palavras "vos adormecer"? Que experimentais? tendes consciência do que dizeis quando adormeci

- Nunca ouvistes dizer, respondeu-me ele, que u pessoa, que fala em voz alta durante o seu so

afirma, quando acorda, que não sabia uma ún palavra do que se dizia que ele proferiu? Tal è o caso. Uma vez desperto, tenho tanto interesse em so que eu disse quanto vos em ouvir as mincomunicações. Penso que supondes que sou eu qfala durante todo o tempo.

- Sim, respondi-lhe francamente.- Mas não sou eu, protestou. Não sei uma palado que acabo de comunicar-vos.- É uma coisa muito séria que afirmais, Sr, Van

Acho que um médium, que se utilizasse faconhecidos dele e relativos a pessoas mortas p



enganar os seus parentes, mereceria bem o fogoinferno (5).

(5) - Fogo do inferno, demônio e diabo são ditos de uso comum, mesmo em bocade ateu, sem maior significado espiritual. (N. T.)

Eu falava muito seriamente.- Sou de vossa opinião replicou, sorrindocemente. Não creio que exista para o caso inferno bem terrível. Mas, Senhor Wynn, por pensais que passa enganar-vos? Não aceito nada pagamento. Não vos peço nem a ninguém para

procurar-me. Certas vezes gostaria mesmo que viesse ninguém. As autoridades nos perseguem, oé injusto e ridículo. O Senhor me dotou de certos e sou perseguido porque os utilizo a bem do próx Não é revoltante?

- Com efeito, não é justo, mas não sois o únicsofrer grandes injustiças e falsas acusações, pescalúnias e, graças a Deus, os perseguidos têm sdas provas engrandecidos e triunfantes. Senhor Vacontinuei, não vos dirijo estas palavras porque velhaco, mas simplesmente porque desejo aprofuas coisas.

- Compreendo-vos muito bem. Possuis um espívivo e encantador, mas vos repito: Não sei o que ouvir na ocasião, da mesma forma que não o sabum homem que morasse na lua.

Não insisti mais. O Senhor Vango fechou os ol passou as mãos pelos cabelos, sentou-se mconfortavelmente em sua poltrona e, em cin



minutos, parecia completamente outro, pois a suae as suas maneiras mudaram completamenCompreendi que o "guia" havia se incorporado neque se segue é exatamente o que esse "guia" comunicou. Escrevi-o ipsissima verba, com a matenção.

- Bom dia, disse ele. Estou muito contente pterdes vindo procurar-me. Pedem-me para vos dque vossa mãe, vossa irmã Emma, vosso irmão Jvossa irmã Kate e uma outra irmãzinha estão a presentes.

(Peço ao leitor notar como era impossível Senhor Vango me dizer tudo isto. O efeito sobre mfoi grande, porém não o deixei transparecer.)

- Obrigado, disse simplesmente. Poderedescrever-me estas pessoas?

- Certamente. Vossa mãe (pelo menos ela me que é vossa mãe) demonstra ter uns 70 anos; e esbde tez morena, rosto fino com traços de rugas, ofundos, nariz reto, boca pequena. As maçãs do rsão salientes. Altura média. Cabelos repartidosmeio da testa. Esteve fraca durante muito tempo ade acamar-se definitivamente. Agora se curva e um xale sobre os ombros. Tem um olhar penetravivo, mas sofria muito dos olhos já para o fim devida. Em suma, creio que tenha ficado cega. Diznão vos acháveis ao lado dela no momento de morte. Enxerga muito bem atualmente Ao lado



está um homem de cerca de 75 anos de idade. Par próximo. Esta senhora diz muito claramente: "Mãacrescenta que conservou toda a sua presençaespírita até o último instante e ainda que esteve anos enferma e finalmente que teve de partir. E mea vossa mãe, a reconhecestes?

Respondi com convicção: Tão bem como se elachasse lá defronte de mim. Não tereis visto umasuas fotografias? indaguei.

- Não, respondeu-me o "guia", rindo-se. Olneste momento para a própria senhora Está de pvosso lado.

- Quem é o senhor que está com ela e do qualfalastes?

- Creio que deve ser vosso pai, respondeumédium, mas não o distingo muito bem, clarame

para vo-lo descrever. Está com a vossa mãe. Só isto. Ocupa-se de um trabalho. Tendes uma irmãnome Emma?

- Sim. Qual idade parece ter? perguntei.- Cinqüenta e cinco ou sessenta anos (ela fale

exatamente aos 57 anos), porém há uma outra ir jovem ainda. Vossa mãe me diz que nuncaconhecestes, mas que ouvistes falar dela. É a primvez que vejo esta irmã. A outra irmã, Kate, creio já a vi. Ambas trazem John. É vosso irmão e deconversar convosco.



O Senhor Vanga fez uma contorção do rosto ecorpo como se sofresse vivas dores. Estranho silêseguiu-se. Eu esperava quase sem respirar. Umomento ainda e o "guia" disse: Sim, pertencenosso mundo. Não o percebo atualmente, mas sque é aparentado com estas senhoras. "Oh! micabeça como ela dói!" Vejo-o agora. Oh! está deilá sozinho. Quer que o saibais. "Peço as suas preWal." Ele vos chama de Wal. Diz que é por este nque sempre vos chamou. Tem sofrido. Chora, mas alegria porque vos revê. Repete várias vezes: "Deus o abençoe, Wal! Fiz mal, perdoa-me. N poderei progredir se não me perdoar." Estende carta que escreveu, depois a rasga. Diz que é culpde um grande erro, erro que vos pede perdoaesquecer. Sente-se já muito melhor porque perc

que o perdoou. Não sei o que foi, mas sofre muito isto. Reconhece hoje o mal que praticou. Já o perd- Mas certamente, respondi.- Oh! Quão feliz é agora!(Não foi senão depois de sérias reflexões q

resolvi narrar esta sessão particular cujos detalhescompletamente exatos, pois a considero como u prova bastante irrefutáveis da sobrevivência hum para a suprimir. Meu irmão John faleceu de mviolenta. O Senhor Vango o descreveu coma exatiMeu irmão fez muitas coisas erradas, escrevsobretudo cartas que causaram grandes aborrecime



entre nós. Era um homem de uma inteligência note eu gostava muito dele, mas, ai dele, nasceu sob má estrela e daqui partiu depois de grandes tristezem um estado de profunda depressão moral. Esprevê-lo mais tarde no outro mundo onde eu creioele seja chamado para desempenhar um grande pap

Ainda uma longa pausa.Depois, o Senhor Vango abriu os olhos e m

perguntou:- Recebestes algumas comunicações?- Caro senhor, respondi, vós me vedes estupef

Depois do que acabei de ouvir não me é possíalimentar mais dúvidas sobre o vosso maravilh poder e sobre a sobrevivência da alma.

O leitor observará que Rupert parecia não es presente.

CAPÍTULO VII

Prova absoluta da sobrevivência

Foi numa sexta-feira, às 4 horas da tarde do dde novembro de 1917, que recebi do Senhor Vang prova absoluta da sobrevivência da personalidhumana. Seria difícil explicar o fenômeno acimaqualquer outra hipótese. Todos os detalhes que



foram dados estavam bem longe de meu pensamno momento de minha chegada à casa do SenVango. Tomei as minhas precauções para que ele nsoubesse a respeito de minha carreira, nem outra cque pudesse fornecer-lhe indicações sobre a mi pessoa, embora não acredite que o Senhor Vangoum homem que fosse tomar informações a mrespeito, nem que utilize as que lhe pudessem confiadas para enganar um visitante.

O Senhor Vango, assim como a Srta. Mac Creatêm uma vida muito cheia para ter tempo de ir bualhures informações sobre os seus consulentes. uma palavra, estou absolutamente certo de que ose segue não foi resultado de nenhuma informaobtida pelo Senhor Vango. Aliás não lhe seria posobtê-las e a telepatia está evidentemente fora de c

no presente caso.Logo que entrei no salão, esse homem, tão bdotado, me disse:

- O Senhor Stead está aqui ao vosso lacto; suma, ele entrou ao mesmo tempo que vós.

Eu não disse nada.Depois o Senhor Vango sentou-se e parec

"adormecer" logo.- Bom dia, disse o "guia". O Senhor Stead eaqui, assim como o vosso filho, e ele vos deseja dalgo.

- O quê? perguntei. Longa pausa.



- O Senhor Stead diz que tendes a intenção escrever um livro. É verdade? E diz que o títuRupert lives. O Senhor Stead o aprova.

- Como, perguntei, pôde o Senhor Stead conhecimento deste título?- Já vos ouviu mencioná-lo.- Onde?- Em vossa casa mesmo. Ele foi lá certa vez c

Rupert. Rupert e ele são dois bons amigos. Vosso festá aqui no momento com o Senhor Stead. Amriem dizendo: "Sim, Rupert vive."

- Rupert tem algo a me contar?- Sim; ele diz que vos ouviu dizer qu

provavelmente esta seria a última visita que fareSenhor Vango, de modo que achou bom trazer comdois senhores que vos conhecem muito be

acrescentando que, salvo o desaparecimento decorpo físico, é exatamente o que era quando vconvosco. Ele é feliz. "Eu vivo, Rupert vive!" dizde opinião que não tereis mais dúvidas a este respdepois de ter falado com os dois senhores quacompanharam.

(Posso jurar diante de Deus que nada semelhante ao que se seguiu jamais me viria à idOs dois senhores seriam os últimos em que pod pensar mesmo nos meus mais fantásticos sonhos.)



- Procuro captar-lhe o nome inteiro, diz o "gumas é esquisito este nome. Ouço William, WilliWilliam só. Não, não o posso captar.

- Buscai ainda uma vez, pedi-lhe.- Estou procurando. Não é um homem alto. Chehá pouco entre nós. Tem entre 60 e 70 anos. Bagordo, corpo largo. Fronte alta e larga. William... ( pausa). Não, ë-me impossível apanhá-lo. Ele dizcomeçais a adivinhar quem é ele. Conhecei-o?

- Por favor, continuai. Não gosto que me faç perguntas em momento crítico. Estou mseriamente intrigado. Por favor, prossegui.

- Estes dois senhores sorriem ao vos ouvir faassim. Eles vos conhecem. É claro. Dizem chegarão a vos fazer compreender. William segalguns papéis nas mãos, parecendo papéis de lei.

que esses papéis tinham relação com o vosso trabde igreja. Ambos são forçados a se interessarsempre por esse trabalho.

- Como? perguntei.- Sim, o segundo senhor segura uma tábua na m

e eu me pergunto o que quer dizer. (6)(6) - A palavra tábua em inglês é board, mas parece, como veremos adiante, que

o espírito queria dar uma indicação de seu sobrenome, pois tábua é um pedaço demadeira e madeira, em inglês, é wood, o sobrenome de um deles, A palavra boardsignifica também comissão, uma comissão em que, aliás, tomaram parte. (N. T.)

- Qual é a vossa idéia?- Não tenho a menor.- Acreditais que ele procura dar-nos o seu nome



- Talvez, mas penso que é outra coisa que bifazer-nos compreender. Ambos se sentaram judessa tábua e, neste momento, aparecem outsenhores ao lado deles. Um é velho, muito fracoutro é mais alto e está vestido de pastor. Nulevastes um assunto de igreja perante uma ComisEis a impressão que tudo isto me dá. Oh! mas taque o nome do segundo senhor seja indicado ptábua (board). Chamava-se Board?

- Não, respondi-lhe.- Boardman?- Tampouco. - É estranho. Tenho a impressão qu

tábua (board) tem duplo sentido. Chamava-se Wood (madeira)?

- Sim.- Ah! Eis ai. Estão contentes. Rupert e Ste

apertam-lhes as mãos.- E o nome do outro. Conseguistes? perguntei.- Ainda não. É um nome diferente. Não, é inú

Não o posso entender.- Seria Wherry.- Ah! Vós o dissestes. E este. Mostraram

satisfeitos.(O Regedor Wherry, o Rev. J. R. Wood, o RevH. Shakespeare e o Senhor D. Clarke eram os árb

do supracitado caso da Igreja Batista de Cheshamnão estava de acordo com eles e depois obtive b



provas da justeza de meu ponto de vista. Os fatoencarregaram de julgar o deles.) (7)

(7) - Recebi cartas do Rev. J. R. Wood e do Rev. J. H. Shakespeare meaconselhando a deixar Chesham e me prometendo toda ajuda possível se eu quisesse

fundar uma igreja em Londres, porque pensavam que o meu trabalho em Cheshamhavia terminado. Ao contrário, desde então fiz lá os maiores esforços e, Deus opermitindo, tenho toda esperança de o terminar nesta cidade.

Permaneci um momento sem falar.- Desejam dizer-me alguma coisa? Perguntei-

afinal.- Sim. Têm um grande desejo disto. Acham-se b

interessados pelo vosso trabalho. Estão obrigadosestar. Utilizam assim todo o poder que Deus lhes para remediar um mal que fizeram. Desejam quduas continuem como uma só. A união fará a foChama-vos de Senhor Wynn e diz que é preciso lhes deis o vosso auxílio, sem ter receio de ser compreendido. (8)

(8) Pouco tempo antes de sua morte, o Regedor Wherry convidou-me paratomar chá no National Liberal Club. Naquela ocasião, ele me explicou por que setinha recusado a visitar a Igreja Batista de Broadway pela segunda vez, depois que oDr. Clifford e o Rev. J. H. Shakespeare procuraram unir as suas igrejas. O Rev. J. R.Wood, antes de sua morte, escreveu-me duas cartas para me exprimir o seu desejo deum arranjo. Em 1908, quando se fez um esforço a fim de ir além da decisão dosárbitros, o Rev. J. H. Shakespeare me falou assim na casa do Dr. Clifford: "O SenhorWood vos envia os seus cumprimentos e espera, Senhor Wynn, que façais todo opossível para influenciar essas pessoas. Eu lhe prometi fazer o necessário a esterespeito". Como o Senhor Vango teria podido conhecer detalhes tão íntimos? Emesmo um absurdo fazer-se uma pergunta como esta. Minha opinião era bemconhecida do Regedor Wherry e do Rev. Wood. Eles se enganaram nesta questão eesta questão deveria certamente - em todos os pontos de vista - ser retificada. Eu odisse sempre. Certo estou de lhes ter falado muitas vezes, depois desta primeira sessãoem casa do Senhor Vango.

- Podeis entender exatamente as palavr pronunciadas pelo Regedor Wherry?



- Sim; podeis escrevê-las. Ele diz: "Senhor Wyeu encaro as coisas hoje inteiramente difereTrabalho com todas as minhas forças para reparfalta cometida. Senhor Wynn, confiai em Deus enossa ajuda. O Senhor Wood está inteiramenteacordo comigo. Reconhecemos ambos o nosso errSenhor Wood deseja falar-vos." Agora é o ousenhor que fala.

- Como é ele? Podeis descrevê-lo?- Sim, é mais alto do que o Senhor Very.- Wherry, corrigi.- Wherry, sim; ele usa chapéu de pastor, ócul

tem os olhos vivos, é um pouca curvo e gostosamente. Já o reconhecestes?

- Sim.- Bom, ele diz: "Senhor Wynn, Irmão Wynn",

vos chama de "Irmão Wynn", apertemos a mão.estava errado. Era autoritário e duro. Devo admhoje que me achava bem enganado. Vejo claramagora que era preferível para todo o mundo tivéssemos conservado a vossa antiga igrePerseverai, para o momento, na vossa conduta a Não há senão um que resta da ComissCompreendeis o que quero dizer. Desejamos verde volta à vossa antiga igreja. Estou sempre lá pouvir as vossas prédicas.

(Imediatamente aproveitei a ocasião para formuma pergunta definitiva.)



- Verdade? Então estivestes lá na noite do domi passado?

- Sim.- Quantas pessoas- Estava repleto.- Qual foi o assunto de minha prédica?- Cristo Salvador (exato).- Bem, Senhor Wood, não vos vejo nem

Regedor Wherry, mas sinto que estais presentes.Ele diz: "Sim, Irmão Wynn, estamos presente

desejamos que continueis vossa obra até o sucedefinitivo. Ali chegareis. Almejamos ver a anigreja repleta dos crentes e cheia do Espírito de DAté à vista e que Deus vos abençoe. Estamos jubil pelo grande trabalho que fazeis, mas last profundamente o erro em que incorremos.

Longa pausa se fez.O Senhor Vango esfregou olhos e despertou. me olhava.

- Então! exclamou.- Então, Senhor Vango, falei por minha vez.- Então, repetiu.- Podeis jurar que não sabíeis o que acabastes

me comunicar? perguntei-lhe.- Posso, respondeu.- Nunca ouvistes falar da Comissão de Árbitro

União Batista?- Nunca.



- Ouvistes falar entre os batistas os nomes Wherry, Wood, Clark e Shakespeare?

- Creio ter visto o último nome nos jornais, matrês outros nomes nunca os ouvi. Conheço vá pessoas chamadas Wood e Clark, mas não conhninguém que se chame Wherry. É a primeira vezouço este nome.

- Nunca fizestes indagações sobre a minha pesa minha atual igreja ou sobre a minha antiga igreja

- Nunca, não conheço nada a vosso respeito. Mcaro senhor, levais as coisas muito a sério. Fazeisrir.

- Então não vos contarei nada.- É melhor, é melhor mesmo não repetir nada, d

o Senhor Vango. E, assim sendo, vamo-nos desped

CAPÍTULO VIII

O Senhor Stead esteve lá ?

O leitor recordar-se-á de que, no capítulo antereu disse que às 4 heras da tarde do dia 2 de novemde 1917, no nº 55 da Talbot Road, BaysmasterSenhor Vango me informara que o Senhor Stead hentrado no salão ao mesmo tempo em que eu. A 1novembro de 1918, recebia confirmação dista. Fa



com a Srta. Stead de minha. ida à casa do SenVango e lhe dava detalhes da sessão. Ela respondeu:

- É muito interessante, pois, na mesma tarde, o falecido pai me deu uma comunicação a vorespeito. Vou remeter-vos as notas tomadas.

Aguardei, com impaciência, essa mensagem, mnão foi senão um ano mais tarde, no mesmo diaque escrevia as últimas linhas do capítulo precedeque a Srta. Stead me dirigiu a seguinte carta, o quleva a crer que o Senhor Stead sabia, naquela ocaque eu teria necessidade desta confirmação.

The Review of ReviewsBank Buildings, Kingsway

London, W. C. 21º de novembro de 1918

Estimado Senhor Wynn,Acabo de encontrar as notas tomadas na sessãoque vos falei, quando o meu falecido pai veio falusão à nossa conversa da véspera. Envio-vconforme prometido, uma cópia fiel das notas então estenografei. Creio que a comunicação deleinteressará muito.

Eis as notas em questão; 2/11/1917"Meu pai fez referência à disputa teológica que

tivera na véspera, em Holborn, com o Senhor WyDisse-me que a havia assistido e que o no



entusiasmo o divertiu bastante. - É curioso, diz eSenhor Wynn quer sempre que todo o munconcorde com a sua opinião. Sua idéia resumenisto: que ele aceitaria o Espiritismo se este se achde acordo com a teologia e com ele mesmo. Sabeisé bem difíceis libertar-se de idéias preconcebidascaso das comunicações espíritas é muito ruim par pessoas preconcebidas. Procure ajudá-lo porquenos é muito útil como jornalista. Defendeu-se m bem, Fará sucesso. Seus métodos serão de gra peso. Sinto-me feliz por ver que ele não aceitou como... A disputa deveria ter sido escutada pelo po

Não ia enviar-vos todas estas críticas, mas meu parece desejá-lo. Espero que as aceitareis tais cforam expressas, pois bem sabeis que são fesinceramente e que só vos desejo bem. Ele se mo

muito desejoso de que tenhais estas notas e estou certa de que foi ele quem me ajudou a achá-las tarde. Essas folhas estavam extraviadas. Procuredesde a, nossa conversa e já começava a me desespde encontrá-las. Então, esta tarde, não sei por que, repente, abri uma gaveta sem razão aparente, remnos meus papéis e a segunda folha que toquei era acontinha as "notas desaparecidas".Peço-vos que aceiteis os meus melhores votos, com as minhas sinceras saudações.

Estelle M. Stead



Tendo tomado conhecimento da data inseridaalto destas "notas" quis logo saber como, onde, que por intermédio de quem essa comunicação transmitida. Escrevi a Srta. Stead a respeito, semdizer por que desejava tais indicações e ela respondeu da seguinte maneira:

Smith Square,5Westminster, S. W. 110/11/1918Prezado Senhor Wynn,A comunicação foi transmitida par intermédio

Senhor Peters, no fim da sessão à que assisti tona amiga. Foi, sem dúvida, pelas 4 horas e 15 minutotarde, porque a sessão começou às 3 horas e termas 4 e 15.

Estelle M. Stead

Comentários de minha parte seriam supérfluos4 horas da tarde desse mesmo dia, o Senhor Stconversava comigo. Recordo-me de que o SenVango disse: "O Senhor Stead partiu neste instanEra provável 4 e 20 na ocasião. Entre as 4 e 20 a45, a Srta. Stead me dizia que seu pai lhe falavamim, em outro quarteirão de Londres..

A Srta. Stead nunca soube de mim em qual hdesse dia eu havia conversado com o pai dela, nemintermédio de quem.

A comunicação é inteiramente do feitio de Ste bem dele. A maneira de falar da Srta. Stead nã



absolutamente a mesma de seu pai e certamente estria pensando nunca em me fazer uma comunicqualquer. Quanto ao Senhor Vout Peters, o médiele não me conhece de modo algum. Então, estudaminuciosamente todos estes fatos,.só se pode suuma coisa: o Senhor Stead esteve lá mesmo. Pmenos, pessoalmente. Não vejo outra explicacabível.

CAPÍTULO IX

Novas relações íntimas

A dificuldade para o leitor de um livro como es

a de penetrar na vida íntima do autor. Se acontecesse, as provas que dei com uma, exatiescrupulosa e as que vão seguir seriem as m preciosas da sobrevivência humana.

No dia 19 de fevereiro de 1918, fiz ainda uvisita ao Senhor Vango. Eu não pensava de moalgum em Earby, Yorkshire, onde fora pastor durdoze anos e meio: 1892-1904. Meus pensamentosestavam concentrados senão nesta cidade. O SenVango numa: ouvira falar naquele lugar e mumenos que eu fora pastor ali. Sentou-se tranqüilamna sua poltrona e me falou a respeito de seu "guia"



ele chama de Sunflower (Girassol). Contou-me tuque sabia a seu respeito (é uma mulher) e me mosnum quadro na, parede, o seu retrato que havia desenhado por um clarividente.- Mas, Senhor Vango, observei eu, não pensais este "guia" seja uma espécie de sósia de vo personalidade, uma força inteligente, que, de um mou outro, se apodere de vosso cérebro? Espero qucompreendais bem: não tenho nenhuma dúvida quà vossa honestidade.

Ele apenas sorriu.- Que imaginação têm os homens de ciência e

investigadores! respondeu. Sunflower é uma mulhsua personalidade totalmente diferente da minhaque os sábios discutem esta questão, mas o que dié sem razão. Minha experiência de trinta anos to

suas teorias sobre os fenômenos inteiramente absuPoderia citar mil fatos como provas do que diEstamos cercados de seres desencarnados que pocomunicar; se conosco e o fazem. Todas as discusdo mundo inteiro não poderão eliminar os fatos.

- Mas talvez que tudo isto provenha do diabo. Q pensais disto?

- Se tudo isto vem do diabo, ele merece muicumprimentos e eu lhe agradeço. Foi ele quem meestes poderes? Não, Deus é o seu autor e euresponsável perante Ele pelo modo que os utilDons do diabo! Esta idéia de diabo é um insulto



Criador. Creio no Cristo, mas não estais espantadover homens honestos, desejosos de aprofundar os e a verdade, virar as costas às igrejas que perseguem?- Bem, disse eu, posso ainda uma vez fazer usessão convosco, adormecido?

- Não me sinto muito bem hoje, respondeu, maque viestes, tentarei.

O Senhor Vango fechou os olhos. Foi tudo. Ucompleto silêncio reinou durante alguns instandepois o seu corpo teve um estremecimentoSunflower, o "guia", falou no seu inglês bizarro, melhorou à medida que a sessão se prolongava.

- Boa tarde, disse ela, ouvi todas as vossobservações. Por que não julgar pelo que vejo e ovos digo? Não minto.

- Nunca pensei em tal coisa, respondi-lhe, mexplica-me como chegou a ser o "guia" do Sr, Van- Vós não o compreenderíeis... Chegarei a fazer

entender? E difícil explicar. Vários dos vossos amestão aqui comigo e um deles (que sorri) diz que provará que eu e o Senhor Vango somos dois. Ealto, bem proporcionado de corpo. Diz que deixoTerra subitamente - caiu morto - estava tudo escuabriu os olhos para ver do outro lado! Ele me leva fora de uma cidade, a uma elevação, dobra à direitcaminho que conduz ao alto de uma colina e à divê-se uma casa grande. Faz-me contornar essa c



Entro pela porta. A direita acha; se um salão esquerda um aposento; desce-se um degrau e pChama-se William e vos chama de Walter. Mostraum cão e repete Jim, Jim, Jimmy. Sim, é este o nde alguém? Compreendestes?

(O Presbitério de Earby e o caminho que levamesmo são exatamente descritos com estas palavWiliam Riddihough era diácono de minha igrejmorava em casa ao lado da minha. Falecsubitamente durante o seu serviço. Seu filho chamse Jim Riddihough. Jimmy adorava tem cão d'água possuía, mas que aterrorizava a minha família e a mesmo).

- Agora ouço o nome de "Rene", continuSunflower, mas não vejo ninguém. "Rene", sim"Rene" que ouço.

(Fiquei calado, mas "Rene" era o nome de micunhada, esposa do Rev. Fred. Wynn, de ChorlKings, Cheltenham, Glos).

- Agora é vosso filho que eu veja. Ele me diz qcasa descrita acima é a em que nasceu (exato) e mais tarde morou em duas casas diferentes na cidem que vós morais atualmente (exato); que haviafilhes: ele e o irmão que estão na Além (exato) e filha ainda viva (exato). que seu irmão morreu de doença da garganta (exato), que esse irmão estávosso lado no momento, que ele agora é grandeirmãos estão juntos, são inteiramente felizes. Vo



filho diz: "Meu pai, fiquei afastado no começo pdeixar que William se manifestasse primeiro (WilRiddihough era o maior amigo de Rupert em EarEstou quase sempre convosco na casa. Não dev pensar que me acho longe de vós. Dai um abraç pessoal de casa por mim. Boa noite. Vou voltar pcasa em vossa companhia."

- Rupert, perguntei, você estava aqui na mesocasião que o Regedor Wherry e o Senhor Wood?

- Rupert responde que sim e diz que estes dsenhores estão aqui no momento. Sorvos granamigos. Eles compreendem agora muito bem o qucompreendemos. Nada de preocupações porque acabará bem. Haverá mudança para vós. Ireis a SLane. Há um trabalho importante para vós. Ou seutilizado para casos sérios um pouco mais tard

ficareis afamado.- Como você sabe de tudo isto, meu filho?- Espíritos mais elevados mo revelaram, respon(Seis meses depois fui enviado para a igreja ba

de Sandy Lane, Bradford, e aceitei permanecer alum ano. Se fui útil e se fiquei afamado no que respeito às profecias extraídas da Bíblia sobre a gudeixo ao leitor o cuidado de o julgar, mas que permitam observar, com uns reconhecime profundos, que depois do começo da guerra, parque eu era levado, forçado mesmo a fazer es



predições e que não podia dispensá-las, embora tame conviesse muito.)

Então o Senhor Vango acordou repentinamente.- Espero que tenhais recebido comunicaçõconvincentes, disse-me ele.- Sim, respondi; é maravilhoso, mais q

maravilhoso se as comunicações espíritas não fosenão farsas...

- Ah! mas elas são grandes verdades, responeste homem notável.

-Senhor Vango, disse, queria pedir-vos alConheceis médiuns particulares, que não dão consa todas as pessoas que se apresentam em casa dele

- Sim, mas tenho receio de que não vos recebam- Bem, mas quereis mesmo assim fornecer-

alguns endereços?

O Senhor Vango atendeu ao meu pedido e a sesterminou.Tomei um táxi e fui imediatamente a um d

endereços dados pelo Senhor Vango. Os resultadesta visita foram tão maravilhosos que resodedicar-lhe um capítulo inteiro.

CAPÍTULO X

Em casa de um médium particular



Parei na porta de entrada de uma casarão do WEnd, bati e fui atendido por uma criada que me dfrancamente que eu não poderia ser atendido. O paestava em casa, mas ele não recebia senão raram pessoas estranhas. Insisti delicadamente e finalmme permitiu entrar no salão. Ouvi palavras em baixa, numa peça vizinha, a respeito, provavelmde meu recebimento. Abriu-se a porta e o patapareceu, olhou-me e eu lhe disse:

- Bom dia. Vós me conheceis?- Não, respondeu, e, se vós vos ocupais de bus

espíritas para a polícia, perdeis o vosso tempo. aceito dinheiro e não desejo ver ninguém. Quem vós? Donde viestes? Se representais algum jornanão desejo publicidade. Levo uma vida muito solit

Tudo isto foi dito vivamente por um homnervoso.- Escutai-me, por favor, disse-lhe eu. Fostes b

amáveis em me receber, mas, palavra de honra, vecomo amigo. Sou um homem honesto e desejo apobter provas da sobrevivência humana. É tudo.

Depois de uma pausa, disse-me:- Compreendo. Queira seguir-me.Levou-me a um salão tranqüilo, que ocu

habitualmente, sentou-se e acendeu o cachimbo.Eu não falava.



- Sinto-me mesmo feliz por terdes vindo, porviestes com o Senhor Stead. Há muito tempo quenão me vem procurar. A última vez foi alguns dapós o naufrágio do "Titanic", em que pereceu. M"guias" igualmente parece conhecerem porque dizem coisas a vosso respeito. Sois um pregador,orador, um autor e um redator.

- Mas, exclamei, tenho a aparência de ser tudo i- Não, respondeu. Não vos pareceis com um pa

mas os meus amigos espirituais não me engannunca. Vós tornais as coisas fáceis, porque sintosois psíquico. (A parte: Bem, Senhor Stead, já ouvirei, mas, no momento desejo explicar a esenhor o que sinto e o que vejo). Sois um místico, mistura notável, e tendes sido e o sereis ainda gu pela Providência. Deus vos ajudou e vós ajuda

maravilhosamente, porque a vossa vida é uma videsforços. Muitos obstáculos têm sido colocadosvosso caminho, mais tudo isto não serviu senão desenvolver a vossa vontade e a vossa personalidVossa vida não teria tido valor de outro modovontade de Deus tem sido sempre a de vos fazer de para vos elevar em seguida. Não vos lastimei por Deus vos utiliza mais do que o acreditais, para o da humanidade. Nascestes para dirigente, mas nãocomo tal. É Deus, que é o Criador, quem vos conSegui o vosso caminho, como se costuma dizeseguireis a rota traçada por Deus para vós. Sois pa



Eu vós vejo proferindo sermões. Possuis um pofraco: a emoção. Ao lado de vós, vejo um dos voamigos, um velho amigo, um amigo íntimo.

Aí o interrompi, dizendo:- Não desejo que diga o meu nome, nem quem O amigo, que se acha a meu lado, pode falar-vos?

- Sim.- Pedi-lhe então para não proferir o meu no

indicando-lhe apenas as iniciais.A resposta foi tão rápida quanto um relâmpa

"W". Vejo uma espécie de quadro. Estais lá em estrado, em um salão cheio de homens e mulheSinto um poder espiritual extraordinário e esse vamigo parece lançar no ar uma comprida fita azuqual se lê a palavra "Liberdade". (A parte: Que diSenhor Stead?"). O Senhor Stead me diz que

conhece muito bem e que vós representais a liberdliberdade de palavra, liberdade de espírito, liberdde alma. Pede-vos que desfraldeis ao vento a bandda Liberdade. Deseja que a façais subir no masTem uma confiança absoluta em vossa probidade.

- Obrigado, mas, se o Senhor Stead esverdadeiramente presente, ele deve saber que tatudo isto não seja senão conjecturas e generalidadevossa parte. Sem fazer conhecer o meu nomeSenhor Stead poderá, com certeza, dar uma prabsoluta de sua presença.



- Sim; ele sorri, vos aporta a mão e diz qatenderá com satisfação ao vosso pedido.

Nova pausa se fez.O Senhor Stead escreve no ar as palavras TYOUNG MAN & WOMAN (Moço e Moça)- Que quer dizer com isto? Perguntei, fazendo

ingênuo.- Não sei.- Refere-se a um Jornal?- Não sei.- Já ouvistes falar de um jornal com este nome.- Nunca, não freqüento as bancas de jornais.- Quereis ter a bondade de perguntar ao Sen

Stead de que se trata?- Para mim parece que ele deseja que penseis

um moço e uma moça de vossa assembléia, mas

diz que sabeis muito bem o que ele quer dizer. Aescreve WOMAN IS NOW MAN (A MULHEAGORA HOMEM). Junta as mãos como em casamento. Creio que se trata de alguns conhecvossos. Vejo ao lado do Senhor Stead um jovsoldado, que está muito alegre.

- Por quê? perguntei.- Oh! Suponho que esteja encantado comcomunicação.- Agradeço-vos muito. Poderia ainda procurar-

um dia? Gostaria bem. Não tendes ainda uma isobre a minha identidade?



- A menor.- Já ouvistes falar de dois jornais, um com o no

de The Young Man e outro com o nome de The YoWoman, que são agora impressos juntos com o tíde The Young Man & Woman (Moço e Moça)?

- Nunca. Como compreendeis, não saio senraramente. Moro, na verdade, no meio de meus amespirituais. Há então um jornal com este nome. Soredator dele?

- Sou.- Bom, então eu interpretei mal a comunicaç

Não deveria então repetir senão o que vejo e o ouço.

Saí da casa desse senhor, atônito, confusoderrotado. Deixo aos leitores o cuidado de tirar as conclusões desta sessão.

Já lhe tirei as minhas.

CAPÍTULO XI

Cada vez mais estupefato

Paro aqui a fim de contar um fato que me confue que não faço outra coisa senão narrar. Escrevo capítulo especialmente para a edificação do Mercier.



Certa tarde dominical, saía da Igreja Livre UnAcabava de dirigir-me a uma multidão desejosaouvir comentar o Novo Testamento e refle profundamente ao vê-la retirar-se. No meio desgraças e tristezas de então, falava do Cristo, doamor por nós, da sua crucificação. Alguns moçoChesham acabavam de tombar no campo de honcomo eu olhasse os seus pais e amigos em lágrim parei, de repente, presa de grande emoção, mascontive logo para deter-lhes as lágrimas, explicanlhes que o Cristo era a verdadeira vida. Afirmei-que os seus queridos mortos estavam vivos, pestava certo de que o meu filho Rupert existia semComo ministro do Cristo, dominei as suas dúvidassuas tristezas. Foi um momento solene e, quando vasta assembléia cantou, antes de se separar, o hin

even ere the sun was set. (A tarde ao pôr do sacompanhado da bela música de Jude, vi os aflsorrirem através das suas lágrimas. A Cristandadeestá morta e seria uma loucura em crê-lo. Se a doufor explicada como deve ser, as almas aflitas terãoa fonte da alegria, a fonte da vida.

Nesse dia memorável, entrando em minha cexperimentei uma felicidade extraordinária. Falado Cristo ressuscitado, parecia sentir anjos em tornmim.

Quando saía da igreja, um senhor e uma senhme detiveram. Ele era diretor de um banco



Lothbury (quarteirão de Londres) e ela sua cunhPerguntaram-me se eu podia atendê-los, pois a refsenhora desejava mostrar-me algo. Aceitei de vontade.A senhora me disse possuir um poder estranhde obter comunicações por meio de um copo de v(9).

(9) - Nos meus primeiros tempos de Espiritismo, tivemos eu e a minha esposaocasião de assistir a uma sessão chamada de copo. Fizemos perguntas mentais queforam prontamente respondidas e confirmadas por fatos posteriormente. (N. T.)

Já em minha casa, ela me pediu que eu ltrouxesse um desses copos comuns, porém grosnovo. Atendi logo ao seu pedido e conduzi mvisitantes para a minha biblioteca, sem que a refesenhora precisasse passar os olhos em torno.

Foi diretamente a uma mesa, colocada no centraposento, e, sobre um papelão com as letras

alfabeto, colocou o copo emborcado.- Há pouco tempo, informou-me ela, perdi primo na guerra e ele se comunica comigo por mecopo, pelo qual chegou a convencer-mcompletamente de sua presença. Quereis permSenhor Wynn, tentar a mesma experiência convosc

- Certamente, respondi-lhe. Estou sempre recolher fatos novos e exatos.- Obrigada. Meu primo já está aqui, eu o sei, esinto.

A senhora colocou seus dedos levemente, mulevemente mesmo, sobre o pé do copo emborca



Decorreram cinco minutos, depois o copo começgirar ao redor, lentamente no começo, depois mligeiramente, fazendo um círculo cada vez maiorque ela, não o contendo mais, dirigiu-se sozinho certa distância.

Fiquei maravilhado com isto.- Posso tentar? perguntei-lhe.- Mas certamente, respondeu-me a visitante. E

curiosa por ver que resultados obtereis.Coloquei os meus dedos, da mesma maneira, so

o copo, que avançou um pouco, mas muito poucdama colocou os seus dedos ao lado dos meuimediatamente o copo deslizou com tal ligeirezanão o podíamos reter. Seria impossível sustentar oramos nós que impelíamos a objeto.

- Alec, perguntou a visitante, você está presente

O copo indicou sucessivamente três letras.YES(Sim)- Onde você passou a tarde?WITH YOU TO HEAR GENTLEMAN PREAC(Com você para ouvir este senhor pregar)- Sobre qual assunto?CHRIST THE SAVIOUR (Cristo o Salvador)- Qual é o nome deste senhor?DONT KNOW(Não sei)





- Ora, Alec, é absurdo o que você diz, falousenhora. Você quis mesmo dizer que é uma carta equadro?

NO(Não)Sem dizer palavra, levantei de minha cadeira e

um lugar do alto de minha biblioteca, lugar para o a dama nunca havia levantado os olhos, aliás no nada poderia ver, desci uma carta em um quadrocarta havia sido escrita pelo Senhor Gladstone e lea data de 22 de j unho de 1896. Pode-se ler essa cno livro do Senhor Justin Mc Carthy The LifeGladstone.

- Que caso espantoso! exclamou a dama. maravilhoso!

- Na verdade, minha senhora, disse eu, sim

maravilhoso.Acrescento que, quando eram obtidas esrespostas, eu não tocava no copo. A sessão só dumeia, hora e ela nunca levantara os olhos de cimmesa. Na verdade eu não havia pensado nem no lnem no quadro.

- Alec, disse eu, tudo o que acaba de acontecemaravilhoso. Meu filho está aqui?YES STANDING BY YOU BUT HE HAS TO NOW TO HELP FELLOWS PASSING OVGOOD NIGHT (10).





Sentou-se e, em alguns minutos, estavadormecida. De repente, uma voz, com forte acirlandês, me dirigiu a palavra.

O "guia" me falou de várias pessoas que achav presentes, mas não reconheci nenhuma deEstávamos no dia 11 de março de 1918 e, neocasião, eu estava longe de pensar que os sermsobre as profecias, por mim feitos na Igreja LiUnida de Chesham, teriam um grande interemundial no mês de setembro do mesmo ano de 1Certamente eu não pedira ao Star para fazer recl jornalístico delas. Isto dito, deixo o "guia" falar:

"Os espíritos, que vos rodeiam, me dizem que um pregador. Há um deles que experimenta por um vivo interesse. Ele me diz que vos conheceu m bem e que vós o conhecestes igualmente. Acresc

que tivestes desde a primeira mocidade um idAjudar o mundo. Mostra-se hoje muito contente auxílio que vos prestou. Ele me leva a uma gracidade, onde me mostra um Instituto ou Colégio ose preparam os moços que são enviados pelo muninstruir. (Uma pausa). É para ali pregarem, ao creio. Diz-me também que deixastes o Institutoidade de 23 anos. Partistes de lá para vos ocupadeveres espirituais. Ele não sabe rir - sogostosamente apenas. É um senhor gentil, de morena. Sempre vos estimou muito, teve confianç



vós, está certo de vossa influência. Deseja saber reconhecestes.

- Alfred Towers, disse eu em voz baixa.Ela continuou:- Ah! Queira segurar-me a mão.A Senhora Adams me apresentou a sua mão, de

modo tal que nunca o poderia ter feito em seu esnormal. A maneira pela qual ela me segurou a mãodeixou emocionado. O Senhor Alfred Towers erInstrutor de minha turma no Instituto de WestbouPark, de onde partiram para o mundo inteiro homde valor dos quais sou o mais apagado. Eu deixameu estimado pastor, o Dr. Clifford, o cuidado provar se o "guia" dissera a verdade a respeitoSenhor Alfred Towers, o místico, o homem de Dese a alusão ao seu sorriso teria podido ter orig

telepática. Mas houve ainda coisas mamaravilhosas...Pedi ao Senhor Towers para me dizer o seu no

mas o "guia" não o conseguiu captar. Sir Oliver Lo já me havia escrito que a maior parte dos médmostram uma grande dificuldade em prenunnomes. A despeito desta lacuna, estou convencidque o próprio Senhor Towers se achava conosTodas as discussões do mundo não me fariam mude idéia e afirmo mesmo, que, se o Dr. Clifford tivestado lá conosco, ele seria da. mesma opinião. quê? Porque o Senhor Towers revelou certas co



(por intermédio dessa senhora) a meu ponto de v pessoal, a respeito dos meus deveres eclesiásticosigreja batista que teriam deixado o Dr. Clifford mde espanto. Por que não publicá-los? perguntareisBem que o gostaria. As peças mais preciosas provas mais absolutas da sobrevivência humana qu possuo, a meu pesar, o mundo nunca as conhecMas continuemos.

- Este senhor, continuou o "guia", diz que estaiiminência de anunciar a verdade (11). Procuro camas é algo bem misturado, alguém ou alguma c por vir. Eu não entendo não, mas ele afirma que terazão e que mais tarde os vossos escritos serão l pelo mundo inteiro. Neste ano mesmo, sim, neste a

(11) - A doutrina do Novo Testamento do Segundo Advento.

(Peço ao leitor que entenda que só faço copfielmente as notas que tomei durante a sessão.)

- Sim, neste ano. Pelos jornais atraireis a atendo mundo sobre a grande verdade. Ele diz que ac bizarras as vossas idéias quando as enunciasteInstituto. Sois dotado do dom da palavra. Ele sgostosamente, mas hoje sabe que éreis igualmeclarividente. Que quer ele dizer? - Não impo

respondi-lhe eu, continuai por favor.- De qualquer forma, ele e todos os que acompanham estão encantados. Diz que ireis aiuma vez à América.



(Eu já havia feito em 1912 uma série conferências nos Estados Unidos e no Canadá).

- E se eu nunca estive na América? perguningenuamente.- Oh! não sei nada disto. Só vos transmito o entendo. Há água em torno de vós. Um navioAmérica. Vós ireis mesmo.

(O futuro apontará a verdade. Nada, no momeme faz prever esse fato.)

- Continue o vosso trabalho, diz ele. Não tenhmedo de ninguém. Sois guiados e o sereis cada mais. Ele vos envia lembranças. Ei-lo que parteum jovem soldado que se aproxima; é muito moalto, delgado, de mães compridas. Diz ter vinte a possui uma testa maravilhosamente larga, quarredondado e forte; um belo jovem, um homem

caráter. Os cabelos não são lisos.Aponta com o dedo para o peito, ele morre parte. Está há bem pouco tempo entre os espíritos belo rapaz de lindo caráter, que diz: "É meu pai, guia, meu professor, meu querido velho Pa, eu o am

(Peço-vos que me perdoem, mas não pude contminha emoção. Esta cena foi para mim tão real mesmo ainda hoje no escrever estas linhas. trememoção.)

- Meu querido velho Pa e um bom homeEstendei-lhe a mão. Ele deseja saúda-vos. Agoraabraça. Coloca os braços em torno de vós e diz: “







durante cinco anos, como redator do jornal The YoMan & Woman, me obrigava a examinescrupulosamente todos as fatos. Deve-se observarcomecei estes estudos e investigações com um grceticismo, mas os fatos verificados destruírinteiramente todas as minhas dúvidas e todasminhas objeções.

Li The Psychic Phenomena (Os Psíquicos) Hudson e The Human Personality (A PersonalidHumana) de Myers. Estudei, com cuidado, cada das teorias propostas para explicação dos fenômeFiz, em dois anos, mais pesquisas do que muihomens fizeram a vida inteira e cheguei à mesconclusão que a apresentada por Sir Oliver LodgeSenhor J. Arthur Hill. O tempo me provou que odizia Stead é verdade "Estamos cortados pe

espíritos de nossos entes queridos que partiram paAlém." É provável que todos os fenômenos não seexplicados da mesma maneira e, na verdade, eu pergunto se chegou a saber como e de qual maneiespíritos dos mortos agem para se utilizarem ceseres psíquicos, mas, embora haja um terreno ainão explorado deste lado, não se pode ignorar o fatque os desencarnados nos enviam mensagens. admitido, o problema se resolve assim "Os que falam são realmente nossos caros mortos?" Miresposta pessoal é afirmativa. A prova de que mfilho falou comigo é, na minha opinião, indiscutí



Entretanto, se o leitor tem ainda dúvidas, creio pdissipá-las.

Certa ocasião, no mês de julho de 1918, tomeitrem de 3º classe na estação de Marylebone (quartde Londres) para ir a Chesham. No fundo compartimento, estavam sentadas duas senhoras, defronte da outra. Eu lia meu jornal he EvenStandard. Quando o trem se aproximava de Harrouvi uma das senhoras dizer à outra:

- "Com licença. Sou espírita e médium. Esperoa senhora não se assunte, mas o espírito de sua está sentado ao seu lado e me diz que desencarrecentemente. Ela me pede para lhe comunicar algcoisa."

Jamais me esquecerei da impressão da senhorqual foram dirigidas estas perturbadoras palavras

empalideceu. Sem dúvida alguma todos os s preconceitos religiosos se despertaram nela e, ndisposição de espírito anticientífico, exclamou:

- Mas eu não acredito no Espiritismo. Isto é coos meus princípios. Aliás, eu não a conheço nesenhora a mim. Como pode saber que a minha mmorreu?

- Sei que a sua mãe partiu para o outro mun porque é ela mesma quem me diz, respondeu a oEstá sentada ao seu lado e me diz que o nomesenhora é Grace. (Aqui se seguiu uma mensag pessoal que modificou, de um só golpe, as idéia



senhora cética. Infelizmente não posso publicar dose tratou.)

Voltando-se para mim, a médium disse: "Creio o conheço. É o Senhor Wynn, de Chesham, nãoVosso filho Rupert foi outro dia a uma das nossessões e me pediu que fizésseis uma sessão comio meu marido, na sua biblioteca, e que permitísque o meu marido vos fotografasse".

Essa senhora me falou tão tranqüilamente e demodo tão simples e natural como se me ofereceuma xícara de chocolate.

- Minha senhora, respondi-lhe. A Senhora Wyneu teremos grande prazer em recebê-los na nossa c

A Senhora Rice, a senhora em questão, foi coseu esposo a Chesham, reunindo-nos na min biblioteca. A Senhora Rice, que reside em N

Northwood, Middlesex, nunca fora à nossa residê Nada lhe contei a respeito de Rupert e preparei mecertas perguntas para experimentar-lhe a clarividên

Ela não ficou sentada senão poucos minuquando incorporou o espírito de William T. Stead.o todo, as maneiras, a voz do grande jornalista ingl

- Bom dia, Wynn, feliz por vê-lo novamenTrouxe Rupert comigo. Viemos com o fim convencê-lo de vez, embora eu acredite que já esconvencido.

- Quem é você? perguntei.- Stead. É possível que eu seja algum outro?



- Ótimo, sinto-me contente por você ter vindo - mesmo o Stead - mas, se é você mesmo, o seu esptão fino poderá certamente fornecer-me uma pr produzir um fato ao qual não pense no momento eseja impossível que esta senhora conheça.

- Certamente; nós nos encontramos há poutempo, foi a resposta.

- Sim? perguntei eu.- No almoço com a minha filha (vivamente)- Onde?- Perto do Strand (exato)- Você me deixa tonto, Stead.- Você não tem necessidade de ficar tão espanta

Sou bem eu que estou presente. É uma simpverdade. Procuramos, cá de nosso lado, tornar-lheApresse a publicação de seu livro. Ele será lido

mundo inteiro. Rupert deseja falar-lhe.Longa pausa.- Meu amor para todos; é tão estranho; Rus

(nome de seu irmão que era impossível que a SenRice ouvira falar) está aqui comigo. Minha mãeziMeu querido velho Pa! Já preparamos aqui um l para os dois.

Depois da referência a Ruskin, meu primogên pareceu-me cruel perguntar: Quem é você? Então tranqüilamente:

- Rupert, meu filho, você faz objeção a que eu peça algumas provas mais?



- Absolutamente. Nada disto. Até que o desejo.- Onde você se deitava nesta casa?- Neste aposento mesmo. Lá no canto (co

vivacidade).- Pode dizer-me como é que você chamavagatinho?

- Tibba (vivamente).- De que cor era o pêlo da velha gata?- Preto e branco.- Você fez alguma coisa por ela?- Sim, fui eu quem a trouxe do campo, be

pequenina, para a casa. Estava suja e quase morta.- Em qual lugar guardava as suas cartas?- Naquela gaveta (a médium apontou-a com

dedo).Todas estas respostas foram exatas.

A Senhora Rice abriu subitamente os olhos e lhe contamos o que havia acontecido.- Não sei nada disto, respondeu-nos ela docemeCombinei em seguida com a Senhora Rice p

obter uma fotografia de Rupert. O Senhor Ricdentista de profissão e não tira fotos senão pardistrair. Retirei todos os quadros das paredes do sde Nara Northwood, onde me achava com a SenWynn. Examinei todo o local, não que suspeitasscoisa alguma, pois a Senhor Rice é um homem conhecido pela sua honestidade e sua probidade, porque eu desejava responder pessoalmente a qual



crítica feita pelos céticos. As quatro primeiexperiências não tiveram êxito. A quinta deu resultado notável. Era o rosto de Rupert. Trago semcomigo esta fotografia. Já a mostrei a fotogra peritos e todos admitem que lhes seria impossívelmeios comuns, compor tal fotografia. O rostoRupert é algo indistinto, mas, quando eu mostrfotografia, sem comentários, à sua irmã, ela exclam

- É Rupert!Mostrei-o igualmente ao Dr. Clifford e à sua fi

A Srta. Clifford, como eu, não o via muito clarammas o Dr. Clifford, com grande espanta nosso, semseus óculos, reconheceu-o logo. Ele distranqüilamente:

- Podem dizer o que quiserem, mas vivemosAlém.

Talvez que um dia tenha melhor sorte e pomesmo publicar uma fotografia melhor. expectativa de tal momento, estou certo de possuam uma fotografia espiritual do meu filho.

CAPÍTULO XIV

Ouço uma voz



Estando absolutamente certo da cia de Rupeautorizado a crer na realidade de sua fotograacreditei mais na que havia ouvido dizer a respeitocomunicações obtidas pelo médium de trombeta,meio da qual os espíritos falam diretamente. Eu hlido o maravilhoso livro do Almirante Moore TVoices (As Vozes) e a Srta. Stead procurou arranuma sessão para mim com a Senhora Wriedt, mas senhora, tão maravilhosamente dotada de pod psíquicos, achava-se então na América. Entretantodia 29 de agosto de 1918, consegui ser admitincógnito numa sessão realizada pelai SenhSusannah Harris, em Tufnell Park (Londres). Esenhora não viu com bons olhos minha presençasessão. Quem era eu? Um detetive? etc.

Observo, de passagem, que me parece um absu

que as pessoas possuidoras de dons mediúnicos se perseguidas quando os utilizam. Assegurei-lhe eque fora levado por motivos puros e elevados. Enconsentiu-me que eu fosse adquirido com mais senhores. Éramos desconhecidos uns dos outrosmesmo sucedia com a Senhora Harris.

Um médium porta-voz ou de trombeta é u pessoa que diz possuir um poder que permite que aoutro mundo nos falem com sua própria voz, por mdesse instrumento.

A luz foi levada do local, explicando-nos a SenhHarris que, por uma razão desconhecida dela



obscuridade era necessária para a obtenção de bresultados. Foi a trombeta colocada no centroaposento e os assistentes sentaram-se em círcExaminei o local assim como a trombeta e não nnada de suspeito.

As outras pessoas permaneceram sentadtranqüilamente, sem fazer observações. A médiumimitou. Eu havia ficado justamente defronte dela.minutos escoaram. De repente escutei distintamuma voz que dizia:

- Um jovem deseja falar ao senhor que se acdefronte de vós.

Eu escutava com toda a atenção.- Meu pai! (Era uma voz diferente, mas mu

distinta). E eu continuava a ouvir com toda a atenç- Sinto-me feliz porque o senhor tenha vind

contente porque fez tantos esforços para chegarmim.A voz não era distintamente a do Rupert, mas d

ser indulgente para com esta verificação quandorecordo de que, no telefone, é muitas vezes difreconhecer as vozes dos amigos mais íntimos, qumais por meio de uma trombeta e em condiçespeciais. Todavia, senti, se esta impressão deve pem semelhante fato, que a voz era bem a de RupQuem falava devia fazer evidentemente um graesforço. Então, quando ouvi as palavras "Meu pela segunda vez, disse:



- Sim, meu filho.A voz continuou:- Peço-lhe transmitir mamãe e a todos de casa.- Eu o farei, mas não poderia fazer-me umcomunicação que me fornecesse uma prova de

pessoa.- Sim, há dias lestes cartas minhas (exat

Procurastes achar o meu relógio de pulso e nãconseguistes (exato). Não importa. Conservai o lhe enviou o Ministério da Guerra.

- Meu filho, onde você morreu?- Lá na França. Não sofri coisa alguma.Tudo voltou ao silêncio. Ouvi depois diver

vozes se dirigirem a outros senhores, um dos q parecia zombar, porém uma voz se elevou, falandode sete crianças das quais era o pai.

Novamente fez-se silêncio e a Sra Harris obserque a reunião terminara.Deixei a casa em companhia do pai dos sete fil

No caminho, então conversamos:- Que pensais de tudo aquilo? perguntei-lhe.- Estou atônito, confessou-me. É um mistério.

lá justamente para descobrir a fraude. Sou ventrílomas me seria impossível fazer falar, como verifiesta noite, quatro vozes distintas ao mesmo temTivestes mesmo um filho que morreu na França?

- Sim.- E o que ele vos disse ainda era verdade?



- Sim.- Não compreendo nada disto. A médium não

conhecia de forma alguma. É um mistério.Deixei esse senhor na estação de Tufnell Parnunca mais o vi. Sou de sua opinião. É um misté

mas o caso é verdadeiro e eu o confirmarei mesm"Dia do Juízo Final". É ainda um destes fatos devem ser examinados pelos homens de Ciênhomens que saibam reconhecer que há outras coisacéu e na terra além das que eles conhecem.

CAPÍTULO XV

Resultados e conclusões

O leitor tem o direito de me formular esta pergu"Quais efeitos causaram estas pesquisas sobre a vcrença, como pastor cristão?"

Respondo-lhe francamente o seguinte: "Não reuma ata de sessão em que não tivesse obtido provasobrevivência de meu filho. Procurei fazer a narrsem nela misturar poesia e sentimento, mas muitque não pude publicar provaria duas coisas:

1º - que não seria prudente para outros senão sáou pessoas ponderadas estudar estes fenômenos;



2º - que a degenerescência mental ou moral resultado, para alguns, de seu contato com mespíritos.

Estou certo de que mais provas poderiam fornecidas em apoio de minhas afirmativas, masque me diz respeito, estas pesquisas tiveram por efortalecer minha crença no Cristo e nos ensinos Novo Testamento. Do mesmo modo que o estudo profecias da Bíblia fez deste um novo livro para mo Senhor Vango e a Srta. Mc Creadie, aos quais dum grande reconhecimento, abriram meus olhos uma nova luz. Compreendo hoje centenas de coisaBíblia que, de modo algum compreendia outrora.um pregador evangélico. As mesmas verdades, alimentaram as almas de Oliver Cromwell e ChaHaddon Spurgeon, me alimentaram também. Eu p

as mesmas verdades. Estas pesquisas não as abalaabsolutamente. Antigamente, eu acreditava sobrevivência por um ato de fé, hoje eu acredito porque sei que é uma verdade. Reconheço que o Ctinha razão quando ele dizia que se é feliz crendoter visto, mas é uma felicidade para mim que Eletenha recusado a Tomé, o doutor, uma prova absoe tangível da imortalidade da alma.

- Carta do Senhor. J. Arthur Hill, autor do The mis a spirit (O homem é um espírito)



Claremont, Thornton.Bradford, 10 de dezembro de 1918

Caro Senhor Wynn,Li, com grande interesse, o vosso livro Ruplives, e vos dirijo alguns comentários, como pedistes.

Para começar, permiti-me criticar-vos. Na miopinião, falastes muito ligeiramente quando: disseque "certamente não se tratava de telepatia" pornão pensáveis, no momento, nos fatos indicadosum fato é conhecido do assistente, mesmo que nãlembre dele, de modo algum, na ocasião, mas quedeixa de ser conhecido dele e existir no ssubconsciente, não é justo dizer que em tal fanarrado pelo médium, não houve telepatia. De o

lado, acho que é muito comum apoiar-se na telep já que, nas minhas pesquisas pessoais, nunca chegverificar que o meu espírito tivesse influência sobmédium e, mais ainda, tive muitas vezes a provque o que me era dito estava muito além do meu sconsciente, bem como além do que eu poderia, razão, chamar de meu saber inato. Sou, portantoopinião que a telepatia não pode ser a verdadexplicação de vossas experiências, de modo que, livro fosse meu e não vosso, não empregaria ne palavra certamente.



E os nomes? Lastimais um pauto, muito mesmsobretudo no começo de vossas experiências, impossibilidade de os médiuns dá-los corretame Na minha opinião, não foi tanto assim (10). exemplo recebestes o nome "George Newtown""Newton", um "Davidson, um "Bob" (com detalheidentificação da pessoa) , um "Henry Parker",nomes de vossa irmã Emma, de vosso filho Ruskinmuito no Além, e diversos outros. A facilidadecaptar nomes depende do poder do médium, poiseste é incapaz de entender ou compreender um noo espírito é forçado a recorrer a símbolos outransmiti-los em linguagem pitoresca.

(10) - Na Inglaterra, há nomes e sobrenomes ingleses, Escoceses e irlandeses dedifícil ortografia e de pronúncia muito diferente da que se pode imaginar, Há naEscócia grande quantidade de clãs cujos nomes são precedidos de um Mac ou Mc.Aqui sai Mc Creadie em vez de McCreadie, que poderia passar por erro de revisão.Pronuncia-se Macridi. (N. T.)

Quanto as comunicações dadas por uma mfalante, elas não devem ser contadas como provaverdadeiro sentido da palavra se os fatos já foconhecidos de um dos presentes que a toquem, todalguns desses fatos não eram de vosso conhecimense, verdadeiramente, não os conhecestes nunca, dse admitir que eles são impressionantes.

Como o sabeis, seu cético por temperamentincapaz de aceitar, sem reservas, as afirmativasoutrem. Perguntas me vêm ao espírito, por exem"Como posso estar certo de que o médium não o tconhecido?" Então, hesito naturalmente. Não po



julgar pró ou contra, como o próprio investigadofiz a experiência de colocar uma outra pessoa em lugar e Pô-la a par de minhas pesquisas pessoais. espereis, portanto, que eu seja sempre de voopinião, mas afirmo, todavia, que as vossexperiências se assemelham de perto às minhas eas vossas interpretações são, em suma, as min próprias. Creio na sobrevivência da alma humCreio também que, em certas condições, os chammortos podem se comunicar conosco, que eles viv progridem em um estado que não é muito diferdaquele que deixaram, que eles conhecem o acontece cá na Terra e que se interessam pelos sacontecimentos até um certo ponto, enfim, quenossos amigos espirituais se apresentarão para receber no momento de nossa partida para o Al

Tudo isto foi aceito por mim na base da evidêncuma base de fatos - de verdades. (11)(11) - Recomendo ao leitor a leitura de "A Crise da Morte", do Professor

Ernesto Bozzano, edição da Federação Espírita Brasileira (N. T.).

Como vós, comecei as minhas pesquisas cgrandes preconceitos religiosos, produto inexperiência. Não desejava, de modo algumimortalidade da alma, porque a minha vida terrenahavia sido bem feliz e eu não queria vê-la repetiainda menos desejava entrar no outra vida tal com padres me prometiam, isto é, o inferno eterno, jáas minhas idéias teológicas não estavam de acocom as deles. Portanto, eu não tinha nenhum inter



pessoal em fazer essas experiências, pois não h perdido recentemente nenhum parente próximoamigo, e não deseja entrar em comunicação calguém particularmente. Meu fim era o desejosaber, meus métodos eram, e o são ainda, friamcientíficos. Examino os fatos, pouco importando aeles me levassem. Agistes da mesma maneira, uma perseverança e lealdade que são bem difíceiserem mantidas, porque um padre está antes ocupem influenciar os outros que a se deixar influenciamesmo, ou me exprimindo de outra forma: Crend possuir a verdade, ele não a procura. Sois, por mesmo, mais digno de estima. E, embora me expcom mais prudência que vás - vós direis talvez mais timidez, mesmo hipocrisia - as minhconclusões psíquicas são, em suma, as vossas. E

certo de que o vosso livro contribuirá grandem para estabelecer a prova da sobrevivência personalidade humana depois da morte do corpo.

Sinceramente vossoJ. Arthur Hill

- Nota do autor a respeito da carta do Senhor JArthur Hill.

Estou contente por ver que o Senhor Hill, cestreita associação com Sir Oliver Lodge torna aopinião valiosa, é de minha opinião. Pensa, tam



ele, que é pouco provável que a telepatia poexplicar os fenômenos de que tratei. Reporto-mtermo certamente. A telepatia não pode influenuma fotografia. Reconheço que o retrato que poss bem o de meu filho. A cabeça não se assemelhminha, nem como forma nem como tamanho. óculos são autênticos. Eu, não os uso. A test perfeita, mas, se não se pudesse controlar tudo istum feitio especial do nariz, que constitui uma prirrefutável. Essa forma do nariz é o resultado deacidente de bicicleta do qual o Senhor Vango referência. Se o espírito tem o poder de se fafotografar, os outros fenômenos certamente podemreais e não são imputáveis à clarividência ouclariaudiência puras. Como querer que a telepexplique o anúncio de acontecimentos que eu igno

e não esperava de modo algum? Alguns desacontecimentos previstos se realizaram, outros escaminho, outros acontecerão muito provavelmenteespíritos não cooperam para a sua realizaçãAgradeço sinceramente ao Senhor Hill pela sua gramabilidade.

Walter Wynn

FIM



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Walter Wynn - Rupert Vive (A Morte não Existe)