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Créditos da tradução a: "Os Irmãos em Alegrete"  E-book doado por :  Samuel Cardoso Espindol a Com exclusividade para: http://ebooksgospel.blogspot.com www.ebooksgospel.com.br 1

Watchman Nee - Ajuda Ao Apocalipse

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Crditos da traduo a: "Os Irmos em Alegrete"E-book doado por: Samuel Cardoso EspindolaCom exclusividade para:

http://ebooksgospel.blogspot.comwww.ebooksgospel.com.brAjuda ao Apocalipse

WATCHMAN NEE

Deus no manteve em segredo o

desejo do Seu corao.

Os vencedores a cada dia

sero mais e mais restaurados

na vontade do Senhor

W. Nee

Sumrio1.Introduo

2.Porque O Livro de Apocalipse Negligenciado3.Como Podemos Entender O Apocalipse4.A poca Em Que Apocalipse Foi Escrito

5.As Interpretaes de Apocalipse6.A Mensagem, Estilo E Natureza de Apocalipse7.Salvao E Recompensa

8.Quatro Julgamentos9.Os Significados dos Nmeros10.A Teoria Dia-Ano11.Os Escritos de Pedro, Paulo E Joo12.Comparando A Terceira Diviso de Apocalipse Com Outras Profecias Bblicas13.As Outras Revelaes No Livro de Apocalipse14.Um Breve Sumrio A Respeito das Coisas Que Viro15.Um resumo detalhado do Apocalipse

Introduo

1 O livro de Apocalipse verdadeiramente o ltimo livro da Bblia. a consumao da revelao de Deus e a concluso da palavra de Deus. Sem essa parte da palavra de Deus a Bblia seria um livro sem um fim, e muitos dos problemas que surgem nos outros livros permaneceriam tambm sem soluo. Quo triste que para muitos filhos de Deus este livro parece no existir na sua Bblia! Eles nem o lem nem o entendem. Essa uma das razes porque a fraqueza espiritual prevalece entre o povo de Deus.

As pginas de Apocalipse constituem o registro do cumprimento de todas as promessas e profecias. Ele segue-se Lei, aos Profetas, aos Salmos, aos Evangelhos, e s Epstolas. Implementa os tipos e completa os ensinamentos dos escritos anteriormente mencionados, e a ltima mensagem dada pelo Senhor Jesus para Sua Igreja a fim de mostrar quais seriam, futuramente, Seus relacionamentos com Sua Igreja, com Seu Israel e com Seu inimigo. um livro de guerras: a guerra entre Cristo e o Anticristo; entre Deus e Satans. Esse livro mostra como os santos se levantaro com o Senhor em um propsito nico de resistir a Satans e suas hostes. Todavia, se esta uma verdade para o futuro, tanto mais deve ser uma verdade para hoje. Que o Senhor nos d graa para que, no tempo presente, ns possamos assumir a atitude de vencedores contra o diabo; para que pela f resistamos a ele em nossas vidas e aes; e para que aprofundemos nossa prpria inimizade contra ele.

extremamente apropriado que o livro de Apocalipse tenha sido colocado no fim do Novo Testamento. Quando lemos os Evangelhos, ns, sem dvida, pensamos no futuro reino de Deus e sua glria. Quando lemos as Epstolas, nossa expectativa para o futuro , sem dvida, intensificada. Parece que a Bblia inteira est apontando para aquele futuro ao qual nossos coraes cristos so atrados. Mas ento, o livro de Apocalipse conclui todas as profecias que foram anteriormente pronunciadas e coloca os futuros acontecimentos diante de ns, levando-nos a saber com mais segurana que um dia a criao no mais gemer e que os crentes no mais sofrero!

Quo apropriado tudo isso. O que os santos tm experimentado no mundo aumenta o seu anseio pela vinda daquele dia. Quo numerosos so os pecados do mundo, como prevalecem as suas violncias! No entanto, como os santos anseiam pelo triunfo da justia e da verdade! O livro de Apocalipse fala do iminente julgamento do mal por Deus assim como declara a vitria final dos que amam a Deus. Veja quo misericordioso o Senhor: Ele nos d esse livro para nosso conforto e satisfao. Como Ele sempre cuida de ns!

O Senhor Jesus Cristo o centro da Palavra de Deus (cf. Lucas 24:27; Joo 5:39). Portanto, Ele a chave para a palavra de Deus. Diretamente ou indiretamente, toda a Bblia fala dEle. Ela aponta para Jesus e gira ao redor dEle. Tire-O, e ningum entender a Bblia. No rolo do livro est escrito sobre mim (Hebreus 10:7). Martinho Lutero disse certa vez que no mundo h somente um livro - a Bblia, e uma s pessoa - Jesus Cristo. O Senhor Jesus Cristo tanto o detalhe quanto o esboo da Bblia. Se ns lermos o livro de Apocalipse com um corao que busca por Cristo, ns veremos seu rosto em cada pgina, e de cada pgina ouviremos sua voz. Esse livro, assim como todos os outros livros da Bblia, toma a pessoa de Cristo como o sujeito e a glria de Cristo como o objeto. Se ns no vemos a pessoa de Cristo nas pginas de Apocalipse, ento tudo o que vemos ser vaidade. Aproximando-nos desse livro, nos aproximamos de Cristo. Como isso bonito!

Possamos ns receber graa para ver mais de Cristo em todas as pginas desse livro. deplorvel que comentaristas e tambm ouvintes se importam muito com os julgamentos, smbolos, mistrios e conseqncias desse livro, mas esquecem que Cristo nosso amado Senhor! Que Ele nos habilite a segui-lO com uma mente simples e a exalt-lO sobre tudo mais. Que possamos aprender a am-lO e a obedec-lO mais e mais.

Desde o princpio, o livro de Apocalipse registra a pessoa a obra de Jesus Cristo. Muitos nomes so dados no primeiro captulo; e todos revelam a Sua pessoa - Sua deidade. Ele fala da Sua vida na terra como a testemunha fiel (1:5); ele fala da Sua morte substitutiva na cruz da seguinte maneira: com Seu sangue nos libertou dos nossos pecados (1:5), Eu estava morto (1:18), um Cordeiro...como que tendo sido morto (5:12). Esse livro O menciona como o Cordeiro 28 vezes, e em cada uma delas isso nos lembra como ele morreu por nossos pecados. Como Ele nos ama verdadeiramente (1:5)! Mas a sua ressurreio tambm registrada nesse livro como o Primognito dos mortos (1:5), aquele que vivo e fui morto, mas eis que vivo para sempre (1:18), e o primeiro e o ltimo, que foi morto e reviveu (2:8).

Por causa da morte e ressurreio de Cristo, Deus o Pai deu a Ele incomparavelmente a maior glria, como o apstolo Paulo to eloquentemente nos diz: Ele se humilhou, sendo obediente at a morte, e morte de cruz. Pelo que tambm Deus o exaltou soberanamente, e lhe deu um nome que sobre todo o nome; para que ao nome de Jesus se dobre todo o joelho dos que esto nos cus, e na terra, e debaixo da terra, e toda lngua confesse que Jesus Cristo o Senhor, para glria de Deus Pai (Fil. 2.8-11). Ns podemos notar como as palavras desses versos das epstolas so cumpridas nesse ltimo livro da Bblia. O livro de Apocalipse conta-nos como ele receber os louvores dos redimidos, as aclamaes das hostes angelicais, e o louvor de toda criao. Que os coraes de todos os que amam o Senhor sejam elevados, pois ns nos alegramos em v-lO glorificado.

Uma grande parte desse livro dedicada ao julgamento de Cristo, de acordo com Joo 5: E tambm o Pai a ningum julga, mas deu ao Filho todo o juzo (v.22). Quem pode se levantar contra a ira do cordeiro? Nada do que o nosso Senhor faa inapropriado. A Sua beleza manifesta tanto no Seu favor quanto na sua ira; e isso nos leva a admir-lO mais e mais. Antes, ele se mostrou de forma to humilde! Quo desprezado e maltratado pelos homens ele foi! Mas agora, Ele cheio de glria e majestade! Que o Senhor nos habilite a vermos a sua honra nesses terrveis julgamentos. Aps Apocalipse 19, ns podemos ver como ele unido em um com a Sua noiva, como Ele destri todos os Seus oponentes, como os seus crentes vitoriosos reinam com ele por mil anos, e como Ele busca pelos seus no novo cu e nova terra. Verdadeiramente, o Senhor Jesus o tema do livro de Apocalipse. Se a palavra de Deus de fato toma Cristo como o seu centro, ento ns devemos fazer dEle o centro do nosso falar e do nosso andar. Desde que Deus deu a Ele todas as coisas, ento ns devemos dar a ele tudo de ns em nossas palavras e obras.

Agora, alm da pessoa e glria de Cristo, esse livro tambm toma - como seu assunto secundrio - a Igreja e o reino, embora no separados, mas juntos a Cristo. Neste livro, como temos dito, o mundo est sob julgamento; de forma que, de tudo o que dito deste mundo, Apocalipse no registra nada a no ser o seu julgamento. E a respeito da Igreja neste mundo, o livro no diz nada a respeito dos seus privilgios especiais, mas diz algo sobre a sua responsabilidade. No entanto, as coisas que o Velho Testamento no menciona sobre o aspecto celestial da Igreja e da glria do reino so claramente descobertas na ltima poro do Novo Testamento.

No Apocalipse, Deus apresentado como o Juiz dessa era, e Cristo retratado como o Executor. O julgamento comea com a casa de Deus e finalmente alcana todo o mundo. Nesse livro o Esprito Santo revelado como os sete Espritos ao invs de O Esprito que apresentado nos outros livros da Bblia, simplesmente porque se fala dEle de acordo com a obra do governo de Deus.

Que possamos entender que o livro de Apocalipse no um livro de segredos, mas de revelaes. Se fosse um livro selado, ns no teramos nenhuma esperana em entend-lo. Mas, desde que um livro de revelaes, ns precisamos pedir ao Esprito de Deus que nos ensine, para que possamos saber. O significado bsico de revelao tirar o vu. E por isso, nesse livro o Esprito Santo tira para ns o vu da glria e da pessoa do Senhor Jesus. Que Ele abra nossos olhos para contemplarmos o precioso ensinamento que h nessas pginas!

Porque o Livro de Apocalipse Negligenciado

2 Gnesis o primeiro livro da Bblia, e fala da maldio de Deus sobre Satans. Apocalipse o ltimo livro da Bblia, e revela como Satans ser derrotado no futuro e como Deus executa julgamento contra ele. A face original de Satans e seu fim eterno so registrados nesses dois livros. Por essa razo, Satans abriga um dio especial contra eles. Ele ataca Gnesis sugerindo que os seus registros no esto de acordo com as descobertas cientficas, e que por isso a histria da criao encontrada nesse livro no passa de um mito. Externamente, ele parece atacar o registro da histria da criao, mas na verdade ele tenta encobrir a histria da sua prpria maldio. Contra o livro de Apocalipse - que prediz o seu fim - ele adota outra maneira de ataque. Em vez de atac-lo abertamente, ele tenta torn-lo em um livro selado. Ele insinua que as suas pginas so to profundas e que os eventos futuros nele registrados so to difceis de entender que seria uma perda de tempo estud-lo. Consequentemente, muitos crentes nunca sequer chegaram a tocar nesse livro. E assim ele facilmente acoberta a sua futura desgraa.

O livro de Apocalipse no foi somente desprezado, mas tambm rejeitado pelos cristos em tempos passados. Isso ns podemos saber por meio de um estudo da histria da Igreja. No atual sculo vinte, embora alguns cristos muito poucos desejem l-lo, crentes comuns a vasta maioria so geralmente mornos em relao a ele. Muitos pem o livro, onde estava, na estante. Alguns no o lem porque eles tambm nem lem os outros livros da Bblia; outros, porque no confiam no Esprito Santo e no tm pacincia para l-lo. Quo freqentemente ns ouvimos as pessoas dizer: esse livro muito profundo, muito misterioso para eu ler.

O fato que h muitas razes significativas por que o livro de Apocalipse no bem vindo, mas, pelo contrrio, muitas vezes pedra de tropeo para muitos. Como j mencionamos alm da obstruo satnica j mencionada, podemos dizer que os contedos desse livro dificilmente trazem quaisquer bons sentimentos aos crentes do mundo. Ele, de fato, fala da glria do futuro reino milenar e da alegria do reino eterno, as quais so coisas verdadeiras e certas (cap. 20.1-9, caps. 21 e 22-5). Mas aqueles que desfrutaro de tal glria e alegria precisam ser fiis at a morte (2.10), e reter at que eu venha (2:25). Eles devem vigiar, se arrepender e serem zelosos. A fim de ganhar o mundo futuro, eles devem abandonar esse mundo presente(G.T.). Agora h o sofrimento, mas ento haver a glria. Por outro lado, todo aquele que tiver a glria do mundo hoje sofrer vergonha no mundo futuro. Muitos crentes carnais acham difcil cortar as suas amarras com o mundo que por tanto tempo eles tm amado. Desde que a leitura de Apocalipse vai, dessa maneira, produzir ansiedade e aflio, eles decidem no l-lo.

Outra explicao para o fato de Apocalipse ser uma parte no bem-vinda da Bblia est no fato de que grande parte desse livro trata da ira e do julgamento de Deus (ver caps. 4 e 19). As pessoas gostam de ouvir sobre o amor de Deus. O Deus ideal para o homem aquele que nunca fica irado e nem nunca julga. No entanto, esse livro fala da justia de Deus resultando na Sua ira e no seu julgamento - atividades divinas nunca so bem-vindas para qualquer homem. Quem, ento, quereria ler sobre tais assuntos?

Outra razo que do comeo ao fim, as pginas do Apocalipse tratam com todos os tipos de fenmenos sobrenaturais. Deus sabe que o homem s se importa com ocorrncias naturais, mas Ele quer que fiquemos face a face com Ele. Por isso Ele vai tratar conosco em territrio sobrenatural. As pessoas podem tolerar lerem sobre eventos sobrenaturais passados porque esses no podem afet-las, j que esses eventos j passaram e as situaes j foram mudadas. Mas se, no futuro, tais fenmenos sobrenaturais ainda esto para passar, esses iro desferir golpes mortais no seu materialismo e no seu desprezo por milagres e maravilhas. E se tais acontecimentos esto realmente para vir no futuro, no deveriam eles viver hoje na terra de maneira piedosa e se gloriarem em Deus? uma pena que tantos tentem espiritualizar [demais] esse livro porque no podem suportar os ensinamentos simples, mas horrendos encontrados nele. Eles tomam tudo como alegorias sem valor histrico para eles no futuro. Como a carne recua ate a espada de dois gumes de Deus! Quo enganoso sobre todas as coisas o corao humano!

Muitas pessoas pensam que o mundo est melhorando a cada dia. No est a civilizao progredindo diariamente? Eles pensam que o mundo est avanando para cima e avante sem sinal de regresso. E de acordo com tal acelerao no progresso, eles cismam que muito em breve a sociedade crist ideal aparecer na terra. Mas, como diferente o mundo do Apocalipse dos pensamentos humanos! Esse livro nem por um momento considera o mundo como progressivo! Pelo contrrio, seu testemunho de que os pecados do homem tero aumentado to rapidamente que o mundo se tornar irredimvel por rejeitar Deus e a Sua salvao. E por isso, no h nada a ser feito, a no ser julgamento; pois, mesmo com o mais severo julgamento, os homens no se arrependero. Isso verdade no apenas com o mundo, mas tambm com a Igreja! A Igreja tem deixado seu primeiro amor; por isso ela ser vomitada pelo Senhor. A concepo moderna das coisas e a palavra de Deus esto em completa discordncia. Desde que as palavras do Apocalipse testemunham a favor de Deus e no do homem, esse livro no adequado ao pensamento do homem, e consequentemente no bem vindo para o homem. Quo deplorvel que muitos tm perdido o esprito de testemunhar contra a pecaminosidade desse mundo, assim como as pginas de Apocalipse mostram!

A posio que a verdadeira Igreja deveria atingir ainda outra explicao porque as pessoas no gostam de ler as pginas desse livro. O que Apocalipse captulos 2 e 3 fala a respeito da verdadeira condio da Igreja aflige esses muitos crentes que ainda amam o mundo. O homem moderno insiste no trabalho. Se h muitas atividades, ento esses cristos sero contados entre os que esto no topo. No entanto, Apocalipse julga inteis as muitas atividades sem o primeiro amor. Qualquer que seja verdadeiramente para o Senhor deve ser fiel at a morte e deve ser vigilante. Isso algo que os crentes do mundo no podem suportar.

Uma razo final para a impopularidade do Apocalipse entre tantos que h uma concepo moderna de que o mundo inteiro ser salvo no futuro. No entanto, o livro de Apocalipse fala contra uma concepo errada como essa. Pelo contrrio, prediz que no futuro incontveis nmeros de pessoas sero eternamente perdidos no lago de fogo. Esses que se acham mais compassivos que Deus vo certamente resistir a esse ensinamento. Eles gostariam de pensar que a punio de pecadores durar um certo tempo e que ento haver simplesmente a sua aniquilao. Mas mais uma vez o livro de Apocalipse se ope a tal pensamento ansioso. Ele mostra que os sofrimentos do lago de fogo so eternos sem fim. Desde que esse livro cheio de ais, pragas, maldies, agonias e avisos, no surpreendente que as pessoas no lem, recebem ou aceitam-no.

Podemos acrescentar que o livro de Apocalipse, em seus ensinamentos, to oposto ao pensamento humano que poucos o estudaro nos dias de hoje. Mas h esses poucos que ainda pagam o preo para ler essas pginas.

Os santos que amam ao Senhor tomam uma atitude totalmente diferente a respeito desse livro. Eles encontram em suas palavras um suprimento em tempos de falta, apoio em tempos de desespero, conforto em tempos de tristeza, socorro em tempo de fraqueza. Este volume enxuga as suas lgrimas, aumenta a sua f, e reaviva a sua vontade. Como esses santos que desejam sofrer pelo Senhor amam ler essas pginas! Por amor a Cristo eles se tornam pobres e solitrios. Eles caminham pelo caminho estreito da cruz. Mesmo em suas aflies, eles encontram alvio e descobrem grande esperana no Apocalipse, pois a segunda vinda do senhor no alegraria aqueles que amam a sua revelao? Por maiores que possam ser as aflies na terra, a esperana de ser arrebatado para o paraso mais do que compensa todas elas. Como podemos deixar de admirar a Nova Jerusalm, a Cidade de Deus? Por mais coisas que tenhamos que abandonar hoje, o ganho naquele dia em que reinaremos com Cristo ser muito maior. As aflies desse tempo presente so leves e momentneas se comparadas com a glria eterna do reino que est vindo (cf. Rom. 8.18, 2 Cor. 4.17). O livro de Apocalipse verdadeiramente uma beno para os cristos.

Como Podemos Entender o Livro De Apocalipse 3Para entender o livro de Apocalipse a primeira coisa que se deve fazer l-lo. Sem fazer isso, ningum pode entender esse livro. No estranho que quando perguntamos aos cristos porque voc no l o Apocalipse? eles respondem que porque no o entendem? Por acaso eles querem dizer que necessrio entender primeiro essas pginas para depois l-las? Que Deus nos conceda pacincia para estudarmos a Sua palavra, a fim de que no desistamos de ler logo que encontrarmos alguma dificuldade, pois dessa forma perderamos muitas bnos. Qualquer que ler esse livro do Apocalipse no deve confiar simplesmente no seu prprio poder mental; ele deve, em orao, humildemente e abertamente pedir a iluminao do Esprito Santo. Quando a Sua luz brilha sobre a palavra de Deus, coisas que outrora no foram entendidas durante anos sero imediatamente compreendidas.

Alm disso, o leitor desse livro deve manter o seu corao puro - ou seja, ele no deve ler por curiosidade a respeito de eventos futuros. Pelo contrrio, ele deve ler atentamente as pginas desse livro, com o desejo de conhecer mais da palavra de Deus, para poder guardar a Sua vontade e receber tudo o que Ele quiser dar atravs da sua palavra. Deus no abenoar uma leitura que sirva apenas para alimentar uma mente curiosa, pois isso no tem proveito para nossa vida espiritual.

A meu ver, a primeira coisa a fazer para compreender o livro de Apocalipse obter um conhecimento meticuloso sobre ele. Para comear, leia-o captulo por captulo. Leia at que voc possa lembrar do contedo de cada captulo sem olhar. Ento leia cuidadosamente, versculo por versculo. Memorize os versculos que voc considera importante. Use todos os tipos de mtodos para se tornar um meticuloso conhecedor desse livro. Assim que voc se tornar familiarizado com os seus contedos, o Esprito Santo ento poder ensin-lo.

Agora, estando totalmente inteirado a respeito do livro, voc logo descobrir as suas divises naturais. Voc ser capaz de perceber o mtodo do livro e de decidir qual parte histria principal e qual parte parnteses. Voc pode ento pr a histria principal em ordem e determinar o relacionamento entre histria e parnteses. Com um programa de estudo detalhado como esse, voc ver qual parte est claramente explicada e qual parte est apenas implcita. No h problema nenhum com as partes explcitas, mas as partes implcitas devem ser comparadas com outras pores das Escrituras. Desde que o livro de Apocalipse a soma total de toda a Bblia (nele so concludos todos os problemas que no foram concludos em partes anteriores da Bblia), ns devemos pesquisar os outros livros da Bblia para esquadrinhar todas as coneces pertinentes. Se interpretarmos as escrituras com o auxlio das prprias escrituras, ns chegaremos a uma acurada explicao e conhecimento. No entanto, como ns j temos observado, a leitura da Bblia no apenas para conhecer, mas para cultivar a vida espiritual. E por isso, mesmo com as partes que podemos entender, ns devemos pedir ao Esprito Santo que nos mostre seus significados espirituais e que nos d ajuda espiritual.

A poca em que o Livro de Apocalipse foi Escrito4O perodo em que o Apocalipse foi escrito constitui um srio problema, em parte porque alguns professores Racionalistas tm defendido uma data precoce para essa composio - eles afirmam que provavelmente foi escrito nos tempos do reino do imperador romano Nero. Eles formularam essa peculiar estrutura de tempo com o objetivo de estabelecer a teoria de que as srias proclamaes registradas no livro de Apocalipse foram todas cumpridas aps o infame e devastador incndio que ocorreu nos tempos de Nero. De acordo com essa teoria, as profecias contidas neste livro na verdade apontam apenas para as perseguies dos Cristos da Antiguidade e para a destruio de Jerusalm, junto com outros eventos que ocorreram naquele perodo da histria romana. A profecia a respeito da Besta ou do Anticristo tem simplesmente referncia tirania e s maldades perpetradas por Csar Nero. E, por isso, os contedos de todo o livro tm sido completamente cumpridos nos eventos do tempo de Nero. Para os defensores dessa teoria, o livro de Apocalipse agora apenas um livro de profecias j cumpridas e que, portanto, no tm nenhum valor espiritual para ns Cristos. meramente uma parte especial da histria romana. Mas, se isso verdade, ento o livro da Apocalipse no se tornar um tanto sem sentido para os Cristos de hoje? Em vista disso, ns devemos investigar e determinar o exato tempo em que esse livro foi escrito a fim de provar o erro dessa teoria Racionalista.

Eu pessoalmente creio que livro de Apocalipse foi escrito por volta de 95 a 96 DC durante a ltima metade do reino do Imperador Domiciano, o ltimo dos doze Csares Romanos.

Todos os comentaristas fundamentalistas modernos concordam com essa estrutura de tempo. Deixe-nos citar algumas evidncias que do suporte a esta viso.

A respeito da viso de que o livro de Apocalipse foi escrito pelo apstolo Joo durante o governo de Domiciano, h duas fortes evidncias ambas de natureza externa e interna. Primeiro a evidncia externa.

Inicialmente, de maneira geral podemos dizer que todos os escritores dos trs primeiros sculos, cujos escritos foram encontrados, so explcitos, e concordam em situar o exlio do Joo e a sua escrita do Apocalipse (Revelao) na ltima parte do reinado de Domiciano, o ltimo dos doze Csares; e isso, portanto, nos diz que esse livro foi escrito em 95 ou 96 DC.

A primeira e maior das testemunhas Ireneu. Ele era aluno de Policarpo, que por sua vez foi um dos discpulos de Joo. Portanto, Ireneu muito mais provvel de ter recebido um verdadeiro relato dos ltimos dias do apstolo Joo do que qualquer outro escritor cujas obras tenham chegado a ns. Sendo que, quando Ireneu fala da forte probabilidade do nome do Anticristo ser Teuto (Teitan), ele d este definido testemunho acerca de Joo e da sua escrita do Apocalipse:

Ns no vamos, entretanto, correr o risco de cometer um erro nesse assunto, de confiantemente afirmar que ele ter esse nome; pois ns sabemos que, se estivesse estabelecido que o seu nome deveria ser proclamado no tempo presente, isso teria sido anunciado por aquele que viu a Revelao. Pois foi vista h no muito tempo, mas quase em nossa gerao, no final do reino de domiciano.

Tertuliano, um contemporneo de Ireneu, observou: Quo feliz aquela Igreja cujos apstolos derramaram todos as suas doutrinas com seu sangue! Na qual Pedro resiste a sofrimentos semelhantes aos do Senhor; na qual Paulo tem por coroa a mesma morte que Joo; e o apstolo Joo, aps ter sido mergulhado em olho fervendo sem sofrer nenhum mal, foi banido para uma ilha. Aqui Tertuliano nos informa de dois fatos: primeiro, que Joo foi banido; e segundo, que o lugar do seu exlio foi para uma ilha. Em outra passagem aps mencionar a perseguio por Nero, ele continua: Domiciano tambm, o qual era como um Nero em crueldade, ensaiou as mesmas coisas; mas ele, como tambm era um ser humano, prontamente cessou o seu empreendimento, e restaurou aqueles que haviam sido banidos.

Tertuliano, dessa maneira, sugere que o exlio era a pena usualmente infligida aos Cristos por Domiciano; ao passo que, pelos registros, Nero era acostumado a mat-los.

Clemente de Alexandria no menciona Domiciano pelo nome; mas ele provavelmente o insinua quando fala do tirano aps cuja morte Joo voltou do exlio.

Eusbio, em trs passagens, declara que a expulso de Joo ocorreu no reinado de Domiciano. Ele tambm diz que Joo escreveu o Apocalipse no dcimo quarto ano de reinado de Domiciano, que seria 95 DC.

Vitorinus de Petau, o autor do mais antigo comentrio que existe sobre Apocalipse, explica as palavras: importa que profetizes outra vez a povos, e naes, e lnguas e reis. (Rev. 10.11 mg.), da seguinte maneira:

Ele fala dessa maneira porque, quando Joo viu esta viso, ele estava na ilha de Patmos, havendo sido condenado pelo Csar Domiciano a trabalhar na mina. L, ento, ele viu o Apocalipse; e, agora que, avanado em anos, ele comeava a pensar que seria recebido no descanso atravs de seus sofrimentos. Domiciano morrera, e todas suas sentenas foram canceladas. E assim, Joo, aps ter sido liberto da mina, entregou essa mesma revelao que recebeu do Senhor.

Novamente, ao discutir o oitavo rei mencionado no captulo dezessete do livro de Apocalipse, Vitorinus nos diz em seu comentrio que p sexto era Domiciano, em cujo reinado foi escrito o Apocalipse.

No quarto sculo, Jerome testifica que quando Joo escreveu o Apocalipse ele estava na ilha de Patmos durante o dcimo quarto ano de Csar Domiciano (95 DC) sendo ele o segundo dos csares que perseguiram os Cristos, sendo Nero o primeiro.

Durante os primeiros trs sculos e meio, no entanto, nenhum escritor parece sugerir outra data.

Mas, na ltima metade do sculo quatro, essa harmonia foi quebrada por Epifnius de Salamis; cujo testemunho, no entanto, absolutamente invlido contra os que foram citados, sem contar que totalmente inverossmil em si mesmo. Ora, Epifnius foi um dos mais descuidados e inacurados escritores da antiguidade. Sua notvel declarao esta: que Joo retornou do exlio aos noventa anos de idade durante o reinado de Cludio. Agora, Cludio foi assassinado em 54 DC; no entanto, se Joo estivesse com noventa anos naquele tempo, ele deveria ter trinta e trs anos a mais que o Senhor, e ele tambm deveria estar com sessenta e trs anos quando foi chamado para ser um dos apstolos do Senhor! claro, ento que a data de Cludio pode ser sumariamente dispensada.

Ento, o balano das evidncias externas est sobremaneira a favor da Data Domiciana. H muitas outras testemunhas que ns no mencionamos, que poderiam dar suporte ainda maior a essa viso.

Assim como as evidncias externas so abundantes, tambm as internas so igualmente fortes na mesma direo. Quando falamos em evidncia interna, nos referimos s evidncias no texto, que provam que o Apocalipse foi escrito no tempo de Domiciano. Eis as evidncias:

(1) O estado em que se encontravam as igrejas da sia, como descrito nas sete cartas de Apocalipse captulos 2 e 3, requereria um desenvolvimento de vinte ou trinta anos alm da condio que estava nos tempos de Paulo, e no dos meros cinco ou seis que seriam permitidos pela data Nernica.

(2) Pelo menos um mrtir j havia sido feito em Prgamo; e Joo, escrevendo s sete igrejas da sia, fala dele mesmo como tendo se tornado seu companheiro na tribulao pelo seu exlio em Patmos pela palavra de Deus e pelo testemunho de Jesus Cristo. Entretanto, os crentes em Esmirna estavam para experimentar uma provao da sua f, at mesmo de morte. evidente que uma perseguio estava acontecendo na sia Menor naquele tempo. E essa deve ter sido a perseguio de Domiciano, desde que a de Nero no parece ter se estendido muito alm das vizinhanas imediatas de Roma; e nem parece ter a perseguio nernica resultado em exlio, mas simplesmente em punio capital.

(3) Os Balamitas (ver Apoc. 2.14) haviam encontrado tempo de se estabelecer em prgamo.

(4) A Jezabel no havia apenas subido a um lugar de influncia em Tiatira, mas tambm j havia sido dado a ela tempo de se arrepender (de acordo com Apoc. 2.20, 21).

A Data Domiciana de 95 a 96 DC para a escrita do Apocalipse , portanto, suportada tanto por evidncias internas quanto por externas.

Devido ao fato que o livro de Apocalipse descreve a si mesmo como sendo definitivamente um livro de profecias (ver 1.3; 22.7, 18, 19), certos mestres Racionalistas tm atentado em determinar a data da escrita aos tempos de Nero, podendo dessa maneira aplicar mais estreitamente todas as profecias do livro ao Imprio Romano de Nero e aos Cristos daquele tempo. Mas ns hoje claramente sabemos que essa profecia tem de ter sido escrita muito depois dos tempos de Nero. E para o nosso presente dia essa poro de concluso da palavra de Deus ainda permanece como um escrito proftico a respeito de eventos futuros. No nem histria alegrica nem profecia j cumprida.

Tendo demonstrado que esse livro foi escrito nos tempos de Domiciano, o esquema desses professores Racionalistas para excluir esse apavorante livro o qual serve como uma das mais agudas das espadas do Esprito de Deus foi derrotado.

As Interpretaes do Apocalipse 5A interpretao do livro de Apocalipse um ponto de contenda entre os comentaristas. De maneira geral, h trs diferentes escolas de interpretao; que so (1) os Preteristas, (2) os Interpretadores Histricos, e (3) os Futuristas. Os Preteristas sustentam que toda, ou pelo menos grande parte da profecia j se cumpriu com luta entre a Igreja e Roma, tendo a vitria da Igreja como resultado final. Tal interpretao muito abstrata e objetada por comentaristas ortodoxos.

Os Interpretadores Histricos defendem que a profecia abrange toda a histria da Igreja, mostrando como as malignas foras do mundo lutam contra a Igreja. Essa interpretao foi muito popular durante os tempos da Reforma e ainda era fortemente defendida no sculo dezenove. Especialmente com o surgimento de Napoleo, essa viso foi reconhecida como a interpretao final. Dentre os Protestantes, pessoas que tm essa viso consideram o Papa e a Igreja Romana como sendo o anticristo e a Besta. O prprio Martinho Lutero tomou essa viso. Mas os comentaristas da Igreja Catlica tomaram a viso oposta e reconheceram o Protestantismo como o Anticristo. Eles at mesmo declararam ter encontrado o nmero 666 no nome de Martinho Lutero. Muitos do povo de Deus no final do sculo dezoito e no comeo do sculo dezenove criam que Napoleo cumpria o personagem mencionado em Apocalipse 13. E muitos dos nmeros no livro foram tomados arbitrariamente como um perodo fixo de profecia; por exemplo, o numero de trs anos e meio foi considerado uma representao da tribulao na sua prpria histria corrente.

Os Futuristas mantm a idia de que a maior parte da profecia ainda est para se cumprir no futuro. A partir do captulo 4, nem mesmo uma letra foi cumprida. Os captulos 2 e 3 falam da Igreja. S depois que o perodo da Igreja for cumprido que qualquer coisa depois do captulo 4 pode ser cumprida. Os captulos 6-19 referem-se a eventos que acontecero no tempo das ltimas sete das setenta semanas de Daniel. E as ltimas sete semanas de Daniel no podem comear sem que a histria da Igreja esteja completada. Essa interpretao a mais satisfatria, pois a que mais coincide com as profecias encontradas em outras passagens da Bblia. No entanto, ns no temos a inteno de contender por uma opinio! De fato, que possa o Senhor sempre nos afastar disso. O que desejamos a Sua verdade. Que o seu Esprito nos guie para dentro de todas as verdades e nos habilite a entender a palavra de Deus.

inevitvel que haja muita discusso sobre a interpretao do Apocalipse entre essas trs escolas. Mas o nosso alvo, como j deixamos claro, saber o que Deus quer que saibamos, e no contender em defesa de qualquer escola humana ou opinio. Portanto, ns no vamos apresentar todos os argumentos, nem contra nem a favor. Embora eles pudessem ser bem-vindos por algumas pessoas, no seriam edificantes.

Umas poucas palavras, entretanto, precisam ser ditas para demonstrar que existe falibilidade tanto na interpretao dos Preteristas quanto na dos Histricos. Os Preteristas mantm a idia dos Professores Racionalistas. Ningum, na Igreja dos primeiros sculos, acreditou nisso. Pois isso limitou os horizontes de Joo a ver somente a perseguio dos Cristos por Roma. Isso reduz a profecia a um simples valor alegrico, e meramente prediz a derrota dos romanos. Os Interpretadores Histricos, por outro lado, adormecem o mais solene aviso da Bblia Sagrada direcionado s pessoas do final dessa era, com a finalidade de que no possamos conhecer o que a ira de Deus ser. Sejamos, pois, esclarecidos a respeito do que a Bblia realmente ensina.

Em I Corntios 10:32 Paulo divide a humanidade em trs principais categorias: Judeus, Gentios, e a Igreja de Deus. Durante os tempos do Velho Testamento no havia Igreja, pois ela foi estabelecida pelo Senhor somente no perodo do Novo Testamento. Uma vez que o livro de Apocalipse o ltimo livro da Bblia e que por essa posio ele a soma de todas as Escrituras, natural que ele nos mostre como ser o fim dessas trs categorias de pessoas. Os Preteristas, no entanto, sustentam que o Apocalipse relata apenas a histria passada das lutas da Igreja. Os Interpretadores Histricos tambm, limitam a profecia experincia da Igreja depois do tempo de Joo. Ambos abraam a Igreja e deixam passar os Judeus e os Gentios. Essa viso muito parcial e faz da revelao de Deus um livro imperfeito. Se concordarmos com as suas interpretaes, ns seremos deixados na escurido quanto ao futuro fim dos Judeus e Gentios. Mas ns devemos esperar ver no ltimo livro da Bblia (1) o caminho que a Igreja vai trilhar na terra e sua futura glria; (2) a proteo dos remanescentes dos Judeus por Deus ao longo da Grande Tribulao e o seu recebimento das bnos de Deus prometidas por meio dos profetas; e (3) o julgamento dos Gentios que pecaram e no creram, assim como a alegria desses Gentios que vierem ao Senhor.

Eu no vou argumentar qual a interpretao certa e qual a errada. claro que deve haver uma verdadeira interpretao que esteja de acordo com todas as profecias do Velho e do Novo Testamento e que nos seja de proveito espiritual. Onde podemos encontrar essa verdadeira interpretao? Qualquer resposta est no livro em si. O que esse livro de Apocalipse nos conta sobremodo confivel. Ns no precisamos gastar muito tempo pesquisando as interpretaes e idias das diferentes escolas. Ns podemos at mesmo deixar de lado tais termos como os Preteristas ou os Futuristas. A melhor maneira buscar as escrituras diretamente. Pois eu creio que, nas pginas do livro de Apocalipse, nosso Senhor Jesus Cristo tem nos dado a chave para a sua prpria interpretao.

A Chave Para Interpretar o Apocalipse

Em cada livro da Bblia, h um versculo-chave, pelo qual todo o livro pode ser aberto. E por isso ns esperaramos encontrar o verso-chave no Apocalipse a fim de termos tambm o esboo desse livro. Onde est esse versculo? O Senhor Jesus pessoalmente comandou Joo que escrevesse esse livro; ento, vejamos como Joo recebeu essa comisso: escreve, pois, as coisas que viste, e as coisas que so, e as coisas que sero depois dessas (1.19). O Senhor deu a direo para Joo escrever trs elementos: primeiro, as coisas que [Joo] viste; segundo, as coisas que so; e terceiro, as coisas que sero depois destas. E Joo escreveu de acordo. No momento em que ele estava para escrever, ele j havia tido uma viso; por isso, a primeira coisa que ele devia escrever era o registro da viso que ele tinha acabado de ver. Joo continuou ento a mencionar as coisas que so e concluiu com as coisas que sero depois dessas. E, assim, esse nico versculo da Escritura faz aluso s coisas do passado, do presente e do futuro.

Trs Principais Divises do Livro de Apocalipse

Tomando isso como uma chave, ento, o livro de Apocalipse deve ser dividido em trs partes principais. Com vinte e dois captulos no livro, como so feitas as trs divises? Antes de tocarmos na primeira e segunda divises, comecemos olhando para a terceira diviso. H um versculo no captulo 4 que evidentemente indica que a terceira diviso comea naquele captulo: Depois dessas coisas, disse Joo, eu vi, e eis uma porta aberta no cu, e a primeira voz como de trombeta, que eu ouvi falar comigo, disse: sobe aqui, e te mostrarei as coisas que devem ser depois dessas (4.1). As coisas que devem ser depois dessas devem ser coisas depois desses trs captulos. Apocalipse 1.19 indica que a terceira diviso fala das coisas que devem ser depois dessas, e as coisas que Joo viu do captulo 4 em diante so de fato as coisas que devem ser depois dessas. Dessa forma, evidente que a sua terceira diviso do Apocalipse comea no captulo 4 ( e desde que o livro tem apenas trs divises, a terceira diviso deve ser do captulo 4 ao 22). Isso deixa apenas os primeiros trs captulos para a primeira e segunda divises do livro. Apocalipse captulo 1 concernente ao que Joo viu. O versculo 11 diz o que vs, escreve-o em um livro, e no verso 19 Joo ordenado que escreve, pois, as coisas que viste. Entre esses dois versculos Joo viu a viso, a qual constitui aquilo que ele viu. A primeira diviso do livro , por isso, o captulo 1. Desde que aprendemos que todo o livro pela sua prpria indicao deve ser dividido em trs divises principais, e j que tambm aprendemos que a primeira diviso o captulo 1 e que a terceira diviso vai do captulo 4 at o fim do livro, pode-se racionalmente concluir que a segunda diviso principal do livro deve ser os captulos 2 e 3. Nesses captulos ns encontraremos as coisas que so, as quais so as coisas concernentes Igreja.

Joo viveu na era da Igreja, e por isso a Igreja reconhecida como as coisas que so. Os captulos 2 e 3 do a histria proftica da Igreja do seu comeo ao seu fim. Comea com os Efsios abandonando o seu primeiro amor (2.4) e termina com os Laodicences sendo vomitados da boca do Senhor. A historia inteira da Igreja est dessa forma sendo delineada por essas sete igrejas locais. Desde que as coisas que devem ser depois dessas seguem as coisas que viste e as coisas que so, os contedos registrados do captulo 4 em diante devem esperar at que a histria da Igreja possa ser cumprida para que sejam cumpridos. Embora hoje o fim esteja de fato se aproximando, ns devemos admitir que a Igreja ainda existe na terra; e que, dessa forma, o seu tempo ainda no est totalmente cumprido.

Esse o ensino das Escrituras. Apocalipse 1.19 de fato a chave que destranca o mistrio que rodeia esse livro. E, a partir deste verso, ns temos agora obtido uma verdadeira interpretao.

A Mensagem, o Estilo e a Natureza do Livro de Apocalipse

6Embora Cristo seja o tema desse livro, tambm so registradas as coisas do fim dessa era. Todas as coisas que esto para acontecer levam ao tratado do reino de Deus. Por isso, esse um livro de profecia.

Essa natureza proftica claramente definida tanto no incio como no fim do livro (ver 1.3; 22.7,18,19). Atravs de muitas vises, a mensagem desse livro prediz os eventos que se aproximam.

Os iniciantes podem ficar confusos pelos muitos smbolos nesse livro. Eles podem consider-los muito alegricos para serem entendidos. No entanto, realmente no to difcil como possamos pensar. Embora haja muitos smbolos, muitos deles j foram explicados no prprio livro. Os leitores deveriam consequentemente confiar no poder de Deus e ler a Sua palavra com diligncia e pacincia. Se necessrio pacincia na busca por conhecimentos mundanos, quanto mais pacincia preciso ter na busca pelas coisas espirituais!(GT) H pelo menos 14 smbolos que j foram explicados. E os no explicados talvez nem excedam esse nmero.

(1) Candeeiros simbolizam as igrejas (1.20).

(2) As estrelas so os mensageiros (ou anjos) das igrejas (1.20).

(3) O fogo representa o Esprito Santo (4.5).

(4) Chifres e olhos tambm representam o Esprito Santo (5.6).

(5) O incenso simboliza as oraes dos santos (8.3, 4).

(6) Drago fala de Satans (12.9).

(7) Os sapos so os espritos imundos (16.13).

(8) A Besta tipifica um rei (17.12).

(9) As cabeas da besta correspondem a colinas (17.9).

(10) Os chifres da besta correspondem a reis subordinados (17.12).

(11) As guas representam povos (17.15).

(12) A mulher simboliza a grande cidade (17.18).

(13) Linho fino representa a justia (19.8).

(14) A esposa do Cordeiro a cidade de Deus (21.9, 10).

Por isso, no tratem esse livro como se fosse de smbolos. Embora haja mais de trinta smbolos, a metade deles j foi explicada. Em mdia, h menos de um smbolo por captulo para ser encontrado; e, consequentemente, o livro de Apocalipse verdadeiramente no pode ser rotulado como um livro de smbolos. As profecias em suas pginas so de dois tipos: direta e indireta. As profecias indiretas tm a forma de smbolos; mas, como j mencionamos, esses smbolos no foram colocados em total escurido, j que metade deles j foi explicada. Dessa forma, os leitores no deveriam ficar intimidados por esses smbolos, mas deveriam distinguir os explicados dos no-explicados, e procurar descobrir os seus significados.

A despeito da adoo dos smbolos como um estilo de escrita, ns no devemos espiritualizar o livro em todo. Ns devemos manter em mente uma coisa importante: o Apocalipse um livro aberto (ver 22.10), no como Daniel, que um livro selado (ver 12.4). chamado a Revelao de Joo e, por essa razo, todas as coisas registradas nele esto abertas para serem entendidas. escrito de acordo com fatos, e por isso pode ser tomado literalmente. Assim como os contedos futuros registrados no fim do livro so milagres atuais, como ressurreio, arrebatamento, aparecimento, e assim por diante, as coisas dadas na parte inicial do volume devem tambm ser atuais nesse caso, punies desde que esse um livro de unidade. Ns ouvimos que h 119 profecias no Velho Testamento a respeito do Senhor Jesus. Como esto cumpridas essas profecias? Toas elas esto cumpridas literalmente. Por exemplo, uma virgem dando luz um filho, Belm, a vinda do Egito, as trinta peas de prata, e assim por diante, foram todas literalmente cumpridas.

Alm desses smbolos, o resto do livro contm os dizeres evidentes de Deus. Ns aprendemos que significados espirituais e ensinamentos esto implcitos. Mas essas partes figurativas devem ser explicadas literalmente. Por exemplo, na abertura do stimo selo, ns descobrimos que sete anjos esto prontos para soprar as trombetas. No soar das sete trombetas h saraiva e fogo, sangue, montanha, mar, estrelas, lua e sol, e assim por diante. Por um lado, tudo isso deve ser tomado literalmente, embora ainda possamos derivar muitos significados espirituais e ensinamentos disso. Por outro lado, no devemos aceitar meramente os seus significados espirituais e rejeitar o horror das punies literais. Aqui ns vemos a sabedoria de Deus. Ele esconde significados espirituais na carta para que tambm aqueles que tm aprendido de Deus possam descobrir o mais profundo ensinamento por trs dela. No entanto, esses crentes comuns tambm podem aprender diretamente a respeito do verdadeiro fenmeno das futuras tribulaes. A palavra de Deus revelada a bebs (Mat. 11.25). Como pode um beb entender o livro de Apocalipse se to profundo como algumas pessoas dizem? Ns louvamos ao Senhor, por que a despeito de algumas passagens difceis no Apocalipse, muitas delas so para aplicao literal, e por isso bebs em Cristo podem entender o livro. Ns tambm louvamos ao Senhor porque, embora o livro de Apocalipse seja to singelo que os crentes comuns possam conhecer muito a respeito dele, da mesma forma oferece muitos materiais para pesquisa ao melhor dos crebros humanos. Nosso Deus de fato Deus!

O carter do livro de Apocalipse justo, do incio ao fim manifesta a justia de Deus. No fcil encontrar nele a graa de Deus; mesmo com a Igreja, ele revela a estreita disciplina do Senhor. , de fato, um livro de julgamento. Nele ns vemos como Deus julga a sua Igreja, os Judeus, e as naes. Ele revela o Senhor Jesus e manifesta o seu julgamento

Devido ao seu carter ser diferente dos outros livros do Novo Testamento, muitas pessoas julgam o Apocalipse muito difcil para entender. No entanto, no realmente difcil de saber. A Igreja tem falhado, ento o Senhor s pode recorrer ao julgamento. O registro dos captulos 2 e 3 a sombra do iminente julgamento de Cristo (2 Cor. 5.10). Com exceo dos captulos 4 e 5 que narram contedos de transio, todo o registro do captulo 6 atravs do captulo 19 pertence ao tempo do ltimo sete dos setenta setes de Daniel. Os setenta setes Daniel caem dentro da dispensao da lei. A dispensao da graa foi inserida entre o sexagsimo nono sete e septuagsimo sete. Assim que a dispensao da graa concluda, o septuagsimo sete comea, e ainda pertence dispensao da lei. Por isso todas as coisas mencionadas do captulo 6 atravs do captulo 19 voltam dispensao da lei. No de admirar que o seu carter seja to justo.

Devido ao seu carter justo e legal, o livro carrega nele muito do tempero judaico. Nesse livro a Igreja apresentada em termos um tanto diferentes do que descrita nos escritos de Paulo. Embora o livro de Apocalipse seja escrito em grego, como nos escritos de Paulo, o livro emprega muitos Hebrasmos como Abadom, por exemplo, e assim por diante. At mesmo os nomes do nosso Senhor tm conotaes judaicas, como Jeov Deus. O Evangelho de Mateus cita o Velho Testamento 92 vezes; o livro de Hebreus cita-o por volta de 103 vezes; mas o livro de Apocalipse faz isso cerca de 285 vezes! Isso prova que o livro de Apocalipse mostra como Deus h de retornar ao territrio do Velho Testamento, de acordo com o qual tratar com as naes e com os judeus. No esqueamos que a salvao vem dos judeus. Por essa razo os santos do Senhor devem aprender a amar os Judeus e a no rejeit-los. Ns devemos amar os eleitos do Senhor.

Salvao e Recompensa7Ns agora vimos que o livro de Apocalipse um livro de justia. Todavia, para que possamos apreciar seus justos efeitos, precisamos fazer uma distino entre salvao e recompensa. A palavra de Deus apresenta uma clara distino entre essas duas palavras. Aquilo que Deus dividiu, que o homem no ajunte. Consideremos esse assunto cuidadosamente e vejamos o contraste entre elas.

A salvao aquilo que dado de graa. No obtida por meio das obras do homem. Pois Deus que nos d graa, e no na base do nosso mrito.

vs todos os que tendes sede [aponta para o pecador], vinde s guas [aponta para a salvao de Deus], e vs que no tendes dinheiro [aponta para as obras e ou atos de justia]; vinde, comprai e comei [significa que todos os pecadores podem crer e serem salvos]; sim, vinde e comprai vinho e leite [significa a alegria da salvao] sem dinheiro e sem preo [aponta para o fato de que no h necessidade de bons feitos, desde que no depende da bondade de algum] (Is. 55.1).

O dom de Deus (Joo 4:10).

O dom gratuito de Deus a vida eterna (Rom. 6.23).

Pela graa sois salvos, por meio da f; e isso no vem de vs; dom de Deus; no vem das obras, para que nenhum homem se glorie. (Ef. 2.8, 9).

No pelas obras de justia que houvssemos feito; mas, segundo a sua misericrdia ele nos salvou (Tito 3.5).

E quem quiser tome de graa da gua da vida (Apoc. 22.17).

Atravs desses versos que foram citados e por muitas outras passagens da Escritura que no foram citadas, provado sem nenhuma dvida que ns recebemos nossa salvao gratuitamente e no pelas nossas obras ou atos de justia; ns somos salvos pela graa de Deus, o dom gratuito de Deus. Tudo o que fazemos crer. Pois a obra da salvao completamente operada por ns pelo Senhor Jesus. A Sua morte na cruz consumou a nossa salvao. Para que agora sejamos salvos e recebamos a vida eterna, no h necessidade de que executemos mais obras ou que acrescentemos mais mritos, mas simplesmente que creiamos e recebamos. Isso porque nenhuma das nossas boas obras aceitvel para Deus. Ao longo de todo o Novo Testamento h cerca de 150 menes do tipo: cr, e sers salvo; cr, e ters vida eterna; cr, e sers justificado. Assim que ns cremos, somos salvos, recebemos vida eterna, e somos justificados. Isso tudo dado gratuitamente: ... o testemunho esse, que Deus nos deu a vida eterna, e esta vida est no Filho. Aquele que tem o Filho tem a vida; aquele que no tem o Filho de Deus no tem a vida (1 Joo 5.11, 12). Todos os que recebem o Senhor Jesus como Salvador pela f tm vida eterna, de acordo com a Palavra de Deus. Verdadeiramente, aquele que crer no Filho tem vida eterna (Joo 3.36). Cr e ters!

A recompensa, no entanto, um assunto diferente. No algo que recebemos de graa; deve ser obtida atravs das boas obras. dada de acordo com os atos de cada santo. Vejamos as seguintes Escrituras.

Meu galardo est comigo para dar a cada um segundo a sua obra (Apoc. 22.12). Note que essa palavra dita Igreja (ver v.16).

Cada um receber a sua recompensa de acordo com o seu prprio trabalho (1 Cor. 3.8).

E, tudo quanto fizeres, fazei-o de corao, como ao Senhor e no aos homens; sabendo que do Senhor recebereis o galardo da herana... Mas aquele que fizer agravo receber o agravo que fizer (Col. 3.23-25).

Ora, quele que faz qualquer obra, a recompensa no reconhecida como graa (Rom. 4.4).

H muitas outras Escrituras que poderiam ser citadas, mas essas acima so suficientes para provar que a recompensa no recebida de graa. De acordo com o ensinamento bblico, a recompensa acrescentada s boas obras do crente. Por mais insignificante que seja um copo de gua (Mat. 10.42), ou por mais oculto que seja o conselho do corao, (1 Cor. 4,5) ou por mais humilde que seja o servio de algum (Marcos 10.43) ou por mais desconhecido seja o sofrimento por amor do Senhor (Luc 6.22)todas essas obras ou atitudes ainda podero ter a oportunidade de serem recompensadas. (cf. Luc 6.23).

De acordo com a Bblia, o alvo que colocado diante de uma pessoa duplo: quando ns somos ainda pecadores, nosso alvo a salvao; depois de termos sido salvos e nos tornado crentes nosso alvo a recompensa. Pois a salvao para os pecadores, enquanto que a recompensa para os crentes. Os homens devem primeiro receber a salvao, e ento sair busca da recompensa. Os que perecem precisam receber salvao; e os salvos precisam ganhar a recompensa. Ao lermos Corntios 9.24-27 e Filipenses 3.12-14, ns podemos prontamente ver que alguns crentes falham em obter a recompensa. Por que nessas duas passagens, Paulo fala sobre recompensa e no sobre salvao. Ele sabe muito bem que ele salvo. Na suas outras epstolas, ele frequentemente se expressa como algum que recebeu graa. Mas nessas duas passagens, ele nos fala daquilo que ele est buscando depois de ter sido salvo, e isso a recompensa. Nesse momento ele no ousa dizer que com certeza ele atingiu a salvao; pelo contrrio, ele ainda a persegue. Os pecadores devem buscar a salvao, ao passo que os salvos devem buscar a recompensa.

No importa o quo corrupto um pecador pode ser, se ele deseja crer no Senhor Jesus como Salvador, ele ser instantaneamente salvo. Uma vez salvo e regenerado, ele deve procurar desenvolver essa nova vida nele e servir ao Senhor fielmente a fim de que possa obter a recompensa. Ele salvo por meio da obra de Cristo, ele recompensado pelas suas prprias obras. Ele salvo por meio da f; ele recompensado pelas obras. Deus quer salvar um pecador indigno, mas Ele no recompensa um crente indigno. Antes que algum conhea ao Senhor, se ele quer reconhecer a si mesmo como pecador, e se ele vir ao Senhor Jesus e crer na Sua morte substitutiva na cruz, ele ser salvo e a beno eterna ser garantida para ele. Mas, de acordo com as Escrituras, depois de ter sido salvo ele ser colocado por Deus na carreira da vida para que ele possa trilh-la. Se ele vencer, ser recompensado. Se ele for derrotado, no ser recompensado. No entanto ele no perder a vida eterna por causa da sua derrota. Pois a salvao eterna. Aqui ns encontramos o mais equilibrado ensinamento, a perfeita verdade. Infelizmente, algumas pessoas conhecem apenas a salvao. Eles se contentam com meramente terem sido salvos e no se importam com a recompensa.

Quo triste que as pessoas tenham misturado salvao com recompensa. Eles julgam que a salvao mais difcil, exigindo seus supremos esforos de autodisciplina para atingi-la. Mas esse no o ensinamento da Bblia. As Escrituras consideram a salvao como aquilo que mais fcil de alcanar; pois o Senhor Jesus, por Sua prpria iniciativa, j cumpriu tudo por ns. Mas as escrituras consideram a recompensa como aquilo que um tanto difcil de obter porque depende das obras que, por nossa prpria iniciativa, cumprimos atravs de Cristo.

Vamos ilustrar essa questo dessa forma. Suponhamos que um homem rico abre uma escola gratuita. Todos os que a freqentam so livres de todas as despesas j que esse homem rico paga por todas elas. Mas aqueles que alcanam excelncia em aprender recebem uma recompensa especial. Da mesma forma, a salvao pode ser comparada com entrar nessa escola gratuita. Todos os que querem vir ao Senhor Jesus so salvos porque Ele mesmo pagou o custo da salvao. muito fcil tornar-se um estudante nessa escola gratuita, j que no custa nada. Simplesmente vir j suficiente. Da mesma maneira, ento, a salvao o mais fcil. Ningum precisa fazer nada, a no ser crer. Mas para aquele que j contado entre os estudantes, obter recompensa no to fcil; ele deve trabalhar duro. Similarmente, no to fcil para um crente ganhar as recompensas divinas; ele deve ter boas obras.

Que nenhum leitor pense que o suficiente ser salvo e deixe de buscar a recompensa da mesma forma. Para qualquer pessoa verdadeiramente nascida de novo, o Senhor a est chamando para perseguir a excelncia espiritual para obter recompensa. E deveria ser para ele uma coisa natural persegui-la e obt-la. Ainda que no para seu prprio benefcio, mas para ganhar o corao e a alegria de Deus. Pois qualquer que recompensado pelo Senhor tem alegrado o Seu corao. Assim como um pecador deve ser salvo, tambm um crente deve ser recompensado. A recompensa para um crente to importante como a salvao para um pecador. Se um santo fracassa em alcanar a recompensa, no significa que ele sacrificou o seu lucro, mas apenas indica que a sua vida no santa, seu labor no fiel e que ele no tem manifestado o Senhor Jesus durante os seus dias de peregrino.

Ensinamentos recentes tm oscilado entre dois extremos. Alguns julgam a salvao como sendo algo to difcil que demande muito das pessoas. Dessa forma, eles anulam a morte substitutiva e a obra da redeno do nosso Senhor Jesus. Tal ensinamento pe toda a responsabilidade no homem e ignora aquilo que a Bblia diz sobre ns sermos salvos pela graa atravs da f. Alguns outros pensam que, j que tudo de graa, ento todos os que crem no Senhor Jesus sero no apenas salvos mas tambm recompensados com glria e reinaro no futuro com o Senhor Jesus. E assim eles lanam toda a responsabilidade sobre Deus e negligenciam o que observado nas Escrituras: que alguns crentes apesar de serem salvos sofrero perda, todavia pelo fogo. (1 Cor. 3.15).

No entanto, h um ensinamento mais equilibrado aqui. Antes que um crente seja salvo, o Senhor Ele mesmo carrega a sua responsabilidade; depois que o pecador cr, ele deve carregar a responsabilidade por si prprio. A obra da salvao totalmente operada pelo Senhor por ele, ento crer j o suficiente. Mas essa questo da recompensa depende apenas das obras do crente, e, portanto crer somente no adequado. Assim como um pecador no pode ser salvo por boas obras, um santo no pode ser recompensado por apenas crer. A salvao baseada na f; a recompensa julgada pelas obras. Sem a f, no h salvao; sem obras, no h recompensa. Se estudarmos cuidadosamente o Novo Testamento, ns perceberemos o quo claramente Deus separa a salvao da recompensa. A salvao para os pecadores, mas a recompensa para os santos.(GT) Ambas so dadas divinamente: pecadores devem ser salvos e santos devem ser recompensados. Deixar passar qualquer uma delas causaria grande perda. No misturemos, ento, salvao e recompensa.

O que salvao? no perecer, mas ter vida eterna. Isso o que todos ns conhecemos. No entanto, isso no determina nossas posies na glria, j que isso determinado pelas recompensas. O que recompensa? Pelas Escrituras podemos ver que recompensa reinar com Cristo durante o reino milenar. Todo o crente tem a vida eterna; mas nem todo crente ser recompensado com o direito de reinar com Cristo. O reino dos cus no Evangelho de Mateus aponta para a parte celestial do reino milenar ou seja, aponta para o nosso reinado com Cristo. Todo o leitor cuidadoso do Evangelho pode ver a diferena entre vida eterna e o reino dos cus. Para ter vida eterna requerido apenas f, mas para ganhar o reino dos cus demanda violncia a si mesmo (ver Mat. 11.12). Assim como ser salvo ter vida eterna, ser recompensado entrar no reino dos cus.

Apressemo-nos em direo a esse alvo. Que Deus nos habilite para abandonarmos tudo por amor dEle, a fim de que recebamos o Seu galardo. Ser salvo algo presente e instantneo, porque est escrito na palavra de Deus que aquele que cr tem a vida eterna (veja o Evangelho de Joo). A recompensa algo no futuro, pois a Escritura diz que quando o Senhor vier, ento cada homem receber o seu louvor de Deus (I Cor. 4.5). Salvao agora, galardo depois. No misturemos os dois, porque h uma grande diferena entre os princpios que governam salvao e recompensa. A salvao mostra a graa de Deus porque Ele no nos recompensa de acordo com nossos pecados, antes salva todos ns que cremos no Senhor Jesus. A recompensa expressa a justia de Deus porque Ele recompensa os santos de acordo com as suas boas obras. Qualquer que o servir fielmente receber recompensa.

Nunca esqueamos de que o nosso Deus no apenas gracioso, nem apenas justo; o Seu carter revela tanto graa quanto justia. Salvar pecadores o Seu ato de graa; recompensar os santos o Seu ato de justia. Ns anteriormente observamos que o livro de Apocalipse expressa a justia de Deus. Saber a diferena entre salvao e recompensa essencial para o entendimento desse livro. Seno seria difcil explicar o justo tratamento de Deus com os santos que delineado nestas pginas.

Atravs de Joo, Deus deu a palavra da vida eterna. No seu Evangelho, ele mostra o caminho para a vida eterna. Nas suas epstolas, ele descreve as manifestaes da vida eterna. Mas no livro de Apocalipse, ele revela o julgamento dos salvos. E por essa razo o ltimo livro da Bblia toca muito pouco na questo da salvao dos que crem e toca muito fortemente na questo da sua recompensa. Suas pginas falam de justia, e o galardo um ato de justia de Deus. Ao lermos os captulos 2 e 3 ns no vemos a questo da salvao, mas vemos a vida crist, as obras dos crentes e a sua vitria. Tal conhecimento nos ajudar a entender o sentido no apenas desses dois captulos, mas tambm de todo o livro.

Quatro Julgamentos8Havendo estabelecido a diferena entre salvao e recompensa, ns agora podemos tocar em um problema relacionado o assunto do julgamento. Sem julgamento, como pode ser determinado quem salvo e quem no ? Sem julgamento, como se pode saber quem ser recompensado e quem sofrer perda? A Bblia revela para ns quatro tipos de julgamento: (1) o Senhor Jesus foi julgado por ns na cruz; (2) os crentes sero julgados de acordo com as suas obras diante do trono do julgamento de Cristo; (3) as naes sero julgadas na terra (Mat. 25.31-46); e (4) o julgamento de Deus sobre os mortos (ou, o julgamento do grande trono branco) (Rev. 20.11-15). Desses quatro julgamentos, um j passou, mas trs esto vindo no futuro. Todos os que quiserem crer no Senhor Jesus Cristo como seu Salvador tero seu problema dos pecados resolvido para sempre, e isso o efeito de Cristo ter sido julgado pelos pecados na cruz. Portanto, eles so salvos, eles receberam a vida eterna, e no mais sero julgados (ver Joo 3.18, Rom. 8.1). Eles no sero mais julgados pelos pecados porque o Senhor Jesus j sofreu por eles na cruz.

Mas apesar do fato de que os crentes no sero julgados pelos pecados, a Bblia indica que eles ainda sero julgados (2 Cor. 5.10; Rom. 14.10-12; Mat. 25.14-30; 1 Cor. 3.10-15; etc.). Que julgamento esse? No aquele que julga se algum salvo ou perece, j que essa questo j foi resolvida pelos crentes atravs da cruz. Alm do mais, 1 Corntios 3.15 declara que nesse julgamento no h perigo de que algum perea. Por essa razo, esse julgamento aquele julgamento das obras dos santos. O julgamento da cruz conclui a nossa vida como pecadores. O trono do julgamento de Cristo conclui as nossas vidas como crentes.

Diante do trono de julgamento de Cristo ns seremos examinados de acordo com as vidas que vivemos do dia em que primeiro cremos no Senhor em diante. Pecados que foram confessados no sero mencionados. Alguns crentes tero servido o Senhor fielmente tendo sofrido muito e abandonado todas as coisas, tendo feito a vontade Deus sem nenhum motivo que no fosse agrad-lO. Essas pessoas sero recompensadas e reinaro com Cristo em glria indizvel. Quo grande e bom isso ser! Pois o corao do Senhor ser agradado, e eles recebero glria. Busquemos isso! Alguns outros podero ter hesitado algumas vezes, mas se eles confessarem os seus pecados, o precioso sangue os limpar a fim de que eles possam renovar a sua busca e seguir o Senhor ao longo do caminho estreito da cruz. Esses dois recebero o Seu galardo. Quanto aos outros, no entanto, eles podem no ter pecado, mas as suas obras so como madeira, feno e palha, j que eles buscaram pela aprovao de homens e trabalharam com um motivo duplo. Esses no sero recompensados de maneira nenhuma, mas sofrero tremenda perda. E ainda haver outros que, depois de terem sido salvos, continuaram cometendo muitos pecados sem confess-los ou se arrepender deles; tais pessoas recebero punio em lugar de recompensa. Embora a sua salvao eterna seja uma questo inabalvel, eles sero severamente disciplinados pelo Senhor. Apocalipse 1-3 revela atitude do senhor julgando os Seus santos. o preldio do trono do julgamento de Cristo.

O terceiro desses quatro julgamentos o julgamento das naes ser determinado pela maneira como cada nao ter tratado os Judeus durante a Grande Tribulao. Esse julgamento acontecer no final da Tribulao, mas antes do comeo do reino milenar. Aquilo que Apocalipse 16.12-16 e 19.11-21 descrevem que acontecer faz referncia a esse julgamento.

O quarto e final julgamento aquele do grande trono branco que o julgamento de Deus sobre os mortos (ver Apoc. 20.11-15).

J que o livro de Apocalipse fala tanto de julgamento, estar inteirado acerca desses julgamentos encontrados nas Escrituras nos ajudar a entender os diferentes julgamentos mencionados nesse livro final da Bblia.

Os Significados dos Nmeros 92Toda Escritura divinamente inspirada proveitosa para ensinar, para redargir, para corrigir, para instruir em justia (2 Tim. 3.16). Deus usa muitos nmeros na Bblia; para aqueles que amam a Sua palavra esses nmeros so cheios de significado. O propsito de Deus no dar ao homem histrias maravilhosas para contar, mas abenoar as Suas crianas. No seria uma perda espiritual se as crianas de Deus no percebessem os significados escondidos nesses nmeros da Bblia? Parar as pessoas comuns, esses significados podem parecer arbitrrios; mas para os que so de Deus, nada acidental; porque a mo de Deus est, sem dvida, por trs de cada um deles. J que Deus se agrada de usar nmeros, ns no devemos ser to cegos a ponto de no descobrir os seus significados. O livro de Apocalipse usa mais nmeros do que os outros livros da Bblia. A fim de podermos dividir a palavra de Deus de maneira correta, imperativo que primeiro entendamos os significados desses nmeros nas Escrituras.

A Bblia emprega os nmeros de 1 a 7 como as razes bsicas de todos os outros nmeros bblicos. Todos os outros nmeros derivam o seu significado e explicao desses sete nmeros bsicos. 7 um nmero perfeito; e isso sabido e reconhecido por muitos. 8 no um numero independente. O 7 forma um ciclo e o 8 o comeo de outro ciclo. Todos os nmeros maiores que 7 so formulados a partir desses sete nmeros bsicos atravs da adio ou multiplicao. Por exemplo: o numero 10 vem do numero 5 multiplicado por dois; o numeral 12 vem da multiplicao dos nmeros 3 e 4; o nmero 40 a multiplicao de 5,2 e 4. Vejamos agora um pouco desses numerais.

O Nmero 1 O 1 o nmero de Deus: Ouve, Israel: o Senhor nosso Deus o nico Senhor (Deut. 6.4); h um s Deus (1 Tim. 2.5). 1 representa independncia, que no admite mais ningum; expressa o poder de Deus. O 1 implica em uma suficincia que no precisa de mais ningum; mostra a abundncia de Deus. 1 o comeo de todos os nmeros; demonstra a grandeza de Deus. Pois Ele a fonte de todas as coisas. Ele nico. Ele o Cabea de todas as coisas. Ns receberemos muita ajuda se olharmos para a maneira como o 1 usado na Bblia.

A Pscoa marca o incio dos meses; o primeiro ms do ano (Ex. 12.2). Isso aponta para a redeno de Deus. A obra redentora do Calvrio encabea todas as coisas. Aquilo que Deus criou no primeiro dia foi a luz; isso o poder de Deus. O primeiro livro da Bblia Gnesis, o qual revela a glria e o poder de Deus. Todos os primognitos dos filhos dos Israelitas pertencem ao Senhor, pois eles so santos ao Senhor (Ex. 22.29). As primcias do solo devem ser trazidas casa de Deus, pois Ele deve ser servido primeiro (Ex. 23.19). infelizmente, muitos dos filhos de Deus no percebem que Ele o Um e que por isso eles devem honr-lO como o Primeiro. Ns devemos deix-lo ter a preeminncia em todas as coisas (Col. 1.18).

1 tambm fala de harmonia ou unidade: O sonho de Fara apenas um (Gen. 41.25).

1 tambm significa paz: para que eles sejam um, assim como ns somos (Joo 17.11). Isso mostra um relacionamento. Alm disso, podemos dizer que j que o 1 o fundamento de todos os numerais, o nmero de Deus. Tudo comea no 1; Deus o comeo de todas as coisas. 1 a unidade fundamental, a soma de todos os nmeros; e por isso Deus tem guardadas nEle todas as coisas. Nenhum numeral precede o 1, e por isso ele representa o Deus absoluto nos cus.

Embora esse numeral seja primeiramente para Deus, quando aplicado ao homem traz um sentido de maldade. Ele pode estar falando da sua independncia desobedincia e rebelio.

O Nmero 2 Deus trs em um e um em trs. Na Trindade, o santo Filho a Segunda pessoa. Por isso, 2 o nmero do Senhor Jesus. Ele chamado de o Segundo homem (1 Cor. 15.47). Ele tem duas naturezas a divina e a humana. Suas obras tem dois estgios-sofrimentos e glria. Quando lemos o livro de Levtico, descobrimos que uma pessoa que comete um pecado deve trazer duas rolas ou dois pombinhos para Deus como oferta pelo pecado: um para ser oferecido como oferta pelo pecado e o outro como oferta queimada. (Lev. 5.7). Uma oferta pelo pecado oferecida pelo pecado; uma oferta queimada oferecida pela pessoa. Deus perdoa o pecado e aceita a pessoa. Isso tambm de dupla face. Tudo isso representa a salvao do Senhor Jesus. O nmero 2 tambm o nmero da salvao. A segunda pessoa na divindade - o Senhor Jesus - o Salvador do mundo.

O 2 tambm fala de adio, ajuda e irmandade: Melhor serem dois do que um, porque tm melhor paga do seu trabalho. Porque se carem, um levanta o companheiro; ai, porm, do que estiver s; pois, caindo, no haver quem o levante. Tambm, se dois dormirem juntos, eles se aquentaro; mas um s como se aquentar? Se algum quiser prevalecer contra um, os dois lhe resistiro; o cordo de trs dobras no se rebenta com facilidade. (Ec. 4.9-12).

2 tambm um nmero de testemunho. O testemunho de dois diferentes indivduos verdade. Por favor Deuteronmio 17.6, 19.15, Mateus 18.16, 2 Corntios 13.1, e 1 Timteo 5.19. O testemunho de Deus para os homens visto no Velho e no Novo Testamento. Os nomes dos discpulos so dados de dois em dois. (Mateus 10.2-4). Os discpulos foram enviados de dois em dois para levar o testemunho. As tbuas do testemunho eram duas em nmero. Durante a Grande Tribulao, haver duas dramticas testemunhas (Apoc. 11.3). A segunda pessoa da divindade a Palavra de Deus e a Fiel Testemunha (Apoc. 19.13; 1.5).

O 2 tem outro significado: fala de diviso, diferena e contraste. Por exemplo, durante o segundo dia da criao, Deus dividiu as guas das guas. Os animais entraram na arca em pares. (Gen. 6.19,20). Uma mulher que desse luz um menino ficaria impura por duas semanas, dobrando os dias se fosse uma menina. (Lev. 12.5).

O 2 tem ainda outro significado: o nmero da produo. O 2 o primeiro nmero que aparece depois de ser adicionado 1 ao nmero 1; no, entanto, no um nmero perfeito. Mais nmeros podem ser adicionados a ele para aperfeio-lo. O Santo Pai e o Santo Filho no so completo sem que haja o Esprito santo na Trindade. O Marido e a esposa so unidos em um, mas aos olhos de Deus a famlia no completa enquanto no for adicionada uma criana.

O Nmero 3

O 3 o nmero da plenitude pessoal. o nmero da Divindade, do Deus triuno. formado de 1+1+1. Mas se os 1 so multiplicados (1x1x1) o resultado ainda 1. Por isso Deus 1 em 3 e 3 em 1. Na geometria duas linhas no formam um cubo. Por isso o 2 um nmero incompleto enquanto que 3 o primeiro nmero completo. Portanto, representa a Deus. Um homem completo formado de esprito, alma e corpo. Uma famlia completa formada de pai, me e criana. Uma f completa composta de conhecimento, obras e experincia.

O 3 tambm um nmero de ressurreio. O Senhor Jesus ressurgiu no terceiro dia. A terra surgiu das guas no terceiro dia. Uma pessoa nascida de novo atravs da pregao do evangelho que vem no apenas por palavras mas tambm pelo poder do Santo Esprito (I Ts 1.5). Jonas foi deixado no ventre do peixe por trs dias. A restaurao da nao de Israel tambm est conectada com o nmero 3 ( Jos 6:1.2).

Esse nmero 3 frequentemente relacionado a Deus; assim ocorre tambm quando as pessoas so batizadas em nome do Pai, do Filho e do Esprito Santo (Mt 28.19). A beno do apstolo Paulo tambm baseada na frmula triuna de 3 em 1 (II Co 13.14). O Senhor Jesus foi tentado trs vezes; e Ele orou trs vezes no Getsmani. Pedro negou o Senhor trs vezes; ele ouviu a pergunta do Senhor Tu me amas? trs vezes; e trs vezes lhe foi dito Apascenta minhas ovelhinhas (Jo. 21:15-17). H trs que testemunham a respeito do Filho (I Jo. 5:8). Ao louvar a Deus, os serafins clamaram uns para os outros: Santo, santo, santo (Is 6:3). As quatro criaturas viventes tambm so vistas dizendo Santo, santo, santo (Rev. 4.8). a maior pea de moblia do tabernculo o altar, que capaz de conter todo o resto da moblia do tabernculo. O altar representa a cruz, que satisfaz a justia de Deus. Ela tem trs decbitos de altura, o que significa que a justia da cruz alcana o padro de Deus. Quando Deus julgou o pecado dos homens em Cristo, os cus e a terra ficaram em trevas por trs horas. De acordo com Hebreus 9:23-28, o Senhor Jesus aparece trs vezes: na primeira vez, Ele apareceu para tirar o pecado (v.26); na segunda vez Ele aparece diante da face de Deus para interceder por ns (v.24); e, na terceira vez, ele aparecer para aqueles que esperam por Ele, para a redeno dos seus corpos (v.28).

O Nmero 4

4 o nmero do mundo. Deus divide os domnios do mundo em quatro reinos: Babilnia, Medo-Prsia, Grcia e Roma. Os materiais representando o poder mundial na imagem de Nabucodonosor so ouro, prata, bronze e ferro (Daniel 2). Os reinos do mundo, aos olhos de Deus, so como quatro bestas (Daniel 7).

4 pode ser visto como o nmero do mundo tambm nessas relaes deste nmero com o mundo. O mundo tem quatro estaes: primavera, vero, outono e inverno. Tem quatro cantos: leste, oeste, norte e sul (Nmeros 2). Tem quatro elementos bsicos: terra, ar,gua e fogo. Tem quatro ventos (Ver 7:1). O rio que flua do paraso terrestre o jardim do den era partido, e se tornava em quatro rios (Gen. 2:10-14). As criaturas viventes que representam o mundo criado so quatro em nmero (Rev. 4:6). Em Ezequiel, nos dito que os querubins, que so o mesmo que as criaturas viventes, tm quatro faces: de leo, de boi, de homem e de guia; e tm tambm quatro asas (cap. 1). A humanidade na terra descrita de quatro formas: povos, multides, naes e lnguas (Rev. 17:15). As condies do corao do homem, de acordo com a parbola do semeador contada pelo Senhor Jesus, so de quatro tipos (Mat 13:3-9; 18-23). As tribulaes que vm como um julgamento sobre o mundo so tambm quatro em nmero: guerra, fome, peste e terremotos (Mat 24:6,7; conferir Lucas 21). O testemunho do Senhor Jesus levado pelos quatro evangelhos, que revelam quatro aspectos de Cristo. No auge do pecado dos homens, os quatro soldados dividiram entre si as veste do Senhor Jesus (Joo 19:23). O altar levantado para os homens tem quatro cantos, com quatro pontas (Ex 27:1,2). O quarto dos dez mandamentos o primeiro dos restantes, que tocam nas coisas do mundo (xodo). A quarta clusula na chamada Orao do Senhor tambm aquela que comea a tratar com assuntos pertencentes a essa terra (Mat 6:9-13). As coisas que Deus criou no quarto dia deveriam governar sobre os dias e noites da terra. O quarto livro da Bblia, Nmeros, relata a experincia no deserto, que um tipo do mundo.

4 vem de 3+1; e 3 o fundamento do 4. uma vez que 3 representa Deus, ento o 4 representa os criados que dependem do Criador. 4 o primeiro nmero que permite diviso simples, sendo que o 2 o nmero que o divide. Isso , portanto, um smbolo de fraqueza. Os criados realmente no tm do que se gabar.

O Nmero 5

5 tem muitos significados, todos estreitamente relacionados. 5 um nmero incompleto, e o nmero da responsabilidade do homem diante de Deus. Devido ao fato de no ser completo, ele sugere responsabilidade. 5 4+1. 4 representa o homem criado, enquanto 1 representa o Deus independente. Sendo assim, 5 o homem perante Deus. Consequentemente, por um lado, representa a graa de Deus para com o homem; por outro lado, representa a responsabilidade do homem diante de Deus. Abaixo de ter recebido a graa de Deus, o homem naturalmente considerado responsvel para Deus.

A no-plenitude do numeral 5 pode ser vista facilmente. Os cinco dedos das mos e os cinco dedos dos ps do homem so apenas metade do nmero total de dedos das mos e dos ps. No quinto dia Deus criou as criaturas viventes do mar, mas no havia ainda vida na terra. Na abertura do quinto selo, quo ansioso esto os mrtires das eras pelo fato de no terem ainda recebido suas coroas (Rev. 6:7-11). A ira da quinta taa derramada no trono da besta, mas o poder da besta ainda aguarda sua completa destruio (Rev. 16:10-11). Das virgens, cinco so sbrias e cinco so tolas (Mat. 25:2); significando que na vinda do Senhor Jesus Cristo nem todos os salvos esto prontos.

5 tambm fala da responsabilidade do homem atravs da graa. A consagrao de Aaro e seus filhos (Levtico 8) e a limpeza da lepra (Levtico 14) so cheias de significado. Sangue aplicado na ponta da orelha direita, no polegar da mo direita, e no dedo do p direito. Orelha, polegar e dedo so totalmente relacionados ao nmero 5. A orelha um dos cinco rgos; o polegar um dos cinco dedos da mo, e o dedo um dos cinco dedos do p. Esses trs representam a pessoa em sua totalidade como ela deve usar sua orelha para ouvir a palavra de Deus, sua mo para fazer a obra de Deus, e seu p para trilhar o caminho de Deus. Ele primeiro recebe graa atravs da aplicao do sangue precioso. Ento, tendo sido purificado pelo precioso sangue, todo o seu ser responsvel perante Deus para caminhar de forma digna da graa do seu chamado.

4 um nmero fraco; sem que lhe seja adicionado o 1 para que se torne 5, no capaz de tomar qualquer responsabilidade. Tome a ilustrao da mo: embora os quatro dedos sejam um tanto vigorosos, se no existir o polegar, a mo no pode assumir responsabilidade. O Senhor Jesus usa cinco pes para alimentar cinco mil famintos (Mat 14:17); isso expressa a graa do Senhor. Davi escolhe cinco pedrinhas para abater Golias (I Sam. 17:40); isso expressa a responsabilidade do homem. O quinto livro da Bblia, Deuteronmio, relata como as pessoas so responsveis depois que Deus d graa. O quinto reino do mundo ser o reino do Senhor Jesus Cristo (Daniel 2:35,44; Rev. 11:15). Todos os que desejam entrar no Seu reino e reinar com cristo tem uma tremenda responsabilidade! Mateus 5-7 diz quais so as condies. Deuteronmio, o quinto livro da Bblia, fala tambm de como as pessoas devem se comportar depois de haverem entrado na terra pronetida, que um tipo do reino do nosso Senhor Jesus.

Pentecostes o qinquagsimo dia depois da Pscoa. Tipifica a vinda do Esprito Santo e a formao da Igreja com os Judeus e os Gentios (ver Levtico 23:15-21, onde os dois pes representam a Igreja composta de Judeus e de Gentios). As pessoas recebem o Esprito Santo pela graa; mas qualquer um que mentir ao Esprito Santo receber severo julgamento, e isso responsabilidade. O livro de Levtico usa cinco ofertas para representar o nico e eterno sacrifcio do Senhor Jesus, para o qual os homens so tornados responsveis. As cortinas do tabernculo so 5 em nmero, acopladas umas nas outras, e os pilares do painel so 5 em nmero. 5 o nmero frequentemente usado no tabernculo.

O Nmero 6

6 o nmero do diabo. tambm o nmero do homem, uma vez que o homem pecou ao ouvir a palavra do diabo; e, dessa forma, ele se uniu ao diabo. Antes do amanhecer, as trevas parecem ficar mais profundas; da mesma forma, o nmero 6, antes do nmero completo 7, tambm o pior. 6 um nmero que pode ser dividido; , portanto, um nmero fraco. O homem, assim como o diabo, sempre fraco. Aquele nmero menor que o nmero 7; consequentemente, o homem e o diabo jamais podem vencer a Deus. Possam as pessoas sempre perceber que o seu nmero 6.

O homem foi criado no sexto dia (Gen. 1). Os homens deveriam trabalhar seis dias por semana (Ex. 23:12). Um hebreu serve como escravo por apenas seis anos (Deuteronmio 15:12). A terra de Cana deve ser cultivada sucessivamente por seis anos (Lev. 25:3). A histria humana tem cerca de seis mil anos. Moiss esperou na montanha por seis dias antes que Deus aparecesse a ele (Ex. 24:15-18). Para subir ao trono, Salomo subia seis degraus (I Reis 10:19). As horas do dia podem ser divididas por seis. Atalia usurpou o trono por seis anos (II Reis 11:3). Em Gnesis 4:16-24, ns lemos que os descendentes de Caim so registrados at a sexta gerao. A sexta carta Igreja menciona a hora do julgamento sobre toda a terra (Rev. 3:10). O sexto selo revela a ira do Cordeiro sobre a humanidade (6:12). A sexta trombeta prediz a matana de um tero da populao mundial (9:13). A sexta taa prepara o caminho para os reis do mundo sob instigao de espritos imundos para a guerra contra Cristo (16:12). O nome humano do Verbo feito carne Jesus, que no grego original composto de seis letras. Seis vezes Jesus foi atacado por um homem possesso por demnio; como o homem natural est sempre pronto para atacar nosso santssimo Senhor!

Quando o homem, debaixo da mo de satans, se ope a Deus, seu nmero frequentemente est conectado ao 6. Golias o primeiro exemplo mencionado: sua altura era de seis cbitos e um palmo, e a ponta de sua lana pesava seiscentos ciclos de ferro (I Sam. 17:4,7). A imagem de ouro de Nabucodonosor o segundo exemplo: sua altura era de sessenta cbitos, e sua amplitude de seis cbitos (Dan. 3:1-3). O futuro anticristo o terceiro exemplo: seu nmero ser 666 (Rev. 13:18). Um pensamento confortante deve ser mencionado aqui: no importa o que o homem ou o diabo faam, seu nmero apenas 6, enquanto que o nmero de Deus 7; conseqentemente, nem homens nem diabos podem se comparar a Deus.

O Nmero 7

7 o nmero da perfeio. formado pela adio 3+4. 4 representa o homem e 3 representa Deus. E, assim, tipifica a unio de Deus com o homem. , portanto, um nmero perfeito. (Note, porm, que 7 tambm um nmero de perfeio temporria; 12 o numero da perfeio permanente.) Esse nmero frequentemente faz aluso proximidade de Deus e o homem, unio da criatura ao Criador.

H numerosos exemplos do 7 como um smbolo de perfeio. O primeiro sete aparece no Sbado de Deus, um santo dia no qual Deus descansou (Gen. 2:1-3)-um descanso perfeito. Enoque o stimo depois de Ado (Judas 14)-um homem perfeito. Depois de No haver entrado na arca, Deus deu sete dias de graa (Gen. 7:4)-uma espera perfeita. Jac serviu Labo por Raquel durante sete anos (Gen.29:20)-um servio perfeito. O Egito teve sete anos de abundancia e sete anos de fome (Gen. 41)-perfeita graa e punio. O candeeiro de ouro no lugar santo tinha sete braos (Ex. 25:37)-uma associao perfeita. Aaro e seus filhos deveriam usar as vestes santas por sete dias (29:29,35)-perfeita santidade. Se algum pecasse, o sacerdote deveria mergulhar seu dedo no sangue e aspergir o sangue sete vezes na presena do Senhor diante do vu do santurio por aquela pessoa (Lev. 4:6)-uma purificao perfeita. Aaro e seus filhos deveriam habitar no tabernculo por sete dias (8:35)-uma habitao perfeita. O sangue do Dia da Expiao deveria ser aspergido sete vezes diante do propiciatrio (Lev. 16:14)-uma redeno perfeita. Durante a festa dos pes asmos, uma oferta preparada pelo fogo deveria ser oferecida por sete dias (Lev. 23:8)-uma consagrao perfeita. A Festa dos Tabernculos era mantida por sete dias (Lev. 23:42)-glria perfeita. No stimo ano a terra no deveria ser semeada (Lev 25:4)-um descanso perfeito. Na luta contra Jeric, antes da queda da cidade, sete sacerdotes sopravam sete trombetas enquanto o povo de Israel marchava ao redor da cidade por sete dias (Josu 6)-perfeita obedincia e perfeita vitria. Salomo construiu o templo em sete anos e manteve a festa da dedicao por sete dias (I Reis 6:38; 8:65,66)-uma obra perfeita e um louvor perfeito. Naam banhou-se no Rio Jordo sete vezes (II Reis 5:14)-confiana perfeita. J teve sete filhos (J 1:2)-uma beno perfeita. Os amigos de J sentaram-se no cho e se lamentaram silenciosamente por J durante sete dias e sete noites (J 2:13)-tristeza perfeita. Depois, eles ofereceram sete bezerros e sete carneiros como oferta queimada (J 42:8)-um arrependimento perfeito. O Senhor Jesus falou sete palavras na cruz- expresses da graa perfeita. Sete diconos serviam as mesas (Atos 6:3)-perfeito labor.

O Velho Testamento usa as set festas dos filhos de Israel para tipificar a maneira temporrio como Deus tratar com o mundo. O Novo Testamento usa sete parbolas para revelar as condies dos mistrios do reino dos cus (Mateus 13). O livro de Apocalipse registra sete cartas para predizer as condies da igreja em vrios perodos (Rev. 2 e 3). Todos esses , entretanto, so passageiros, e podem em breve desaparecer.

No livro de Apocalipse ns podemos perceber muitos setes. Um irmos observou que o Apocalipse o livro dos setes: tem sete vises, sete palavras de louvor ao Senhor Deus e ao cordeiro, sete espritos diante do trono de Deus, sete candeeiros de ouro, sete lmpadas de fogo, o Cordeiro tem sete chifres e sete olhos, sete anjos sopram sete trombetas, sete troves, sete cabeas da besta, sete taas das sete pragas de Deus, e sete montanhas representando sete reis. Todos esses setes juntos, so usados no livro 56 vezes. Uma vez que esse livro d o desfecho de como Deus ir tratar os homens na era final, esse nmero sete significa perfeio dispensacional, que uma perfeio temporria.

O Nmero 8

8 o numere da ressurreio. O Senhor Jesus ressuscitou dos mortos no primeiro dia da semana, que o oitavo dia. No a oitava pessoa preservada por Deus (II Pe. 2:5) e ele tem uma famlia de oito pessoas (I Pe. 3:20). Eles saram da arca (a inundao representando a morte) e se multiplicaram e encheram a nova terra. Deus ordenou a Abrao que circuncidasse todas as crianas do sexo masculino no seu oitavo dia de vida (Gen. 17:11-14). O significado da circunciso a retirada do corpo da carne (Col. 2:11). Isso concorda com ns somos feitura [de Deus], criados em Cristo Jesus (Ef. 2:10). Davi era o oitavo filho de Jess (I Sam. 16:10,11), e ele estabeleceu o novo Israel. A leproso era limpo no oitavo dia (Lev. 14:10,23) e, assim, ele era considerado uma nova pessoa. O feixe das primcias era agitado diante do senhor no oitavo dia- ou seja, na manh depois do sbado (Lev. 23:11). Cinqenta dias depois era a Festa de Pentecostes (v.16), que significa a vinda do Esprito Santo e o comeo da nova era. A Festa dos Tabernculos durava sete dias, e no oitavo dia, havia uma santa convocao (v.36); assim como a festa tipifica o reino milenar, a santa convocao fala do novo descanso depois do reino milenar. Os sacerdotes eram tambm consagrados por sete dias, e no oitavo dia eles comeavam seu novo ofcio (Lev. 9:1). No oitavo ano, os filhos de Israel semeavam a terra novamente (Lev. 25:22). O Salmo 8 fala do reino do Senhor (cf, Heb. 2:5-9). A Transfigurao do nosso Senhor Jesus aconteceu no oitavo dia (Lucas 9:28), evento esse que prediz o Seu poder e Sua apario (II Pe. 1:16-18). O nome Jesus em grego composto de seis letras, todas elas carregando vrios valores numricos respectivamente. Se adicionarmos esses valores uns aos outros, o nmero total do nome grego para Jesus 888. os discpulos se reuniram para partir o po no primeiro dia da semana, que o oitavo dia (Atos 20:7); esse um novo dia para reunir-se. No oitavo dia, tambm, os discpulos davam suas ofertas (I Cor. 16:1,2), ao essa que no estava de acordo com o estatuto da Velha Aliana. As oito cabeas da besta tero a stima cabea ressuscitada (Rev. 17:11). O esprito imundo volta com outros sete espritos mais malignos do que ele mesmo; ento, oito deles entram de novo no corao daquele que no recebeu ao Senhor Jesus (Mat. 12:43,45). Trs dos dez chifres da quarta besta mencionada por Daniel so destrudos, mas outro chifre, pequeninho, sobe como o oitavo chifre, que fala com palavras de blasfmias (ver Daniel 7).

O Nmero 10

10 o nmero da perfeio do mundo; tambm a multiplicao dos nmeros bsicos 5 e 2; e, portanto, representa a total responsabilidade do homem diante de Deus. Uma pessoa normal tem dez dedos nos ps e ds dedos nas mos para trabalhar e para caminhar. Por causa da rebelio humana, Deus puniu os egpcios com dez pragas. No auge do poder das naes haver dez reinos, que so sugeridos pelos dez dedos dos ps e pelos dez chifres (Dan. 2 e 7:7; Rev. 17:12). H dez mandamentos dados a Israel como a sua responsabilidade diante de Deus. Efraim representa as dez tribos da nao de Israel e era, por isso, diretamente responsvel diante de Deus; Efraim no era includo em Jud. Aps a Sua ressurreio, Cristo apareceu dez vezes. Quo grande era a responsabilidade daqueles que conheciam a Sua ressurreio!

A igreja em Esmirna ter tribulao de dez dias (Rev. 2:10). Os discpulos oraram por dez dias antes de serem batizados no Esprito Santo (Atos 1). As condies finais dos cristos so representadas na parbola das dez virgens (Mat. 25:1,2); dentre as quais cinco so sbias e cinco so tolas, mas todas elas tem responsabilidade na chegada do noivo. A mulher com dez peas de prata (Luc. 15:8-10) mostra que o mundo inteiro (no momento da fala isso pode ter representado apenas os filhos de Israel) pertence a Deus. Os dez servos receberam dez cinco talentos com que deveriam negociar at que o Senhor voltasse (Luc. 19:13). Eles no deviam ser negligentes com aquilo que haviam recebido. O primeiro servo recebeu dez talentos, ento ele foi recompensado com dez cidades. Deus requeriu dos filhos de Israel que dessem uma dcima parte; isso prova a grandeza do Senhor, uma vez que tudo fora dado a eles por Ele. Dez um nmero usado extensivamente no tabernculo, no temploe de salomo, e no templo mencionado em Ezequiel; pois todos esto neste mundo (Ex. 26:27; I Reis 6; Ez. 40).

O Nmero 12

12 o nmero de permanncia. Como o nmero 7 representa perfeio temporria ou dispensacional, o 12 fala de perfeio permanente. 7 feito do nmero bsico 4 (homem) adicionado ao nmero bsico 3 (Deus)-a unio da criatura e do Criador. 12 4 multiplicado por 3; e, assim, o criado sendo unido ao Criador. 7 representa a aproximao do homem e Deus, enquanto que o 12 fala de como Deus d graa ao homem para que o criado possa ser unido ao Criador. O nmero anterior significa o contato da criatura com o Criador; perfeito, mas apenas temporrio; mas o ltimo nmero mostra a unio do criado com o Criador, de forma que no apenas perfeito, mas tambm permanente. Entendamos que tanto o 7 quanto o 12 vm dos dois numerais 4 e 3; s que o 7 a adio desses numerais, enquanto que o 12 a multiplicao deles. Adicionar aproximar, multiplicar unir em um s. Sendo assim, o significado da multiplicao muito mais profundo do que o da adio. Aqui ns vemos a importncia de estarmos unidos a Deus.

Outros exemplos do uso bblico do nmero 12 podem ser vistos a seguir. Um ano tem doze meses. A nao de Israel era composta de doze tribos. Montadas na placa peitoral do sumo-sacerdote havia doze pedras preciosas (Ex. 28:21). Na mesa de ouro dos pes da proposio eram colocados doze pes (L