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Universidade Estadual de Campinas
Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência – PIBID
Subprojeto: PIBID HISTÓRIA – UNICAMP
Professora Coordenadora: Profª Drª Luana Saturnino Tvardovskas
Escola de atuação: Escola Estadual Vitor Meirelles
Professor Supervisor: Sérgio Abreu Oliveira Junior
Graduandos: Daniel Cordeiro de Lima Conceição, Gabriela de Aguiar Gotardi, Mariza de
Campos Sampaio Cardoso, Pedro Henrique Moreira Mattoso, Sidnei de Oliveira Júnior,
Vinícius Alves dos Anjos
PLANO DE AULA
OFICINA: Rainha Nzinga – Entre Imagens e a História
CAMPINAS
2019
CARACTERÍSTICAS DA OFICINA: REALIZAÇÃO, OBJETIVOS,
EXPECTATIVAS
A oficina descrita neste plano de aula foi idealizada para a IV Semana de Consciência
Negra da Escola Estadual Vitor Meirelles, transcorrida durante entre os dias 18 e 22 de
novembro de 2019. Planejada pelo conjunto de bolsistas do subprojeto PIBID História –
UNICAMP que atuam na escola e com duração de 120 minutos, a atividade visou agregar
uma reflexão para os debates da Semana que enfocasse nas representações históricas e
iconográficas de Nzinga Mbande (1583-1663), Rainha do Ndongo e do Matamba, reinos da
região da África Central que atualmente pertencem a Angola.1
Nzinga povoou o imaginário europeu desde sua vida enquanto rainha, diplomata, líder
religiosa e guerreira, tendo grande importância para a compreensão do estabelecimento do
tráfico de escravos do Porto de Luanda no século XVII e das ações do Império português na
África nesse período. A atividade balizou o conhecimento dos alunos em História da África,
Imperialismo e Colonialismo, questões de gênero e relações de alteridade entre europeus e
povos africanos, visando desconstruir estereótipos e preconceitos e desracializar a história do
continente africano.
A principal intenção era que a partir da chave de uma “micro história”, do exame da
biografia de Nzinga, dado seu amplo envolvimento no desenlace dos acontecimentos da
região no século XVII, os alunos pudessem acessar esse momento histórico, compreender
quais ideias e modos de ver e compreender o mundo estavam em disputa, de que maneira o
que estava ocorrendo ali seria a utilizado para orientar as transformações no mundo atlântico,
especificamente no Brasil; enfim: de estabelecer bases para uma análise crítica da história do
colonialismo, do racismo e da escravidão de um ponto de vista não eurocêntrico e sem cair ou
recorrer ao anacronismo como guia.
Palavras-Chave: História da África, Nzinga, RPG, memória histórica.
ESTRUTURAÇÃO DA OFICINA
Como mencionado acima, a atividade foi desenvolvida enquanto uma oficina, com
duração de duas horas. A realização contínua da oficina permitiu que 20 minutos fossem
considerados para atrasos, passagem de lista de presença e demais interrupções. Considerando
isso, há a possibilidade de aplicar esse plano de aula em no máximo três aulas de 50 minutos.
1 Nas notas de rodapé estarão referenciados os slides correspondentes a cada ponto para permitir a leitura em conjunto do plano de aula e dos slides disponibilizados.
O tempo sugerido pela oficina para a realização de cada momento estará, entre parênteses, ao
lado de cada tópico.
É importante frisar que o caráter de oficina abriu espaço para uma valorização da ação
dos alunos enquanto construtores da atividade, o que refletiu em um maior tempo para os
momentos em que eles empregaram atividades em grupo, como a construção da ficha do RPG
e o debate final, do que para os momentos de contextualização e explanação do conteúdo. A
maleabilidade do tempo é possível de acordo com os objetivos de cada docente em sala de
aula.
Contextualização Geográfica e histórica dos acontecimentos da África Central no
século XVII e as rainhas na história (20 minutos):
Partindo do pressuposto de que os alunos teriam pouco contato com a história da África,
foi preparada uma introdução ao contexto histórico e geopolítico vivido na região dos
acontecimentos, apresentando a região do Reino do Matamba e suas particularidades (povos,
línguas, formas de organização social). Comenta-se a questão da escravidão no continente
africano, suas especificidades em cada região e sua inserção em um contexto mais amplo de
múltiplas formas de trabalho compulsório e de linhagens.2
Seguindo, os alunos foram apresentados a questionamentos sobre rainhas e mulheres
enquanto líderes políticas. Foi realizada uma breve explanação sobre Elizabeth I, Cleópatra e
Maria Antonieta; mulheres de diversos contextos históricos e que inicialmente não poderiam
ser colocadas juntas em uma linha do tempo, a não ser por uma especificidade: todas
pertencem ao imaginário ocidental de princesas e rainhas com paralelos e divergências e que
chega a nós, por exemplo, por meio dos livros didáticos. A intenção aqui é preparar o campo
para o próximo momento.3
Produção de uma ficha de RPG (30 minutos):
Neste momento, se apresenta a figura de Nzinga enquanto rainha do Ndongo e do
Matamba com a menor quantidade de detalhes possíveis, para não enviesar a produção dos
alunos. É feita a proposta de que os alunos, a partir de seus conhecimentos e do conteúdo
exposto no momento anterior, montem uma ficha de RPG que tenha Nzinga como
personagem.4
2 Slides 2 ao 11 e 16 ao 18.3 Slides 12 ao 15.4 Slides 19 e 20.
O Role Playing Game (RPG) é um jogo de narrativa colaborativa que exige a
socialização, a participação efetiva do aluno e a ambientação em determinado cenário. Sua
aplicabilidade no ensino vem sendo cada vez mais estudado como alternativa para engajar os
alunos na construção do conhecimento (vide bibliografia complementar). Dentro do ensino de
história, as possibilidades de seu uso são imensas por uma característica: a necessidade de
respeitar as regras do universo. Com o docente se colocando como o mestre do jogo (aquele
que define as regras e a narrativa), é possível fazer com que os alunos desenvolvam
personagens a partir de limitações técnicas e de consciente coletivo da época escolhida (o
contexto histórico). Por exemplo: não é possível que em um enredo que se passará na
América pré-colombiana os personagens possuam conhecimento de armas de fogo, de
espanhol ou de cavalos.
Essa atividade priorizou um uso mais ortodoxo do RPG. A possibilidade de explorar
fontes diversas ou de permitir que os alunos criassem personagens era sedutora, mas correria
o risco de fugir do foco da oficina. Assim, os alunos, divididos em grupo de até cinco pessoas,
receberam uma ficha de RPG previamente planejada pelos pibidianos junto de uma folha de
instrução (ver Ficha de RPG e Folha de Instrução) para caracterizar especificamente a
personagem Nzinga, sem o apoio de mecanismos de pesquisa como a internet ou livros
didáticos. A ficha do RPG aqui serve como mecanismo de desencadeamento e organização do
conhecimento coletivo dos alunos, a descrevendo tanto em aparência (por exemplo: cor dos
olhos, cor dos cabelos, altura e tendo um espaço em que poderiam desenhar a personagem)
quanto de aspectos da personalidade (se era destemida, inteligente, forte) e de aspectos sociais
(seu grau de importância na comunidade em que vivia, seus conhecimentos sobre a cultura de
seu povo, sua religião e sua ligação com as questões espirituais, o(s) idioma(s) que falava).
No segundo aspecto, se utilizou a ferramenta dos Atributos, onde é possível distribuir uma
quantidade limitada de “pontos” para o personagem criado (o que não foi o caso dessa
atividade, que permitia pontos ilimitados).
Durante a montagem das fichas, os pibidianos circularam entre os grupos, tirando
dúvidas sobre o significado de cada categoria e auxiliando na articulação das ideias dos
alunos. Após o tempo definido para a montagem foi realizada uma breve discussão sobre
como os alunos representaram Nzinga, quais características eles priorizaram, quais
possibilidades eles recusaram (como, por exemplo, o fato de Nzinga ter “se convertido” ao
catolicismo) e o que sobre Nzinga eles nunca teriam imaginado. Então se veiculou um curto
vídeo da BBC sobre ela, como forma de apresentar sua história para os alunos.5
Memória e Iconografia sobre Nzinga (20 minutos):
Após a elaboração da ficha de RPG e apresentação da história de Nzinga, os alunos têm
contato com as produções escritas e iconográficas de Nzinga no tempo, desde o relato de
padres italianos no século XVII até as investigações historiográficas do século XX, passando
pelas representações de Nzinga enquanto uma selvagem, rainha de traços europeus e pele
negra, símbolo de luta anticolonial, anti-imperialista e independentista angolana e, por fim,
exemplo histórico do protagonismo de mulheres negras na África pela HQ “Njinga Mbande:
Rainha do Ndongo e do Matamba” da série UNESCO Mulheres. Aqui, houve uma busca de
colocar ao lado dessa produção mais intelectual e simbólica (de padres, historiadores,
organizações políticas e governos) com a cultura popular desenvolvida na diáspora atlântica,
de festas populares como a congada, o vocábulo ginga (que se refere a uma pessoa com
trejeito, capacidade de esquivar, de não ser atingida, dada sua habilidade diplomática de
manusear portugueses e seu povo) e, por fim, os samba-enredo que se tornam cada vez mais
comum.6
Debate sobre a instrumentalização da imagem de Nzinga, seu papel nas guerras
coloniais e na venda de escravos em Luanda e sua recepção na
contemporaneidade (30 minutos):
Aqui, a HQ retornará como fonte primária. Tomando as histórias em quadrinho como uma
combinação de texto e imagem, os alunos são chamados a analisar a composição que é feita
sobre a personagem de Nzinga7 e a sua romantização que passa, inclusive, por uma atenuação
da presença da escravidão em sua corte e em seu reino.
Os alunos debatem os possíveis motivos para essa escolha e sua implicação a partir do
exemplo de um comentário feito na internet, que busca desmerecer a construção do símbolo
de Nzinga a partir desse aspecto.8 Questões como o racismo, o revisionismo histórico em
torno da escravidão no Brasil, as diferenças entre uma sociedade escravista e uma sociedade
com escravos, as características da escravidão na África e a construção da memória de Nzinga
enquanto interligada a identidade nacional de Angola e as consequências dessa escolha são 5 O vídeo utilizado está disponível aqui: <https://www.bbc.com/portuguese/internacional-44361821> Acesso em 15 de novembro de 2019.6 Slides 22 ao 39.7 Slides 34 ao 38.8 Slides 40 e 41.
revisitadas aqui de forma crítica, engajada e direcionada a uma compreensão histórica de
Nzinga, gerando empatia e compreensão, indo de encontro com o objetivo de produzir uma
narrativa histórica à contrapelo, contando a história da África de uma perspectiva não-
europeia.
Bibliografia e Webgrafia utilizada para montar a oficina:
Cleópatra VII Filopator. Disponível em: <https://www.livius.org/articles/person/cleopatra-
vii/>. Acesso em: 15 nov. 2019.
Desenho de Benin City feita por um oficial inglês, 1897. Disponível em:
<
https://pt.wikipedia.org/wiki/Reino_do_Benim#/media/Ficheiro:Drawing_of_Benin_City_ma
de_by_an_English_officer_1897.jpg>. Acesso em: 15 nov. 2019.
Elizabeth I by Helen Castor review – a study in insecurity. Disponível em:
<https://www.theguardian.com/books/2018/apr/05/elizabeth-i-helen-castor-study-insecurity-
penguin-monarchs>. Acesso em: 15 nov. 2019.
Evolution of the Map of Africa. Disponível em:
<https://lib-dbserver.princeton.edu/visual_materials/maps/websites/africa/maps-continent/
continent.html>. Acesso em: 15 nov. 2019.
FRANÇA. Edouard Joubeaud. Unesco (Org.). Njinga a Mbande: Rainha do Ndongo e do
Matamba. Paris: Organização das Nações Unidas Para A Educação, Ciência e A Cultura
(UNESCO), 2014. 56 p. (UNESCO Mulheres na história de África). Disponível em:
<https://unesdoc.unesco.org/ark:/48223/pf0000230931>. Acesso em: 15 nov. 2019.
HEYWOOD, Linda. Nzinga de Angola: A rainha guerreira da África. 2018. São Paulo: Casa
das Letras.
The "Kingdom of Congo" (now usually rendered as "Kingdom of Kongo" to maintain
distinction from the present-day Congo nations). Disponível em:
<https://en.wikipedia.org/wiki/Kingdom_of_Kongo#/media/File:KingdomKongo1711.png>.
Acesso em: 15 nov. 2019.
IMPÉRIO DA TIJUCA – 2010. Enredo: Suprema Jinga – Senhora do trono Brazngola.
Carnavalesco: Jack Vasconcelo. Compositores: Márcio André, Djalma Falcão, Ito Melodia,
Grassano e Jota Karlos. Intérprete: Roosevelt Martins Gomes da Cunha (Pixolé). Disponível
em: <http://www.galeriadosamba.com.br/escolas-de-samba/imperio-da-tijuca/2010/> Acesso
em: 15 nov. 2019.
Localização de Reino da Matamba. Disponível em:
<https://pt.wikipedia.org/wiki/Reino_da_Matamba#/media/Ficheiro:Lossy-page1-1171px-
Kongo_1648_coloured_2.png>. Acesso em: 15 nov. 2019.
Mapa Político da África Atualizado. Disponível em:
<http://geoconceicao.blogspot.com/2013/01/mapa-politico-da-africa-atualizado.html>.
Acesso em: 15 nov. 2019.
Marcos González Díaz. BBC Mundo. A rainha africana que liderou resistência aos
portugueses e se tornou símbolo. 5 junho 2018. Disponível em:
<https://www.bbc.com/portuguese/internacional-44361821>. Acesso em: 15 nov. 2019.
Maria Antonieta. Disponível em:
<https://pt.wikipedia.org/wiki/Maria_Antonieta#/media/Ficheiro:Louise_Elisabeth_Vig
%C3%A9e-Lebrun_-_Marie-Antoinette_dit_%C2%AB_%C3%A0_la_Rose_%C2%BB_-
_Google_Art_Project.jpg>. Acesso em: 15 nov. 2019.
PANTOJA, Selma. O Ensino da História Africana: Metodologias e mitos: O estudo de
caso da Rainha Nzinga Mbandi. 2010. Disponível em:
<https://repositorio.unb.br/handle/10482/8175>. Acesso em 16 Nov. 2019.
Reino do Benin. Disponível em: <https://pt.wikipedia.org/wiki/Reino_do_Benim>. Acesso
em: 15 nov. 2019.
SOLLA, Walter; NETO, Ary. IDADE MÉDIA: Reinos Africanos #5. 2016. (9min 43s). You
Tube. Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=iLjq_5uy4AA>. Acesso em: 15
nov. 2019.
Anexos – Mapas:
Anexo 1: Mapa Político Atual do continente africano
Anexo 2:ÁFRICA CENTRAL - SUDOESTE AFRICANO
Anexo 3:1584 - Abraham Ortelius
Anexo 4:1644 - Willem Janszoon Blaeu
Anexo 5:1710 - Herman Moll
Bibliografia Complementar – usos do RPG no ensino:
AMARAL, Ricardo Ribeiro do. RPG na escola: aventuras pedagógicas. Recife: Editora
Universitária UFPE, 2013.
BROUSSARD, Jessica E. Playing class: a case study of ludic pedagogy. Thesis [Education
Theory, Policy and Practice], Louisiana State University, Baton Rouge, 2011.
CORRÊA, André Luís da Costa. Rolando dados, criando histórias, aprendendo História:
o uso do RPG como instrumento de iniciação científica no ensino de História. Mestrado
[ProfHistoria], UFRGS, Porto Alegre, 2017.
CUPERTINO, Edson Ribeiro. Vamos jogar RPG? Diálogos com a literatura, o leitor e a
autoria. Mestrado [Letras], USP, São Paulo, 2008.
FRANCISCO, Jeferson da Silva. Os jogos de interpretação de personagens e suas
perspectivas no ensino de História. Dissertação de Mestrado [História], UEL, Londrina,
2011.
FREITAS, Vivianete Mila de. Leitura e escrita de jovens em contextos de RPG.
Dissertação [Educação], UFMG, Belo Horizonte, 2007.
LACHANCE, Graeme. Living Pedagogies of a Game-Master: An Autoethnographic
Education of Liminal Moments. Dissertation [MA in Education], University of Ottawa,
Ottawa, 2016.
MARCATTO, A. Saindo do quadro – uma metodologia lúdica e participativa baseada no
role playing game. 2. ed. São Paulo: A. Marcatto, 1996.
PAVÃO, A. A aventura da leitura e da escrita entre mestres de roleplaying game . 2. ed.
São Paulo: Devir, 2000.
PEREIRA, Juliano da Silva. Uma máquina do tempo movida à imaginação: RPG e
empatia histórica no ensino de História. Mestrado [História], UEL, Londrina, 2014.
PEREIRA, Ricardo Klimick. Uma ponte pela escrita: a narratividade do RPG como
estímulo à escrita e à leitura. Tese [Letras], PUC-RIo, Rio de Janeiro, 2008.
PETERSON, Jon. Playing at the World: a History of Simulating wars, people and
fantastic adventures, from chess to Role-Playing Games. San Diego: Unreason Press,
2012.
ROCHA, Rafael Correia. Narrativa da imaginação: proposta pedagógica, metodologia
role playing e reflexões sobre educação. Uberlândia: [s.n.], 2014.
______________________. RPG: uma ferramenta lúdica para o desenvolvimento
humano. Uberlândia: Narrativa da Imaginação, 2014.
RODRIGUES, S. Roleplaying Game e a Pedagogia da Imaginação no Brasil. Rio de
Janeiro: Bertrand Brasil, 2004.
SALDANHA, Ana Alayde; BATISTA, José Roniere Morais. A Concepção do Role-Playing
Game (Rpg ) em Jogadores Sistemáticos. Psicologia: ciência e profissão, v. 29, n. 4, p. 700–
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TOLEDO, Elizete da Aparecida. O RPG como estratégia de ensino: uma proposta para o
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ZALKA, Csenge V. Adventures in the Classroom: Creating Role-Playing Games Based
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