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E o maldito Pokémon já tinha escapado de minha Pokébola uma vez, mas agora ele tinha de ser capturado. Ah, se tinha. Então, precisei pedir ajuda a Helioptile mais uma vez. Ele parecia cansado e já não aguentava mais correr, mas agora faltava pouco. Muito pouco. – Helioptile, use o Parabolic Charge mais uma vez! – Heli! E o pequeno Pokémon fez um último esforço, disparando uma poderosa rajada de eletricidade pelos ares até atingir o Pokémon adversário. Vivillon caiu duro no chão. – Viih... – Ele tentou se levantar mais uma vez, mas já era tarde. A pokébola voou e bate em suas asas verdes, engolindo-o por completo. E então, como num passe de mágica, “TUUUM”, o sinal sonoro havia indicado que a captura foi concluída.

pokemonxyadventures.files.wordpress.com€¦  · Web viewfalava toda vez que eu lhe confeccionava um tomara-que-caia ou uma minissaia colorida. No começo a aula estava muito, muito

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E o maldito Pokémon já tinha escapado de minha Pokébola uma vez, mas agora ele tinha de ser capturado. Ah, se tinha. Então, precisei pedir ajuda a Helioptile mais uma vez. Ele parecia cansado e já não aguentava mais correr, mas agora faltava pouco. Muito pouco.

– Helioptile, use o Parabolic Charge mais uma vez!

– Heli!

E o pequeno Pokémon fez um último esforço, disparando uma poderosa rajada de eletricidade pelos ares até atingir o Pokémon adversário.

Vivillon caiu duro no chão.

– Viih... – Ele tentou se levantar mais uma vez, mas já era tarde. A pokébola voou e bate em suas asas verdes, engolindo-o por completo. E então, como num passe de mágica, “TUUUM”, o sinal sonoro havia indicado que a captura foi concluída.

– Yeah! O Vivillon... É todo meu!

Capítulo 10

Sycamore and the beginning of a new era

Imagem Original > http://www.zerochan.net/1616867

Todos os créditos vão para o criador

______________________

Parecia que eu tinha voltado no tempo. Era muito infantil tudo o que estava acontecendo, mas ao mesmo tempo era tão... tão... Legal, sabe? Não me sentia tão bem assim há anos. Devia ser essa a sensação de se sentir mais jovem que mamãe sempre falava toda vez que eu lhe confeccionava um tomara-que-caia ou uma minissaia colorida.

No começo a aula estava muito, muito chata. Mas a professora deu uma saidinha e então, a festa começou. Muita música nos fones de ouvido, guerra de bolinhas de papel, gritaria, meninas varrendo o chão com suas bundas, enquanto tentavam se equilibrar em cima de tamancos e ainda preocupadas em mostrar a barriga... Meninos discutindo sobre futebol, no entanto alguns mais tarados falavam de sexo e putaria.

A fofoca do momento era que a Srta. Gertrudes tinha feito um filme pornô há algum tempo. Cara, não dava pra acreditar uma velha daquelas. Eu fico imaginando como seria a gritaria... E o suador... Mas não vou entrar em detalhes. Hahahahah

O fato é que estava tudo acontecendo muito depressa e eu estava me adaptando muito bem. Fazendo novos amigos, revendo velhos... Sabe, eu tava me esforçando. Passei na maioria das provas daquela semana (exceto pela de botânica Pokémon – isso porque eu ainda não capturei nenhum pokémon do tipo grama). Era a primeira de aula e já tínhamos prova... Tenho que combinar que no Ensino Médio isso não acontecia, mas tudo bem.

Sentava-me ao lado do Matthew, que parecia ficar cuidando os braços musculosos dos garotos, enquanto os garotos pareciam ficar olhando minhas pernas e tentando descobrir qual era a cor da minha calcinha. Era realmente tudo muito afrontoso, mas eu estava disposta a continuar ali por um bom tempo. Ali eu me sentia mais viva a cada dia que se passava e me fazia esquecer que o meu grande amor estava longe... Era ali onde eu queria e onde eu deveria estar.

Desde minha primeira semana ali meu mundo se tornou outro. Minha realidade mudou. As lágrimas que antes eram constantes, escorrendo por meu rosto e pingando em meu travesseiro como uma goteira, agora permaneciam em meus olhos, como se nada espetasse meu coração, como se nada o dividisse em dois. Matt também parecia estar gostando. Se juntou com um amiguinho bissexual e com outro que se dizia hétero mas que nunca tinha beijado na vida.

Shauna – Minha amiga de infância e que me ajudou a mudar o visual – conversava a aula toda com um menino baixinho, de cabelo emo e com um grandão. O dia todo eram os três rindo... Quem foi que riu? Ah, com certeza, a Shauna, o Trevor e o Tierno. Por outro lado tinham os meninos no geral. Todos ficavam de zoação a aula toda... Exceto ele, o garoto mais bonito da sala... Calem.

Calem tinha um visual meio emo que me lembrava o "ex", mas tinha um grande carisma. Ele não se misturava muito com os outros, mas mesmo assim, ele era gentil e sorria para todos. Nunca se deixava abater por nada e nem por ninguém. Era aparentemente uma pessoa muito feliz e dedicada nos estudos. E é claro que eu estava cuidando ele desde que eu coloquei o olho naquela barriga tanquinho e naquele piercing cravado na boca.

Eu acho que estava acontecendo tudo de novo. Meu coração baita mais forte toda vez que eu olhava para aquele moleque com cabelo emo. E toda vez que ele dava aquele sorriso, eu me sentia nas nuvens. Estava claro que essa mudança "radical", tanto no meu visual quanto na minha rotina estava fazendo eu esquecer o Alex mais fácil do que normalmente seria. E é claro, com um novo amor batendo à porta, o processo acelerava mais rápido ainda.

Eu não podia esperar mais por ninguém. Foi então que naquele dia em que a professora deu uma saída que eu resolvi ter atitude. Eu tinha que falar para o Calem tudo o que eu estava sentindo. Tinha que falar e precisava que ele ficasse comigo.

– Ei, Princesa!

– Matt, que susto você me deu! Estava perdida em meus pensamentos!

– Eu tenho uma coisinha pra você!

O menino de cabelos azuis – nota: recém-pintados – me entregou em mãos um papelzinho todo amassado e com um cheirinho muito bom. Perfume masculino. Com certeza e uma colônia dignamente importada.

– O que é isso?

– Boas notícias. Abra.

De vagar peguei o bilhete em minhas mãos e comecei a desamassá-lo, a fim de abrir e ver o que me esperava. Para a minha surpresa, aquilo não era um simples bilhetinho bobo. Era algo que poderia mudar a minha vida, para sempre.

"Quer ficar comigo? Calem."

Não me contive. Gritei e levantei o braço para cima, como sinônimo de vitória. Eu tinha conseguido, mesmo sem ter ido falar com ele. O garoto queria ficar comigo. Não era um namorar, mas já me satisfazia, de todas as formas. Coloquei minhas mãos na borda da classe e empurrei a cadeira para trás com o peso do meu corpo. Virei-me e sorri. Sorri para aquele menino lindo que acabara de me conquistar. Um "Sim" com certeza...

A garotinha de vivia dentro de meu corpo tinha finalmente ido embora. Eu estava naquela sala de aula para mostrar que uma nova era tinha começado. Uma era sombria, mas que ao mesmo tempo tornaria mudaria completamente a minha vida. E o que era passado finalmente poderia ficar em paz, no lugar de onde sempre deveria estar: no passado. Essa era uma nova vida. Um novo começo. Uma nova Y.

Nisso, a Srta. Gertrudes voltou, fazendo um grande anúncio:

– O Diretor informou que a escola recebeu uma visita de última hora, de uma pessoa MUITO especial – ênfase no muito – e ele vai nos dar uma pequena... “palestra”. Por favor, vamos nos dirigir até a quadra.

– Ué, quem será? – Matthew perguntou.

– A Campeã da Liga, talvez. – Zack respondeu.

– KORRINA OUTRA VEZ NÃO! – Shauna exclamou com um tom de tédio na voz.

– Quem será, hein? Quem será? – Tierno e Trevor estavam muito curiosos. Também estavam se perguntando.

Chegando à quadra, nos sentamos nas arquibancadas improvisadas para os duelos pokémons dos sábados e ficamos aguardando... Cinco minutos depois, chegou o diretor, informando a todos quem havia vindo para a escola.

– Quietos! Quietos!

Todos então pararam de falar e/ou mexer nos celulares e prestaram atenção no velho decrépito que cuspia à sua frente.

– Quem vai vir aqui é alguém muito especial. Alguém que dedicou muitos anos de trabalho e faculdade para finalmente chegar aonde chegou! Ele estudou 8 anos depois que se formou. Ah, e detalhe: ele estudou aqui na Academia de Shalour! Lembro-me dele quando ainda era só uma criança.

– Fala logo quem é! – Berrou Darkstorm, das fileiras mais altas, todo irritado.

– Ah, vocês não sabem? Não me admiro a Professora Gertrudes não ter falado. Ela nunca se lembra dos nomes das pessoas! – Todo mundo riu. – Quem vem aí é o Pesquisador mais renomado de Kalos depois do Professor Patrice: é o Professor Sycamore! PODE ENTRAR PROFESSOR! – O velho berrou e do outro lado da quadra então surgiu um homem alto, novo e com cachinhos castanhos perfeitamente ondulados.

– Olá, pessoal! – Ele se apresentou formalmente. – Meu nome é Sycamore e sou o novo Pesquisador Especialista em Pokémons da Região de Kalos. Talvez muitos de vocês não tenham ouvido falar em mim ainda porque sou novo no cargo. Antes de mim veio o Professor Patrice, que hoje está lecionando aqui na escola e é claro, depois de mim, eu pretendo que meus futuros filhos sigam meu cargo.

– Vá direto ao ponto! – Alguém gritou, mas não pude identificar quem era.

– Calma, seus apressadinhos! Bom, primeiro eu vou falar o que é que eu vim fazer aqui... Em primeiríssimo lugar, em vim atrás de um treinador fabuloso, ou melhor, de uma treinadora. Ultimamente eu tenho recebido Pokémons de várias partes de Kalos. Como todos sabem, em um time só pode haver seis pokémons, os outros que são capturados são mandados diretamente para meu laboratório...

Todos ficaram em silêncio, captando as palavras emitidas pelo homem. Elas pareciam brotar de sua garganta, fluíam naturalmente. Dava a impressão de que ele estava bem confortável. Não parecia nem um pouco nervoso e não parecia ter decorado o texto.

– E com isso, recebi ultimamente centenas de pokébolas com a localização daqui da escola. Mas uma captura recente me intrigou. Inclusive, recebi mais uma captura dessa mesma treinadora ainda hoje pela manhã e estou com as duas pokébolas dela aqui. Mas enfim, o que eu ia dizendo é que algo realmente me intrigou. Fui falar com o Professor Chevalier para saber quem era a aluna e ele me respondeu na lata. Fiquei sabendo que é dessa turma, então, resolvi vim dar uma palavrinha com todos vocês.

Minha nossa! Quem será essa aluna tão aclamada?

– Em segundo lugar, eu selecionarei alguns alunos para batalharem comigo. Os outros terão de ficar na torcida, afinal, não posso batalhar contra uma turma inteira, não é mesmo? – Ele deu uma risadinha pelo canto. – Mas voltando ao assunto anterior, eu recebi uma pokébola com a localização daqui, da escola, mas o Pokémon que tinha dentro era, ou melhor, é SUPERPODEROSO. Sim, um Pokémon com níveis altíssimos de status: Tanto força, quanto velocidade, ou mesmo nos movimentos. E o mais impressionante: Esse Pokémon ainda era capaz de Mega Evoluir. Alguém aí sabe de quem eu estou falando?

Meu rosto então ficou vermelho, quase roxo de tão vermelho. Matthew e Zack então gritaram, dando vivas e eu tive de me levantar e ir até Sycamore. Pra quem perdeu o último capítulo, eu acabei capturando um Banette que estava equipado com a Banettite, ou seja, ele podia Mega Evoluir. Além disso, todos sabem que pokémons que podem mega-evoluir alcançam um equilíbrio no seu nível de poder com o nível dos Pokémons Lendários.

– Ah, então é você? Natalie Yvelgress!

– Y. Chame-me apenas de Y

– “Uai”? Você não é aquela garota que batalhou na guerra contra os Rocket’s em Lumiose? A namorada do X?

– “Ex”. – acrescentei.

– Ah, me desculpa. Mas enfim, como foi que uma simples aluna do Ensino Médio-Superior foi capaz de batalhar em uma guerra, sair sem nenhum arranhão e ainda capturar um Pokémon tão poderoso quanto Mega-Banette.

– Ah, eu tenho meus truques! – Deu umas piscadinha quando de repente toda a sala se levantou e me aplaudiu. Senti meu rosto ficar vermelho e quente como uma pimenta.

– Pois bem... Você aceitaria lutar comigo?

– Com você?

– É claro! Por que não? Eu sou um Professor Pokémon moderno! Aceito batalhar com meus discípulos e com qualquer um que houve passar no meu caminho!

– Tudo bem, então.

– Mostre-me suas habilidades. – Sycamore se afastou e foi para o centro da quadra, deixando um grande espaço para a batalha. – Você pode iniciar atacando primeiro.

– Tudo bem. Dois a dois?

– Por mim está o.k.. – respondeu o professor. – Professor, quer dizer, Diretor... O que acha que assumir o cargo de árbitro da batalha?

O diretor Chevalier apenas levantou o polegar direito, confirmando.

– Certo. Então a minha escolha é... Meganium! Vai!

Da Pokébola lançada por Sycamore surge um Pokémon enorme, que exalava um perfume sem igual. O cheiro de pétalas de rosa misturado com grama recém-cortada e o orvalho da manhã fazia me lembrar de quando eu era pequena e costumava brincar no pátio da minha mansão com minha irmã...

A plateia então rugiu com o Pokémon de Sycamore. Todos olharam admirados para Meganium e aplaudiram.

– Aerodactyl, é com você! Vai!

A ave fossilizada ainda estava meio dura depois de tanto anos congelada no âmbar, mas agora que havia finalmente sido restaurada, estava pronta pra entrar em combate. Já fazia um tempinho que eu treinava Aerodactyl escondida todas as noites e agora eu acho que ele finalmente estava pronto para um combate de verdade.

Nisso, uma chuva de aplausos emergiu da plateia, acompanhando a chegada de meu Pokémon à arena e eu podia ouvir Shauna e Zack gritando “Vai lá, Y!”.

– Nossa, um Pokémon Pré-histórico?

– Eu disse que tinha meus truques, você não acreditou...

– VAI! – Gritou o diretor Chevalier. E assim, a partida teve finalmente seu início.

– Aerodactyl, suba! – ordenei.

– Grooooar! – E a ave começou a voar rapidamente pra cima, longe de qualquer ataque de pudesse atingi-lo.

– Meganium, vamos trazer ele de volta! Vine Whip! – Sycamore não hesitou e Meganium foi ordenada a disparar chicotes de cipó contra Aerodactyl, que ficou preso nas vinhas malditas. – Agora puxe! – E os chicotes de repente ganharam uma força incrível, puxando Aerodactyl de volta para o solo.

– Aero, vamos nos livrar dessas vinhas! Use Fire Fang!

As mandíbulas da ave rochosa de repente se tornaram inteiramente consumidas por fogo ardente. As chamas começaram a crescer e crescer até que Aerodactyl arriscou uma mordida bem forte contra as vinhas de Meganium, que logo se desenrolaram.

– É isso aí, Aerodactyl! Agora que está livre, avance com o Thunder Fang!

Aerodactyl então começa a voar em disparada pra cima de Meganium, energizando suas mandíbulas novamente, mas dessa vez com faíscas amarelas de eletricidade.

– Meganium, use Grassy Terrain!

O corpo de Meganium começou a variar de um tom de verde até um tom de rosa, e depois ervas espirituais surgiram ao redor de seu corpo. Estava invocando uma espécie de “campo mágico”, onde todos os pokémons que tocam no solo tem a energia recuperada e todos os tipos grama que usam golpes pelo solo tem o poder aumentado.

Mas Aerodactyl continuou, mesmo após a “invocação” de Meganium. Ele seguiu em frente com suas mandíbulas elétricas e acertou uma poderosa mordida no pescoço da Pokémon, que tombou no chão, sentindo o efeito do golpe.

– Meganium, aproveite que ele está perto e use Frenzy Plant!

A Pokémon de Sycamore então pareceu exalar um perfume mais doce do que nunca e então raízes suturais surgiram debaixo do solo e avançaram com tudo pra cima, chicoteando Aerodactyl com tudo.

– Aero, não!

Mas Aerodactyl havia sido golpeado com fúria e foi jogado pra longe pela histeria das plantas de Meganium.

– Agora, Meganium! Termine com o Solar Beam!

A Pokémon tipo planta então começou a carregar uma energia amarela em suas anteninhas, que vibravam, procurando por raios de sol.

– Não podemos deixar que ela se alimente demais com a luz solar! Aerodactyl, Ice Fang!

Aerodactyl então se levantou com tudo e voou pra cima de Meganium, nutrindo suas mandíbulas agora com faíscas congelantes. E o Pokémon voou, e voou, até chegar bem próxima da Pokémon de planta. Foi quando Sycamore anunciou:

– Dispare!

E Meganium lançou através de sua boca uma rajada de luz solar contra Aerodactyl. Ao colidir, batendo diretamente na cara de Aerodactyl, o golpe forma uma explosão, levantando uma fumaça branca por toda a quadra.

– Aerodactyl!

Mas o campo estava silencioso. Eu tentava limpar minha visão balançando os braços em frente ao meu corpo, mas a fumaça era densa demais e parecia ficar mais grossa a cada segundo.

– Grooooar!

Foi então que ouvi o grito de guerra de Aerodactyl. Ele ainda estava na luta e agora eu já sabia o porquê: O Solar Beam colidiu diretamente com as mandíbulas de gelo de Aerodactyl e um golpe anulou o outro na hora, formando assim uma explosão energética que resultou naquela fumaça tão densa. Só assim Aerodactyl foi capaz de se manter em campo.

Mas isso não bastava. Eu precisava derrotar Meganium de um jeito ou de outro.

– Aerodactyl, voe bem alto! Já sabe o que fazer.

E a ave agitou as asas, voando bem alto, pra onde a fumaça não havia se espalhado. Então sua cabeça começou a ficar branca e o corpo todo logo ficou delineado pelo mesmo brilho. Então, em uma fração de segundo, já não se via mais Aerodactyl. Ele havia mergulhado na escuridão da fumaça com tanta velocidade que parecia ter se teletransportado.

– Meganium, use Frenzy Plant!

E então uma segunda explosão atingiu o campo de batalhas. A fumaça rapidamente se dissipou quando os dois pokémons, tanto Aerodactyl quanto Meganium foram jogados para os lados opostos do campo, completamente derrotados...

– Mega, mega... @-@!

– Groooar-- @-@!

– Parece que aquela combinação de Iron Head com Frenzy Plant foi pesada demais pros dois pokémons... – Sycamore então recolhe Meganium de volta à pokébola, enquanto faço o mesmo com Aero. – Por enquanto é um empate... Mas com esse aqui, eu duvido que você vá conseguir dormir essa noite.

Sycamore pegou uma pokébola azul, bem reluzente em sua mão. Me atrevi e lancei a minha primeiro, impedindo que ele lançasse o seu pokémon antes de mim.

– Brai! Xen!

– Um Braixen? – Sycamore deu uma risadinha pelo canto da boca, como se já tivesse vencido. – Quem diria, porque o Pokémon que eu tenho aqui é um Delphox!

E da pokébola brilhante de Sycamore surge então Delphox, a última forma evoluída de Fennekin e o estágio evolutivo seguinte de Braixen. Mas esse era diferente. Tinha um brilho azulado ao redor do corpo e eu pude perceber então que ele era como a Eevee: Um Pokémon Shiny!

Muito raros, os pokémons shinies possuem uma coloração diferente da dos demais e, além disso, seu corpo é iluminado por um brilho mágico, uma essência especial que só esse tipo de Pokémon possui.

– Ou-Mai-Góde! – Exclamou Shauna da Plateia, enquanto todos aplaudiam nossos pokémons em campo. – A Y vai ter que rebolar agora, senão o Braixen vai rebolar!

– Muito bem... Braixen, vamos dar o nosso melhor! Use Will-O-Wisp!

– Ah, então você pretende me fazer sofrer? Quer me torturar aos poucos, é? Delphox, use o mesmo golpe!

Braixen ergueu sua varinha pra Delphox e disparou bolas de fogo azul contra a raposa maior. Mas o Pokémon Shiny devolveu o mesmo golpe e as esferas azuis colidiram no ar, anulando umas às outras. Nenhum deles acabou acertando o golpe.

– Muito bem... Vamos tentar algo diferente...

– Só se eu deixar! Mystical Fire!

Delphox então começou a brilhar em um tom de verde e apontou sua varinha (Alguns centímetros maior que a de Braixen), e disparou uma rajada de chamas vivas pra cima do pokémon.

– Desvie!

Mas Braixen foi lento demais e as chamas o consumiram, formando uma explosão pequena em torno de seu corpo.

– Brai... – Ele tentou parecer forte, mas aparentava ter se machucado bastante com o golpe.

– Braixen, Psychic!

Então Braixen se ajoelhou e seus olhos encheram-se de um brilho azul, emanando vibrações psíquicas que se espalharam pela quadra inteira. O corpo de Delphox então começou a flutuar, como se estivesse voando...

– Delphox! – Gritou Sycamore. Mesmo que o Psychic não tivesse tanto efeito em Delphox por causa de seu tipo secundário com o mesmo nome, agora ele estava imobilizado no ar, e não podia se mexer porque Braixen estava exercendo uma pressão telecinética sobre o corpo dele.

– Use o Will-O-Wisp! – Completei.

E Braixen disparou suas rajadas de fogo azul, dessa vez atingindo Delphox em cheio, já que este não podia se mover devido às vibrações paranormais do Psychic.

Agora o pelo de Delphox cintilava em chamas. As queimaduras não demoraram mais do que cinco segundos para aparecer. O Psychic então perdeu todo o seu efeito e Delphox voltou a se movimentar livremente.

– É isso aí, Delphox! Não vamos deixar que essas simples queimaduras nos abalem! Até porque tipos fogo NÃO PODEM SE QUEIMAR!

Também não demoraram nem cinco segundos para o pelo e Delphox retornar ao normal.

– Agora, Delphox! Use o Future Sight!

Delphox começou a ficar envolto por uma aura rosa-cintilante. Nada aconteceu.

– Mas o que-- Braixen, vamos priorizar o nosso ataque! Use o Psybeam!

Braixen então disparou uma rajada de energia multicolorida a partir de sua varinha-mágica, acertando Delphox em cheio. No entanto, o golpe parece não ter tido muito efeito.

– Maintenant! – Murmurou Sycamore.

E uma bola de energia enorme, em um tom de luz branco surgiu atrás de Braixen, engolindo-o por inteiro até formar uma explosão que luz que atingiu a quadra inteira. Tive que fechar os olhos por causa da luz irradiada pelo ataque...

– Braixen! – Gritei, ao abrir os olhos e ver o Pokémon estirado no chão.

– Brai... – Mas o teimoso tipo fogo insistiu em continuar batalhando e se levantou dificultosamente.

– Delphox, prepare seu ataque final! Hyper Beam!

Braixen estava se levantando ainda quando um raio rosado com falhas de luz branca avançou à sua frente até encontrar seu abdômen... Braixen caiu de joelhos e depois tombou para a frente, sem forças para continuar a lutar...

– BRAIXEN! – Gritei, correndo até o pokémon, que parecia mortinho da silva.

– Toma, dê isso a ele! – Sycamore me estende a mão, entregando-me um item restaurador de energias. Peguei rapidamente o “Max Revive” e coloquei na boca de Braixen.

– Pronto! – Braixen então se sentou, com uma cara confusa. Tinha perdido a batalha. Há séculos ele não perdia uma e foi perder logo para sua forma evoluída... Senti um peso sobre os ombros de Braixen. Foi humilhado em público. Percebi a preocupação e nervosismo de Braixen só de olhar em seus olhos. Então tomei uma atitude:

– Braixen, não tem do que se envergonhar! Você só não estava preparado para essa batalha, mas se você... “se a gente” se esforçar, com certeza conseguiremos vencer em uma próxima oportunidade.

Ele baixou as orelhinhas, triste.

– Olha pra mim, Braixen! – Ele levantou a cabeça e olhou diretamente em meus olhos. – Você não tem que se preocupar com nada! Apenas dê o melhor de si em todas as batalhas e não deixe que uma derrota te deixe pra baixo. Você tem que comemorar! Comemorar mesmo que tenha perdido. Comemore a vitória do oponente, afinal, assim como você, eles também não gostam de perder. Você só precisa dar uma chance a si mesmo nessa história.

– Brai!

O Pokémon então se levantou em um pulo e abriu um sorriso largo, acenando com a cabeça para confirmar que tinha entendido o recado. Foi então que eu finalmente estendi minha pokébola para Braixen, que foi sugado por um raio laser vermelho, retornando ao repouso dentro do objeto.

Quando me levantei, fui recebida com uma chuva de aplausos. Todos os meus colegas me aplaudiam por meu discurso com Braixen. Parece que minha conversa os motivaram a fazer o mesmo com seus pokémons.

Senti então pessoas me esmagando. Abraçando-me. Primeiro Shauna. Depois Calem. Depois Zack e Matthew. Depois Trevor. Depois Tierno. Depois o Professor Chevalier.

E por último, quando todos tinham “me largado”, Sycamore se aproximou e me abraçou, dizendo que aquela havia sido uma ótima batalha e que eu não precisava me envergonhar por ter perdido, do mesmo que jeito que Braixen não precisava.

– Eu... Não tenho vergonha! Tenho orgulho. Orgulho por ter dado o melhor de mim e por ter me esforçado para que o meu Pokémon não ficasse triste!

– É por isso que eu gosto de você, Y! Com poucas palavras você “samba” na cara da sociedade! – Sycamore começou a dar gargalhadas descontroladas. A princípio, pensei que estava rindo de mim, mas depois percebi que não. Estava falando a verdade. Eu tinha o poder da palavra. Com pouca “pronúncia” eu conseguia fazer milagres. Conseguia fazer tantos acreditarem em mim. Conseguia fazer confiarem em mim. E eu ficava feliz por isso. Era simplesmente “eu mesma”, do jeitinho que eu deveria ser.

– Obrigado. – Dei uma risadinha sincera e Sycamore então parou e me analisou nos olhos.

– O que você quer fazer quando sair da escola, Y? – Ele me perguntou.

– Eu... Não sei. Talvez continuar com o meu sonho de confeccionar roupas para Pokémons. Ou talvez... Talvez eu saia em uma jornada por outra região ou mesmo aqui, em Kalos.

– Eu... Tenho uma proposta pra você!

– Uma proposta? – Perguntei de novo, só pra confirmar.

– Sim. – Sycamore piscou o olho direito. – Você... Você poderia completar a Pokédex.

– Completar a Pokédex? Como assim? – Perguntei.

E Sycamore me Respondeu:

– Capturar todos os Pokémons presentes na Pokédex de Kalos. Todas as espécies, todas as formas evoluídas... Tudo. Depois de capturados, você poderia deixa-los em meu laboratório para futuros estudos em prol da fauna e da flora da região. Pensa bem: Com os seus pokémons podemos fazer descobertas incríveis para Kalos e para o Mundo!! O que acha?

A ideia pareceu explodir como uma bomba de felicidade em minha cabeça. Foi como se de uma hora pra outra, uma coisa enorme que eu nunca tinha reparado antes e que eu nunca tinha parado realmente pra pensar sobre ela (e que na verdade estava bem na frente de meus olhos o tempo todo) tivesse sido destapada e revelada para mim, mostrando todo o seu esplendor e genialidade. “Como eu não percebi antes?”.

– O que eu acho? PER-FECT! Como eu nunca tive essa ideia antes?

Remexi em meu bolso e achei minha Pokédex “personalizada”. Logo, o Professor a tirou de minha mão, analisou o menu principal e então disse:

– Este modelo está ultrapassado, Y!

– Ultrapassado? Mas já?

– As atualizações na Pokédex tem se mostrado cada vez mais efetivas! Tudo o que você precisa é baixar o novo modelo pela Internet através do Wi-Fi da sua Pokédex! Hoje em dia, conta-se com milhares de serviços extras na dex, como comparação de peso e altura, comparação entre macho e fêmea, vozes, diferenças entre formas, onde localizar no mapa da região, entre tantas outras funções.

– Mas eu acho que ainda faltam muitos pokémons para que eu consiga completar a Pokédex!

– Ah, mas isso não requer pressa! O último treinador que completou a pokédex em Kalos (Na época Parisia) levou cinco anos e meio atrás de todas as espécies!

– É? E quem é este treinador? – Perguntei curiosa pra saber se eu conhecia.

– O nome dele é Red, o Campão da Liga Pokémon da região de Kanto!

– E você... Acha que eu posso superar o Red?

– Com toda certeza. Você nasceu pra brilhar, Y. Hoje, só hoje, eu consegui enxergar o seu eu interior. A sua determinação, o seu coração, a sua emoção e acima de tudo, eu conheci o seu caráter. Se eu confio em você? Sim, Eu poderia deixar a minha vida em suas mãos que eu estaria seguro.

– Obrigada, Professor! – Senti meu rosto corar como nunca. E então as palavras brotaram de minha boca como se eu tivesse tudo em minha cabeça havia um bom tempo, o que de fato, não era verdade. Foi como se uma lâmpada se acendesse em minha cabeça e então meus objetivos futuros tomaram um novo rumo, mudando completamente de foco. – E eu lhe prometo: farei de tudo para capturar o maior número possível de Pokémon para ajudar a você e ao restante da população! A partir de hoje inicia-se uma nova era! Uma nova era, onde eu, Y, tenho um novo objetivo, um novo foco, uma nova visão e uma nova perspectiva de vida. Saiba que eu estarei dando o máximo de mim nessa missão. Pelo bem na nação!

Continua...

Pokémon XY Adventures || Forever and Always (Season 2) – Janeiro de 2014 – A cópia ou distribuição desse material é totalmente proibida.

Pokémon e todos os respectivos nomes aqui contidos pertencem à Nintendo. A(s) personagem (ns) – Srta. Le Blanc, Diretor Chevalier, Professor Patrice, Darkstorm, Wicked, Matthew e Zack – foi (ram) criado(s) por “ #Kevin_ ”, portanto é proibida a cópia ou o uso sem a autorização do mesmo.

~ Ao escrever a fanfic o autor não está recebendo absolutamente nada, ou seja, não há fins lucrativos e nenhuma obtenção de lucro com a escrita dessa história. ~