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MODELO ESTATÍSTICO PARA A EFICIENCIA DE REMOÇÃO DE DBO DA ESTAÇÃO DE TRATAMENTO DE EFLUENTES DE UMA INDÚSTRIA DE CELULOSE COSTA, Gabriela Leite da 1 MORAES, Francisco de Assis Bertini 2 RESUMO: Este trabalho é uma modelagem estatística sobre o processo de tratamento de efluentes de uma indústria de papel e celulose. O objetivo é aumentar a eficiência da remoção de DBO identificando as possíveis co-variaveis que influenciam neste processo, fazendo com que possibilite a simulação de resultados. O modelo estatístico é de regressão linear múltipla e correlaciona a eficiência de remoção da DBO, com o pH, temperatura, vazão, DBO de entrada do efluente no sistema, sólidos suspensos totais e oxigênio dissolvido. Obtemos neste trabalho um modelo com significância estatística na correlação, determinando os pesos de influência de cada co-variavel o que permite a correta simulação e otimização deste tratamento, a fim de buscar uma gestão adequada da ETE para os melhores resultados de mínimo impacto ambiental. PALAVRAS-CHAVES: Modelagem estatística, tratamento de efluentes, DBO, lodo ativado, regressão linear múltipla. ABSTRACT: This work is a statistical modeling of the effluent treatment process of a pulp and paper industry. The objective is to increase the efficiency of BOD removal 1 Gabriela Leite da Costa é graduanda em Engenharia Química (2017) pela Faculdade Municipal Professor Franco Montoro, Mogi Guaçu, São Paulo. E-mail: [email protected] . 2 Francisco de Assis Bertini Moraes possui graduação em Engenharia Química pela Universidade Estadual de Campinas (1983) e mestrado em Engenharia de Produção pelo Centro Universitário de Araraquara (2011). Tem 35 anos de experiência na área de Engenharia Química e Engenharia de Produção, com ênfase nas áreas de processos químicos, cogeração de energia e processo de produção de celulose e papel. E-mail: [email protected] . 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

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MODELO ESTATÍSTICO PARA A EFICIENCIA DE REMOÇÃO DE DBO DA ESTAÇÃO DE TRATAMENTO DE EFLUENTES DE UMA

INDÚSTRIA DE CELULOSE

COSTA, Gabriela Leite da1

MORAES, Francisco de Assis Bertini2

RESUMO: Este trabalho é uma modelagem estatística sobre o processo de tratamento de efluentes de uma indústria de papel e celulose. O objetivo é aumentar a eficiência da remoção de DBO identificando as possíveis co-variaveis que influenciam neste processo, fazendo com que possibilite a simulação de resultados. O modelo estatístico é de regressão linear múltipla e correlaciona a eficiência de remoção da DBO, com o pH, temperatura, vazão, DBO de entrada do efluente no sistema, sólidos suspensos totais e oxigênio dissolvido. Obtemos neste trabalho um modelo com significância estatística na correlação, determinando os pesos de influência de cada co-variavel o que permite a correta simulação e otimização deste tratamento, a fim de buscar uma gestão adequada da ETE para os melhores resultados de mínimo impacto ambiental.

PALAVRAS-CHAVES: Modelagem estatística, tratamento de efluentes, DBO, lodo ativado, regressão linear múltipla.

ABSTRACT: This work is a statistical modeling of the effluent treatment process of a pulp and paper industry. The objective is to increase the efficiency of BOD removal by identifying the possible covariables that influence this process, to improve possibilities of simulations. The statistical model is of multiple linear regression and correlates the efficiency of DBO removal, with the pH, temperature, flow rate, input DBO of the effluent in the system, total suspended solids and dissolved oxygen. We obtain in this work a model with statistical significance in the correlation, determining the influence weights of each covariable, which allows the correct simulation and optimization of this treatment, in order to seek proper management of the ETE for the best results with minimum environmental impact.

KEYWORDS: Statistical modeling, effluent treatment, DBO, activated sludge, multiple linear regression.

1 Gabriela Leite da Costa é graduanda em Engenharia Química (2017) pela Faculdade Municipal Professor Franco Montoro, Mogi Guaçu, São Paulo. E-mail: [email protected]. 2 Francisco de Assis Bertini Moraes possui graduação em Engenharia Química pela Universidade Estadual de Campinas (1983) e mestrado em Engenharia de Produção pelo Centro Universitário de Araraquara (2011). Tem 35 anos de experiência na área de Engenharia Química e Engenharia de Produção, com ênfase nas áreas de processos químicos, cogeração de energia e processo de produção de celulose e papel. E-mail: [email protected].

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1.) INTRODUÇÃO

O processo de produção de celulose consiste em dissolver e extrair a

lignina e resinas das fibras de celulose contidas na madeira. Cerca de 98%

desta lignina e resinas são extraídas no processo de polpação, concentradas

em processo de evaporação e enviadas para queima na caldeira de

recuperação, a qual fornecerá a energia térmica e elétrica para o

funcionamento da fábrica. Os 2 a 3% remanescentes seguirão junto com as

fibras para o processo de branqueamento, onde reagem com produtos

químicos clorados, mais reativos com a lignina e resinas e em seguida são

extraídas das fibras através de processo de lavagem com grandes quantidades

de água. Este resíduo lavado é encaminhado ao tratamento de efluentes para

redução de DBO e descarga ao manancial hídrico. As fibras seguem para a

produção de papel ou para secagem de celulose. (MORAES, 2011).

Sendo assim, as principais cargas de DBO dissolvidas no efluente de

uma fábrica de celulose e papel são provenientes dos resíduos gerados pela

água evaporada na evaporação e pelo processo de lavagem no

branqueamento. (MORAES, 2011).

As empresas atualmente estão dando uma maior importância às

consequências de seus processos produtivos, ou seja, que seus efluentes

líquidos, seus resíduos sólidos e emissões atmosféricas não prejudiquem a

qualidade do ecossistema ao seu redor, evidenciando uma preocupação com

as futuras gerações. (SILVEIRA, 2010).

O tratamento destas águas residuais ocorre normalmente pelo processo

biológico aeróbio, que consiste na reprodução do mecanismo de

biodegradação natural que ocorre nos rios, conhecido por autodepuração.

Pode ser definido como um processo fermentativo, aeróbio, contínuo, com

reciclo de biomassa, que é um inoculo aclimatado e constante, também

chamado de lodo ativado. (VAZOLLÉR et al., 1991).

O modelo estatístico será elaborado utilizando a técnica de análise de

regressão linear múltipla, sendo considerada de longe a técnica de

dependência mais amplamente usada e versátil, aplicável em cada faceta da

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tomada de decisões em negócios. Seus usos variam desde os problemas mais

gerais até os mais específicos, e, em cada caso, relaciona um fator (ou fatores)

a um resultado específico (HAIR, 2007).

Portanto, o presente trabalho tem como objetivo a modelagem estatística

de um sistema de tratamento de efluentes por lodo ativado de uma indústria de

papel e celulose, trazendo tabelas e gráficos com os resultados obtidos através

de dados fornecidos, pois irá ser baseada em teoria, experiência prévia e nos

objetivos da pesquisa distinguindo as variáveis independentes preveem cada

variável dependente, verificando que algumas variáveis dependentes se tornam

independentes em relações subsequentes, além disso, iremos ver que muitas

das mesmas variáveis afetam cada uma das variáveis dependentes, mas com

diferentes efeitos.

2.) O PROCESSO DE LODO ATIVADO

Para auxiliar no entendimento da utilização de dados e formulação de

modelos estatísticos no processo de tratamento de água, segue abaixo a

descrição do processo de tratamento de água e as etapas ilustradas na figura

1.

O processo de tratamento por lodo ativado é estritamente biológico e

aeróbio, sendo necessário um pré-tratamento que consiste na retirada de

sólidos por decantação em clarificadores. Conforme o fluxograma da figura 1, o

efluente então segue para a torre de resfriamento com o objetivo de manter a

temperatura na entrada do tratamento em 35 a 37˚C, seguindo para uma lagoa

de homogeneização. Encaminha-se então ao reator biológico, onde ocorre a

degradação da matéria orgânica através das bactérias aeróbias presentes no

lodo ativado. Depois passa por clarificadores onde o sobrenadante segue para

uma lagoa de polimento para posterior descarte no corpo hídrico. Esta lagoa é

para manter uma vazão de descarte constante, pois tudo que entra no

tratamento sai, e na entrada ocorrem muitas variações, assim, o que muda é o

nível desta última lagoa, e não a vazão de saída. O sólido sedimentado no

clarificador retorna para um adensador, onde seu sobrenadante retorna para a

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lagoa de aeração e seu sólido decantado, contendo micro-organismos mortos,

segue para duas prensas desaguadoras, que desidratam o lodo e este segue

para o processo de compostagem. (NICOLAU, 2002).

FIGURA 1: Fluxograma do processo de lodo ativado.Fonte: Nolli, 2015.

O lodo ativado são flocos formados num efluente bruto ou decantado pelo

crescimento de bactérias ou outros micro-organismos, na presença de oxigênio

dissolvido e, acumulado em concentrações suficientes graças ao retorno de

outros flocos previamente formados, ele é produzido.

A ocorrência de flocos densos pode-se ser também visto na figura 2,

onde é necessário que as principais condições ambientais dentro dos reatores

estejam controladas, tais como: meio neutro em termos de pH, presença dos

principais nutrientes, geralmente nitrogênio e fósforo, oxigênio deve ser

adicionado em quantidade suficiente, controle da presença de substâncias

tóxicas ou potencialmente inibidoras. (CLAAS, 2007).

As principais variáveis para o adequado controle do processo são:

temperatura, normalmente controlada na entrada do tanque de aeração; pH,

controlado no tanque de mistura de efluente ao tanque de aeração; DBO ou

demanda bioquímica de oxigênio indica a concentração de material

Retorno de Lodo

Lagoa de Emergência

Corpo Hídrico

CompostagemDescarte de Lodo

Lagoa de Estabilização

Torre de Resfriamento

Efluente TratadoClarificadores

Reator Biológico

Lagoa de Equalização

Fábrica Integrada de Papel e Celulose

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biodegradável no líquido; DQO ou demanda química de oxigênio indica a

concentração de material biodegradável e não biodegradável no líquido; IVL ou

índice volumétrico do lodo serve para avaliar quão sedimentável ele é; OD ou

oxigênio dissolvido é residual deste no tanque de aeração; N-NH3 ou índice do

nível nutricional e a capacidade de nitrificação do sistema; IL ou idade do lodo,

ou ainda, tempo de permanência do lodo no sistema; FC ou fator de carga é a

relação da carga de DQO pela massa viva no sistema. (NICOLAU, 2002).

FIGURA 2: Estrutura de um floco bem formado. Fonte: Yano, 2012.

Além do carbono, os micro-organismos necessitam de outros nutrientes

para o funcionamento de seu metabolismo, os principais são: nitrogênio e

fósforo, comumente adicionados ao sistema na forma de ureia e ácido

fosfórico, respectivamente. (SOTEMANN et al, 2005). Uma das variáveis mais

importantes para o controle do sistema de lodos ativados é a baseada na

relação existente entre a matéria orgânica do efluente a ser tratado e a

quantidade de microrganismos necessários para degradá-la, conhecida como

relação alimento/microrganismo (A/M). (CAO et al., 2005). Outra variável

primordial do processo é a taxa de recirculação do lodo e seu descarte, onde o

volume de lodo em excesso que deverá ser retirado, está diretamente

relacionado à sua idade e ao volume do reator, determina também, a

quantidade de sólidos suspensos totais e camada de lodo no decantador

secundário. (DIEZ et al., 2002).

Bactérias Filamentosas (Estrutura Rígida do Floco)

Protozoários

Partículas Coloídais Aderidas

Bactérias Formadoras de Flocos

Matriz de Polissacarídeos

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3.) MODELAGEM ESTATÍSTICA POR REGRESSÃO LINEAR MULTIPLA

Modelagem com regressão linear múltipla é uma técnica que permite

separar relações para cada conjunto de variáveis dependentes. Em seu sentido

mais simples, essa técnica permite a estimação apropriada e mais eficiente

para uma série de equações de regressão linear múltipla, separadas,

estimadas simultaneamente (HAIR, 2007). Ou seja, com está modelagem

estatística utilizando a técnica de regressão linear múltipla permite ao

pesquisador avaliar inúmeras relações de dependência inter-relacionadas em

diferentes níveis de complexidade.

O modelo de regressão que envolve mais de um regressor (variável

independente) é chamado de regressão linear múltipla (ou MLR do inglês

Multiple Linear Regression). Por esse tipo é possível observar os efeitos das

variáveis regressoras sobre as variáveis respostas (HAIR, 2007). Modelos

estatísticos de regressão linear múltipla são geralmente utilizados para a

construção de modelos empíricos. Ou seja, o modelo fenomenológico que

relaciona y e x1, x2,...,xn é desconhecido, mas, sobre certos domínios das

variáveis independentes, o modelo de regressão linear é uma aproximação

adequada (MORAES, 2011).

Em geral, a variável dependente, ou resposta y, está relacionada com n

variáveis independentes ou regressoras. O modelo y = β0 + β1.x1 + β2.x2 ...

βn.xn é chamado de modelo linear de regressão múltipla com n regressores.

Os β1, β2, β3, ..., βn, são chamados de coeficientes de regressão.

Conforme recomendado por HAIR (2007), para especificar corretamente

o modelo, é utilizado um processo que envolve a construção de um diagrama

de caminhos de relações causais; a conversão do diagrama de caminhos em

um conjunto de modelos estrutural e de mensuração; a escolha do tipo de

matriz de dados e estimação do modelo proposto; a avaliação da identificação

do modelo estrutural, a avaliação dos critérios de qualidade de ajuste e a

interpretação dos resultados.

Conforme dito anteriormente, o significado de um modelo estrutural é o

modelo de “caminhos”, que relaciona variáveis independentes com

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dependentes. Em tais situações, teoria, experiência prévia ou outras

orientações permitem ao pesquisador distinguir quais variáveis independentes

preveem cada variável dependente. E já o de modelo de mensuração permite

ao pesquisador examinar uma série de relações de dependência

simultaneamente, sendo particularmente útil quando uma variável dependente

se torna independente em subsequentes relações de dependência.

O diagrama de caminhos pode se dizer que o pesquisador esboça as

relações de interdependência, utilizando-se de teoria, experiência prévia ou

outras orientações. Portanto, há uma necessidade desse esboço por parte do

pesquisador, que deve orientar-se mais por teoria do que por resultados

empíricos, em que cada componente dos modelos estrutural e de mensuração

deve ser explicitamente definido, eliminando possibilidades de ajustes com

pouca generalização.

As variáveis de um diagrama de caminhos podem ser colocadas em uma

entre duas classes: exógenas e endógenas. Sendo as variáveis exógenas,

também conhecidas como variáveis fonte ou variáveis independentes, não são

“ocasionadas” ou previstas por quaisquer outras variáveis do modelo, sendo

assim, não há setas apontando para essas variáveis, elas são os “X”. Já as

variáveis endógenas são os “Y”, significa que elas são previstas por uma ou

mais variáveis, elas podem prever outras variáveis endógenas, nesse caso

vemos as inter-relações que apontam para a necessidade de modelos

estruturais, mas uma variável exógena pode estar causalmente relacionada

apenas com variáveis endógenas. Portanto, a diferença entre exógenas e

endógenas ou podemos chama-las de independentes e dependentes é

determinada exclusivamente pelo pesquisador.

Após desenvolver o modelo estrutural e representado no diagrama de

caminhos, o pesquisador está pronto para especificar o modelo em termos

mais formais. Traduzir um diagrama de caminhos em uma série de equações é

um procedimento direto, como podemos ver na tabela 1 ilustra-se esse

processo para o diagrama de caminhos.

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TABELA 1: Tradução de diagrama de caminhos para equações

Y1 = CTE X1 X2 X3 X4 X5 Y1 Y2 Y3 Y4 Y5 + εiY1 = a1 +a2X1 +a3X2 + ε1Y2 = a4 +a5X3 +a6Y1 + ε2Y3 = a7 +a8Y1 + ε3

Y4 = a9 +a10X4 + ε4

Y5 = a11 +a12X5

+a13Y2

+a14Y3

+a15Y4 + ε5

Variáveis Exógenas Variáveis EndógenaVariável Endógena Erro

Fonte: Hair, 2007.

Após a ilustração na tabela, a figura 3 mostra-nos o diagrama de

caminhos e as equações ajustadas pelo método de regressão linear múltipla.

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Y5

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Y1 = a1 + a2 X1 + a3 X2 + є1

Y2 = a4 + a5 X3 + a6 Y1 + є2

Y3 = a7 + a8 Y1 + є3

Y4 = a9 + a10 X4 + є4

Y5 = a11 + a12 X5 + a13 Y2 + a14 Y3 + a15 Y4 + є5

Y variáveis endógenas , X variáveis exógenas , є erro

FIGURA 3: Diagrama de caminhos e equações correspondentes.

Fonte: Hair, 2007.

Como recomendação para a correta especificação do modelo, um

processo de sete estágios pode ser utilizado (HAIR, 2007), sendo eles:

1. Desenvolvimento de um modelo teórico;

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2. Construção de um diagrama de caminhos de relações casuais;

3. Conversão do diagrama de caminhos em um conjunto de modelos

estrutural e de mensuração;

4. Escolha do tipo de matriz de dados e estimação do modelo proposto;

5. Avaliação da identificação do modelo estrutural;

6. Avaliação dos critérios de qualidade de ajuste e

7. Interpretação e modificação do modelo, se teoricamente justificadas.

Ao desenvolver as equações que relacionam as diferentes variáveis,

como de entrada e de saída e a determinação dos parâmetros associados é

conhecido como modelagem matemática de processos. As variáveis de

entrada são entradas manipuladas e perturbações e que afastam o processo

do seu estado estacionário e são a principal razão para o uso de controle de

processos.

Quando determinado o modelo do processo, a resolução numérica

encontrada das equações permite determina os valores que as variáveis de

saída deverão adotar em diferentes condições de operação, este procedimento

é chamado de simulação de processos.

Lembrando que esta forma de análise é mais rápida e segura do que

realizar testes em uma planta real. Cabe salientar, a importância de lembrar

que o modelo é uma aproximação das "leis" que regem o comportamento da

planta industrial, e, portanto pode se ocorrer diferenças entre o comportamento

do processo e o comportamento previsto pelo modelo.

Sendo assim, esta análise de regressão múltipla é a técnica de

dependência mais amplamente usada e versátil, podendo ser aplicável em

cada faceta da tomada de decisões em engenharia e negócios. Podendo ser

usada desde os problemas mais gerais até os mais específicos e em cada

situação pode se relacionar um fator ou até fatores a um resultado específico.

Esta técnica MLR apresenta a vantagem de utilizar variáveis originais, sendo

os modelos obtidos fáceis de serem interpretados.

Neste trabalho, iremos construir os modelos do diagrama de caminhos e

apresentados no item 3, e, com a utilização do software MINITAB versão 14, os

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resultados das equações de predição dos MLR serão apresentados e

analisados de forma detalhada no item 5.

4.) METODOLOGIA

Como podemos ver em Silva e Menezes (2005), do ponto de vista de sua

natureza, a presente pesquisa é aplicada, pois tem como objetivo gerar

conhecimentos para aplicação prática dirigida à solução de problemas

específicos.

Do ponto de vista da forma de abordagem do problema, essa pesquisa é

quantitativa, pois visa coletar e analisar variáveis dependentes e independentes

por meio de técnicas estatísticas.

Através de seus objetivos, esta pesquisa como podemos ver é

classificada como descritiva, pois descreve relações entre variáveis através da

construção de um modelo matemático.

Portanto, do ponto de vista dos procedimentos técnicos, esta pesquisa

caracteriza-se como uma pesquisa bibliográfica e estudo de caso, pois através

do conhecimento dos fenômenos é articulado de forma teórica usando

conceitos, modelos, experiência prévia e proposições bem definidos. Nesta

situação, o tratamento dos dados é conduzido com o objetivo específico de

testar a adequação dos conceitos desenvolvidos e a validade das fronteiras

dos modelos (modelo estrutural). É importante salientar que, nesta pesquisa,

as informações são coletadas de uma fração de um tratamento, que deve

necessariamente ser capaz de generalizar descobertas sobre a amostra que

representa.

Sendo assim esta análise nos pede habilidade e conhecimento conceitual

do problema, normalmente formalizado com a construção de um modelo

estrutural que permite testar uma série de relações que constituem o modelo

em larga escala ou um conjunto de princípios fundamentais. Essas são tarefas

para as quais a modelagem com regressão linear múltipla é bem adequada.

Dessa forma, a proposta de trabalho envolve os seguintes itens:

a.) Técnicas: Modelagem de equações com regressão linear múltipla.

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b.) Processo: Planta de tratamento de efluentes por lodo ativado da

empresa International Paper do Brasil na unidade de Mogi Guaçu-SP.

c.) Variáveis a serem preditas: Vazão de entrada do efluente, Concentração

e carga da DBO de entrada e saída, Temperatura de entrada e saída,

pH, Sólidos suspensos totais, Oxigênio dissolvido e Eficiência de

remoção da DBO.

d.) Dados: Dados mensais do período de 01 de Março de 2017 a 30 de Abril

de 2017.

e.) Programas e Softwares: MINITAB 14 e Excel para construção dos

modelos de regressão linear múltipla e Power Point para apresentação

dos gráficos.

5.) ESTUDO DE CASO E RESULTADOS OBTIDOS

O estudo de caso foi feito na empresa International Paper do Brasil Ltda,

que possui três unidades produtivas no Brasil (Mogi Guaçu-SP, Luiz Antonio-

SP e Três Lagoas-MS), com capacidade instalada de 820 mil toneladas/ano de

celulose e 1 milhão de toneladas/ano de papel para imprimir e escrever. Sendo

que cerca de 50% das vendas são destinadas ao mercado interno e as

exportações destinadas a países de todos os continentes, mas o estudo de

caso refere-se à Unidade Mogi Guaçu-SP – adquirida pela IP em 1959 –

atualmente a mesma atua de forma integrada, com capacidade de produção de

1.000 toneladas/dia de celulose e 1.200 toneladas/dia de papel, contendo uma

linha única de produção de celulose e quatro máquinas de papel.

Como podemos ver a figura 4 ilustra as principais áreas da indústria e

suas contribuições de carga poluente à estação de tratamento por lodo ativado

e ao manancial hídrico.

2627

287

288

289

290

291

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Linha de Fibras Recuperação

Fábrica de Papel

Tratamento de Efluentes

Celulose Branqueada

Papel

Licor PretoLicor Branco

Madeira

Eficiência de 98% de remoção de DBO

Carga DBO: 12500 Kg/dVazão: 55000 m³/dConc DBO: 227 ppm

Carga DBO: 250 Kg/diaVazão: 55000 m³/diaConc DBO: 4,5 mgO2/L

Carga DBO: 2500 Kg/dVazão: 15000 m³/dConc DBO: 167 ppm

Carga DBO: 7000 Kg/dVazão: 30000 m³/dConc DBO: 233 ppm Carga DBO: 3000 Kg/d

Vazão: 10000 m³/dConc DBO: 300 ppm

.

FIGURA 4: Contribuições para a estação de tratamento de efluentes.

Fonte: Nolli, 2015.

A planta de tratamento de efluentes por lodo ativado vem operando de

forma satisfatória, mantendo todos os parâmetros em conformidade com a

legislação pertinente, licença de operação e a capacidade do meio ambiente

circundante. A figura 5 nos mostra resumidamente esta estação.

DecantadorPrimário

DecantadorSecundário

Ar

TanquePolimento

Tanque de Aeração

Gradeamento

EfluenteBruto

DescargaPara o Rio

Prensa

TorreResfriamento

Solidos p/Compostagem

Lodo Secundário

Tratamento SecundárioLodo-Ativado Polimento

Sopradores

Tratamento Primário

Adensador

Tanque deEqualização

FIGURA 5: Tratamento de Efluentes por Lodo Ativado.Fonte: Moraes, 2011.

As variáveis disponibilizadas pela IP-Mogi Guaçu-SP são referentes ao

período de 01 de Março de 2017 a 30 de Abril de 2017, tendo como base

2829

314315

316

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318

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320

321322323

324

325

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dados por dia. Através da resposta da eficiência de remoção de DBO (EFC –

%) foi identificada as co-variáveis ou fatores previamente mostrados que

poderiam estar relacionados com a variabilidade dos dados, sendo elas: Vazão

de entrada do efluente (Q – m3/h), DBO de entrada do efluente (DBOe – mg/l),

Carga da DBO de entrada do efluente (C_DBOe – kg/dia), Temperatura de

entrada (Te – ºC), Temperatura de saída (Ts – ºC), pH de entrada do efluente

(ph), Sólidos suspensos totais (SST – ppm), Oxigênio dissolvido (OD – ppm),

DBO de saída do efluente (DBOs – mg/l), Carga da DBO de saída do efluente

(C_DBOs – kg/dia), conforme figura 6.

FIGURA 6: Ilustração das variáveis envolvidas na modelagem.Fonte: Elaborado pelo Autor.

Portanto para selecionarmos e verificarmos as co-variáveis que

realmente estão influenciando na eficiência de remoção de DBO, realizamos

pré-avaliações de correlações para que o modelo represente adequadamente o

processo, através do software MINITAB versão 14, conforme figura 7.

Conforme podemos ver na figura 7 pela avaliação nota-se que as co-

variáveis de influência no modelo são: a DBO de entrada do efluente (DBOe), a

Vazão de entrada do efluente (Q), Temperatura (T), Sólidos suspensos totais

(SST) e o Oxigênio dissolvido, o pH encontra-se na faixa de 6,4 a 7 esta não

mostrou correlação com a eficiência de remoção de DBO de saída do efluente

(DBOs).

Usando o software MINITAB versão 14 e considerando-se o modelo com

as cinco co-variáveis selecionadas apresentado abaixo, construiu-se a tabela 2,

contendo os estimadores de mínimos quadrados (EMQ) para os coeficientes de

3031

326

327

328

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330

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335336337338339

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regressão, os erros padrão (EP) dos estimadores obtidos, a estatística t de

Student observada e os valores-p.

FIGURA 7: Correlações para a DBO de saída do efluente (DBOs).Fonte: Elaborado pelo Autor.

TABELA 2: Estimadores de mínimos quadrados

Preditor EMQ EP do Estimador Estatística t Valor -p (*)Constante -121,21 23,73 -5,11 0,000DBOe 0,10306 0,01012 10,16 0,000Q 0,018881 0,004247 4,45 0,000T 0,09843 0,395 2,49 0,016SST 0,012516 0,005028 2,49 0,016OD -12,692 2,991 -4,24 0,000(*) significativo em 5% (0,05)

Fonte: Elaborado pelo Autor.

Dos resultados da tabela 2, podemos verificar que as co-variáveis: DBOe,

Q, T, SST e OD apresentam efeitos significativos na resposta Y, pois os

valores-p correspondentes são menores do que 0,05. Esses resultados

afirmam as hipóteses preliminares da influência das co-variáveis.

Um estimador da variância σ2 do erro é dado a partir da soma de

quadrados residual por S2 = 3,86783 e o coeficiente de determinação que

3233

352

353

354355356357358

359360361

362

363

364

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366

367

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mede a qualidade do ajuste do modelo aos dados é igual à R2 = 0,955

(95,5%) e R2 ajustado = 0,951 (95,1%) (um indicativo do adequado ajuste do

modelo aos dados). A adequabilidade do modelo (normalidade dos erros,

variância constante, erros não correlacionados) também é verificada a partir de

gráficos dos resíduos conforme podemos ver na figura 8.

Standardized Residual

Perc

ent

420-2-4

99,999

90

50

10

10,1

Fitted ValueSt

anda

rdiz

ed R

esid

ual

604020

210-1-2

Standardized Residual

Freq

uenc

y

2,41,20,0-1,2-2,4

16

12

8

4

0

Observation Order

Stan

dard

ized

Res

idua

l

605550454035302520151051

210-1-2

Normal Probability Plot of the Residuals Residuals Versus the Fitted Values

Histogram of the Residuals Residuals Versus the Order of the Data

Residual Plots for DBOs

FIGURA 8: Normalidade dos erros, variância constante, erros não correlacionados.Fonte: Elaborado pelo Autor.

Dos estimadores de mínimos quadrados (EMQ) para os parâmetros de

regressão βI, I = 1, 2, 3, 4 e 5, verifica-se que aumentos em DBOe, Q, T e SST

(β1 = 0,103, β2 = 0,0189, β3 = 0,984 e β4 = 0,0125) levam a um aumento

médio na resposta Y, pois os sinais dos estimadores são positivos. Dessa

forma, pode-se concluir, há aumento na eficiência de remoção de DBO de

saída do efluente com o aumento dos valores desses fatores (DBO de entrada

do efluente, vazão de entrada do efluente, temperatura do efluente e sólidos

suspensos totais). Da mesma forma, um aumento nos níveis de OD (oxigênio

dissolvido) leva a uma redução na eficiência de remoção de DBO de saída do

efluente (β5 = -12,7), pois o sinal do EMQ é negativo.

O modelo de primeira ordem ajustado é dado por:

DBOs = - 121 + 0,103 DBOe + 0,0189 Q + 0,984 T + 0,0125 SST - 12,7 OD.

3435

368

369

370

371

372

373374375376

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388

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Portanto conforme a equação obtida anteriormente com as co-variáveis

DBOe, Q, T, SST e OD, podemos obter uma DBOs calculada através da

mesma, conforme ilustrado nos gráficos da figura 9 e 10, segue uma breve

comparação com os valores reais e pelo tempo.

FIGURA 9: Comparação entre os valores de DBOs – Calculado x Real.Fonte: Elaborado pelo Autor.

FIGURA 10: Comparação entre os valores de DBOs em função do tempo.Fonte: Elaborado pelo Autor.

3637

389

390

391

392

393394395396

397398399

400

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6.) CONSIDERAÇÕES FINAIS

Por conta da natureza quantitativa e descritiva deste trabalho, escolheu-

se por verificar se a utilização da técnica de modelagem por regressão linear

múltipla é uma ferramenta viável, alternativa aos modelos teóricos (com base

fenomenológica). A modelagem mostrou-se capaz para abordar um processo

de complexidade reconhecida: a influência das variáveis do sistema de

tratamento de efluentes numa indústria de papel e celulose.

Com o emprego da técnica de simulação gráfica, é possível identificar

condições recomendadas para obter uma máxima eficiência de remoção de

DBO de saída e o que se deve fazer caso ocorra diminuição ou aumenta da

mesma, em relação às variáveis que compõe este sistema.

As técnicas aqui empreendidas possibilitam a replicação de estudos

similares em outras unidades fabris (a partir de dados reais), visando sua

eficiência econômica e, consequentemente, a sustentabilidade da cadeia

industrial. Salienta-se que os dados aqui reportados não foram encontrados na

literatura industrial.

7.) REFERÊNCIAS BIBILOGRÁFICAS

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NICOLAU, A. et al., Importância da identificação das espécies responsáveis pelo crescimento filamentoso nas ETARS. In: ENCONTRO NACIONAL DE

3839

401

402

403

404

405

406

407

408

409

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435436

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18

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VAZOLLÈR, R. F.; GARCIA, A. D.;CONCEIÇÃO NETO, J.Microbiologia de Lodos Ativados- Série Manuais. CETESB-Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental. São Paulo: CETESB, p.23.1991.

YANO, A. A. Estudo sobre o controle do intumescimento filamentoso, utilizando cloro em lodos ativados de indústria alimentícia. Dissertação de Mestrado. UFMT, Cuiabá, 2012.

SILVA, E. L.; MENEZES, E. M. Metodologia da pesquisa e elaboração de dissertação. 138 p. 4ª. Edição. Universidade Federal de Santa Catarina, UFSC, 2005.

4041

437438

439440441442443444445446

447448449

450451452

453454455

456457458459460461462463464465466467468469470471472473474475476477478479480481

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19

APÊNDICEDB

OVa

zão

Tem

pera

tura

Tem

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DBO

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DBO

mg/

lm

3/h

CC

ppm

ppm

mg/

l%

%kg

/dia

kg/d

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01/0

3/20

1775

018

5045

3743

266,

81,

855

92,7

92,7

3330

024

4292

,702

/03/

2017

720

1900

4436

4289

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1,9

4893

,393

,332

832

2189

93,3

03/0

3/20

1771

018

0046

3842

376,

72

4693

,593

,530

672

1987

93,5

04/0

3/20

1774

518

2044

3742

456,

51,

754

92,8

92,8

3254

223

5992

,805

/03/

2017

735

1835

4437

4325

6,5

1,8

5392

,892

,832

369

2334

92,8

06/0

3/20

1745

518

5043

3636

786,

82,

316

96,5

96,5

2020

271

096

,507

/03/

2017

465

1900

4336

3876

6,4

2,2

1995

,995

,921

204

866

95,9

08/0

3/20

1747

518

0043

3639

086,

52,

421

95,6

95,6

2052

090

795

,609

/03/

2017

446

1820

4638

3890

6,6

2,3

1496

,996

,919

481

612

96,9

10/0

3/20

1745

018

3545

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318

96,0

96,0

1981

879

396

,011

/03/

2017

750

2350

4539

4230

6,7

1,8

6890

,990

,942

300

3835

90,9

12/0

3/20

1772

022

6044

3942

386,

51,

961

91,5

91,5

3905

333

0991

,513

/03/

2017

710

2450

4638

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264

91,0

91,0

4174

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,014

/03/

2017

745

2240

4438

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265

91,3

91,3

4005

134

9491

,315

/03/

2017

735

2310

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,340

748

3548

91,3

16/0

3/20

1745

519

0043

3640

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82,

420

95,6

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2074

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295

,617

/03/

2017

465

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4336

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2,3

2095

,795

,721

204

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2166

082

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,219

/03/

2017

446

1900

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3985

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320

95,5

95,5

2033

891

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,520

/03/

2017

450

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4536

4020

6,8

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,895

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3/20

1775

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3048

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256

92,5

92,5

3294

024

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/03/

2017

720

1870

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,592

,532

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23/0

3/20

1771

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3943

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327

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/03/

2017

745

1835

4438

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6,5

1,6

7090

,690

,632

810

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25/0

3/20

1773

518

5043

3742

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51,

569

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90,6

3263

430

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,626

/03/

2017

455

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,019

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27/0

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1746

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3739

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/03/

2017

475

1790

4335

3860

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96,2

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2040

677

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/03/

2017

446

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,894

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Page 20: siscoord.francomontoro.com.br · Web viewO processo de produção de celulose consiste em dissolver e extrair a lignina e resinas das fibras de celulose contidas na madeira. Cerca

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