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RELATORIA V RONEBAN
MEN: (Re) Construindo Princípios (Salvador – BA)
08 a 10 de novembro de 2013
ESPAÇO 1: Roda de Abertura - Princípios da ENEN (Estatuto)
Foram divididas duplas para discutir cada princípio e propor ações para efetivar
tais princípios. Foi explanado um pouco sobre o cada princípio e surgiram proposições
de ação/organização a fim de concretizar tais princípios:
Formular agenda e caderno de texto para formação de base sobre cada
princípio, para que seja seguida ao longo do ano;
Construção de espaços de articulação com outros cursos de saúde (Calourada
Unificada da Saúde [exemplo da UECE, UFBA], Fórum Acadêmico da Saúde
[exemplo da UFBA] ;
Articulação com as Executivas dos Cursos de Saúde para debate e
organização de pautas comuns;
Não se valer da entidade para fins pessoais;
Organizar espaços para discussão/debate sobre saúde e SUS nos cursos de
saúde, executivas de saúde, entre outros espaços;
Estímulo à participação de programas como “Ver – SUS”, PET, entre outros;
“Campanha em defesa da atenção básica”;
Programar, junto às entidades de classe (Conselhos, Sindicatos, ABENUT,
ASBRAN, etc), uma agenda de debate e incentivo para a formação voltada
para o SUS;
Compor Conselhos de Saúde (Nacional, Estadual, Municipal), Conselhos de
Integração Ensino-Serviço;
Compor movimentos sociais em defesa da saúde, do SUS;
Participar dos movimentos sociais;
Contribuir com a divulgação desses movimentos sociais junto aos estudantes e
sociedade em geral;
Articulação com a coordenação de curso para incluir os movimentos sociais na
agenda pedagógica;
Aproximação com as Executivas dos Cursos de Saúde;
Discutir bem a representação da base, pois o que se discute e o que se faz
dentro da gestão (CA/DA, ENEN) não condizem com a realidade da grande
maioria dos estudantes;
Tornar ações verdadeiramente efetivas e concretas, e não se prender no
campo teórico.
ESPAÇO 2: Exposição dialogada - Privatização e Mercantilização da Saúde
Foi convidada a professora Tânia Bulcão, para uma roda de conversa acerca
do tema que se procedeu com a seguinte discussão:
A professora iniciou trazendo a mudança do modelo de saúde que ocorreu na
década de 80, quando tínhamos um modelo focado na doença, havia ausência do
SUS e dos planos de saúde, quem trabalhava tinha acesso ao INPS e quem não
trabalhava com carteira assinada pagava pelo atendimento ou ficava a margem do
atendimento e do acesso ao serviço de saúde.
A Reforma Sanitária foi importante para mudar o modelo de atenção a saúde,
porém mesmo com a conquista de uma Constituição, em 1988, que colocasse saúde
como direito de todo cidadão e dever do Estado e da Lei Orgânica de Saúde em 1990,
várias questões de saúde ainda permanecem em aberto.
Principais questões que levam a crise atual do SUS são financiamento,
infraestrutura, acesso ao sistema, valorização dos profissionais, a gestão também é
um ponto fundamental para se reverter esse quadro.
Na década de 90, Bresser Pereira (ministro do planejamento do governo FHC)
fez a reforma do Estado que consistiu em transferir a responsabilidade da gestão
pública para a iniciativa privada, como tentativa de resolver a crise instalada em
diversos setores, incluindo saúde. Mesmo com a mudança do governo FHC para o
governo Lula, na década de 2000, essa estrutura permaneceu.
PROPOSTA DE LEITURA: NEOLIBERALISMO DO GOVERNO BRASILEIRO NA ERA FHC – PRIVATIZAÇÃO
Atualmente, temos mais uma etapa de avanço desse sistema, que a instalação
da EBSERH no dia 31 de Dezembro de 2010, proposta no governo FHC e colocada
em prática durante o governo Lula. O modelo da EBSERH vem de maneira mais
avançada da ideia das Organizações da Sociedade Civil de Interesse Público
(OSCIP’s) e Organizações Sociais (OS’s), ainda no governo FHC, que são instituições
privadas que se apropriam da gestão do serviço público de saúde em diversos locais
do Brasil, aprofundando o problema de financiamento do SUS e inserindo ainda mais a
saúde na lógica mercantilista, em que saúde é tratada como mercadoria.
Panorama atual dos hospitais universitários, mesmo com o SUS os Hospitais
Universitários não se integraram as redes de saúde, permanecendo pequenos feudos
de dominação da classe médica que torna do HU um espaço para pesquisa de
interesses dessa minoria, além do sucateamento dos serviços que inclui
desvalorização do profissional da área, e terceirização de diversos setores, incluindo o
serviço de Nutrição.
Com a EBSERH não há contratação por concurso público, mas seleção
pública; perdendo a autonomia do Hospital Universitário e contribuindo mais ainda
para o sucateamento dos serviços.
Vários estudantes contribuíram com o espaço trazendo as várias realidades do
combate à privatização da saúde, que vão desde organizações estudantis, até fóruns
sociais e plebiscitos para levantar o debate com toda a comunidade universitária.
DICA DE VÍDEO E LEITURA: DEBATE TV CÂMARA – COM COORDENADOR JURÍDICO DA EBSERH, PARLAMENTARES (ALICE PORTUGAL) E PRESIDENTE DO SINDICATO DOS PROFESSORES + CARTA: PORQUE SER CONTRA A EBSERH.
O Ministério Público Federal encaminhou um termo de Ação de
Inconstitucionalidade da EBSERH para o Supremo Tribunal Federal, porém o STF é
composto por indicação do governo, e há possibilidade desse termo não ser aceito.
Proposta do espaço, procurar estratégias de como se incluir ativamente nos
movimentos sociais que lutam contra a privatização da saúde, e explanar esse debate
com os estudantes de nutrição, buscando promover maior participação e inclusão da
nutrição nessa disputa. Participar dos Conselhos Municipais de Saúde ocupando o
espaço do estudante nesses conselhos.
ESPAÇO 3 : Planejamento das Coordenações Regionais
Mesmo sem a carta final do ENENUT decidimos seguir com o RONEBAN,
revemos as funções das coordenadorias e secretarias para que ficasse mais claro.
Para que a Coordenação Regional tenha autonomia da Coordenação Nacional, para
representar a ENEN, pensamos em diversas formas para que a coordenação regional
seja cada vez mais orgânica.
Coordenadores Regionais e Estados apadrinhados:
Sudeste: São Paulo - Vanessa, Paola e Joyce (Rio de Janeiro + Espírito Santo);
Norte\ Nordeste: Maranhão – Hellen e Romênia; Sergipe - Indira; Rio Grande do
Norte + UFPB - Raquel; Arthur - Pernambuco e Campina Grande;
Sul: Santa Catarina - Jacobina
As iniciativas são fazer um projeto e conseguir financiamento com instituições
como sindicatos e conselhos para que consigamos ir para outras localidades
apresentar a ENEN, associado a isso fazer a elaboração de materiais gráficos de
divulgação (folder, cartilha) para levar conosco.
Encaminhamentos:
Construção de calendário local, com prazos para os contatos e mapeamento
das universidades, em que divulgaremos a ENEN;
Revisão da cartilha da ENEN para usar como suporte para a formação de
base, construir uma apresentação/roteiro para essa apresentação da ENEN,
com material para deixar na localidade;
Divulgar o ERENUT - Sul que será em Florianópolis;
Até o fim de Dezembro - São Paulo irá se aproximar do Espírito Santo para
articular o ERENUT-SE;
22 e 23/11 – Alagoas (Arthur) e Bahia (Indira) irão para Sergipe articular o
ERENUT - Nordeste;
Até o fim de Dezembro - Ceará (Sara) irá para Tocantins (Palmas) articular o
ERENUT - Centro Oeste.
ESPAÇO 4 : Planejamento da Coordenação Nacional
Por questões de organicidade, nos divididos nas seguintes comissões: secretaria, comunicação, formação e finanças. Nas suas tarefas estão descriminadas abaixo:
SECRETARIA: Padronizar e organizar os documentos da ENEN; Síntese das
relatorias a serem divulgadas pela comissão de comunicação. Membros: Raquel, Romênia Paula e Jacobina;
COMUNICAÇÃO: Convocatória das reuniões; Criar o site da ENEN;
Responder aos e-mails e mensagens pela página do facebook; Divulgar
sínteses nos grupos da ENEN. Elaboração de materiais de divulgação da
ENEN (“propagandear” a executiva nas redes sociais); Verificar meios que
viabilizem e aperfeiçoem a comunicação (reuniões principalmente); Articulação
com outras entidades (executivas, associações, etc.); Atualizar os meios de
comunicação da executiva (e-mails, blogs, etc.). Membros: Fernanda, Indira, Alaane, Hellen.
FORMAÇÃO: Trabalha com base em quatro eixos: Formação em Saúde,
Soberania Alimentar (SAN), Universidade e Opressões; Programar as
formações; Garantir o material para discussão (textos, vídeos, etc); Promover o
debate e realizar a síntese a partir do que foi debatido;Pensar e construir
espaços de formação para base. Membros: Joyce, Paola, Micaela, Patrícia, Sara e Arthur.
FINANÇAS: Administração financeira; Elaborar estratégias para arrecadação
de dinheiro; Cobrar os repasses dos encontros; Prestação de contas semestral;
Declarar imposto de renda (contatar contador para executiva); Elaboração de
planilha de prestação de contas; Averiguar possibilidades de resolução da
situação jurídica (CNPJ da ENEN); Elaborar proposta de solicitação de apoio
financeiro aos EX –MEN. Membros: Alaane (aberta para novos membros)
4.1 PLANEJAMENTO DO ENCONTRO NACIONAL
Tema proposto: “Saúde é direito de Todos”
Abordagens: Participação dos profissionais no SUS; Implantação da EBSERH;
Estágio Interdisciplinar e vivência; O papel do nutricionista nas políticas públicas; A
situação da saúde na população brasileira; Participação no controle social; Interação
multiprofissional; O papel do movimento estudantil na formação profissional para o
SUS; Qual o perfil dos profissionais que o SUS precisa; Papel do nutricionista na SAN
e reflexo das comunidades tradicionais; Determinantes sociais da saúde e alimentação
como um direito humano; Agrotóxico, insegurança alimentar;
Tema proposto: Formação Profissional
1) Proposta de Data: Início de agosto
2) Sobre o tema proposto iniciou – se a seguinte discussão em torno do mesmo:
Joyce: Sugeriu pautar as mobilizações de Junho no encontro nacional,
pensando na perspectiva da pressão popular. Talvez no ponto do encontro que diz
respeito a participação popular no controle social;
Sara: Será que não temos nada haver com essa copa do mundo? Acho que
poderíamos explorar esse tema dentro da nossa perspectiva, sem deixar de colocar as
condições de saúde.
Indira: Existe ainda a questão das refeições padronizadas e patrocinadas por
empresas de alimentação e com apoio do Ministério da Saúde. Sem contar com as
proibições que interferem em alguns aspectos culturais como o caso do acarajé.
Patrícia: No nosso currículo não trabalha a reforma psiquiátrica. Acho que a
reforma psiquiátrica e a importância da saúde mental pode ser linkada aos temas do
encontro.
Sara: É um tema que pode ser linkado com a copa do mundo pensando na
perspectiva da limpeza das ruas, internação compulsória.
Gabriela: Nos últimos encontros discutimos prática, formação e identidade.
Devemos pensar em discutir uma coisa nova ou trazer uma discussão pensando na
conjuntura atual. Não dá pra fingir que nada aconteceu no nosso país e com a gente
também pensando que o encontro acontecerá no momento pós-copa.
Sara: Acho pertinente a colocação da necessidade de discutir formação e os
problemas do currículo. Eu acho que a gente tem um espaço que a gente poderia
estar aproveitando pra fazer isso que é o SNAC, que poderia entrar na proposta do
nosso calendário. Acho que o encontro nacional que é o espaço máximo de
deliberação tem que estar ligado a nossa realidade. A copa do mundo evidencia as
contradições e você pode trabalhar diretamente com isso, na minha concepção a copa
do mundo tem tudo haver com saúde pensando nos impactos à saúde, sem contar
que as nutricionistas estarão trabalhando na copa do mundo em hotéis, fiscalizando.
Indira: Ainda que a gente venha a repetir alguma temática é importante
reformular, revisitar o que foi construído nos últimos encontros, fazer o planejamento
com base nos encaminhamentos do encontro que tratou do mesmo tema.
Gabriela: Proposta de temática para encontro. Formação em Nutrição: Existe
espaço para Militância.
Micela: Formação: Existe Participação Social
Alaane: Lembrar que o encontro nacional acontecerá depois da Copa, talvez
fosse interessante tratar desse tema nos ERENUTs e dar algum encaminhamento
para o Nacional.
Indira: O encontro não é em torno da copa, mas discutir os assuntos que giram
em torno da copa do mundo.
Arthur: Acho que está havendo um diálogo, mas ao mesmo tempo não estamos
nos entendendo, vamos aproveitar o período da copa para discutir as desigualdades
sociais. Vai ser um momento ideal para contextualizar esse assunto por que as
pessoas vão ter acabado de passar por isso. Acho que a gente tem que focar em
alguns gargalos, percebemos que a maioria defende a formação para o mercado, o
que está dentro das diretrizes que alimenta a formação voltada para o mercado? Se a
gente discute isso coloca mais ainda em contradição a nossa formação. Outro ponto é
até que ponto estão sendo atendidas as diretrizes da universidade. Fazer uma
discussão também sobre o tipo de pesquisa que vem sendo elaborada dentro da
universidade. Acho que a gente tem que fazer isso contextualizando para a copa.
Sara: Fazemos muito a discussão profissional dentro da academia, mas não
fazemos as articulações com os órgãos que organizam a categoria, como o sindicato.
Além disso, os encontros deveriam ter um espaço maior pra discutir o movimento e
não encaixar esses espaços entre uma mesa e outra.
Gabriela: A gente discutiu ontem um tema pop em nutrição. Já que estamos
pensando em levar as massas para o encontro de nutrição. Acho que dá pra dar uma
disfarçada no tema, pensei em um tema como Formação em Nutrição em Foco.
Paula: Eu acho extremamente complicado definir um tema aqui e propor que a
comissão organizadora faça, sendo que eles já construíram uma proposta de tema.
Indira: A escolha do tema é com base numa demanda que existe para
discussão do tema.
Sara: O encontro é nosso, a gente define isso também junto com eles, por que
somos também comissão organizadora. Não é só a sede que escolhe o tema de um
encontro que é de todos.
Gabriela: Todo mundo caminhou no eixo formação. Dentro desse eixo a gente
percebe que é preciso discutir alguns temas: Militância em Nutrição, Grade curricular.
Vai ser necessário que a gente se debruce sobre o tema formação e nutrição e
comecem a desenvolver isso.
Romênia: Seria interessante fechar um pouco mais e já sair com a definição
dos eixos.
Posteriormente houve um espaço para definições dos eixos e objetivos do
ENENUT, e as propostas foram as seguintes:
4.2 Proposições de objetivo
Discutir a formação profissional dentro da conjuntura atual político – econômico
social do país, fundamentado nos objetivos da Universidade em formação em saúde.
Proposição de Temas: Formação em Nutrição em Foco (Gabriela)
Proposta de espaços de discussão:
Espaço 1: Universidade: Como surgiu, qual a sua função e a quem serve?
Espaço 2: O papel do movimento estudantil dentro das manifestações de Junho.
Espaço 3: Grandes eventos e a perda da soberania alimentar;
Espaço 4: Formação para o SUS
Espaço 5: Reforma Psiquiátrica
Espaço 6: Reflexão crítica, estimula a militância e formação para o SUS.
Espaço 7: Por que o Brasil não precisa só de médicos?
4.3 Encaminhamentos para o ENENUT - PARÁ
DOM SEG TER QUA QUI SEX SABCredenciamento Universidade:
Para quem serve, qual a função social(?)
ME e entidades representativas
Conjuntura atual da Saúde
Colóquios CAs e DAs
Regimento + abertura + divisão de brigadas
Tripé Ensino, Pesquisa e Extensão + Brigadas
ENEN + CAMPANHA
DIA LIVRE
Formação em saúde + Formação em saúde*
Ensino e serviço*
PLENÁRIA FINAL
Mostra científica
Oficina Brigadas Brigadas
Os eixos estabelecidos foram: Universidade + M.E., opressões, formação em
saúde e SAN. Procurar focar na centralidade do encontro na universidade e na
formação, e explorar as brigadas para que elas utilizem os espaços noturnos para a
integração.
Legenda:
*Atrelar a prática da Nutrição nesses espaços
4.4 Regionais confirmados
4.4.1 Regional Sul - UFSC
4.4.2 Regional Sudeste (Em aberto)
4.4.3 Regional Norte/Nordeste (Em aberto)
4.4.4 Regional Centro Oeste (Em aberto)
O espaço iniciou com a confirmação das sedes dos regionais e a sugestão da
temática do ERENUT Sudeste por Fernanda e Jacobina (UFSC): “Alimento não é
mercadoria”, com os eixos temáticos de propaganda de alimentos, campanha contra
agrotóxicos e MST (relacionar o acesso a terra com a garantia de alimentos). Romênia
sugeriu que fosse agregado à discussão do Programa de Aquisição de Alimentos e
Joyce sugeriu a temática do PNAE. A comissão sede sugeriu que a data de realização
no dia 19, 20, 21 de Abril (feriado de Tiradentes).
Arthur questionou acerca da função do encontro regional, considerar a
localidade e preparar para o ENENUT.
Romênia: Inserir GD’s nos regionais sobre as temáticas do ENENUT. Inserir
metodologias que chamem atenção.
Alaane: Importância de não excluir temáticas e discutir conjuntamente com o
grupo e sugeriu que a comissão organizadora dos regionais participasse de espaços
mais lúdicos
Joyce: Comentou sobre atividade teatral que chamou atenção com os
acadêmicos. Associar-se com outros cursos, como por exemplo, o jornalismo pra
cobrir os espaços e divulgar na internet durante o evento. Despertar nos estudantes o
interesse de movimentar-se com inquietações acerca das problemáticas da
comercialização do direito à alimentação.
Fernanda e Jacobina: Problemáticas – Indústrias de alimentos, perda de
padrões alimentares regionais (perda da identidade alimentar), aumento do consumo
de alimentos industrializados, perda do valor cultural do alimento em natura em
detrimento de alimentos industrializados, todavia ao alimentos orgânicos são
supervalorizados (Alimento como status, segregação social, baixo acesso a alimentos
de qualidade); Monocultura, incentivo fiscal (Modelo de produção); Marketing;
Sucateamento do SUS
Joyce: Marketing como promotor de saúde (Micaela: educação em saúde,
educação preventiva ou punitiva)
Arthur: Influência da indústria de alimentos na formação do nutricionista,
financiamento de pesquisas;
Alaane: documentário do “Muito além do peso”, população ribeirinha
consumidora de alimentos industrializados;
Objetivos: Discutir o avanço e influência da indústria sobre hábitos alimentares e discutir as políticas de acesso ao alimento
Fernanda e Jacobina: Discutir capitalismo e neoliberalismo nesses espaços;
Romênia sugeriu que esse assunto fosse a mesa de abertura;
Sugestão de Animação: Uma história de amor e fúria (Selton Mello) que discute
bem a questão política e trata de uma história com a privatização da água
Joyce: Link com o ENENUT, relacionar a temática com qualidade de vida:
obesidade, DCNT.
Dinâmica: Taís – Ilha: Organização Social (Organizando problemáticas e propondo
soluções)
Encaminhamentos:
Sugestão de programação para o ERENUT – SUL (18 a 21/04/14)
Horário Sexta Sábado Domingo SegundaManhã -Mesa de
abertura-Leitura do regimento-Divisão das brigadas
Eixo 4: Alimento como mercadoria e bases da sociedade capitalista
PLENÁRIA FINAL
Eixo 1: Problemas de saúde coletiva (DCNT, obesidade infantil)
Tarde Eixo 2: Mudança de hábitos alimentares (Construção biológica dos hábitos alimentares)
Eixo 5: Estrutura econômico- político-social; O papel do governo, indústria e da mídia; influência da formação pelas indústrias; sucateamento do SUS)
PLENARIA FINAL
Credenciamento Eixo 3: Acesso aos alimentos (Alto consumo de alimentos industrializados)
MEN: Qual nosso papel? Movimentos Sociais
Noite Divisão das Brigadas
Mostra científica, GD’s, Oficinas
Eixos: Problemas de saúde: consequências; fatores de modificação de hábitos alimentares.
1 – Base da sociedade capitalista + alimento como mercadoria +padronização de sementes/m
Alto consumo de alimentos industrializados, baixo acesso a alimentos de qualidade, O incentivo do governo, mídias e indústria de alimentos.
2 – Modificação da cultura alimentar; Perda da tradição, “resignificação” da cultura, fetiche de consumo de marcas (alimento como status, padronização da alimentação)
Causas:
4 - Estruturas econômicas, políticas e sociais (o papel da indústria e mídia)
5 – Influências da formação pelas indústrias
6 – Sucateamentos do SUS
Consequências: DCNT, obesidade infantil, dentre outras.
ESPAÇO 5: (Re) Pensando o ensino “superior” Educação pública e políticas de Acesso ao ensino Superior
Convidados: PET Conexões Miriam Feliciano e Natanael Conceição
Exibição de documentário: Educação Superior de Qualidade, produzido pelo
PET Conexões.
Acesso e permanência nas instituições de ensino superior, limites e
possibilidade. Principais formas de acesso às instituições de ensino superior
PROUNE, SISU (ENEN), FIES e cotas;
Roda de conversa sobre as perspectivas pessoais de dificuldade em
permanência na Universidade.
Micaela: Sou contista e do interior, fiz o ensino médio em escola pública, meus
colegas não tinham perspectiva de fazer um curso superior. Vim para salvador morar
na casa de parentes por que não tinha condições de pagar aluguel, só ano passado
consegui uma bolsa e ainda assim divido casa, tô sempre me mudando.
Natanael: Eu sou o primeiro integrante da minha família a estar na
universidade. Acho que isso é um impacto importante não só diretamente como
indiretamente, e sei que isso vai influenciar outras pessoas e ampliar isso.
Sara: Por ser um curso da área da saúde a gente tem muito dificuldade de
debater essa temática, o que é bastante contraditório tendo em vista que os cursos da
área de saúde são bastante elitista e se colocam contra as políticas de cotas.
Gabriela: Essas políticas de acesso é uma forma de democratizar a
universidade? É uma forma de repensar o ensino superior?
Paula: Levantamento da situação das pessoas que não estão situadas em
situação de vulnerabilidade total, mas também não fazem parte de um grupo de
indivíduos que são considerados elite financeira; Relatou suas dificuldades individuais
para ingressar na universidade e o sentimento de ter sido deixada à margem das
possibilidades de acesso dessas políticas.
Sara: Os estudantes que estão entrando na universidade estão em disputa,
cabe ao movimento estudantil conquistar essa pessoas na perspectiva da manutenção
da identidade. A gente não pode esperar que tudo venha de forma perfeita, a gente
precisa dessa questão da luta.
Joyce: Há mudança na Universidade, mas não há mudança na estrutura de
ensino o que acaba afastando um pouco as pessoas. Trouxe um exemplo de projeto
de acesso à universidade deformado, proposto no estado de São Paulo. O acesso foi
redemocratizado, no entanto a desistência é muito grande em decorrência da falta de
assistência.
Gabriela: O que é qualidade? É a Universidade que possibilita a construção de
relações humanas, coletiva, emancipatória, crítica e com responsabilidade social.
Romênia: Realidade do que os estudantes de cursinho pensam que cotas é um
roubo de vagas. No Belém há política de cotas e é por escola pública.
Lucas: Traçou um pouco da sua experiência pessoal no ingresso na
universidade, e do déficit por conta da dificuldade financeira e necessidade de
trabalhar.
Fernanda: Falou um pouco da experiência do MUP (Movimento de
Universidade Popular), dentro da Universidade de Florianópolis, que pauta as crítica
as e empresas particulares.
Patrícia: Participo do PET Nutrição, projeto que pauta os três pilares básicos.
Fiquei decepcionada com o programa por conta da falta de preocupação com projetos
de extensão voltados à população. Pensei em sair, mas hoje depois dessa roda vi que
é importante ficar, pra tentar fazer com que as pessoas comecem a pensar em
projetos que cumpram essa função.
Considerações Finais dos Convidados: A proposta é ultrapassar os programas
de acesso e permanência e também pensar nas possibilidades de garantir a pós-
permanência.
ESPAÇO 6: Roda de conversa - Movimentos Pelo Brasil: O que o MEN tem haver com isso?
Convidado: Maurício Santos
Contextualização da conjuntura social no momento das manifestações de
junho. Momento de perda da identidade Nacional, pela desvalorização do partido que
teoricamente representava o povo e que sustentava uma expectativa de mudança. o
gigante se levanta com algumas caras, a primeira cara e o preço da passagem. Ficou
a dúvida se esse momento era partidário ou apartidário.
Outras discussões começaram a existir, a partir das manifestações, que foi o
encaminhamento de uma reforma política. O movimento se dividiu, uma parte estava
lá pra lutar por uma sociedade mais digna e justa e outras para lutar por uma reforma
política. Nasceram dois partidos políticos com o objetivo de disputar eleições, nasce
no intuito de dar linha ao movimento. O movimento partiu de uma universidade e uma
militância viciada, a adesão da massa surgiu depois, mas infelizmente a massa não
estava preparada para levantar as suas bandeiras.
O movimento estudantil se retrai quando o movimento chega às massas e o
movimento fica sem dono, e deixa de ser interessante para as elites políticas do
movimento estudantil. O movimento estudantil não consegue dar conta das massas e
não está disponível para o diálogo com o proletariado, com as comunidades. A disputa
fica em torno dos espaços de poder. O movimento está orientado politicamente de
forma contraditória. Ele está orientado de acordo com os partidos de esquerda.
O movimento estudantil tem um papel muito importante na sociedade. Achei
muito importante que o movimento impedisse a participação dos partidos políticos,
mas sabia que algumas linhas políticas estavam dando a direção do processo. A
presidenta da república desqualificou e desarticulou o movimento a partir do momento
que começa a chamar algumas lideranças para reuniões.
Eu percebo que a militância tem que estar fora do partido. A minha militância
tem que ser voltada para a melhoria da qualidade de vida da minha comunidade.
Lucas: O movimento Passe Livre foi cruelmente abafado e exterminado. Eu sou
a favor do movimento passe livre, o movimento foi legítimo, as histórias que saíram na
mídia não chegam a metade do que está acontecendo, pessoas que tiveram que
mudar de cidade de estado por estar na frente da mobilização. Muitas coisas ainda
estão obscuras nesse processo todo. Trazendo um pouco pra realidade da minha
universidade, a UNEB possui alguns projetos de extensão que na minha opinião não
contribuem para a mudança da vida dessas pessoas.
Sara: Eu concordo em parte de muito do que foi dito. A gente tem um
movimento estudantil elitizado, no sentido de que é uma minoria, somos um grão de
areia dentro desse mundão, o movimento estudantil também é muito intelectualizado,
muito teórico e foi isso que assustou as manifestações de junho, quando as teorias
não estavam mais cabendo naquele espaço. Existem muitas análises em cima disso, a
esquerda se reunia sem saber o que fazer diante do povo na rua, a esquerda está com
muita dificuldade de ser um movimento de massas. A gente sofreu muito durante
esses 10 anos por conta desse governo PT, o que acabou configurando a esquerda
somente como o PT. A gente ainda consegue ter autonomia nos movimentos sociais,
mesmo com a cooptação desses movimentos desses partidos. Mesmo que esses
movimentos apoiem partidos, apoie a esquerda isso não é uma indicação de que
houve perda da autonomia, o MST, por exemplo, nunca deixou de ocupar terras, de
colocar pessoas na rua.
Maurício: Todo mundo tem o direito de optar se vai ser muito rico ou pouco
rico, mas há necessidade de dar o direito de escolha à essa pessoa. O que não é
possível é permitir que um grupo de pessoas manipulasse a vida de todo mundo só
com o propósito de vota nas próximas eleições. Eu não vou chamar isso de anarquia.
Joyce: Eu não acredito que à partir do sistema que a gente tem seja possível
uma mudança, mas temos que desmistificar a confusão que existe entre as pessoas
entre partido e corrupção. Acho que isso tem que refletir muito sobre o que significa a
chegado do PT ao poder, muitas pessoas lutaram por esse partido, trabalharam pra
que ele chegasse ao poder. A gente não tem direção política. No movimento de Junho
as pessoas perceberam que a pressão popular tem efeito sobre o sistema político que
a gente vive.
Fernanda: Zona de conforto pra mim é não precisar mais lutar pela garantia de
direitos básicos como alimentação.
Sara: A gente não consegue mais nenhum ganho sem pressão, sem
movimento social na rua. A gente tem que saber dialogar com as pessoas e temos
que saber escutar a massa. O que está faltando é a esquerda aprender a lidar com a
massa.
Gabriela: Um movimento de massa precisa também buscar formas de garantir
a participação dessas pessoas nas suas atividades.
Maurício: Para finalizar acho que a agente vai se encontrar muito por aí pela
vida. E quero dizer que o PT deu certo, a caixa econômica cresceu bastante, mais de
50 mil bancos surgiram. O PT só não deu certo para o povo.
ESPAÇO 7: Debate - Entidade Representativa dos Estudante. Quem nos representa?
Foi aberta uma roda de apresentação e ambientação. Primeiramente cada
entidade explanou sobre seu histórico e suas lutas.
1. ANEL (Assembleia Nacional dos Estudantes – Livres)
Iniciou a fala trazendo as manifestações de junho como fontes das necessidades
de representações, entendendo as entidades como representantes nas lutas pelos
estudantes. Trouxe a questão partidarista e discurso político referenciando as
consequências do governo PT como motivação para aversão as representações
políticas e a necessidade do processo de luta superar essas dificuldades.
Questiona o papel da UNE nas atuais manifestações não deixando de elucidar a
importância como coptadora em outras lutas do passado. Fundamenta sua explanação
diante da organização nas manifestações de Junho e nas conquistas adquiridas até
hoje. Questiona as conquistas, pois acredita que a UNE facilita a ação contraditória do
governo (exemplifica através da conquista dos 10% do PIB).
2. UNE (União Nacional dos Estudantes)
Inicia a fala trazendo a história da UNE com o porquê da necessidade de se criar
essa representação (representação máxima dos estudantes brasileiros). Elucida as
conquistas da UNE, demonstrando o poder de mobilização dos estudantes e que
através desta fizeram-se as conquistas (educação cultural, acessibilidade aos
estudantes).
Dimensiona historicamente a abrangência da UNE em questões macros no quesito
mundo e lutas populares no Brasil. Onde segundo Gabriel acarretou em um declínio
em manifestações e em coptar pessoas para os atos. Retoma questões históricas para
demonstrar a conjuntura da geração atual.
Traz a importância do partido (PT) para as conquistas da UNE, salientando que em
outros anos não conseguíamos nos manifestar como em Junho deste ano (2013) e
hoje essa conquista foi histórica para o país.
3. Coletivo Contra Corrente
O movimento estudantil se reinventou a partir de movimentos anarquistas e nas
grandes greves. A partir das sindicalizações a UNE surgi frente a uma representação
atrelada a representação trabalhista (PT).
Espelha a realidade atual do partido trabalhista a UNE e frente a isso traz a
necessidade de uma “nova” representação para os estudantes e então questiona o
surgimento da ANEL, segundo Carol a ANEL critica a UNE porém traz as mesma
crenças e fácies da UNE. Elucida a falta de base da ANEL assim como a UNE
apresenta. Questiona as lutas e as pautas das entidades e bases das mesmas, assim
como seus avanços.
Iniciaram – se as falas dos inscritos:
Joyce: Coloca que a ENEN concorda com a ANEL que a UNE não representa e
não demonstra a necessidade dos estudantes, porém reconhece que a UNE copta
muitos estudantes, a partir dos congressos, e que os espaços da UNE permite o
diálogo dos estudantes e discursão política. Espaços esses necessários para
construção da UNE como posição de esquerda para captação de estudantes.
Sara: Concorda coma fala de Joice e acrescenta que a UNE é composta por
vários campos de debates e apresenta sua percepção no CONEB onde há a disputa
de grupos onde nem sempre se avança quanto ao retorno positivo para UNE.
Micaela: Questiona as bandeiras politicas partidárias levadas aos manifestos
pelas entidades se representam os estudantes e não um grupo especifico de
estudantes que fazem parte dos partidos representados por estas bandeiras.
Resposta:
A ANEL coloca que ela não é o PSTU e que há membros que fazem parte de
outros partidos. Coloca que se a UNE não representa mais os estudantes é necessário
outra representancia que o faça e que a ANEL se constrói a partir das suas reuniões e
crenças. Expõe que se nos manifestos levantam-se bandeiras isso representa quem o
levanta e não o grupo o qual o bandeirante pertence e que a isso não se deve reprimir.
“O partidarismo é uma conquista dos trabalhadores e que não deve se confundir as
bandeiras com o antipartidarismo”.
A UNE elucida a fala da ANEL sobre as bandeiras que o fato de você estar
como representante de uma entidade não lhe impede de lutar por causas “próprias”.
Cita exemplos de lutas de independentes (membros não envolvidos com partidos
políticos) e que essa confusão desarticula os movimentos.
C.C. questiona a fala da ANEL sobre seus objetivos e colocações a respeito da
UNE. Coloca a necessidade de reconstrução do movimento estudantil e nesse
processo reconstrução das entidades de base. Salienta que para C.C não é possível
quebrar a burocracia da UNE e assim reformula-la porque não se discuti as entidades
de base e sim as representações.
Iniciaram – se as falas dos inscritos:
Paula: Questiona as relações dos partidos com as entidades, solicitando que
os membros representantes das entidades esclareçam qual a relação dos partidos
com as essas entidades.
Sara: Respondi a colocação da C.C quanto à impossibilidade de não mudar
UNE, onde a mesma acredita que é possível que uma vez inserido na entidade não
signifique que não se trabalhe as bases, elucida o poder de coptar estudantes e traz
questionamentos referentes à como fazer uma revolução interna em que se faça da
UNE, novamente, uma representação verdadeira dos estudantes brasileiros.
Joyce, Raquel e Micaela: Questionam a disputa entre as entidades e ao que leva a
rixa entre os interesses uma vez que todos representam ou querem representar os
estudantes.
Considerações finais:
1) Coletivo Contra Corrente
Elucida a importância novas formas de se pensar o movimento estudantil, e que
alguns espaços na faculdade foram conquistas dos estudantes com a ocupação de 40
dias da reitoria. Traz a questão que uma hora tem a necessidade de se desvincular de
grupos onde as ideais são divergentes. Reafirma que o ME precisa ser reformulada,
assim como suas pautas e verdades.
2) ANEL
Elucida a diferença entre entidade de base e de massa, e defini a ANEL como
entidade geral, não sendo da massa relacionando-se com a base. Caracteriza a C.C
como entidade política e não entidade geral.
Traz a necessidade de uma alternativa para uma representação estudantil como
entidade geral. Combate, novamente, o papel da UNE para salientar essa
necessidade.
Convida a todos a participarem das reuniões das entidades para vivencia e criar
um pensamento crítico sobre essas representações.
3) UNE
A UNE elucida a fala da ANEL sobre as bandeiras que o fato de você estar como
representante de uma entidade não lhe impede de lutar por causas “próprias”. Cita
exemplos de lutas de independentes (membros não envolvidos com partidos políticos)
e que essa confusão desarticula os movimentos.
Convida a todos a participarem das reuniões das entidades para vivencia e criar
um pensamento crítico sobre essas representações.
ESPAÇO 8: ENADE - Como avaliar nosso ensino?
Convidado: Davllyn
Houve a explanação de um breve histórico das avaliações de cursos.
Comentário sobre o CEBES (instituição que participou da reforma sanitária, da
construção do SUS)
Em 1995 surgiu primeiro sistema de avaliação, o Provão ENC (Exame Nacional
de Cursos), implementado em 1996. Avaliação do curso restrita a respostas certas ou
erradas. Neoliberalismo presente, a universidade molda-se ao modelo de avaliação.
Entre 1997 e 1999 surge um novo movimento que pauta outra forma de avaliar, com
surgimento das Diretrizes Gerais. Ainda não é a melhor forma de avaliação, porém
tenta-se colocar as atribuições do nutricionista e sua área de atuação.
Criação do SINAES (Sistema Nacional de Avaliação do Ensino Superior), a
partir de questionamentos e reivindicações por parte dos estudantes para que o
provão mudasse.
Em 2004 surge o ENADE, até 2013 serão 4 avaliações neste sistema. A
avaliação apresenta vários problemas um deles é mesclar estudantes em diferentes
estágios do curso, criando um viés, pois cada um vem de um momento histórico
diferente. Outro viés é que cada curso tem sua especificidade, de acordo com a
realidade e necessidade de cada estado, o que também não é levado em
consideração.
Precisamos aprender como rediscutir com os estudantes este assunto. Ler a
portaria antes da prova e promover espaços de mobilização. Não adianta
simplesmente ser contra. É necessário ter uma proposta concreta contra hegemônica.
Avaliar como está sendo o ensino desde a base das universidades.
É necessário ocupar os espaços dentro e fora da universidade para esclarecer
o corpo discente a respeito do ENADE, uma vez que dentro das instituições a
avaliação é tratada pelas coordenações e professores como uma forma de avaliação
individual do aluno. Além de algumas escolas utilizarem a nota da prova para
autopromoção. A avaliação não tem como parâmetro a estrutura da universidade.
É necessário sim um sistema avaliativo, mas que investigue de forma interna e
constante a situação das instituições de ensino, uma vez que cada uma tem suas
particularidades, combatendo assim a origem dos problemas. Ao contrário do que
ocorre no ENADE que favorece a competição entre universidades e não garante a
solução das problemáticas da educação superior. O ENADE teve um avanço em
comparação com o provão, mas ainda possui suas contradições.
O boicote, muito mais que deixar de fazer uma prova é utilizar o próprio
instrumento para reivindicar. Porém não pode ser uma ação isolada e sem um
conhecimento do seu real objetivo. Alguns cursos como a Medicina já conseguiram
mudanças significativas no curso através do boicote do ENADE.
Davllyn ressalta a ausência de leitura política o que pode explicar ausência do
profissional nutricionista em espaços políticos, posteriormente. Hoje existem outros
profissionais discutindo políticas de saúde em alimentação e nutrição por nos
ausentarmos.
Encaminhamentos:
Foi de acordo apoiarmos o Dia Nacional de Mobilização Contra o ENADE,
organizado pela ENESSO (Executiva Nacional do Estudantes de Serviço Social).