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Whisper #4

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Online magazine about actuality and culture.

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EDITORIAL

NOTÍCIAS 03 ► Curtas

ENTREVISTAS05 ► Blacklist (USA)

07 ► Linda Martini09 ► Bunnyranch

11 ► Gabriel Wickbold13 ► Juliana Pontual

15 ► Miguel Silva

MÚSICA18 ► 15 Músicas pela Whisper19 ► Próximos Lançamentos

AGENDA16 ► Cine-Teatro de Estarreja

21 ► Agenda

17 ► Altos e Baixos17 ► Vídeos - Youtube

18 ► Vídeos - Publicidade18 ► Citações

20 ► Recomendações Whisper

REPORTAGENS23 ► David Fonseca

25 ► Blacklist + La Chanson Noire27► a Jigsaw

GERAL

DIRECÇÂO

ÍNDICE

whisper magazine

joana vieira

mariana ribas

BLOG: whispermagazine.blogspot.comMYSPACE: myspace.com/whispermagazineTWITTER: twitter.com/whisper_magazineEMAIL: [email protected]

BLOG: joanavieiraphot.blogspot.comMYSPACE: myspace.com/meraluna214DEVIANTART: joanavieiraphot.deviantart.comFLICKR: flickr.com/joana_vieiraTWITTER: twitter.com/joana_vieiraEMAIL: [email protected]

MYSPACE: myspace.com/damari19TWITTER: twitter.com/mari_ribasEMAIL: [email protected]

imagem de capa:© 2009 Gabriel Wickbold

Whisper #416 de Dezembro de 2009

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TÉCNICAFICHA

Nesta edição da Whisper teremos algumas novidades a nível de entrevistas que vos poderão interessar. Efectivamente, conseguimos entrevistar bandas já com alguma projecção no panorama musical portugues, tais como Bunnyranch e Linda Martini. A nível internacional entrevistámos a banda Blacklist, o jovem fotógrafo Gabriel Wickbold e a ilustradora/designer Juliana Pontual. Nesta edição poderão ver que temos mais entrevistas que reportagens, mas a triste realidade é que a crise também chega aos repórteres da Whisper!Esperemos que gostem deste novo número “Whisperiano” e desejamos-vos um feliz Natal e bom ano novo!

Envie os seus trabalhos [email protected]

As imagens utilizadas têm direitos reservados e são propriedade dos seus respectivos autores.

© 2009 Whisper MagazineTodos os direitos reservados.

NOTÍCIAS

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O desemprego em Portugal atingiui niveis assutadores. No mês de Outubro a taxa de desemprego em Portugal subiu até aos 10,2% por cento. A verdade é que desde que há registo do desemprego em Portugal, nunca houve tantos desempregados como no passado mês de Outubro. O Eurostat publicou ontem as estatísticas e Portugal é o 5.º da UE, com 10,2% de desempregados. No conjunto da União Europeia, com taxas de desemprego superiores a Portugal, em Outubro, estão a Letónia (20,9%), a Espanha (19,3%), a Irlanda (12,8%) e a a Eslováquia (12,2%). Na zona euro, o desemprego manteve-se estável em Outubro face ao mês anterior, situando-se nos 9,8 por cento, a taxa mais elevada desde Janeiro de 1999, adiantam os dados do Eurostat.

Após mais de duas décadas de transmissões regulares, o talk-showshow de Oprah Winfrey vai terminar em 2011. O anúncio foi feita pela própria apresentadora no seu programa.

Com uma audiência média semanal cifrada em mais de 40 milhões de pessoas e com inúmeros momentos emblemáticos da televisão americana, a rainha da TV desce do seu trono.

De acordo com o “New York Times”, Oprah, de 55 anos, não vai largar tudo para envelhecer frente à lareira. A apresentadora vai dedicar-se a um canal por cabo com o seu nome, o OWN (Oprah Winfrey Network). A saída de Oprah de canal aberto para um canal por cabo poderá vir a ser uma boa aposta. Os anunciantes irão de certeza com ela para onde ela quiser, embora ainda se desconheça qual o papel que Oprah terá no novo canal, indica o “NY Times”.

Portugal vai ter como adversários Brasil, Coreia do Norte e Costa do Marfim no Grupo G da primeira fase do Campeonato do Mundo de futebol de 2010, na África do Sul, ditou o sorteio realizado hoje na Cidade do Cabo. Portugal inicia a campanha a 15 de Junho com a Costa do Marfim. Segue-se a Coreia do Norte a 21 de Junho e o Brasil, no jogo decisivo, a 25 de Junho.

A cimeira de Copenhaga, que vai discutir o próximo passo contra o aquecimento global, começa hoje e reúne grandes expectativas por parte da comunidade mundial. A verdade é que podemos já tirar uma conclusão prévia: nunca o mundo esteve tão ligado à causa climática como agora. Nas próximas duas semanas, a capital dinamarquesa estará transformada numa arena política sem precedentes em torno de um só tema ambiental. O primeiro projecto oficial de acordo sobre alterações climáticas pretende limitar a subida da temperatura média do planeta a 1,5 ou 2 graus, sem definir entre as duas opções. De acordo com um estudo científico da ONU, as emissões, de todos os países do mundo, precisam ser reduzidas para metade, até 2050, do que eram em 1990. De outro modo, não será possível evitar um aquecimento global com dimensões incomportáveis.

Desemprego em Portugal ultrapassa os 10%

Cimeira de Copenhaga: 14 dias para renovar a esperança

Oprah Winfrey decide terminar o seu programa em 2011

Já são conhecidos os grupos para o Mundial 2010

Os ENDAY disponibilizaram no Myspace algumas das novas músicas do álbum de estreia ‘Green Smoke!’. Fica atento porque eles vão começar a dar concertos brevemente!

www.myspace.com/endaymusic

Pepe irá ser operado ao ligamento cruzado do joelho direito, devendo ficar afastado dos relvados durante seis meses. Este diagnóstico afastará Pepe do resto da temporada do Real Madrid e do Mundial 2010. Esta é, assim, uma baixa de peso para a selecção portuguesa, já que Pepe era um dos jogadores titulares da equipa de Carlos Queiroz.

Num momento em que o debate político está muito agreste e que os socialistas têm estado debaixo de fogo devido às ofensivas da oposição, sobretudo em matéria de corrupção, a apresentação da proposta do casamento gay pelo Governo terá não só a virtude de cumprir uma promessa eleitoral, como servirá em grande medida para “baixar a crispação” política, nas palavras de um dirigente socialista.

Esta é uma promessa eleitoral polémica que o Governo quer cumprir o mais rapidamente possível. Se tudo correr como o primeiro-ministro pretende, o debate da proposta do Governo sobre o casamento entre pessoas do mesmo sexo deve acontecer durante o mês de Janeiro, antes mesmo da discussão do Orçamento de Estado para o próximo ano.

A votação da proposta socialista que prevê “remover as barreiras jurídicas à realização do casamento civil entre pessoas do mesmo sexo”, como consta do programa de governo, deve estar sujeita à disciplina de voto.

Temos “fumo verde”

Pepe pode falhar MundialCasamento gay irá ser discutido antes do final do ano

www.en.cop15.dk

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How did the band Blacklist born?

Initially, Ryan approached me to be part of a project he had been formulating. We both loved Killing Joke and a lot of darker bands from Leeds as well as Iron Maiden, Ozzy Osbourne, and Motorhead. He heard me play guitar and I guess I passed the test. We started working on some stuff, then Glenn came into the picture and Glenn had been in a band with James previously so he suggested bringing James on for guitar. Glenn introduced us to a lot of the music that he was DJing at the Wierd party. James had a very textural style of playing that mixed nicely with my more riff-oriented style.

Which are your musical influences?

They come from all over. I recall a CD I gave all the band members at

the beginning with songs that sort of embodied the kind of music I wanted to be making. It had ‘It’s A Boy’ by Wire on it. I’m sure it had something by The Sound on it, too, most likely ‘New Dark Age.’ But then of course there was always this underpinning of a very heavy kind of music, too. Glenn comes from a hardcore background, but he was bringing us records by Asylum Party and Modern Eon. And James doesn’t care a thing about metal, he was really into shoegaze. If there was one point of mutual taste, I’d say it was probably the fact that we all still insisted that ‘War’ by U2 was a great record.

What message do you try to transmit in your music?

I heard someone yesterday say that having a message kills great art. I don’t know that I agree with that, though I don’t know

what singular ‘message’ is in our music. There are a lot of ideas running through it. It’s angry, yet not nihilistic. It’s melancholic but not mopey. I think anger and melancholy are strong emotions that one tends to experience when they try to approach the world as it is. I think this record is about trying to do that. I think it’s militantly humanistic, anti-nationalist, anti-totalitarian, anti-orthodoxy, and anti-superstition.

How was your passage for Portugal? Did you like the portuguese public?

The trip to Portugal was wonderful! We loved Lisbon, and we had a blast meeting the Portuguese people who really made us feel welcome. I have to say, too, I feel a certain closeness with the Portuguese aesthetic, musically. Clearly, this is a country with a tradition of

Os Blacklist são um quarteto de Nova York que esteve recentemente em Portugal para actuar no Super Bock em Stock e a Whisper aproveitou para

lhes fazer algumas perguntas. Fique a conhecer melhor esta banda e saiba o que podemos esperar deles no futuro.

ENTREVISTA COM

BLACKLIST

very beautiful, haunting and often melancholy music. I have to think that this might be why bands like The Sound and Blacklist seem to have connected in a unique way with the Portuguese.

How was to work with Ed Buller (Suede, Slowdive, Pulp, White Lies) and Howie Weinberg (Muse, Jeff Buckley, Iron Maiden, U2, Nirvana) in the production of “Midnight of the Century”?

Working with Ed was a dream come true for me. Suede and The Psychedelic Furs for me are bands that live in the very highest ranks of rock and roll and his work both as producer and musician on those records and in everything else he’s done is amazing. He was really so patient with us--we’re perfectionists and we set a task for him that I don’t think anyone had ever given him. Ed is firmly rooted in the tradition of sophisticated British alternative pop and here we were asking him to make things sound like an AC/DC record. Although, that was a bit of the strategy. We knew after listening through all these different records and thinking about mixers and producers that, after listening to

Suede’s ‘Coming Up,’ that if anyone could make this collision work, it was Ed. He did an absolutely amazing job. As for Howie, he does his work under cover of darkness--or at least he did ours that way. We sent along the mixes, Howie proceeded to make them sound

like the most massive, loud thing anyone anywhere had ever made. They came back and we couldn’t help but grin childishly at how gigantic it had become. We wanted that though, which is obviously why we went to somebody like him who was known for making these huge rock masterpieces.

Why the title “Midnight of the Century”?

The title was taken from a novel by Victor Serge. I thought it was a very fitting description for this phenomenon when all of your most cherished ideas about how the world is are coming apart. Friends become enemies, what once looked true no longer looks true. It’s a bizarre, dark moment when you’re very much part of history but also very much ripped out of it.

Who was responsible for the artwork in your album?

Pieter Schoolwerth, who runs our record label is also a fine artist. He’s a painter. Pieter and I exchanged ideas for visuals. He spent a while with the record and the lyrics and then he just created this image. When we saw it we knew it was perfect. It’s this ideal combination, which I feel we try to strike in our music and I try to strike in my lyrics, of complexity and simplicity. As with my lyrics, there is a lot of meaning to be read from Pieter’s art for the record, if you want to de-code what’s there. If you don’t want to, you don’t have to. It’s not spelled out for you in either case, though.

How do a band survive and grows in New York, a city with so many great artists?

I think it’s a combination of things. There are lots of great artists, but with so many people making music there’s plenty of garbage, too. I think we thrive both on the love for the good and disgust for the bad. We’re lucky to be part of a community where there is a lot of

mutual respect amongst the artists. That community is very devoted to a kind of participation in the world of modern music that is aggressive and resistant at the same time. We’re lovers and we’re haters--I think for most of us it’s that spectrum and the energy we derive from it that keeps us going. We don’t like everything but we don’t hate everything, either. It seems these days everyone is either a sort of liberal, boring, “to each his own”

type who thinks that saying a band or a song is crap is automatically closed-minded. Then you have the sort of hardcore underground ideology of hating everything. I think for the most part Blacklist and the people we associate bring these two together and in doing so we forge an identity. After all identity is equal parts rejection and embrace. We believe strongly in both and you get different kinds of inspiration from both.

else do you wanna tell us, future projects, messages to fans, etc?

We look forward to a return to Portugal in 2010 and to playing a lot of new songs for our Portuguese fans!

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Membros da Banda

josh strawn - voz, guitarra

ryan rayhill - baixo

gelm maryansky - bateria

james minor - guitarra

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O projecto Linda Martini teve inicio em 2003 e desde essa altura esta banda já conseguiu ganhar o seu espaço no panorama musical em Portu-gal. Do seu passado punk e hardcore herdaram a atitude descomprometi-

da e sincera com que encaram a sua música.

Contem-nos um pouco sobre a história da banda.

Tocamos juntos nesta ou noutras bandas que entretanto acabaram, já desde 1998. Nunca todos juntos, mas depois de terminadas as ban-das mais ligadas ao Punk/Hard-core, juntámo-nos naquilo que viria a dar origem aos Linda Martini, em 2003. Desde aí, ensaiámos, tocá-mos ao vivo, editámos 3 Ep’s e 1 Álbum (linda martini -ep 2006 | ol-hos de mongol -lp 2006 | marsupi-al - ep 2008 | intervalo - ep ao vivo 2009) e estamos neste momento a ultimar o segundo Álbum que vai ser gravado em Janeiro.

Podemos dizer que vocês são um dos grandes fenómenos actuais da música portuguesa. Foi difícil alcançar essa projecção?

A projecção que temos é relativa.

As pessoas mais ligadas ao meio, talvez reconheçam o nosso nome ou trabalho, mas o público em ger-al, nem tanto. No entanto, não nos podemos queixar muito. Estamos numa posição bastante boa. É nor-

mal que queiramos sempre mais do que temos. Se não estabeleceres objectivos, acabas por te acomo-dar e perder o interesse.

Sempre ambicionaram ser conhe-cidos, pisar grandes palcos ou to-car com grandes bandas?

Sempre esperámos poder tocar com as bandas de que gostamos, não por serem grandes (porque muitas não são) mas porque são im-portantes para nós. “Ambição” não é a palavra correcta porque sempre estivemos habituados a tocar em palcos pequenos, em concertos re-fundidos, e nunca nos passou pela cabeça que um dia poderíamos es-tar a tocar num “Paredes de Cou-ra”, quanto mais a tocar com Sonic Youth, por exemplo. Ser conhecido, toda a gente espera ser conhecida um dia, mas mais do que isso ser reconhecido.

Foi complicado obterem apoios no início da carreira?

Que apoios?...e de que carreira? Se ter uma banda se considera uma carreira, então começámos a nossa carreira há 15 anos atrás,

ENTREVISTA COM

MARTINILINDA

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quando começámos a ter bandas. E aí, claro que tínhamos que fazer tudo sozinhos, como aliás todas as bandas fazem. No início de linda martini, em 2003, foi só começar uma banda de novo e tentar tudo outra vez, mas desta vez alguém (a editora Naked) nos ouviu e gos-tou e quis ajudar. Portanto pode-se dizer que em comparação com outros projectos que já tínhamos tido, tivémos apoios quase desde o início. Com o tempo fomos per-cebendo que esses apoios são os mínimos que uma banda pode ter para chegar a alguns sítios (e que nos deram muito jeito) mas que o grande apoio é ter uma agência por trás, e isso só conseguimos em 2007.

Qual a história por detrás do nome “Linda Martini”?

Nada de especial. A determinada altura, não havia consenso relativo ao nome, dentro da banda. Um dia o Pedro falou-nos duma amiga estu-dante de Erasmus, que se chamava Linda Martini. Gostámos do nome e acabámos por adoptá-lo.

Quais são as principais diferen-ças entre “Olhos de Mongol” e o mais recente trabalho intitulado “Marsupial”?

O “Olhos de Mongol” é um Álbum e o “Marsupial” é um Ep. Àparte dis-so, o “Olhos de Mongol” é um disco com músicas que já estavam feitas há algum tempo e músicas que se fizeram propositadamente para a edição. É um disco com muitos am-bientes diferentes, por isso mes-mo. Gravámos o disco quando tín-hamos as músicas prontas. Já com

o “Marsupial”, o processo foi difer-ente. Aquelas músicas foram todas criadas com a edição do disco em vista. É mais homogéneo, a nosso ver. No entanto, é um disco que re-spira um pouco mais que o “Olhos de Mongol”. Gostamos bastante de ambos. Cada um à sua maneira.

Como foi a trabalhar com os God is an Astronaut, tanto em palco como na remasterização do EP “Linda Martini”?

Em relação à masterização, não se pode dizer propriamente que tenha havido uma colaboração com os God is an Astronaut. Só um deles masterizou o disco e foi um proces-so à distância. Quem tratou sem-pre de tudo, foi o nosso manager da altura. Já falando dos concer-tos, foram bastante interessantes. Somos bandas que se apresentam em palco de uma forma totalmente diferente. Eles mais maquinais, nós mais de improviso. Foi bom estar-mos em contacto directo com uma forma diferente de encarar a músi-ca, ainda que em termos sonoros, possa haver pontualmente alguma semelhença. São pessoas simpáti-cas e muito focadas naquilo que fazem. Estudam tudo ao detalhe. Nós, não nos conseguimos desligar da cena Punk.

Qual dos vossos concertos re-cordam o melhor até hoje?

Tendo que escolher um, provavel-mente o Paredes de Coura, em 2007. Não é todos os dias que se pode ver os Sonic Youth do palco e isso foi uma experiência muito boa. Mas mais do que isso, o palco do Paredes de Coura é lindíssimo e foi mágico ter o recinto praticamente

cheio, a cantar as nossas músicas. Tivemos também a sorte de correr bem. Às vezes chegas a um palco que tanto ambicionas e as coisas acabam por correr menos bem. Não foi o caso.

Têm projectos para o futuro que queiram partilhar connosco?

Para já, temos o novo Ep nas lo-jas (Intervalo - Optimus Discos) e também para download gratuito no site da Optimus. E entretanto, em Janeiro gravamos o sucessor de “Olhos de Mongol”, que já tem nome provisório, mas que ainda não vamos revelar.

Alguma mensagem que queiram aproveitar para deixar aos nos-sos leitores, aos vossos segui-dores, ou às promotoras nacio-nais, etc?

Façam bandas, vão a concertos, comprem discos, “saquem” discos, apoiem as bandas de que gostam, não percam tempo a dizer mal das bandas de que não gostam (gastem-no à procura de outras que possam vir a gostar)...

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Membros da Banda

a.henriques - voz, guitarra

c.guerreiro - baixo, harmónica, melódica

h.morais - bateria, melódica

p.geraldes - guitarra

Contem-nos um pouco sobre a história da banda.

Os Bunnyranch aparecem em 2001 como um grupo de quatro pessoas que queriam principalmente tocar rock’n’roll. Em 2002 gravamos um EP com o intuito de nos por a tocar e abrir portas para algo mais. E assim foi, desde então gravámos três discos, mais para sair em 2010 e tocámos por várias salas e festivais pela Europa e também nos EU onde conhecemos bandas e pessoas que nos ajudaram a crescer como banda. Muito resumidamente isto é um pouco da história da banda.

Foi complicado obterem apoios no início da carreira?

É sempre complicado arranjar apoios, quer no início como agora,

e nós nunca tivemos apoios nem de câmaras nem de qualquer instituição do género. O que fomos conseguindo no início foi fruto do nosso trabalho… e da ajuda de alguns amigos que trabalharam

connosco em condições miseráveis (risos meus que estou sozinho). Agora vamos tendo mais apoios mas somente promocionais, de algumas rádios (antena3, RuC, etc.), alguns canais privados (SIC

radical, etc.) e alguma impressa escrita dentro da área.

Vocês tiveram a oportunidade de participar no documentário “Rockumentário”, realizado por Sandra Castiço. Como foi essa experiência?

Basicamente nós fomos somente “material de estudo” para o documentário. Isto porque só fomos escolhidos para entrar num documentário sobre uma banda de rock, não tivemos influência nenhuma na montagem ou realização dele. Claro que ficámos muito contentes com a proposta, mas nós fizemos a nossa vida normal de banda e eles foram nos acompanhando, filmando e entrevistando. Foi divertido.

ENTREVISTA COM

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Os Bunnyranch são uma banda de Coimbra já bem conhecida de todos nós. Tivemos a oportunidade de colocar algumas questões aos seus membros e assim ficar a conheça melhor o seu percurso e os projectos futuros.

bunnyranch

AR D’RATO, COIMBRA - 14.11.08

O que mudou com a entrada do Augusto Cardoso e do João Cardoso?

Quando qualquer elemento de uma banda muda a banda muda também. O que aconteceu com a entrada de qualquer um dos Cardoso(s) foi isso mesmo. Uma forma de tocar as músicas antigas e de criar as novas conforme as suas ideias pessoais, logo nova e diferente. De qualquer das maneiras nunca deixámos de ser os Bunnyranch.

Como foi trabalhar com Ivan Ju-lian (guitarrista Richard Hell & the Voidoids e The Clash) na primeira parte do disco “Teach us Lord… How to Wait”, nos HED Studios em Nova York?

Logicamente foi uma experiência insubstituível. Ter um ícone da história do rock’n’roll, e que ainda por cima foi incansável, a trabalhar e a responder a um “interrogatório” de quatro dias sobre as vivências dele como músico (e não só) na altura, é no mínimo gratificante para uma banda como nós, que ouvimos todas estas histórias (e gravámos também… claro) quase 20 horas por dia, nestes 4 dias e qualquer coisa. No fim alguém o alcunhou de “Iron” Julian tamanha foi a resistência do senhor. Cinco estrelas.

Falem-nos um pouco sobre o vosso último trabalho intitulado “How to Wait”.

É a última parte do disco que começou nos HED studios (teach us lord…) e que foi gravado, nas Taipas Serra de Monchique, no sierra vista studio com um outro ícone do rock’n’roll. Boz Boorer guitarrista de bandas como os polecats que já tocou e produziu artistas como o Adam Ant e que é o actual director musical do Morrisey, para além de ter estudado e trabalhado em engenharia de som durante anos e anos (nem faço ideia de quantos). É a parte inglesa do disco se assim o quisermos dividir, mas tal como na primeira parte foi quase

uma semana de trabalho, farra e histórias muito, muito intensa. Cinco estrelas outra vez.

Sabemos que já tiveram a opor-tunidade de tocar em Espanha, Inglaterra, França, Holanda e Estados Unidos. Em qual destes países foram melhor acolhidos?

Se tivermos a falar em afluência aos concertos é natural que seja maior em Espanha porque já lá tocamos mais vezes. Mas acho que a reacção do público foi muito positiva em todos estes países, excepto raros concertos mas isso acontece em Portugal também.

Têm projectos para o futuro que queiram partilhar connosco?

Acabámos de gravar um novo disco, que foi também gravado com o Boz Boorer no sierra vista studio e que irá sair em Fevereiro de 2010. Ainda estamos a trabalhar na promoção por isso não podemos adiantar datas. E editámos este ano o “Teach us Lord… How to Wait” nos EU pela Brutarian records. Projectos para o futuro, como costumamos dizer, tocar o mais possível no maior número de sítios possível.

Alguma mensagem que queiram aproveitar para deixar aos nossos leitores, aos vossos seguidores, ou às promotoras nacionais, etc?

Aos vossos leitores continuem a ler e a ouvir música. Aos nossos seguidores (se tivermos) continuem a vir e tragam amigos e amigas. Ás promotoras… continuem o bom trabalho.

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Membros da Banda

Kaló - bateria, voz, percussão

Pedro Calhau - baixo

João Cardoso - orgão, piano, voz

Augusto Cardoso - guitarra

AR D’RATO, COIMBRA - 14.11.08

As obras de Gabriel Wickbold caracteriza-se pelas fortes cores, uso tintas e misturas arrojadas. Conheça um pouco melhor este jovem artistas, que já

conquistou um lugar junto aos melhores fotógrafos da actualidade.

Como foi o início da experiência como fotógrafo e o processo de aprendizagem?

Ainda estou no inicio! Em Fever-eiro faz dois anos que montei meu estúdio de foto, nunca fiz nenhum curso nem trabalhei como assis-tente de nenhum fotógrafo, minha experiência com a fotografia sem-pre foi muito “na raça”, acho que o que fez a diferença no meu trabalho foi essa liberdade, esse despren-dimento, nunca quis um portfolio comportado, sempre quis causar impacto nas pessoas. Eu trabalhei com muitas linguagens, comecei escrevendo poesia, depois passei a compor musica, depois fui estudar canto, fiz faculdade de rádio e tv, quis ser apresentador, enfim foi um caminho natural mas que ao mes-mo tempo foi extremamente re-sponsável pela minha “bagagem”, acho que o meu trabalho é uma síntese de tudo isso, erros e acer-tos como todo mundo tem na vida, mas o fundamental foi ter entrado de cabeça em tudo o que eu fiz.

Quais foram os principais obs-táculo e metas atingidas?

No começo as pessoas envolvidas no meio da fotografia achavam o meu portfolio muito agressivo e pouco comercial, sempre falavam “coloca umas imagens mais “publicitárias”” e eu sempre defendi com unhas e dentes a minha assinatura, o meu jeito de pensar as imagens. Hoje estou muito feliz pois as pessoas estão entendendo e me contratando pela minha assinatura.

É complicado para um fotógrafo singrar no mercado brasileiro?

O mercado brasileiro é muito competitivo, os profissionais são muito bons, não tenho o mercado de publicidade como meu maior foco, quero fotografar tudo.

Quais são suas principais influências nesta área?

Eu pesquiso constantemente, olho revistas do mundo inteiro, anoto o nome dos fotógrafos, adiciono os sites nos meus favoritos tenho

mais de 500 fotógrafos que vejo constantemente, acho legal não ter um que seja muito influente, acho importante ver muitas coisas o tempo todo, isso faz um trabalho original, você tem sempre que ser o conversor, se não vira copia.

Considera o tratamento de ima-gem essencial ou dispensável no seu tipo de fotografia?

Acho o tratamento de imagem essencial, a ferramenta e a tecnologia nunca podem ser dispensados, seria burrice minha falar mal das ferramentas que facilitam a vida dos profissionais, eu não tenho muita paciência no Photoshop, gosto muito de manipular cores brilho e contraste, mas não tenho técnica nem paciência para fazer sistema, minhas imagens são o que são nenhum elemento e colocado em pós produção.

A sua fotografia é caracterizada por um brilho bastante especial e particular. Qual o método que

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GABRIELWICKBOLD

utiliza para criar esse ambiente?

Eu não sei qual é o método, é a minha forma de fotografar, não tenho outra referência, não sei fazer de outro jeito.

Em grande parte das suas obras os modelos estão cobertos de tin-ta ou de outros materiais. Nunca existiu nenhum episódio de estú-dio mais caricato devido do uso destes elementos?

Minha mãe é artista plástica, sempre tive uma relação próxima com as tintas, sempre tinham telas cavaletes, e pincéis em casa, mais nunca tive paciência muito menos jeito para pintar, a fotografia veio como uma forma muito prática de conversão do meu olhar, da minha forma de pensar. Acho que desde criança via todas aquelas tintas na minha casa, e queria muito atirar tudo para todos os lados, fazer uma guerra de tinta!!! Nunca fui fã de estorias em quadrinhos ou desenho animado, mas meu trabalho tem muita influência dessas imagens, acho que durante minha viagem pelo interior do Brasil, adorava as igrejas e as referencias dos santos do interior de minas gerais. Como eu disse antes eu sou um cara muito impaciente uso o Photoshop e o tratamento somente para o necessário, demoro no máximo 20min em cada foto no Photoshop, o meu barato dentro do estúdio é fazer acontecer tudo no clique, a sensação de atirar a tinta/clicar/imagem tudo em uma fração de segundo, é um risco emocionante ainda mais quando você está correndo esse risco com uma celebridade!

Existem projectos para o futuro que queira partilhar connosco?

O sexual color vai continuar sendo produzido no ano de 2010, para montagem da exposição no segundo semestre em NY , os portugueses que queiram participar, entrem em contato através de [email protected] .

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Juliana Pontual é uma designer e itlustradora que espalha a sua arte pelo Brasil. Conheça um pouco sobre a sua vida e projectos artísticos.

Como surgiu o interesse pelo desenho e ilustração?

Acho que surgiu quando eu era pequena. Realmente preferia quando os livrinhos eram ilustra-dos, tanto que, dependendo dos desenhos e do que eles evoca-vam, eu tinha vontade de lê-los ou não. Nessa época pintava retratos imaginários e quadros pra vender pras minhas tias (só elas iriam comprar mesmo!!), mas depois de um tempo parei de desenhar e só voltei bem mais tarde, já no final da adolescência.

Como conseguiu entrar no mundo profissional de ilustração?

Foi meio sem querer, trabalhava como diretora de arte em agências de propaganda e muitas vezes a ilustração é um recurso para clientes com pouca verba para produção. É estranha essa pergunta porque ainda não me sinto totalmente inserida nesse mundo de ilustração profissional. Meu ganha-pão vem muito mais

do trabalho como diretora de arte e designer do que como ilustradora. A ilustração ainda é como um “plus”, quando faço encartes de álbuns, editoriais, etc.

Quais foram os principais obstáculo e metas atingidas?

Como foi tudo meio sem querer, não posso dizer que houveram muitos obstáculos. E sobre as metas, eu ainda tenho muito o que atingir, mas diria que a maior seria conseguir viver somente de ilustração.

Quem são as suas principais influências nesta área?

Gosto muito de quadrinhos underground em geral, tantos dos anos 60/70 (quando o género meio que surgiu) quanto os atuais. Também gosto muito de traços meio lúdicos, meio “estranhos”, como o de Tim Burton, Jim Flora, Yoshitomo Nara, etc.

A ilustração é uma arte que exige uma enorme capacidade criativa. O que mais a inspira?

Acho que música e meus gatos.

Qual foi o seu maior projecto até hoje?

Nunca tive grandes projetos, mas os maiores talvez tenham sido os álbuns de 2 grandes artistas e amigas minhas, a Lulina e a Stela Campos, pois ambos envolveram a criação de universos com personagens ilustrados para cada música.

As junções da ilustração com o design que podemos ver em alguns dos seus projectos são feitas por gosto ou por trabalho?

Por ambos.

É capaz de nos descrever o todo o processo que uma ilustração sua envolve?

Bom, nem sempre existe um processo lógico. Às vezes a ideia vem antes, às vezes é o traço que puxa a forma e com isso a ideia. Depende muito do tipo do trabalho.

Existem projectos para o futuro

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JULIANAPONTUAL

ENTREVISTA COM

que queira partilhar connosco?

Apesar de ser uma ideia em processo completamente embrionário, pretendo um dia tentar trabalhar com animação.

Para finalizar, alguma mensagem que queiras deixar aos leitores, ilustradores, revistas…?

O mais importante é se divertir. Até o estresse vale a pena quando por trás tem diversão.

PERFILNome: Juliana PontualIdade: 30 anosNaturalidade: Brasil/PernambucoEmail: [email protected]

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► Como surgiu o interesse pela fotografia?

Um amigo numa viagem é ex Jugos-lávia comprou uma Pratika. Lem-bro-me de disparar algumas fotos com ela, sem perceber muito bem como ela funcionava realmente, e o que significavam aqueles números que estavam inscritos na objectiva. Anos mais tarde comprei uma câ-mara semelhante e comecei a fo-tografar aquilo que mais me fasci-nava: concertos e música.

► Como foi o inicio da experiência como fotografo e o processo de aprendizagem?

Muitos dos princípios básicos de fotografia descobri-os através da Internet e também nos workshops em que ia participando. Obvia-mente que a prática foi muito im-portante, e há sempre pequenos truques que vamos aprendendo, muitas vezes á custa de erros e muitos rolos disparados.

► Quais foram os principais obs-táculo e metas atingidas?

Para quem gosta de fotografar música ao vivo o principal obstáculo

é a autorização para poder recolher fotografias nos concertos, e esse foi o meu maior problema no início. Mas tive a sorte de poder começar a fazer alguns espectáculos no Te-atro Académico de Gil Vicente, em Coimbra, oportunidade essa, dada pelo fotografo Nuno Patinho, que realizou alguns workshops em que participei. Alguns anos mais tarde, com um grupo de amigos, iniciámos um fórum na internet sobre even-tos relacionados com música mais alternativa, o The Black Planet, e a partir desse momento consegui acesso a alguns dos espectáculos que mais gostava.

► Quando paras de fotografar durante longo período de tempo sentes falta de pegar na máquina e disparar?

Eu trago quase sempre com uma câmara comigo, por isso sempre que posso e que vejo algo de inte ressante não perco a oportunidade e fotografo.

► Quais são as tuas principais in-fluências nesta área?

Não te sei dizer se sou influenciado directamente por este ou aquele fotógrafo, mas obviamente que não fico indiferente ao trabalho de pessoas como Anton Corbijn, Gered Mankowitz, Todd Owyang, ou a portuguesa Rita Carmo, entre muitos outros.

► Consideras o tratamento de imagem essencial ou dispensáv-el?

O tratamento de imagem com o recurso a ferramentas digitais, como o Photoshop por exemplo, e que actualmente usamos, permite fazer muito daquilo que antiga-mente era feito na câmara escura, e que geralmente era um processo bastante demorado. Estes proces-sos permitem-me evidenciar cer-tos pormenores, e assim transmitir aquilo que mais acho importante. Deste ponto de vista acho o trata-mento de imagem essencial.

► Com o surgimento da era digi-tal, a fotografia passou a impli-car custou muito menores. Na tua opinião, quais são as princi-

pais consequências que isto tem na fotografia e no seu meio?

Acho que facilitou o acesso da fo-tografia a um maior número de pes-soas. Todo o processo fotográfico ficou mais fácil, e deixámos de ne-cessitar de laboratórios e de vários outros equipamentos, e pudemos efectuar muitos dos processos com um simples computador pessoal.

► Sei que já tiveste a oportuni-dade de fotografar alguns festi-vais fora de terras lusas. Existe diferenças entre as promotoras nacionais e estrangeiras? Qual o relacionamento com os repór-teres?

O que tenho visto em outros países é uma maior disponibilidade, por parte das promotoras , em permitir o acesso aos espectáculos a meios de informação e divulgação mais pequenos, nomeadamente blogs, fóruns e outros sítios semelhantes na net. Mas acho que essa reali-dade está a mudar cá em Portugal, e já é mais fácil conseguir permis-são para podermos fotografar muitos dos espectáculos.

► Existem projectos para o fu-turo?

Há sempre projectos interessantes que me vão aparecendo e que me motivam bastante. Não sendo a fotografia a minha principal actividade, tenho tido a sorte de ir cola borando e participando em projectos em diferentes áreas da fotografia.

Nome: Miguel Silva

Naturalidade: Coimbra

Website: miguelsilva.eu

Myspace: myspace.com/noctvrno

MIGUELSILVA

António Zambujo apresenta Outro Sentido, disco seleccionado pelo Libération como uns dos dez melhores do ano de 2008 na categoria de World Music e considerado Top of the World Album pela reputada revista Song Lines. Visto como uma das novas revelações da Música Portuguesa e aplaudido pela crítica nacional e internacional, Zambujo tem brilhado pelos palcos por onde passa em cidades como Rio de Janeiro, Toronto, Paris, Amesterdão, Viena de Áustria, Helsínquia entre muitas outras.

Duas histórias, duas realidades, as mesmas emoções. Dança a 2 é um espectáculo onde a música e a dança se fundem numa atmosfera única: a dança das emoções ao ritmo da Orquestra do CCDV.

David Santos dá forma a Noiserv quando em 2005 grava uma demo de 3 músicas para participar no Termómetro Unplugged desse ano. A sua música foi escolhida e David participou na eliminatória do Porto, no Contagiarte, e apesar de não ter sido seleccionado para a final acabou por servir de entusiasmo para prosseguir o caminho. No mesmo ano acaba por editar essa mesmo demo em formato EP On Line na Merzbau. Desde então tem corrido meio país, tocado para diferentes plateias em diferentes circunstâncias sempre aperfeiçoando o seu processo e métodos criativos. Aos poucos surgem novos temas e novas ideias que foram sendo aperfeiçoadas ao cabo de dois anos. One Hundred Miles From Thoughtlessness, o disco de estreia, é lançado em 2008, em edição de autor com apoio da Merzbau. As canções, como pequenos retratos, espelham a espontaneidade do autor através da voz lúgubre à guitarra.

Após um intenso ano de concertos e de intervenções musicais, em salas de espectáculo e romarias, a Banda Bingre Canelense regressa ao Cine-Teatro Municipal de Estarreja para partilhar a sua música com todos quantos desejem juntar-se-lhe.

Era uma vez uma casa no meio do mar, onde uma mulher esperava enquanto tocava um melancólico violoncelo. Aguardava o seu amado, um pintor que sempre quis ser marinheiro para que pudesse navegar entre as medusas, as estrelas do mar e os peixes de mil cores que sonhava nos seus quadros...

18 SEX 21H30AO RITMO DAS EMOÇÕES

DANÇA A 2

19 SÁB 23H00OUTONALIDADES ’09

NOISERV

20 DOM 16H00 UMA PRENDA MUSICAL C/A BBC

BANDA BINGRE CANELENSE E AMIGOS EM PALCO NATALÍCIO

20 DOM 21H30CINEMA

DE PROFUNDIS

19 SÁB 21H30 OUTRO SENTIDO

ANTÓNIO ZAMBUJO

16

YOUTUBE

Bruno Aleixo com Nuno Marklhttp://www.youtube.com/watch?v=HRhWXu93WFw

The Muppets: Bohemian Rhapsodyhttp://www.youtube.com/watch?v=tgbNymZ7vqY

Will and Grace - Bloopershttp://www.youtube.com/watch?v=yR6ugBV7Tx8

Arrested Development Doc. - Trailerhttp://www.youtube.com/watch?v=HC4RToo6XeI

ALTOS

BAIXOS

r

r

Amelie Mauresmo confirmou que vai abandonar a competição profissional depois de ter marcado a sua passagem no WTA Tour com duas vitórias em Grand Slams que lhe valeram nesse ano o estatuto de nº1 durante vários meses. Mauresmo despede-se do ténis aos 30 anos e sai com o «sabor amargo» de nunca ter ganho Roland Garros.

O segundo filme da saga Twilight, este Lua Nova, teve o melhor dia de estreia de sempre nos Estados Unidos da América, ultrapassando assim O Cavaleiro das Trevas. Previa-se que fosse uma das maiores estreias de sempre e não defraudou as expectativas. «Lua Nova», a sequela da saga «Crepúsculo» já é o terceiro filme mais rentável de toda a história do cinema.

O primeiro álbum de Susan Boyle, a escocesa de 48 anos que ganhou fama mundial depois de participar num concurso televisivo de talentos, transformou-se no disco mais vendido do Reino Unido. O álbum “I dreamed a dream” vendeu no dia em que foi posto à venda, 130 mil cópias. O disco já está à venda em Portugal.

O argentino Lionel Messi venceu a Bola de Ouro, prémio atribuído anualmente pela revista France Football ao melhor futebolista mundial. Com 473 pontos, Messi superou o futebolista português Cristiano Ronaldo, o vencedor da edição anterior. O avançado do Barcelona conquista o troféu pela primeira vez e é o primeiro a vencer o troféu como argentino.

17

O pedido da Irlanda para ser a 33.ª selecção no Mundial 2010 foi negado, “É impossível”, respondeu Jérôme Valcke, secretário-geral da FIFA. O pedido foi feito depois de o francês Henry ter controlado a bola com a mão na jogada que deu o golo do empate à França (1-1) e evitou um desempate por grandes penalidades no “play-off”.

Tiger Woods anunciou uma pausa por tempo indeterminado na carreira no golfe profissional, para tentar salvar o casamento, assumindo a sua “infidelidade”. O anúncio foi feito no site oficial do golfista. Woods diz estar consciente da desilusão e da dor causadas, mostra-se arrependido e pede perdão.

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PUMA Builds Ferrari Carhttp://www.youtube.com/watch?v=JqRUwHyJKV8

Piano stairs - TheFunTheory.comhttp://www.youtube.com/watch?v=2lXh2n0aPyw

Axe - Destinyhttp://www.youtube.com/watch?v=eaKV0bxUdjo

The world’s deepest bin- Thefuntheory.comhttp://www.youtube.com/watch?v=cbEKAwCoCKw

Elliott Smith – Say Yes

Sufjan Stevens – Casimir Pulaski Day

Jeff Buckley – Grace

Heavy Trash – Pure Cold

Iron And Wine – Naked As We Came

Joni Mitchell – California

Dani Schimdt – Swing Me Down

Voltaire – Hell In a Handbasket

Zombina And The Skeletones – Prom Night

The Kills – Last Day Of Magic

Coccon – Christmas Song

Michael Ribiat – Intermezzo

Loreena McKennitt – The Lady of Shalott

Julie Doiron – Snow Falls In November

22-20 ’ s – Devil In Me

WHISPERMUSICAS

PE

LA

15

18

ERRATA

“Põe quanto és no mínimo que fazes.”

“The history of the world is none other than the progress of the consciousness of freedom.”

“There is no friend as loyal as a book.”

Fernando Pessoa

G. W. F. Hegel Ernest Hemingway

WHISPER15

A Whisper errou quando disse na lead da entrevista com os Enday “preparam-se para lançar um novo álbum denominado Drowning in Pic-tures” em vez de “Green Smoke!”. (Whisper Magazine #3)

LIL’ WAYNENo Ceiling Mixtape

TOM PRETTYLive Anthology

DOROFight

DIANA KRALLQuiet Nights

EMINEMRefill

VAMPIRE WEEKENDContra

BLURAll The People

ROBIN THICKESex Therapy

BURAKA SOM SISTEMAFabriclive 49

LAURA VEIRSThe Triumphs & Travails Orphan Mae

KATHARINE MCPHEEUnbroken

JAMIE CULLUMThe Pursiut

30

21 22

31

22

12

05

22

12

22

15

22

JAN.

DEZ.

JAN.

JAN.DEZ.

DEZ. DEZ.

DEZ.

DEZ.

JAN.

DEZ.

LANÇAMENTOS

19

´

DEZ.

ÁLBUNSFILMESLIVROSSITES

ÁLBUNS FILMES LIVROS SITES

a JigsawLike The Wolf

(200)

Deine LakaienKasmodiah

(1999)

Buddy Guy Blues Singer

(2003) The Good, The Ugly and the Bad Sergio Leone

(1966)

Oliver TwistCharles Dickens

(1838)

TV.COMTelevisão

www.tv.com

Só mostramos coisas boas!

Cinema ParadisoGiuseppe Tornatore

(1988)

A Condição HumanaAndré Malraux

(1933)

Idea Fixa Artes/e-mag

www.ideafixa.com

Blade RunnerRidley Scott

(1982)

O Sonho Mais DoceDoris Lessing

(2001)

Perez HiltonCelebrity Gossip

www.perezhilton.com

RECOMENDAÇÕESWHISPER

21

AGENDADEZ/JAN/FEV

DEZ17. Sérgio Godinho - Almada (Costa da Caparica) - Renhau-Nhau18. Primitive Reason - Lisboa - MusicBox18. Monstro Mau - Braga - Theatro Circo18. Andrew Thorn - Maia - Tertúlia Castelense18. Tiguana Blues - Portalegre - Centro de Artes do Espéctaculo18. Abstraqt Sir Q - Lisboa - Lounge19. António Zambujo + Noiserv - Estarreja - Cine-Teatro19. Miss Lava + Dollar Llama - Lisboa - Post Bar19. Noiserv - Porto - CDGO19. Squeeze Theeze Pleeze - Cantanhede - Pepper Club19. Festival Ilha do Ermal - Vieira do Minho - Ilha do Ermal19. O’QueStrada - Viseu - Teatro Viriato25. The Legendary Tigerman - Lisboa - Zé dos Bois26. The Legendary Tigerman - Porto - Plano B31. Madcon + The Gift - Albufeira - Praia dos Pescadores31. Deolinda - Lisboa - Casino31. Xutos & Pontapés + Get Back The Beatles Tribute - Lisboa - Jardim da Torre de Belém31. Melech Mechaya + Femme Fatale - Lisboa - Santiago Alquimista

JAN01. Orquestra Filarmonia das Beiras - Aveiro - Teatro Aveirense08. Andrew Thorn - Coimbra - Salão Brazil15. Erol Alkan - Lisboa - Lux16. AIR - Lisboa - Coliseu17. Michael Bolton - Lisboa - Coliseu22. Billy Talent - Lisboa - Coliseu22. Spank Rock - Lisboa - Lux23. Moonspell + Bizarra Locomotiva - Lisboa - Feira Internacional

FEV02. Sunn O))) + Eagle Twin - Lisboa02. Arctic Monkeys - Porto - Coliseu03. Arctic Monkeys - Lisboa - Praça de Touros do Campo Pequenot05. Fu Manchu - Lisboa - Santiago Alquimista06. Fields of the Nephilim - Porto - Coliseu09. Rhino Bucket - Lisboa - MusicBox12. Dance Into The light: Tribute a Phil Collins - Porto - Coliseu14. Joss Stone - Lisboa - Praça de Touros do Campo Pequeno15. Joss Stone - Porto - Pavilhão Rosa Mota

REPORTAGEM

Já passava das 21h30 quando David

Fonseca entrou em palco no Centro de

Artes e Espectáculos da Figueira da Foz.

A sala estava longe de estar esgotada

mas o público que esteve presente foi o

suficiente para transformar esta noite fria

e chuvosa num serão muito bem passado.

Antes de começar com a reportagem

propriamente dita, há que fazer referências

a alguns aspectos que influenciaram a

qualidade desta. Efectivamente, como

já devem ter reparado, as fotos estão

com muito menor qualidade daquilo que

costumamos apresentar, e isto tem uma

razão muito simples, foram tiradas por

mim... A nossa fotógrafa residente, Joana

Vieira, não pode estar presente hoje no

concerto e calhou-me a mim a “sorte” de

fotografar pela primeira vez um concerto

com uma máquina profissional, da qual não

percebo nada (admito que senti saudades

da minha fiel companheira, uma Canon

Power Shot que nunca me deixa ficar mal!)

Assim, enquanto tivemos uma estreante

na parte fotográfica, também tivemos

um estreante como repórter, Samuel

Ribas teve a amabilidade de me substituir

no trabalho de repórter e ir tirando os

apontamentos necessários para que eu

pudesse mais tarde fazer a reportagem.

Em nome da Whisper queremos agradecer

a sua disponibilidade.

Ainda é importante referir que já não

bastava todos estes imprevistos, a

organização ainda decidiu que os

repórteres ficariam no fundo da sala o

que limitou muito o nosso trabalho. Foi

sem dúvida um ponto negativo da noite.

As condições dadas pela organização não

foram de todo as melhores.

Bem nas falemos daquilo que realmente

importa, o espectáculo.

David Fonseca abriu o concerto com o tema

“Walk Away When You Are Winning” do

seu novo álbum “Beetwen Waves” que

arrancou do público os primeiros sinais

do entusiasmo que os trouxe ao recinto,

e que permaneceram ao longo de todo o

concerto. Houve mesmo alturas em que

o publico abandonou as cadeiras para

dançar e saltar.

A verdade é que o facto de estar pouco

público presente, e o concerto se dar em

recinto fechado proporcionou ao músico

criar um ambiente muito intimista.

David falou, brincou com o público,

nomeadamente com um grupo ruidoso de

Coimbra que pediu ao cantor que actuasse

na sua cidade. Esperemos que aceite

o pedido, pois também eu, enquanto

residente na bela cidade de Coimbra teria

todo o prazer de o receber por cá.

O concerto durou sensivelmente 2h, que

foram preenchidas com temas do novo

álbum do cantor “Beetween Waves”

e alguns temas mais velhinhos como

“Someone That Can Not Love”, ou “Kiss

Me, Oh Kiss Me” que fizeram a delícia de

muitos espectadores que cantaram em

uníssono com o cantor.

Em suma, foi uma noite muito bem

passada, onde foi possível ouvir os

grandes temas de David Fonseca que

todos adoramos e onde também foi

possível ouvir melhor os novos temas que

o artista nos apresentou e que aposto que

rapidamente vão ganhar o seu lugar em

Portugal e pôr muita gente a cantarolar

mais músicas do cantor. Aliás, não é

preciso apostar nada, a verdade é que o

novo disco do cantor, “Between Waves”

já é disco de ouro e entrou directamente

para o Nº1 do Top de Álbuns do iTunes em

Portugal, e é o terceiro disco consecutivo

do cantor a alcançar o primeiro lugar do

Top Nacional de Vendas logo na semana

do seu lançamento.

A verdade é que pouco mais posso dizer

quando me vejo confrontada com estes

factos, o único conselho que deixo é

comprem o novo álbum, é uma aposta

segura.

TEXTO: MARIANA RIBAS + SAMUEL RIBASFOTOS: MARIANA RIBAS

23

DAVID FONSECAFIGUEIRA 30NOV

© Mariana Ribas PhotographyTodos os Direiros Reservados

24

BLACKLISTLACHANSONNOIRE22OUT

De certo modo, os Blacklist são um acidente - não um acidente como um carros a baterem, mas mais como átomos que colidem. Ouvi-los é ouvir pessoas que já fizeram um caminho, que tiveram sucessos e fracassos e que querem prestar tributo a esses modo de vida. De Brooklyn em Nova York e liderados por Josh Strawn, são donos de temas complexos e modernos, e são movidos pela força da música. o seu projecto “Midnight of the Century”, produzido por Ed Buller, é uma potente lufada de rock’n’roll coberta de uma densidade de ambientes sonoros e sombrios. É também a noticia de que os Blacklist vieram para ficar!

25

REPORTAGEM

FOTOS: CARLOS FERREIRA

BLACKLIST

© Carlos Ferreira PhotographyTodos os Direiros Reservados

26

REPORTAGEM

Por volta das 23h, João Rui, vocalista de “a Jigsaw” sentou-se em frente ao microfone para dar início ao concerto de comemoração dos 10 anos de existência da banda. Sempre acompanhado pela sua harmónica e boa disposição abriu o concerto com uma música do inicio de carreira, fazendo referência ao ex-membro da banda, Cardozo, pois pela altura da composição dessa música ainda fazia parte da banda.

A sala estava mais que composta, com os lugares sentados todos ocupados e muita gente em pé. A plateia estava repleta de gente de todas as idades para ouvir este quarteto de Coimbra! A verdade é que um pequenito que por lá andava, seguramente não tinha mais que uns 3 anos, (acompanhado pelos pais claro) teve direito a uma dedicatória especial por parte da banda! Perdoem-me a memória pois não me recordo do seu nome, mas sei que lhe dedicaram a música “Red Pony”.

O espectáculo foi muito bem construído, pois a escolha dos temas veio ao encontro do percurso da banda nestes 10 anos, começando apenas com o João

a tocar sozinho em palco, seguindo-se a entrada do Jorri para o acompanhar, e por fim juntou-se a Susana e o André respectivamente. Efectivamente, esta é hoje a composição da banda, mas essas entradas ordenadas em palco

foram a analogia perfeita para o público entender como a banda foi ganhando forma ao longo dos anos para chegar ao que hoje presenciámos.

Apesar de ser um concerto para

comemorar os 10 anos da existência da banda, a verdade é que ouviu-se na sua maioria temas do seu novo albúm como, “Return to Me”, “My Blood”, “Like the Wolf”, entre outros.

Único ponto negativo da noite foi o facto de estar um barulho constante na sala que em nada ajudou a ouvir a boa música que se ia tocando. Era bom ver sempre um público educado em todos os concertos, mas a verdade é que depois de já ter estado em vários recintos e ambientes diferentes, é raro encontrar um público à altura do que se está a ouvir.

Em suma, foi um concerto muito bom e seguro por parte de “a Jigsaw” que provaram que apesar dos seus já 10 anos de existência, estão cá para ficar, e para continuar a presentear-nos com a sua boa música, mesmo que já não o possam fazer de pé (como o vocalista diz: “A idade já pesa!”).

Para terminar, um conselho directamente da equipa Whisper, comprem o novo albúm dos “a Jigsaw” - “Like the Wolf” para oferecer neste Natal! Asseguramos que é a prenda ideal.

TEXTO: MARIANA RIBASFOTOS: JOANA VIEIRA & MARIANA RIBAS

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A JIGSAWCOIMBRA12DEZ

© Joana Vieira PhotographyTodos os Direiros Reservados

© Mariana Ribas PhotographyTodos os Direiros Reservados 28