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f i l mé et enr egi st r é. Une pr emi èr e t r ansgr essi on qui mar que l e d é b u t d u n e e x p l o r a t i o n d e s l i mi t e s me n t a l e s e t physi ques quel l e ne qui t t er a pl us. Se s œu v r e s - pe r f o r ma nc e s de s 40 de r ni è r e s a nné e s o nt ét é souvent br ut al es et t ouj our s per t ur bant es. El l e se met e n d a n g e r. At t e i g n a n t d e s p a r o x y s me s q u e s e u l s i n t e r- r ompr ont des membr es dun publ i c à l a mer ci duquel el l e s e x pos e t ot al ement . El l e en me ur t pr e s que un j our, as - phyxi ée au sei n dun r i deau de f l ammes. Tout ef oi s, son ob- j ect i f nest pas l e sensat i onnel . En cher chant l a l i mi t e de r ési st ance à l a doul eur, ou pl us exact ement au t émoi gnage de l a doul eur par l e publ i c, l ar t i st e cr ée une r upt ur e. Ce qui l i nt ér es s e c es t l ar t qui dér ange et qui i mpl i que l e spect at eur dans l e pr ocessus, i ci et mai nt enant . Pour el l e, l ar t doi t dêt r e un r évél at eur de l a nat ur e humai ne. Ce s t l a p e r f o r ma n c e p r o p r e me n t - d i t e q u i r e p r é s e n t e l œu v r e o r i g i n a l e . L e s e n r e g i s t r e me n t s s o n o r e s , p h o - t ogr aphi ques ou f i l mogr aphi ques nen sont quune t r ace. De chaque per f or mance, Mar i na Abr amovi ć choi si t et con- ser ve une empr ei nt e document ai r e qui ser vi r a par l a sui t e comme out i l commer ci al aux gal er i st es qui l a déf endent . En 1975 Mar i na r enc ont r e Ul a y, un ar t i s t e al l emand qui par t ager a sa vi e per sonnel l e et ar t i st i que pendant douz e ans. Nés l e même j our, i l s se veul ent l e doubl e, l e mi r oi r l un de l aut r e. Pendant l es années de vi e commune, i l s ne t r a v a i l l e r o n t q u e n d u o , p r o d u i s a n t d e s œu v r e s q u i e x - pl or ent l es r appor t s de pouvoi r et de dépendance dans une r el at i on t r i angul ai r e avec l e publ i c. Dans une col l abor at i on embl émat i que de 1977, au Musée Communal dar t moder ne de Bol ogne, dans une I t al i e en- cor e t r ès cat hol i que, i l s sont nus, debout et f ace à f ace. Un espace ét r oi t ent r e l eur s cor ps ser t de passage obl i g- a t oi r e à l ent r ée du mus ée. Cont r ai nt à pas s er de bi ai s , chaque vi si t eur doi t choi si r cel ui auquel i l devr a f ai r e f ace. Dans une aut r e per f or mance, l es deux ar t i st es connect ent l eur bouches et r espi r ent l ai r de l aut r e j usquà épui se- ment t ot al de l ox y gène. Au bout dun quar t dheur e, i l s s ef f ondr ent , i ncons ci ent s , l es poumons r empl i s dox y de de car bone. Lœuvr e expl or ai t l i dée dabsor pt i on de l a vi e dun aut r e êt r e, de son appr opr i at i on et de sa dest r uct i on. Ces années sont aussi cel l es de l a pauvret é. Abramovi ć et Ul ay si l l onnent l Europe pour y présenter l eurs performances, à bord dune cami onnet t e qui est l eur uni que demeure. L e u r d e r n i è r e œu v r e c o mmu n e , T h e L o v e r s : T h e Gr e a t Wa l l Wa l k, exi ge que chacun mar che 2000 ki l omèt r es l e l ong de l a Gr ande Mur ai l l e de Chi ne, par t ant dext r émi t és o p p o s é e s p o u r s e r e j o i n d r e a u mi l i e u . Ce p r o j e t d e v a i t s y mb o l i s e r l e s r e t r o u v a i l l e s d u n c o u p l e . I r o n i e d u s o r t , cét ai t s ans compt er s ur l es l ent eur s de l admi ni s t r at i on c h i n o i s e q u i mi t h u i t a n s à a c c o r d e r l e s p e r mi s n é c e s - s ai r es . Le t emps ai dant , ces r et r ouv ai l l es ont s cel l é l eur r upt ur e. Ma r i n a Ab r a mo v i ć c o n t i n u e s e u l e à e x p l o r e r l e s l i mi t e s ment al es et physi ques en augment ant l a dur ée à chaque nouvel l e per f or mance car, à ses yeux, seul e l a dur ée est suscept i bl e de t r ansf or mer ar t i st e et publ i c. Le t emps est au cent r e de ses pr éoccupat i ons. I l séval ue au passé ou au f ut ur, pas au pr ésent . En 2010, l e MOMA de New Yor k l ui of f r e une r ét r ospect i ve q u i r e c e v r a 750. 000 v i s i t e u r s . Un e p r e mi è r e p o u r u n e a r t i s t e d e c e t y p e ! Ou t r e l e s p e r f o r ma n c e s h i s t o r i q u e s , r emi ses en scène par de j eunes ar t i st es quAbr amovi ć a f or més el l e- même, l ar t i st e pr ésent e une nouvel l e œuvr e, Th e Ar t i st i s Pr esent . Pendant t r oi s moi s, si x j our s par semai ne, hui t heur es par j our, el l e par t age des t emps de si l ence i ndi vi duel s et suc- c e s s i f s a v e c d e s v i s i t e u r s i n s t a l l é s f a c e à e l l e s u r u n e c h a i s e d e b o i s , s é p a r é s p a r u n e s i mp l e t a b l e . Au c œu r dun c ar r é de l umi èr e dans l a t r i um du mus ée, s ous l es yeux de l a f oul e. Au bout de deux moi s, même l a t abl e di s- par aî t . Tout e f r ont i èr e est abol i e. Li mmat ér i al i t é de l œuvr e at t ei nt l a per f ect i on. De j our en j our, l engouement gagne. La queue sal l onge quot i di ennement . On a t t r i bue des numér os aux v i s i t eur s qui en vi ennent à se pr ésent er au musée dès 5 heur es du ma t i n . E t mê me à p a s s e r l a n u i t s u r l e t r o t t o i r. Da n s l e publ i c, on l i t l at t ent e s ur l es v i s ages . I l s s er ont 1700 à par t ager une expér i ence uni que à chacun. «Fai r e quel que chose avec r i en» expl i que Abr amovi ć. W O R K # 0 4 IMPACT 1 3 W O R K # 0 4 ar i na Abr amovi ć ét ai t de r et our au Ce n t r e d Ar t Co n t e mp o r a i n d e Genève en mai . Avec Count i ng t he Ri ce. Chaque j our une t r ent ai ne de v o l o n t a i r e s s e s t p r ê t é e à u n e x e r c i c e a p r i o r i sans ut i l i t é. Pendant si x heur es, i l s sengageai ent à sépar er des gr ai ns noi r s de gr ai ns bl ancs et à l es compt er, dans un décor spar t i at e conçu pour l o c c a s i o n p a r l a r c h i t e c t e Da n i e l L i b e s k i n d . La r t i s t e n e d o n n a i t q u e q u e l q u e s c o n s e i l s d e r espi r at i on pour ai der l es par t i ci pant s à r ési st er à l a t ent at i on dabandonner. Pl usi eur s cent ai nes de per s onnes de t ous âges et hor i z ons s e s ont r el ayés pendant l es hui t j our s de l a per f or mance. Ce u x q u i o n t t e n u j u s q u a u b o u t r a p p o r t e n t navoi r pas vu l e t emps passer. I l s aur ai ent con- t i n u é b i e n a u d e l à d e l a d u r é e f i x é e . « Av e c l a dur ée, l e t emps di spar ai t » expl i que Abr amovi ć. Née en Yougosl avi e de par ent s mi l i t ai r es, hér os de l a 2 e guer r e mondi al e, el l e r eçoi t une éduca- t i o n t r è s s t r i c t e q u e l l e q u a l i f i e v o l o n t i e r s d e « c o mmu n i s t e » . Ce n e s t p a s d a mo u r p a r e n t a l q u e l l e e s t n o u r r i e ma i s d e d i s c i p l i n e e t d e n - dur ance. El l e f r équent e ens ui t e l Académi e des Be a u x Ar t s d e Be l g r a d e q u i d i s p e n s e u n e n - sei gnement t out à f ai t cl assi que. Sa pr emi èr e per f or mance en 1973 est une r ébel - l i on cont r e son éducat i on et l a cul t ur e r épr essi ve d e l a Yo u g o s l a v i e d e Ti t o e t d e l a p r è s - g u e r r e . Sel on un r i t e, un r yt hme et une gest uel l e quel l e i n v e n t e , e l l e s i n f l i g e d e s c o u p u r e s a u x d o i g t s a v e c u n e s é r i e d e c o u t e a u x . Ce r i t u e l c r u e s t IMPACT 1 2 Marina Abramovic ´ M Ma r i n a A b r a mo v i c c c f i g u r e a u c l a s s e me n t 2 0 1 4 d e s 1 0 0 p e r s o n n a l i t é s l e s p l u s i n f l u e n t e s d u mo n d e é t a b l i p a r T i me Ma g a z i n e . A u mê me t i t r e q u A n g e l a Me r k e l , B a r a c k Ob a ma o u E d wa r d S n o wd o n E n a d o p t a n t l a p e r f o r - ma n c e c o mme mo d e d e x p r e s s i o n , e l l e a c h o i s i u n e v o i e a r d u e . Ce t t e f o r me a r t i s t i q u e r e s t e c o n s i d é r é e c o mme r a d i c a l e , v o i r e ma r g i n a l e . E l l e r e d é f i n i t l e s l i mi t e s d e l a r t e t r e p o u s s e l e s f r o n t i è r e s e n t r e a r t i s t e e t a u d i e n c e d e p u i s 4 0 a n s PAR HEL ENA MONOSON La r t d o i t d ê t r e u n r é v é l a t e u r d e l a n a t u r e h u m a i n e ,, ,,

WORK04 Marina Abramovic Pages 12-15 · Marina Abramovic´ M Marina Abramovic’ figure au classement 2014 des 100 personnalités les plus influentes du monde établi par Time Magazine

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Page 1: WORK04 Marina Abramovic Pages 12-15 · Marina Abramovic´ M Marina Abramovic’ figure au classement 2014 des 100 personnalités les plus influentes du monde établi par Time Magazine

filmé et enregistré. Une première transgression qui marquele début d’une exploration des limites mentales etphysiques qu’elle ne quittera plus.Ses œuvres-performances des 40 dernières années ontété souvent brutales et toujours perturbantes. Elle se meten danger. Atteignant des paroxysmes que seuls inter-rompront des membres d’un public à la merci duquel elles’expose totalement. Elle en meurt presque un jour, as-phyxiée au sein d’un rideau de flammes. Toutefois, son ob-jectif n’est pas le sensationnel. En cherchant la limite derésistance à la douleur, ou plus exactement au témoignagede la douleur par le public, l’artiste crée une rupture. Cequi l’intéresse c’est l’art qui dérange et qui implique lespectateur dans le processus, ici et maintenant. Pour elle,l’art doit d’être un révélateur de la nature humaine.C’est la performance proprement-dite qui représentel’œuvre originale. Les enregistrements sonores, pho-tographiques ou filmographiques n’en sont qu’une trace.De chaque performance, Marina Abramović choisit et con-serve une empreinte documentaire qui servira par la suitecomme outil commercial aux galeristes qui la défendent.En 1975 Marina rencontre Ulay, un artiste allemand quipartagera sa vie personnelle et artistique pendant douzeans. Nés le même jour, ils se veulent le double, le miroirl’un de l’autre. Pendant les années de vie commune, ils netravailleront qu’en duo, produisant des œuvres qui ex-plorent les rapports de pouvoir et de dépendance dans unerelation triangulaire avec le public.

Dans une collaboration emblématique de 1977, au MuséeCommunal d’art moderne de Bologne, dans une Italie en-core très catholique, ils sont nus, debout et face à face.Un espace étroit entre leurs corps sert de passage oblig-atoire à l’entrée du musée. Contraint à passer de biais,chaque visiteur doit choisir celui auquel il devra faire face.Dans une autre performance, les deux artistes connectentleur bouches et respirent l’air de l’autre jusqu’à épuise-ment total de l’oxygène. Au bout d’un quart d’heure, ilss’effondrent, inconscients, les poumons remplis d’oxydede carbone. L’œuvre explorait l’idée d’absorption de la vied’un autre être, de son appropriation et de sa destruction.Ces années sont aussi celles de la pauvreté. Abramović etUlay sillonnent l’Europe pour y présenter leurs performances,à bord d’une camionnette qui est leur unique demeure.

Leur dernière œuvre commune, ThTT e Lovers: ThTT e Great

WaWW ll WaWW lk, exige que chacun marche 2000 kilomètres lelong de la Grande Muraille de Chine, partant d’extrémitésopposées pour se rejoindre au milieu. Ce projet devaitsymboliser les retrouvailles d’un couple. Ironie du sort,c’était sans compter sur les lenteurs de l’administrationchinoise qui mit huit ans à accorder les permis néces-saires. Le temps aidant, ces retrouvailles ont scellé leurrupture.

Marina Abramović continue seule à explorer les limitesmentales et physiques en augmentant la durée à chaquenouvelle performance car, à ses yeux, seule la durée estsusceptible de transformer artiste et public. Le temps estau centre de ses préoccupations. Il s’évalue au passé ouau futur, pas au présent.En 2010, le MOMA de New York lui offre une rétrospectivequi recevra 750.000 visiteurs. Une première pour uneartiste de ce type! Outre les performances historiques,remises en scène par de jeunes artistes qu’Abramović aformés elle-même, l’artiste présente une nouvelle œuvre,ThTT e Artist is Present.

Pendant trois mois, six jours par semaine, huit heures parjour, elle partage des temps de silence individuels et suc-cessifs avec des visiteurs installés face à elle sur unechaise de bois, séparés par une simple table. Au cœurd’un carré de lumière dans l’atrium du musée, sous lesyeux de la foule. Au bout de deux mois, même la table dis-paraît. Toute frontière est abolie. L’immatérialité de l’œuvreatteint la perfection.De jour en jour, l’engouement gagne. La queue s’allongequotidiennement. On attribue des numéros aux visiteursqui en viennent à se présenter au musée dès 5 heures dumatin. Et même à passer la nuit sur le trottoir. Dans lepublic, on lit l’attente sur les visages. Ils seront 1700 àpartager une expérience unique à chacun. «Faire quelquechose avec rien» explique Abramović. —

— W O R K # 0 4 —

IMPACT

13— W O R K # 0 4 —

arina Abramović était de retour auCentre d’Art Contemporain deGenève en mai. Avec Counting the

Rice. Chaque jour une trentaine devolontaires s’est prêtée à un exercice a priorisans utilité. Pendant six heures, ils s’engageaientà séparer des grains noirs de grains blancs et àles compter, dans un décor spartiate conçu pourl’occasion par l’architecte Daniel Libeskind.L’artiste ne donnait que quelques conseils derespiration pour aider les participants à résisterà la tentation d’abandonner. Plusieurs centaines

de personnes de tous âges et horizons se sontrelayés pendant les huit jours de la performance.Ceux qui ont tenu jusqu’au bout rapportentn’avoir pas vu le temps passer. Ils auraient con-tinué bien au delà de la durée fixée. «Avec ladurée, le temps disparait» explique Abramović.Née en Yougoslavie de parents militaires, hérosde la 2e guerre mondiale, elle reçoit une éduca-tion très stricte qu’elle qualifie volontiers de«communiste». Ce n’est pas d’amour parentalqu’elle est nourrie mais de discipline et d’en-durance. Elle fréquente ensuite l’Académie desBeaux Arts de Belgrade qui dispense un en-seignement tout à fait classique.Sa première performance en 1973 est une rébel-lion contre son éducation et la culture répressivede la Yougoslavie de Tito et de l’après-guerre.Selon un rite, un rythme et une gestuelle qu’elleinvente, elle s’inflige des coupures aux doigtsavec une série de couteaux. Ce rituel cru est

IMPACT

12

Marina Abramovic

M

Mar ina Abramovic’cc f igure au classement 2014

des 100 personnal i tés les plus inf luentes du

monde établ i par T ime Magazine. Au même

t i t re qu’Angela Merkel , Barack Obama ou

Edward Snowdon… En adoptant la perfor-

mance comme mode d’express ion, e l le a chois i

une voie ardue. Cette forme art ist ique reste

considérée comme radicale , vo i re margina le .

Elle redéfinit les l imites de l’art et repousse les frontières entreartiste et audience depuis 40 ans

PAR HELENA MONOSON

L’art doi t d ’être un

révélateur de la nature

humaine

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Page 2: WORK04 Marina Abramovic Pages 12-15 · Marina Abramovic´ M Marina Abramovic’ figure au classement 2014 des 100 personnalités les plus influentes du monde établi par Time Magazine

Une artiste de performance n’est-elle pas une actrice?Un acteur joue le rôle de quelqu’un d’autre. Je ne joue pas. Cesont mes émotions, mes souffrances et mes blessures que jepartage.

Quelle est la différence entre underground et grandpublic?L’art underground devient grand public quand le public l’accepte.

Comment réconciliez-vous art et capitalisme?Il y a tant de tabous à propos des artistes. L’un d’eux est le mythede la pauvreté. J’ai attendu 40 ans et j’en ai aujourd’hui 68. J’aide l’argent et j’adore ça. Ça paye les factures.

Etes-vous une artiste, une œuvre ou un prophète?Je suis une guerrière. Un artiste qui prépare ou exécute une per-formance est comme un soldat. Il doit tout discipliner et modifiertous ses rythmes, ceux du sommeil comme ses habitudes ali-mentaires. Et puis l’art n’est pas seulement création. Dans unejournée, il y a beaucoup de logistique et d’organisation.

Où trouvez-vous de nouvelles idées?Pas dans les studios. J’aime la nature, les lieux de pouvoir, lesmontagnes, les volcans, les cataractes, les minéraux qui sontvecteurs de la transmission d’énergie. Les idées arrivent par sur-prise. Et ce sont celles qui font le plus peur qui sont les bonnes.Le marché de l’art demande de reproduire les œuvres qui ontfait leurs preuves. Il ne faut pas l’écouter mais toujours explorerdes terres inconnues.

Quand vous vous préparez, en discutez-vous?Pas au début et jamais avec d’autres artistes. Mes interlocuteursprivilégiés seraient plutôt des scientifiques. Et des jeunes car leurintérêt me confirme que mon art est encore vivant.

Vos performances ont-elles changées avec l’arrivée dusuccès?Le succès a mis si longtemps à arriver que j’ai tout le tempsd’évoluer sans lui.

Pourquoi avoir travaillé avec Lady Gaga?Lady Gaga a 43 millions d’admirateurs. Aucun artiste visuel ouplasticien n’a une telle audience. C’est une autre manière dediffuser l’art.

Mais qu’est l’art?Le désir brulant de créer. Et les sacrifices que l’on est prêt àconsentir. Mais le contexte fait aussi la différence. Méditer dansun musée n’est pas de même nature que méditer dans un mo-nastère.

Que doit faire un artiste lorsqu’il se sent confus?Quand vous vous levez le matin et que vous bouillonnez d’éner-gie, prenez une chaise et asseyez-vous. Votre énergie se focali-sera. Les réponses sont en vous. —

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e Centre d’art contemporain de Genève célèbre cetteannée ses quarante ans d’existence. Une occasion pourson directeur, Andrea Bellini, d’y faire revenir certainsartistes dont le premier passage date de leurs débuts.

En 1987, le Centre accueillait didd eii MoMM nd,dd dedd r Sonne, collaborationentre Marina Abramović et Ulay. A l’occasion du retour de MarinaAbramović pour la performance Counting the Rice et dans le cadredes rencontres TaTT lking Heads, la Haute Ecole d’Art et de Designprojetait le film ThTT e Artrr itt sii t isii PrPP err sent de Matthew Akers et JeffDupre qui retrace la vie de l’artiste et la suit au cours de la perfor-mance de 2010 au Moma, préparation comprise. L’LL artiste était en-suite invitée à un entretien public avec Andrea Bellini. Cernée d’unpublic fervent, Marina Abramović répondait aux questions desjeunes artistes.

Qui a écrit le film? Comment s’est passé le tournage?ToTT ut s’est passé de manière totalement improvisée. Sans scé-nario. Je portais un micro 24 heures sur 24 et l’équipe pouvaitpénétrer mon intimité et filmer à tout moment. Pendant un an.C’était encore plus épuisant que la performance elle-même.

Pourquoi vous être exposée à ce point?Le metteur en scène ne croyait pas à la performance. Je voulaisexpliquer que c’était une affaire sérieuse. Et démontrer son effettransformateur sur le public. La performance est une actiontransformative, une immense toile de projection des émotions.

Qu’avez-vous reçu du public au Moma?J’ai reçu et donné de l’énergie. Nous avons pris le temps de nous

assoir tranquillement face à face et de regarder en nous-mêmes.ToTT ut se passe ici et maintenant dans le moment partagé avec levisiteur. Malgré le silence et l’absence de mouvement, l’activitécérébrale est intense de part et d’autre. ToTT ut se joue dans ladurée.

Des 1700 personnes qui se sont assises face à vous, dequi vous rappelez-vous?Un homme est venu s’assoir pendant 7 heures. Il est revenu 24fois. Nous sommes devenus amis. Je me souviens aussi des gar-diens du musée qui venaient participer à la performance pendantleurs jours de congé.

Pourquoi Counting the Rice?Séparer des grains noirs des grains blancs et les compter mèneà un point au-delà duquel la répétitivité efface la perception dutemps et où le sujet se retrouve ailleurs. C’est le même principequ’ouvrir ou fermer une porte indéfiniment. La porte s’efface.C’est une manière de se réapproprier le temps. Un voyage. Dansnotre société toujours plus rapide, trois actes sont dévalorisés:l’inactivité, le silence, le jeûne. Ralentir et s’effacer portent à unemeilleure connaissance de soi.

Sur quelle base se place la performance à la SerpentineGallery à Londres?Sur un vide total, sans décor. Je pousse la porte le matin. Je lareferme le soir. L’échec peut être complet mais si je réussis, j’au-rai encore progressé vers l’immatérialité de l’art. Un art qui necoûte rien, offert à tous.

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Figure emblématiqueConversation avec Andrea Bell ini et un publ ic de jeunes artistes de laHaute Ecole d’Art et de Design de Genève (HEAD)

LE PARCOURS DE MARINA ABRAMOVIC

Née à Belgrade, Serbie en 1946, f i l le de mi l i ta ires, sa

format ion art ist ique débute de manière class ique, à

l ’Académie des Beaux Arts de Belgrade. F igure ma-

jeure de l ’Art Contemporain, e l le ut i l ise son propre

corps comme sujet, objet et medium de son travai l , en

explorant les notions de l imite physique et psychique,

ainsi que la relat ion entre art iste et publ ic. Son travai l

a été montré dès le début des années 70 dans les ins-

t i tut ions les plus importantes d’Europe et des Etats-

Unis. E l le est inv i tée à part ic iper à La Biennale de

Venise à deux reprises, en 1976 et 1997 et y obtient le

Lion d’Or de la Mei l leure Art iste. El le est présente à La

Documenta de Kassel en 1977, 1982 et 1992. El le est

l ’objet du documentaire de Matthew Akers et Jeff

Dupré The Art ist Is Present, sort i en 2012. Mar ina

Abramović vit et travai l le à New York.