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www.geocities.com/direitopucpr
PAGAMENTO INDEVIDO
Arts. 964 a 971 CC
Bibliografia Washington de Barros Monteiro; Maria Helena Diniz; Orlando Gomes; Silvio Rodrigues; Enciclopédia Jurídica “Leib Soibelman” CD ROM;
Enciclopédia Jurídica Saraiva CD ROM;
www.dji.com.br.
“CONTEÚDO DO TRABALHO”
Conceito; -- subdivisões
“Espécies”; -- subdivisões
Requisitos; -- subdivisões
Repetição do pagamento. -- subdivisões
PAGAMENTO É a execução voluntária e exata, por parte dodevedor, da prestação devida ao credor, no tempo, forma e lugarprevistos no título constitutivo.
O que seria o pagamento indevido?
CONCEITO
O CC Brasileiro, fiel à inspiração romana, descreve que todo enriquecimento sem causa jurídica e que acarrete como con-seqüência o empobrecimento de outrem, induz obrigação derestituir, em favor de quem se prejudica com o pagamento.
Ninguém pode enriquecer à custa alheia, sem causa que o justifique.
OUTROS CONCEITOS
É aquele que se faz sem causa, o que não era devido, aquele que constitui um enriquecimento ilícito (V.) para quem o recebeu. Pagamento feito voluntariamente por erro.
•É uma das formas de enriquecimento ilícito, por decorrer de uma prestação feita por alguém com o intuito de extinguir uma obrigação erroneamen- te pressuposta, gerando ao accipiens (credor), por imposição legal, o dever de restituir, uma vez estabelecido que a relação obrigacional não existia, tinha cessado de existir ou que o devedor não era o solvens (devedor) ou accipiens não era o credor.
O tema pagamento indevido é bastante debatido entre os diversos doutrinadores e às várias
Legislações.
•Código Suíço enquadra como causas geradoras de obrigações;
•Código Alemão enquadra como relações de direito;
•Código francês, chileno e espanhol enquadram como quase contrato.
•Nosso Código e o Austríaco enquadram na parte de pagamento.
Washington de Barros
Sintetiza numa única fórmula, o conteúdo do pagamento indevido;
ENRIQUECIMENTO + EMPOBRECIMENTO + “NEXO DE CAUSALIDADE” + AUSÊNCIA DE CAUSA
=
INDÉBITO
Será explicado cada um dos itens acima no decorrer do trabalho.
Maria Helena Diniz Divide o pagamento indevido em espécies;
•Indébito Objetivo – Se o devedor paga uma dívida inexistente, ou existente mas que já foi resolvida.
•Indébito Subjetivo – Se há uma divida que é paga por quem não é devedor ou a quem não é credor.
ESPÉCIES
Art. 965
REQUISITOS O enriquecimento compreende não só o aumento originário do patrimônio do credor, como também todos os acréscimos e majorações supervenientes.
Obs: Nem todo enriquecimento é condenado, e sim, exclusivamente o injusto e sem causa lícita ou jurídica.
• Receber algo sem motivo justo;• Sem causa legítima, nos libertamos de uma obrigação com
dinheiro alheio.
•Empobrecimento do devedor é o segundo requisito para a caracterização de indébito e deve concorrer simultaneamente com o enriquecimento do credor.
Serviço prestado;Trabalho realizado;Perda material.
Obs: Qualquer desses fatos poderá figurar o pagamento indevido, desde que não seja gratuito ou de mero favor.
O direito à repetição ocorre devido a falta de causa;
Havendo uma obrigação, esse direito desaparece.
Observações
ARTIGOS DO C.C. BRASILEIROArt. 964 - Todo aquele que recebeu o que lhe não era devido fica obrigado a restituir. A mesma obrigação incumbe ao que recebedívida condicional antes de cumprida a condição. obs.: Ação de repetição de indébito;
•Divida prescrita;•Obrigação natural;•Mutuário;•Dívida ainda não vencida.
•Obrigação condicional.
NÃO
SIM
CASOS
Art. 965 - Ao que voluntariamente pagou o indevido incumbe a prova de tê-lo feito por erro.
• Pagamento objetivamente indevido;
• Pagamento subjetivamente indevido.
CASOS
Os Arts. 966, 967 e 968, parágrafos únicos
Efeitos da restituição conforme o animus do accipiens e a natureza da prestação
Art. 966 - Aos frutos, acessões, benfeitorias e deteriorações sobrevindas à coisa dada em pagamento indevido, aplica-se o disposto nos Arts. 510 a 519.
CASOS
Art. 967 - Se, aquele, que indevidamente recebeu um imóvel, o tiver alienado, deve assistir o
proprietário na retificação do registro, nos termos do Art. 860.
CASOS
Art. 968 - Se, aquele, que indevidamente recebeu um imóvel, o tiver alienado em boa-fé, por título oneroso, responde somente pelo preço recebido;
mas, se obrou de má-fé, além do valor do imóvel, responde por perdas e danos.
Parágrafo único - Se o imóvel se alheou por título gratuito, ou se, alheando-se por título oneroso, obrou de má-fé o terceiro adquirente, cabe ao que pagou por erro o direito de reivindicação.
CASOS
Arts. 969, 970 e 971
Exclusão da restituição do indébito.
Art. 969 - Fica isento de restituir pagamento indevido aquele que, recebendo-o por conta de
dívida verdadeira, inutilizou o título, deixou prescrever a ação ou abriu mão das garantias que asseguravam seu direito; mas o que pagou dispõe de ação regressiva contra o verdadeiro devedor e
seu fiador. obs.: prescrição
CASOS
Art. 970 - Não se pode repetir o que se pagou para solver dívida prescrita, ou cumprir obrigação natural. obs.:
Obrigação natural; prescrição
CASOS
Art. 971 - Não terá direito à repetição aquele que deu alguma coisa para obter fim ilícito, imoral, ou
proibido por lei. obs.: Ação de repetição de indébito;
CASOS
FIM