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#¦- NO I N.3 a! li a do res do •¦> nisilUiii'\>os! ©DlRECfÕR CAKI<OS D1A8 ttlO PE JANEIRO; Spbbadó, 7 df Fevereiro de ÍÔ2dV !'*,B^J*C; '&"¦ j.nn.LU.wxi-.xií. lo e lídininisirarão: Rua da Constituição, 12 (sobrado-2.° andar) :ssii i Doze . , Sçiii llIcZtb . i. i . . a MC I um MIC/:, iiililii \Z02 I ^Bf I Ni 8'00 ¦ # ¦- ttújüfcr.aavulso; lôOrlis Jj•" 'uMiiii,»'1 ' ' '"-Bás '-.'& k*r» .-S <*S?.3íf '%: Anuo. liSTRANOUlRO 508000 - Semestre * 30S00O Mau caminho i Ha ihezcs, escrevi que a transformação social, a obra revolucionaria tio presente, se via ameaçada. Tudo me vem confirmando iíiísá icíéa, mau grado as vi- lórias russas c o despertar de todas as consciências. IMiro-mc ao trabalho sorva- teiro, persistente; quasi insen- sivcl, desvirtuamcíito dessa revolução. Assistimos mesma farça cia revolução 1'raiiceza, em ponto maior, com recursos má- ximos e uma incúria, vercla- deiraineníc incrível, do prole- tariado. Cusla acreditar que as massas trabalhadoras do mim- do inteiro não percebam, nos seus perigos e em sua '-hecli- ondez, o enredo que se trama, e conto ilo vigário que lhes pregam para prolongarem a escravidão e procrastinarem a solução definitiva. l;m Trança a revolução de 89 tinha, a principio, um cará- ver puramente comunista. A biirgue/.ia incitava os assomos revolucionários do povo para derribar realeza, nobreza e clero, mas sentiu que a ten- ciência popular cristalizada nas Sções de Paris era comunista, ànticapita!ista,çòntraria ao pre- domínio posterior do agiotis- ato de antes. Kutão, para salvaguardar os seus interesses, procuraram e conseguiram desvirtuar essa tendência. Foi a missão da As- sembléa Nacional, de girondi- nos e jacobinos. Todas as con- cossoes comunistas, as únicas essencialmente populares'; fo- iam pouco a pouco mistiíica- das e substituídas por outras íovoráveis cm tudo aos novos amos, capitalistas. «A Asseiiibiéa, diz o mais penetrante; historiador da Re- volução Francesa, Kropotkine, depois de, em principio, se pro- inmciar pela abolição dessas sobrevivencias doregimeu feu- dal, recuou quando se tratou de traduzir essas renuncias em íris concretas: tomou o partido dos proprietários.^. (1,121.) Qtimico homem, talvez, que atinou, claramente, com tal obra de mistificação, foi Ma- fit, apodadò, por isso mesmo, !e maluco e sanguinário, por isso mesmo encarcerado, de- portado e depois assassinado. Na festa da Federação de 1790, Maratgritava: <A.Revo- lução não tem sido mais que um sonho doloroso para o povo!« A revolução se tinha feito contra os privilegiados, mas não a favor do povo; todo proveito cabia aos burguezes . presta mistas, proprietários e agiotas. Para defender o eapi- tal contra a pressão dos cam- ponezes e revolucionários comunistas das secçòes de Pariz a burguezia chegou ines- mo a alliar-se ao rei destronado c. a tentar a sua reposição no ihronô. ?J o que Kropotkine resume nesta pitrase: ^Após o 5 e o de outubro e a fuga do rei em junho de 1791, toda vez que o povo se mostrava uma força revolucionaria, a burguezia e seus chefes de opinião tornavam-se cada vez mais monarchisías.» E não isso, fuzilaram em massa os camponezes nas províncias e recorriam á solidariedade dos capitalistas extrangeiròs. Oryão da Federação dos Trabalhadores do A INGLATERRA PROLETÁRIA 10)181 IfÉ-liOflj | ||j A grande questão da nacionalização das minas Josi:' Oiticica. E»simplerrte irritante a atti- '-* tude assumida pelos allia- dos relativamente aos crimi- nosos da grande guerra. A lista dos aluados sobe a mais de 830 nomes. A França, so- mente reclama 245, a Bélgica quasi 200, a Inglaterra, 75. A « Enteníe > desvaira, na febre d# suas glorias marciaes. Doutro modo, não se aba- lançaria a espantar o mundo com um pedido tão grande de criminosos para julgal-os. Julgal-os, não é bem o ter- mo; condemnal-os, sim. Pois vU\o são criminosos? Para os aluados os alie- mães e austríacos, turcos e búlgaros foram os promotores da guerra. Querem que assim seja, e assim será: "le droit cest le droit du plus íort..." A verdade hjsíorica, porém, Fia de surgir e sobrenadar na afíirmação de que —- quem promoveu a guerra maldicta, que ceifou tantas e tantas vi- das preciosasjoi a burguezia internacional.. E esta, presentemente, se está esmagando debaixo do peso formidável de seu trime horrendo, *L As informações, tclegraphi- cas ou outra/, dadas pela im- prensa sobre os movimentos do .proletariado internacional, são sempre naturalmente e ne- cessariamente iucompletissia mas, deturpadas e attenuadas- Ora, esíá no programma d-. Voz do Povo, como ponto es sencial.a documentação quan- to possível exacía e completa, embora resumida, desses mo- yimeiitos. Nós vamos, para isso, ás fontes directas de in- formação, isto é, aos próprios joruaesestrangeiros. Hoje pife- recemos aos nossos leitores uma noticia do que ,íoi o im- ppríante congresso extraordí- nario das Trade-Uniòes. ceie- brado em Londres em fins do armo próximo passado. Fntre as varias resoluções da magna assembléa do pro- letariado britannico organiza- do, cuja orientação para a es- qtierda se accentua dia a dia, salienta-se a afíirmação, nova- niente repetida, da sua tmaiii- me reprovação de qualquer fôrma de intervanção na Rus- sia, incluindo o infame blò- queio. O.impagável coronel> Ward, que tentou contrariar a corrente, foi estrondosamente- vaiado pelo.Congresso. A nacionalização das minas O prato de resistência do Congresso era, porém, a naci- onalização das minas. Fm setembro ultimo, tinha o Congresso de Glasgow de- cidido que, no caso dèrecuzar ,o governo nacionalizar ss mi- nas, se reunisse um conçresso especial para resolver sobre a fôrma de aCção a adoptar,aíim de coagir o governo a ceder nesta questão. Ora, o governo manteve a sua recusa, e dalii o congresso effèctuado em Lon- dres. Antes, porém, de se tomar uma decisão definitiva sobre a- fôrma de acção, o Congresso resolveu encetar uma campa- nha de propaganda de três me- zes, emprehèndida pela Fe- deração dos Mineiros, com o apoio de todas as uniões de officio e cooperativas. O proletariado inglez deci- dio encarar e .resolve o pro- bíema sob todos os seus as- pectos, numa formidável agi- íação popular. F a conclusão da.s massas, como previram os oradoreasgÊij Congresso, será certamente em favor da greve geral, a cuja idéa terão (pie adlierir sem duvida os próprios elementos moderados. OS ORADORES DO CONGRESSO Franje Hòdges, secretario fe- deral dos mineiros, expõe o plano da campanha. Elle es- pera que de então até março se realizem no paiz umas cem manifestações grandiosas. Wili Thonie, homem mòde- rado.dá um conselho aos pro- prietarios de minas: «Se tiver- des juizo, negociareis com o governo acíual a venda das vossas minas. Não é de espe- rar que um governo trabalhista vos conceda tão boas con- clições.o W. Bruce explicações so- bre a reivindicação dos minei- ros : «Por nacionalização não entendemos uma administra- cão burocrática das usinas. Queremos a administração da producção pelos ' que 'maior qualidade térií para isso: os trabalhadores. Ha acuialmeme. T500 companhias mineiras, tendo cada uma o seu consc- llio administrativo. Imagine-se o desperdício de forças que isso representa. Os mineiros propõem a divisão das bacias mineiras em quatorze zonas, cada uma dellas administrada por uma commissão». A AÇGÃ0 DIREGTA O conhecido militante Tom Mann apoia calorosamente a proposta, embora o não saíis- Prosepe vícWo- sã. a marciia boi- chevista S10CKHOLMO,ô (Voz do Povo) Um radiogramma de Moscou annuncia que gs fro- pas bolchevistas continuam a avançar cm diversas frentes de batalha. A cidade de Nij- niudisk foi conquistada hon- tem de manhã depois de um encarniçado combate etn que os maximalistas infligiram pe- sadas perdas ás*forças ini- migas. -*• faça completamente o projecto dos mineiros : o papel coiice- dido á administração operaria acha-o elle insmiiciente, mas approvà-lhe o espirito e as dis- posições geraes. t passa á questão da tacti- tica : si o governo se obstinar na sua recusa, o movimento operário unido deverá recorrer a acção direcía. F pára isso vem que se preparar desde já. I reejsamos cada vez mais da administração da industria pelo operariado, por intermédio de commissòes designadas direc- lamente e por' localidade». Esta afíirmação do famoso propagandista do syndicalis- mo, secretario dos machinis- ias, levanta uma tempestade de applausos. Jack Joiies incite a ridículo a esperança de que o governo venha jamais a aceitar exppn- tanéamente o projecto tios mi- neiros: «Podenios adniittir que os capitalistas se suicidem completamente ? Hoje não te- mos sinão dois grupos anta- goniços: os capitalistas e os socialistas*. FALA R0BERT SMILLIE : fc.' Siniliie, presidente da Federação dos Mineiros, quem fecha o debate, definindo ri- rigorosamente a situação: ¦ So- bre a nacionalização, estamos todos de accôrdçf. Agora a única questão é esta •-Fstão os trade-uniouistas promptos a empreliender a acção ope- raria indispensável para a obter»? Como Jack jpnes, não nu- ire illusòes sobre a atfitude do governo : Não podereis con- verter o governo, nein a Ca- mara dos Commuus. Para elles, não tem valor a verdade nem a honestidade. ..Na sua •maioria, os deputados são ca- pilalisías primeiro e políticos depois. Eis porque trezentos delles apresentaram a Lloyd Qeprge um ultimaíum contra nacionalização». Respondendo aos (pie con- tam apenas com a acção par- lamentar, faz notar que, em- bora houvesse amanhã elei- çôes geraes,o governo havia de manobrar para questão fosse posta claramente a questão da nacionalização. A solução do problema cabe aos mineiros, e„só a acção di- recta poderá influir sobre o governo: «Foi somente por ps mineiros se terem proiíun- ciado cm favor da greve geral, que o governo constituiu a commissão de inquérito. E quando os mineiros •• e todos os trade-unionistas, espero - estiverem resolvidos a fazer greve, si for necessário, é que o governo adoptará o relato- rio dessa commissão». A escravidão do hindu Depois de ter mostrado que os salários dos mineiros não augmeníaram proporcional- mente ao preço do carvão e que se teriam feito greves para arrancar augmentos, si não se tivesse concentrado o esforço todo na questão da nacionalização, Smilie annun- cia que o governo procede a investigações para saber que quantidade de carvão se p deria trazer da Índia em cas de necessidade. E . exclama : « Os patriotas britannicos empregam hindus a sete vinténs por dia e mulhe- res e crianças a quatro vinténs e meio a ires. Não sou pro- íeccionista, mas seria partid*- rio duma greve geral para obsfar ao aviltamento dos nos- sos salários graças a uma ex- ploração desse gênero. Appel- Io para todos os trabalhadores da índia a íiberíarem-se desia escravidão econômica >. LÔÍm^t-^yoTdo Povo) Telegrammas proce- dentes de Copenhague e Hei- singfors réfrásniitíem informa- ções divulgadas por diversos radiogrâmmas de Moscou em que são annunciadas novas victorias dos exércitos bolche- vistas contra as tropas volun- tarias russas. Os jornaesconsidoram mui- to critica a situação na Pérsia, devido á proximidade dos .bolchevistas e também ao fa- cto de existir no interior daquelle paiz uma forte cor- rente favorável ao máxima- lismo.. •* IIP Fundou-se ha pouco nesta cidade tuna associação cleno- minada.Tribunal Histórico Re- publicanodo Brasil, composta por velhos e mais ou «menos clesllfudidos propagandistas da Republica. Os seus fins, ao que parece, e pelo que se depreheude do seu próprio'titulo, consistem em julgar e sentenciar, á luz de um inflexível critério his- torico, os actos e fados da Republica e seus governantes nestes trinta annos. O T. H. R. B. foi instituído. ha coisa de dois ou três me- zes: Realizou a sua sessão inaugural.e não se ouviu mais falar nelle. Naturalmente a gente julgava os veneraiidos juizes Iminèrsps em proíun- das cogitações, no estudo dos documentos, no manuseio da papelada coberta de hislo- ricas poesias. E vae sinão quando publi- cam as gazetas a nova curió- sa: uma commissão de.mem- bros do eolendo Tribunal subiu á Serra queremos dizer a Petropolis, para falar ao actual presidente tia Republica, a quem respeitosamente leram os estatutos constitucionaes da benemérita associação, convidando ao .mesmo tempo o sr. Epiiacio « para escrever o prefacio do primeiro Iraba- lho do tribunal, a ser feito para o primeiro centenário de nossa independência. * Ora, francamente... Não nos admiràrara que o T. H. R. B. ainda venha a ser considerado, pelos actuaes de- tentòres do poder republi- cano, uma associação de utili- dade publica, com unia verba- sinha confortavej colhida á cauda orçamentaria... Nós applaudiremos. E até suggerimos, desde já, o se- guinte : que sesíaça uma lei especial creando títulos hoiío- rificõs para os membros do referido venerando Tribunal, —títulos modestos como con- vem á democracia. Conse- Iheiro, por exemplo. Seriam conselheiros sen? conselho, é certo, mas não importa. Fida- ria bonito e adequado: o sr'. conselheiro Lopes Trovão... o sr. conselheiro Júlio do Car- mo... o sr. conselheiro Raphael Pinheiro,., e sem duvida se- riam os veredicta históricos desses respeitáveis anciãos muito mais historicamente res- peiiaveis,- pois que. cónsèlJíeU raes. Emquanto não conseguir- mos atigmentar o numero de nossas paginas e formos obrigados a publicar longos documentos sociaes, pedimos aos nossos 'cÒIIaboradores para não se alongarem nos seus artigos. Uma coiumna quando mui- to, caros amigos ! Não sabemos de um facto que não possa ser narrado em uma coiumna de compo- sição metida e cerrada. A vida, que é tudo isto que nos alegra ou aborrece, pôde ser resumida em três verbos : nascer, viver e morrer por que motivo não pederemos nós commentar qualquer me- nos transcedente, coisa em 80 ou 100 linhas ?... Ahi fica o pedido. Pontos de vista.» —^»»»*—»¦—¦—m wi mu» ii»ii«» mm O Jornal do Brasil, órgão officioso do cardeal Arco- verde, còmmentaiido o retorno de Everhrdo ao Brasil, atirou- se com unhas e dentes contra a csciiiihllia sanguinária c dy- namiteifíi, apresentando aqucl- le camarada como victima da política paulista. Ora, o Jornal do Brasil mente pela gorja ao dizer tal cousa. Ficou provado e rèpro- vado que Everardo Dias é uma victima do clericalismo que em S. Paulo cravou os seus tentáculos, procurando esmagar, de accordo com a policia e a magistratura, todas as manifestações do livré-pen- samèfito. E agora esse jornal se a pre- senta como defensor de ,Evè- rardo, esforçando-se por es- conderj atravez de um ema- ranhado de palavras iucon- griientes, o crime do bispo da Paulicea que forçou o go- verno Alfiuo Arantes a praticar a expulsão de Everardo. iliiSfiJSS! Dccidjilanieiitc ;t IgrcjíiRoiur.na quer absorver o Brasil. E, para isso, eitil usando ile mu meio jesuitico, siiuplosv pratico: alliando-se aos jfovcriiatifüs. A iniA>;ciii tio C.liris:o osíc/ita se por cpiapi iodas as salas tio jury, « hyniuo nacional se fa/ ouvir em ccrimoijias religiosas, liguròcs re públicajios usam. oíficiosnniciite, de" lituioí e (listiiicçfies papaes, Tiiilo sdestá catlioli/.andOüi 'I iiiliaiiiuí a > honra> ile possuir o imicc)|çar(ieal cia America do Sul, o humilde Joaquim Arcovcrdc, qiie mc5ra ;í(l naquelle esplendido pa làcio tia praça tia Gloria. Atas o humilde cardeal não qui/ ficar so- sinho, no Brasil: trai:: agora, com os esforços officiacs da diplomacia brasileira, que tem uni represou- tante junto á Santa Sé, de eonse- guir tpie o prima/, tia Bahia, ti. Je- ronymtj Thomé da Silva, lenha tambemo chapéu vermelho. Breviftereniús o cardeal Thomé habitando humildemente luxuoso palácio!,, Boa ?m:a; o Brasil !... Os lontacii- los tio ^of\:o romano empolgam-no. Nenif) Acre escapou. Monsenhor l)crnh?iPtli foi nouieado bispo tio Punís f recebido - o que é raro-- em audiência de corteziá pelo papa, que ejjprcssou.a esperança de que a sua íuissiío seja coroada de pleno suecesSM. E seht. lia tanto; e ianios bons V pístolíeS' nas pessoas dos condes e cònineiidátlorçs jVapalinòs, donos desta iifeli.'. nação. Ainda ante-lion- (cm ac iv de. Queiroz se- creiarifttl.o sr. particular Presidente, não foLCouferiila por S. Eiu. Rma- a CruBçla Ordem de S. Qregorio ? 1—•——>*>-. •*¦ > ²¦— A BREVE DE VALENÇft Bello ntovinienlo. ciréve geral nas prihcirfaes fabricas e companhias: Santa Rosa, Industrial Valçnciana, Jauu/.zi Filhos, etc. Motiiuento espontâneo e firme, os opíarios fundaram a União Operaíia Valçnciana, que se propõe a agir efíiciemeineine na defesa dos interesses de seus associados. E pa- rece que o fará verdadeiramente, pois jàfldectarou que manterá em greve Woperários em tecidos, nem que os trabalhos sejam paralysados por trjs inezes. . O carraucismo patronal está sen- do vencido em toda a linha. O ope- rariado, exaltado, parece disposto a arrancar tias unhas rapaces da burguezia o que de direito lhe per- teuce., Esttte são homens! A crise de habitações Todos os dias falam os. jõrnáes na crise de habitação.' Os alugueis sobem vertigino- samente, delirantemente. ;E; 6 extranho^ mas parece que o numero cie casas dimirfue... Para debellar a crise alvi- tram-se medidtò variadissi- mas. Uns appellam para a li- mitação no preço dos alu- gueis. Outros p'eIo fomento das consírticções. Outros airí- da são pelas consirucções ba- ratas (claro, para os' opera- rios) feitas pelo próprio gp- verno. Houve mesmo quem lembrasse ao governo a consírucção de barracões de madeira, onde se empilhas- sem as famílias proletárias...-. Muito gentil ! Emquanto isso, a crise con- titula e se aggrava, cada dia. Ora, diz a velha sabedoria dos povos, que não falha : para grandes males, grandes remédios. Ha um grande remédio para esse grande mal da cri- se de habitação, e é simples como o ovo de- Colombo. Simples, porque é deefficacia segura e immediata-. Primeiro: fica estabelecido ò principio de que toda a gente tem o direito inilludiyel de morar. Segundo: uma es- taíisíica das casas existentes e oura estatística da pópula- cão existente, com a descri- mina-ção das famílias e dos indivíduos isolados. Terceiro: determino-se, á vista das pos- sibilidades provadas pelas es- tascas, que, em qualquer habitação grande ou pequena, cada quarto deve pertencer a um - indivíduo, aceresceníau- do-s?, para as íamilias, as peçaís domesticas. cozinha, desríeusa, sala de jantar, etc. Quarto: nenhum indivíduo, isolado ou pertencendo a qualquer família poderá oceu- par.; mais de um aposento. Quinto: comitês populares de bairros, de quarteirões ou de niaâ autorizadas a. effecítiar essas deliberações. .Raios nos partam si dentro defuma semana não estaria tocfêTa gente morando convc- nieníementè, neste grande Rio de";janeiro... •^íiás, este «ovo de Colom- tíòs não é invenção nossa. Elle' foi. applicado, com ex- ceífentes'resultados, na Rússia e.ria ephemera'Hungria com? mudista, POMO -eirn e do Proletariado em gerai PROBLEMA A RESOLVER EDUCAÇÃO E ENSINO EXCERPTOS E ARTIGOS DE Educação ESTRES E DISCÍPULOS moderna r Corre pelo inundo, numa ansiada crise de paixão, um frêmito de bondade em prol das criancinhas, na pugna pela sua felicidade.' Não ha paiz, por de lon^e que compartilhe da civilisàção; não ha recanto de província, por afastado que esteja dos grandes centros; não ha terra, por miserável oti desconheci- damenie que se açoite á som- bra proiecfora de boas arvores amigas num valle ameno ou se perca pelas arribas cias ser- ranias ádüstas, que se furte ao pensameuio dominante tia edu- cação c tia insfrucção da in- iancia. Estas duas palavras perde- ram, com a nova orientação tios espíritos que as propagam, a sua rigidez e frieza de lei iminutavel e indiscutível, im- põridõ-sc como um fiel do ba- lança se impõe á consciência de um merceeiro, que não precisa roubar no peso, tendo previamente falsificado o ge uero vendido. _ A palavra educação não significa abdicação da vontade da criança perante a vontade soberana tio superior. não significa uma summula de pre- ceiíOs de delicadeza cobrindo hipocritamente uma alma egoísta ou revoltada, numa imposição que não deixa se- quer ao raciocínio a oceasião de se manifestar. A educação não é a imposição de idéas e sentimentos feitos, que a ai- masinha ingênua da. criança tem de aceitar como verdades intangíveis; como dogmas in- discutíveis^ duma gravidade perfeitamente ritual.' A insirucção não é, para os modernos pedagogos, a ab- sorção pela memória de co- rihecimeritos abstratos.de datas sem significação moral, de facto'? irtmcados escapando ao cérebro de criança que os não pode comprehender. A educação significa hoje a cultura paciente da alma da ÍípííIbIiIí Em caria a Octavio Brau- dão, o conhecido autor d'«A sociedade futura» pede a to- dos os camaradas do Brazil que não lancem fora os sei- los posíaes servidos que pos- suirem, enviando-os em cana registrada ao camarada Quê- rin, administrador da revista Les Teinps Nouvccuix 10, rue ilu Fòür —' Paris (6*) França, afim de auxiliar a pro- paganda libertaria. Entre os sellos, os demais valor, são: os emittidos a propósito da guerra como Croix Rotige ou War Tax; os emittidos pelos allemães nos paizes aluados que elies oecuparam; os emittidos pe- Ias novas nações e pelas fro- pas da Enteníe na Allemanha, nos paizes aluados da Alie- manha e em suas colônias. . Os sellos da Ásia, da Ame- rica Central, da America úo Sul, das colônias de todos os paizes têm algum valor, como também as velhas emissões da Europa, os sellos francezes de 1848 -1854, e os do Im- perio. Em ultimo caso, enviar quaesquer sellos do Brazil ou do estrangeiro. criança, amparando-a apenas de leve, protegendo-a com amor, preparando-lhc o meio vitalizante em que se hacle desenvolver, dando-lhe os cui- dados amorosos e inteligentes com que um cultivador trata das suas plantas amadas e nas (piais funda todas- suas espe- ranças de futura riqueza. Não ! lusfrlür não é fazer meninos drodigios, educar não é fazer manequins sem vida própria. Alais alia e mais nobre si- gniíicação se está hoje dando a estas palavras, que corres- (sondem a dois grandes seu- íinieníos de humanidade. Por instrução entende-se hoje dar ao homem, ser cohs- ciente e pensante, o material necessário para que elle por m mesmo siga o pendor que a sua inteligência e o seu tem- peramento lhe indiquem; dar- lhe» o instrumento precioso com o qual possa, fabricar a sua própria e inatacável foliei- dade. Instruir quer dizer, na nova interpretação alta e bella da palavra, mostrar ao homem o caminho fácil seguro por onde elle pode chegar, sem pcrcal- ços desarrazoados, nem apa- voramentos de fantasia turva- da, ao thesouro de Aladino, maravilhoso e deslumbrante, de que não haverá maus ge- nios que o expulsem, porque este thesouro está dentro da própria alma, é feito de jóias preciosas que nenhum laárão pode roubar. Educar é criar cm cada ser uma alma autônoma, dar a cada criatura a inteira respou- sábilidade das suas acções, a felicidade suprema de procu- rar na vida o seu logar e, eu- cÒntrando-se nelle a vontade, fazer a felicidade própria, con- correndo com cila para a somiya das alegrias e íelicida- ^!es .çplect^sÍiu4e.4iíoye' (tor-. nara sociedade mais justa, mais alegre e mais feliz. E falam-nos ainda em separação entre a Igreja e o listado. N.1b,Ve- nhores! A Igreja não está separada do Estado;.esta,"sim,ainosiadci com elle. <> s«>. «;-, Froirc <* os «>|»<>i-m-ioi* Os operários niunicipaes tiveram com o sr. Pronlin a lei de 1." de Maio de 1910, qlu>i cie ,„„ ccr(ò motlo;eIevou-os,equipaiaiHÍoosao3 lunecionarios. Foi uni recurso pulitico do ex- preicilo para limiar mais o sen pres- figio, visto ipie, infelizmente, quasi toçlos os operários municipaes sito eleitores. Estes rejubilarain com a lei, mas... veio o Sr. Freire, ini- mjgo político do Sr. Froiitin, para impedir a execução da lei, prote- laiulo-llie a regulamentação. Uni novo primeiro de Maio vem ahi, qjler dizer, um anuo se está passando e eslão os operários mu- mcipacs como dantes. Tudo como dantes em casa de Mirantes: une, neste caso, é a Prefeitura. "As leis se fazem para uão serem cumpridas. São os próprios "over-' nantes que se encarregam de de- nipiistrar esta ousada proposição, t dizer-se que ainda ha associações de classe, entre os operários liiuhi- cipaes, que querem evitar inevita- yeis greves, desituíorisaíido-as pu- bltcanieutc... | Estamos ameaçados de grippe? 1 Na Santa Casa Noticiam os jornaes de hon- tem, um caso fatal de grippe* verificado na Santa Casa de Misericórdia. Este primeiro caso deve servir de aviso aos srs. da Saúde Publica que zela pela saúde da nossa populá- ção. ' Todos estão lembrados dos terríveis quadros tle miséria que a paudemia de-lÇ)18 des- enrolou aos nossos olhos e isso exclusivamente, divido ao péssimo serviço de iiygi- ene com que contava na. quelle tempo a capital da Re- publica. Todos tiveram o doloroso ensejo de observar os espe- ctaculos macabros, os longos diasde provação, de inqiiie- tnude e de desolahienío. * Para qíie se não reproduza a odysséa da epidemia pas- sada, com todo o seu cortejo de horrores, c impresceudivel o zelo das nossas auiorida- des sanitárias, que devem combater - energicamente o flagello, no seu inicio. mais de dois casos fo- ram verificados em Nictheròy e os vapores procedentes de vários portos estrangeiros têm conduzido doentes de grippe. Portanto, urgem providen- cias serias e efficazes no seu- tido de evitar a propagação da molestiiL de tão triste me- inoria para a nossa populá- cão, principalmente para as classes pobres. OS FIAGEUADQS O Rio Grande dólNojfeSraiis!,,,-. moii-scem asylo de gente faminta, que vem dos Esiatjpnsinlios. Leia- se o que diz a. redação do .Moss,,- róehsc >: "Continua imensa a' seçca, sem esperanças no governo. Nenhuma noticia de chuva nos sertões. Dia- -.? riameiuechegaiii centenas tle" Mr-^¦"' rantes tio interior da Paraliy.ba, tlò ' Géará e liePenraiubiice.aiTdraja-f' sos, famintos, tendo havido''ínui- tas mortes de>fonie, perdurando o estado actual "de estiagem. Faliam serviços para os necessitados e a situação se toma instipportavef,, numa penúria e miséria extremai." Basta! Para que commentar-? OallBÉÉilÈll i O Sr. Chatéaiibímiid, eollabor.;- dor assíduo dos jornaes cariocas ociplogso nas horas vagas, bacha- rei, etc. que diariamente nos mara- viiha e deslumbra com os elevadas conceitos que rcsiiltaiu das suas clironiças baciiarelicias tem agora mais um emprego que, se não t. honra nem o impõe m conceito dos contemporâneos lhe, toda- via, aciuillo com que se compram os melões. Naturalmente Chateaiibriand, des- peitado por r,So poder competir com o Sr. Maurício de Medeiros cogiiontinaclooC«òirfeí/e£/;í«rtV(3s resolveu acceitar, á falta de cousá melhor, a incumbência de arranjar liiiòíypisias nesta capital, para 7«- rar a greve tio Estado. E aqui temos nós o Sr. Chatèau- briaiitl atldicionaiitlo ás suas ex- traordiuarias qualidades tle hacha- rei, sociólogo, chronista e Ciliiwfih dão mais a de furador de greves!... O' manes de François Rene de Chaieaubriand!< NOTIGULAS Chrislu «» o .íiit-v O serviço especial de um dos nossos vespertinos trouxe ha dias um communicado de Mossoró, no Rio Grande do Norte, em que se dizia que o Padre Ulysses Aranha tivera a iniciativa de cõllocar a iiua- gem do Christo crucificado no jury da cidade. Tivera a iniciativa e a levara a cabo, com grande gáudio das sociedades religiosas locaes. Isto bastava para mostrar quanto é mentirosa a aílirmativa de que, no reginien republicano, o Estado está separado' da Igreja. Não é tal, é letra morta o que diz a Consti- tuição a este respeito: pelo menos a Igreja Catholiea Romana fora do Brasil republicano de imiueitsos previlegios, que cada vez mais se robustecem, Ainda ha pouco, aqui, em plena capital da Republica, o juiz Gál- diuo Siqueira recusou a escusatica de um cidadão positivista, que não queria servir no jury, porque está, na consagração da Cruz, o Christo pregado. O .cidadão somente fez appello á constituição, para defender a sua pretenção-; o juiz, porém, deixou a lei e ateve-se a razões de ordem mo- ral e religiosa. Ora, viva!... O telegranuna deMossorõntostra mais eloqüentemente do que isto a preoecupação catholiea dos diri- gentes está > co padre Ulysses Aranha, apoiado pelas autorida- des."..'» etc,\ Grupo Feminino de Estudos Sociaes Um manifesto á mulher brasileira Recebemos e damos á publiciüa- de o seguinte boletim lioiitcnt des- iribuido: s O Grupo Feminino de Estudos Sociaes, fundado nesta capital em 22 de Janeiro de 1920, propõem-se a aggremiarj- todas as mulheres emancipadas do Brazil, afim de combater systéihatica e eííic.izmen- íe a escravisação clerical, a escra- visação econômica, a escravisação moral e a escravisação jurídica, que asphy.xiaiu, degradam e aviltam o sexo feminino. O Grupo estudará com carinho c debaterá com ardor os palpitantes problemas da questão social e pro- curará elevar, po> meio de confe- rencias, congressos, escolas e cur- sos de seieucias e artes o nível in- teUcctual e moral de suas associa- das, para que se abra assim . na muralha negra, tenebrosa e conipa- cta da rotina, do egoísmo, da igno- rancia e da hypocrisia, de todos os preconceitos e de iodas as oppres- soes, uma brecha, unia íresta, uma frincha por onde livremente irradie um pouco de Vida e do Ideal. O Grupo aceitará conto sócias to- das as mulheres dignas, sem difíe- renças de raça, nacionalidade, cren- ça ou profissão, desde que estejam de accürdo com os princípios aci- ma fixados o que mensalmente pa- giiem, sem sacrifício, a quota mini- ma ttle 1S000. Reúiiir-se-ha o Grupo \ quinzenalmeltte em assembléa ge- ral, que terá as suas resoluções eífe- cíivadas por uma comiuissão exe- euva, que durará um seme«tre e compor-se-ha tle duas secretarias e uma iliesoureira. Companheiras: yjrgc elevar, éngrandecèri digni- licaro nosso sexo, Iibertál-o mental e socialmente. Precisamos de com- bater a escravidão em que ser.tpre nos prenderam, e questem sido em iodos os tempos a causa única dos desvios moraes tia humanidade. A época contemporânea üíferece quadros desoladores de decatlencia- mora!: é o meliridròsisínò > feito nota chie nos salões burguezes, é» adultério estabelecido conto regra quasi^ geral entre gente rica, a prostituição négregada c infante tornada profissão regulada policial- niente. Rolamos para o abysntp da dissolução, da corrupção e do des- vario, como outrora na Roma im-'" moral dos Césares. Ainda é tempo, de reagir, para que se não attiniaò cníaivccimentb total. Que as mulheres dignas"e ho- nestas se remiam, se agrupem, se fortaleçam e por todos os meios combatam as. causas que abastar- áaiíi a mulher, arruinando a sacie-. da.de. Professoras, funecionarias, costu-. reiras, tloristas, operárias em fabri- cas e ? ateliers", trabalhadoras em artes domesticas: Vinde, vinde até nós, que sereis jubiliosa e traterna\ mente acolhidas!» « - ^^tsafct-v ã^. ,!rí s^1 L r

Z02 00 POMO - BNmemoria.bn.br/pdf/720003/per720003_1920_00003.pdfdal, recuou quando se tratou de traduzir essas renuncias em íris concretas: tomou o partido dos proprietários.^

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  • #¦-

    NO I N.3

    a! li a do res do •¦>nisil Uiii'\>os!

    DlRECfÕR

    CAKI;ciii tio C.liris:o osíc/ita sepor cpiapi iodas as salas tio jury, «hyniuo nacional se fa/ ouvir emccrimoijias religiosas, liguròcs repúblicajios usam. oíficiosnniciite,de" lituioí e (listiiicçfies papaes,Tiiilo sdestá catlioli/.andOüi'I iiiliaiiiuí a > honra> ile possuiro imicc)|çar(ieal cia America do Sul,o humilde Joaquim Arcovcrdc, qiiemc5ra ;í(l naquelle esplendido palàcio tia praça tia Gloria. Atas ohumilde cardeal não qui/ ficar so-sinho, no Brasil: trai:: agora, comos esforços officiacs da diplomaciabrasileira, que tem uni represou-tante junto á Santa Sé, de eonse-guir tpie o prima/, tia Bahia, ti. Je-ronymtj Thomé da Silva, lenhatambemo chapéu vermelho.

    Breviftereniús o cardeal Thoméhabitando humildemente luxuosopalácio!,,

    Boa ?m:a; o Brasil !... Os lontacii-los tio ^of\:o romano empolgam-no.

    Nenif) Acre escapou. Monsenhorl)crnh?iPtli foi nouieado bispo tioPunís f recebido - o que é raro--em audiência de corteziá pelo papa,que ejjprcssou.a esperança de quea sua íuissiío seja coroada de plenosuecesSM.

    E seht. lia tanto; e ianios bonsV pístolíeS' nas pessoas dos condes

    e cònineiidátlorçs jVapalinòs, donosdesta iifeli.'. nação. Ainda ante-lion-(cm ac iv de. Queiroz se-creiarifttl.o sr. particular Presidente,não foLCouferiila por S. Eiu. Rma-a CruBçla Ordem de S. Qregorio ?

    1—•——>*>-. •*¦ > m» — ¦—

    A BREVE DE VALENÇftBello ntovinienlo. ciréve geral nas

    prihcirfaes fabricas e companhias:Santa Rosa, Industrial Valçnciana,Jauu/.zi Filhos, etc.

    Motiiuento espontâneo e firme,os opíarios fundaram a — UniãoOperaíia Valçnciana, que se propõea agir efíiciemeineine na defesa dosinteresses de seus associados. E pa-rece que o fará verdadeiramente,pois jàfldectarou que manterá emgreve Woperários em tecidos, nemque os trabalhos sejam paralysadospor trjs inezes.. O carraucismo patronal está sen-do vencido em toda a linha. O ope-rariado, exaltado, parece dispostoa arrancar tias unhas rapaces daburguezia o que de direito lhe per-teuce.,

    Esttte são homens!

    A crise de habitaçõesTodos os dias falam os.

    jõrnáes na crise de habitação.'Os alugueis sobem vertigino-samente, delirantemente. ;E; 6extranho^ mas parece que onumero cie casas dimirfue...

    Para debellar a crise alvi-tram-se medidtò variadissi-mas. Uns appellam para a li-mitação no preço dos alu-gueis. Outros p'eIo fomentodas consírticções. Outros airí-da são pelas consirucções ba-ratas (claro, para os' opera-rios) feitas pelo próprio gp-verno. Houve mesmo quemjá lembrasse ao governo aconsírucção de barracões demadeira, onde se empilhas-sem as famílias proletárias...-.Muito gentil !

    Emquanto isso, a crise con-titula e se aggrava, cada dia.

    Ora, diz a velha sabedoriados povos, que não falha :para grandes males, grandesremédios.

    Ha um grande remédiopara esse grande mal da cri-se de habitação, e é simplescomo o ovo de- Colombo.Simples, porque é deefficaciasegura e immediata-.

    • Primeiro: fica estabelecidoò principio de que toda a

    gente tem o direito inilludiyelde morar. Segundo: uma es-taíisíica das casas existentese oura estatística da pópula-cão existente, com a descri-mina-ção das famílias e dosindivíduos isolados. Terceiro:determino-se, á vista das pos-sibilidades provadas pelas es-tascas, que, em qualquerhabitação grande ou pequena,cada quarto deve pertencer aum - indivíduo, aceresceníau-do-s?, para as íamilias, aspeçaís domesticas. — cozinha,desríeusa, sala de jantar, etc.Quarto: nenhum indivíduo,isolado ou pertencendo aqualquer família poderá oceu-par.; mais de um aposento.Quinto: comitês populares debairros, de quarteirões ou deniaâ autorizadas a. effecítiaressas deliberações.

    .Raios nos partam si dentrodefuma semana não estariatocfêTa gente morando convc-nieníementè, neste grande Riode";janeiro...•^íiás, este «ovo de Colom-

    tíòs não é invenção nossa.Elle' foi. applicado, com ex-ceífentes'resultados, na Rússiae.ria ephemera'Hungria com?mudista,

    POMO-eirn e do Proletariado em gerai

    PROBLEMA A RESOLVER

    EDUCAÇÃO E ENSINOEXCERPTOS E ARTIGOS DE

    EducaçãoESTRES E DISCÍPULOS

    modernar

    Corre pelo inundo, numaansiada crise de paixão, umfrêmito de bondade em proldas criancinhas, na pugna pelasua felicidade.'

    Não ha paiz, por de lon^eque compartilhe da civilisàção;não ha recanto de província,por afastado que esteja dosgrandes centros; não ha terra,por miserável oti desconheci-damenie que se açoite á som-bra proiecfora de boas arvoresamigas num valle ameno ouse perca pelas arribas cias ser-ranias ádüstas, que se furte aopensameuio dominante tia edu-cação c tia insfrucção da in-iancia.

    Estas duas palavras perde-ram, com a nova orientaçãotios espíritos que as propagam,a sua rigidez e frieza de leiiminutavel e indiscutível, im-põridõ-sc como um fiel do ba-lança se impõe á consciênciade um merceeiro, que nãoprecisa roubar no peso, tendopreviamente falsificado o geuero vendido.

    _ A palavra educação já nãosignifica abdicação da vontadeda criança perante a vontadesoberana tio superior. Já nãosignifica uma summula de pre-ceiíOs de delicadeza cobrindohipocritamente uma almaegoísta ou revoltada, numaimposição que não deixa se-quer ao raciocínio a oceasiãode se manifestar. A educaçãojá não é a imposição de idéase sentimentos feitos, que a ai-masinha ingênua da. criançatem de aceitar como verdadesintangíveis; como dogmas in-discutíveis^ duma gravidadeperfeitamente ritual.'

    A insirucção já não é, paraos modernos pedagogos, a ab-sorção pela memória de co-rihecimeritos abstratos.de datassem significação moral, defacto'? irtmcados escapando aocérebro de criança que os nãopode comprehender.

    A educação significa hoje acultura paciente da alma da

    ÍípííIbIiIíEm caria a Octavio Brau-

    dão, o conhecido autor d'«Asociedade futura» pede a to-dos os camaradas do Brazilque não lancem fora os sei-los posíaes servidos que pos-suirem, enviando-os em canaregistrada ao camarada Quê-rin, administrador da revistaLes Teinps Nouvccuix — 10,rue ilu Fòür —' Paris (6*)França, afim de auxiliar a pro-paganda libertaria.

    Entre os sellos, os demaisvalor, são: os emittidos apropósito da guerra comoCroix Rotige ou War Tax;os emittidos pelos allemãesnos paizes aluados que eliesoecuparam; os emittidos pe-Ias novas nações e pelas fro-pas da Enteníe na Allemanha,nos paizes aluados da Alie-manha e em suas colônias.

    . Os sellos da Ásia, da Ame-rica Central, da America úoSul, das colônias de todos ospaizes têm algum valor, comotambém as velhas emissõesda Europa, os sellos francezesde 1848 -1854, e os do Im-perio.

    Em ultimo caso, enviarquaesquer sellos do Brazil oudo estrangeiro.

    criança, amparando-a apenasde leve, protegendo-a comamor, preparando-lhc o meiovitalizante em que se hacledesenvolver, dando-lhe os cui-dados amorosos e inteligentescom que um cultivador tratadas suas plantas amadas e nas(piais funda todas- suas espe-ranças de futura riqueza.

    Não ! lusfrlür não é fazermeninos drodigios, educar nãoé fazer manequins sem vidaprópria.

    Alais alia e mais nobre si-gniíicação se está hoje dandoa estas palavras, que corres-(sondem a dois grandes seu-íinieníos de humanidade.

    Por instrução entende-sehoje dar ao homem, ser cohs-ciente e pensante, o materialnecessário para que elle porm mesmo siga o pendor quea sua inteligência e o seu tem-peramento lhe indiquem; dar-lhe» o instrumento preciosocom o qual possa, fabricar asua própria e inatacável foliei-dade.

    Instruir quer dizer, na novainterpretação alta e bella dapalavra, mostrar ao homem ocaminho fácil seguro por ondeelle pode chegar, sem pcrcal-ços desarrazoados, nem apa-voramentos de fantasia turva-da, ao thesouro de Aladino,maravilhoso e deslumbrante,de que não haverá maus ge-nios que o expulsem, porqueeste thesouro está dentro daprópria alma, é feito de jóiaspreciosas que nenhum laárãopode roubar.

    Educar é criar cm cada seruma alma autônoma, dar acada criatura a inteira respou-sábilidade das suas acções, afelicidade suprema de procu-rar na vida o seu logar e, eu-cÒntrando-se nelle a vontade,fazer a felicidade própria, con-correndo com cila para asomiya das alegrias e íelicida-^!es .çplect^sÍiu4e.4iíoye' (tor-.nara sociedade mais justa, maisalegre e mais feliz.

    E falam-nos ainda em separaçãoentre a Igreja e o listado. N.1b,Ve-nhores! A Igreja não está separadado Estado;.esta,"sim,ainosiadci comelle.

    s«>. «;-, Froirc |»i-m-ioi*

    Os operários niunicipaes tiveramcom o sr. Pronlin a lei de 1." deMaio de 1910, qlu>i cie ,„„ ccr(òmotlo;eIevou-os,equipaiaiHÍoosao3lunecionarios.

    Foi uni recurso pulitico do ex-preicilo para limiar mais o sen pres-figio, visto ipie, infelizmente, quasitoçlos os operários municipaes sitoeleitores. Estes rejubilarain com alei, mas... veio o Sr. Sá Freire, ini-mjgo político do Sr. Froiitin, paraimpedir a execução da lei, prote-laiulo-llie a regulamentação.Uni novo primeiro de Maio vemahi, qjler dizer, um anuo já se estápassando e eslão os operários mu-mcipacs como dantes. Tudo comodantes em casa de Mirantes: une,neste caso, é a Prefeitura."As leis se fazem para uão seremcumpridas. São os próprios "over-'nantes que se encarregam de de-nipiistrar esta ousada proposição,t dizer-se que ainda ha associaçõesde classe, entre os operários liiuhi-cipaes, que querem evitar inevita-

    yeis greves, desituíorisaíido-as pu-bltcanieutc...

    | Estamos ameaçados de grippe?

    1Na Santa CasaNoticiam os jornaes de hon-tem, um caso fatal de grippe*verificado na Santa Casa deMisericórdia. Este primeirocaso deve servir de aviso aos

    srs. da Saúde Publica que zelapela saúde da nossa populá-ção.

    'Todos estão lembrados dosterríveis quadros tle miséria

    que a paudemia de-lÇ)18 des-enrolou aos nossos olhos eisso exclusivamente, dividoao péssimo serviço de iiygi-ene com que contava na.quelle tempo a capital da Re-publica.

    Todos tiveram o dolorosoensejo de observar os espe-ctaculos macabros, os longosdiasde provação, de inqiiie-tnude e de desolahienío. *

    Para qíie se não reproduzaa odysséa da epidemia pas-sada, com todo o seu cortejode horrores, c impresceudivelo zelo das nossas auiorida-des sanitárias, que devemcombater - energicamente oflagello, no seu inicio.

    Já mais de dois casos fo-ram verificados em Nictheròye os vapores procedentes devários portos estrangeirostêm conduzido doentes degrippe.

    Portanto, urgem providen-cias serias e efficazes no seu-tido de evitar a propagaçãoda molestiiL de tão triste me-inoria para a nossa populá-cão, principalmente para asclasses pobres.

    OS FIAGEUADQSO Rio Grande dólNojfeSraiis!,,,-.

    moii-scem asylo de gente faminta,que vem dos Esiatjpnsinlios. Leia-se o que diz a. redação do .Moss,,-róehsc >:

    "Continua imensa a' seçca, semesperanças no governo. Nenhumanoticia de chuva nos sertões. Dia- -.?riameiuechegaiii centenas tle" Mr-^¦"'rantes tio interior da Paraliy.ba, tlò

    'Géará e liePenraiubiice.aiTdraja-f'sos, famintos, já tendo havido''ínui-tas mortes de>fonie, perdurando oestado actual "de estiagem. Faliamserviços para os necessitados e asituação se toma instipportavef,,numa penúria e miséria extremai."

    Basta! Para que commentar-?

    OallBÉÉilÈlli O Sr. Chatéaiibímiid, eollabor.;-dor assíduo dos jornaes cariocasociplogso nas horas vagas, bacha-rei, etc. que diariamente nos mara-viiha e deslumbra com os elevadas

    conceitos que rcsiiltaiu das suasclironiças baciiarelicias tem agoramais um emprego que, se não t.honra nem o impõe m conceitodos contemporâneos dá lhe, toda-via, aciuillo com que se compramos melões.

    Naturalmente Chateaiibriand, des-peitado por r,So poder competircom o Sr. Maurício de MedeiroscogiiontinaclooC«òirfeí/e£/;í«rtV(3sresolveu acceitar, á falta de cousámelhor, a incumbência de arranjarliiiòíypisias nesta capital, para 7«-rar a greve tio Estado.

    E aqui temos nós o Sr. Chatèau-briaiitl atldicionaiitlo ás suas iá ex-traordiuarias qualidades tle hacha-rei, sociólogo, chronista e Ciliiwfihdão mais a de furador de greves!...

    O' manes de François Rene deChaieaubriand! „

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    NOTIGULASChrislu «» o .íiit-v

    O serviço especial de um dosnossos vespertinos trouxe ha diasum communicado de Mossoró, noRio Grande do Norte, em que sedizia que o Padre Ulysses Aranhativera a iniciativa de cõllocar a iiua-gem do Christo crucificado no juryda cidade. Tivera a iniciativa e alevara a cabo, com grande gáudiodas sociedades religiosas locaes.

    Isto bastava para mostrar quantoé mentirosa a aílirmativa de que,no reginien republicano, o Estadoestá separado' da Igreja. Não é tal,é letra morta o que diz a Consti-tuição a este respeito: pelo menosa Igreja Catholiea Romana forado Brasil republicano de imiueitsosprevilegios, que cada vez mais serobustecem,

    Ainda ha pouco, aqui, em plenacapital da Republica, o juiz Gál-diuo Siqueira recusou a escusaticade um cidadão positivista, que nãoqueria servir no jury, porque lá está,na consagração da Cruz, o Christopregado.

    O .cidadão somente fez appello áconstituição, para defender a suapretenção-; o juiz, porém, deixou alei e ateve-se a razões de ordem mo-ral e religiosa.

    Ora, viva!...O telegranuna deMossorõntostra

    mais eloqüentemente do que isto apreoecupação catholiea dos diri-gentes iá está > co padre UlyssesAranha, apoiado pelas autorida-des."..'» etc, \

    Grupo Feminino de Estudos Sociaes

    Um manifesto á mulherbrasileira

    Recebemos e damos á publiciüa-de o seguinte boletim lioiitcnt des-iribuido:

    s O Grupo Feminino de EstudosSociaes, fundado nesta capital em22 de Janeiro de 1920, propõem-sea aggremiarj- todas as mulheresemancipadas do Brazil, afim decombater systéihatica e eííic.izmen-íe a escravisação clerical, a escra-visação econômica, a escravisaçãomoral e a escravisação jurídica,que asphy.xiaiu, degradam e aviltamo sexo feminino.

    O Grupo estudará com carinho cdebaterá com ardor os palpitantesproblemas da questão social e pro-curará elevar, po> meio de confe-rencias, congressos, escolas e cur-sos de seieucias e artes o nível in-teUcctual e moral de suas associa-das, para que se abra assim . namuralha negra, tenebrosa e conipa-cta da rotina, do egoísmo, da igno-rancia e da hypocrisia, de todos ospreconceitos e de iodas as oppres-soes, uma brecha, unia íresta, umafrincha por onde livremente irradieum pouco de Vida e do Ideal.

    O Grupo aceitará conto sócias to-das as mulheres dignas, sem difíe-renças de raça, nacionalidade, cren-ça ou profissão, desde que estejamde accürdo com os princípios aci-ma fixados o que mensalmente pa-giiem, sem sacrifício, a quota mini-ma ttle 1S000. Reúiiir-se-ha o Grupo

    \ quinzenalmeltte em assembléa ge-ral, que terá as suas resoluções eífe-

    cíivadas por uma comiuissão exe-euva, que durará um seme«tre ecompor-se-ha tle duas secretarias euma iliesoureira.Companheiras:

    yjrgc elevar, éngrandecèri digni-licaro nosso sexo, Iibertál-o mentale socialmente. Precisamos de com-bater a escravidão em que ser.tprenos prenderam, e questem sido emiodos os tempos a causa única dosdesvios moraes tia humanidade.A época contemporânea üíferece

    quadros desoladores de decatlencia-mora!: é o meliridròsisínò > feitonota chie nos salões burguezes, é»adultério estabelecido conto regraquasi^ geral entre gente rica, aprostituição négregada c infantetornada profissão regulada policial-niente. Rolamos para o abysntp dadissolução, da corrupção e do des-vario, como outrora na Roma im-'"moral dos Césares.

    Ainda é tempo, de reagir, paraque se não attiniaò cníaivccimentbtotal. Que as mulheres dignas"e ho-nestas se remiam, se agrupem, sefortaleçam e por todos os meioscombatam as. causas que abastar-áaiíi a mulher, arruinando a sacie-.da.de.

    Professoras, funecionarias, costu-.reiras, tloristas, operárias em fabri-cas e ? ateliers", trabalhadoras emartes domesticas: Vinde, vinde aténós, que sereis jubiliosa e traterna\mente acolhidas!»

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    O regresso de umavicti-ma da dictaduraclerical

    a «¦ ¦ de S. Paulo

    íf,

    , Terminando a estadia no Laza-reto, o cBeuevcute ¦ entrou 110 porto, dcsdnibãrcaiído os seus passa-jicivo;, entre os quaes EycràrdoDias, deportado como inoçoil, livre-pensador e inimigo ilo vergonhososittiaciotiisúto político de S. Paulo.

    ftv.eriirilo 1»Ij«s

    Desde que pisou lio cães, o dis-tínec jornalista paulistano foi cor-cadopor grande numero de amigosque o disputavam.

    Viíiiol-o rapidamente. Fstá alia-tido physicaineute íuas de animesereno e impertuljf.vci.

    1 CASAVENDE-SE uma com 2 quartos.

    1 salas, cozinha, lirz cleclrieà, qüi.in(ai, jardim na I rente e banheiro,:»rua Capitilo Macieira, 50. Estaçãode D. Clara.

    OSSO

    jornaA' Vos do Povo está .rèser-

    vado um brilhante futuro,poisa maneira entliusiastica comoíoi recebido o seu primeironumero pelas classes traba-lltacloras, dá-nos a esperançado que dentro em breve omodesto diário de 4 paginastpie ora apparccc diariamentecomo porta-voz das classesobreiras, será um dos maioresquotidianos desta capital.

    Alguns'opçrarios,ignorándopor complete) o quanto tle sa-crifiçio pessoal e monetáriocusta um jorna! feito nos mol-des da Voz do /-Vrfl.ceusuramo ter elle apparecido apenascom 4 paginas e não com 12ou 10 como sóe acontecercom os jornaes burguezes.

    Entre dois abraços,'sonhemosalgumas novidades;

    Manoel Perdigão, o operáriosnntisla deportado por um certoIhraliiiu de tal, (pie ali exerce asfiincçDes de delegado regional, foiel:iiiilcstinainentc\lcsetnbaicadoeniVige, na mais extrema miséria.

    Os deportados que se encontramom Cabo Verde estão na mais ex-treina penúria.

    A este propósito, encontra-mos na -A llaialha , de Lisboa, aseguinte nota:

    «Dos operários vindos do Brasil,e deportados; sem qualquer jtisti-licaeão legal, para Cabo Verde,acabamos de receber uni cabogranima, que representa um verda-deiro pedido de soecorro, uni chã-niamonto que elle* fazem aos tra-bãlhadores portiigiiezes para quelutem pela sua causa, forcando osgovernos a reparar o verdadeirocrime rjuc coiiinietlerani. Esse ca-bògrauinia é do teor seguinte:

    S. VICENTE DE CABO VERDE20, ás 0 horas. A nossa situaçãoé precária. Pedimos que continueisa nossa causa. Os deportados doliiasiJ..

    A federação officiou-llies hypothecando o seuapoio moral e" pc-dindo aos operários portngiiezesque protestem contra semelhantesarbitrariedades.

    E' preciso que os trabalha-dores saibam que o nossojornal não conta senão com avenda da folha para fazer faceás grandes despesas que elleacarreta c que o seu desenvol-vimento está nas mãos dostrabalhadores, bastando paraisso que o auxiliem, compran-dó-o diariamente e fazendopropaganda deile.

    Cabe aqui, para terminar obeijo pensamento de XavierMa.istíe'-; Nada que c grandenasceu grande.

    à greve dos padeirosde Peíropolís

    íiw no "8 Esta-¦ioleS.Paiilo,

    Chegou-nos, hotitèm,; ásmãos o2"ntiinero d' '.A greveno O listado, botetim que osgraphicos paulistas fazem cir-ciliar diariamente, e no qualexpõem iodos os- casos quese vão desenrolando no" mo-vimento grevista.

    Como prometierain, dão no'presente numero os nomes.'dos «humeros>, que são osseguintes: Gastão Floret daSilva, Carlos G. de Menezes,Alcindo Marcondes, EvanclroGáspariiii, Rodrigo de SouzaTelles, Joaquim Saraiva Netto,Gastão Perrini, Paschoal Cas-trigtiauo, Gumercindo Mar-condes, Januário d'Angelo,João Corrêa, Manoel Montei-ro cTheodotniro Raposo(13).

    Da lista acima apenas li-gura o nome de um dos ,nove«humeros» idos desta capitalo linotypisla Joaquim SaraivaNetto, sendo ignorado o mo-tivo da falta dos outros no-mes, sobre os quaes «A gre-vc.> n'0 Estado nada diz.

    Traz, também, o presentenumero o retrato e a biogra-phia «do numero> JoaquimSaraiva Netto,promettendo es-tampar a biògraphia dos de-mais nos números subse-quentes.- Da subscripção abertapelos graphicos paulistas, embeneficio dos grevistas, já sãoconhecidos os resultados deduas corporações: «CorreioPaulistano-, 347S000; >Jornaldo Comniercio - (edição deS. Paulo) 3S2S000.

    - • Também se acham em«greve», ha 15 dias, os ope-

    :i

    "Nossa Terra"-, Foi flíõiitem distribuído' o

    numero 31 da * Nossa Terra,excelleiite revista nacional.Confeccionada com esmero,impressa em papel cotichêtem ua capa inleresairte íreiijioda nossa urca e o seu textovariadissiuiü, encerra assuin-pios de política, literatura' ecominercio, alem de paginasde moda e luimórisnío Ihter-caladas de phbtògraphias daactualidades,

    O siimmario está assim des-tiibiiido : O novo governo doEstado de S. Paulo e o pro-grani ma do futuro presidenteUm grandioso exemplo ode civismo O nordeste bra-sileiro continua abandonado -Piratas em terra firme (Chro-nica da Semana) Praticandoa doutrina de Monroe ASabinádá- Em torno da, obrade um propagandista Vul-tos da independência Com•v ou com z ?—O Cattete e osbigodes O Rio de Janeiro noCentenário da Independência—Clirouica Rimada -O quenos disse um almofadinha -A acção dos Norte América-nos na Amazônia- A tentati-va «yankee* no Acre. Rabis-cos-Isto não! -Letras nacio-naes A igreja e as modas.

    rarios graphicos da Casa Espindola.

    Os graphicos paulistas, sa-bedores que os proprietáriosdessa casa procuram pessoalnoutras localidades, pedemaos graphicos em geral quenão acceitem convites parasubstituir esses operari.os.bemcomo fazem idêntico pedidouo caso referente a O Estado.

    do wvcfis ifiiiiiíii

    5abbcidó, 7 ~- 2 — \h}í

    iiiiiio nlO caso do tenente

    AbreuA formação de culpa no

    processo a tfue responde otenente Guedes de Abreu, queassassinou a esposa na rua daLapa, foi interrompida porqueduas testemunhas, arroladasna denuncia se achavam au-sentes. O soldado CtipértiiioAlves de Souza, que foi man-dado servir na colônia correc-cional de Dois Rios, e o

    Horrível desastre Io caso dos navios

    Pen-para

    dr. José Roberto Leiteteadò Junior, (pie foraS. Paulo»

    A segunda testemunha járegressou, e o soldado, comcerteza, será transferido paraesta capital.

    Isto quer dizer que o pro-cesso vae entrar novamenteem andamento.

    ReclamaçõesCom a Prefeitura e a

    Hygiene PublicaPedem-nos os moradores

    das ruas Silvana, Pedro Do,mitigues e José Domingues-na E. da Piedade provi-dencias sobre a limpezadas ditas ruas e respectivasvallas, pois a imnumdicie emque se acham, faz tremer, de-ante das epidemias que nosameaçam tal é a invasão demosquitos e moscas, que osimpossibilitam de repousar.

    Esperando serem attendidosahi fica o pedido.

    A cidade Ficou sem pão

    Lm virtude dos proprieía-rios tle padarias da cidadeserrana não terem chegado atiín r.ccordo com os seus o^q-rarios. estes, solidários e co-liesos, tulo voltaram ao ser-viço.

    Por esse motivo,ho.nietn. esteve sem

    I»BOLETIM TELEGRAPHICOA TYRAMA INGLEZA

    8

    :••:

    Continuam as persiguiçõesna Irlanda.

    a cidíiac,não.

    ->.'.:-'V-.

    ! SaiÉlmliia | jigjiiLiA nova tabeliã dos gêneros aümeníicios

    —*.

    A GOMPLAGENGIA DO SR. DUL.PHE MAGHA00»-.

    A Stiperintendencia do Abasteci-mérito'; ox:OoúitnisíwiriuciOj organi-ou a nova tabctla de gêneros alis-mentidos. Como isto interesse l;as-tante o povo, damos a seguir a re-ferida tabeliã que desde lionícmentrou em vigor:

    Álcool, de 36 a 3S;gr;ios, litro,H-J00; de ':(> a 38 piáos, garrafaSSúO; ile "v i\ 3S ^rãos, meia garra-ia, Ç440; Arroz briíiiaclò de jn-imei-ia e especial, kilõ ;'-lX)0. brilhado descRiiiida, kilõ rtMO: superior, kilosfiÕO: bom, kilo SS60; regulai*, kiloSS40: iníerjor, kilos5C>0; Assücar re-Jinado, branco kilo 1S200; refinadode terceira qualidade, kilõ 1Ç0C0;branco tioiit. inoido ou triturado,kilo ]!)*020; brancocrvstal, kilo ISJ'20;branco, crystal e segundo- jactobranco, kilõ -:üé0; crystal amarelloon deme-rara, kjlo S020n'io, '.:ü S820: mascavo,

    inascavi-kilo réis

    eapaci-íis, e de

    jW

    i!720; Aves, gaüinha especial ninaos*50p: gatlitilía regular unia 2.-00D;frango grande, uni 2*000; frangoregulai', um 1$700; frango pequeno,ti in l ÍS200; IJaniin em rama, fresca,kilo ifSOO; ik1 latas de qualquerpeso em qualquer outro envoltóriokilo 2-'?060: a retalho, pesada na•iecasiao (ia.vendá, kilo 2-200; Da-tatas cs!>eeiacs. kilo S120; regula-rçs, kilo S360; inferiores kilo Ç2S0;?00; aniarella,branca

    peitaté S.

    leio c ?ec-•rãncis-

    kilo, 15101);conjniiini, kilo 5000. Quan-uo exposta á venda em pacotiuhoscar qnadps, por kilo, mais 200 réis;mitlip amarello, kilo 5280; brancokdo. ;v>5U: irvsclado, küo, 5220;

    Uvos; ihizi.i. l?000; um $160.['ao, de luxo, pròvençn, de cer-veja e outros especiaes, inclusive

    (Orinas, cacetiiilio;roscas redondo-,e trança, kilo 5900; de trigo,-deprimema qualitlade, comprido, emquãiqiier fracçao, kilo 5000; inixtò,de trigo em mistura, até 30 •[. deou;rasf.irÍMÍi,'is paiiificavéis; kilo•:4-.0. Qurmtlo eutregtje a domiciliocustará mzh 1C0 réis por kilo: Pei-xes seccos, salgados ou emsalhiõti-ra-P.acalhao estrangeiro, peso li-quido especial, küo 2$400; regular,küo 1SÇ00; inferior, kilo 1-800; ba-calháp nacional, küo 2fl00; garou-p.a,..vérhe e namorado, kilo 250OO,pirarucli, küo 25100; camarão seccokii.-. 25OOO; bagre, tainha corviua,miragaya. sardinha küo 15400; tai-1111a ciu salniotifa, kilo 1'IOOO;Sabíóespecial, küo 15400;-virgemde pri-meira qualidade, kilo 15100: virgemde segunda qualidade, kilo $900;virgem de terceira qualidade, kiloSS0O; br.iucotypoGloboc Regadorküo !.;M00; Sai eoiuiufini nacional(grosso), sacco de 00 kilps, 105000;i;i!o, $200; Sa! refinado, estrangeiroou nacional, fresco, '5800; nacionalou estrangeiro, em saquiiilfò de 2kilos $900; Sal triturado'ou moido,n granel, kilo 5220; saquinho de 2kilps; 5700; Toucinho, fresco, kilo15S00; idem, salgado, kilo líoOO.- Aperar dos preços módicos danova tabeliã brgaisada pelo Sr.Dtilplie Macliádo, cie accortlo comos interesses tão fervorosamentereçlamatlps dos varejistas, que nãose cansa**! de espoliar as algibeirasdo povo, adiamos que esses mes-mos preços, são vantajosos, única-mente, para a liurgticzia; Eiitqiiatt-to o pioletariado, batalhàhdò pelosseus direitos e interesses, pedemagmeiiío de salarip, os varejistasfazem uma grila formidável ciuprol do augmento da tabeliã taxa-tivii do preço dos gêneros. O pro-letariado ganliando o pão quotidi-ano com o suor do seu rosto vê-seassim, esppliado nos seus recursospor uma tabeliã feita para agradaraos varejistas, F.' o que se depre-hende da nova tabeliã de preços,posta,em vigor pelo Sr. DnlpiieMachado,

    NOVA YORK, ii ("Vozdo Povo" ) — Telegrammaprocedente de Londres annun-ciam t|tir: a policia ingleza ef-íecition novas prisões de sinn-íeiners" e de membros doPartido Republicano Irlandez.Esies, em represália atacaramdiversos quartéis de policia,principalmente em Artlow, on-de as oombas atiradas pelos"siiut-íeiners" causaram con-sideraveis estragos materiaes.

    O marechal sir John French,governador geral* da Irlanda,receioso de novos attentados,decidiu permanecer em Lon-dres, de onde expede ordensde prisão contra os , de que falou depoiso governo, ao sentir a falta deargumentos dignos e mesmode recursos de sopHisnía.

    A grita, que aqui se fez,sobre o caso dos navios e emque o próprio embaixadorfrancez foi envolvido, chegouaté Paris, produzindo a notade hoje.Que irá surgir de tu-do isto ? Recusar-se-á a Fraij-ça em entregar os navios aosyndicato americano, no casode vencia ? Que fará o svn-dicato ? Que attiíude tomaráo governo de Washington ?Como procederá então, o sr.Epitacio ?Estamos agosaro espectaeti-

    Io destas trapacices, chicanase rabtilices goveriinmentaes.Como tudo isto mostra e de-monstra a < indefectível soli-dariedade, que une as naçõesaluadas c assoc iadas*!...

    _ Nisto tudo os nossos tuari-Hinos ficaram em situação do-lorosa. Seus interesses nada,absolutamente nada, pesaramnessas hypocrisias de gover-nantes, acostumados unica-mente a tratar cios interessespróprios, sempre antagônicosaos do paiz, que ludibriam.

    Os marítimos aguardam aresposta do Presidente. Queresposta ?

    O Sr. Epitacio, habilmente,no discurso com que respou-deu ao Sr. Nicanor, interpretedos marítimos, disse apenasque ia estudar, realmente, Mos argumentos e documentosapresentados. Não disse queestudava e resolvia.

    Ainda mais : prevendo qual-quer attitude enérgica que osmarítimos, futuramente pudes-sem ter, reconhece-lhes apenas¦«o direito de representação eopinião». Onde o direito dedecisão ?

    Para o Sr. Epitacio, o ope-rariado não tem tal direito.Se os marítimos amanhã qui-zerem tel-o, serão declaradosfora da lei.

    ; Que não se iliudam os mil-ritimos.

    I

    Retíníão de deputadossocialistas

    Roma, C, (Voz do Povo)—.Reuniu-se Itonte.m, nesta Ca-pitai, o grupo parlamentarsocialista, para discutir a ori-entação que deverão tomar noque diz respeito á política doexterior.

    As oitos horas de trabalhoRoma, 0. (Vos do Povo) —

    O ministro Ferraris decretouque entre immediatamente ernvigor a lei. das oito horas detrabalho.

    IMPRESSOS

    Antônio Abranches, que éum fino e admirável poeta,acaba de publicar o seu livro«Bosque Encantado* no qualse encontram as mais lindaspoesias de sua lavra.

    Antônio Abranches é autordo bello trabalho .cMusa Ver-mellia», que, publicado emSão Paulo, obteve o maiorsuecesso entre os intellectiiaesikratas do visiulio Estado.

    «Bosque Encantado* não éum livro de idéas; é umareunião de lindas poesias queos nossos leitores devem ler.

    Athletica — Recebemos oprimeiro.ntimero desta primo-rosa revista de desporto, decuja direcção faz parte o sr.Coelho Netto.

    Mais um!...Diz um despacho telegra-

    fico que a diplomacia bra-zileira se esforça para nos mi-mosear com mais um pre-sente de grego — um cardeal.Deus nos acuda e nos pre-serve de mais esta calami-dade!

    Se o futuro cardeal nos sairpelo mesmo preço porque noesaiu o Arcoverde, é motivopara condoerse a gente dopovo deste paiz. Àffirma-sepor ahi, á bocea pequena, queo chapéu cardinalido que or-namenta a cabeça de s.revma.nos custou a bagatclla 'de70.000 contos, a quanto montaO patrimônio da Ordem de F,S. Bento. :

    Não sabemos se' isto seráverdade; o que afíirmamos,porém, é que- frei João-dasMercês, ultimo membro da-quella congregação, foi ex-pulso do mesmo, violenta-mente, para dar posse aosfrades allcmães de ioda a ri-queza cia ordem, E após estabandalheira tivemos a sagra-ção do sr. Arcoverde comoprimeiro cardeal da Americado Sul, deixando de cara ábanda — D. Thomé, primazda Bahia, a quem competia ápromoção.

    Ponhamo-nos em guardacontra maisesse flagel.lò -quenos artieaça.

    ti ética"Está circulando desde hon-

    tem, esta magnífica e atirahente'revista, cuja direcção foi con-fiada ao escriptor Coelho Net-ío. Anciosamente esperada noscírculos desportivos desta ca-pita', e dos Estados, Athletica,unica tio gênero, veiu preenceruma lacuna lia muito verifi-cada tia imprensa sportiva.

    A bella revista de CoelhoNetto, vem repleta de infor-inações desportivas, esplendi-da collaboração, trazendo nacapa uma allegoria de Hvgia.

    A greve na casa"Marca Olho': Segunda-feira ultima, osoperários da fabrica de calça-dos , de pro-priedade do sr. Donaío Lcgi-nesta, sita á rua General Ca-rijara; declararam-se em greveMotivou esses facto o ter osr. Leginesía despedido semum motivo plausível o operárioÂngelo Santos.

    A greve continua sem iuci-dentes.Honteni, porém, AnseioSantos passava próximo a fa-bnca, quando foi preso porordem do sr. Leglnesta.Levado para o 4" Disirictoahi foi recolhido ao xadrez.A' tarde, quando os scu3companheiros foram lev:.r.-ilie

    o jantar, elle já lá não estavamais.Naturalmente, mandaram-no

    para.;. São Paulo.

    OPÓTOREOÃMA!Uma carta, que nos foi di-rígida; diz que á rua Conde

    de Bomfim, n. 808, existe umprédio que, com certeza, é umperigo para a saúde da visi-• nhança. Basta dizer que oseu esgoto é uma cisterna que,continuamente, transborda.

    Muitas pessoas já se mu-daram em conseqüência -doniáo cheiro ambiente.

    llIJilT""' Diz um telegramma proce-ciente de Berlim que o reitorda Universidade daquella ca-

    pitai devolveu, rasgados, ásuniversidades estrangeiras, en-ire os quaes figuram o deHarvard, os diplomas houori-ficos que lhe haviam sidoconferidos. (Havas.)

    E elle tem razão. Estamosnum tempo em que os crachás,mais do que nunca, só servempara premiar as chacinas liu-manas, o servilismo'e os ser-viços inconfessáveis.

  • míâdòi 7 — 2 — 192Q > VOZ DO POVO .3

    *:

    WÉgwwyjr^iwwiB-t**!

    AV===ji>

    IDA DOS TRABALHADORESfílSfllil

    O syndicalismo consiste cmirgaitisar as classes produclo-as para as luctas contra os

    detentores dos seus proclu-ctos.

    Para sysfeinatizar essa luta,:lle organiza os trabalhadores•in syndicaíos proíissionaes,:ompieiainente autônomos, ex-ercciido desse modo, ptes-¦;io simultânea sobre as cias-scs que vivem do ágio dosseu • producíos. : •

    l:.lle reconhece como pro-cltieíorcs, rodos aquelles cujotrabalho não interesse apenasao indivíduo que produz,

    Assim, o operário, o campo-tu /. o (lixeiro, o cscripturario,• - riiitccioiiarió publico, o medi-.'•o, o engçuhejroj o professor,••'•'. são productõres. Ocom-tiierciaiite, o industrial, o ban-queira, o prescamisía, o fazcu-deirõ, etc. são agiotas.

    Poderá dizer-se que os se-gundos também trabalham.Mas entre o trabalho cie umt de outro lia diferença e dife-ronca substancia!.

    Qs primeiros trabalham pró-duziudo para a coleciiviclacle.Os segundos trabalham única-mente para si.

    Os primeiros ieem o deverde trabalhar, mas é-lhes inter-dito o direito de interferirem nodestino do que produzem.

    O trabalho dos segundos

    **"'—"~"* i " ii" í tu !¦ nu tmmmm m ¦wwwii|wwiwhmww iiwhiimu^imíiwiII um n w ¦*' ¦ - ¦

    consiste a prodúc-i.;ão dos primeiros, não em at-tcução aos interesses da cole-clividade, mas sim lendo sem-pre cm vista os seus exclíisi-vos interesses. E isto divideos homens em duas classesüsíinctas, com interesses diffe-*eníes c antagônicos; em duasironosições com objectivos:outrarios, cm dois princípios:om finalidades colideuies.

    São dois surtos na vida so-~tal que se excluem, Quando

    um se afirma, nega o outro,chama-se Trabalho, o ou-

    duas entidades ri-Umtro Capitalvacs.

    i 'lliãn iI-

    para hojeC r/f! Padaria Assem-

    bléa geral.União dos Cliapclçíros—Reunião

    dajtiiila Governativa, :ís 19 horas.([niCio dos O. cm C. Civil Assem-

    bléa geral extraordinária.União |ll S. i'. iivilConvidam-se os operários quetrabalham na casa Ernesto Gusmão

    Gonçalves; beíti como os encarre-gados geraes João Cario; e Joaquimdo.; Santos, a comparecerem nanossa sede, hoje ao meio dia. parauma reunião que se realiza ejnproveito do mesmo.

    Convidam-se os canlaradas dogrupo á, a cothparécéréni na sededesta União, hoje, ás 19; e meiahoras.

    Pede-se para que nenhum falte.A*MH'ia docorrente, ás 10 horas, para elegeros cargos vagos na directoria.

    Convidam-se os operários doLloyd e a classe cm geral, parauma assembléa geral que se realizahoje, ás 19 horas,

    Aos camaradas que trabalham 110Lloyd Brasileiro, convidamos a quecompareçam 11a thesõtiraria parareceberem as suas cadernetas.

    Convida-se o operário AlfredoNeves, cstiicadòr, a comparecerquarta-feira na assembléa geral,para se justificar das queixas apre-sentadas nesta União.1 niào 4I0M Corrwiruw «'

    AHfM l-'2 hor.is da tarde

    A Federação e a"Voz do Povo"À commissâo fiscal, lia tem-

    pos creada pela Federação,reuniu-se lioniem, ás 20 lio-ras, deliberando avisar ás as-sociaçòes que, qualquer re-clamaeão referente ao joena!deve ser feita por seu inter-médio.

    11c

    da Cònimisjão de- tt'lcração Brasile

    do Remo.ira tias

    nteniireunião

    ^lo, ciaSocieda-

    iil'i)

    1 :í Confederação .1 iiv«•estada pelo S. Ciais-.'. sobre ò pedido deia do amador |oãò Cor-«ira para o S. C. Tatt-

    1 ) í:uv'"rniaçãotovào

    'A.

    trausterersino iL Abate.

    g) Declarar órgãos officiaes osriiesiiirjò do atino passado;li) Conceder 00 dias de licençaao terceiro vice-presidente, por ter.v'- se retirar do paiz.

    Estão marcados para domingopróximo os seguintes encontros:-

    A, A. Jacarépaguá X Paris p. C.„no campo da rua Amélia, na esta-çào Paulo cie Frontin.

    iMaiiguiiiliòs F. C. X Penha F. C„no campo do rylangíiiiiiios, na esta-çào dè Antoriiti,

    1

    TüRFPara a cm rida de amanli.1, no

    luppodromo da Moóca, daremosinformações circtinistãíiciadas.

    Devido ás uititiAs deliberaçõescia directoria do Jockey Club Pau-listauò, o conhecido sporlman ca-rioçá, sr. O. Pinto, resolveu por ávenda os seus- anihiaes: Tic-Tac,Jnrá e Poclter.

    — Já se acham cm enlrainemcnl,os pqirinliõs da turma de 1920.

    épiTÍÜã'

    bISosei Petropolis

    ( O pessoa! da fabrica de se-tía? «Saiíía Helena»; de Peiro-polis, por se sentir prejudi-cado peiò regimen adòpiadonaqüelle esinbeieçimento, de-clnroü-c-e íiòntérii cm grévc,

    A fabrica «Santa Helena*está fechada.

    "^

    Operários!?OWMMWMtMM

    1. ,< A Capital > eo «Mundo»publicaram o resumo da pia-taforma do dr. VVasiiingtonLuis, fornecido pela AgenciaAmericana, e commentaramcom as mais elogiosas refe-re.ii.cjaSj.as palavras do futuropresidente do Estado de S.Paulo. A. A.

    • -

    União dos Vassoureirose Artes CorrelativasEsia União, reconhecendo a nc-

    cessídade de encetar uma campa-nha em favor da sua organisação,convida todos os camaradas a com-parecerem á assembléa geral quese realizará segunda-feira, 9 de fe-vereiro, ás 7 horas da noite, emnossa sede, á rua da Constituição,n. 22.i'ii|M> i:« friaabitlli»4l4»r4i>M

    «'in !IIai'e4Miai*iaHCom elevado numero de sócios

    reuniu se honteni esta classe paratratar de assumptos de seu interesse. Foi lido ò balancete da F. dosT. do Rio de Janeiro.

    A seguir aventou-se a questão tiosalário iiiiniiuo e extraordinários,em que diversos camaradas expu-7.eraut asstiaí opiniões, mostrandotodos a necessidade de uma forteagitação, tendente a melhorar asactuaes condições econômicas daclasse. A necessidade do saláriomininio se impõe visto os iiidus-triaes estarem usando de tactiendesleal para prejudicarem os seusoperários.

    ¦ Debateu-se também a questão dafiança confiada ao advogado Ale-xandre Sequeira. Foi nomeada umacomuiissão para se entender com omesmo senhor.

    Foi elogiado pela assembléa ogesto consciente dos operários dacara Le Mobilier que se oppuzerama que um trahidor trabalha-se nadita ofíicina.

    Resolveu se. por fim, que só se-jaiu prestados auxílios, quando ne-cessitadòs, aos uiarcirieiros associa-dos, para evitar explorações. A'sII da noite foi encerrada a sessão.Clli.MO «lO* l'Jl|]pi*4'fíil4l4l4lai'ÍM4ÍU Ititl4l4> .Iall4')l'4»

    Camaradas ! Já ha alguns tloiuin-gos que vimos desfructantlo umareivindicação pela qual nos deba-tiamos ha mais de 13 annos. Porém,não devemos dormir nos louros davictoriá. Temos muito mais a con-quistar. Necessitamos do aúgmentodo salário e abolição da alimenta-ção. Precisamos mais luz e hygiene.Precisamos também ser homens li-vres e isso só poderemos conseguirpor meio da organisação por setornar necessário que todos os tra-balhadores em padaria venham seassociar. Então nós unidos e fortesimporemos a nossa vontade. Olhacpara os trabalhadores da Europa eacompanhae o mesmo ideal e amesma acção se quereis ser livres.Um por todos, todos por um!

    VAH1.IS rVOTIClAfe*Na próxima segunda feira deverá

    entrar em ensaios no theatro SãoPedro, a nova peça de Abadie deFaria Rosa, intitulada *As pasto-riulias.

    : Aestréa da companhia Ale-xandre Azevedo no Trinnòn eííec-tuar-se-á com a coniedia j(»C.»ÍIÍ»

    O correspondente da -Garcia-em Petropolis enviou ha dias umtelegramma em que dizia que osgrevistas do Rio tinham ido a Pe-íropolis para sublévar os emprega-dos-de padarias, acçrêscentadq queos mesmos tinham estragado o pãocom iòdoformio.

    Ora, isto é uma pura calümnia,porque os padeiros do Rio não íi-zerain greve para o descanso se-manai e sim um accordo com ospatrões.

    para

    uni-.. ... .- ,, ¦ (idaria dasla/nilias, a rua Marechal Oeodoií,n. 26, possuindo uma grande quau-lidade de farinha estragada, com aqual envenenou o publico de Pelropolis, atirou as conseqüências doseu crime sobre os trabalhadores,procurando, desta forma, incoinpa-tibilisar nos com o publico de Pe-tropolis.

    Mas o bom senso do publico dePetropolis resolvera-çriicriosainen-te o caso: : ..--••-- . ¦..... úPvfriAffiífr*l'4Ml4'i-;i

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    I; espeleu,e já não tornaria a encher tle pavoras trevas.

    O homem sentiu no peito unigrande bem-estar, uma plenitude tleorgulhei du|cissimõ,úmadilãtaçiipdepersonalidade, de vida, de confiançaem si, que o poz nervoso e contem-plativo, ante as flores que a aurorailluminava.;

    As musicas e a brisa da manhSergueram-se ao mesmo tempo nohorizonte. Os animaes diurnos fo-ram abrindo as suas pupilas, asaves pipilaram de encantadas, vol-tando-se para o levante, enttintè-cidas as suas pequenas cornamtisas.Sob transparente névoa, o rio pa-recia ..de éstarihó levemente ênibá-ceado;' depois, mergulharam nelleos esplenilore; do vapor e nelle sereflectíu um mundo de fôrmas ematizes. Os cimos dos grandes cliou-poi e das pequenas gramiueas da

    planície estremeceram, ao mesmohálito quente de vida. O sol já seelevava acima da floresta distante,c os seus raios estiravam-se pelovalle, entremeados tle sombras dearvores delgadas e intermináveis. Ohomem estendia os braços, numareligiosidade vaga, sem culto deter-minado, coniprelieíidendo a força ea eternidade ilo sol, e o ephemeroda sua personalidade. Depois, teveum grito, o seu grito de friuinpho:• -Eô! Eò! - -

    E, á borda da caverna, appare-ceram os homens.

    irA horda

    Aos sorrisos da manhã', quando aaragerfi afagava, regehèradora evoluptuosa, o rio e a planice, oslições tia primeira refeição extiu-guiam-sèá beira da caverna dos lio-meus.

    A arvore-sepuicro (1), de cem eu-bitos de alio, estendia os seus lira-ços, cheios de esqueletos pálliclós,de trogloditas extiuctos. Ao frouxoembate da viraçáo, o óssttario aéreoemittia cânticos suspirosos, eufo-niàs silabicas; e um velho, apoiati-do o tronco em os calcanhares,punha os olhos présbitos eni faesou taes craiieps que surgiam tle eu-tre ás .sombras ramusctilares, re-construía iueuíalmen':e os atinaesdetal ou tal caçador glorioso, dc »talou tal companheiro da mociilade,devorado pelo nada.

    A ítora tle Pzünns, espalhada, re-sentia-se do encanto daqtteila hora.As creanças saltavam pelo campo,atq.á fronteira das agitas ; entre ossalgueiros, misteriosamente, algu-ma rapariga seminua avivava asua frescura c os seus enfeites,enlaçava as ondas fttlvas dos seuscábellos ; os homens compraziaut-se em projectos de caça ou de tra-baiho, quasi todos- corpulentos enitisctilosos, de craneos alongadose cheios de energias belicosas. Em

    (I) Rcitrtvsí 1 autor ã arvore, qa; os no-tii:iil?3