,
DIARIORepública Federativa do Brasil
DO CONGRESSO NACIONALSEÇÃO I
ANO XL - N9 062 CAPITAL FEDE~AL7-". ~r· .- --=e :a
CONGRESSO NACIONAL
SÁBADO, 8 DE JUNHO DE 1985
(*) Faço saber que o Congresso Nacional aprovou, nos termos do art. 44, item I, da Constituição, e eu, José Fragelli,Presidente do Senado Federal, promulgo o seguinte
DECRETO LEGISLATIVO N9 lO, DE 1985
Aprova o texto do Acordo sobre Cooperação no Campo da Ciência e da Tecnologia entre o Governo da Repúblic~ Federativa do Brasil e o Governo do Japão, concluído em T6quio, a 25 de maio de 1984.
Art. I 9 É aprovado o texto do Acordo sobre Cooperação no Campo da Ciéncia e da Tecnologia entre o Governo daRepública Federativa do Brasil e o Governo do Japão, concluído em Tóquio, a 25 de maio de 1984.
Parágrafo único. Quaisquer atos ou ajustes complementares de que possam resultar revisão ou modificação do presente Acordo ficam sujeitos à aprovação do Congresso Nacional.
Art. 29 Este Decreto Legislativo entra em vigor na data de sua publicação.
Senado Federal, em 7 de junho de 1985. - Senador José Fragelli, Presidente.
C*) O Texto dcste acordo acompanha a publicação no nCN (Seção lI) dc 8-6-85.
CÂMARA DOS DEPUTADOSSUMÁRIO
1 - ATA DA 62' SESSÃO DA 3' SESSÃO LE·GISLATIVA DA 47' LEGISLATURA EM 07DE JUNHO DE 1985.
I - Abertura da Sessão
II - Leitura e assinatura da ata da sessão anterior
III - Leitura do Expediente
PROPOSTA DE EMENDA Â CONSTITUIÇÃO
Do Sr. Dcputado Del Bosco Amaral e outros.
IV - Pequeno Expediente
JOÃO GILBERTO - Ameaça de fechamento dasminas de cobre de Camaquã, Estado do Rio Grandedo Sul.
RENATO JOHNSSON - Industrialização e comercialização do trigo.
NILSON GIBSON - Indicação de Caruaru, Estado de Pernambuco, para sede de próxima reuniãodo Conselho Deliberativo da SUDENE.
GOMES DA SILVA - Destinação, pelo Bancodo Nordeste, de recursos para a agropecuária do sudoeste do Estado do Ceará.
SIQUEIRA CAMPOS - Pa.vimcntação do trechogoiano da Transamazônica.
PAULO GUERRA - Nomeação dos Governadores dos Territórios Federais.
HERMES ZANETI - Greve dos professores doEstado dp Rio Grande do Sul.
JONATHAS NUNES - Instalação de agência doBanco do Brasil em Padre Marcos, Estado do Piauí.
TIOEI Ii>E LIMA - Reajuste dos vencimentos dofuncionalismo público do Estado de São Paulo.
JOÃO PAGANELLA - Documento da Associação de Hospitais do Estado de Santa Catarinasobre situ!(ção dos hospitais do Estado.
JORGE ARBAGE - Recuperação da Trasamazónica.
AMAURY MÜLLER - Prorrogação do prazodc vencimento dos financiamentos <je custeio da sqja.
JOSÉ J(j)RGE - Política habitacional.
JOSÉ MENDONÇA PE MORAIS - CinqUentcnário da iijstituição internacional Alcoólicos Anônimos.
JOSÉ FREJ~T - ReconhecImento, pelo Brasil,.da República Arabe Saharaui Democrática.
JOSÉ DE MOURA - Homenagem à memóriá dopoeta Asc~nso Ferreira.
PAULO ZARZUR - Apoio interpartidário paraaprovação do Projeto dc Lei n' 4.303, de 1984.
ANTONIO AMARAL - Discurso dó·Sr. Antônio Oliveira Santos por ocasião da visita do Ministroda Indústria c do Comercio à Confederação Nacional do Comercio.
JORGEiARBAGE - Comunicaçao, como Líder,sobre convocação da Assembléia Nacional Olnstituinte.
5766 Sábado 8
v - Grande Expediente
SIQUEIRA CAMPOS (Retirado pelo orador pararevisão.) - Politica Agrícola.
JORG E ARBAGE - As medidas anunciadas pelaNova República.
ANTÔNIO CÂMARA - Quadro institucional.Recuperação da economia nacional.
DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I)
VALMOR GIAVARINA - Política Agrícola governamental.
SIQUEIRA CAMPOS - Uso da palavra nos termos do Art. 93, VIII; do Regimento Comum,
JOSÉ FERNANDES - Desempenho econômicoda Nova República.
VI - Designação da Ordem do Dia
Junho de 1985
VII - Encerramento
2 - MESA (Relação dos mem bros)3 - LIDERES E VICE-LfDERES DE PARTI·
DOS (Relação dos membros)4 - COMISSÕES (Relação dos membros das
Comissões Permanentes, Especiais, Mistas ede Inquérito)
5-ATA DAS COMISSÕES
Ata da 62~ Sessão, em 7 de junho de 1985Presidência dos Srs: José Frejat. 4v-Secretário; José Ribamar Machado, Suplente de Secretário.
ÀS /3:00 HORAS COMPARECEM OS SENHORES:
Ulysses GuimarãesHumberto SoutoCarlos WilsonHaroldo SanfordLeur LomantoEpÍtúcÍo CafeteiraJosé FrejatJosé Ribamar MachadoOrestes Mu nizBete MendesCelso Amaral
Acre
Alércio Dias - PFL; Aluízio Bezerra - PMDB;Amilcar de Queiroz - PDS; Geraldo Fleming PMDB; José Mello - PMDB; Nosser Almeida - PDS;Wildy Vianna - PDS.
Amazonas
Arthur Virgílio Neto - PMDB; Carlos Alberto deCarli - PMDB; José Fernandes - POS; Josué de Souza- PDS; Mário Frota - PMDB; Randolfo Bittencourt- PMDB; Ubaldino Meirelles - PFL; Vivaldo Frota- PFL.
Rondônia
Assis Canuto - PDS; Francisco Sales - PDS; Leônidas Rachid - PDS; Múcio Athayde - PMDB; OlavoPires - PMDB; Orestes Muniz - PMDB
Pará
Ademir Andrade - PMDB; Antônio Amaral- PDS;Benedicto Monteiro - PMDB; Brabo de Carvalho PMDB; Carlos Vinagre - PMOB; Dionisio Hage PFL; Gerson Peres - PDS; João Marques - PMDB;Jorge Arbage - PDS; Lúcia Viveiros - PDS; ManoelRibciro - PDS; Osvaldo Melo - PDS; Sebastião Curió- PFL; Vicente Queiroz - PMDB.
Maranhão
Bayma Júnior - PDS; Cid Carvalho - PMDB; Edison Lobão - PDS; Epitácio Cafeteira - PMDB; EuricoRibeiro - PDS; Jayme Santana - PFL; João Alhertode Souza - PFL; João Rebelo - PDS; José BurnettPDS; José Ribamar Machado - PDS; Magno Bacelar- PFL; Nagib HaickeI - PDS; Sarney Filho - PFL;Vieira da Silva - PDS; Victor Trovão - PFL; WagnerLago - PMDB.
Piauí
Celso Barros - PFL; Ciro Nogucira - PMDB; Correa Lima - PFL; Heráclito Fortes - PMDB; JônathasNunes - PFL; José Luiz Maia - PDS; Tapcty Júnior- PFL; Wall Ferraz - PMDB.
Ceará
Aécio de Borba - PDS; Antônio Morais - PMDB;Carlos Virgílio - PDS; Chagas Vasconcelos - PMDB;Claudino Sales - PFL; Cláudio Philomeno - PDS;
Evandro Ayres de Moura - PFL; Flávio Marcílio PDS; Furtado Leite - PFL; Gomes da Silva - PDS;Haroldo Sanford - PDS; Leorne Belém - PDS; Manoel Gonçalves - PDS; Manuel Viana - PMDB; Marcelo Linhares - PDS; Ma uro Sampaio - PDS; MoysésPimentel - PMDB; Orlando Bezerra - PFL; OssianAraripe - PDS; Paes de Andrade - PMDB; Sérgio Philomeno - PDS.
Rio Grande do Norte
Agenor Maria - PMDB; Antônio Câmara PMDB; Antônio Florêncio - PFL; Henrique EduardoAlves - PMDB; Jessé Freire - PFL; João FaustinoPFL; Vingt Rosado - PDS; Wanderley Mariz - PDS.
Par3lôa
Adauto Pereira - PDS; Aluízio Campos - PMDB;Âlvaro Gaudêneio - PFL; Antônio Gomes - PDS;Carneiro Amaud - PMDB; Edme Tavares - PFL; Ernani Satyro - PDS; Joacil Pereira - PDS; João Agripino - PMDB; José Maranhão - PMDB; RaymundoAsfora - PMDB; Tarcísio Buriti - PFL.
Pernamhuco
Arnaldo Maciel- PMDB; Carlos Wilson - PMDB;Egídio Ferreira Lima - PMDB; Geraldo Melo - PFL;Gonzaga Vasconcelos - PFL; Inocêncio Oliveira PFL; Jarbas Vasconcelos - PMDB; João Carlos deCarli - PDS; José Carlos Vasconcelos - PMDB; JoséJorge - PFL; José Mendonça Bezerra - PFL; JoséMoura - PFL; Josias Leite - PDS; Mansueto de Lavor- PMDB; Maurílio Ferreira Lima - PMDB; MiguelArraes - PMDB; Nilson Gibson - PFL; Oswaldo Coelho - PFL; Oswaldo Lima Filho - PMDB; Pedro Corrêa - PDS; Ricardo Fiuza - PDS; Roberto FreirePMDB; Sérgio Murilo - PMDB; Thales Ramalho PFL.
Alagoas
Albérico Cordeiro - PDS; Djalma Falcão - PMDB;Fernando Collor - PDS; Geraldo Bulhões - PDS; JoséTIlOmaz Nonô - PFL; Manoel Affonso - PMDB; Nelson Costa - PDS; Renan Calheiros - PMDB.
Sergipe
Adroaldo Campos - PDS; Augusto Franco - PDS;Celso Carvalho - PDS; Francisco Rollemberg - PDS;Gilton Garcia - PDS; Hélio Dantas - PFL; JacksonBarreto - PMDB; Walter Baptista - PMDB.
Bahia
Afrísio Víeira Lima - PDS; Angelo Magalhães PDS; Antônio Osório - POS; Djalma Bessa - PDS;Domingos Leonelli - PMDB; Elquisson Soares PMDB; Etelvir Dantas - PDS; Felix Mendonça PDS; Fernando Gomes - PMDB; Fernando Magalhães- POS; Fernando Santana - PMDB; França Teixeira- PFL; Francisco Bcnjamim - PFL; Francisco Pinto- PMDB; Genebaldo Correia - PMDB; GorgônioNeto - PDS; Haroldo Lima - PMDB; Hélio Correia- PDS; Horácio Matos - PDS; Jairo Azi - PDS; JoãoAlves - PDS; Jorge Medauar - PMDB; Jorge Vianna
- PMDB; José Lourenço - PFL; José Penedo - PDS;Jutahy Júnior - PDS; Leur Lomanto - PDS; ManoelNovaes - PDS; Marcelo Cordeiro - PMDB; MârioLima - PMDB; Ney Ferreira - PDS; Prisco VianaPDS; Raymundo Urb:lllo - PMDB; Raul Ferraz PMDB; Rômulo Galvão - PDS; Ruy Bacelar - PFL;Virgildásio de Senna - PMDB; Wilson Falcão - PDS.
Espírito Santo
Hélio Manhães - PMDB; José Carlos Fonseca PDS; Max Mauro - PMDB; Myrthes Bevilacqua PMDB; Nyder Barbosa - PMDB; Pedro Ceolim PDS; Stélio Dias - PFL; Theodorico Ferraço - PFL;Wilson Haese - PMDB.
Ri" de .Janeiro
Abdias Nascimento - PDT; Agnaldo Timóteo PDT; Alair Ferreira - PDS; Aloysio Teixeira PMDIÍ; Ãlvaro Valle .- PFL; Amaral Netto - PDS;Arildo Teles - PDT; Bocayuva Cunha - PDT; CarlosPeçanha - PMDB; Celso Peçanha - PFL; Clemir Ramos - PDT; Darcílio Ayres - PDS; Daso CoimbraPMDB; Délio dos Santos - PDT; Denisar Arneiro PMDB; Eduardo Galil - PDS; Fernando CarvalhoPTB; Figueiredo Filho - PDS; Francisco Studart PFL; Gustavo Faria .- PMDB; Hamilton Xavier PDS; Jaeques D'Ornellas - PDT; JG de Araújo Jorge- PDT; Jiúlio Caruso - PDT; Jorge Cury - PMDB;Jorge Leite - PMDB; José Colagrossi - PDT; José Eudes - PT; José Frejat - PDT; Lázaro Carvalho PFL; Léo Simões - PFL; Leônidas Sampaio - PMDB;Marcelo Medeiros -- PMDB; Márcio Macedo PMDB; Mário Juruna - PDT; Osmar Leitão - PDS;Roberto Jefferson - f'FL; Rubem Medina - PFL; Saramago Pinheiro - PDS; Sebastião Ataíde - PFL; Sebastião Nery - PDT; Sérgio Lomba - PDT; SimãoSessim - PFL; Walter Casanova - PFL; Wilmar Palis- POSo
Minas Gerais
Aécio Cunha - PFL; Aníbal Teixeira - PMDB; Antônio Dias - PFL; Bonifácio de Andrada - PDS; Carlos Eloy - PFL; Cássio Gonçalves - PMDB; CastejonBranco - PFL; Christóvam Chiaradia - PFL; DarioTavares - PMDB; Emílio Gallo - PFL; Emílio Haddad - PDS; Fued Dib - PMDB; Gerardo RenaultPOS; Homero Santos -- PFL; Humberto Souto - PFL;Israel Pinheiro - PFL; Jairo Magalhães - PFL; JoãoHerculino - PMDB; Jorge Carone - PMDB; JorgeVargas - PMDB; José Carlos Fagundes - PFL; JoséMachado - PFL; Jos" Maria Magalhães - PMDB; José Mendonça de Morais - PMDB; José Ulisses PMDB; Juarez Baptista - PMDB; Júnia Marise PMDB; Luis Oulci - PT; Luiz Guedes - PMDB; LuizLeal - PMDB; Manoel Costa Júnior - PMDB; Marcos Lima - PMDB; Mário Assad - PFL; Mário deOliveira - PMDB; Maurício Campos - PFL; Melo Freire- PM DB; Milton ReiA - PMOB; Navarro Vieira Filho- PFL; Oscar Corréa Júnior - PFL; Oswaldo Murta- PMDB; Paulino Cícero de Vasconcellos - PFL; Pi-menta da Veiga - PMDB; Raul Belém - PMDB; RaulBernardo - PDS; Ronaldo Canedo - PFL; Ronan Tito
Junho de 1985
- PMDB: Rosemburgo Romano - PMDB: Sérgio Ferram - PMDB: Vicente Guabiroba - PDS; Wilson Vaz- PMDB.
São Paulo
Adail Vettorazzo - PDS; Airton SandovaI- PMDB;Alberto Goldman - PMDB; Alcides Frauciscato PFL; Armando Pinheiro - PDS; Aurélio Peres PMDB: Bete Mendes - PT; Cardoso Alves - PMDB;Celso Amaral - PTB; Cunha Bueno - PDS; DarcyPassos - PMDB; Del Bosco Amaral- PMDB; DjalmaBom - PT; Diogo Nomura - PFL; Doreto Campanari- PMDB; Eduardo Matarazzo Suplicy - PT; Farabulini Júnior - PTB; Felipe Cheidde - PMDB; FerreiraMartins - PDS; Flávio Bierrenbach - PMDB; Francisco Amaral- PMDB; Freitas Nobre- PMDB; GastoneRighi - PTB; Gióia Júnior - PDS; Herbert Levy PFL; Horácio Ortiz - PMDB; Irma Passoni - PT; Israel Dias-Novaes - PMDB; João Bastos - PMDB;João Cunha - PMDB; João Herrmann Neto - PMDB;José Camargo - PFL; José Genoíno - PT; MalulyNeto - PFL; Marconde, Pereira - PMDB; MárioHato - PMDB; Mendes Botelho - PTB; MendonçaFalcão - PTB; Moacir Franco - PTB; Natal GalePFL: Nelson do Carmo - PTB; Oetaeílio de AlmeidaPMDB; Pacheco Chaves - PMDB; Paulo Maluf PDS; Paulo Zarzur - PMDB; Raimundo Leite PMDB; Ralph Biasi - PMOB; Renato Cordeiro PDS; Ricardo Ribeiro - PFL; Roberto RollembergPMDB; Salles Leite - PDS; Salvador Julianelli - PDS;Samir Achôa - PMDB; Theodoro Mendes - PMDB;Tidei de Lima- PMDB; Ulysses Guimarães - PMDB.
Goiás
Aldo Arantes - PMDB; Brasílio Caiado - PDS;Fernando Cunha - PMDB; Genésio de Barros PMDB; Ibsen de Castro - PDS; Iram Saraiva PMDB; lrapuan Costa Júnior - PMDB; Iturival Nascimento - PMDB: Jaime Câmara - PDS; João Divino- PMDB; Joaquim Roriz - PMDB; Juarez Bernardes- PMDB; Paulo Borges - PMDB; Siqueira Campos-PDS; Tobias Alves - PMDB; Wolney Siqueira - PFL.
Mato Grosso
Cristino Cortes - PDS; Dante de Oliveira - PMDB;Gilson de Barros - PMDB; Maçao Tadano - PDS;Mârcio Lacerda - PMDB; Milton Figueiredo PMDB; Valdon Varjão - POSo
Mato Grosso do Sul
Harry Amorim - PMDB; Levy Dias - PFL; PlínioMartins - PMDB; Ruben Figueiró - PMDB; SauloQueiroz - PFL: Sérgio Cruz - PMDB; Ubaldo Barém- PDS.
Paraná
Alceni Guerra - PFL; Alencar Furtado - PMDB;Amadeu Geara - PMDB; Anselmo Peraro - PMDB;Antônio Mazurek - PDS; Antônio Ueno - PFL; Aroldo Moletta - PMDB; Ary Kffuri - PDS; Borges daSilveira - PMDB; Celso Sabóia - PMDB; Dilson Fanehin - PMDB; Fabiano Braga Cortes - PFL; HélioDuque - PMDB; Irineu Brzesinski - PMDB; !taloConti - PFL; José Carlos Martinez - PDS; José Tavares - PMOB; Léo Neves - PDT; Luiz Antônio Fayet- PFL; Mattos Leão - PMDB; Norton Macedo PFL; Oscar Alves - PFL; Oswaldo Trevisan - PMDB;Otâvio Cesário - PDS; Paulo Marques - PMDB; Pedro Sampaio - PMDB; Reinhold Stephanes - PFL;Renato Bernardi - PMDB; Renato Johnsson - PDS;Renato Loures Bueno - PMDB; Santinho FurtadoPMDB; Valmor Giavarina - PMDB; Walber Guimarães - PMDB.
Santa Catarina
Artenir Werner - PDS; Casildo Maldaner - PMDB;Dirceu Carneiro - PMDB; Epitâcio Bittencourt PDS' Ernesto de Marco - PMDB; Evaldo Amaral PFL~ Fernando Bastos - PFL; Ivo Vanderlinde PMDB; João Paganella - PDS; Luiz Henriq~c PMDB; Nelson Morro - PDS; Nelson WedekIll PMDB' Paulo Melro - PFL; Pedro Colin - PFL; Renato Vianna - PMDB: Walmor de Luca - PMDB.
OlÁ RIO DO CONG RESSO NACIONAL (Seção I)
Rio Grande do Snl
AIdo Pinto - PDT: Amaury Müller - PDT; AugustoTrein - PDS: Balthazar de Bem e Canto - PDS; DareyPozza - PDS; Emídio Perondi - PDS; Floriceno Paixão - PDT; Guido Moesch - PDS; Hermes Zaneti PMDB; Hugo Mardini - PDS; Ibsen Pinheiro PMDB; Irajá Rodrigues - PMDB; [rineu Colato PDS; João Gilberto - PMDB; Jorge Uequed PMDB; José Fogaça - PMDB; Júlio Costamilan PMDB; Lélio Souza - PMDB; Matheus Schmidt PDT: Nadyr Rossetti - PDT; Nelson Marchezan PDS; Nilton Alves - PDT; Oly Fachin - PDS; Osvaldo Nascimento - PDT; Paulo Mincarone - PMDB;Pedro Germano - PDS; Pratini dc Morais - PDS;Rosa Flores - PMDB; Rubens Ardenghi - PDS; Siegfried Heuser - PMDB; Sinval Guazzclli - PMDB; Victor Faccioni - PDS.
Amapá
Antônio Pontes - PFL; Clarck Platon - PDS; Geovani Borges - PFL; Paulo Guerra - PDS.
Roraima
Alcides Lima - PFL; João Batista Fagundes - PDS:Júlio Martins - PDS; Mozarildo Cavalcanti - PFL.
o SR. PRESIDENTE (José Frejat) - A (ista de presença acusa o comparecimento de 129 Senhorcs Deputados.
Está aberta a sessão.Sob a proteção de Deus iniciamos nossos trabalhos.O Sr. Secretário procederá à leitura da Ata da sessão
anterior.II - Ü SR. NILSON GIBSON, servindo como 2'
Secretário procede à leitura da Ata da sessão antecedente. a qual é. sem observações. assinada.
O SR. 'PRESIDENTE (José Frejat) - Passa-se à leitura do expediente.
O SR. ARüLDü SANFORD, lO-Secretário procede:'ileitura do seguinte.
111 - EXPEDIENTEPROPOSTA DE EMENDA
A CONSTITUIÇÃO
Modifica os artigos 42, 62 e 170 da ConstituiçãoFederal.
As Mesas da Câmara dos Deputados e do Senado Federal. nos termos do artigo 49 da Constituição Fcderal,promulgam a seguintc Emenda ao texto constitucional.
Ar!. I' Os artigos 42, IH e 62 passam a vigorar coma seguinte redação:
"Ar!. 42. .. .lU - aprovar. previamente, por voto secreto, a
escolha de magistrados. nos casos determinadospela Constituição. dos Ministros do Tribunal deContas da União, do governador do Distrito Federal, dos Conselheiros do Tribunal de Contas do Distrito Federal. dos Chefes de missão diplomática decaráter permanente, do presidente e diretores doBanco Central do Brasil, bem como dos dirigentesde entidades estatais e de agências de desenvolvimento regionaL"
"Art. 62. O orçmnento an ual compreenderáobrigatoriamente as despesas e receitas relativas atodos os Poderes, órgãos e fundos, inclusive entidades estatais da administração indireta. excluídasapenas aquclas que não recebam subvenções outransferências à conta do orçamento."
Ar!. 20 O artigo 170 passa a vigorar acrescido dosseguintes parágrafos:
"§ 4' A criação de empresa pública. ou de subsidiária de empresa existente com participação decapital da União superior a· 20%, dependerá deaprovação do Congresso Nacional."
§ 5' Ao final de cada Legislatura. o CongressoNacional estabelecerâ, com os devidos prazos. asentidades estatais que devam ser privatizadas ou liquidado" ""Tante a Legislatura seguinte."
Sáhado 8 5767
Justificação
Embora o estado tenha começado a se interessar pelasentidades estatais já na década de 1930. pode-se afirmarcom certeza que o fenômeno de expansão vertiginosadesse tipo de organização é dos nossos dias. Assumiu carâter epidémico a partir de 1969 e atingiu o ápice no governo Geisel.
Hoje as estatais, principalmente as empresas públicas,são responsáveis por um orçamento da ordem de trezentos trilhões de cruzeiros. E são também grandes devedoras. De modo geral. não dão lucros e estão sempre dependendo de repasses do orçamento fiscal da União,para tapar os rombos deixados pela ineficiência e pelacorrupção. Apenas à guisa de exemplo, é bom lembrarque, contrariando todos os compromissos. com ~ FMI(no sentido de reduzir a expressão d? defielt l~úb~ICO), ?governo Federal repassou às estatats, no pTl~elrO tTlmestre deste ano, cerca de 1,5 trilhào de cruzeiros.
O fato é que as estatais se transformaram de repenteem um estado dentro do estado brasileiro: incontrolável,voraz. emperrado e contraditlÍrio_
O Congresso Nacional não pode ficar alheio a esse fenômeno. tendo de encontrar meios institucionais parapôr cobro a essa situação, seja freando a capacidade de oPoder Executivo criar. a seu bel-prazer. emptesas públicas, seja at~ibuindo à Câmara dos Deputados e ao Senado Federal competência e podcres para fiscalizar o usodos dinheiros públicos carreados para essas entidades oupara controlar os seus orçamentos e, até mesl1lo, a extensão de sua existência.
A proposta de emenda à Constituição que ora submeto aos meus colegas visa exatamente a introduzir em nosw meio mecanismos institucionais capazes de favorecerum controle mais satisfatório da ação das estatais, comopor exemplo, a aprovação, pelo Senado Federal, da indicação de nomes para cargos de direção e a aprovação doorçamento desses organismos: a paulatina obsorção dessas entidades ao meio privado, segundo critério fixadopelo Congresso Nadonal, e outros.
Além disso. a proposta enquadra, também o aspectoda nomeação dos dirigentes de agências de desenvolvimento regional e a direção do Banco Central do Brasil,as quais passam a depender de aprovação do Senado Fe-deral. '
Por tudo isso. estou convicto de que os roeus nobresPares apoiarão entusiasticamente e proposta em tela,aprovando-a nos termos regimentais.
Sala das Sessões, de 1985.
DEPUTADOS: Del Bosco Amaral- Darcílio Ayres- Paulo Marques - Theodoro Mendes - José Moura- Abdias Nascimento (apoiamento) - Dionísio Hage- Ralph Biasi - Guido Moesch - Eduardo MatarazzoSupliey - Ciro Nogueira - Nosser Almeida - Francisco Erse - Hélio Duque - Gastone Righi - Lélio Souza - Márcio Braga - Valmor Giavarina - Nyder Barbosa - Juarez Batista - Carlos Eloy - Sebastião Ataíde - Jorge Medauar - Leorne Belém - [srael DiasNovacs - Nadyr Rossetti - Manocl Costa Júnior Raimundo Leite - João Herrmann Neto - SinvalGuazzelJi - Hélio Manhães - Pedro Sampaio - HarryAmorim - Ivo Vanderlinde - Nelson do Carmo Mauro Sampaio - Carlos Mosconi - Sérgio FerraraInocêncio Oliveira - Gctacílio de Almeida - Celso Sabóia - Figueiredo Filho - Luiz Guedes - CastejonBranco - José Carlos Fagundcs - Aécio Cunha Aluízio Campos - Márcio Santilli - EmHio Gallo Henrique Eduardo Alves - Juarez Bernardcs - RenatoLoures Bueno - Luíz Dulci - Daso Coimbra - Epítácio Cafeteira - Floriceno Paixão - Cid Carvalho - José Ribamar Machado - Evandro Ayres de Moura Clarck Platon - Walmor de Luca - Francisco Benjamim - Irapuan Costa Júnior - Ibsen Pinheiro - IrajáRodrigues - José Carlos Teixeira - Jorge Vianna Jorge Uequed- Farabulini Júnior - José MaranhãoMyrthes Bevilacqua - Celso Barros (apoiamento) Genehaldo Correia - Etelvir Dantas - Denisar Arneiro - Norton Macedo - Maçao Tadano - OsvaldoNascimento - Alceni Guerra - José Lourenço - Geovani Borges - Pimenta da Veiga - Luiz Baccarini Lázaro Carvalho - Tapety Júnior - Pedro Germano- Albino Coimbra - Júlio Martins - Domingos Leonelli - Mozarildo Cavalcanti - Alcides Lima - Navarro Vicira Filho - Siegfried Heuser - Siqueira Cam-
5768 Sábado 8
pos - Fernando Cunha - Airton Sandoval - JoãoGilberto - Paulo Borges - Fued Dib - Wagner Lago- Jacques D'Orncllas - Arthur Virgílio Neto - Wilson Vaz - Aécio de Borba - Gomes da Silva - Amaury Müller- Paes de Andrade- Álvaro Valle - Homero Santos - Egídio Ferreira Lima - Heráclito Fortes- Ronaldo Campos - Aldo Arantes - João Paganella- Francisco Amaral - Agnaldo Timóteo - CláudioPhilomeno - João Alberto de Souza - Haroldo Lima- Celso Amaral - Manuel Viana - Manoel Affonso- Reinhold Stephanes - Maurílio Ferreira Lima -Ademir Andrade - Fernando Collor - Sérgio CrllZJosé Fernandes - Jorge Vargas - Irineu Brzesinski Alércio Dias - Ernesto de Marco - Cristóvam Chiaradia - José Luiz Maia- Paulo Guerra-José MelloHorácio Ortiz - Magno Bacelar - Dilson Fanehin Valdon Varjão - Alencar Furtado - Francisco DiasSantinho Furtado - Aroldo Moletta - Arildo Teles
.Salvador Julianelli - Félix Mendonça - Victor Faccioni - Jorge Arbage - Fernando Bastos - Nilton Alves- Casi1do Maldaner - Rubem Medina - João Rebelo- Arnaldo Maciel - Amílcar de Queiroz - Celso peça-nha - Ary Kffuri - José Ulisses -Paulo Zarzur Milton Figueiredo - Geraldo Flcming - João Faustino.
SENADORES: Marcondes Gadelha - Carlos Chiarelli - Marcelo Miranda - Alberto Silva - Severo Gomes - Henrique Santillo - Passos Pôrto - HumbertoLucena - Roberto Saturnino - Mauro Borges - JoséIgnácio Ferreira - Fábio Lucena - Gastão Müller Alexandre Costa - Guilherme Palmeira - Hélio Gueiros - Lomanto Júnior - João Castelo - RaimundoParcnte - Roberto Wypyeh - Altevir Leal - ÃlvaroDias - Nelson Carneiro,
o SR. PRESIDENTE (José Frejat) - Está finda a lei-tura do expediente.
IV - Passa-se ao Pequeno Expediente.Tem a palavra o Sr. João Gilberto.
O SR. JOÃO GILBERTO (PMDB - RS. Pronunciao seguinte discurso.) - Sr. Presidente. Srs. Deputados,mais uma vez surgcm especulações em torno de umpossível fechamento das minas de cobre de Camaquã,que a Companhia Brasileira de Cobre administra noMunicipio de Caçapava do Sul, no Rio Grande do Sul.Desta vez. alega-se a falta de competitividade do cobreali prodllZido. quando colocado na indústria do centrodo País, com o cobre importado.
I As minas de Camaquã, hoje produzindo cobre tanto acéu abcrto, ~omo nas galerias subterrâneas, foram exploradas por Pignatari e depois assumidas pelo Poder Público através da Companhia Brasileira de Cobre.
Sua história está marcada por períodos de investimen·tos e alguns de abandono, o que ocasionou perda dos recursos investidos.
Hoje não só questães de produção, mas principalmente de transporte do cobre é que encarecem e tornam esseproduto de Camaquã na indústria final mais caro do queo importado.
Fechar o Brasil suas minas de cobre e somenteimportá-lo não nos parece correto. Mais uma vez, comoocorre com o petróleo e com outros produtos, o País nofuturo será surprecndido por crises internacionais e ficará em situação difícil. Se temos o minério cm nosso solo,dcvemos ter um esquema de exploração racional, mesmoque, às vezes. mais caro que a importação. O que se im
.põe, no caso das minas de cobre de Camaquã, são estudos c medidas profundas para baratear especialmente otransporte.
Ao alertar para os riscos, prejuízos econômicos e graves conseqüências sociais regionais que adviriam donovo fech:unento das minas de Camaquã e ao reclamarpara elas um cronograma racional de produção e de modernização, scm estas paralisações que já causaramsérios danos no passado, des'\iamos também chamar aatenção, como o fizcmos em outras oportunidades, paraas potencialidades de um distrito mineral no Rio Grandedo Sul ainda não explorado dc forma dinâmica. Caçapava do Sul e os municípios em torno dele, como Santanada Boa Vista, EncruziUlada do Sul, São Sepé, Cachoeirado Sul, São Gabriel, Dom Pedrito, Bagé e Lavras do Sulpossuem grandes reservas de mincrais. Nesta área geológica são explorados o ouro, o cobre, o talco, o calcário, ._
DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I)
Existe uma espetacular reserva de xisto betuminoso já estudada. E alvarás de pesquisa deferidos para a investigação de mais de outra dezena de minérios. inclusive ocarvão c a prata. Os órgãos governamentais deveriam fazer uma investigação mais ampla c mais completa em região tão rica.
O SR. RENATO JOHNSSON (PDS - PRo Pronuncia o seguinte discurso.) - Sr. Prcsidcnte. Srs. Deputados, nos inúmeros projetos versando sobre política dotrigo que tramitaram por esta Casa nos últimos anos,observa-se por parte dos legisladores uma constantepreocupação com os efeitos danosos do elevado subsídioconcedido pelo Governo Federal aos consumidores docercai.
Examinando a matéria, constatamos que O déficit verificado na conta."Trigo" ocorre exclusivamente emfunção do subsídio vigente desde 1972, por decisão governamental, objetivando contrabalançar os efeitos inflacionários sobre a economia.
Os técnicos governamentais sabem que o subsídio aoconsumo do trigo passou a integrar a história da nossaeconornia1 como medida de emergência e provisória, emsubstituição ao percentual de equiparação de preços instituído pelo Decreto n.60.698, de 1967, cuja aplicação setornou inviável, por não atender aos propósitos da política antiinflacionária do Governo.
Nos últimos treze anos, com o agravamento da conjuntura econômico-financeira do País, o subsídiodescaracterizou-se como medida econômica, paratransformar-se em eficiente instrumento de atuação voltada para o campo social, visando praticamente ao congelamento dos preços da farinha de trigo, em benefíciodas elasses econômicas de menor poder aquisitivo.
Nessas condições. na falta de outro produto disponível no mercado agricola, foi possível ao Governo manteralimentada a nossa população, principalmente a atingidapelas secas e enchentes verificadas ultimamente no Brasil.
Na atualidade, as opiniões sào contraditórias entre osque defendem a retirada do subsídio e aqueles que a receiam, pelas conseqüências sociais que a sua repentina~liminação acarretaria.
Apesar de impopular, somos inteiramente favoráveis àeliminação gradual do subsidio, como instrumento eficaz no controle das taxas de inflação, mediante o simplescumprimento do estabelecido no Decreto n' 60.698, de 85· 1967, que trata da equiparação de preços entre o trigonacional e O importado.
Verificamos, assim, prescindirmos de qualqucr outrodocumento legal, para disciplinarmos a matéria.
Temos plena convicção de que os baixos preços da fa·rinha de trigo não contribuíram para a substituição doconsumo do milho. feijão e arroz, no hábito alimcntar denosso povo. Na realidade, o que ocorreu foi a escassezdesses produtos, pela existência de uma política agrícolaque estim UIOU a produçào destinada ao mercado externo, como soja, açúcar, algodão etc., em detrimento daslavouras de subsistência. que poderiam substituir parcialmente o consumo do trigo.
Alicerçamos cssa nova assertiva no fato de que, nãoobstante exista um consumo efetivo de, aproximadamente, 6 milhõcs de toneladas de trigo, anualmente, o Governo Federal vem recorrendo. também, ã importação demilho, feijão e arroz, para suprir as neec,<sidades de eon·sumo do País, pois as safras desses grãos têm sido insuficientes para nosso abastecimento.
Nas análises críticas da atual política do trigo, tem-seimputado ao Decreto-lei n. 210, de 27-2-1967. a responsabilidade pela vigência do subsídio de preços concedidoaos consumidorcs do cereal e por outras distorções. Todavia, o referido documento teve o mérito de evitar a desenfreada cxpansão da capacidade de industrializaçãodos moinhos que, em 1967. já atingia 10 milhões de toneladas, para um consumo de 2,5 milhões de toneladas,com um percentual de ociosidade de 75%. Na atualidade,industrializamos uma quantidade idéntica à que consumimos, ou seja. 6 milhões de toneladas.
Cumpre-nos, ainda, alertar para o fato de que, por falta dcssc disciplinamento, temos, atualmente, um parquede esmagamento de oleaginosas com capacidade anual
_de industrialização de 27 milhõcs de toneladas, para umaprodução de grãos que não atinge 16 milhões.
J unho de 1985
Com a carência de recursos financeiros de nosso Pais,cabe às nossas autoridades da área cconômica fixar prio·ridades para os recur~;os destinados a investimentos nosetor da indústria, o 'iue não ocorreu na instalação domencionado parque ind ustrial.
Como já tivemos oportunidades de afirmar, a CentralSul é a maior intercssada cm modificar a atual políticado trigo, através de gestões mantidas pelo Feeotrigo. Outrossim, lembramos que a quase totalidade das cooperativas singulares liliadas àquela Central tém sido altamen·te beneficiadas com a implantação da comercializaçãoestatal do produto. a partir da safra tritíeola de 1962.
Porém recordamos que a Central Sul também é umadas maiores devedora,; do nosso sistema bancário oficiale privado, em decorrência de operaçães irregulares reali·zadas com produtos do eomplcxo soja.
Da mesma forma, diversas cooperativas de produçãodo Rio Grande do Sul, a maioria constituída por entidades que, nestes últimos quinze anos, resolveram instalarparques industriais d',quela oleginosa. coincidentemente, também estão atravessando sérias dificuldades financeiras. Acreditamos que seja por falta da necessária capacidadc administrativa para atuar nesse scgmento industrial, pois, anteriormente, dedicavam-se especialmente a proporcionar assistência técnica e à comercializaçãode insumos e à produçào dos seus associados.
Nessas condições, destacamos as entidades de PassoFundo, Giruá, Palm<:ira das Missões, além da CentralSul e da Cotrijuí, até recentemente presidida pelo Dr,Rubem Ilgenfritz da Silva, atual Secretário-Gerál do Ministério da Agricultura, que foi forçada a vender, recentemente, sua unidade de industrialização de soja localizada na Cidadc de Rio Grandc à Ceval. mantendo aindanegociações com a diretoria da Portobrás, objetivando avenda dos scus graneleiros e do terminal de carregamento de grãos localizado tam bém naquele porto, como forma de amenizar seus cruciais problemas financeiros.
A desastrosa atuaç,io daquelas cooperativas na industrialização e comercialização da soja, c que hoje pretendem assumir essas atividades no setor do trigo. causaapreensão a todos os que estão vinculados diretamente àpolítica de abastecimcnto do ecreal que, no Brasil, aexemplo da maioria cios países do mundo, é consideradocomq. "problema de segurança nacional".
Não será admissívc:l que se queira atribuir o controleda eomcrcialização e da industrialização do trigo do Paísa grupos sem tradição nem experiência em setor de tamanha importância, pois os reflexos danosos sobre a econo·mia c o bolso do consumidor serão catastróficos.
Sob o pretexto da retirada dos subsídios. o que realmente pretendem é iiberar a comercialização e a indus·trialização do trigo. porquanto para retirar a subvençãonão há necessidade ele alterar o Deereto·lei n' 210/67.
o SR. NILSON GIBSON (PFL - PE. Pronuncia oseguinte discurso.) -- Sr. Presidente, Srs. Deputados, aCâmara Municipal de Caruaru, em sintonia com os legítimos interesses da comunidade, houve por bem acolherproposição de autoria do nobre Vereador Zino Rodrigues, em que se pleiteia. junto às autoridades federais eestaduais responsúveis, a indicação daquela cidade parascde de uma das próximas reuniões do Conselho Deliberativo da Superintendéncia do Desenvolvimento do Nordcste (SUDENE), a ,exemplo do quejá ocorreu com Petrolina e outras localidades do interior da Bahia e de Minas Gerais.
Não julgo necessário <:nfatizar quc a reivindicação emtela está lastreada em sólidos fundamentos de naturezasocial c econômica, seja pela releváncia de Caruarucomo pólo de desenvolvimento de uma extensa área nordestina, que abrange mais de 30 municípios e abriga amais de um milhão d•• pessoas, seja por estar a cidade dotada de moderna infra-estrutura urbana, dispor de con·fortável rede hoteleira c possuir eficiente parque industrial. e suas atividades comerciais experimentam umafase de promissora expansão.
Ressalte-se, ademais. que Caruaru está ligada ã Capital do Estado e às demais Unidades da Federação por excelente malha" viária, servida por linhas regulares detransporte coletivo. Julgo de meu dever recordar, nessecontexto, que a ampliação do aeroporto local, conformeexplicita o lúcido af'~azoado da Cümara de Vereadores,poderá ofereecr condições seguras para as operações depouso e decolagem de aeronaves de grande porte.
Junho de 1985
Estou persuadido de que a proposição abraçada pelamencionada Casa Legislativa, além de contar com oapoio das lideranças políticas, do meio empresarial e dapopulação do Município, representa estímulo adequadoao progrcsso da rcgião e caminho csscncial para o conhccimento e o equacionamento satisfatório dos problemassociais e econômicos que afetam a área.
Ao manifestar, pois, meu aplauso e minha solidariedadc à justa pretensão da população caruarnense, consubstanciada na proposta a que acabo de referir-me, julgo demeu dever reiterar ao Sr. Superintendentc da SUDENE,Dr. José Reinaldo Tavares, o exame aprofundado damatéria, que se destaca como elcmcnto relevante no quadro do desenvolvimento integrado daquela privilegiadaparte da geografia pernambucana.
O SR. GOMES DA SILVA (PDS - CE. Pronuncia oseguinte discurso.) - Sr. Presidente, Srs. Deputados,acaba o Banco do Nordeste Brasilciro, supcriormcntc dirigido pelo Dr. Mauro Benevides, de aprovar ajuda financeira no valor de sessenta milhões de cruzeiros, a fimdc complementar recursos necessários ao funcionamentodo Curso de Mestrado de Economia na UniversidadeFederal do Ceará, por conta do Fundo de Apoio às Atividades Sócio-Econômicas do Nordeste.
Mas não ficou apenas nessa ajuda destinada a umagrande repercussão cultural a atenção do BNB para como Estado do Ceará.
Para o Programa de Pesquisas de Pastoreio Combinado Bovino, Ovino e Caprino, em pastagens nativas dosertão do sudoeste do Ceará, foram destinados, por intermédio da Fundação Cearense de Pesquisa e Cultura,sessenta e oito milhões de cruzeiros, além de cinqUentamilhões de cruzeiros para que a mesma instituição aplique no Projeto de Incentivos à Criação de Ovinos deslanados no Ceará.
A mesma instituição recebeu uma dotação de setenta ecinco milhões de cruzeiros para o projeto de melhoramento genético de ovinos da raça Morada Nova, novavariedade branca, enquanto a ACODE foi contempladacom trinta c cinco milhõcs de cruzeiros para o projeto deinstalação do Centro de Monta Fisio-Patolôgica de Reprodução e Inseminação Artificial de Ovinos e Caprinos,do Município de Quixadá, cabendo à Secretaria de Agricultura e EMATER-CE vinte milhões de cruzeiros parao Programa de Difusão da Cultura do Milheto no Estado do Ceará.
São cerca de trczentos milhõcs de cruzeiros que o Banco do Nordeste Brasileiro encaminha à região sertanejado sudoeste do Ceará, sobretudo para a melhoria dosseus rebanhos ovino, caprino e bovino, incrementando,sobretudo, as novas variedades quc se vém fixando napecuária do nosso Estado, principalmente no que tangeaos animais de médio porte, preferidos pelos criadoresnordestinos pela sua rusticidade e apreciável rendimentoem carne, lã c leite.
Medidas como essa mostram como uma administração capaz pode apontar que o BNB é, realmente, umbanco de fomento à produção, capaz de realizar importantíssima tarefa no desenvolvimento econômico doNordeste, na fixação da sua população rural, na introdução de moderna tecnologia no setor agropecuário.
Queremos agradecer, em nome da população sertanejado sudoeste do Ceará,. ao Dr. Mauro Benevides, Presidente do Banco do Nordeste Brasileiro, o grande auxílioàquela região.
Era o que tínhamos a dizer, Sr. Presidente.
o SR. SIQUEIRA CAMPOS (PDS - GO. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, Srs. Deputados, tenho por diversa's vezes feito apelos, ao Ministro dosTransportes, bem assim ao Presidente da República, nosentido de que adotcm providências para a pavimentação de trecho goiano da Transamazônica de fundamental importância para o apoiamento às atividades dosdesbravadores da Amazônia e também muito importante para o suprimento de víveres para o Nordeste.
A nossa região, a chamada região do Bico de Papagaio, servida pela Transamazônica, está em situação extremamente difícil, porque ali produzimos víveres ,emgrande quantidade, mas, em geral, não podemos escoálos, porque as chuvas, que sempre se prolongam um pouco naquela região, danificam muito a Transamazônica.Esta rodovia é sempre trafegadá por grandes veículos e,
DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I)
não sendo pavimentada, de acabamento primário, ficaexposta a esses problcmas decorrentes da utilização porveículos pesados e em razào das chuvas.
Pediria, pois, ao nobre Ministro dos Transportes, qucmostrou com tão boa vontade dizendo-se capaz de resolver os graves problemas do setor rodoviário do País que mande uma comissão estudar, no local, uma formade resolver imediatamente o problema, que Se agrava acada dia com a não pavimentação do trecho goiano daTransamazônicu. Assim, S. Ex' estará assegurando acontinuidadc das atividadcs de colonização da Amazônia, principalmente nas áreas do Pará e demais Estadosque compõcm a Amazônia Legal, assegurando o abastecimento dos grandes centros urbanos do Nordeste.
Faço este apelo na certeza de que os novos recursos aserem destinados pelo atual Governo para tal fim, isto é,para a pavimentação do trecho goiano da Transamazônica, não serão desviados, tal como já aconteceu porquatro vezes. Tenho plena consciéncia de que o SenadorAffonso Camargo não deixarú de atender ao apelo dapopulação do Bico do Papagaio, região goiana por demais isolada e sofrida.
Era o que tinha a dizer.
O SR. PAULO GUERRA (PDS - AP. Pronuncia oseguinte discurso.) - Sr. Presidente, Srs. Deputados, asquestões relativas aos territórios federais tém sido, indiscutivelmente, objcto da luta dc todos os rcpresentantcsdaqueles territórios, independentemente da sigla partidária.
Ê notória, Sr. Presidente, a importáncia geopolítica, aimportância dc scgurança nacional, das fronteiras doPaís, hoje assinaladas pela figura institucionalizada dotcrritôrio federal. Conquanto assinaladas, portanto, peloaspecto institucional, desgraçadamente após 42 anos deexistência, esses territórios não conseguiram Sr. Presidente, despertar maior sensibilidade, em termos de respostas, dos govcrnos que têm passado.
Temos, no momento, problemas seriíssimos da permanéncia de um governador no Territôrio do Amapá, cujaadministração se tem caracterizado exatamente pelo desmando, pelo abuso do dinheiro público pela corrupção epela perseguição que amesquinham aqueles que não tema culpa, porque não o escolheram livremente dentro doprocesso democrático para seu governante.
Sr. Presidente, Srs. Congressistas, aprofunda-se esteproblema na proporção de que, até hoje, arrasta-se aquestão de definição quanto ao novo Governador para oTerritôrio. Se já nos pesa como ônus, quc deve ser resgatado pela Nova República, o fato de que nós teremos,ainda um governador nomcado, maior é o gravame,quando a perplexidade gera quase que desespero dos povos do Amapá e de Roraima, pois o Governo, até hoje,está a nos dever anúncio da nomeação dos novos governadores. Por isso, Sr. Prcsidentc, quero nesta hora conelamar o Governo, o Presidente José Sarney, os presidentes dos partidos políticos quc detêm a faculdadc dediscutir e encaminhar a solução destes prohlemas, paraque se sensibilizem e entendam que conceitualmente osterritórios, já até no sentido pejorativo encarado comofundo de quintal do Ministério do Interior, têm um limite de paciência e um grau de capacidade para suportarcssc tratamento amesquinhado e csse descaso que têmcaracterizado o Governo Federal em relação a esses territôrios. Portanto, nesta intervenção, quero pedir ao Sr.Presidente da República que agilize este processo, quenão pcnalize ainda mais as nossas comunidades, quetêm, senão pelo patriotismo, mas também pelo imperativo e pela contingência, de suportar a Nova ou a VelhaRepública, lá no setentrião da Pátria, sem perder as esperanças de que sua luta não será inglória e de que teremos,no futuro. governadores eleitos, ou, pelo menos, governadores nomeados, mas que levem muito mais a sério acausa c a coisa públicas.
Era o que tinha a dizer, Sr. Presidente.
O SR. HERMES ZANETI (PMDB - RS. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente e Srs. Deputados, estamos retornando de longa viagem pelo interior do RioGrande do Sul, onde fomos levar o nosso apoio ao magistério público estadual em greve desde o dia 10 demaio. Em todos os Municípios, em todas as regiões poronde andamos, encontramos o magistério totalmente paralisado.
Sábado 8 5769
É impressionante, Sr. Presidente e Srs. Deputados, ograu de unanimidade a quc chegaram os professores rio,grandenses com relação à posição do Sr. GovernadorJair Soares, que sc nega a cumprir promessas formaisque fez durante a campanha política de 1982, bem comoscte pontos pendentes, ainda, do acordo escrito e firmado entre Governo e magistério por ocasião do encerramento da memorável greve de 1980.
O magistério do Rio Grande está fazendo a maior greve de toda a sua histôria, buscando obrigar O Governodo Estado a cumprir promessas feitas na campanha. Embora já tenha decorrido mais da metade do período degoverno, elas ainda não foram cumpridas. É impressionante o apoio que vém recebendo os professores do RioGrande: dc Prefcitos, de Vereadores, de Deputados detodos os partidos políticos, bem como de associações comunitárias da maior amplitude e abrangência.
O Sr. Governador Jair Soares está completamente isolado, sozinho em sua intransigência, em sua firme posição de negar atendimento às reivindicações do magistério. É curioso verificar que já caminhamos para trintadias de grevc c a prbposta inicial do Sr. Governador é nosentido de que os professores do Ria Grande percam osdireitos que tinham antes de cntrarem em grevc. Não sei .realmente o que quer o Sr. Governador com tal proposta. Mas sei quc não conscguirá, por esta forma. devolvera tranq üilidade à população e as aulas aos alunos das escolas públicas do Rio Grande.
Assim, estamos nesta tribuna para responsabilizar oSr. Governador Jair Soares: os professores do Rio Grande estão em greve exclusivamente por culpa de S. Ex'.Unidos, estão determinados a somente encerrar essa grcve quando o Governador Jair Soares se conscientizar deque está isolado, de que tem uma dívida e deve pagá-la.
Por isso, Sr. Presidente e Srs. Deputados, o Sr. Governador Jair Soares, o único culpado por esta longa grevedo magistério do Rio Grande, é também culpado pela intranqüilidade a que está submetido um Estado inteiro,num verdadeiro desgoverno.
Fazemos aqui um chamamento à comunidade do RioGrande para que continue apoiando os professores, porque estamos com a justiça e com a verdade, e ao Sr. Governador Jair Soares para quc se dé conta de sua posiçãoisolada e encontre uma maneira de atender às reivindicações dos professores. S. Ex' foi eleito Governador porcausa das promessas que fez. E daqui lhe lançamos umdesafio: cumpra as promessas quc fcz quando candidatoou saia do Governo, porque o Rio Grande do Sul nãoquer no Governo pessoas que fazem um discurso no palanque e depois tomam atitudes que a ele não correspondemo
Muito obrigado, Sr. Presidente.
O SR. ,JÚNATHAS NUNES (PFL - PI. Pronuncia oscguinte discurso.) - Sr. Prcsidente e Srs. Deputados, ainstalação de uma agência bancária em uma cidade representa sempre sinal de progrcsso sôcio-eeonômico desua comunidade. Há algum tempo o Banco Central autorizou a instalação de uma agência do Banco do Brasilna cidade de Padre Marcos, no Estado do Piauí.
A cidade de Padre Marcos, que deve o nome ao seufundador, Padre Marcos de Araújo Costa, situa-se namesorrcgião do Nortc Piauicnse e na microrrcgião dosbaixões agrícolas. Entre suas diversas atividades predominam as culturas agrícolas, a gropecuária e o comércio.
Tenho recebido variada correspondência e apelosconstantes das mais expressivas lideranças da comunidade daquele município piauiense no sentido de pedir aoBanco do Brasil que agilize a instalação de sua agênciaali, conforme autorização já outorgada pelo Baneo Central.
Transmitindo esse apelo e essa reivindicação bastantejusta à Presidéncia do Banco do Brasil, faço-o ria convicção de que o assunto merecerá urgente decisão.
Era esse o registro que tinha a fazer nesta manhã.
O SR. TIDEI DE LIMA (PMDB - SP. Sem revisãodo orador.) - Sr. Presidente, Srs. Deputados, o funcionalismo póblico estadual de São Paulo tem, ao longo dosúltimos anos, sofrido perdas irreparáveis. Pode-se, numrápido retrocesso de memória, recordar a administraçãodo Sr. Laudo Natel, que abocanhou os s.ubsídios e salários dos funcionários públicos e dos professores, na época em que o "milagre brasileiro" apontava uma inflação de ccrca de 20%.
5770 Sábado 8 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seç1io J) Junho de 1985
QUADRO COMPARATIVO ENTRE A INFLAÇÃO E OS REAJUSTES CONCEDIDOSAOS SERVIÇOS HOSPITALARES NO MESMO PERIODOE A DEFASAGEM ACUMULADA NA ÁREA URBA'JA
- Média: Cr$ 630.172No custo médio acima estão inseridas as seguintes despesas:
uma defasagem no período compreendido de maio/82 àjanciro/85, de 94,83%. conforme demonstra o quadro n9
I.A título dc ilustração, apresentamos abaixo o custo
geral de um hospital com 207 leitos:
- Clínica Cirúrgica - custo médio por alta Cr$ 570.344- Clínica Médica - custo médio por alta Cr$ 690.000
Cr$ 1.260.344
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2. - Reosição da def~"agem de 94,83%, divididos em4 parcelas. e, acrescentadas aos reajustes a serem concedidos semestralmente. ou seja:
- INPC em maio/85 mais 23.71%.- INPC em novemhro/85 mais 23.71%.- INPC em maio/86 mais 23.71%.- INPC em novemhro/86 mais 23,71%.3. - Pagamento total das RCPOs em atraso, com ex
tinção da retenção dos 20%.4. - O retorno dos 33.000 selos mensais, ou sua ex
tinção definitiva conforme solicitação anterior.5. - O cumprimento das datas fixadas nos Cronogra
mas do lAPAS para pagamento dos serviços hospitalares às En tidades prestadoras de serviços. Pelos atrasos,incidência de juros e correção moner:lrju.
6. - Rcformulação total e imediata do atualContrato-Padrão, tornando-o bilateral.
Quanto à prestação de serviços hospitalares aos beneficiários da Area Rural, a situação é considerada caótica,sob o ponto de vista financeiro.
Só para se ter uma idéia. elaboramos o quadro demonstrativo n' 03. anexo, da remuneração paga peloINAMPS por esses serviços. na base do subsídio fixo,comparativamente ao mesmo serviço prestado nos beneficiários da Área Urbana. caja remuneração. comojá demonstrada anteriormente, encontra-se completamentedefasada.
Considerando-se quc pelos valores pagos, estão incluídos além dos serviços hospitalares. os serviços profissionais. materiais de enfermagem. medicamentos, SADT epessoal especializado pl~rmanente 24 hor::-is/dia, afora oscustos indiretos não considerados pelo INAMPS,conclui-se que dentro da atual sistema, torna-se categorícamente impossível aos hospitais continuarem prestandoa assistência médico-hcspitalar li este laborioso e sacrificado segmento da sociedade.
Desse modo, não vemos outra alternativa senão aequiparação urgente e imediata do Sistema Rural ao Urbano, is(o é, com base no SAMHPS-AIH. desde que,corrigido na forma pleiteada neste documento.
Senhor Ministro,encarecendo a necessidade do atendimento emergencial deste nosso justo pleito, face ao dcseqüilíbrio financeiro da Rede Hospitalar Catarinense. quenão está tendu mais condições de manter a prestação dosseus serviços aos beneficiários do lNAMPS. podendoeriar problemas que lugirão ao controle desta Associação na espectativa de uma resposta positiva desse Ministério, alguns hospitais não oficializaram seus pedidosde descredenciamentos.
Certos de que Vossa Excelência está ciente e sensibilizado da grave situação, solicitamos medidas que possampermitir harmônica e adequadamente, a continuidade daprestação de assistência médieo-hospitalar aos beneficiários do INAMPS.
Ao ensejo, cnovam'Ús nossos sinceros protestos damais alta estima e distinguida consideração.
Florianópolis. 8 de maio de 1985. - Dr. Aroir AntônioMartins de Oliveira, Diretor Presidente.
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100%
-55,2%-39,7%
2,5%- 1,4%- 0,5%- 0,4%- 0,2%
- Custo de pessoal- Material de consumo- Serviços de terceiros e Encargos diversos- Remuneração dc serviços pessoais- Telefone- Pasep- Despesas diversas
Considerando-se que o INAMPS, com base nos atendimentos efetuados no mês de fevereiro/85, conforme oquadro n' 2, remunera a Rede Hospitalar para um período médio de 07 dias de internação com a importància deCr$ 301.762, para um custo médio de Cr$ 630. I72, conforme acima foi demonstrado, conclui-se de maneira ine~
quívoca que a diferença de Cr$ 328.410 vem sendo coberta pelas éntidades prestadoras de serviços, ocasiunando pesado ônus a toda Rede Hospitalar contratada.
Assim sendo. entendemos como imediata a necessidade de serem revistos os valores dos serviços hospitalares,visando principalmente impedir o que já foi previsto ecomunicado através de correspondência a Sua Excelência, o Senhor Governador do Estado, Doutor EsperidiãoAmin Helou Filho, e, através dele a Vossa Excelência, ouseja: cobranças indevidas, distorções no atendimento,paralizaç.ão dos serviços, demissão de funcionários,omissão de atendimentos e greves: ocasionando um prccário atendimento aos previdenciários e conseqUentemente sério~ problemas políticos e sociais.
Senhor Ministro, diante do quadro que se nos aprescnta no momento difícil pela qual passa toda Rede Hospitalar Calarinense, esta Associaçào imbuída dos prupósitos de encontrar uma situação que venha amenizar e aomesmo tempo viabilizar a continuidade no atendimentoaos benefícios da Previdência Social, vem mui respeitosamente, apresentar como medidas emergenciais, às seguintes reivindicações:
I. - Reajuste de 89% (INPC maio/85) antccipado dejulho para lo de maio/85, em todos os serviços huspitalares.
r-- --.. 1~ I': i~; ou~---- -----·[·-~~)~'-r-.~~:·i~;~--l--
r:~;:~;,:-:-~:: -I··__····~~:-::-I·) ;)111/(;3 ,f.m/84 PO, ]'; i
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Sct/aJ! -- .J'm/e~) ; 4:;.SJ I
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Posteriormente. Sr. Presidente, tivemos o GovernadorPaulo Egydio Martins. que, se não nboeanhou parte doque ganhavam os funcionários e os professores, tambémnão recuperou o salário e o poder aquisitivo dos mesmos.
Aí veio o malfadado Governador Paulo Salim Maluf.que. em um ano, teve a coragem de conceder um aumento de 2 mil cruzeiros para os professores e os funcionários públicos.
Ao longo desses anos, Sr. Presidente. o funcionalismopúblico estadual de São Paulo e os professores têm sofrido. quase que diuturnamente, a presença de forças estranhas corroendo seus salários. Essas forças estranhas nãosão representadas apenas pela inflação. mas tambêm namaioria das vezes e. quem sabe como, muito maior fúria,pela ação dos governadores que passaram pela administração estadual.
Agora, o Governador Franco Montara tem-se desdobrado dentro das condições em que encontrou o Estado - não só para fazer com que o salário do funcionárioe do professor não sofra perdas, mas também pararecuperá-lo. Há 60 dias, discutia-se o aumento dos salários do funcionalismo público e dos professores. Houve por bem o Govcrno do Estado conceder um abono de25% aos mesmos, que passou a vigorar a partir do mês demaio. Evidente que a melhor solução não é essa. Agora,em julho, t.eremos o aumento real, isto é, a correção dossalários do professorado e do funcionalismo público. Êcerto que não pode ficar fora dessa correção salarial oabono de 25%. Tenho certeza de que o GovernadorFranco Montoro,juntamente com seu Secretário do Planejamento. Prof. José Serra, e com o Secretário da Fazenda. Dr. Marcos Fonseca. vai entendcr quc. na verdade. para que o funcionalismo e o profeSRorado do Estadode São Paulo tenham os seus salários recuperados, haverá necessidade da incorporação desses 25%, com o aumento de julho incidindo sobre essa porcentagem concedida como abono. a partir de maio. Na próxima semana.para demonstrar quanto a bancada federal do Estado deSão Paulo está identificada com essa luta dos funcionários públicos e dos professores do Estado de São Paulo, estaremos elaborando um documento para ser enviadD ao SI. Governador, assinado por todos os membrosda bancada federal. a fim de que S. Ex' se sensibilize e incorpore aos salários dos funcionários os 25% de abonoque lhes foi dado a partir de maio.
O SR. JOÃO PAGANELLA (PDS - Se. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente. a Associação dos Hospitais do Estado de Santa Catmina, reunida reccntementc~ examinou a critica situação por que atravessam aqueles estabelecimcntos c endereçou ao Exmo Sr. Ministroda Previdência Social um documento, a Carül de Florianópolis. que passo a ler, para que conste dos Anais daCasa.
'"Os Dirigentes Hospitalares do Estado de Santa Catarina, reunidos em Assembléia Geral Ordinária, no dia 8de Maio de 1985. nesta Capital, analisaram profundamente a crítica e angustiante situação, porque passam oshospitais catarinenses, e, decidiram expor detalhadamente ao Excelentíssimo Senhor Ministro de Estado daPrevidência e Assistência Social, Doutor Francisco Waldir Pires de Souza. o seguinte quadro.
O Estado de Santa Catarina, conta com 207 Hospitais,os quais na sua quase totalidade, mantém convênios como INAMPS para atendimento nas Áreas Urbana e Rural. e. somente em 40 Unidades, este convênio é restritoao atendimentu à Área Rural.
Destes, 90% são fílantrópicos e beneficentes, pertencentes e administrados pela própria comunidade oa porentidades religiosas, sendo na sua maioria, de pequeno emédio porte (50 a 100 leitos).
Atualmente, em média, 60% do orçamento dos hospitais é aplicado na manutenção dos seus recursos humanos (folha de pessoal) e com o novo salário mínimo, apartir de 19 de maio/85, esse percentual elevou-se paracerca de 80%, já que aquele reajuste foi de 100%.
Torna-se impossível, somente com os 20% restantes doorçamento manter o custeio de medicamentos, gênerosalimentícios, material de enfermagem, aquisição e manutenção de cquipamentos, manutenção das instalações ede todos os demais gastos hospitalares. pois tais custos,sofrem também majoração permanente.
De outro lado, a remuneração dos serviços hospitalares prestados aos previdenciários urbanos, apres~nta
Junho de 1985 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I)
DEMONSTRATIVO DOS VALORES PAGOS PELO INAMPS À REDE HOSPITALARDE SANTA CATARINA, REFERENTE AO MbS DE FEVEREIRO DE 1985
-----~-~ .•~-~~!'U'~~;"~~D ;~l--"'~:~:~~~~~~~~o-T ~~~fif\ ~í~P ~~~~'~~~;lCONvt:N.l (. IW1'rmNJ\çÔ!O:S JNAHPS I DI1\S J W!'i:: nN AV'9--_. .0_- . .._ .,.__~__.. .. . _
Sábado 8 5771
Sl\l-lHPS-AIH 29.065 301.762
Ohs .. : .... O nllInero de j.nt:.el':·na(~~I~:;c:s \'ll)r(~~::Pl1Lf~'ld;J~; 1l() qu.ldro
acima, rcfere'·sG ai'.. AlUEi P.:t9<iS e n2io o t.ot"l ::
pr.esentildo.
Nos valores acima Bst50 inclu{dos os
rios Profissionais.
DEMONSTRATIVO COMPARATIVO DOS VALORES PAGOS PELO INAMPSÀ REDE HOSPITALAR DE SANTA CATARINA, RELATIVAMENTE AOS
BENEFICIÁRIOS DAS ÁREAS URBANAS E RURAIS, COM DADOSREFERENTES AO MbS DE FEVEREIRO DE 1985
r..e- ---~--_ -. ---..---- - --..- - - ,.
N()HI,:H() t-IF;rllO Vi\LOIlI:;,';CONVt.N I (Yi
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QUADROS DEMONSTRATIVOS DOS VALORES PAGOS PELO INAMPS À REDEHOSPITALAR DE SANTA CATARINA. REFERENTE AO Mt:S DE FEVFREIRO
DE 1985 - PROCESSAMENTO 054 EM RELAÇÃO A ÁREA URBANA E RURAL
5772 Sábado 8 DIÁRIO DO CONGRESSO'"ACIONA L (Seção I) Junho de 1985
1400ALIDbDEDf:
CO~lVf:NIOS
o SR• .JORGE ARBAGE (PDS - PA, Pronuncia oseguinte discurso.) - Sr, Prcsidente, no tempo da coisaséria, quando a esperanç:a era algo igual a um amuletopara afastar de nossos caminhos os maus fluidos, todavez que uma autoridade assumia o posto. costumava dcixar no ar a mensagem do otimismo. Podia-se, até. enxergar exageros cm tal premissa, mas era cste o preâmbulonos discursos de posse ou nos cumprimentos de amigos.
A Nova República mudou o hábito. Vejamos o quedisse o Sr. João Martins Ribeiro, Diretor do Departamento Nacional de Estradas, ao assumir o cargo, quartafeira última, no Rio de Janeiro: "o engenheiro mineiroadmitiu que todas as obras de restauração de rodoviasirão parar, se dentro de 15 dias a Secretaria de Planejamento não liberar 178 bilhões". (.Jornal do Brasil).
Triste adverténcia aos navegantes. ° Ministro dosTransportes, ao tomar <:onhecimento dc uma reportagem que a TV-Globo divulgou no programa "Fantástico", ilustrada com imagens que rctratam o cstado deplorável da rodovia Belém-Brasília em território paraense.pareceu, em principio, sensibilizado, ao extremo de afirmar que, caso não obti,'esse recursos junto aos Ministérios do Planejamento e da Fazenda, utilizaria os parcosdisponíveis no Ministério dos Transportes. ainda quc tivesse de remanejá-los, mas as rodovias do Norte não paralisariam.
Com tamanha dose de otimismo, partida de qucm partiu, houve expressivas comemorações entre empresários,caminhoneiros, produtores rurais, motoristas particulares e até ladainhas em louvor a Santo Afonso, que poucos devotos conhecia na região, mas logo se apressaramem cultuá-lo.
Um fato que merece especial registro: o Ministro nãoduvidou da seriedade da reportagem exibida, porém,como zeloso administrador que é, preferiu visitar in locoo trccho dcstruído, que dcmora na ligação ParáImperatriz, no Maranhão.
Não precisamos avaliar o susto que S. Ex' tomouquando pisou o chão (o asfalto sumiu) da outrora rodovia de integração nacional: faixas quilométricas de profundas crateras a mostra1rem um quadro dcsolador de dimensão quase inacreditável. ° Ministro contemplou aobra dantesca da natureza, refez-se do susto e desabafou,amargurado: "todo o dinheiro que tenho são dois bilhões de cruzeiros. É tudo o de que posso dispor para recupcrar um trecho de 120 quilômetros que, no mínimo,exige 114 bilhões de cruzeiros".
Quando externou a dura vcrdade crítica da falta de dinheiro 'para at.ender a um plano de emergência a ser aplicado na recupcração de estradas, o Ministro dos Transportes, sem que o percebesse, quase mata de susto os milhares de brasileiros que têm seus negócios e suas sobrevivências dependentes da normalidade do tráfego naBelém-Brasilia.
Qucm sabe, naquele momcnto, a revelação do Ministro não teria amargurado a alma em descanso do saudoso Presidente Juscelino Kubitschek, cuja memória, como também saudoso Tancredo Neves,jamais seria cxpostaa tão insidiosa humilhal;ão.
Um parâmetro entre o otimismo já csmaecido do Ministro dos Tranportes e o pessimismo ainda íluente doDiretor do Departamento Nacional de Estradas de Rodagem revela que ambos não são mais que dois esforçados missionários a pedir esmolas a quem nada tem paraoferccer.
Enquanto isso, Sr. Presidente, vamos aguardar que oBanco Mundial se disponha a conveniar com o Governobrnsileiro um empréstimo, em dólares, para sanear as rodovias enfermas de nosso País.
Esta premissa seria a grande esperança, se vivêssemosnos tempos das coisas sérias. Para torná-Ia viável, vai serpreciso o Ministro dos Transportcs ou o Diretor doDNER, ou ainda os dois juntos convencerem o Presidente da República da necessidade de antecipar ao BancoMundial a garantia da contrapartida, sem o que não seconcretizará O financiamento.
Pelo visto e o dito pelos dirigentcs principais do setorrodoviário nacional, é mais fácil um camelô passar pelofundo de uma agulha do que operar lima délivrance naburra estatal e fazé-Ia dar à luz recursos equivalentes àcontrapartida que o Bal1co Mundial está e exigir.
No emaranhado de toda essa luta, há um visível choque de contradições. 0" usuários das nossas rodovias,principalmente os quc utilizam a Belém-Brasília, estão
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Junho de 1985
indóceis ante o desespero da prolongada espera. O Governo. por seu turno, é uma montanha de boa vontada.mas se diz sem recursos para atacar o problema. Se a solução depender do financiamento do Banco Mundial,vamos tirar os cavalos da chuva e pedir a Deus que a estrada se recuperc por si mesma. Parece impossível queiMo aconteça. Porém, acreditamos ser menos traumatizante do que a cspcra de recursos que transparecem estaracima da capacidade financeira do Governo.
É realmente constrangedor que comecemos a nos preparar para enfrentar o pior. Em recente discurso queaqui pronunciei, pareci dramático quando afirmei queno máximo de dez dias a rodovia Bclém-Brasília capitulava sua esperança de recuperação, caso o Ministério dosTransportcs não liberasse os recursos que havia prometido. E nào exageramos na afirmativa. O caos está à vista.
'Não o desmentem as declarações do Diretor do DNER ea minguada contribuição de dois bilhões de cruzeiros,que mal corresponderão às despesas com o deslocamento do equipamento para o canteiro de obras.
A última aternativa que nos resta é suplicar, com aforça de nossa fé em Deus, que o Presidente Sarney eseus Ministros do Planejamento e da Fazenda compreendam, com a urgéncia que o caso rcqucr, esta verdade inconteste; rodovias corno a Belém-Brasília, mais do quesimples rodovias por onde escoam nossas riquezas, sãoacima de tudo símbolos vivos do Brasil!
Que o Governo se apiede do infortúnio amazónico enordestino!
Era o que tínhamos a dizer.
o SR. AMAURY MÜLLER (PDT - RS. Pronunciao seguinte discurso.) - Sr. Presidente, Srs. Senadores, aproposta do Conselho Monetário Nacional, prorrogando por 60 dias o prazo de vencimento dos financiamentos dc custeio da lavoura de soja, ainda que adcnsadapela liheração de 100% dos Empréstimos do GovernoFederal (EGF), está muito longe de corresponder às pretensões dos sojicuHores brasileiros e infinitamente distante de uma solução racional para os gravíssimosproblemas que O setor enfrenta.
Essas medidas, na verdade, constituem mero paliativo,que apenas adiarão o desastre e colocarão o Governo daNova República, numa incómoda situação ante as classes produtoras, para as quais são transferidos, hoje, pesados encargos e insuportáveis sacrifícios, sem que selhes proporcione uma contraprestação capaz de se compatibilizar com suas justas reivindicações.
O Ministério da Agricultura, ao que parecc, permanece insensível às reiteradas manifestações das liderançasagrícolas, cujas propostas - amadurecidas em amplosdebates e na dolorosa experiência de succssivas frustrações - procuram conciliar os interesses dos produtores com as aspiraçõcs nacionais dc ampliar o mercado interno e troná-Io acessível a todas as camadas da população.
Há, por exemplo, a sugestão de reescalonar os débitosdos sojicultores pelo prazo mínimo de três anos, comcustos financeiros que nào excedam 50% das oscilaçõesmensais das Obrigações Reajustávcis do Tesouro Nacional (ORTN). Essa proposta, embora exija forte lastrooficial, nem sequer foi examinada ou discutida pelo Ministro Pedro Simon. i\ alegação de que o Governo nãodispõe dc rccursos é demasiada bem pensante para serverdadeira: Afinal, muitos trilhões de cruzeiros foram econtinuam sendo sepultados no saneamento de bancos einstituições financeiras, que, por mú geréncia ou simplesmente por corrupção, faliram e continuam falindo sob oolhar complacente da Nova República. De resto, se umPaís que tem fome e que exibe os mais lamentáveis índices de subnutrição não accitar o desafio que lhe é lançado peJa trágica realidade econômico-social, certamentenão terá forças nem coragem para construir seu própriodestino. Dinheiro sempre hú. Basta saber utilizá-lo racionalmente. Mas, mesmo que inexistissem recursos, pensoque o Governo jamais poderia sepultar idéias scm antesdiscuti-las ampla e democraticamente.
Ademais, o Ministério da agricultura silenciou sobreoutra proposta das lideranças rurais, segundo a qual oGoverno proporcionaria um adiantamento equivalente aJOsacas de soja por hectare plantado e 4ue seria restituído ao cabo de 3 anos à base de 3,33 sacas anuais.
Ao ignorar essas sugestões, preferindo discutir tàosomentc scus próprios planos, que não são necessaria-
DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção J)
mente os melhores, a Nova República exibe um alter egoatê então desconhecido, uma outra face até aqui ocultano biombo de um suposto processo de aberturta políticaque otimizaria o debate democrático dos grandes temasnacionais.
É lamentável, Sr. Presidente, que os caminhos escolhidos sejam os da superficialidade, dos "panos quentes",da técnica do esparadrapo. Não será, por certo, com medidas paliativas, mcramente epidérmicas, que o Governoevitarú o desastre econômico e o caos social.
Era o que tinha a dizer.
O SR•.JOSt:: .JORGE (PFL - PE. Pronuncia o seguinte discurso.) - Sr. Presidente, Srs. Deputados, aolado da questão do reajuste das prestações da casa própria, tema que afeta diretamente quatro milhões de mutuários e dczenas de agcntes financciros do BNH, alémdo prôprio Governo, avulta no momento um dos desafios do setor habitacional brasileiro: a necessidade de seencontrarem soluções criativas e de baixo custo para aretomada da construção de habitações populares,
Na realidade, após o agravamento das dificuldadesoperacionais do Sistema Financeiro da Habitação, emfunção da compressão salarial a que foram submetidosos trabalhadores e da queda dos recursos disponíveis doFGTS, foi esquecida a prioridade governamental da redução do grande déficit habitacional brasileiro.
Recordo, Sr. Presidente e Srs. Deputados, que o Brasilpossuía em I'J79 um déficit habitacional superior a eincos milhões de moradias e que em função dessa realidadevergonhosa - porque atenta diretamente contra a qualidade de vida, o bem-estar e a economia de pelo menosvinte milhões de brasileiros - o Governo passado estabeleceu meta de construção de seis milhões de casas populares.
Da proposta inicial do ex-Presidente João Figueiredo,pouco mais de um milhão de casas foram construídas,devendo-se tal fato fundamentalmente ã gravidade dacrise econõmiea que caracterizou seu período presidencial. com profundos reflexos na política habitacionnl.
Mas a conseqüéncia mais marcantc dos reveses económicos na politica habitacional foi o inexplicável abandono da busca de soluçõcs para o déficit brasilciro de moradias. Não se constrói praticamente nada no Brasil- osetor privado aprescnta ociosidade de 80% da sua capacidade de construção, motivado pela pouca demanda, aomesmo tempo em que os materiais sobem de preço emrilmo superior ao da inflação. Por sua vez, as COHABSdeixaram de fazer investimentos. de forma que a questãoda casa própria sc agrava mais uma vcz no País inteiro.
A persistência de crise econômica recomenda, Sr. Presidente c Srs. Deputados, que a politiea habitacional sejaredirecionada, em busca de soluções que reflitam a austeridade do atual Governo Federal e a necessidade de encontrar respostas criativas c, principalmente, de baixocusto. Tais soluções devem contemplar prioritariamenteos segmcntos sociais mais carentes e que constituem napopulação brasileira a parte mais dramática do nosso déficit de moradias.
Enquadram-se nessa categoria as favelas urbanas escondidas nos documentos oficiais sob o eufemismo dos··aglomerados sobnormais" - que nascem de invasõesde terrenos públicos e particulares nas principais metrópoles brasileiras. A experiência mostra que contra taismovimcntos são infrutíferas quaisqucr mcdidas repressoras, até agora incapazes de conter a onda humana embusca de um pedaço de chão para morar, por mais inadequado e adverso que este seja.
Essa é uma questão que há muito me preocupa, desdequando exerci o cargo de Secretário de Habitação dePernambuco, no Governo do hoje Ministro Marco Maciel, e que se reflete na minha atuação parlamentar. Vi.sando a ajudar os Governos municipais a enfrentar comêxito o problema das invasões, apresentei o Projeto deLei n' 2.736, de 1983, jú aprovado em primeiro turno poresta Casa, quc prevê a lavração de contratos de alienaçãode imóveis pertencentes aos Municípios em livros próprios, medida que agilizará e reduzirá custos da regularização da posse de terrenos invadidos c dcsapropriadospelo Poder Público.
Dcfendi ainda, nesta tribuna, a criação de loteamentospopulares, com infraestrut um búsica, como meio de prevenir a formação de favelas, bem como o desenvolvimento de tecnologia e equipamentos para a produção localde materiais dc construção para utilizar a mão-de-obra
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dos próprios beneficiados com u construção das casas eviabilizar o uso dos materiais disponíveis, evitando despesas dc aquisição e de transporte de grande parte dosmateriais.
Acrescento agora mais uma sugcstão visando a soluciormr parte do nosso problema habitacional: o financiamento pelo BNH da venda de terrenos com recursos próprios, iniciativa que, a meu ver, contribuirá de forma decisiva para o aumento da oferta de moradias.
A abertura pelo BNH dessa nova linha de financiamento, Sr. Presidente e Srs. Deputados, tornará sem dúvida mais democrático o ac~sso à casa própria, permitindo também que o mutuário escolha o local onde quermorar, de forma que lhe for mais conveniente, e definaele próprio a maneira como deve construir sua habitação.
Acredito também que o financiamento do tcrreno diretamentc ao mutuário resolverá outro grande problemadas COHABS e organismos oficiais do setor: a inexistência de grandes áreas de terra, a preços baixos, nos centros urbanos mais desenvolvidos, justamente onde oproblema da moradia eelodc de forma mais grave.
Outra medida que, creio, contribuiria para a soluçãodo impasse habitacional brasileiro ê o financiamentopelo BNH dos investimentos, do setor privado em infraestrutura urbanística para loteamentos, despesa quetem sido bancada pelos Governos, mas que. na realidade, tem servido de freio às suas ações no setor, pela escasez de recursos para as áreas sociais.
Esse financiamento ao setor privado tiraria dos Estados um õnus pesado, limitador da sua atuação, permitindo o atendimento das camadas econõmicas intermediárias e resolvendo outra grave distorção da políticabrasileira de habitação: a falta de iniciativas visando asatisfazer a demanda da classe mêdia baixa, pois o sistcma atual atende basicamente aos dois extremos do estrato sócio-econômico.
Sr. Presidente, Srs. Deputados, a urgência da busca desoluções - repito, criativas e de baixo custo - não deveser esquccida neste momcnto em que os reflexos da criseeconômica são ainda tão graves sobre o SFH. A definição dos reajustcs das prestações, apesar de importantepelas suas amplas implicações econômicas e sociais, não'podc ofuscar as questões fundamentais do setor.
Apelo para o Ministro do Desenvolvimento Urbano eMeio Ambiente, Flávio Peixoto, e para o presidente doBanco Nacional da Hahitação, José Maria Aragão, paraque incentivem o estudo das alternativas que se apresentam para o redirecíonamento da nossa política habitacional. Conclamo também os parlamentares de todos ospartidos e as entidades que se interessam pelo assunto aaprofundarem o exame e o debate de assunto de tanta relcvência para o bem-estar social brasileiro. como·é a moradia.
Muito obrigado.
Durante o diseurso do Sr. .José .Jorge, o Sr. JoséFrejat. 4'-Secrelário, deixa a cadeira da presidência.que é ocupada pelo Sr. José Ribamar Machado, Supiente de Seeretário.
O SR. PRESIDENTE (José Ribamar Machado) Tcm a palavra o Sr. José Mendonça dc Morais.
O SR. JOst MENDONÇA DE MORAIS (PMDBMG. Pronuncia o seguinte discurso.) - Sr. Presidente,Srs. Deputados, o assunto que me traz à tribuna, hoje,considero-o da mais alta significação social e humana, eexige serena reflexão por parte de quantos, como nós, secmpenham na projeção de um novo amanhã, menosamargo, menos conturbado. um amanhã em que o sentimcnto de paz deixe de ser simples expectativa, simplesnuvem de esperança, e materialize, realmente a legendaque servirá de escopo ao caminho seguro de todos os homens. Trata-se. Srs. Deputados, de um evento universal,como que um abraço no qual todo o mundo se encontra,fraternalmente, no júbilo maior de inusitadas conquistas.
O registro que faço, neste momento, para que fiqueconsignado nos Anais da Casa, refere-se à passagem, na- próxima segunda-feira, dia 10 de junho, da instituiçãoda Irmandade Internacional de Alcoólicos Anônimos, irmandade quc, no vigor dc seu siléncio, na modéstia infinita de seu anonimato, vem contribuindo de maneiraincstimável para a reintegração social de centena de mi-
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Ihares de doentes do alcoolismo, sem distinção de sexo,de cor, de Status, de credo, de ideologia, funcionando,por assim dizer, como elemento agregador ou reagregador da família e até da força do trabalho, pois é sabidoquão perniciosas são as conseqüências do álcool nessesdois scgmentos vitais dc toda a humanidade.
Plantada originariamente em Akron, Ohio, nos Estados Unidos da America do Norte, a semente de Alcoólicos Anônimos não demorou a germinar e a crescer emoutros países de todos os contimentes, abrangendo, naatualtdade, cerca de 120 paíse!j., cntre estcs o Brasil, ondeos grupos de AA 'marcam presença efetiva e frutífera desde o início da década de 40, representando, presentemente, 2.500 grupos disseminados do Amazonas ao Chuí, deleste a oeste, e que são responsáveis diretos pela recuperação de centenas de milhares de doentes do alcoolismo eque reúnem em terapia, dia a dia, mais de um milhão dehomens e mulheres brasileiros intcressados em percorreros p3SS0S e obedecer às tradições que lhes proporcionamsem investimento maior. senão a boa vontade, a inteira~ibert~lção do flagelo moral e emocional a que o Cllcao1,invariavelmente, conduz.
Há cinqiienta anos, portanto, a humanidade inteira sebenelicia da experiéncia de Alcoólicos Anônimos, e noBrasisl, particularmente, onde o problema assume preocupante gravidade, a filosolia de AA já sensibilizou a administração pública, ela mesma afetada pela incidénciade doentes alcoólicos, tanto que os Ministérios da Saúdee. da Previdência Social alinham em suas metas prioritaTlas programas de combate ao alcoolismo, com a colaboração prestimosa e desinteressada dos Comitês de Serviços de AA. programas que tão benéficos rcsultadosvêm alcançando e cuja expansão :1 prática já recomendaem todo o território nacional.
Em Brasília. Sr. Prcsidente, Srs. Deputados. as comemorações alusivas ao cinqüentenário de cri3ção de Alcoólicos Anônimos seriio assinaladas com o lançamento.pela Empresa Brasileira de Correios e Telegrafl1S, do Car~mbo Postal homenageando o evento. cerimônia que tera lugar, com a presença de autoridades, às 17 horas desegunda-feira, dia la, no auditório da TV - Radio Nacional, seguida de lima sessão pública, no mesmo local,às 20 horas do mesmo dia.
Parabéns ao Governo. que, através da ECT. reconheceo valor de AA e, de público. manifesta sua solidariedadea essa irmandade.
Este o registro que, com humana alegria, me comprazo de fazer. tributando o reconhecimento do ParlamentoBrasileiro aos inestimáveis serviços que Alcoólicos Anônimos prestam, sem alardes, à sociedade e à família denosso País. que será um País "sóbrio", como convêm àsaúde nacional e a todos os membros de AA.
O SR. JOsf: FREJAT (PDT -= RJ. Pronuncia o seguinte discurso.) - Sr. Presidente, Srs, Deputados, aConvenção Nacional do Partido Democrático Trabalhista, reunida em Brasília-DF, expressou sua solidariedade à autodeterminação saharaur, exigindo imediato reconheCimento aliciai brasileiro da República ÁrabeSaharauí Democrática - RASO, proclamada em 27 defevereiro de 1975, já reconhecida por mais de 60 países--:- e~tre os quais 1,7 da América Latina e aceita de plenodIreito na Orgamzação para a Unidade Africana OUA, em fins de 1984.
O ~ec~nhecimento oficial da RASO é um imperativodo pnnelpll~ de defesa da autodetermmação dos povos e~e ~ranco ahnhamento ao processo de descolonização naAfnca.
Ao atrasar-se no reconhecimento da RASO, o /lamaraty compromete a aproximação entre os povos brasileiro e do Saharauí e questiona a soberania do continenteafricano, que já abrigou a RASD no seio da Comunidade Africana das Naçães c na Organização Para a Unidade Africana. Voltando atrús em compromissos assumidos internacionalmente no governo anterior e que condiClOnavam o reco?hecimento brasileiro a esses procedimentos, o Sr. MInistro Olavo Setúbal expõe a políticaexterna do país ao descrédito no Terceiro Mundo e juntoa outros povos. Demonstrando desinformação sobre aevolução diplomiltiea internacional da RASD, quejá obteve do Governo e do Congresso dos Estados Unidosapoio. para uma paz negociada no Saara, cujo processodevenarnos ~m~enhar-nos pelo risco que traz à segurança d~ Atlantlco Sul, o /lamaraty reverte expectativasnnCIOnats e Internacionais sobre sua renomada compe-
DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I)
téncia. Abdicando, enlim, de uma aproximação imediataCO~l ~ cll~t~rae os povos {(cabes, facilitada pelaslatinidade ldlOmattca dos saharauis e sua grande identidade coma Argéli.a, o <?ov~rno da Nova República perde umaoportumdade InUSitada para abrir novas fronteiras paraa economia brasileira.
Cumprimentando, na pessoa do Presidente Abdelasiso bravo povo saharauí a Convenção Nacional do PDlconfia n?justiça d~ sua causa c crê na solução negoeiadado conflIto que ratifique sua soberania sobre a totalidadedo território.
o SR. JOsf: MOURA (PFL - PE. Pronuncia o seguinte discurso.) - Sr. Presidente, Srs, Deputados, nopenhor de recordar e divulgar a obra, prestando, ao mesmo tempo, sentida homenagem à memória do Poeta, oEstado de Pernambuco está comemorando os noventaanos de nascimcnto e o vigésimo aniversário de morte deAscenso Ferreira, o menestrel do povo, figura das maisrepresentativas da poesia popular no Nordeste brasileiro.
Com este propósito, a Seeretaria de Turismo, Culturae Esportes do Estado, através da Fundação do Patrimônio Histórico e, A~tístieo de Pernambuco (FUNDARP~), tomou a Imclatlva de promover, no início desten:es. no M~seu da cidade do Recife, um festival de poeSia, denomInado, "'Viver Ascenso". que relembra c rcvivcO autor dç. '\Catimb6'\ "Cana Caiana" ç. "Xenhenhêm".No dmbito desse evcnto, o Professor Nestor Accioly, umdos maIS profundos conhecedores da literatura pernambucana. proferiu, no dia nove do corrente uma conferência sobre a obra poética de Ascenso Ferreira, palestraque despertou enorme interesse atraindo grande público.
Também a Fundação Casa da Cultura Hermilo BorbaFilho, localizada em Palmares, terra natal do Poetahouve por bem organizar um alentado programa de co:memoração intitulado, "Ascenso - 90 Anos de Poesia"que se estenderú até dezembro dcstinado à análise c di:vulgação do conteúdo literário e da opulenta substdnciasocial e folclórica, transcritas em expressões poéticas degrande densidade, clareza e força, da obra daquele quequerIa ser - c o foi -,."doutor pela boca do povo".
Sem o propósito de estender-me sobre a vida e a obradaquele que foi um dos grandes mestres da poesia brasileira, lícito me seja recordar, contudo, conforme as palav.ras dc Nestor Accioly, que. "naseido em Palmares, intenor de Pernambueo, o menino Ascenso integrou-se à natureza da eana-de-açúcar. Adocicou o ouvido e a paladar. Con hceeu o mar docc, antes dc conhecer o de certaforma amargo mar da vida", Ascenso Ferreira, efetivamcntc, na obra como na vida, no estilo como nas atitudes, fo.i um ,homem de sUa terra, uma figura impregnadade regIOnalIsmo, para não dizer de naeionalismo sendopor demais evidente, em todos os seus cscritos, o'íntimocontato entre o sentir do poeta e O espírito de sua gente,
Na obra de Ascenso Ferreira Palpita, na verdade, oque hú mais auténtico c profundo na alma do povo pernam~ucano. Assim, em composições ricas em imagens,em VIbrações de força, de lirismo e de sonoridade suaobra, um mundo de imensas e soberbas criações, re~ela,ao mesmo tempo, o sentido pitoresco dos costumes. opormenor esclarecedor das trudições, o entranhadoamor pelas coisas da terra.
Tudo que produziu, com proveito para as letras nacioDms, fOI sempre em direção às paragens nordestinas c aoencontro da alma popular, onde se escondiam, cristalinas, as fontes de sua inspiração.
Ao fazer registrar, nos Anais desta Casa, as homenagens que o Governo e as entidades culturais pernambucana~ prestam à m.emória d,e Ascenso Ferreira, desejomamfestar meu maIs lI1condlcional apoio a tais iniciativas" que vêm enaltecer a valorizar a obra do ilustre poeta, Jogral do povo, que tanto engrandeceu a literaturanacional.
Durante o discurso do Sr. José Moura. o Sr. JoséRibamar Machado. Suplente de Secretário, deixa acadeira da presidência. que é oeupada pelo Sr. JoséFr~iat. 49-Secretário,
O SR. PRESIDENTE (José Frejat) - Tem a palavrao Sr. Paulo Zarzur.
O SR. PAULO ZARZUR (PMDB-SP. Pronuncia0seguinte discurso.) - Sr. Presidente, Srs. Deputados,
Junho de 1985
desta tribuna, mais uma vez, conelamo meus ilustres pares ao indispensável apoio à aprovação do Projeto de Lein' 4.303, de 1984, de autoria do Deputado FranciscoDias, que altera a redaçflo do § lo do art. 843 da Consolidação das Leis do Trabalho.
O art. 843 da CLT, ora em vigor, diz que:"Na audiência de julgamento deverão estar pre
scntes o reclamant," e O reclamado, independentemente do_comparecimento de seus representantes. ,
§ I' E facultado ao empregador fazer-sesubstituír pelo gerente, ou qualquer outro preposto quetenha conhecimento do fato, e cujas declaraçõesobrigarão o preponente.
§ 2' Se por doença ou qualquer outro motivoponderoso, devidamente comprovado, não forpossív~l ao empregado comparecer pessoalmente,podera fazer-se representar por outro empregadoque pertença à mesma profissão, ou pelo seu sindicato~'.
Por conseguinte, na forma da atual legislação, o nãoeomparecimento do empregador à audiência de julgamento importa revelia, além de confissão quanto à matéria de fato.
No entanto, ao empregado é facultado fazer-se representar, durante o julgamento, por outro empregado oupelo sindicato, ao passo que ao empregador cabe sersubstituído somente 1'01' seu gerente ou preposto. Todavia, o referido preposto .. segundo a jurisprudência dominante. deve ser um outro empregado com conhecimentodo fato originário da redamação. Perguntamos, que empregado defenderá o patrão em detrimento de Um colega?
O citado art. 843 da CLT dispõe que o cmpregadortambém pode ser substituído pelo gerente. Entretantohá mui:as pequenas empresas que não possuem gerentes:logo, ftca o empregador obrigado a comparecer ou sercondenado à revelía.
Desta feita, aqut nos colocamos em defesa das pequenas empresas que sobrevivem, muitas vezes, com o tra~
balho de uma mesma família, nem mesmo dispondo deum gerente. Este Projeto de Lei n' 4.303 /84 visa a corrigir tamanhas distorções e traduz os anseios do ConselhoVarejista da Federação do Comércio c dos Sindicatos doComércio Varejista do Estado de São Paulo.
O presente pronunciamento representa nosso favorecimento ao Exm' Sr. Olivier Mauro Viteli Carvalho, Presidellle do Sindicato do Comércio Varejista de CruzeiroSão Paulo, que, como wdos os demais interessados, aI:meja, através do projeto, conceder ao empregador o credenciamento de qualquer pessoa de sua livre escolhapara representá-lo junto às audiências.
'Assim sendo, apelamos para os nobres Parlamentaresno sentido de uma rúpida tramitação e aprovação da ma:tória. que virá em benefício de milhares de comerciantesda média, pequena e microempresa,
Era o que tinha a dizer.
O SR. ANTÔNIO AMARAL (PDS - PA. Pronunciao seguint.e dis,curso.) _. Sr. Presidente, passo a ler, paraque seja Illsendo nos Anais da Casa, discurso proferidopelo Sr. Antônio Oliveira Santos, Presidente da Confedcração Nacional do Comércio, por ocasião da visita doSr. Ministro da Indústria e Comércio àquela entidade:.. "Senhor Ministro Roberto Gusmão, .
A Confcderação Nacional do Comércio não o recebeapenas eom as homenagens protocolares devidas a umMinistro de Estado. Mas, acima de tudo, com aplausos eadmiração pela postura corajosa e realista com que Vossa Exceléncia procura firmar os alieerces da Nova República,
Mudança é fonte de esperança: e não resta dúvida deque a instalação da Kova República gerou verdadeiraexplosão de expectativas, muito além do que qualquerGoverno pode realizar, Não que os seus fundadores prometessem o impossível. O saudoso Presidente TancrcdoNeves sempre alirmou em alto c bom tom que não erataumaturgo, e a mesma linha de pragmatismo vem sendos~g.uida pelo Presidente José Sarney. Mas porque, comodiZia Pascal, o coração tem razões que a razão desconhece. E as grandes mudanças políticas acalentam o sonhode que as razõcs do coração possam prevalccer sobre asda própria razão.
Todos nós sonhamos com um Brasil mais próspero emaIS Justo, on de os benefícios do progresso se espraiem
Junho de 1985
por todos os grupos e regiões. No plano onírico, que põeem hibernação as leis econômicas da escassez, tudo se resolve com a máxima simplicidade: basta aumentar salários e congelar preços. Esse plano talvez deleite o egodos románticos, mas não alimenta o trabalhador quevive na realidade do dia a dia. E, no plano real, todos sabemos ou devemos saber que o Governo não cria riquezas do nada, e que não há respostas óbvias para problemas difíceis,
Após trés décadas de crescimento à taxa média de 7%ao ano, a economia brasileira sofreu o impacto com asduas dívidas, a cxtcrna c a intcrna, com a recessão dotriênio 1981-1983 e com a forte compressão dos saláriosreais, sobretudo os da classe média, Mais ainda, as taxasreais de juros transformaram-se no maior problema estruturai da economia, inibindo o investimento privado ea criação de empregos e sobrecarregando os próprios déficits do setor público, E a inflação de mais de 20ü% aoano destrói qualquer possibilidade de previsão económica, por mais que os nossos técnicos se esmerem em aperfeiçoar os mecanismos de indexação.
Por certo parte desses problemas foi o resultado dcchoques externos adversos, as duas crises do petróleo, aescalada dos juros internacionais, a valorização do dólarprovocada pelo déficit fiscal dos Estados Unidos, e a rccessão de 1981-1982 nos países industrializados, Outraboa parte, porém, se deve ao crescimento desordenadodas despesas públicas devido, entre outras razões, a umsistema de orçamentos múltiplos profundamente antidemocrático e que impedia que os gastos federais fossemauditados pelo contribuinte e pelo Congresso, Aos choques externos conseguimos responder vigorosamentepelo programa de substituição de importações e promoção de exportações iniciado em 1974. Já o déficit interno foi sendo empurrado para frente, eomo atestam asnossas sucessivas e mal sucedidas cartas de intenção aoFMI.
O principal desafio da Nova República é pôr em ordem as finanças públicas, sob pena de se descumpriremas suas promessas não apenas com as e1asses produtoras,mas sobretudo com os trabalhadores brasileiros, Nadamais fácil do que aumentar salários nominais, basta paratanto, uma penada do executivo, da Justiça do Trabalhoou dos próprios empresários, cientes de que repassarãoos reajustes da mão-de-obra aos preços. Difícil, emboranão impossível, é conseguir que os aumentos nominaisrealmcnte se transformem em ganhos reais dos trabalhadores, Valham-nos, nesse sentido, as lições da França deMitterrand e da Argentina de Alfonsín, Aumentar sa
'Iários congelando preços é a melhor receita para matar agalinha dos ovos de ouro, Aumentar salários deixandoque os empresârios repassem aos preços os aumentos decustos é um jogo de soma zero, onde o único premiado éa inflação
Rcelipcrar o poder aquisitivo das classes menos favorecidas é uma obrigação da Nova República, Os mais sadios dos remédios, o crescimento econômico, só surteefeitos a médio e longo prazo, A curto prazo, há muitosresultados que se podem obter, mas todos estão condicionados a uma solução: a queda dos juros reais abrindoespaço para que os assalariados adquiram fatia do quehoje é a remuneração do capital financeiro,
Essa abertura de espaço, porém, não comporta soluções simplistas. Quem determina os juros reais não sãoos banqueiros, mas o Governo, com o lançamento deseus títulos. Trocar o lançamento desses titulas pelaemissão de moeda é remédio tão inútil quanto congelarpreços e aumentar salários, Após breve onda de euforia,todos nós seríamos engolfados pela hiperinflação.Trocá-los pelo aumento de impostos ê apenas meia solução. Os indiretos atingem diretamente o bolso do povo, Os diretos ou recaem sobre os próprios assalariados,ou sobre as empresas, que perdem a capacidade de melhor os rem unerar. Alguns, possivelmente, alcançariamapenas ganhos de capital ou transferências patrimoniais,mas pouco ajudariam a combater um déficit de 85 triolhões de cruzeiros. Resta, em suma. passar a tesoura nasdespesas públicas que tão desordenadamente se acumularam nos últimos anos. Despesas que, na maior parte,acabam sendo pagas pelos menos favorecidos, ou pelosefcitos dos tributos, ou pela exacerbação dos juros reais,ou pela escalada da inflação,
O Comércio, Sr, Ministro, não pretende quc o Estadose esqueça de sua função social, num retorno ao capita-
DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONA L (Seção I)
Iiamo do século XIX. Mas pede que a Nova Repúblicaalente para as frustrações socialistas do século XX, e quemostraram que o desaparecimento da iniciativa individuai é a eutanásia da eficiência. Se a China c a Hungriaredeacobrem à sua moda os méritos do capitalismo; se osocialismo italiano de Bettino Craxi e o espanhol de Felipe Gonzalez concordam que os reajustes salariais devembasear-se na inflação projetada e não na passada, é porque o mundo da economia não é o do sonho, mas o darealidade,
Em todos os seus pronunciamentos, Sr. Ministro, vemos o toque de quem luta pelo pragmatismo na políticaeconômica da Nova República. Um pragmatismo democrático, e que parte do postulado de que, acima de tudo,é preciso respeitar a ordem jurídica, fora da qual inevitavelmente se descam ba para a anarquia, Por essa afinidade de ideais, Ministro Roberto Gusmão, receba a nossasolidariedade e considere a Confederação Nacional doComércio como sua casa."
o SR. JORGE ARBAGE - Sr. Presidente, peço a palavra para uma comunicação.
O SR. PRESIDENTE (José Frejat) - Tem a palavrao nobre Deputado,
O SR. JORGE ARBAGE (PDS - PA, Pronuncia oseguinte discurso.) - Sr, Presidente, o professor, exDeputado Federal e mestre da ciência do Direito Constitucional Célio Borja, conforme leio no Jornal de Brasíliade hoje, entende que, "uma consulta na própria cédula aser usada na eleição de 1986 é a fórmula preferida paraque o próximo Congresso tenha legitimados seus poderes constituintes, Na prática, reconhece, sua proposta épor um plebiscito".
E o jornal informa que "Célio Borja entende que essemesmo mecanismo pode ser usado para resolver a situação de um terço do Senado eleito em 1982, que nãopassarâ pela prova das urnas",
Faço o registro porque a tese do ex-Deputado CélioBorja está cristalizada na emenda à Constituição queapresentarei à Casa, segunda-feria próxima, propondo arealização de plebiscito para que o eleitorado diga daconveniência, ou não, de os futuros membros do Congresso Nacional e das Assembléias Legislativas serem investidos, a partir do pleito de 1986, na condição de legisladores constituintes.
O plebiscito, se aprovado pelo eleit~rado, será realiza·do sob os auspícios do Tribunal Superior Eleitoral, concomitantemente com as eleições gerais de 1986, cabendo
, ao eleitorado responder sobre ele na mesma cédula elei-toral em que exercer o direito de voto.
A consulta plebiscitária insere, ainda, o terço dosmembros do Senado Federal eleito em 1982, que não será submetido ao veredito das urnas,
O entendimento do ex-Deputado Célio Borja, hoje assessor especial da Presidéncia da República, coincide emgênero, número e grau com a proposta de emenda àConstituição que apresentarei ã Casa na próxima seman:.L Está com o número de assinaturas na Camara e noSenado já completas, Deixo de fazé-Io na sessão de hojeporque não há Ordem do Dia.
Conforme tenho defendido com insistência, só existemduas fórmulas de se estabelecer o poder constituinte:com a precedência da ruptura das instituições, caso emque a convocação da Assembléia Nacional se dará porconvocação de um dos poderes, o Executivo e o Legislativo, e, ou, atravês de eleição plebiscitária, esta cum duasvariantes: a de homologar, pelo referendum popular, aConstituição antes promulgada pelo Congresso, parainvestí-Io do poder constituinte, e a de realizar o plebiscito concomitantemente com as eleições gerais,
A última hipótefle, assim como a segunda variante,não tem similar na história do poder constituinte no Brasil e no mundo, Eidéia criativa nossa. Talvez a mais democrática, porque o eleitorado, no momento em que escolher o seu representante nas duas Câmaras do País cnas Assembléias Legislativas, já o fará consciente de queéle será ungido da prerrogativa de legislador constituin·te,
Contudo, haverá no próprio plebiscito que pretendemos submeter à douta deliberação do Congresso Nacional um fato especial. Refiro-me ao terço do Senado cujomandato expira em 1990. Só encontramos uma alternativa para não deixá-lo como corpo estranho entre legisla-
Súbado 8 5775
dores que serão eleitos com fim específico de elaborar afutura Constituição do Brasil: submeter o terço do Senado, na mesma eleição de 1986, à consulta plebiscitária,Com isto, a resposta positiva do eleitorado o revestirâdos mesmos poderes constituintes atribuídos aos candidatos que venham a ser eleitos para a Câmara Federal eo Senado da República.
O impasse, no caso, estará dirimido.A hipótese do referendum popular à Carta Fundamen
tai antes promulgada pelo Congresso foi aquela adotadapor Charles de Gaule, na Constituição francesa de 1946,No caso, a terminologia jurídica não seria poder constituinte originário, mas transformação dos Congressistasem legisladores constituintes, o que é vâlido, porque opovo, na sua soberania, assim o deliberou,
à margem das hipóteses citadas, todo e qualquer fundamento que respalde propostas de instalação do poderconstituinte é improcedente, demagógica e timbrada desimples balão de ensaio.
Se há propósito de instalar uma Assembléia NacionalConstituinte, considerando que o Brasil está sob tutelado Estado de Direito, a solução adequada está circunscrita à realização do plebiscito na mesma eleição de1986, De outro modo, cometeríamos a heresia de sofismar à Nação, dando-lhe como poder contituinte uma ditadura constituinte. O que derrubaria o disfarce mais cedo, se aceitâssemos que uma comissão alheia ao Congresso Nacional ficasse com a incumbéncia de elaborar anova Carta Magna para depois impingí-Ia à aprovaçãopelos representantes do povo.
Era o que tínhamos a dizer.
V - O SR. PRESIDENTE (José Frejat) - Passa-se oGrande Expediente,
Tem a palavra o Sr, Siqueira Campos.
O SR. SIQUEIRA CAMPOS PRONUNCIA ODISCURSO QUE. ENTREGUE,l REVISÃO DOORADOR, SERÁ PUBLICADO POSTERIORMENTE.
O SR. JORGE ARBAGE (PDS - PA. Pronuncia oseguinte discurso.) - Sr. Presidente, nota 10 para aNova República, Jamais se presenciou, na história destePaís, taritas medidas inovadoras em tão pequeno lapsode tempo. Superada ~ "briga de foice" entre os integrantes da Aliança Democrática pelo espólio dos cargospúblicos, da qual os resíduos ainda por disputar já nãoincomodam - começaram a explodir os impactos noscombates às mordomias, aos gastos supérfluos, aos latifúndios ímprodutivos, aos funcionários fantasmas. aoscomensais das residéncias oficiais e aos ocupantes indevidos de apartamentos do Estado,
A seguir, o milagre operado na área econômica: inflação em queda vertiginosa, de 13 para 10,5% depoispara 8,8% e agora para 7,5%; previsão de crescimento doPaís, para 1986, de 6,7%; superavit de 11 bilhões de dólares na balança comercial para o exercício corrente; aumenlo de 89,2% para o funcionalismo público, com perspectiva de concessâo do 13'.
Sem muita demora. promessa de um plano de emergência para o Nordeste, com investimentos iniciais detrés trilhões de cruzeiros; socorro para a recuperaçãoimediata de mais de 2,000 quilômetros de rodovias federais, inclusive a bastarda Belém-Brasília; aplicação desoro financeiro nos organismos do COMIND e BancoAuxiliar, em montantes globais de quase dois trilhões decruzeiros, sem necessidade de autorização legislativa,que foi exigida para o caso SuIBrasileiro c Habitasul;condignas c:oncessôes de honras e glórias à cultura nacional, que 1utaH e está conseguindo minimizar a rigidez daLei de Censura, a fim de torná-la mais permissiVll aosapetites daq ueles aos quais tanto incomoda.
Sr. Presidente, qualquer memória é estreita confesso-para gravar o imenso acervo de propostas queum Governo, em menos de 90 dias, conseguiu projetarno cenário político e administrativo do País,
Ouço com muito prazer o nobre Deputado Maçao Tadano,
O Sr. Maçao Tadann - Deputado Jorge Arbage, osíndices levantados por V. Ex' foram conquistados dianteda recomendação que o Banco Central e o Banco doBrasil receberam para que se mantivessem o saldo-caixaatê 31 de maio passado, para justificar a posição nas negociações perante os técnicos do FMI, antes tão eritica-
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dos pelos Partidos que representavam, à época, a Oposição que hoje está no Poder, Muito breve, através denossas palavras, que subscritaremos V. Ex' conheceránossa posição em relação aos recursos que estão sendoenviados ao Nordeste para atender à denominada indústria da seca ou indústria das enchentes. Com relação ásúltimas enchentes, ocorridas naquela região, foram levantados dados de quinhentos a um milhão de desabrigados e man dados para lá, trés trilhões de cruzeiros. Eveja V. Ex' no último Orçamento, de 1985, qual a posição da nossa Amazônia, do nosso Centro-Oeste oumesmo do Extremo Sul e do Centro-Sul em relação aonumerário que o Nordeste tem levado na onda das secasde das enchentes. Nós, que aqui representamos a préAmazónia, a Amazônia, o Centro-Oeste, o Extremo Sul,vamos denunciar á Nação a aplicação desses recursos.Não somos contra o atendimento aos nossos irmãos doNordeste. e, sim, eontra a forma eomo é fcito - comman~-hctcsl alardes, aplicações indevidas de recursos.
o SR. JORGE ARBAGE - Deputado Maçao Tadano. louvo a Deus pelo socorro que V. Ex' presta ao meupronunciamento. Diz V. Ex' com muita precisão, compalavras que realmente não induzem a nenhum disfarce,que toda essa gama de propostas que estão sendo adotadas, hoje a nível de Governo Federal seria. em termosmais candentes, uma amostragem para a Amazónia ver,
.para os credores internacionais verem.~- V. Ex' enYoca também um outro aspectofundamneÚI1,que não poderá passar despercebido em nosso pronunciamento: a desigualdade e a injusta e abominável discriminação que a Nova e também a Velha República, se éque ambas existem, fizeram no curso dos anos contra aRegião Amazônica. Sabe V. Ex' que em algum períododa História brasileira a Região Amazônica era umproblema dos mais sérios e graves para a própria segurança do Brasil. Falava-se. àquela altura. na possibilidade da ocupação alienígena; não a ocupação que pudesseser feita de modo passivo, mas a que chamaríamos. "namarra".
Tudo is<o ia-se neutralizando, e hoje me convenço deque se tratava nada mais, nada menos do que uma manobra para isolar a Região Amazônica do progresso c doprocesso de desenvolvimento brasileiro. Hoje. porém,nós, que ontem éramos um problema, um risco, um perigo para a própria segurança do Brasil, somos, DeputadoMaçao Tadano, a própria e viva solução para os graves eperigosos problemas do Brasil. E lá, naquele solo e subsolo abençoados, o Governo da República está refestelando o estômago na Nação com a exploração, que eudiria nem sempre justa e racional, das nossas riquezasminerais e naturais.
V. Ex' diz bem que deveremos, sempre que possível,verberar este injusto eatrevido divisionismo que faz comque a Amazônia brasileira deixe de ser o maior, o maissaudúvel. o mais rico e O mais majestoso pedaço de chãodo Brasil.
Prossigo. Sr. Presidente.Agora, estoura como bomba de grande calibre o pacto
nacional. Lembro-me de que. no auge do processo detransição política, que exigia do ex-Presidente Figuciredo uma certa habilidade para consolidar o ordenamentojurídico que iniciara com o-projeto de anistia, foi proposta uma trégua, como forma de possibilitar os avanços nademocratização do País. A proposta, porque não definiacom clareza os objetivos, foi, por isso mesmo, mal interpretada. Houve quem arriscasse afirmar que o Governoestava reconhecendo o perigo da dcsestabilização. querendo, assim. apegar-se á um período de trégua para refazer suas energias.
Na vedade. Sr. Presidente. nada disso era procedente.A trégua política, proposta pelo ex-Presidente não eramais que uma variante para solidificar a abertura democrútlca que mais tarde se tornaria. como afinal se tornou,o degrau de subida das Oposições ao Palácio do Planalto. E por estranha ironia do destino, com o PresidenteSarney na vanguarda.
De ordinário, a trégua política do último Governo daRevolução foi rejeitada e atirada no vácuo do esquecimento. Tu do porque, segundo os líderes oposicionistas,não especificava, com clareza. os objetivos de quem apropunha.
E o decantado pacto nacional. que acaba de ser proposto pelo Presidente José Sarney, revelaria os mesmos
DfÁRro DO CONGRESSO NACIONAL (Seção f)
sintomas de fraqueza que as Oposições de ontem, comênfase invulgar, atribuiam ao ex-Presidente Figueiredo,ou tem conteúdo mais amplo que induza a atrair os Partidos Políticos para que formem o mutirão ecumênicoem torno do Governo. de sorte que a este seja facilitada atarefa missionária de conciliar e resolver os problemaspolíticos, sociais e econômicos que nos desafiam?
Sinceramente. enquanto suscitamos dúvidas. de que atrégua política acenada pelo ex-Presidente João Figueiredo visava a disfarçar o adversário para o retemperamenta das forças do Governo, não temos igual pensamento quanto ao Pacto Nacional que deflui da vontadedo Presidente José Sarney.
Nesta segunda hipôtese, é visível a prcoeupação com afrllgil base de sustentação política que a Aliança Democrática se propõe oferecer ao Governo da Nova República. O Presidente Sarney, com a experiência de vida pública que possui, já deve ter percebido a falta de ajustamento de idéias nos líderes partidários do PMDB e do PFL,apressando-se, por força da intuição, e sobretudo da inteligência, em convocar a Nação para um Pacto Nacional que englobe o trinômio fundamental para a hora presente: o social, o político e o económieo.
Em princípio, não vemos como reprovar a idéia doGoverno. Se o propósito do Pacto Nacional é o de arregimentar as forças políticas para colocá-Ias a serviço doBrasil, por que nos insurgimos contra ele? Porém, seriaprudente aos convocados para integrar o pacto que oGoverno definisse as linhas mestras em que deseja firmálo, assim como os objetivos primadais que vãodirecioná-lo, de sorte que suas conveniências sejam previamente examinadas, antes da ocorrência de sUa consolidação.
Não dcixaria de ser utópico o ingresso num bloco monolítico, que exigirá menos direitos do que deveres c responsabilidade" sem que se saiba, realmente, em querumo vai caminhar na busca de soluções para o bemestar do povo brasileiro.
De outro lado, a proposta não deve ser repelida a príma faeie, com a baba do radicalismo ortodoxo, assimcomo ocorreu no episódio do Governo Figueiredo, poisisto poderá gravar algum prejuízo de caráter irreversível,que vcnba a colocar o Governo no Panteão dos Heróisnacionais e a classe política no pelourinbo da execraçãode todos os brasileiros.
É claro, Sr. Presidente, que os construtores da NovaRepública deviam ser um pouco mais comedidos na volúpia que os tém levado aos excessos da notoriedade. Aoinvés de alardearem, sob a tutela do sensacionalismo,tudo aquilo que prometem fazer, não seria mais éticoexecutar as promessas c depois colocar a boca no trombone para que todo o País ouça a glória de tais conquistas?
Porque, em menos de 90 dias. a Nova República c seusconstrutores se mostraram férteis de idêias criativas emuito pouco puderam realizar, começam a surgir suspeitas que invalidam os princípios de austeridade evidenciados como lema do Governo instalado em 15 de março de1985.
Ouço o nobre Deputado João Paganella.
O Sr. João Paganella - Nobrc Deputado Jorge Arbage. ouço com toda atenção, a profunda análise que faz,com a propriedade que lhe é característica, do momentopolítico que vivemos. V. Ex', Deputado Jorge Arbage,me faz recordar - e já o disse aqui em outra ocasião,como representante que sou de Santa Catarina em primeiro mandato, eleito pelo nosso PDS - momento emque fui induzido pelo Presidente José Sarney a me posicionar contra os meus princípios e votar contra a Emenda Dante.de Oliveira, que reslabelecia as eleições diretaspara o País. E, hoje vejo o Presidente Sarney, eleito pelavia indireta, que presidiu o nosso partido no passado,buscar através do chamado pacto nacional, apoio unánime ao seu Governo. Parece até uma espécie de mexicanização do nosso País. porque as forças políticas que oapóiam, segundo se constata, seriam suficientes, inclusive. para Ihc dar o rcspaldo político de que necessita pararesolver os problemas da nação. Acho que o pacto, Deputado Jorge Arbage, é uma cortina de fumaça que se está estabelecendo para desviar a atenção do povo brasileiro dos seus problemas cruciais, que não foram ainda atacados, que estão sendo relegados a segundo plano e cujaa solução não chega, conforme deseja todo o povo. De
Junho de 1985
sorte que esse pacto, para mim, não objetiva outra coisasenão estabelecer - repito - essa corlina de fumaça efazer com que o povo brasileiro - quem sabe? - esqueça aquilo que tanto lhe prometeram, ou seja, reais soluções, especialmente nos campos social e eeonômico.No campo político. a,. instituições funcionam todas. Aemenda constitucional que aprovamos aqui restabeleceuuma série de princípios reclamados pela Nação. Acreditoque é. preciso mesmo mais seriedade no campo social eno campo econômico. Ouvi ateontcrn, se não me engano,o Ministro Pedro Simon, numa entrevista à televisão,afirmar que o Governo vai dar alimentos gratuitos paraa população carente. Não é verdade. A cabal vai venderos alimentos. Então, tudo está no mesmo diapasão, nomesmo sentido. E pacto político nacional, para mim,não passa de balela.
O SR. JORGE ARBAGE - Nobre Deputado JoãoPaganella. recordo o aparte de V. Ex' como se fosse aimagem de uma luz que eu pudesse visualizar no fundodo túnel. porque me t~az um tema que não estaria inserido no formalismo do pronunciamento, mas que agorafaço questão de abordar.
O Presidente Sarney. durante vinte anos, foi, a meujuízo, uma das melhores ovelhas do aprisco revolucionário. Esta ovelha foi arrebatada pela oposição de onteme situação de hoje, para ser, do lado de lá, o monitor corajoso, idealista, de bons propósitos, para a solução dosproblemas deste País. IE afirmo a V. Ex' que sentiria profundo constrangimento, na alma e no coração, se um diaa circunstância me fOin;asse a subir a esta tribuna paracriticar, em sentido direto ou até indireto, a figura respeitável de José Sarney. Mas me sentiria frustrado. Excelência, se, mesmo tendo que enfrentar a circunstância adversa, usasse o siléncio ao invés da crítica para denunciaros cxcessos deste Governo que. lamentllvel c desgraçadamente, está sendo mal informado sobre a realidade daproblemática econômica e social brasileira.
Com muita honra, ouço V. Ex', nobre DeputadoMaçao Tadano.
O Sr. Maçao Tadal"o - Ouvindo V. Ex', DeputadoJorge Arbage. fazemos uma reflexão. Normalmente, águas passadas não movem moinhos. mas apenas para fazer um quadro comparativo. A Nova República nasceusob a tUlela da infidelidade...
O SR. JORGE ARBAGE - Bem definido, nobre Deputado.
O Sr. Maçao Tadano - ... e de uns tempos para cá, infidelidade virou sinônimo de honestidade, de expectativa, de salvamento. Mas pergunto. será que vai haver naNova República fidelidade no trato com os brasileiros?Serú que houve fidelidade com os brasileiros, com osproprietários de terra, quando lançaram a reformaagrária - necessária, útil, quando bem e responsavelmente feita? Como está sendo feita a reforma agrária?Para provocar inimizade entre irmàos, brasileiros domesmo sangue. numa mesma terra. num mesmo estado,numa mesma região, num mesmo município, até numamesma família? São essas coisas que não devem acontecer. Tem que haver seriedade e fidelidade conosco.
O SR. JORGE ARBAGE - Obrigado, nobre Deputado Muçao Tadano. V. Ex' aborda outro tema de muitaprofundeza, que deve:ria e deve merecer o exame e a cautela do legislador pátrio.
V. Ex' falou sobre (} instituto da infidelidade. Ora. Ocputado Maçao Tadallo, somos ainda um Pais subdesenvolvido, que engatilha a duras pcnas para alcançar o estágio de descnvolvim<:lllo. E quando se falou, neste País,que a infidelidade o havia feito ruir na sua base. lamentavelmente ela extrapolou os limites da fronteira políticopartidária para o próprio terreno social. Se V. Ex' pudesse e a mim fossc possível fazer uma pesquisa cartorária,iríamos licar perplexos ao verificar que, a partir da queda da fidelidade - que não se explicava se era partidáriaou conjugal- o Pais mergulhou numa onda de desquite,de divórcio. e hoje estamos a recolher os frutos preocupantes, com a instituição familiar, tanto a instituiçãopolítica, social e econômica, caminhando a passos largospara o abismo e para o caos.
Nesta hora não temos de acreditar nem na Nova República nem na Velha República nem nos homens de on-
Junho de 1985
tem nem nos homens de hoje. A nossa fé tem que ser centralizada apenas em Deus. o único que poderá salvar oBrasil de uma caminhada difícil e de uma queda no abismo.
Sr. Presidente. ainda em seguimento ao meu pronunciamcnto buscaríamos exemplo mais típico de que a"pressa é inimiga fidagal da perfeição", quando nos miramos no caso do projcto nacional de reforma agrária,que, ao invés de fincar a bandeira da paz no campo, armou o confronto da guerra entre proprietários, posseirose grileiros de terras?
Negar ao Presidente Sarney ó mérito de que estar imbuído de bons propósitos para resolver os graves problemas do povo brasileiro seria indeseupável injustiça. Mas,procurar esconder o que está visível no estilo de açodamenta que ameaça comprometer a credibilidade do Governo, isto, nem o cego da Bíblia, hoje multiplicado entrenós, correria o risco de ignorar.
O Presidente da República, reconhecemos todos, poderá chegar a bom termo nas negociações que busquemconduzir o País à formação de um pacto nacionaL O fracasso, ou o sucesso das gestões vai depender fundamentalmente de quem esteja credenciado para deslanchá-las:se o próprio Governo, como sujeito eentralizador dodiálogo, ou através de emissários a quem confira o ordenamento da missão.
Em qualquer hipótese, Sr. Presidente, uma coisa estáimplícita na exigência do pacto nacional: que o Governoesmiuce com clareza as diretrizes que norteiam os seusobjetivos. Sem isto, dificilmente encontrará Kamieazespara uma aventura no trapézio perigoso do imprevisíveL
Sábia esta mensagem de otimismo fluída do pensadorA. C. Jesus;, "A mão que nada oferece nada pode receber". Ótima, também. para iluminar as mentes dos luminares da Nova República!
Era o que tínhamos a dizer. (Palmas.)
O SR. ANTÔNIO CÂMARA (PMD B - RN. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, Srs. deputados, sob osigno da infidelidade, a Velha República queriaperpertuar-se no poder, e não foram poucas as declarações do eandida to de extrema - direita à Presidênciada República, alardeadas à Nação inteira, de que contava com vários votos de Deputados oposicionistas. Portanto, Sr. Presidente, não procedem as declarações feitasnesta Casa, hoje, segundo as quais a Nova Repúblicanasceu sob a égide da infidelidade. Pelo contrário, a Velha República quis perpertuar-se através deste expediente, e aqueles que compuseram a Aliança Democrática ofizeram publicamente.
Sr. Presidente, Srs. Deputados, hoje, com convicção,podemos dizer que a luta do povo brasileiro por umaNova República não foi em vão. Um Brasil novo, retemperado nos 21 anos de autoritarismo desmedido, de impunidades descabidas e vcrgonhosas, começa a nasccrcom a força que só os governos legitimados nas praçaspúblicas conseguem deter.
O Presidente José Sarney, nosso candidato à VicePresidéncia da República, viu·sc dc repente sob o pesode assumir a Presidéncia da República, num dos momentos mais graves c perigosos vividos pelas instituições brasileiras nos últimos anos. A fatalidade que vitimou o saudoso Presidente Tancredo Neves não fez sucumbir, con·tudo, a Nova República que, com o seu ideário, representa as aspirações de todo o povo brasileiro.
O Brasil hoje sabe quc o Prcsidente José Sarney estápreparado para as graves responsabilidades que lhe pesam sobre os ombros. Como tancredo Neves, assimilou avontade nacional de devolver a vergonha a este País tãocastigado pela corrupção e desmandos que a impunidade, no seu seio farlo, soube acolher.
Felizmente esses tempos estão ficando distantes. Vivese hoje um novo Brasil de esperanças e rcalidades. E ainda não completamos três meses de Nova República.
Se voltássemos no tempo, à noitcde 25 de abril do anopassado, quem poderia imaginar que hoje teríamos apro·vadas, sem sobressaltos, as eleições diretas para Presidente da República? Os Parlamentares aqui presentestém certamcnte gravado na lembrança o quadro de umaBrasília sitiada, submetida pelas abcrrantes medidas deemergéncia, sob o comando de um general ensandecidopela prepotência. Bradindo seu cajado, agredia o povo,esmurrava Deputados, pressionava o Congresso, submetia a demcracia que tentava emergir. Tudo sob o olhar
DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I)
complascente de enfastiado Presidente da Repúblicaque, em seus desmandos, cometera mais este.
As eleições diretas scrão aprovadas sob a égide daNova República, e o País dá os primeiros passos na trilha segura da democracia, sem sobressaltos. Outros dispositivos de exceção estão sendo retirados, sem traumas,da nossa Carta Magna.
Em 1964 o Presidente constitucional João Goulart eraderrubado pela violência dc um golpe militar porque,principalmente, pretendia implantar a reforma agráriano País. A partir daquele momento o Brasil passou porum retroccsso político e institucional nunca imaginado.
Hoje, a justiça social avizinha-se dos campos. A proposta para elaboração do primeiro plano nacional de reforma agrária a ser aperfeiçoado, depois de ouvida todaa sociedade e o Congresso Nacional, deverá ser aprova·da. Não hã motivos para sobressaltos. É um aperfeiçoamento do estatuto da terra do primeiro Governo da chamada Revolução. nunca cumprido. Só que, agora, cssaproposta caracteriza-se pelo crivo da democracia. Nãoserá imposta à Nação. como imposto foi o Estatuto daTerra. Será, isto sim, com ela discutida, nela enriquecidae, nesta Casa de leis, aperfeiçoada, como ocorre em todoe qualquer regime autenticamente democrático. Aí, sim,implantar-se-á a reforma agrária, para fazer despertar oscampos, transformá-los em produtivos, recuperando cstcimenso País de grave crise económica a que foi levadopelos dcsmandos cometidos principalmente nas duas últimas décadas.
Quem poderia falar em reforma agrária há cinco, três,há um ano, sem receber a alcunha de subversivo e passara figurar nos assombrados arquivos da comunidade desegurança?
Não estamos mais enlouquecidos de esperança, masconscientes de que faremos deste País uma grandeNação. Um belo país está sendo reconstruído das cinzas.
Nos últimos dias - quem poderia imaginar? - umgeneral, aquele mesmo Newton Cruz que cheio de autoridade indevida ccrcou Brasília, teve de comparecer auma delegacia policial, perante um delegado, para esclareccr suas ligações com o assassinato do jornalista Alexandre Von Baumgarten. Inconcebível tal fato três mesesatrásl Hoje, acontecimcnto comum para o povo, quepassou a ver em atitudes como essa a legitimação de umademocracia que ajudou a implantar.
E é preciso neste momento louvar as autoridades militares deste Governo que, em momento algum, tentaram,como no passado, impedir que a justiça scguisse seu ca·minha normaL E o País não passou por nenhum sobressalto, por nenhum transtorno, por nenhum medo. Aocontrário, cresceu. Valorizou-se perante o seu povo, perante a comunidade internacional.
Com atitudes como essa a que nos referimos, asForças Armadas readquirem o seu prestígio perante aNação, comprometido nos últimos anos por algunsmaus militares que deixaram manchas que a democraciacomeça a remover para o bem da instituição e, mais ainda, do próprio País.
Três meses é um tempo curto demais para a enormetarefa de arrumar este País - tão bem desarrumado nasduas últimas décadas - e ainda responder aos novos desafios que a cada dia surgem. Não se pode fazer tudo emtão curto espaço de tempo! O que já foi feito. pela suasignificação e alcance. é surpreendente e tem o reconhecimento nacional. Dispomos ainda dc mais de três anospara realizar tudo aquilo que durante a campanha Tancredo c Sarney se propnseram em nome de toda a Nação.Dev~mos todos, ficar unidos pela democracia e pela
soberania da Pátria. Jamais os sagrados direitos e a vontade do povo podcrão ser desrespeitados impunemcnte.Nunca foram tão profundos o sentimento, a consciência,a mobilização e a unidade nacionais. Não nos esqueçamos de que o saudoso estadista Tancredo Neves colocoua Pátria ao lado do povo, de pé, íntegra e soberana. Porconsegui ntc. nada, jamais, poderá dobrá-Ia. Os brasilei·ros exigem democracia cada vez mais autêntica e identificada com o povo. Uma sociedade justa, livre de todas asseqUelas que entravam o seu desenvolvimento económico, político e social.
Desejamos uma economia pujante, como é de nossavocação. Comprometida, anles de tudo, com a realização e o bem-estar dos brasileiros. Uma economia participativa. de justa distribuição da renda. Uma presença
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internacional solidária mas, a qualquer preço, garantidora da soberania nacional.
Mas esta política cconómica não poderá jamais seafastar dos princípios dajustiça social, fundamento básico da nossa proposta da Nova República. Proposta domeu partido, o PMDB, da qual nunca se afastou durantetodo o período em que csteve na Oposição e não irá seafastar no Governo, lutando contra a ditadura, o arbítrio, o privilégio. Só com princípio como este existirá esperança para os milhões de pobres c injustiçados doNordeste brasileiro, cujas potencialidades muito poderão contribuir para a recuperação da economia nacional.Nós, nord,,~tinos, não pedimos nenhum privilégio. Pedi-omos apenas justiça através da participação na proporçãodo tanto que contribuimos para a riqueza do País.
Os compromissos da Nova República com o Nordestesão plenamente conhecidos por todos. Como disse o saudoso Presidente Tancredo Neves, nossa região não é s6a primeira prioridade do Governo, mas é a mais importante e a mais urgente dentre todas as prioridadcs nacionais.
Sr. Presidente, abro um parêntcse para dar testemunho de um grandioso trabalho que presenciei, na semanapróxima passada, no interior do Rio Grande do Norte,precisamente em Touros, para enfatizar a carência doNordeste c a importância de urgente assistência à região,como dizia Tancredo Neves. CinqUenta e cinco profissionais da Saúde, entre médicos, dentistas, enfermeiros,assistentes sociais e nutricionistas, dirigiram-se àqueleMunicípio - Uma das regiões mais pobres do Estadoe dedicaram-se, das nove horas da manhã às seis da tarde, a um trabalho abnegado. Faziam parte do InstitutoVarela Barca, criado no Rio Grandc do Norte para estudos e aSRistência social. Esses profissionais percorrerama sede do Município de alguns distritos do interior deTouros e atenderam a nada mais, nada menos de 7.600pessoas, em consultas médicas e odontológicas. Quero,pois, demonstrar a necessidade urgente da recuperaçãodo Nordeste, daqueles irmãos nordestinos que tantocontribuíram para o engrandecimento de nossa Pátria. ONordeste não se sente inibido nem envergonhado de dizer que necessita não de esmolas, mas de uma políticadefinida para sua recuperação completa, porque as suaspotencialidades existem, são latentes, faltando apenasum direcionamento para que se possa integrá-lo, de umavez por todas. no desenvol\;mento nacional.
Portanto, Sr. Presidente, louvo o trabalho abnegadodc 55 profissionais, que tiveram uma amostra in loco dasnecessidades, sobretudo no cam po da saúde, de nossosirmãos do Rio Grande do Norte. Reafirmada esta importante e urgente prioridadc, não temos o que temer.
"O compromisso de Taneredo Neves é o nosso compromisso. O queeJe prometeu realizar, ao longo de nossacampanha política, será fielmente realizado. Nada seráesquecido", nos disse O Presidente José Sarney, que, comserenidade e dignidade, dirige os destinos da Nação.
Ec confiando nas palavras dos dois presidentes que oNordcste cspera sua vez. As populações sofridas pela inclemência do tempo e castigadas pela insensibilidade dealguns aguardam o momento de sua redenção, de sua integraçào no País, do seu reconhecimento como parte integrantc da Nação.
O Brasil quer um pacto social. E uma necessidade daNação, uma garantia de consolidação do regime democrático. das instituições, da Nova República. Este pactosocial deve envolver uma ampla negociação, passandopela área sindical, pelos partidos políticos e chegando atodos os setores da sociedade. Tudo nos leva a crer que oPresidente José Sarney está encontrando dados extremamente inquietantes sobre a situação do País, exigindo-se,portanto, mobiliza""o excepcional de todos os segmentos da nacionalidade, de compreensão e até de tolerancia.
Este pacto social, contudo, não se poderá caracterzarpelo artificialismo. Todo o Pais sabc das lutas políticasnos Estador.. Em alguns deles, os partidos que compõema Aliança Democrática são rivais. Esta é uma situação defato que não poderá ser alterada em um passe de mágica.Avizinha-se, felizmente, uma eleição para Prefeito dascapiL~is. Certamente as disputas eleitorais serão inflamadas. O choquc dc idéias, salutar, será evidente. Será umaluta árdua. mas responsável. Nunca poderemos nos afastar das questõcs regionais, mas não poderem()~p.e!derdevista que, acima delas, precisamos preservar a unidade
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nesta Casa, até porque os incorformarlos com a nova ordem, os insatisfeitos com a democracia, os aprovcitadorcs irrecupcrÉlveis esperam na surdina a oportunidade desaciar seus desejos pela volta do autoritarismo, da ditadura, para que possam novamente sc locupletar na impunidade, no arbítrio.
Diante de tudo isso só nos assusta, ás vezes, o açodamcnto de alguns governadores que, no ara de conquistarespaços dentro do Governo, viciados no regime de mando absoluto. não escondem até ameaças de chantagem.procurando ganhar posições. O vício do fisiologismoainda não os abandonou. Arvoram-se em guardiões dosEstados como lastro aos seus pleitos, esquecendo-se deque nas democracias o Legislativo divide com o Executivo as obrigações de dirigir a Nação, cada um de acordocom as suas competências,. "'Uma democracia que louvam na Nação, mas que não praticam nos seus Estados".
Sr. Presidente, chamo a atenção desta Casa para o queacabo de ler; "Uma democracia que louvam na Nação,mas que não praticam nos seus Estados". O Rio Grandedo Norte tem 35 Prefeituras do PMDB. O Governo subverteu a ordem, pois implantou Prefeitos de fato, paraque não fossem atendidos os Prefeitos eleitos livrementepelo PMDB. É terminantemente proibido a qualquer órgào do Governo manter contato com esses Prefeitos,numa discriminação absoluta, que, muitas vezes, foi denunciada nesta Casa, não só por mim como por outroscompanheiros. Pois bem somos, do Governo na República, e nos perscguem c discriminam em nosso Estado.
Alguns, não devidamente afinados com os princípiosda Nova Rcpúbliea. pretendem manter nos cargos aqueJt:s que foram instrumentos do arbítrio, das injustiças eda política de privilégios, em detrimento dos que, durante mais de duas décadas. lutaram contra tudo isso, arcando com o ônus de ser oposição. A proposta da Nova República é mudar. Vamos mudar. Estamos mudando, ainda quc lentamente, em parte pela terrível comoção a quefomos submetidos pela perda do grande líder que Minasmandou para o Brasil.
Os principias doutrinários do PMDB não podem serpostergados. A luta de hoje é a mesma de ontem. SomosGoverno, assumimos o Governo, somos um partido noGoverno c não do Govcrno, dcmos a maior contribuiçãopara a eleição do Presidente Tancredo Neves - conseqUentemente, do Presidente José Sarney, a quem tributoum crédito de confiança quanto ao futuro do País. Pretedemos que o País que se constrói agora tenha como máxima a justiça social, a solidariedade, e, como fim absoluto, o homem, sendo o Estado apenas um instrumentode s~a promoção.
A Nova República foi feita nas ruas. Sobreviveu àmorte do seu maior idealizador, exatamente por isto. Épreciso manter o povo pemantemente mobilizado, parlicipando, influindo. É ele a fonte do poder. Sem ele o poder se esvai. É dcle que a Co nstituinte de 86 trará suasforças, seu ideário. É dele que nunca nos poderemos divorciar. (Palmas.)
o SR, VAJ"MOR GIA VARINA (PMDB - PRo Semrevisão do orador.) - Sr. Presidente, Srs. Deputados,disse o poeta quç "por uma senda de escolhos ia um cegoe um trovador. Mais vê o cego dos olhos do que o cegode amor. Chega o cego e nos escolhos fica eterno o trovador, porque mais vê um cego dos olhos do que um cegode amor".
Quando ouvia há pouco, o Deputado Siqueira Campos percebi que S. E.' não vê porque está cego de amorou de ódio. E não vé, Sr. Presidente, porque quer traçarparãmetros entre a Velha República, falecida, felizmente, e a Nova República, que, como disse o nohre Deputado Antônio Câmara, nasceu das ruas, das praças e do entusiasmo do povo.
O Sr. Jorge Arbage - Permitc-me V. E.' um aparte?
O SR. VALMOR GIAVARINA - Nem comecei ainda, Deputado Jorge Arbage, mas concedo o aparte V.Ex' Depois eu recomeço.
O Sr. Jorge Arbage - Não é minha pretensão interromper o brilhante discurso de V. Ex'
O SR, VALMOR GIAVARINA - V. Ex' não podedizer que é brilhante, pois nem comeceí ainda.
DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I)
o Sr, Jorge Arbage - Mas só pelo fato de V. E•• assomar à tribuna já demonstra, pelo seu valor, que o discurso será brilhante. Mas é para não perder a oportunidade, quando V. Ex' falou na falecida República. Queroajudá-lo a não incorrer em equívoco, porque creio estaro Presidente Sarney bem vivo.
O SR, VALMOR GIAVARINA - V. Ex' entendeu oque eu quis dizer.
O Sr. Jorge Arbage - Entendi e quero socorrê-lo.
O SR. VALMOR GIAVARINA - Agora se faz de desentendido.
O Sr. Jorge Arbage - Absolutamente.
O SR, VALMOR GIAVARINA - Até porque, nobreDeputado, se V. Ex' quiser sintetizar a Nova Repúblicaou a Velha República na pessoa do Presidente José Sarney, teremos de admitir que a Velha República nunca vaifalecer, porque a Nova República foi inaugurada comuma Aliança Democrática, incluindo gente do PFL, gente que serviu à Velha República - que está falecida - edela tam bêm se serviu. Mas alguma coisa se salvou. Continuo ouvindo V. Ex'
O Sr, Jorge Arbage - Nobre Deputado VaI mor Giavarina, admito que a Nova República exista. Às vezes,como açodamento do debate, procura-se dcsviar o sentido do pensamento. Mas quero dizer a V. Ex' que ela estánascendo das raízes da Velha República.
O SR. VALMOR GIAVARINA - Talvez com o adubo da Velha República, mas não com a raiz da Velha República.
O Sr. Jorge Arbage - V. E.' não pode colocar homens de tamanha dignidade, que estão hoje no poder, nacondição de adubo. E nem seria esse o pensamento de V.Ex'. senão como resultado do açodamento.
O SR. VALMOR GIAVARINA - V. Ex' está confundindo adubo com esterco. Falei adubo e não esterco.
O Sr•.Jorge Arbage - Então V. Ex' deve distinguir obom sentido do adubo com que conota os homens daVelha República.
O SR. VALMOR GIAVARJNA - V. Ex' foi quemdistorccu.
O Sr. Jorge Arbagc - Quero eoncluir dizendo que aVelha República se assemelha muito com a Praça Onze:é imortal. Queira ou não, todas as vezes que pretenderemexaltar o papel da Nova Repú blica - e estaremos aquipara ajudar V. Ex' quando ela realmente colocar o tremno trilho -, V. Ex' nunca haverá de esquecer que aNova República é produto do ventre da Velha República. Is.so não está à mercê nem da vontade de V. Ex., nemda nossa, mas da vontade da própria História brasileira.
O SR. VALMOR GIAVARINA - Depois de ouvir O
brilhante aparte do nobre Deputado Jorge Arbage, recomeço repetindo o poeta, que dizia que por uma senda deescolhos ia um cego e um trovador. Aquele, cego dosolhos; e este, cego de amor. Chega o cego e nos escolhosfica eterno o trovador. Por quê? Vê mais um cego dosolhos do quc um cego de amor. Cego de amor ou cego deódio, como, no primeiro caso, o Deputado SiqueiraCampos e, no segundo caso, o Deputado Jorge Arbage.O Deputado Siqueira Campos, cego de ódio; o Deputado Jorge Arbage, cego de amor por aquilo que perdeu.
Mas, Sr. Presidente, Srs. Deputados, dizia o nobre Deputado Siqueira Campos que ...
O Sr. Jorge Arbage - Permite-me V. Ex' um aparte?
O SR, VALMOR GIAVARINA - V. E.' vaiapartear-me novamente? Assim vou ficar sempre recitando aqui o começo do meu discurso.
O Sr. Jorge Arbage - Quero apenas razer uma ligeiracorreção na colocação de V. Ex' Realmente, diria V. E.....
O SR. VALMOR GJA VARINA - Veja V. Ex' comosou democrata: depois, ao consultar as notas da Taquigrafia, vamos notar que os apartes se sobrepõem ao próprio discurso. Mas é tanta a alegria que sinto ao ouvi-loque não me canso de lhe conceder apartes.
J unho de 1985
O Sr. Jorge Arbage - V. Ex' sabe que a recíproca éverdadeira. Mas quero dizer-lhe que a minha cegucira,tal como V. Ex' sugere, é realmente cegueira de amor.
O SR, VALMOR GIAVARINA - De saudade, Deputado, de saudade.
O Sr•.Jorge Arbage -- Deputado valmor Giavarina,habituei-me, com a experiência da vida pública, a amaras coisas belas, a amar as coisas sérias, 11 amar e ter saudade daquilo de que realmente tenha participado, diretaou indiretamente, mas que, de qualquer modo, tenha resultado numa prestação de bons serviços à causa nacional. V. Ex' tem toda a razão quando me coloca comocego de amor e cego de saudade. Mas corrija também acolocação de V. Ex' quanto ã cegueira odiosa do nobreDeputado Siqueira Campos. Não é isso. O Deputado Siqueira Campos foi muito mal·entendido e muito malinterpretado por V. Ex'.
O SR. VALMOR GIAVARINA - De fato, é difícilentcndcr o Dcputado Siqueira Campos.
O Sr. Jorge Arbagc - O Deputado Siqueira Campos érealmente um idealista e, para concluir e deixar que V.Ex' recomece o brilhante pronunciamento, diria quebendita desta Casa se pudéssemos ter no mínimo 30% dehomens com o mesmo ideário de Siqueira Campos.
O SR, VALMOR GIAVARINA - Nobre DeputadoJorge Arbage. V. Ex' afirma que é cego pelas belas causas, cego de amor que é belo. cego de amor pelo que ébom. Então, já vou reservar, do lado de cá deste plenário, um lugar para V. Ex', porque tenho a certeza deque logo, muito logo. V. Ex' estará integrando a AliançaDemocrática, para dar sustentação a isto que inauguramos com o apla uso do povo, com a presença de milharese milhares de cidadãos nas ruas exigindo de todos nós,políticos, que implodissemos o Colégio Eleitoral, deleparticipássemos para d<,pois implodi-Io - como fizemos - inaugurando uma nova era para a democraciabrasileira. inaugurando a prôpria democracia brasileirano momcnto cm quc rompíamos os grilhões da ditadura.Agora. se V. Ex' me permitir...
O Sr. Jorge Arbagc - Quero apenas dizer a V. Ex',deI1lro desta premissa, que realmente não me ocorre nomomento uma transmudação de partido. Também - emrespeito à proposta que faz e à sugestão que se dignalembrar - como bom cristão que sou, jamais diria a V.Ex' não beba deste vinho e nem coma deste pão.
O SR. VALMOR GIAVARINA - O vinho e o pão jáforam bebido c comido '" sacicdade na Velha República,quando l1 que se tinha em ahundància era pão e vinhonão para o povo. mas para aqueles que estavam àsomhra do poder.
O Sr. Jorge Arhage -- Agora foram s~bstituídos pelouísqut: escocês.
O SR, VALMOR GIAVARINA - Ainda não, e creioque nem o será mais tarde. Ouvi com atenção o discursodo nohre Deputado Siqueira Campos, e não obstante estar S. Ex' sendo aqui defendido arduamente pelo nobreDeputado Jorge Arbage - e nem comecei ainda a analisar o seu discurso -notci que o que transpirava, Sr. Presidente, Srs. Deputados, era ódio, era raiva. talvez saudade daqueles velhos tempos da Velha República. Ficoaté preocupado quando um homem. que dizem ser inteligente equilibrado como o nobre Deputado SiqueiraCampos. quer comparar a Nova com a Velha Repúbliea.E chega a dizer que tem saudades desta última.
Ora, Sr. Presidente, quando o nobre Deputado Siqueira Campos afirma ter saudades da Velha República, pergunto se tem saudades do que acontecia ao povo ou dasbenesses de quc gozou,
O Sr, Jorge Arbage .- Discordo de V. Ex', porque oDeputado Siqueira Campos nunca foi privilegiado combene..o;scs.
O SR, VALMOR GIAVARINA - Não penso, Sr.Presidente. que a Velha República tenha sido melhor doque a, Nova República em qualquer detalhe. É verdadeque houve um escorre,gão na Nova República. V. Ex'sabe que não concordei com esse escorregão, relativo aodinheiro que se injetou no Banco Sulbrasileiro e Habitasul. dc.,apropriando suas ações para evitar, como se dis-
Junho de 1985
se, uma quebra em cascata das pequenas e médias empresas do Sul e que fossem para o olho da rua vinte equatró mil empregados. Fui Relator daquela matéria emantive a minha posição até o fim, afirmando que haviauma sol ução melhor do que esta de socorrer capital privado falido, porque esta Casa e o Governo em momentoalgum podem transformar-se em pronto-socorro de capital privado falido. No entanto, por voto de Liderança,que respeito - e a Lidcrança do outro Partido tambémaprovou - chegou-se à solução, que não a ideal, atravésde um substitutivo da Comissào de Finanças...
O Sr. Jorge Arbage - Nem ideal, nem absurda.
O SR. VALMOR GIAVARINA - ...da injeção de900 bilhões de cruzeiros - êmuito dinheiro- na economia do Rio Grande do Sul, a fim de desapropriar asações do Sulbrasileiro e Habitasul. Mas fez isto de maneira transparente. O projeto veio para esta Casa e foiamplamente debatido. Recordo-me de que, como Relator, examinei cerca de 25 substitutivos. Todos discutiram, todos debateram, todos deram sua opiniào. A Liderança depois aprovou um substitutivo que basicamente éo próprio projeto do Governo, mudando-se apenas o rótulo: onde se lia Sulbrasileiro e Habitasul, passou-se a lerBanco Meridional S(A. Mas ocorre que o dinheiro foiinjetado. O Deputado Siqueira Campos dizia que, recentcmente, cerca de 2 ou 3 trilhões de cruzeiros também foram jogados pela janela. Para acudir quem? Os Bal)l'osAuxiliar e .cOMIND.
Ora, Sr. Presidente, não é verdade: não tem nada a veruma coisa com a outra. Não se repetiu o mesmo processo que se realizava na Velha República, quando as decisões económicas eram tomadas dentro de gabinetes pelosecretário da secretária do secretário do secretário-geraldo Ministério a que estavam afetos. Um simples bilhetedo secretário do secretário da secretárIa do secretário resolvia problemas de 2, 3, 5, la trilhões de cruzeiros. Enesse caso do Banco Auxiliar e do COMIND o que houve foi simplesmente um empréstimo do Governo viaBanco Central para acudir esses bancos, que estavamcom deficiência de caixa, com problemas de liquidez.Trouxe, na semana passada, e falei desta tribuna, toda alegislação pertinente a uma das funções dos Bancos Centrais - não do Banco Central do Brasil, mas dos BancosCentrais - que é exatamente a de acudir os bancos quetiveram deficiência em liquidez. Por que o Banco Auxiliar e o COMIND chegaram a esta situação? Exatamentepor causa da exploração quc se fez em torno desses nomes e da quase corrida que aconteceu aos cofres ou aoscaixas desses bancos. Então, o Banco Central nada maisfez do que devolver um pouco dos depósitos compulsórios. E isto está perfeitamente previsto em lei, mas comtodas as garantias reais, cobrando juros, correção monetária - muito diferente do que se fez com CAPEMI,
;DELFIN e COROA-BRASTEL, nos gabinetes fechadosda Velha República. Não tem nada a ver uma coisa coma outra.
Na República Nova, os problemas econômicos, osproblemas financeiros também estão sendo tratados demaneira muito transparentes, e não de maneira hermética, e até atrás do pano, do biombo, a que se referiu onobre Deputado Siqueira campos. E quero dizer mais.Se estou, agora, respondendo ao nobre Deputado Siqucira Campos é com o seu conhecimento, porque quando S. Ex' terminou o seu diseurso passou pela bancada, eeu lhe disse que responderia aos ataques feitos da tribuna. S. Ex' que teria de viajar, mas nem por isso eu deixaria de lhe responder. E S. Ex' - amanhã, ou depois, ouna segunda, terça ou quinta-feira - consulte as notas taquigrãficas, se assim julgar conveniente.
Ouço o nobre Deputado Antônio Câmara.
O Sr. Antônio Câmara - Nobre Deputado ValmorGiavarina, não ouvi o discurso do nobre Deputado Siqueira Campos, mas gostaria de aproveitar o aparte oferecido a V. Ex' pelo Deputado Jorge Arbage e dizer quea Velha República é como a Praça Onze: imortal. Só quea Praça Onze imortalizou-se na música - que O povogostou. Mas a Velha República passou à História,imortalizou-se pelo arbítrio, pelo ·seqüestro, pela corrupção, pelo suborno, pelo assassinato - e o povo a execrou. Agora também quero ressalvar o Deputado JorgeArbage, que talvez. nesse mar de lama, tenha sido umaexceção.
DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I)
O SR. VALMOR GIAVARINA-Obrigado a V. Ex',nobre Deputado Antônio Câmara. Com alegria vejo queadentra ao plenário o nobre Dcputado Siqueira Campos.S. Ex' vai confirmar exatamente aquilo que eu havia di·to: que iria responder ao seu discurso, que ele teria deviajar como me disse, mas que posteriormente voltaria.Mas pelo que vejo não viajou, está presente.
Ouço V. Ex'.
O Siqueira Campos - Nobre Deputado, V. Ex' nãoperdeu o costume de agredir a honra alheia. V. Ex' agrediu a minha honra.
O SR. VALMOR GIAVARINA - V. Ex' não podedizer isso também. Em momento algum agredi a honrade V. Ex'.
O Sr. Siqueira Campos - Pensou que eu pudesse meausentar.
o SR. VALMOR GlAVARINA -Se V. Ex' veio aquipara me apartear, muito bem. Se V. Ex' veio para debater, muito bem.
O Sr. Siqueira Campos - Eu não disse nada. V. Ex'está comparando Nova República com Velha República.
O SR. VALMOR GlAVARINA - Agora, se V. Ex'veio aqui para tumultuar o meu discurso, não darei a V.Ex'. o aparte.
O Sr. Siqueira Campos - Ou não vai conceder, porque V. Ex' continua agredindo. V. Ex' só sabe agredir.Eu estou com passagem realmente...
O SR. VALMOR GIAVARINA - Ninguém agrediuV. Ex'. V. Ex' falou em COMIND, em Banco Auxiliar, eestou lhe dando a resposta.
O Sr. Siqueira Campos - V. Ex' é um incompetente,só sabe agredir.
O SR. VALMOR GIAVARINA - Não doua V. Ex'o aparte.
O Sr. Siqueira Ülmpos - É isso que V. Ex' sabe.
O SR. VALMOR GIAVARINA - Não concedo oaparte. V. Ex' vem xingar. V. Ex' não vem aqui para debater, não tem compostura. (Tumulto.)
O SR. PRESIDENTE (José Frejat) - Está suspensa asessão.
O SR. PRESIDENTE (José Frejat) - Está reaberta asessão. Continua com a palavra o Sr. Valmor Giavarina.
O SR. VALMOR GIAVARINA - Sr. Presidente,agora que sei estar o nobre Deputado Siqueira Camposna Casa, falo com muito maior tranqüilidade. Estava atépreocupado que ele estivesse viajando e, depois, alguémfosse distorcer minhas palavras. Mas o que ficou provado é que quem não tem a verdade apela para a ignorância. Foi o que aconteceu com o Deputado Siqueira Campos: ele disse o que disse e depois disse que não disse. Euestava sentado aqui e ouvi - todos nós ouvimos - S.Ex' criticando o Governo por tcr injetado - disse ele,mas não é verdade - 3 trilhões no Banco COMINO; edisse mais, que esse estabelecimento de crédito bancou acampanha de Tancreto Neves ou da Aliança Dcmocrática.
Não é verdade. Não houve nada de bancar campanhasde quem quer que seja. O COMIND, eu já havia dito anteriormente, estava com deficiência de liquidez - e foiessa a resposta que dei ao Deputado Siqueira Camposassim como, também, o Banco Auxiliar. Em virtude dosboatos que correm, por aí, de que esses bancos estavamcom o pé na cova, trouxe a legislação e mostrei não haver nada de mais com relação aos procedimentos doBanco Central e do Ministério da Fazenda. O que se faznessas condições? Existem recursos para isso. existe o depósito compulsório, e uma das funções dos Bancos Centrais do mundo inteiro, e também do Brasil, é cxatamente a de acudir quando existe deficiência de liquidez.
Ora, Sr. Presidente, vamos consultar os Anais destaCasa, as notas taquigráficas, para ver se eu disse algumacoisa mais a respeito do nobre Deputado Siqueira Campos. No entanto, aloprado, mal-educado, sem qualquercompostura, S. Ex' entra como uma vaca mocha nesteplenário, pega o microfone e. sem pedir aparte, agride.Tomara que os taquígrafos não tenham anotado os pala-
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vrões que S. Ex' disse naquele microfone. Ainda bemque o Presidcnte o desligou. porque iria corar os fradesse todos nós os ouvíssemos. Eu, casualmente, ouvi alguma coisa. Lamento profundamente que um homem, queo Deputado Jorge Arbage diz ser da melhor estirpe,equilibrado, digno, correto, tranqüilo, venha babar nomicrofone, como fez, e tente agredir, não aceitando aresposta democraticamente, limparnentc, claramente,deccntementc dada por um reprcsentantc, hoje agora sim- da Nova República, que felizmente nasce sobre oS escombros até morais da Velha República, falecida e sepultada. queira Deus, a dezessete palmos.
Ouço V. Ex', Deputado Jorge Arbage, que, não obstante ser um represcntante da Velha Rcpública. é um homem equilibrado.
O Sr. Jorge Arbage - Muito obrigado. Quero, inicialmente, Deputado Valmor Giavarina, lamentar profundarQente o episódio desta manhã, principalmente porqueenvolve duas figuras queridas desta Casa.
O SR. VALMOR GlAVARINA - Uma, tenho certeza.
O Sr. Jorge Arbage - Lamentavelmente, isRO é partedo processo legislativo.
O SR. VALMOR GIAVARINA - Não aprendi,nobre Deputado, que entrar como uma vaca mocha neste plenário, pegar o microfone e começar a dizer desaforos seja procedimento parlamcntar. V. Ex' está no direito de defender seu colega, mas, por favor, não atentecontra minha inteligência.
O SR. PRESIDENTE (José Frejat) - Srs. Deputados, apelo a V. Ex!s para que contenham sua linguagem.
O Sr. Jorge Arbage - Muito obrigado, Sr. Presidente.Deputado Valmor Giavarina, o caso do Sulbrasileiro, doqual V. Ex' foi Relator, não tinha realmente nada deanormal com relação à injetação dos recursos, comotambém não o tinha o problema do COMIND e do Auxiliar.
O SR. VALMOR GIAVARINA - Caro colega, o De· putado Siqueira Campos, que novamente está presente,daquela tribuna chamou de imoral a injeção de dinheiro
· no COMIND e disse que este banco foi quem amparoufinanceiramente a campanha dos homens da Nova Re-
· pública. Ele está presente, e eu o desafio a dizer não serverdade o que estou dizendo. Iremos buscar as notas ta- .quigráficas.
· O Sr. Siqueira Campos - Nobre Deputado ValmorGiavarina, eu não queria mais aparteá-Io, mas V. Ex' está me provocando...
O SR. VALMOR GlAVARINA - Sc V. Ex' se contiver. nobre Deputado...
O Sr. Siqueira Campos - V. Ex' me respeite. Vou lhedar um aparte dentro do Regimento.
O SR. VALMOR GIAVARINA - Não concedi oaparte. Posso fazê-lo, mas vou impor uma condição: queV. Ex' use de linguagem parlamentar e não de linguagempara lamentar. Sc V. Ex' vier com liguagem parlamentarterá o aparte; caso contrário, peço à Presidência que lhecorte a palavra imediatamente.
O Sr. Siqueira Campos - Sr. Presidente, as palavrasditas aqui não têm nada de antiparlamentares; as quedisse fora do plenário são antiparlamentares, mas porque provocadas pela ira que me causou S. Ex' aoaproveitar-se da minha ausência, quando eu fui leal comele. Ele me disse, "Eu vou responder ao seu discurso".Eu lhe retruquei: "Tudo bem V. Ex' vai responder hojecomo homem do Governo", julgando que S. Ex' eraamigo meu, era uma pessoa com quem eu pudesse dialogar com toda a lealdade e com toda a franqueza. Sr. Presidente, tenho vôo marcado na VASP às 12:30 horas e estava ultimando detalhes no meu gabinetc para poder viajar, julgando que o Deputado Valmor Giavarina tinhavindo aqui apenas para responder às acusações feitascontra o Governo, que é o papel de S. Ex'
O SR. VALMOR GlAVARINA - Com referência aV. Ex' eu respondi unicamente isto.
O Sr. Siqueira Campos - V. Ex' me concedeu o aparte?
5780 Sábado 8
o SR. VALMOR GIAVARINA - Se V. Ex' não começar a fugir da linha...
O Sr. Siqueira Campos - Eu estou usando de linguagem estritamente parlamentar. Senão, Sr. Presidente,prefiro que mc conceda a palavra para explicação pessoal, já que fui atingido na minha honra. De forma queV. Ex' é quem decide se me cassa a palavra ou não.
O SR. VALMOR GIAVARlNA - V. Ex' me diga emque ponto eu atingi a sua honra.
O Sr. Siqueira, Campos - Pl'imeiro, V. Ex' tergiversouquando disse que eu comparei a Nova República com aVclha República.
O SR. VALMOR GIAVARINA - V. Ex' estava comparando.
O Sr. Siqueira Campos - Não é vcrdade.
O SR. VALMOR GIAVARINA - É verdade. As notas taquigráficas estão aí.
O Sr. Siqueira Campos - Não comparei. Não me provoque.
O SR. VALMOR GIAVARINA - V. Ex' comparou,é verdade.
O Sr. Siqueira Campos - Na resposta, eu disse quecritiquei a politica agrícola do Governo anterior e que V.Ex's, do PMDB, deveriam autodissolver-se para nos dara oportunidade de alucidar uma denúncia que escandalizava o meio internacional e podermos conseguir um Governo democrático o quanto antes
O SR. VALMOR GIAVARlNA - Aí V. Ex' comparou.
O Sr. Siqueira Campos - Não comparei. Se foi istoque V. Ex' entedeu, a Casa não o entendeu assim Deputado Valmor Giavarina, quero propor aqui uma coisa aV. Ex' O nomc da instituição é mais sagrado do que omeu e o seu, que são temporários...
O SR. VALMOR GIAVARINA - Ainda bem que V.Ex' está dizendo isso agora.
O Sr. Siqueira Campos - Quero propor determinadacoisa a V. Ex....
O SR. VAJ~MORGIAVARINA - Quero propor a V.Ex', ao final, uma outra coisa: que rcsolvamos as nossasdiferenças - se as tivermos - lá fora. Agora, pediriaque aqui V. Ex' sc comportasse com Parlamcntar.
O Sr. Siqueira Campos - Ouço a proposta de V. Ex'porque sou um democrata. Mas agora peço que se componha no regime parlamentar. Agora, note bem, Deputado Valmor Giavarina, quero propor uma coisa. V. Ex',no seu discurso, talvez levado por um arroubo - vamosdizer que eu vá compreender isso; não estou compreendendo a atitude de V. Ex' até agora, mas vamos dizcrque possa comprcender - disse que eu estava defendendo o regime anterior porque dele eu tinha tirado benefício.
O SR. VALMOR GIAVARINA - Isso eu disse porque é público e notório.
O Sr. Siqueira Campos - Mas não é público e notório. Prove V. Ex' qual foi o beneficio que tirei. Se V.Ex' nutar, só levei ônus, cxclusivamente ônus. Se V. Ex'puder citar um benefício, eu me penitenciarei diante deV. Ex' e da Nação.
O SR. VALMOR GIAVARINA - Posso responder aV. Ex'?
O Sr. Siqueira Campos - Se V. Ex' prov;ir que tireibencfício pcssoal, poderá provocar a renúncia do meumandato; se não, V. Ex' é quem deverá renunciar. Portanto, peço-lhe quc retire a infeliz cxpressão.
Dai, poderemos dialogar.
O SR. VALMOR GIAVARlNA - Então foi isso?
O Sr. Siqueira Campos - Exatamente.
O SR. VALMOR GIAVARINA - Então foi isso qucofcndcu V. Ex'?
O Sr. Siqueira Campos - Exatameutc. Eu não admitoisso.
DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I)
O SR. VALMOR GIAVARINA - Então não foiaquela resposta que eu dei sobre o COMIND? Foi porque eu disse que V. Ex' se beneficiou. Foi isso que tantoofendeu V. Ex'?
O Sr. Siqueira Campos - Sim, foi isso que me ofendeu.
O SR. VALMOR GIAVARlNA - Ah! Muito bem.Então chegaremos a um acordo. Gostaria que V. Ex' medissesse que não se beneficiou.
O Sr. Siqueira Campos - Deixe-me terminar, por favor. Sr. Presidente, para injetar recursos no COMIND, oGoverno não pediu autorização ao Congresso. Pediu,sim, no caso do Sulbrasileiro, porque pensou que o PDSnão aprovaria. E, depois de rejeitado o projcto, podcrialiquidar pagando mais, infinitamente mais do que a autorização pedida ao Congresso, para dar as cartaspatentcs ao Haú. Todo mundo sabe que é o Banco doMinistro...
O SR. VALMOR GIAVARINA - V. Ex' está falando bobagem.
O Sr. Siqueira Campos - Bobagem, não. V. Ex' merespeite. Observe a linguagem parlamentar.
O SR. VALMOR GIAVARINA - V. Ex' não podeexigir rcspeito de ninguém.
O Sr. Siqueira Campos - Eu estou afirmando... Vouconcluir dizendo ao Deputado Valmor Giavarina quedefenda sua tese e o seu Governo sem atacar os seus colegas, porque essa é a saida mais simplista que existe, eapenas os incompetentes socorrem-sc desse expedientc, oque não é o caso de V. Ex', Parlamentar de alto nível.
O SR. VAJ~MOR GIAVARJNA - V. Ex' já respondcu?
O Sr. Siqueira Campos - Eu disse a V. Ex' que não tinha condições de esperar, pois ia viajar ,às 12:30 horas.Mas cstava confiando na correção de V. Ex', na sua observância da ética parlamentar.
O SR. VALMOR GIAVARINA - Agora entendi,nobre Deputado.
O Sr. Siqueira Campos - Deputado Vaimor Giavarina, procure respeitar seus colegas.
O SR. PRESIDENTE (José Frejat) - Peço ao aparteante que conclua.
O Sr. Siqueira Campos - Sc V. Ex' quer mc procurar,faça isso lá fora.
O SR. VALMOR GIAVARINA - Vamos conversardepois, lá fora.
O Sr. Siqueira Campos - Conversar, não. Eu espero.V. Ex' cometeu uma indelicadeza comigo.
O SR. VALMOR GIAVARINA - Não houve indelicadeza, nobre Deputado. V. Ex' é que está sendo indelicado comigo.
O Sr. Siqueira Campos - V. Ex' acha que eu me beneficiei pessoalmente?
O SR. VALMOR GIAVARINA - Acho que sim.
O Sr. Siqueira Campos - Ouço V. Ex', para, ao final,me defender.
O SR. PRESIDENTE (José Frejat) - Peço ao oradorque conclua, porque seu tempo terminou.
O SR. VALMOR GIAVARINA - Sr. Presidente,quero responder ao nobre Deputado Siqueira Campos.
O SR. PRESIDENTE (José Frejat) - Peço a V. Ex'que seja brcve.
O Sr. Siqueira Campos - É a minha honra, Sr. Presidente, que está em jogo. Gostaria de ouvi-lo.
O SR. VALMOR GIAVARINA - O nobre DeputadoSiqueira Campos estava falando a respeito de dinheiroinjetado no COMIND e eu lhe disse que iria responderao seu pronunciamcnto. S. Ex' me disse qu~ não estariapresente, mas que iria depois responder às minhas colocações. Na articulação do meu discurso disse que Dcputados do PDS que se beneficiaram na Velha República
Junho de I98?
hoje vêm atacar a Velha República. Incluí obviamente S.Ex', porque pertenceu à Velha República. Agora, quetipo de benefício S. Ex' obteve, somcnte o nobre colegasabe. Eu não falei que S. Ex' andou mamando na VelhaRepública, quc teve cartórios, que tevc cargos. O que cuquis dizer foi que o nobre Deputado beneficiou-se politicamente. Jamais ofenderia um Deputado, mesmo que tivesse certeza de que andou "grampeando" na Velha República. No entanto, V. Ex' não pensou direito, pcrdeu acabcça, entrou aqui feito uma vaca brava e foi até o microfone de apartes para dizer o que nunca ouvi num Parlamento. E disse aqui ao lado tanta bobagem, tanta besteira, tantos impropérios. que só tem uma saída para V.Ex', que dizem ser digno, que dizem ter bom senso, quedizcm ser homem correto, que dizem ser homem probo:vir pedir desculpas a mim pelo que acabou de dizer.
Era o que tinha a dizer, Sr. Prcsidente.
O Sr. Siqueira Campo" - Sr. Presidente, peço a palavra com base no Artigo 93, item VIII do Regimento Interno.
O SR. PRESIDENTE (José Frejat) - Tem a palavrao nobre Deputado.
O SR. SIQUEIRA CAMPOS (PDS - GO. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente. o Deputado ValmorGiavarina não sabe debater sem ofender. Não devo desculpas a S. Ex' até pelas últimas bobagens que disse aqui.Acho que S. Ex' é que me deve desculpas. Agora, se S.Ex' referiu-se a "Deputados que se beneficiaram"e nãome incluiu, tudo bem. Não há ncnbum problema. Nãoquero criar um caso insolúvel nem ter atrito com ninguém, numa hora em que setores da imprensa que fizeram a campanha dos atuais governantes estão se voltando contra o Parlamento, talvez como uma forma de desviar a atcnção do públieo dos erros do Executivo.
Não quero cohtribuir para isso, Sr. Presidente. O quedcsejo, na verdade, é dar ao Deputado Valmor Giavarina um conselho de Parlamentar mais velho, mais experiente. Se S. Ex' o aceita ou não é problema da co'nsciência delc: que S. Ex' der.~nda suas teses e não ataque osseus adversários, os inte,grantes desta Casa, porque a democracia é o regime do contraditório.
Sr. Presidente, não pode haver· aqui uma s6 voz.Quando saí deste plenário estava certo de que o nobreDeputado defenderia a c:hamada Nova República, se pudesse. Mas não pôde c ficou quc "o Deputado SiqueiraCampos fez comparações". Eu não fiz comparaçõesnenhuma, Sr. Presidente. Eu não comparei nada com nada.Vim aqui defender os produtores de soja. Não tem umapalavra no meu discurso -e V. Ex', Sr. Presidente, podeJ;l1andar verificar na Taquigrafia - sobre comparação deum regime com outro. O que eu disse é que todos os regimes são iguais e que desde o Império as oligarquias comandam. Foi isso que eu afirmei. E o que têm feito osSrs. Parlamentares, qu<' são a parte nobre da politicabrasileira? Têm feito um esforço no sentido de quc osGovernos possam evoluir e realizar o bem estar do povobrasileiro. Foi isso que eu disse, nada mais.
Agora, Sr. Presidente, através do poderio econômico,o mais autoritário de todos os instrumentos de pressão,cortam·nos o direito 'd" apareccr na telcvisão. Queremabafar, calar a nossa voz libertária neste plenário. Eunão admito isso. Lembrem·se S. Ex's do tratamento 'Quenós, do PDS, lhes demos, respcitando-os durantc todosos debates nas suas individualidades. Respeitem·nos,para que também possam merecer o respeito da Nação.
Sr. Presidente, as próximas eleições virão aí e o povojulgará as atitudcs dúbias de certos Parlamentares e oserros deste Governo, que é essencialmente político. Onosso foi tecnocrático; dizem eles que foi militar. O povobrasileiro vaijulgar os erros dos políticos que estão nopoder. Ninguém pode tirar o corpo fora. A Nação estáatenta.
O SR. PRESIDENTE (José Frejat) - Tem a Plllavrao Sr. José Fernandes.
O SR. JOS~ FERNANDES (PDS - AM. Sem revisão do orador.).,- Sr. Presidente, Srs. Deputados, hoje,uma sexta-feira antecedida por uma quinta-feira de Corpus Christi, não é uma boa oportunidade para discutir osassuntos que vou abordar desta tribuna. Isso porque trazdivcrsas informaçõcs sobre os desacertos e dcscompassosque estão ocorrendo na Nova República. Não interes-
Junho de 1985
sam a mim os erros passados, porque foi justamente paracorrigi-los que o povo apoiou nas ruas os programas, aspropostas e a promessas da Aliança Democrática. Se fosse apenas para resumir-se na queixa dos erros que cometeu o Sr. João Figueiredo, não haveria de partc da população nenhum apoio ao Governo da Aliança Democrática, nem os Srs. Parlamentares que apoiaram a AliançaDemocrática teriam vindo a este plenário para consagraros nomes de Tancredo Neves e José Sarney. A mim, agora na Oposição, lcvado por decisão popular e pelos companheiros que aqui vieram votar em Tancredo Neves eJosé Sarney a desempenhar bem o meu papel de fiscal doGoverno, cabe estar aqui para indicar os erros, sem mepreocupar se o partido pertenceu à Velha República, àNova ou à futura, porque também com a Velha Repílblica não tive nenhum compromisso. Desafio alguém quevenha aqui dizer o contrário. O que acontece é que istoestá virando uma República de slogans. Os chavões percorrem as praças: estão no rádio, na televisão, no sentidode tentar inibir aqueles que, no passado, desempenharam bem o seu papel, até tentando melhorar a políticarealizada, Cm termos econômicos c financciros, pelo Governo passado.
O Sr. Jorge Arbage - Permite V. Ex' um apa.te?
O SR. JOS~ FERNANDES - Pois não. Depois vouentrar no assunto do meu discurso. Digo apenas quequem quiser discutir a Velha República deve procurar o\Sr. Delfim Nctto e o Sr. João Figueiredo e esqueçam oDeputado José Fernandes, porque ele nunca mandou.\1ada e nunca impôs nada à Velha República. E digomais: deste plenário discordei de caminhos que tomava aVelha República e hoje observo que nestes caminhosmarchava uma grande troupe de elementos que hoje estáno Governo da Nova República, e que o compasso e acadéncia da sua marcha não bate o ritmo da Nova República, que pode ser mesmo muito pior do que a Velha,'porque traz males vclhos dentro de uma roupagem nova.A Bíblia já falava dessa incongruê[lcia, quando dizia quenão dcvia ser colocado vinho novo em odres velhos. f: oque acontece com a Nova República, que tem muitosodres velhos. Há muitos vasos velhos na Nova República. Não sei se o vinho novo vai romper ou se ele vai-setornar insípido dentro dos odres velhos da Velha República.
O Sr. Jorge Arbage - Nobre Deputado José Fernandes, ouvi uma lição da histôria que no passado existiu,ao tempo da política dos coronéis da roça, a chamadaRepública carcomida, depois felizmente extinta do processo político brasileiro. Não conheço, com toda sinceridade, essa nomenclatura de República Velha e República Nova. Mas, se esse é o propósito de se batizar os antigos Governos de Velha República e o novo Governo deNova República, se fizermos um parâmetro entre o ontem e o hoje, e se esse parâmetro obedecer à lucidez dobo·m senso, da coerência e da lucidez, chegaremos a umaconclusão, que eu diria não muito satisfatória nem animadora: diríamos que o ontem foi um purgatório de erros e o hoje um inferno de equívocos.
Cito um fato curioso: o Governo nomeou o Sr. Amaral de Souza para Diretor de Operações do BNH.
O SR. JOS~ FERNANDES - Da Velha República.
o Sr, Jorge Arbage - Publicou a sua nomeaçao noDiário Oficial e, no dia seguinte, comunicou que o nomeado não era o nomeado, porque dcvcria ser alguémque estava colocado no computador pelo Dr. TancredoNeves. E o Governo da Nova República encara o fatocom a maior naturalidade: exonera quem foi nomeadomas não deveria ser, para nomear o que não fora, masdeveria ser nomcado. Isso tudo nos leva a um estágio detristeza, como triste também foi o caso relatado pelo Deputado Siqueira Campos na tribuna, com muita propriedade, o do Comind e o do Auxiliar. Entendemos que oGoverno não cometeu nenhum erro quando mandou darrecursos. tanto ao Sulbrasileiro, como ao Comind e aoAuxiliar. Se há algum interesse por trás disso tudo, desconheço. confesso a V. Ex', mas o procedimento estádentro dos padrões de atendimento da legislação que oBanco Central adota. o que condenamos é a cxigência doaval do COngresso Nacional para legitimar a concessãodos recursos ao Sulbrasileiro c. logo em seguida, aadoção da mesma medida em relaçào a outra instituições
DIARIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I)
scm que o Congresso Nacional precisas'se dar o seu referendum. Digo mais: há poucos dias, ex-Ministros da Ve·lha República foram denunciados porque destinaram recursos para a Coroa Brastel - porque eram da VelhaRepública é um crime, é um i1icito penal. Agora. o Governo faz a mesma concessão, em volume financeiro trêsou quatro vezes maior, e não deixa de ser" um ato legíti·mo. Eu a considero um ato legítimo, mas tenho que res·snlvar que está-se adotando em casos análogos o sistemade dois pesos e duas medidas. Isto confunde o espírito dolegislador c o sentimento público nacional.
O SR•.JOS~FERNANDES- Acho que o que o PDSpode melhor fazer pela Nova República é colaborar paraque cla tenha êxito, produzindo uma crítica responsávelem relação aos atos que devem receber corrcção. Este é oinstrumento mais hábil que pode utilizar a Oposiçãopara contribuir com a Nova República.
Hoje, por excmplo. lemos no Correio Brazlllense declaração feita pelo Presidente do Banco Central, Sr. An·tônio Carlos Lemgruber. Acho que já ouvi rcfcrências acssc nome na Velha República, porque me parece queera um dos homens oriundos das grandes escolas de economia na área paulista e na árca do Rio de Janeiro, notadamente a Fundação Getúlio Vargas..Ã, época, S. S'também discutia fórmulas c receitas para quc pudéssemos chegar ao nível de endividamento em que estamos ealcançar o nível de juros que tanto afligem hoje o Pais.Dizia, cntão, o Sr. Antônio Carlos Lemgruber: "O Banco Central nada tem a ver com a taxa de juros; isso é umproblema de mercado."
SI. Presidente, nada mais crucial para o sistema produtivo da Nação do que ouvir uma expressão dessas porparte de um homem que tem a obrigação de controlar osmeios de pagamento e a base monetária, e, através dessecontrolc, influir no mercado por meio de uma intervençào direta do poder estatal, para que possa prevalecera justiça social e o interesse maior da Nação, quc nadatem a ver com as especulações de mercado. Essa é a suaobrigação. E observamos que, não sô em toda a históriaeconômica, mas também nos compêndios mais singelosde economia, cabe ao Banco Central atuar nos camposda disponibilidade da moeda e do nível de juros. Assimcomo é feito em todo o mundo desenvolvido, tambémdeve sê-lo nas nações cm desenvolvimento. Cabe aqui. apropôsito, lembrar a atuação do Presidente Roosevelt.que, nos Estados Unidos, fez desenvolver um trabalho,na área de mercado, para o controle dos juros e até paraa credibilidade do sistema bancário.
Antcs, porém, de prosseguir nesta análise, concedo oaparte ao nobre Deputado Valmor Giavarina.
O Sr. Valmor Glavarlna - Nobre Deputado José Fernandes - agora já está tranqüilo o ambiente - ouvi serenamente o apartc do Deputado Jorge Arbage ao pronunciamento de V. Ex'. Disse o Deputado Jorge Arbageque o Governo da Nova República usa dois pesos e duasmedidas ...
O Sr. Jorge Arbage - Ipsls Litterl••
O Sr. Valmor Glavarlna - ... quando envia a estaCasa projeto de lei que objetiva a socorrcr o BancoSulbrasileiro e o Banco Habitasul, através da desapro.priação de suas ações, injetando 900 bilhões de cruzeirosda Reserva de Contingências do Orçamento Geral daUnião. E, em seguida, ele injcta, empresta ou aplica,igualou maior importância no Banco Auxiliar e no Banco COMIND, sem que esta Casa apreciasse o processopelo qual esse empréstimo foi feito. Quero só esclarecer- já o disse na semana passada e volto a repeti-lo, poistalvcz o Dcputado Jorgc Arbage não estivesse presente,ou, se estava, não o tenha entendido - simplesmente oseguinte: antes da intervenção do Banco Central no con·glomerado Sulbrasileiro e Habitasul, no dia 13 de fevereiro de 1985, o Banco Central já havia acudido esse
:complexo bancário com o aporte de 550 bilhões de cruzeiros. Por que? Porque ainda não existia intervenção. OBanco Central - ou os bancos centrais - tem a funçãode socorrer bancos que estejam com deficiência de caixae com falta de liquidez. Depois da intervenção do BancoCentral no Sulbrasileiro e no Habitasul - e isto aindano Govcrno da Velha Rcpública - não havia como o
Sábado 8 5781
.Banco Central, ou a Fazenda, injetar qualquer importância em um banco sob intervenção. Por esse motivo,foi necessário mandar a esta Casa um projeto de lei. afim de que pudéssemos discutir c resolver se permitíriamos ou não a desapropriação daquelas ações. No casodos bancos COMIND e Auxiliar, - que estão com asportas abertas, operando dentro da legalidade, apenascom dificuldades de caixa, cm virtudc de boatos segundoos quais iriam quebrar - para evitar a quebra de maisdois bancos, o Banco Central acudiu·se com a importân.cia de novecentos bilhões, ou o dobro, ou o triplo, nãosei quanto. Repito: esses dois bancos não estavam sobintervenção. Então, nobres Deputados Jorge Arbage eJosé Fernandes, não houve dois pesos e duas medidas:Houve um peso para uma situação e uma medida paraoutra situação, um outro peso e uma outra medida paraoutra situação completamente diferente. E repito. paraencerrar, que, no primeiro caso, o Sulbrasileiro e o Habitasul estavam sob intervenção, no segundo caso, o COMIND e o Auxíliar, não estavam sob intervenção. Noprimeiro caso havia necessidade de autorização legislativa; no segundo caso não. Tenho a lei - e a trouxe, que consta dos Anais, porque a fiz transcrever. Essasoperações têm sido feitas na Nova República de maneiraclara, transparente. para que todos saibam como se aplica o dinheiro público.
O SR. JOSJ:; FERNANDES - Deputado ValmorGiavarina, cntcndo bem a posição colocada por V. Ex' caté fico satisfeito, pois traz informações detalhadas a respeito do tema. Deduzo. se entendi bem, que o BancoCentral tem a ver com o sistema bancário privado. V.Ex' confirma com um aceno de cabeça que sim.
O Sr. Valmor Giavarlna - Nobre Depütado José Fernandes, claro que tem a ver com o sistema bancário pri·vado, pois está previsto na lei que "compcte ao BancoCentral fiscalizar e até mesmo socorrer. .." Isto está expresso. Inclusive, é também atribuição do Banco Centralproceder a redescontos. Acho que V. Ex', na qualidadedc professor, entendc isso perfeitamente. Não é somenteatribuição do Banco Central do Brasil, mas de todos osBancos Centrais.
O SR. JOSJ:; FERNANDES - Realmcnte.aprendiisso nos compêndios, quando o fiz o meu curso de Economia. Deduzo também que, se tem a ver com o sistemabancário privado, o Banco Central também tem a ver~om as variâveis representativas de atuação no sistema·bancário. Entre elas está exatamentc a taxa de juros. Porisso, concordo com V. Ex' e discordo do Sr. AntônioCarlos Lemgruber. O Sr. Antônio Carlos Lemgruber disse - está neste jornal, em letras garrafais - que o BancoCentral nada tem a ver com a taxa de juros. Digo - ecreio que V. Ex' concorda comigo - que· o Banco CentraI tem a ver com os exorbitantes níveis da taxas de juros, e, sem sua contenção, não vamos conseguir soluçõessatisfatôrias para o combate à inflação e para a resolução do débito interno.
O Sr. Valmor Giavarlna - Permito-me concordar emparte com V. Ex'. Realmente, o Banco Central tem mui-.to a ver com as taxas de juros. Mas não somente o BancoCentral: há todo um complexo, há toda uma malha, hátodo um emaranhado no sistema econômico brasileiroque tem a ver com essa taxa de juros. Entretanto, amaior responsabilidade - tem razão V. Ex' - é do Banco Central.
O SR. JOslt, FERNANDES - Muito obrigado,nobre Deputado. Gostaria de fazcr uma ligeira análisedas conseqüências do disparo da taxa de juros no mercado interno. Estamos chegando a juros reais - tenho lidoe ouvido declarações de pessoas que participam das discussões sobre os problemas do sistema financeiro - emtorno de 30%. Também se fala em 46%, e os que menornúmero apresentam falam em 24%. É histôrica a situação de que uma taxa de juros real ao passar de 12%,calculados os descontos referentes à desvaloriza.,ào monetária. já começa a se constituir numa agrc~são ao cres·cimento econômico e ao crescimento industrial de qual.quer nação. Isto porque. no mundo moderno, não hámais a prof~l.silo e a eSI?ecializaç~ÇJ de utividaes do siste- _
5782 Sábado
ma ec:unumico. o que nao mais permite que o ·industrial.por exemplo, seja I] próprio capitalista. Para isto. temosa5 B,)lsas funcionando em todo o mundo. onde são negociadas as ;]çôes. permitindo captaçào de recursos representativos das poupanças privadas e públicas. Assim,torna-se possível aliar II indução. a expectativa. a especialização !] vlsão telescópica do empresário. dos detentores do capital e até mesmo dos poupadores do sistemanacional ou do sistema de qualquer país.
Em razão disso, sabemos que ao se cobrarem juros altos. estes juros - já que temos hoje a possibilidade decaptar recursos não sô para os investimentos, mas lambem para o giro, para a operacionalidade das empresas,notadamente as empresas industriais - passam a criaruma situação de dificuldade, porque alguém terá depagá-los. Alguém terá dc pagar cstes juros extorsivos.Quem haverá de pagú-Ios'? Ora, no processo de produçãocntram como insumos a mão-dc-obra, as matériasprimas e também os custos financeiros de operação dasempresas industriais. Esses juros altos vão ser componentcs do custo das mcrcadorias que irão à venda no varejo. Quem vai comprar, quem vai adquirir essas mercadorias é o povo. que muitas vczes está saerificado como agora - dadas as políticas salariais arrochantes, eque vai sofrer mais este tipo de arrocho, o preço das mercadorias maior do que deveria ser, pelo excesso de contribuição financeira que as empresas incluem no custo deprodução. Então, diria que uma grande medida para ostrabalhadores, por exemplo, seria prover recursos fáceisàs empresas para poderem produzir em nível de customenores, inclusive com o controle de preços, como hojese verifica, para se chegar a um preço de comercializaçãomenor c. com isso, fazcndo lucrar o trabalhador. Muitasvezes a elevação do salário e O afrouxamento de outrasvariáveis do sistema econômico propicia, ao invés de umcrescimento real da renda, cm termos de podcr aquisitivoe de bens reais de mercadoria. uma diminuição do poderde compra do trabalhador. Por isso é necessário que oGoverno se proponha a crer que o Banco Central tem aver .com as taxas de juros, e, assim procedendo, deve trabalhar e tomar medidas p"ra que elas diminuam, pois estão em níveis inaceitáveis para o crcscimento industrial caté para o crescimento geral da economia nacional, limavez que elas também atingem a agricultura e o setor decomercialização.
Um outro detalhe incongruentc com a colocação quefaz o Sr. Antônio Carlos Lemgruber verifica-se quando oGoverno discute o seu déficit. O déficit, que era de 32 trilhões de cruzeiros, passou para 57, está em 83, caminhando para os 90 c acho que vai passar dos 100 trilhões.Ele está caminhando no mesmo sentido das taxas de juros do Sistema Financeiro Nacional. É o déficit que vaicrcsccndo. De yez em quando comparece aqui o Sr. Ministro da Fazenda para dizer que ele é muito alto. Fizeram uma rcunião na Granja do Torto e concluíram, inclusive com um truísmo. que dc mancira alguma podeser contestado: o problema do País reside no fato de quea Receita é maior do que a Despesa.
Fiquei até impressionado com essa conclusão, porqueacho que ela é uma afronta aos nomes quc ali sc reuniram. Ao debater um assunto perante a máxima autoridade da República, o Presidente José Sarney, deveriam terdiscutido opç!'íes, pcrrque em economia há que sc fazeropções. Deveriam, portanto, ter discutid.o opções e, não,chegar à conclusão de que há um díficit representadopela diferença entre. a Receita e a pespesa do setor público do País, principalmcntc O federal.
Não é isso o que se quer, mas, sim, quc o Sr. Ministroda Fazenda entenda-se com o Banco Central e com oMinistro do Planejamento, para que sc conscientizem deque tem que haver um decréscimo na taxa de juros, mesmo que isso tenha dc ser feito através de uma medida deforça, representativa da intervenção que o Estado tcmquc fazcr no sctor eeonómico, quando a atividade empresarial privada não está atendendo aos intcrcsses sociais. que são os primordiais e primeiros. a serem observado, por qualquer Governo que procure o bem-estarda Nacão.
Deve ser entcndido, cntão, que é necessário o intervencionismo, e, se ele for efetuado, fazendo baixar. as taxasde juros, haverá, inclusive, de diminuir esse déficit, anunciado com novos números a cada dia, porque, dentro dele, há I1ma conta muito grande, referente ao pagamentode juros, que, por serem altos no mercado nacional, re-
DJARrO DO CONGRESSO NACIONAL JSeo;}o f)
prcsentam ônus adicionais para (I débito ínicrno do seio!púhlico. Se se diminuir, ent.ão, esses juros, h.averâ, indi!sivc. de se diminuir a divida financeira. o compromissode resgate financeiro, o compromisso de pagamento des·se délieit interno. E, dimi nuindo esse débito interno, deverá tmnbém diminuir o déficit do setor público nacionaL
Sr. Presidente, vamos voltar a este assunto em breve.porque hoje nào nos resta mais tempo. Está havendo umdescompasso nacional: alguém está tocndo samba, ouiosestão pulando frevo, mas iem muita gente, inclusive iocando valsa.
É impressionantc como se chegou a essa situação, emque um homem da respeitabilidade de Amaral de Souza,nomeado para o BNH, tcnha que ser demitido antes dctomar posse só porque seu nome não constava dos acordo, feitos para a formação da Aliança, para a vitória obtida em 15 de janeiro e para a constituição da Nova República.
Encerrando, tenho a dizer que é impressionante a incoerência, quando se nega a toda hora que não houveacordo nos escaninhos e na escuridão, não houve acordode pé-dc-ouvido em relação à form ulação da AliançaDemocrática, no momento em que um homem é nomeado e demitido mesmo antes de tomar posse, em nomedos acordos firmados para a composição que deu a vitória ao Sr. Tancredo Neves no Colégio Eleitoral.
O SR. PRESIDENTE (José Frejat) - Nada mais ha"endo a tratar, vou levantar a sessão.
DEIXAM DE COMPARECER OS SENHORES:
Acre
Ruy Líno - PMDB.
Rondônia
Francisco Ersc - PFL; Rita Furtado - PFL.
Maranhão
Enoc Vieira - PFL.
Piauí
Ludgcro Raulino - PDS.
Ceará
Lúcio Alcántara - PFL.
Pernambuco
Antônio Farias - PDS; Cristina Tavares - PMDB.
Bahia
Eraldo Tinoco - PDS.
IUo de Janeiro
Márcio Braga - PMDB.
Minas Gerais
Delson Scarano - PDS; Luiz Baccarini - PMDB;Nylton Velloso - PFL; Rondon Pacheco - PDS.
São Paulo
Airton Soares - PT; Estevam Galvão - PFL; Francisco Dias - PMDB; Márcio Santilli - PMDB.
MaIo Gr01l!lO
Bento Porto - PFL
Mato Grosso do Sul
Albino Coimbra - PDS.
Paraná
Santos Filho - PDS.VI - Levanta-se a .3essào as I,t noras e 07 minu
tos.
ATA DAS COMISSOESCOMISSÃO DE CrENCrA E TECNOLOmA
Distribuição
O Senhor Deputado Adail Vetiorazzo, Presidente daComissão de Ciencia e Tecnologia, fez a seguiot,,, distribuição em 3 de junho de 1985:
.!unho de
Ao Senhor Deputado Antônio Fiorê:nck~:
Projeto de Lei n' 4.545/g4. úo Sr. Sergio Cruz, que'''Dispôe sobre a proteçJ.(l e preservação do pantanaL. cdá outras providências~<.
Brasília, 3 de junho de 1985. -luiz Oliveira Pinto,SecreLúrio,
COMISSÃO DE: COMUNICAÇÃO
Distribuição
O Senhor Presidentc da Comissão de Comunieaçào,Deputado Ibsen Pinheiro, fez a scguinte distribuição em30 de maio de 1985:
Ao Senhor Deputado Salles Lcite;Projeto de Lei n' 2.2 I6-A/79, do Sr. Gióia Júnior
Emenda oferecida em plenário ao Projeto de lei n' 2.216A, de 1979, quç "proibe a propaganda de cigarros e debebidas alcoólicas, através de painéis localizados ao longo das rodovias e dá outras providências".
Ao Senhor D;putado Francisco Amara):Projeto de Lei n' 5.043185. do Sr. Samir Achôa
Dispõe sobre tarifas telefônicas referentes a ligações entre Municípios que comp,5em a Grande São Paulo e aCapital do Estado.
Ao Senhor Deputado Magno Bacelar:Projeto de Lei n' 5.072/85, do Sr. Raul Bernardo
Obriga a instalaç"o de telt,fones públicos em locais densamente povoados.
Sala da Comissão, 30 de maio de 1985. - lole LazzariDi, Secretária.
Redistribuição
O Senhor Presidente da Comissão de Comunicação,Deputado lbsen Pinheiro, fez a seguinte redistribuiçãocm 30 de maio de 1985:
Ao Senhor Deputado Aníbal Teixeira:Projeto de Lei n' 3.500184, do Sr. Jorge Carone
Dispõe sobre tarifaç"o de chamadas tclefônicas.
Sala da Comissão, 30 de maio de 1985. - lole Lazzarini, Secretária.
COMISSÃO DE CONSTITurÇÃO E JUSTIÇA
Oitava remlão ordlnalrla da turma "B", reallu.dano dia 22 d,. maio de 198~,
Às dez horas do dia vinte e dois de maio de mil nove·centos e oitenta e cinco, na Sala no OI do Anexo II da Câmara dos Deputados, sob a Presidência do Senhor Deputado Aluízio Campos, Presidente, presentes os Senhorcs Deputados Joacil Per.:ira, Vice-Presidente, ArnaldoMaciel, Brabo de Carvalho, José Melo, Raimundo Leite,Theodoro Mendes, Hamilton Xavier, Gerson Peres,Guido Moech, Jorge Arbagc, Osvaldo Melo, Otâvio Cc·sário, Rondon Pacheco, Celso Barros, Nilson Gibson,José Genoíno, Francisco Amaral e Darcilio Ayres,reuniu-se a Comissão de Constituição e Justiça. A Atado dia quinze último foi aprovada por unanimidade. Ordem do dia: I) - PROJETO DE LEI N0 5.184/85 -doSr. Francisco Dias - quç, "dispensa os contribuintes doImposto dc Renda - Pes,soa Física - de incluir na declaração de rendimentos as parcelas que menciona, e detcrmina outras providências". Relator: Deputado JoséGenoíno. Parecer: pela constitucionalidade, juridicidadee técnica legislativa. Em votação, foi aprovado unanimcnte o parecer do relator. 2) - PROJETO DE LEI N95.253/85 - do SR. Nelson do Carmo - quç,"proíbequalquer tipo de expurgo no cálculo da variação mensaldo Indice Nacional de Preços ao Consumidor". Rclator:Deputado José Genoíno. Parecer: pela constitucionalidade, juridieidade e têcnica legislativa. Em votação, foiaprovado unanimente o parecer do relator. 3)PROJETO DE LEr N' 5.329/85 - do Sr, Gerson Peres- que. "considera Patrimônio Histórico Nacional a Cidade de CHmeti\, no Esta,:10 do Pará". Relator: Deputado José Melo. Parcccr: pcl2 constitucionalidackjuúdicich!de" técnica legislativa. Em votaç"o, foi aprovado uoa11imente o parecer do r"lator. 4) - SUBSTITUTIVOOFERECIDO; ZM PLENARlO AO PROJETO DELEr N0 351-/A 83, que.";evaga os Decretoc,-Ieis n"sj .225. de 22 de j unho de 1'J72. 1.316, d,) 12 de março de
Junho de 1985
1974, e o item IJI do ar!. I' da Lei n' 5.449, de4 dejunhode 1968, que declara municípios do Estado da Bahia deinteresse da Segurança Nacional". Relator Osvaldo melo. Parecer: pela prejudicialidade. Em votação, foi aprovado unanimentc o parecer do relator. 5) - PROJETODE LEI N' 4.422j84 - do Sr. Tidei de Lima - qUe. "dádenominação ao aeroporto de Cumbica, no Estado deSão Paulo". Relator: Deputado Theodoro Mendes. Parecer: pela constitucionalidade, juridicidade e têcnica legislativa. Em votação, foi aprovado unanimente o parecer do relator. 6) - PROJETO DE LEI N' 3.228j84 do Sr. Antônio Dias - que "submete à deliberação doCongresso Nacional o orçamento anual dos dispêndiosdas entidades estatais". Relator: Deputado TheodoroMendes. Parecer: pela constitucionalidade, juridicidadee técnica legislativa. Em votação, foi aprovado unanimente o parecer do relator. 7) - PROJETO DE LEI N'888j83 - Do Sr. João Carlos de Carli - que. "dispõesobre a fiscalização das fundações pelo Ministêrio Público". Relator: Deputado Theodoro Mendes. Parecer:pela constitucionalidade, falta de técnica legislativa e, nomérito, pela rejeição. O Deputado Darcilio Ayres, quepedira vista, devolveu o projeto, apresentando voto emseparado, discordando do rclator. Em votação, foi aprovado o parecer do relator, contra o voto em separado doDeputado Darcmo Ayres. 8) - PROJETO DE LEI N'4.969j85 - do Poder Executivo (Mens. n' 96j85) - que
. "dá nova redação a dispositivos do Decreto-lei n' 7.661,de 21 de junho de 1945 - Lei das Falências - alteradopela Lei n' 7.274, de 10 de dezembro de 1985". Relator:Deputado Hamilton Xavier. Parecer: pela constitucionalidade, juridicidade, técnica legislativa e, no mérito, pelaaprovação, com duas emendas. Concedida vista ao Deputado Brabo de Carvalho. 9) - PROJETO DE LEI N'3.863j84 - do Sr. Paulo Lustosa - qUe. "cria o FundoEspecial de Combate às Secas e Enchentes e dá outrasprovidências". Relator: Deputado Arnaldo Maciel. Parecer: pela inconstitucionalidade. Adiada a discussão.lO) - PROJETO DE LEI N' 5.386j85 - do Poder Executivo (Mens. n' 243/85) - qUe. "cria cargos no Ministêrio da Reforma e do Desenvolvimento Agrário - MIRA0, e dá outras providências". Relator: DeputadoNilson Gibson. Parecer: pela constitucionalidade, juridicidade e técnica legislativa. Em votação, foi aprovadounanimemente o parecer do relator. ENCERRAMENTO: Às onze homs, nada mais havendo a tratar, foi encerrada a reuniào e, para constar, eu, Ruy Omar Prudêncio da Silva, Secretário, lavrei a presente~e depoisde aprovada será assinada pelo Senho~ente.
Óbeputado Aluízio Campos, Presidente da Comissãode Constituição e Justiça, fez a seguinte
Distribuição
Em 31-5-85Ao Sr. Arnaldo Maciel:Projeto de Lei n' 5.375j85 - do Sr. Sérgio Philomeno
- qUe "dispõe sobre a denominação do Aeroporto Internacional de Brasília".
Projeto de Lei n' 5.382j85 - do Sr. Carlos Vinagreque "propõe o nome do Presidente Tancredo Neves paraPatrono da Nova República".
Emenda Oferecida em Plenário ao Projeto de DecretoLegislativo n' 87-Aj85 - qu~ "aprova o texto do Convenio Internacional do Café, de 1983, concluído em Londres, a 16 de setembro de 1982".
Ao Sr. Brabo de Carvalho:Projeto de Lei Complementar n? 276j85 - do Sr. Her
mes Zaneti - que "da nova redação ao ar!. 7' da LeiComplementar n' 25, de 2 dejulho de 1975, queestabelece critério c limites para a fixação da remuneração de Vereadores" .
Ao Sr. Egfdio Ferreira Lima:Projeto de Lei Complementar n? 278j85 - do Sr. Joa
cil Pereira -que. "da nova redação a dispositivos da LeiComplementar n' 25, de 2 dejulho de 1975, alterada pelas Leis Complementares n' 38, de 13 de novembro de1979 e n' 5, de 14 de dezembro de 1983".
Ao Sr. Ernani Satyro:Projeto de Lei Complementar n' 279j85 - do Sr.
Francisco Dias - qUe. "isenta de cobrança do rCM osencargos financeiros de vendas comerciais a prazo, naforma que especifica".
DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I)
Projeto de Lei Complementar n' 280j85 - do Sr.Leorne Belém - qUe "da nova redação a dispositivos daLei Complementar n' 25, de 2 de julho de 1975, alteradapelas Leis Complementares n? 38, de 13 de novembro de1979 e n? 45, de 14 de dezembro de 1983" (Anexo o PLC285/85).
Projeto de Lei Complementar n? 281/85 - do Sr. Pedro Correa - que. "dispõe sobre a remuneração dos Vereadores" .
Projeto de Lei Complementar n? 283j85 - do Sr. Nilson Gibson - que. "dispõe sobre a remuneração dos vereadores e dá outras providências".
Projeto de Lei Complementar n' 286j85 - do Sr. Arnaldo Maciel - qUe. "altera a Lei Complementar n? 25,de 2 de julho de 1975, e revoga a Lei Complementar n'45, de 14 de dezembro de 1983".
Ao Sr. José Gcnoino:Projeto de Lei n? 5.568j85 - do Senado Federal
qUe. "institui a Semana Nacional do Jovem e dá outrasprovidências",
Ao Sr. Mário Assad:Emenda oferecida em Plenário ao Projeto de Lei n'
2.195-A/83 - qUe. "autoriza a criaçào do Fundo paraDesenvolvimento Integrado do Vale do Rio Doce".
Ao Sr. Raymundo Asfora:Emenda Oferecida em Plenário ao Projeto de Lei n?
3.017-A/80 - qUe. "acrescenta parágrafo ao ar!. 6? doCódigo de Processo Penal, permitindo a expedição deatestado de antecedentes ao indiciado atê que haja contra ele senteça condenatória passada em julgado".
Projeto de Lei n' 5.460/85 - do Poder Executivo Mensagem n' 252j85 - qUe. "revoga o § 2? do ar!. I? doDecreto-lei n? 1.866, de 9 de março de 1981, que dispõesobre a nomeação de Prefeito em Município declaradode interesse da Segurança Nacional".
Ao Sr. Ronaldo Canedo:Projeto de Lei complementar n' 288j85 - do Sr. Na
tal Gale --;. "isenta do r.C.M aparelhos ortopédicos".Projeto de Lei Complementar n' 282/85 - do Sr. Fur
tado Leite qUe. "autoriza o Poder Executivo a consideraro Oeste do Estado do Ceará como Região Preferencialde Desenvolvimento e dá outras providências".
Ao Sr. Theodoro Mendes:Projeto de Lei n' 5.414j85 - do Sr. Victor Faccioni
qUe. "autoriza o Poder Executivo a federalizar a Fundação Universidade de Caxias do Sul".
Projeto de Lei n' 5.567/85 - do Senado Federal qUe. "dispõe sobre a expedição de certidões para a defesade direitos e esclarecimentos de situações".
Sala da Comissão, 31 de maio de 1985. - Sueli deSouza, Secretária Substituta.
O Deputado Aluízio Campos, Presidente da Comissãode Constituição e Justiça, fez a seguinte
Distribuição
Em 3-6-8S
Ao Sr. Armando Pinheiro:Projeto de Lei n' 5.349j85 - do Sr. Gerson Peres
qUe. "autoriza o Poder Executivo a conceder pensão especial às vítimas de morte por ocasião do féretro do exPresidente eleito Tancredo de Almeida Neves c dá outrasprovidências" .
Projeto de Lei n' 5.376j85 - do Sr. Renato Cordeiro- que. "dispõe sobre a doação de imóvel de propriedadeda União para colônia de pescadores em Peruibe, Estadode São Paulo".
Projeto de Lei n' 5.415j85 - do Sr. Doreto Campanari - qUe. "declara de utilidade pública a Santa Casa deMisericórdia de Inúbia Paulista, Estado de São Paulo".
Ao Sr. Armando Maciel:Projeto de Lei n? 5.411/85 - do Sr. Stélio Dias - que
"autoriza o Poder Executivo a criar e construir no município de São João del-Rey em Minas Gerais, um memorial em homenagem ao ex-Presidente Tancredo de Almeida Neves".
Projeto de lei n? 5.484j85 ~ do SrJosê Eudes - que"altera dispositivo da Lei n' 7.183, de 5 de abril de 1984,qUe. "regula o exercfcio da profissão de aeronauta e dáoutras providências".
Sábado 8 5783
Ao Sr. Arthur Virgílio Neto:Projeto de Lei n' 5.428j85 - do Sr. Nilson Gibson
que. "estabelece critério para inclusão de celetistas no regime estatutário".
Ao Sr. Bonifácio de Andrada:Projeto de Lei n' 5.337/85 - do Sr. Francisco Dias
qUe. "introduz modificações no Decreto-lei n' 999, de 21de outubro de 1969, que instituiu a Taxa Rodoviâria Única".
Projeto de Lei n' 5.348/85:- do Sr. Clarck PlatonqUe. "permite substituir o valor do Imposto de Renda devido por contribuinte residente no Território Federal doAmapá por igual valor de compra, pelo mesmo, de açõesde empresas agropastorais ou industriais, na forma quemenciona".
Projeto de Lei n? 5.426/85 - do Sr. Siqueira Campos- qUe. "proíbe a emissào de títulos financeiros pelo Governo Federal e dá outras providências".
Ao Sr. Brabo de Carvalho:Projeto de Lei n' 5.357/85 - do Sr. Gilton Garcia
qUe. "estabclccc garantias ao jornalista profissional noexercício da profissão".
Projeto de Lei n? 5.429j85 - do Sr. Horácio Ortizquç. "dispõe sobre cobrança de taxas de água e esgoto edetermina outras providências".
Ao Sr. Cardoso Alves:Projeto de Lei n' 5.485j85 - do Sr. Sérgio Philomeno
- qUe. "dispõe sobre prerrogativas do Congresso Nacional quanto à emissão de papel-moeda, metálica e selospostais",
Ao Sr. Celso Barros:Projeto de Lei n' 5,360j85 - do Sr. Francisco Dias
que. "proíbe a fabricação e a comercialização de munições para armas de fogo",
Projeto de Lei n' 5.442j85 - do Sr. Doreto Campanari - que "acrescenta parágrafo único ao ar!. 70, da Consolidação das Leis do Trabalho".
Ao Sr. Egídio Ferreira Lima:Projeto de Lei n' 5.381j85 - do Sr. Gilton Garcia
qUe. "autoriza o Poder Executivo a editar as obras e discursos parlamentares de Fausto Cardoso".
Projeto de Lei n? 5.401/85 - do Sr. Jairo Magalhães- que. "dá nova redação ao art. 8' da lei n' 6.999, de 7 dejunho de 1982, que dispõe sobre a requisição de servidores pela Justiça Eleitoral e dá outras providências".
Ao Sr. Eraani Satyro:Projeto de Lei n' 5.435j85 - do Sr. Délio Santos
qUe. "introduz alterações no Código El~toral, respeitantes às exigéncias da declaração de bens dos candidatos acargos eletivos",
Ao Sr. Gerson Peres:Projeto de Lei n' 5.438j85 - do Sr. Josê Eudes - que
"dispõe sobre o cálculo do salário-beneficio e o reajustamento dos beneficios de aposentadorias".
Ao Sr. Gonzaga Vasconcelos:Prçjeto de Lei n' 5.420j85 - do Sr. Edison Lobão
qUi;. "acrescenta dispositivo a Lei n? 4.595, de 31 de dezembro de 1964, para tornar obrigatório o tratamentoregional diferenciado na política monetária nacional".
Projeto de Lei n' 5.449/85 - do Sr. Horácio OrtizqUe. "unifica, as tarifas de transportes coletivos urbanosem percursos atê 50 (cinquenta) quilômetros, áreas metropolitanas, municípios conurbados e grandes centrosurbanos".
Ao Sr. Gorgãnio Neto:Projeto de Lei n? 5.412/85 - do Sr. Stêlio Dias- que
"acrescenta § 3' ao art. 94, da Lei n' 4.737, de 15 dejulhode 1965, que constitui o Código Eleitoral".
Projeto de Lei n? 5.480j85 - do Sr. Mendes Botelho- quÇ. "veda a celebraçào de contratos comerciais ou 10catíçios que não tenham como base a moeda corrente doPaís".
Projeto de Lei n? 5.51Oj85 - do Sr. Osvaldo MeloqUe. "altera a Lei n' 4.215, de 27 de abril de 1963 (Estatuto da Ordem dos Advogados do Brasil)",
Ao Sr. Guido Moesch:. Projeto de Lei n' 5.356/85 - do Sr. José Frejat - que
"acrescenta parágrafo ao art. 18 da Lei n' 6.649, de 16 demaio de 1979, que regula a locação predial urbana".
Projeto de Lei n' 5.408j85 - do Sr. Arnaldo Maciel- que" "inclui categoria funcional no Decreto-lei n'
5784 Sábado 8
2.074. de 20 de dezembro de 1983, que altera o Decretolei n' 1.341, de 22 de agosto de 1974. que dispõe sobre aimplantação do Plano de Classificação de Cargos. e dáoutras providências".
Projeto de Lei n' 5.430/85 - do Sr. Bento Porto qUe. "autoriza o Poder Executivo a criar o Instituto dePesquisa e Estudos Indigenistas".
Projeto de Lei n' 5.443/85 - do Sr. José Frejat - que"dá nova redação a alínea "a" do arl. 6' da lei n' 7.183,de 5 de abril de 1984, que regula o exercício da profissãode aeronauta".
Projeto de Lei nO 5.447/85 - do Sr. Francisco Amaral- qll~ Hautoriza os bancos a elevarem o limite de garantia de seus cheques especiais".
Projeto de Lei n' 5.498/85 - do Sr. Denisar Arnciro- qu~ "autoriza o Poder Executivo, através do Ministério da Justiça, a criar uma Junta de Conciliação e Julgamento no Município de Barra Mansa, no Estado doRio de Janeiro",
Projeto de Lei nO 5.505/85 - do Sr. Albérico Cordeiro- que. "autoriza a criação e implantação da EscolaAgrotécnica Federal de Arapiraca. no Estado de Alagoas".
Projeto de Lei n' 5.506/85 - do Sr. Valmor De Luca- qUe. "dispõe sobre a criação de uma Junta de Conciliação e Julgamento na cidade de Araranguá, no Estadode Santa Catarina".
Ao Sr. Hamilton Xavier:
Projeto de Lci n" 5,370/85 - do Sr. Osvaldo Nascimento - qUe. "altera dispositivos dos Códigos Civil ePenal e legislações correlatas e dá outras providências".
Projeto de Lei nO 5.378/85 - do Sr. Pacheco Chaves- quç, "autoriza a realização de convênios entre o Ministério da Indústria c do Comêrcio e as Prefeituras Municipais, para a finalidade que especifica".
Ao Sr. Joacil Pereira:Projeto de Lei n' 5,398/85 - do Sr. Sérgio Lomba
que. "confere nova, atribuições aos Tribunais RegionaisEleitorais. a fim de que seja apurado, anualmente, o eleitorado dos Municípios, em caso de aumento, e o preeenchimento das mesmas pelos respectivos Suplentes dosVereadores".
Ao Sr. João Divino:Projeto de Lei n' 5.486/85 - do Sr. Borgcs da Silveira
- qUe. "denominq. "Rodovia Presidente Tancredo Neves" o trecho da BR-040 entre Brasília e Belo Horizonte".
Ao Sr. João Gilberto:Projeto de Lei n' 5.511/85 - do Sr. Celso Barros
quç. "regula a forma pela qual possam os eleitores analfabetos alistar-se e exercer o direito de voto".
Ao Sr. Jorge Arbage:Projeto de Lei nO 5.513/85 - do Sr. Doreto Campana
ri - qUe. "dispõe sobre revogação do arl. 50, da Lei n'6.620, de 17 de dezembro de 1978. que define os crimescontra a segurança nacional, estabelece li sistemáticapara o seu processo e julgamento e dá outras providências".
Ao Sr. Jorge Medauar:Projeto de Lei n' 5.445/85 - do Sr. Pacheco Chaves
- quç. "estabelece exigência para a importação de produtos agrícolas".
Projeto de Lei nO 5.454/85 - da Sra. Irma PassoniqUe. "dá nova redação ao artigo 446 da Consolidação dasLeis de Trabalho, aprovada pelo Decreto-lei n' 5.452, deI' de maio de 1943".
Ao :k José Burnett:Projeto de Lei n' 5.396/85 - do Sr. Fernando Collor
- qu~. "autoriza aos contribuintes abaterem da rendabruta o total das depesas com instrução, aluguel e jurospagos ao Sistema Financeiro da Habitação".
Ao Sr. José Genoino:Projeto de Lei n' 5.354/85 - do Sr. Renato Cordeiro
- qUe. "revoga o Decreto-lei n' 791, de 27 de agosto de1969, que dispõe sobre o pedágio nas rodovias federais".
Projeto de Lei nO 5.413/85 - do Sr. Nelson Marchezan - qUe. "estabelece normas para cálculo do IndiceNacional de Preços ao Consumidor - INPC".
Ao Sr. José Melo:Projelo de Lei n' 5.427/85 - do Sr. José Frejat - que
"dá nova redação ao arl. I' da Lei n' 7.183, de 5 de abril
DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção i)
de 1984, que regula o exercicio da profissão de aeronauta".
Projeto de Lei n' 5.399/85 - do Sr. Clarck PlatonqUe. "cria, atravês do Tribunal Superior do Trabalho, na8' Região da Justiça do Trabalho, uma Junta de Conciliação e Julgamento para os Municípios de Amapá,Calçoene e Oiapoque. com sede na cidade do Amapá, noTerritório Federal do Amapá e dá outras providências".
Projeto de Lei nO 5.444/85 - do Sr. Léo Simões qUe. "acrescenta dispositivo a Consolidação das Leis doTrabalho, estabelecendo prazo certo para a convocaçãodas eleições destinadas a compor as CIPAS".
Projeto de Lei n' 5.472/85 - do Sr. José Frejat - que"dá nova redação ao ar!. 15 da Lci nO 7.183, de 5 de abrilde 1984, que regula o exercício da profissão da aeronauta".
Ao Sr. José Tavares:Projeto de Lei nO 5.432/85 - do Sr. Raul Bernardo
que "dispõe sobre a ocupação dc presídios, delegacias ecasas de deteoção".
Projeto de Lei n, 5.597/85 - do Sr. Francisco Amaral- que "isenta do pagamento do Imposto Único sobreEnergia EIHrica as contas de consumo até o valor que especifica" .
Ao SI'. Mário Assad:Projeto de Lei n' 5.394/85 - do Sr. Floriceno Paixão
- que. "altera dispositivo da Lei n' 4.886, de 9 de dezembro de 1965, que regula as atividades dos representantes comerciais autônomos".
Ao Sr. Matheus Schmidt:Projeto de Lei nO 5.425/85 - do Sr. Nelson Marehe
zan - que. "acrescenta parágrafos 5' e 6' ao arl. 65 daLei n" 4.504. de 30 de novembro de 1964. que dispõesobre o estatuto da terra e dá outras providéncias".
Projeto de Lei nO 5.487/85 - do Sr. Borges da Silveira- que "dú nova redação ao art. 68 da Lei n' 4.320, de 17de março de 1964".
Ao Sr. Nilson Gibson:Projeto de Lei n' 5.366/85 - do Sr. Raul Bernardo
que "dá nova redação ao arl. 29 da CLT dispondo sobrea anotação na carteira profissional, pelo empregador, dodescanso rem unerado, da pensào alimentícia decretadajudicialmente".
Projeto de Lei n' 5.434/85 - do Sr. Valdon Varjãoque "dispõe sobre a obrigatoriedade de transmissão. pelas estações de televisão. do informativo do CongressoNacional, inserida na. "Voz do Brasil":
Projeto de Lei n' 5.478/85 - do Sr. Francisco Amaral- qUe. "assegma aos empregados domésticos o direitode constituir associações profissionais e dá outras providéncias".
Projeto de Lei n" 5.483/85 - do Sr. Irineu Colato que. "permite o pagamento das prestações de casa própria com o valor do Imposto sobre a Renda e proventosde qualquer natureza descontado na fonte".
Ao Sr. Osvaldo Melo:Projeto de Lei n' 5.421/85 - do Sr. Paulo Mincarone
- qu~ "dispõe sobre a política salarial, regula o reajustedas tarifas de serviços públicos e dá outras providencias",
Projeto de Lei nO 5.423/85 - do Sr. Denisar Ameiro- que "obriga os estabelecimentos hospitalares a utilizarem equipamentos especiais contra a contaminaçàohospitalar".
Ao Sr. Otávio Cesário:Emenda oferecida em plenário ao Projeto de Lei n'
2.836-A 180 - qu~. "acrescenta item e altera o § P do arl.l' do Decreto-lei n' 201, de 27 de fevereiro de 1967, quedispõe sobre a responsabilidade dos Prefeitos e Vereadores" .
Ao Sr. Plínio Martins:Projeto de Lei n' 5.384/85 - do Sr. Nilton Alves
qUtf '"dispõe sobre a profissão de Técnico de Operação,Operador de Proecssamento, Operador de Utilidades cOperador de Transferencia e Estocagem em refinarias depetróleo e petroquímica; regula seu exercício; concedeaposentadoria especial c dá outras providencias".
Projeto de Lei n' 5.391/85 - do Sr. Raul BernardoqUe. "institui a obrigatoriedade de dcclaração de benspara o exercício de cargos ou funções e dá outras providências".
J unho de 1985
Ao Sr. Raymundo Asfóra:Projeto de Lei n' 5.368/85 - do Sr. Sérgio Lomba
que "estabelece normas para adoção de menor em situaçào iregular".
Projeto de Lei n' 5.371/85 - do Sr Hugo Mardini qu~ "acrescenta parágrafo ao art. 492 da Consolidaçãodas Leis do trabalho, assegurando estabilidade ao empregado no caso que especifica".
Projeto de Lei n' 5.372/85 - do Sr. Carneiro Arnaud- que. "dispõe sobre a efe'clvaçilo, no emprego, de menores estagiários admitidos nas empresas estatais federais".
Ao Sr. Raimundo Leit<::Projeto de Lei n' 5.352/85 - do Sr. Amaury Milller
- qu~. "isenta do Imposto sobre os Serviços de Transporte Rodoviário Intermunicipal e Interestadual de Pessoas e Cargos - ISTR, mo serviços realizados por transportadores autônomos filiados a cooperativas. nas condições que menciona".
Projeto de Lei nO 5.392/85 - do Sr. Raul Bernardoque. "promove a indexaçilo do valor monetário do sa1[lriO mínimo ao Inc1lee Nacional de Preços ao Consumidor".
Projcto de Lei n' 5.424/85 - do Sr. Nelson Marchezan - que "altera a redação do caput do art. 55 da Lei n'3.807, de 26 de agosto dc 1960 - Lei Orgânica da Previdencia Social".
Ao Sr. Rondon Pacheco:Projeto de Lei n' 5.369/85 - do Sr. Clark Platon
que "dispõe sobre a instalação de casas de saúde e assistência soeial pela LBA, para atendimento de pessaoasdoentes em estado de mcndieância nas cidades brasilei-ras"
Projeto de Lei n' 5.494/85 - do Sr. Paulo Mincarone- que "altera dispositivo da Lei nO 5,107, de 13 de setem bro de 1966, que criou o FGTS, com vistas a introduzir moditicações na composição do Conselho Curadordo Fundo".
Ao Sr. Sérgio Murilo:Projeto de Lei n' 5.367/85 - do Sr. Sêrgio Lomba
que "d" o nome de Presidente Tancredo Neves ao Palácio do Planalto, palácio sede do poder Executivo Federal".
Projeto de Lei n' 5.406/85 - do Sr. Nelson do Carmo- que. "dã nova redação aos arts. 731 e 732 da CLT, cominand~.. ~õee,s distintas para o ali disposto, determinando a r~nte quc perde o prazo inicial de 5 dias,refazer de imtdiato a reclflmação, sem ter de esperar os 6meses anteriormente dispostos",
Projeto de Lei nO 5.418/85 - do Sr. Sérgio Philomeno- Qu~ "faculta ao pescador profissional contribuir paraa Previdência Social Urbana como autônomo".
Ao Sr. Theodoro Mendes:Projeto de Lei nO 5.403/85 - do Sr. Francisco Erse
qu~. "dá nova redação ao parágrafo único do arl. I' doDecreto-Ici n' 2.249, de 25 de fevereiro de 1985, que dispõe sobre a concessão de gratificação de AtividadeTécnico-Administrativa aos ocupantes de cargos e empregos de nível superior dos quadros e tabelas de Administração Federal e das Autarquias Federais".
Ao Sr. Valmor Giavar,ina:Projeto de Lei n' 5.377/85 - Sr. Renato Cordeiro
qu~ "fixa a taxa de juros para os empréstimos aos pequenos e médios produtores rurais".
Sala da Comissào. 3 de junho de 1985. - Sueli deSonza, Secretária Substituta.
O Deputado Aluízio Campos, Presidente da Comissãode Constituição e Justiça, fez a seguinte
Distribuição
Em 4-6-85
Ao Sr. Antônio Dias:Emenda Oferecida em Plenário ao Projeto de Lei n'
680-A/83 - que "altera o art. 5' do Decreto-lei n' 79, de19 de dezembro de 1966, que institui normas para fixação de preços mínimos e execução das operações de financiamento e aquisição de produtos agropecuários cadota outras providências".
Junho de 1985
Ao Sr. Armando Pinheiro:Projeto de Lei n' 5.457/85 - do Sr. Francisco Dias
qUe. "dispõe sobre a desistência de participantes em consórcios, c determina outras providências".
Ao Sr. Celso Barros:Projeto de Lei n' 5.453/85 - do Sr. Bocayuva Cunha
- qUe. "suspende a vigência do ar!. li do Decreto-lei n'759, de 12 de agosto de 1969, que cria a Caixa Econômica Federal".
Ao Sr. Egídio Ferreira Lima:Projeto de Lei n' 5.566/85- do Podcr Executivo
Mensagem n' 277/85 - qu<;."altera os arts. I' e 3' doDecreto-lei n' 1.940, de 25 de maio de 1982, que instituicontribuição social, cria o Fundo de Investimento Social(FINSOCIAL), e dá outras providências".
Ao Sr. Ernani Sátyro:Projeto de Lei n' 5.526/85 - do Sr. Josê Gcnoino
Neto - qUe. "dispõe sobrc a indenização aos parentes deaté 2' grau de todos os brasileiros mortos,. "desaparecidos" e inválidos por motivos politicos c dá outras providências" .
Ao Sr. Gerson Peres:Projeto de Lci n' 5.527/85 - do Sr. Maurílio Ferreira
Lima - qUe. "dispõe sobre a redução de imposto de ren·da nas condições que menciona".
Ao Sr. Gonzaga Vasconcelos:Projcto de Lc; n' 5.471/85 - do Sr. Valmor Giavarina
- qu<;. "dispõe sobre a inclusão de. "Noções sobre a inclusão d<;. "Noções de Primeiros Socorros" nos corriculos cscolares de 2' grau".
Ao Sr. Hamilton Xavier:Projeto de Lei n' 5.450/85 - do Sr. Marcondes Perei
ra - qUe "concede abatimento no cálculo do imposto derenda, às pessoas físicas e jurídicas, das despesas efetuadas com seguros contra roubo de automóveis, motos, residências e estabelecimentos comerciais".
Ao Sr. João Divino:Projeto de Lei n' 5.451185 - do Sr. Domingos Juvenil
- qUe. "proíbe, por dois anos, a majoração do preço dogás de cozinha".
Ao Sr. Jorge Arbage:Projeto de Lei n' 5.476/85 - do Sr. Nelson do Carmo
- qUe. "dispõc sobrc a preservação de grutas e cavernasexistentes no Território nacional
Ao Sr. Matheus Schmidt:Projcto de Lei n' 5.47°/85 - do Sr. Denisar Ameiro
- qUe. "dispõe sobre a forma de cálculo no pagamentode férias, 13' salário e outras vantagens a trabalhadorescomissionados ou que percebeu salário misto".
Ao Sr. Nilson Gibson:Projeto de Lei n' 5.448/85 - do Sr. João Batista Fa
gundes - qUe. "dispõe sobrc a incorporação de índios à.comunhão nacional".
Projeto de Lei n' 5.473/85 - do Sr. José Frejat - que"acrescenta alinea ao ar!. 20 do Decreto-lei n' 73, de 21de novembro de 1966, para instituir seguro dc vida paraporteiros e vigias, a cargo dos empregadores, e dá outrasprovidências" .
Ao Sr. Otávio Cesário:Projeto de Lei n' 5.458/85 - do Sr. Carneiro Arnaud
- qUe. "amplia a categoria dos ex-combatentes da IIGrande Guerra Mundial".
Ao Sr. Raim undo Leite:Projeto de Lei n' 5.496/85 - do Sr. Anselmo Peraro
- que "dispõe sobre a criação das matérias dos sistemase métodos da medicina natural, que previne as doenças,preserva a saúde e promove a longevidade, de acordocom as Leis da Natureza, nos cursos das faculdades deMedicina, Ciências Biológicas, Farmácia, Odontologia,Agronomia e Veterinária e determina outras providências".
Ao Sr. Roberto Jefferson:Projeto de Lei n. 5.538/85 - do Poder Executivo
Mensagem n' 261/85 - qUe. "reorganiza os Quadros deOficiais Auxiliares da Marinha".
DIÁRIO DO CONG RESSO NACIONAL (Seção I)
Ao Sr. Ronaldo Canedo:Projeto de Lei n' 5.452/85 - do Sr. Leur Lomanto
qUe. "torna obrigatório o ensino da leitura do jornal e revista ao estudante dos cursos de 2' grau".
Ao Sr. Ro ndon Pacheco:Projeto de Lei n. 5.455/85 - do Sr. Victor Faccioni
que. "modificá a redação do ar!. 29 da Lei n'4.595, de31de dezem bro de I%4, que dispõe sobre a política e as instituições mon~tárias, bancárias e creditícias, cria o Conselho Monetário Nacional e dá outras providéncias".
Ao Sr. Sérgio Murilo:Projeto de Lei n. 5.456/85 - do Sr. José Genoino
Neto - qUe. "dispõe sobre a não punição de aborto praticado por médico com o consentimento da gestante".
:
Sala da Comissão, 4 dejunho de 1985. - Sueli de Souza, Secretária Substituta.
COMISSÃO ESPECIAL DESTINADAA ESTUDAR E PROPOR MEDIDAS
SOBRE REFORMA AGRÁRIA3' Reunião realizada em 29 de maio de 1985
Às dez horas e vinte minutos do dia vinte e nove demaio de mil novecentos e oitenta e cineo, na sala de Reuniões da Comissão de Defesa do Consumidor, reuniu-sea Comissão Especial destinada a estudar e propor medidas sobre a Reforma Agrária. Presentes os seguintes Srs.Deputados: Fernando Santana, Presidente, ReinholdStephanes, Relator-Geral, Octávio Cesário, OswaldoLima Filho, Saramago Pinheiro Juntahy Júnior, MaçaoTadano, Pedro Germano e Pratini de Moraes. Abrindoos trabalhos, o Sr. Presidente Fernando Santana comunicou ao Plenário que havia recebido o Aviso n'095/MIRAD, datado de 27 do corrente, do Senhor Ministro Nelson de Figueiredo Ribeiro, Ministro de Estadoda Reforma,e do Desenvolvimento Agrário, nos seguintes termos;. "Senhor Presidente, tenho a honra de encaminhar a Vossa Excelência exemplar da proposta, sugerida por especialistas que assessoram este' Ministério,para a elaboração do Plano Nacional de ReformaAgrária PNRA. 2. É propósito da Nova República, seguidamente anunciado pelo Presidente José Sarney, promover uma Reforma Agrária democrática, que reflita,em sua concepção, a média das tendências da sociedadebrasileira. 3. A contribuição que a Comissão de ReformaAgrária, sob a esclarecida direção de Vossa Excelência,oferecer a este Ministério, no que conceme à análise técnica e política da referida Proposta, será de grande importáneia para o prosseguimento do trabalho de elaboração e ulterior aplicação do PNRA. 4. Solicito o especial cmpenho dc Vossa Excelência no sentido de que a referida contribuição seja apresentada ao MIRA0 até odia 30 de junho próximo vindouro". Considera o Prcsidente que, dado o pequeno prazo para estudos do plano,propõe à Comissão quc seja formado um Grupo de Trabalho com a tarefa específica de emitir um documentosobre a matéria enviada, doeumento esse que seria, posteriormente, submetido à apreciação do Plenário da Comissão, para debates c redação final. Aprovada a sugestão, o Senhor Presidente designou para esse Grupo deTrabalho os seguintes Deputados: Oswaldo Lima Filho,Reinhold Stephanes, Oetávio Cesário, Cid Carvalho e opróprio Presidente da Comissão. Esse Grupo, disse oDeputado Fernando Santana, se reuniria quantas vezesfossem necessárias, na Sala das Comissões Especiais, atim de elaborarem o Parecer solicitado pelo MinistroNelson Ribeiro fícando marcada, desde já, uma reuniãopara a próxima 3' feira, dia quatro de junho, às dezesseishoras, Com a palavra o Deputado Oswaldo Lima Filhopropõe: I') que fossem enviadas cópias do Estatuto daTerra a todos os Deputados da Comissão. Em aparte, oSenhor Presidente solicitou da Secretária que providenciasse junto ao INCRA o material referido; 2') - cópia,para os membros do Grupo de Trabalho, dos artigos daConstituição: Da Ordem Econômica e Social; 3.) - quesejam requisitados, do INCRA, um ou dois assessores,para que colaborem com os Deputados da Comissão,principalmente os do Grupo de Trabalho, recém-criado,na intcrpretação e discussão do Plano. As propostas foram aprovadas. Ainda com a palavra, o Deputado Oswaldo Lima Filho considero u que este trabalho que aComissão vai realizar é, de fato, um dos mais positivosjáfcitos numa Comissão Técnica. O Deputado Fernando
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Santana lembrou que os Partidos vão constituir Comissões Interpartidárias para apreciar a matéria para que,ao fim dos trabalhos, sc cascm os pontos de vista dessasComissões Interpartidárias com os desta Comissão Es-.pecial e da Comissão de Agricultura. Em seqüência, disse o Deputado Oswaldo Lima Filho que, para ele, estaComissão Especial de Reforma Agrária seria ComissãoInterpartidária, tendo o Presidente Fernando Santanaconsiderado que as Comissões Interpartidárias seriammais amplas, formadas por membros do Senado e da Câmara. Antes de encerrar a reunião, às onze horas e quarenta minutos, o Presidente lembrou aos presentes queamanhã, dia 30, estará presente, para fazer uma exposição nesta Comissão, o representante das OrganizaçõesSilvio Santos, sobre o tema;, "O Empresariado Nacionalna Amazônia Legal". Nada mais havendo a tratar, eu,Maria Izabel Arroxellas Medeiros, Secretária, lavrei apresente Ata que, depois de lida e aprovada, será assinada pelo Senhor Presidente.
COMISSÃO DE ESPORTE E TURISMOREDISTRIBUIÇÃO N' 04/85
O Senhor Deputado José Moura, Presidente da Comissão de Esporte e Turismo, fez, na presente data, a seguinte redistribuição:
I - Ao Deputado Heráclito FortesProjeto de Lei n' 4.786/84, qUe. "Declara ó Municlpio
de São Cristovão, no Estado de Sergipe, Área Especialde Interesse Turístico e determina outras providências."
2 - Ao Deputado Heráclito FortesProjeto de Lei n' 4.787/84, qUe. "Declara o Mnnicípio
de Estância, no Estado de Sergipe, área Especial de Interesse Turístico, e determina outras providências".
3 - Ao Deputado Heráclito FortesProjeto de Lei n' 4.788/84, que. "Declara o Município
de Barra dos Coqueiros, no Estado de Sergipe, Área Especial de Interesse Turístico, e determina outras providências".
4 - Ao Deputado Heráclito FortesProjeto de Lei n' 4.887/84, qUe. "Deelara o Município
de Laranjeiras, no Estado de Sergipe, Area Especial deInteresse Turístico e determina outras providências".
Brasília, 4 de junho de 1985. - Maria Linda M. deMagalhães, Secretária.
COMISSÃO DE FINANÇAS
Sexta Reunião Ordinária, realizada nodia 8 de maio de 1985
Às dez horas do dia oito de maio de 1985, na Sala n' 5do Anexo II da Câmara dos Deputados, sob a Presidência do Deputado Aécio de Borba, presentes os Deputados Moysés Pimentel e José Carlos Fagundes, VicePresidentes; Agnaldo Timóteo, Irajá Rodrigues, Walmorde Luca, Fernando Magalhães, Vicente Guabiroba, Renato Johnsson e Christovam Chiaradia, reuniu-se a Comissão de Finanças. A Ata da reunião anterior foi aprovada por unanimidade. Iniciada a reunião, o Sr. Presidente solicitou aos membros a devolução dos processosdistribuídos até fins da Sessão Legislativa passada, co"municando sua intenção em reduzir os prazos, até entãoverificados, de permanência dos projetos com os relatores, ao que o Deputado Walmor de Luca redargüiu, comunicando à Presidência os obstáculos normalmente interpostos, principalmente pelo Executivo, que, solicitadoa prestar informação a respeito de proposições de suainiciativa, sonega ou retarda as mesmas, dificultandosobremaneira o trabalho do relator no seu afã de apreciar condignamente a matéria, o que faz decorrer umprazo muitas vezes imprevisível para apreciação da proposição. O Sr. Presidente solicitou que, em casos semelhantes ao comunicado pelo Deputado Walmor de Luca,deverá o relator informar dos óbices a que fica sujeito,para que a Presidência do Órgão possa tomar as medidasque julgar cabíveis a cada caso. Comunicou a seguir quea Comissão continuaria a reunir-se ordinariamente nasquartas-feiras, às 9:00 horas, e que, a partir de então, aspautas da, reuniões ordinárias seriam preparadas nassextas-feiras, scndo a scguir distribuídas aos membros doÓrgão para conhecimento prévio das mesmas. Em seguida o Deputado Aécio de Borba passa a Presidéncia aoDeputado Moysés Pimentel. ORDEM DO DIA: I) Propa,ição do Deputado Aécio de Borba, no sentido de de-
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signar o Deputado Irajá Rodrigues como relator cm Plenário das Emendas Oferecidas em Plenário ao Projeto deLei n' 5.272-C, de 1985, que "autoriza a desapropriaçãode ações das companhias que menciona e a abertura decrédito especial de até 900 bilhões de cruzeiros e dá outras providências.", considerando a exigUidade de tcmpopara o estudo da matéria, se apreciado na reunião, Emdiscussiío e votação, foi aprovada por unanimidade aproposta do Deputado. 2) Proposição do Deputado Aécio de Borba, no sentido de adotar a Comissão o seguinte critêrio, em relação à distribuição dos processos apreciados pelo Órgão: a) os Projetos de Lei de iniciativa doPDS distribuídos aos membros da Comissão pcrtencentcs aos demais Partidos e os Projetos de Lei de iniciativado Poder Executivo, Poder Judiciário c demais partidos,à exceção do PDS, distribuídos a membros da Comissãopertencentes a esta legenda partidária; b) distribuiçãoeqUitativa, considerados os membros do PDS e os dosdemais Partidos, em relação ao número de processos distribuídos; c) encaminhamento das proposições, antes desua distribuição aos membros da Comissão, à AssessoriaLegislativa para fins de elaboração de pareceres que ofcreçam aos rclatores, previamente, o embasamento técnico necessário à apreciação da matéria por parte dos mesmos. Em discussão e votação a proposição foi aprovadapor unanimidadc. A scguir o Deputado Aécio de Borbareassume a Presidência. 3) Projeto de Lci n' 3.743/84do Sr. Josias Leite - que. "dispõe sobre a conversão embolsas de estudos, de parcela da rcnda líquida resultanteda taxa de inscrição em exame vestibular", Relator: Deputado Christovam Chiaradia. Parecer: Favorável. Emvotação, foi aprovado por unanimidade o parecer do relator. Vai à Coordenação de Comissões Permanentes. 4)Projeto de Lei n' 2.557/83 - do Sr. Raymundo Asfora- que. "dispõe sobre a emissão de uma série de selos comemorativa do IV Centenário de Fundação do Estadoda Paraíba". Relator: Deputado Moysés Pimentel. Parecer: Favorável. Em votação, foi aprovado por unanimidade o parecer do relator. Vai à Coordenação de Comissões Pcrmanentes. 5) Projeto de Lei n' 2.821 /83 - do Sr.Wall Ferraz - que "a utoriza o Podcr Executivo a criar aEscola Federal de Pesca na cidade de Parnaíba, Estadodo Piauí". Relator: Deputado Moysés Pimentcl. Parecer:Favorável. Em votação, foi aprovado por unanimidadeo pareccr do relator. Vai à Coordenação de ComissõesPermanentes. 6) Projeto de Lei n' 3.240/84 - do Sr. Nilson Gibson - qUe. "dispõe sobre a criação da EscolaAgrícola Federal de Ipubi, Estado de Pernambuco". Relator: Deputado Moysés Pimentel. Parecer: Favorável.Em votação, foi aprovado por unanimidade o parecer dorelator. Vai à Coordenação de Comissões Permanentes.7) Projeto de Lei n" 3.451/84 - do Sr. Arnaldo Maciel- que: ·'autoriza a emissão de selo comemorativo do cinqüentenário de. "Casa Grande e Senzala". Relator: Deputado Moysés Pimentel. Pareccr: Favorável. Em votação, foi aprovado por unanimidade o parecer do relator. Vai ã Coordenação de Comissões Permanentes. 8)Projeto de Lei n' 4.329/84 - do Sr. Evandro Ayres deMoura - quç. "autoriza o Ministério da Agricultura adoar ao Município de Viçosa do Ceará os imóveis queindica". Relator: Deputado Moysés Pimentel. Parecer:Favorável. Em votação, foi aprovado por unanimidadeo parecer do relator. Vai à Coordenação de Comisst'íesPermanentes. 9) Projeto de Lei n' 4.982/85 - do PoderExecutivo íMensagem n' 121/85) - qu~ "fixa os valoresde retribuição da Catcgoria Funcional de Técnico deCobrança e Pagamentos Especiais, código NS-944, ouLT-I"S-944, c dá outras providéncias". Relator: Deputado Christovam Chiaradia. Parecer: Favorável. Em votação, foi aprovado por unanimidade o parecer do relator. Vai à Cllord~nação de Comissõe-s Permanentes. 10)Projeto de Lei n' 838/83 - do Sr. José Eudes - que "estende aos marítimos embarcados nas embarcações deapoio i, indústria petrolífera de off-shorc o disposto naLei n" 5.811, de II de outubro de 1972". Relator: Deputado Floriceno Püíxão. Parecer: Favorável. nos termosdo su bstitutivo da Comissão de Trabal ho e Legisl açãoSocial. Em votaçãü. foi aprovado por unanimidade o parecer do relator. Vai à Coordenação de Comissões Permanentes. 11) Projeto de Lei n' 221/83 íanexo o Projetode Lei n' 870/83) - do Sr. Ronan Tito - quI'. "veda acobrança antecipada de juros e correção monetária nosempréstimos bancários". Relator: Deputado Luiz Baccarini. Parecer: Favorável. Em votação, foi aprovado.
DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seçào I)
por unanimidade o parecer do relator. Vai à Coordenação dc Comissões Permanentes. 12) Projeto de Lei n'2.526/8-1 - do Sr. Ricardo Ribeiro - qu~ "dispõe sobrea criação da Faculdade Federal Rural do Vale da Ribeira". Relator: Dcputado Mendonça Falcão. Parecer: Favorável. Em votação, foi aprovado por unanimidade oparecer do relator. Vai à Coordenação de ComissõesPermanentes. 13) Projeto de Lei nQ 1.489/75 - do Sr.Francisco Amaral - que. "estabelece tarifa postal especial para remessa de jornais através da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos". Relator: Deputado LuizLeal. Parccer: Favorável. Em votação, foi aprovado porunanimidade o parecer do relator. Vai à Coordenação deComissões Permanentes. 14) Projeto de Lei n' 1.155/83- do Sr. Geraldo Fleming - que.. "dispõe sobre acriação da Zona Franca de Rio Branco, no Estado doAcre. Relator: Deputado Luiz Leal. Pareccr: Contrário.Em votação, foi aprovado por unanimidade o parecer dorelator. Vai à Coordenação de Comissõcs Permanentes.(5) Projeto de Lei n' 3.003/84 - do Poder Executivo(Mcnsagem n' 45/84) - que. "dispõe sobre a Tarifa deUtilização de Faróis, e dá outras providências". Relator:Deputado Luiz Leal. Parecer: Favorável. Em votação,foi aprovado por unanimidade o parecer do relator. Vaià Coordenação de Comissões Permanentes. 16) Projetode Lei n' 3.922/84 - do Sr. Francisco Dias - qUe, "acrescenta item V ao § 2' do art. I' da Lei n' 5.315, de 12de setembro de 1967, qu~"regulamenta o art. 178 daConstituição do Brasil que dispõe sobre os excombatentes da Segunda Guerra Mundial", e dá outrasprovidências". Relator: Deputado Luiz Leal. Parecer:Favorável, com substitutivo. Em votação, foi aprovadopor unanimidade o parecer do relator. Vai à Coorde·nação de Comissões Permanentes. 17) Projeto de Lei n'4.958/85 - do Poder Executivo íMensagem n' 02/85)Reajusta a pensão especial concedida pela Lei n' 6.610,de 7 de dezembro de 1978, a Walter dos Santos Siqueirae dá outras providências". Relator: Deputado Luiz Leal.Parecer: Favorável. Em votação, foi aprovado o parecerdo relator. Vai à Coordenação de Comissões Permanentes. 18) Substitutivo oferecido em Plenário ao Projeto deLei n' 751-A, de 1979, que"obriga as companhias seguradoras e as entidades privadas que atuam no campo daprevidência social a liquidarem o pagamento do seguro edos bcne11cios concedidos, no prazo de trinta dias, e dáoutras providências". Relator: Deputado Fernando Magalhães. Parecer: Favorável. Em votação, foi aprovadopor unanimidade o parecer do relator. Vai à Coordenação de Comissões Permanentes. 19) Projeto de Lei n'1.394/83 - do Sr. Anselmo Peraro - que "dispõe sobrea aposentadoria aos 2S (vinte e cinco) anos de serviço aosRepresentantes de Laboratórios de Divisão Farmacêutica". Relator: Deputado Fernando Magalhães. Parecer:Contrário. Em votação, foi aprovado por unanimidade oparecer do relator. Vai à Coordenação de ComissõesPermanentes. 20) Projeto de Lei n' 203/83 íanexos osProjetos de Lei n's 633, 725, 762, 812, 881,1.408,2.185,2.264 e 2.288, de 1983) - do Sr. Homero Santos - que"concede isenção do Imposto Sobre Produtos Industrializados para veículos automotores com motor a álcool,quando adquiridos por viajantes comerciais". Relator:Deputado Luiz Leal. Parecer: Contrário. Em votação,foi aprovado por unanimidade o parecer do relator. Vaià Coordcnação de Comissões Permanentes. 21) Projetode Lei nl ' 2.812/83 - do Sr. Francisco Amaral - que"autoriza a Empresa Brasileira dc Correios e Telégrafosa emitir selo comemorativo dos setenta e cinco anos deImigração Japonesa no Brasil". Relator: Deputado JoséCarlos Fagundes. Parecer: Favorável. Em votação, foiaprovado por unanimidade o parecer do relator. Vai àCoordenação de Comissões Permanentes. 22) Projeto deLei n' 2.535/83 - do Sr. Manoel Ribeiro - qUe. "estende à Região Norte as condições especiais de financiamento aplicáveis de equipamentos com que o FlNAMEbeneficia as regiões Sul e Nordestc". Relator: DeputadoJosé Carlos Fagundes. Parecer: Contrário. Em votação,loi aprovado por unanimidade o parecer do relator. Vaià Coordenação de Comissões Permanentes. 23) Projetode Lei n' 1.523/83 - do Sr. Paulo Lustosa - que "isenta os funcionitrios públicos. com vencimentos em atraso,do pagamento de multas e juros sobre serviços públicos". Relator: Deputado José Carlos Fagundes. Parecer:Favorável. Em votação, foi aprovado por unanimidadeo parecer do relator. Vai à Coordenação de Comissões
Junho de 1985
Permaoentes. 24) Projeto de Lei n' 475/83 - do Sr. Vaimor Giavarina - que "concede isenção do Impostosobre Produtos Industrializados para veículos automotores com motor a álcool, quando adquiridos por oficiaisde justiça". Relator: Deputado Irajá Rodrigucs. Parecer:Contrário. Em votação, foi aprovado por unanimidade oparecer do relator. Vai à Coordcnação de ComissõesPermanentes. 25) Projeto de Lei n' 1.503/83 (anexo oProjeto dc Lei n' 2.405/83) - do Sr. Ruy Côdo - que"dispõe sobre a distribuição da receita do Fundo de Investimento Social (FINSOCIAL), instituído peloDecreto-lei n' 1.940, de 25 de maio de 1982". Relator:Deputado José Carlos Fagundes. Parecer: Contrário.Em votação, foi aprovado por unanimidade o parecer dorelator. Vai à Coordenação de Comisst'íes Permanentes.26) Emcnda do Senado ao Projeto de Lei n' 1.718-C/83,que. "dispõe sobre o ingresso no Corpo de Engenheiros cTécnicos Navais". Relator: Deputado José Carlos Fagundes. Parccer: Favorável. Em votação, foi aprovadoPo! unanimidade o pairecer do relator. Vai à Coordenação de Comissões Permanentes. 27) Projeto de Lei n'4.961/85 - do Poder Executivo íMensagem n' 06/85)que, "fixa os valores de retribuição do Grupo-Arquivo,do Serviço Civil do Poder Executivo, e dá outras providências". Relator: Deputado Luiz Leal. Parecer: Favorável, com adoção das emendas da Comissão de Constituição e Justiça. Em votação, foi aprovado por unanimidade o parecer do relator. Vai à Coordenação de Comissões Permanentes. 28) P'rojeto de Lei n'4.972, de 1985do Poder Executivo (M>~nsagem n' 86/85) - qUe. "alteraa estrutura da Categoria Funcional de Nutricionista, doGrupo-Outras Atividades de Nível Superior e dá outrasprm'idências". Relator: Deputado Luiz Leal. Parecer:Favorável. Em votação, foi aprovado por unanimidadeo parecer do relator. Vai à Coordenação de ComissõesPermanentes. 29) Projeto de Lei n' 4.974/85 - do PoderExecutivo íMcnsagem n' 88/85) - que, "altera a estrutura da Categoria Funcional de Tradutor e Intérpretc, doGrupo-Outras Atividades de Nível Superior e dá outrasprovidências". Relator: Deputado Luiz Leal. Parecer:Favorável. Em votação, foi aprovado por unauimidadco parecer do relator. Vai à Coordenação de ComissõesPermanentcs. 30) Projeto de Lei n' 4.975/85 - do PoderExecutivo (Men,sagem n' 89/85) - qUe. "altera a Estrutura da Categoria Funcional de Sociólogo, do GrupoOutras Atividades de Nível Superior, e dá outras providências". Relator: Deputado Luiz Leal. Parecer: Favorável. Em votação, foi]provado por unanimidade o parecer do relator. Vai à Coordenação de Comissões Permanentes. 31) Projeto de Lei n' 4.976/85 - do PoderExecutivo (Mensagem n' 90/85) - que "altera a Estrutura da Categoria Funcional de Geógrafo, do GrupoOutras Atividades de Nível Superior, e dá outras providéncias". Relator: Deputado Luiz Leal. Parecer: Favorável. Em votação, foi aprovado por unanimidade o parecer do relator. Vai à Coordenação de Comissões Permanentes. 32) Projeto de Lei n' 4.985, de 1985 - do Poder Executivo (Mensagem n' 124/85) - que, "fixa os vaIares de retribuição das Categorias Funcionais de Zoatecnista e Terapeuta Oeupacional do Grupo-Outras Atividailes de Nível Superior a que se refere a Lei n' 6.550,de 5 de julho de 1978, e dá outras providências". Relator: Deputado Luiz Leal. Parecer: Favorável. Em votação, foi aprovado por unanimidade o parecer do relator. Vai à Coordenação de Comiss"es Permanentes. 33)Projeto de Lei n" 2.741 de 1983 (anexo o Projeto de Lein' 4.052/84) - do Sr. Santinho Furtado - que "preserva na situação de dependente o filho que esteja cursandocnsino superior, para fins de Imposto de Renda". Relator: Deputado Renato Johnsson. Parecer: Favorável.Em votação, foi aprovado por unanim idade o parecer dorelator. Vai à Coordenação de Comissões Permanentes.34) Projeto de Lei n' 3.774/84 - do Sr. Francisco Amaral - qUe "autoriza a desapropriação e o tombamentodc imóveis que representem a cultura e a história da Capital federal". Relator: Deputado Renato Johnsson. Parecer: Favorável. Em 'lotação, foi aprovado por unanimidade o parecer do relator. Vai à Coordenação de Comissões Permanentes. 35) Projeto de Lei Complementarn' 21/g3 (anexo o Projeto de Lei Complementar n'74/83) - da Sr' Cristina Tavares - qlll; "dá nova redação ao parágrafo único do art. 4' da Lei Complementar n' li, de 25 de maio de 1971, que "institui o Programa de Assistência ao Trabalhador Rural - PRORU-
Junho de 1985
RAL, e dá outras providências". Relator: Deputado Sérgio Cruz. Parecer: Favorável. Em votação, foi aprovadopor unanimidade o parecer do relator. Vai à Coordenação de Comissões Permanentes. 36) Projeto de Lei n'1.027, de 1983 (anexo o Projeto de Lei n' 3.874/84) - daSr' Cristi na Tavares - qUe. "introduz alterações na Lein' 5.859, de lI de dezembro de 1972, que dispõe sobre aprofissão de empregado doméstico, e determina outrasprovidências". Relator: Deputado Sérgio Cruz. Parecer:Favorável. Em votação, foi aprovado por unanimidadeo parecer do relator. Vai à Coordenação de ComissõesPermanentes. 37) Projeto de Lei n' 1.914/83 - do Sr.Nilson Gibson - que "considera insalubre a atividadeprofissional dos empregados nos serviços de coleta,transporte e tratamento de lixo, e determina outras providências". Relator: Deputado Sérgio Cruz. Parecer: Favorável. Em votação, foi aprovado por unanimidade oparecer do relator. Vai à Coordenação de ComissõesPermanentes. 38) Projeto de Lei n' 2.761/83 - do Sr.Francisco Amaral- que. "autoriza a Empresa Brasileirade Correios e Telêgrafos - ECT, a emitir seja comemorativo do sesquicentenário de nascimento de AntônioCarlos Gomes, a ocorrer em 1986". Relator: DeputadoSêrgio Cruz. Parecer: Favorável. Em votação, foi aprovado por unanimidade o parecer do relator. Vai à Coordenação de Comissões Permanentes. 39) Projeto de Lein' 2.813/83 - do Sr. Francisco Amaral- que "autorizaa emissão de selo comemorativo". Relator: DeputadoSérgio Cruz. Parecer: Favorável. Em votação, foi aprovado por unanimidade o parecer do relator. Vai à Coordenação de Comissões Permanentes. 40) Projcto de Lein' 4.973/85 - do Poder Executivo (Mensagem n' 87/85)- qUe. "altera o valor do vencimento dos cargos que especifica, e dá outras providências". Relator: DeputadoChristovam Chiaradia. Parecer: Favorável. Em votação,foi aprovado por unanimidade o parecer do relator. Vaià Coordenação de Comissões Permanentes. 41) Projetode Lei Complementar nO 249/85 - do Poder Executivo.(Mcnsagem nO 01/85) - qUe. "dispõe sobre a aposentadoria do funcionário policial, nos termos do art. 103 daConstituição Fcderal". Relator: Deputado FernandoMagalhães. Parecer: Favorável, com adoção do substitutivo da Comissão de Serviço Público, com subemenda. ODeputado Agnaldo Timóteo solicitou e lhe foi concedida"vista" do processo. Encerramento: Nada mais havendoa tratar, foi encerrada a reunião às doze horas e quinzeminutos, e cu, Jarbas Leal Viana, Secretário, lavrei a presente Ata que, depois de aprovada, será assinada pejo Sr.Presidente.
Sala da Comissão, 8 de maio de 1985. - Aécio de Borba, Presidente.
Sétima Reuniào Ordinária. realizada nodia 15 de maio de 1985
Às dez horas do dia quinze de maio de 1985, na Sala n'5 do Anexo II da Câmara dos Deputados, sob a Presidência do Deputado Aécio de Borba, presentes os Senhores Deputados José Carlos Fagundes, VicePresidente, Sérgio Cruz, Luiz Leal, Irajá Rodrigues,Walmor de Luca, Bayma Júnior, Vicente Gabiroba,Christovam Chiaradia e Paulo Melro, reuniu-se a Comissão de Finanças. A Ata da reunião anterior foi aprovada por unanimidade. Expediente: I) Comunicação deproposta apresentada pelo Sr. Carlos Brandão, membroda Associação Nacional das Instituições do MercadoAberto - ANDIMA, no sentido de a Comissão promover debates com vistas ao colhimento de sugestões quevenham contribuir para o aprimoramento da legislaçãorelacionada ao mercado de capitais; 2) Oficio, de 10-585, da Associação Nacional de Fabricantes de RaçõesANFAR, com estudo anexo, demonstrando a alta incidência do Imposto sobre Circulação de Mercadoria(ICM) sobre o preço do frango ao consumidor final, que,a partir deste ano e nos dois anos subseqüentes deverãoelevar-se respectivamente a 32,1%, 36,2% e 40,1%; encaminhado à Assessoria Legislativa para fins de estudo crelatório das implicações da tributação referida no aumento de preços de ração para o consumidor final e possibilidade de apresentação de projeto corretivo; 3) Comunicação da intenção da Presidência de promover debates no Órgão :;obre assuntos financeiros, solicitandoaos membros sugestões de temas e participantes. Ordemdo Dia: I) Projeto de Lei n' 3.172/84 - do Sr. Ruy Ba-
DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I)
celar - que,. "altera a redação do § 2' do art. l' doDecreto-lei n? 791, de 27 de agosto de 1969, que dispõesobre o pedágio em rodovias federais e dá outras providências". Relator: Deputado Fernando Magalhães. Parecer: Favorável. Em votação, foi aprovado por unanimidade o parecer do relator. Vai à Coordenação de Comissões Permanentes. 2) Projeto de Lei n? 4.045/84 - doSr. França Teixeira - que "incumbe o Poder Executivo,através dô MEC, a produzir sinopse semanal em brailledo noticiário da imprensa, para distribuição nos institutos de cegos de todo o País". Relator: Deputado Fernando Magalhães. Parecer: Favorável. Em votação, foiaprovado parecer do Deputado Irajá Rodrigues, designado Relator Vencedor, contrário ao Projeto. O parecerdo Deputado Fernando Magalhães, primitivo relator,passa a ser considerado Voto em Separado, favorável.Vai à Coordenação Permanentes. 3) Projeto de Lei n?6.590/82 - do Sr. Walmor de Luca - que "concede aosmotoristas de taxi aposentadoria especial aos 25 anos detrabalho". Relator: Deputado Floriceno Paixão. Parecer: Favorável. Em votação, foi aprovado o parecer dorelator, contra o voto do Deputado Irajá Rodrigues. Vaià Coordenação de Comissões Permanentes. 4) Projeto deLei n' 2.778/83 - do Sr. Antônio Pontes - qu~ "instituio Prêmio Humberto Mauro para documentaristas, e dáoutras providências". Relator: Deputado Ibsen de Castro. Parecer: Favorável. Em votação, foi aprovado porunanimidade o parecer do relator. Vai à Coordenação deComissões Permanentes. 5) Projeto de Lei n' 3.873/84do Sr. Assis Canuto - que "autoriza a criação da EscolaSuperior de Agronomia, Veterinária e Engenharia Florestal no Município de Cacoal, Rondônia". Relator: Deputado Ibsen de Castro. Parecer: Favorável. Em votação, foi aprovado por unanumidade O parecer do relator. Vai à Coordenação de Comissões Permanentes. 6)Projeto de Lei Complementar n' 26/83 - do Sr. Francisco Amaral - qUe. "dispõe sobre isenção de tributos,inclusive estaduais e municipais, em favor dos excombatentes". Relator: Deputado Irajá Rodrigues. Parecer: Contrário ao Projeto e ao Substitutivo da Comissão de Constituição e Justiça. Em votação, foi aprovado,por unanimidade o parecer do relator, Vai à Coordenação de Comissões Permanentes. 7) Projeto de LeiComplementar n? 227/84 - do Sr. Nilson Gibson que. "introduz parágrafo no art. 5' da Lei Complementarn? 08, de 3 de dezem bro de 1970, qUe. "institui o Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público, edá outras providências." Relator: Deputado José CarlosFagundcs. Parecer: Contrário. Em votação, foi aprovado por unanimidade o parecer do relator. Vai à Coordenação de Comissões Permanentes. 8) Projeto de Lei nO3.63 1/84 - do Sr. Jonathas Nunes -,-. "Autoriza a emissào de selo comemorativo do centenário de nascimentodo poeta piauinse Antônio Francisco da Costa e Silva".relator: Deputado José Carlos Fagundes, Parecer: Favorável. Em votação, foi aprovado por unanimidade o parecer do relator. Vai à Coordenação de Comissões Permanentes. 9) Projeto de Lei n? 1.443/83 - do Sr. Geraldo Bulhões - que. "dispensa do pagamento do IPI, noprazo e condições que especifica, as aquisições de veículos utilitários destinados ao meio rural". Relator: Deputudo Luiz Leal. Parecer: Favorável, com substitutivo.Em votação, foi aprovado parecer contrário do Deputado Vicente Guabiroba c o Voto em Separedo, favorávelcom substitutivo, do relator original, Deputado LuizLeal. Vai à Coordenação de Comissões Permanentes. 10)Projeto de Lei nO 2.114/83 - do Poder Executivo (Mensagem n? 338/83) - quI). "autoriza o Instituto do Acúcare do Álcool a alienar bens de sua propriedade localizados nos Estados de Minas Gerais, São Paulo, Bahia,Alagoas, Pernambuco e Paraíba e dá outras providências". Relator: Deputado Luiz Leal. Parecer: Favorável.Em votação, foi aprovado por unanimidade o parecer dorclator. Vai à Coordenação de Comissões Permanentes.lI) Projeto de Lei n' 2.361/83 - do Sr. João Herculino- quI'. "estabelece modalidade de devolução aos municípios do montante das retenções efetuadas pelo Institutode Colonização e Reforma Agrária a título de custeio doserviço de lançamento e arrecadação do imposto sobre apropriedade territorial rural". Relator: Deputado LuizLeal. Parecer: Favorável. Em votação, foi aprovado porunanimidade o parecer do relator. Vai à Coordenação deComissões Permanentes. 12) Projeto de Lei n' 2.337/83- do Sr. Renato Vianna - que "altera a redação do art.
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14 do Decreto-lei n? 1.944, de 15 de junho de 1982, queconcede isenção do Imposto sobre Produtos Industrializados para táxis com motor a álcool". Relator: Deputado Moysés Pimentel. Parecer: Pelo arquivamento. Emvotação, foi aprovado, contra o voto do Deputado Vicente Guabiroba, o parecer do relator. Vai à Coordenação de Comissões Permanentes. 13) Projeto de Lei n'4.103/84 - do Sr. Francisco Amaral- quI'. "autoriza oPoder Executivo a enquadrar, como funcionários públicos estatutúrios, os fiscais do trabalho, na forma que especifica". Relator: Deputado Moysés Pimentel. Parecer:Favorável. Em votação, foi aprovado por unanimidadeo parecer do relator. Vai à Coordenação de ComissõesPermanentes. 14) Projeto de Lei Complementar nO187/84 - do Sr. Paulo Marques - quI'. "altera o art. 2'da Lei Complementar n'8, de 3 de dezembro de 1970,que institui o Programa de Formação do Patrimônio doServidor Ptíblico e dá outras providências". Relator: Deputado Sérgio Cruz. Parecer: Contrário. Em votação, foiaprovado por unanimidade o parecer do relator. Vai àCoordenação de Comissões Permanentes. 15) Projeto deLei n? 2.892/83 - do Sr. Francisco Amaral- qUe. "autoriza a Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos ECT, a fazer uma emissão de selos em homenagem aLech Walcsa. Relator: Deputado Sérgio Cruz. Parecer:Favorável. Em votação, foi aprovado por unanimidadeo parecer do relator. Vai à Coordenação de ComissõesPermanentes. 16) Projeto de Lei n' 3.225/76 - do Sr.Francisco Amaral- qUe. "altera a redação do art. 2' daLei n' 4.266, de 3 de outubro de 1963, para estender à esposa do trabalhador e filhos até 18 (dezoito) anos osalário-família. Relator: Deputado Sérgio Cruz. Parecer:Favorável, com adoção da emenda da Comissão deConstituição e Justiça. O Deputado Walmor de Luca solicitou e lhe foi eoncedid:;l "vista" do processo. 17) Projeto de Lci nO 4.073/84 - do Sr. Francisco Amaral- que"autoriza o Poder Executivo a tomar as medidas cabíveispara a manutenção e conservação da lancha denominada
."Gilda", na forma que especifica. Relator: DeputadoSérgio Cruz. Parecer: Favorável. Em votação, foi aprovado por unanimidade o parecer do relator. Vai à Coordenação de Comissões Permanentes. 18) Projeto de Lein? 1.623/83 (anexo o Projeto de Lei nQ 3.462/84) - doSr. Ibsen Pinheiro - quI'. "modifica o artigo 9' da Lei n'605, de 5 de janeiro de 1949 - Lei do Repouso SemanalRemunerado e o pagamento de salário, nos dias feriadoscivis e religiosos - e dá outras providências". Relator:Deputado Vicente Guabiroba. Parecer: Favorável. Emvotação, foi aprovado por unanimidade o parecer do re~
lator. Vai à Coordenação de Comissões Permancnetes.19) Projeto de Lei n' 2.709/83 - do Sr. Francisco Amaral - que. "autoriza a Empresa Brasileira de Correios eTelegrafos - ECT, a fazer uma emissão de selos comemorativos". Relator: Deputado Vicente Guabiroba. Parcccr: Favorável. Em votação, foi aprovado por unanimidade o parecer do relator. Vai à Coordenação de Comissões Permanentes. 20) Projeto de Lei nO 3.887/84 do Sr. Assis Canuto - Dispõe sobre o fracionamentodas parcelas ou lotes agrícolas em projetos de colonização". Relator: Deputado Jayme Santana. Parecer: Favorável. Em votação, foi aprovado por unanimidade oparecer do relator. Vai à Coordenação de ComissõesPermanentes. 22) Projeto de Lei n' 1.447/83 (anexos osProjetos de Lei nOs 2.995/83 e 4.246/84) - do Sr. Márcio Macedo - qUG. "institui Administração Colegiada.no Sistema Nacional de Previdência Social, e dá outrasprovidências". Relator: Deputado Fernando Magalhães.Parecer: Favorável. Em votação requerimento do Depu-.tado Walmor de Luca, no sentido de ser ouvida, preliminarmente, a Comissão de Previdência Social, recémcriada. Aprovado, por unanimidade o requerimento. 23)Projeto de Lei n' 2.425/83 - do Sr. Jorge Arbage - que"modifica dispositivos dos Decretos-leis nOs 1.564, de 29de julho de 1977; 1.898, de 21 de dezembro de 1981 e n'1.376, de 12 de dezembro de 1974, que dispõem sobre incentivos fiscias, e dá outras providências". Relator: Deputado Jayme Santana. Parecer: Favorável, com substitutivo. O Sr. Deputado Walmor de Luca solicitou e lhefoi concedida. "vista" do processo. 24) Projeto de Lei n'140/83 (anexos os Proj. de Lei nOs 868 e 2.105, de 1983)- do Sr. Siqueira Campos - que.. "dispõe sobre acobrança dos débitos relativos às tarifas de serviços deutilidade pública em geral". Relator: Deputado Ibsen deCastro. Parecer: Favorável, nos termos da Emenda
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Substitutiva da Comissão de Minas c Energia. Em votação, foi aprovado parecer contrário do Deputado IrajáRodrigues, designado Relator Vencedor, contra o Votoem Separado do Deputado Ibsen de Castro, PrimitivoRelator. Vai à Coordenação de Comissões Permanentes.25) Projeto de Lei n' 2.654/ 83 - do Sr. Antànio Pontes- que "dispõe sobre acréscimos, no pagamcnto fora doprazo, para Gratificação de Natal (13' salário), e dá outras providências". Relator: Deputado Ibsen de Castro.Parecer: Favorável. Em votação, foi aprovado parecercontrário do Deputado Vicente Guabiroba, contra oVoto do Deputado Walmor de Luca e Voto em Separado do relator original, Deputado Ibsen de Castro. Vai àCoordenação dc Comissões Permanentes. 26) Projeto deLei n' 3.508/84 - do Sr. Manoel Gonçalves - qUi:. "acrcsccnta parágrafo ao ar!. 789 da Consolidação das Lcisdo Trabalho, e determina outras providéncias". Relator:Deputado Luiz Baccarini. Parecer: Favorável, comemenda. Em votação, foi aprovado parecer do DeputadoWalmor de Luca, designado Relator Vencedor, favorável ao Projeto. O parecer do Deputado Luiz Baecarini,primitivo relator. passa a ser considerado Voto em Separado, favorável eom emenda. Vai à Coordenação de Comissões Permanentes. 27) Projeto de Lei n' 2.131/83do Sr. Freitas Nobre - qUe. "dispõe sobre o exercicio daprofissão de Escritor". Relator: Deputado Luiz Leal. Pareeer: Favorável, com emcnda. Em votação, foi aprovado. por unanimidade o parecer do relator. Vai àCoordenação de Comissões Permanentes. 28) Projeto de Lei3.391/94 - do Sr. Marcos Lima - quç. "institui novaunidade do sistema monetário com a denominação de
."Cruzeiro Atual". Relator: Deputado Luiz Leal. Parecer: Contrário. Em votação, foi aprovado por unanimidade o parccer do relator. Vai à Coordenação de ComisSÕes Permanentes. 29) Projeto de Lei n' 1.889/83 - doSr. Leónidas Sampaio - quç "assegura ao trabalhadorautônomo o direito à Gratificação de Natal e à remuneração de férias, e dá outras providéncias." Relator: Deputado Sérgio Cruz. Parecer: FavoráveL O DeputadoWalmor de Luca solicitou e obteve. "vista" do processo.30) Projeto de Lei n' 2.037/83 - do Sr. Adhemar Ghisi- qUI;. "introduz modificação na Lei n' 3.807, de 26 deagosto de 1960, para o fim de assegurar à mulher separada judicialmente o direito 11 pensão previdenciária deixada pelo ex-marido. nos casos que especifica". Relator:Deputado Sérgio Cruz. Parecer: Favorável. Em votação,foi aprovado parecer contrário do Deputado Walmor deLuca, designado Relutar Vencedor, contra o Voto emSeparado, favorável do Deputado Sérgio Cruz, primitivorelator. Vai à Coordenação de Comissões Permanentes.31) Projeto de Lei fi\' 3.609/84 - do Sr. Pedro Sampaio- que. "estende ao servidor público os critérios e os percentuais de reajuste salarial do Decreto-lei n' 2.065, de26 de outubro de 1983". Relator: Deputado Sérgio Cruz.Parecer: FavoráveL Concedida. "vista" do processo aoDeputado Aécio de Borba. 32) Projeto de Lei nQ
3.092/84 - do Sr. Geovani Borges - qUe. "dispõe sobrca isenção do Imposto sobre a Propriedade TerritorialRural para novos empreedimentos agropecl\ários naárea dc atuação da SUDAM". Relator: Deputado Vicente Guabiroba. Parecer: Favorável. Em votação, foiaprovado parecer contrário do Deputado ChristovamChiaradia, designado Relator Vencedor. O parecer favorável do Deputado Vicente Guabiroba, primitivo relator, passa a ser considerado Voto em separado. 33) Projeto de Lei n' 4.896/84 - do Poder Executivo (Mensagem n' 518/84) - quç "cria a 13' Região da Justiça doTrabalho, o Tribunal Regional do Trabalho respectivo,institui a correspondente Procuradoria Regional do Ministério Público da União junto à Justiça do Trabaslho edá outras providências". Relator: Deputado Walmor deLuca. Parecer: Favorável, com emendas. Em votação,foi aprovado por unanimidade o parecer do rdator. Vaià Coordenação de Comissões Permanentes. A seguir oSr. Deputado Aécio de Borba passa a Presidência ao Sr.Deputado Josê Carlos Fagundes. 34) Projeto de Lei n'3.305/84 - do Sr. Edme Tavares - qUI< "dispõe sobre acriação de uma Escola Técnica Federal, no Município deCajazeiras, Estado da Paraiba, e dá outras providências". Relator: Deputado Aêcio de Borba. Parecer: FavoráveL Em votação, foi aprovado por unanimidade oparecer do relator. Vai à Coordenação de ComissõesPermanentes. 35) Projeto de Lei n' 4.980/85 - do Tribunal Superior Eleitoral - qUe. "dispõe sobre a criação de
DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seçào I)
Cargos no Quadro Permanentes do Tribunal RegionalEleitoral do Estado de São Paulo e dá outras providências". Relator: Deputado Aécio de Borba. Parecer Favorável, com adoção de emenda da Comissão de Constituição e Justiça. Em votação, foi aprovado por unamimidade o parecer do relator. Vai à Coordenação de Comissão Pcrmanentes. A seguir o Sr. Deputado Aécio de Borba reassume a Presidência. 36) Projeto de Lei n' 2.779/83- do Sr. Stélio Dias - quc "autoriza o Poder Executivoa criar, nos municípios, o Centro de Recolhimento e Encaminhamento de menores". Relator: Deputado JoséCarlos Fagundcs. Parecer: Favorável. Em votação, foiaprovado por unanimidade o parecer do relator. Vai àCoordcnação de Comissão Permanente. 37) Projeto deLei n' 4.980/85 - do Poder Executivo (Mensagem n'130/85) - qUe. "concede pensão especial ao Padre Virgínia Fistarol (Ordem Salesiana)". Relator: Deputado José Carlos Fagundes. Parecer: Favorável. Em votação, foiaprovado por unanimidade o parecer do relator. Vai àCoordenação de Comissão Permanente. 38) Projeto deLei n" 373/83 - do Sr. Inocêncio Oliveira - qUe. "acrescenta item ao art. 8" da Lei n' 5.107 de 13 de setembro de1966, que cria o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS)". Relator: Deputado Christovam Chiaradia. Parecer: Favorável, com substituição, foi aprovadopor unanimidade o parecer do relator. Vai à Coordenação de Comissão Permanente. Encerramento: Nadamais havendo a tratar, foi encerrada a reunião às dozehoras e trinta e cinco minutos, c eu, Jarbas Leal Viana,Secretário. lavrei a presente Ata que, depois de aprovada, será assinada pelo Sr. Presidente.
Sala da Comissão, 15 de maio de 1985. - Aécio deBorba, Presidente.
Oitava reunião ordinária, realizada nodia 22 de maio de 1985
Às nove horas do dia vinte dois de maio de ]9R5. nasala n° 5 do Anexo 11 da Câmara dos Deputados. sob aPresidência do Deputado Aécio de Borba, presentcs osSenhores Deputados Moysés Pimentel, Vice-Presidente;Floriano Paixão. Agnaldo Timóteo, Walmor de Luca,Sérgio Cruz. Fernando Magalhães. Vicente Guabiroba,Nyder Barbosa e Bayma J ú;ior. reuniu-se a Comissão deFinanças. A Ata da rcunião anterior foi aprovada porummimidade. Ordem do Dia: I) Projeto de Lei n'4.596/8·4 - dü Sr. Pedro Sampaio - que "dispõe sobrecritério pura concessão de licença especial"'. Relator: Deputado Jüsé Carlos Fagundes. Parecer: Favorável. comsubstitutivo. O Deputado Walmor de Luca solicitou. elhe foi conct-dida, '''vista'' do processo. 2) Projeto de Lein" 3.815/84 - do Sr. Paulo Mclro - quc "assegura aosdependcntt':') de ferroviúrio beneficiário de aposentadoriadupla o recebimento da pensão prevista no art. 3\' doDecreto-lei n' 3.347, de 11 de junho de 1941". Relator:Deputado José Carlos Fagundes. Parecer: Favorável. ODeputado Walmor de Luca solicítou. e lhe foi concedida. "vista" do processo. A seguir. o Sr. Deputado Aéciode Borba passa a Prcsidência ao Sr. Deputado MoysésPimentel. 3) Projeto de Lei n" 1.925/83 - do Sr. Leônidas Sampaio - que "dispõe sobre a destinação, pelaUnião Federal, às Prefeituras Municipais. de recursos daLoteria Esportiva e da Loto, c dá outras providências".Relator: Deputado Aêcio de Borba. Requerimento dorelator, solicitando seja ouvida, preliminarmente, a Comissão de Esporte e Turismo. O requerimento foi aprovado por unanimidade. 4) Projeto de Lei n" 3.251/84do Sr. Múcio Athaíde - que "autoriza o Podcr Executivo a criar a Universidade Rural de Rondônia, e dá outras providências". Relator: Deputado Aécio de Borba.Parecer: Favorúvel. Em votação, foi aprovado por unanimidade o parecer do relator. Vai à Coordenação deComissões Permanentes. A seguir, o Sr. Deputado Aéciode Borba reassume a Presidência. 5) Projeto de Lei n"4.983/85 - do Poder Executivo (Mensagem n' 122/85)- que "altera a estrutura da Categoria Funcional deDatilógrafo, do Grupo-Serviços Auxiliares, e dá outrasprovidências". Relator: Deputado José Carlos Fagundes. Parecer: Favorável. O Sr. Deputado Walmor deLuca solicitou. e obteve, "vista" do processo. 6) Projetode Lei n' 2.523/83 - do Sr. Raul Ferraz - que "proíbeo pagamento de gratificação por vitória ou empate aosjogadores da Seleção Brasileira de Futebol". Relator:Deputado Mendonça Falcão. Parecer: Contrário. Em
Junho de 1985
votaçãD. foi aprovado por unanimidade o rwrecer do relator. Vai à Coordenação de Comissões Permanentes. 7)Projeto de Lei n' 1.749/B3 - do Sr. Manoel Affonso"':'que "modificcl dispositivo da Lei n' 5.107, de 13 de setembro de 1966, que dispõe sobre o Fundo de Garantiapor Tempo de Serviço". Relator: Deputado Luíz Bacearini. Parecer: Favorável. Em votação, foi aprovado porunanimidade O parecer do relator. Vai à Coordenação dcComissões Permanentes. 8) Projeto de Lei n'4.416/84do Poder Executivo (Mensagem n" 348/84) - que "dispõe sobre a pensão espedal de que trata a Lei n' 6.592.de 17 de novembro de J978". Relator: Deputado LuízBaccarini. Parecer: Favorável. Concedida "vista" doprocesso ao Sr. Deputado Walmor de Luca. Encerramento: Nada mais haver.do a tratar, às doze horas e cinco minutos foi encerrada a reunião, e, para constar. euFrancisco Elzir Irineu, Secretário-substituto. lavrei apresente Ata que, depois de aprovada, será assinada peloSr. Presidente.
Sala da Comissão, 22 de maio de 1985. - Aécio deBorba, Presidente.
O Senhor Deputado "'écio de Borba, Presidente daComissão de Finanças, fez a seguinte
Distribuição
Em 4-6-85Ao Senhor Deputado Fernando Magalhães:Projeto de Lei n" 5.078/85 - do Poder Executivo
Dispõe sobre a restruturação da Defensoria de Ofício daJustiça Militar. e dá outras providências.
Ao Senhor Deputado Flávio Marcílio:Projeto de Lei n" 3.453/84 - do Sr. Ruy Códo - Dis
põe sobre limitação do aumento da cobrança da TaxaRodoviária Única (TRU).
Sala da Comissão, 5 de junho de 1985. - JarbaLealViana, Secretário.
COMISSÃO DE FISCALIZAÇÃOFINANCEIRA E TOMADA DE CONTAS
Distribuição
O Senhor Deputado João Carlos de Carli, Presidenteda Comissão de Fiscalização Financeira e Tomada deContas, fez, nesta data, a seguinte distribuição: em 3 dejunho de Jq85:
Ao Sr. Deputado Augusto Trein:Projeto dc Lei n' 3.893, de 1984, do Sr. Irineu Colato,
qUe. "altera dispositivos da Lei n' 5.764, de 16 de dezembro de 1971, que. "define a Política Nacional deCooperativismo, institui o regime jurídico das socicdadescooperativas e dá outra; providências".
Sala da Comissão de Fiscalização Financeira e Tomada de Contas, 3 de junho de 1985. - José Cardoso Dias,Secretário.
COMISSÃO DO INTERIORDistribuição de Projetos
O Sen bar Presidente da Comissão do Interior, Deputado José Luiz Maia, fez, em 5 de junho de 1985, a seguinte distribuição:
Ao Senhor Deputado Cristina Cortes:Projeto de Lei n' 4.405/84, do Sr. Milton Figueiredo,
qUe. "estabelece a criação do Parque Nacional dc Chpada dos Guimarães, no Estado de Mato Grosso.
Ao Scnhor Deputado Evandro Ayres de Moura:Projeto de Lei n' 4.724/84, do Sr. Paulo Lustosa, que
"nomina O Município de Fortaleza como Distrito de Exportação de Informática",
Sala da Comissão, 5 de junho de 1985. - BenicioMendes Teixeira, Secretário.
COMISSÃ.O DE REDAÇÃO
lI! Reunião Ordiniiria da 3' Sessão Legislativada 47' Legislatura, realizada em 22 de maio de 1985.
Às dez horas do dia vinte e dois de maio de mil novecentos e oitenta e cínco, reuniu-se ordinariamente a Comissão de Redação, na sala onze do Anexo Dois da Câmara dos Deputados. Estiveram presentes os seguintcsSenhores Deputados: Flflyio Marcílio, Presidente, Mar-
Junho de 1985
ceio Línhares. Daso Coimbra, Joaeil Pereira c DilsonFanehin. Deixaram de comparecer, por motivo justificado. os Senhores Deputados Djalma Bessa. Júnia Marise.Aloysio Teixeira. Alvaro VallceRita Furtado. Lida: foiaprovada a ata da reunião anterior. A seguir, foram lidas, discutidas e aprovadas, nos termos dos pareceres doRelator, o Senhor Deputado Marcelo Línhares, as redações finais das seguintes proposições; Projeto de Lei n'2.981-B. de 1980, qUe "Altera o ar!. 147 da Consolidaçãodas Leis do Trabalho, aprovada pelo Decreto-lei n'5.452. de l' de maio de 1943, para o fim de assegurar odireito a férias proporcionais lloS empregados que pedirem dcmissão, com menos de I (um) ano de serviço",Projeto de Lei nO 2.988-B, de 1980, quç "Altera os arts.29.1 e 294 da Consolidaçào das Leis do Trabalho, aprovada pelo Decreto-lei n" 5.452, de I' de maio de 194.1,para o fim de assegurar direitos especiais aos trabalhadores em minas de carvão e fiuorita e em quaisquer atividades que liberem poeiras minerais e orgãnicas". Projetode Decreto Legislativo nO 14-E, de 198.1, que "Aprova otexto do Acordo Básico de Cooperação Técnica e Científica entre o Governo da República Federativa do Brasil eo Governo da Repúhlica do Haiti. celebrado em Brasília,a 15 de outuhro de 1982". Projeto de Lei n' l.550-A, de1983, que" "Dedara Feriado Nacional o dia 20 de novembro, já celebrado Dia Nacional da Consciência Negra pela comunidade afro-brasileira", Projeto de Lei n'4.307-B. de 1984. que "Denomin~."Presidente JuscelinoKubitschek" a Escola Agrotécnica Federal de BentoGonçalves, no Rio Grande do Sul". Às onze horas. nadamais havendo na pauta, o Senhor Presidente encerrou ostrabalhos. Do que, para constar, cu, (Mozart Vianna dePaiva) Secretário, lavrei li presente ata que, depois delida c achada conforme, será assinada pelo Senhor Presidente. Flávio Marcílio, Presidente.
12' Reunião Ordinária da 3' Sessão Legislativada 47' Legislatura, realizada em 23 de maio de 1985
Às dez horas do dia vinte e três de maio de mil novecentos e oitenta e cinco, reuniu~se ordinariamente a Comissão de Redação, na sala onze do Anexo Dois da Câmara dos Deputados. Estiveram presentes os seguintesSenhores Deputados; Flávio Marcílio, Presidente, Marcelo Unhares, Daso Coimbra, Joacil Pereira c DilsonFanehin. Deixaram de comparecer, por motivo justificado, os Senhores Deputados Djalma Bessa, Júnia Marise,Aloysio Teixeira, Alvaro Valle e Rita Furtado. Lida. foiaprovada a ata da reunião anterior. A seguir, foram lidas, discutidas e aprovadas, nos termos dos pareceres doRelator, o Senhor Deputado Marcelo Unhares, as redações finais das seguintes proposições; Projeto de Lei n'1.J71-C, de 1975, qUe "estabelece a obrigatoriedade dequalidade artística para os cartazes publicitários localizados ao longo das rodovias e dá outras providências";Projeto de Lei n' 458-C, de 1979, que, "concede aposentadoria. aos 25 (vinte e cinco) anos de serviço, aos trahaIhadores em fIreas perigosas das refinarias de petróleo edetermina outras providências"; Projeto de Decreto Legislativo n' 77-B, de 1984, qUe. "aprova o texto da Recomendação n' 131. referente a aposentadorias por invalidez c por velhice c pensões por morte, adotada na 51'Sessão da Conferência Internacional do Trabalho, realizada em Genebra, em junho de 1967"; Projeto de Decreto Legislativo n' 78-B, de 1984, quç. "aprova os textos daConvenção n' 1J7 e da Recomendação nO 145, da Organização Internacional do Trabalho, relativas às Repercussões Sociais dos Novos Mêtodos de Processamentode Carga nos Portos, adotadas em Genebra, em 25 de junho de 1973, durante a 58' Sessão da Conferência Internacional do Trabalho"; Projeto de Resolução n' 292-B,de 1985, que "cria a Comissão do Desenvolvimento Urbano e determina outras providências" e Projeto Lei n'5.386-A, de 1985, qUe. "cria cargos no Ministêrio da Reforma e do Desenvolvimento Agrário - MIRAD e dãoutras providênicas·'. Às onze horas e quinze minutos,nada mais havendo na pauta, o Senhor Presidente encerrou os trabalhos. Do que, para constar, eu Mozart Vianna de Paiva) Secretário. lavrei a presente Ata que, depoisde lida c achada conforme, serã assinada pelo SenhorPresidente. Flávio Mareílio, Presidente.
DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I)
COMISSÃO DE RELAÇÕES EXTERIORES15' Reunião Ordinária, realizada em
22 de setembro de 1983
PLENA
(Visita de Sua Excelência o Senhor Josê Meira Pena, exEmbaixador do Brasil em Varsóvia, Polônia)
Às dez horas do dia vinte c dois de setembro de mil novecentos e oitenla e três. reuniu-se em sala própria doAnexo lI. a Comissão de Relaçães Exteriores. sob a Presidência do Deputado Diogo Nomura, com a finalidadede receber o Excelentíssimo Senhor José Meira Pena. exEmbaixador do Brasil em Varsóvia. Polónia. Presentesos Senhores Deputados Israel Dias-Novaes, VicePresidente. Ulbaldo Barém, Octaeílio Almeida, NortonMacedo, Wilson Falcão. Theodorico Ferraço, José Carlos Texeira, Marcelo Unhares, Nelson Morro, OssianAraripe, Francisco Benjamin, Renato Bueno, AbdiasNascimento, Adroaldo Campos, Nelson Aguiar, MiltonReis, Clcmir Ramos, Aluízio Bezerra, Santos Filho, Magalhães Pinto, José Machado, Daso Coimbra. FernandoSantana. José Eudes, Josê Ribamar Machado, TobiasAlves, Hélio Dantas, Arnaldo Maciel, Walter Baptista,!talo Canti e Dionísio Hage. Ausente. por motivo justificado, O Senhor Deputado Pedro Colin, VieePresidente. Estã reunião foi inteiramente gravada e, depois de traduzida, fará parte integrante desta Ata. Àsdoze horas e quarenta cinco minutos o Senhor Presidente, Deputado Diogo Nomura, encerrou a reunião c, paraconstar, eu, Edna Medeiros Barreto. Secretária, lavrei apresente Ata que, lida e aprovada, será assinada pelo Senhor Presidente e encaminhada à publicação. - DiogoNomura, Presidente da Comissão.
16' Reunião Ordinária, realizada emS de outubro de 1983
TURMA. "A"
Às dez horas e trinta minutos do dia cinco de outubrode mil novecentos c oitenta e três, sob a Presidência doDeputado Pedro Colin, Vice-Presidente no exercício daPresidéncia, reuniu-se em sala própria do Anexo" daCâmara dos Deputados. a Comissão de Relações Exteriores. Presentes, os Srs. Deputados. Israel Dias-Novaes,Vice-Presidente, Aluizio Bezerra, José Ribamar Machado, Santos Filho, José Carlos Fonseca, Adroaldo Campos, Jarbas Vasconcelos, José Carlos Teixeira, Rosa Flores, Octacílio Almeida, Nelson Morro, José Eudes, Márcio Santilli, José Frejat, Rubens Ardenghi, Cunha Bue,~o. Milton Reis. Mendes Botelho, Oscar Corrêa, Gorgônio Neto, Ernani Satyro, Theodoro Mendes, João Gilberto, Jorge Carone c Arthur Virgílio Neto. Havendonúmero regimental, o Senhor Presidente iniciou os trabalhos. Ata; lida e aprovada por unanimidade a ata da'eunião anterior. Ordem do Dia; 1') Mensagem n'195/83. do Poder Executivo. qu~. "submete à consideração do Congresso Nacional o texto do Convênio Multilateral sobre Cooperação c Assistência Mútua entre asDireções Nacionais de Aduanas (incluídos os anexos I, Ve XIII), celebrado na Cidade do México". Relator; Deputado José Ribamar Machado. Parecer: favorável, nostermos do Projeto de Decreto Legislativo que apresenta.O Senhor Deputado Fernando Santana, que havia solicitado vista, devolveu a matéria, com voto favorável. Nãohavendo quem quizesse discutir a matéria, o Senhor Presidente submeteu-a à votação, sendo aprovada por unanimidade. A matéria serã encaminhada à Coordernaçãode Comissões Permanentes; 2') Mensagem n' 467/82. doPoder Executivo. qUe "submete à consideração do Congresso Nacional O texto de Acordo de Cooperação Amazônica entre o Governo da República Federativa do Brasil e o Governo da República Cooperativista da Guiana.celebrado em Brasília, a 5 de outubro de 1982". Relator;Deputado José Machado. Parecer: favorável, nos termosdo Projeto do Decreto Legislativo que apresenta. O Senhor Deputado Márcio Santilli, que havia solicitado vista, devolveu a matêria com voto favorável. Não havendoquem quizesse discutir a matéria, o Senhor Presidente·submeteu-a à votação. sendo aprovada por unanimidade. A matéria será encaminhada à Coordenação de Comissões Permanentes. Esgotada a pauta da Ordem doDia, o Senhor Presidente comunicou o recebimento dasseguintes propostas: 1') dos Senhores Deputados ArthurVirgílio Neto, Márcio Santilti, João Herrmann e José
Sábado 8 5789
Fogaça, no sentido da realização. ainda no semestre emcurso, de um seminário sobre Politica Internacional, cujos temas e respectivos expositores, relacionam; 2') doSenhor Deputado Jorge Carone, no sentido que seja convidado o Senhor Embaixador dos Estados Unidos paraprestar esclarecimentos ã Comissào de Relações Exteriores a respeito das opiniões emitidas pelo Secretário doTesouro norte-americano. Senhor Donald Regan, sobrea politica interna brasileira. Com relação à primeira proposta, o Senhor Presidente sugeriu que se aguardasse oretorno do Deputado Diogo Nomura, Presidente da Comissão, que se encontra em missão oficial no exterior,para que a matêria seja discutida. Quando à segundaprosposta, de autoria do Deputado Jorge Carone, o Se·nhor Deputado Pedro Colin, Vice-Presidente no exercício da Presidéncia, designou o Deputado Nelson Morropara relatá-Ia. Em seguida, o Senhor Deputado JorgeCarone explicou os motivos que o induziram a apresentar a propostsa convidando o Embaixador norteamericano a comparecer a esta Comissão. O SenhorAluízio Bezerra, em seguida, discorreu sobre a sua participação como membro da Delegação Brasileira à Primeira Reunião Macro-Regional Fronteiriça PeruBolfvia-Brasil. informando, na oportunidade, sobre aproposta apresentada pela Delegação Brasileira no referido evento, no sentido de constituir-se uma ComissãoTripartite Permanente de Avaliação e Consulta sobreproblemas regionais fronteiriços de desenvolvimento integrado Peru-Bolívia-Brasil. com sede permanente emPuerto Maldonado, Peru. Solidarizam-se com o oradoros Deputados Santos Filho e Josê Carlos Teixeira. Antesde concluir, o Senhor Deputado Aluízio Bezerra solicitou o registro em ata de relatório da Delegação Brasileira à primeira Reunião Macro-Regional FronteiriçaPeru-Bolivia-Brasil. O pedido foi atendido pelo Senhor Presidente e o documento encontra-se anexado àpresente ata. Nada mais havendo a tratar, a reunião foiencerrada às onze horas e vinte minutos. E, para constar,cu Edna Medeiros Barreto, Secretária, lavrei a presenteata, qne vai por mim assinada c pelo Senhor Presidente,sendo, após lida e aprovada, encaminhada à publicação.- Pedro Coliu, Vice-Presidente no exercício da Presidéncia.
17' Reunião ordiuária, realizada em20 de outubro de 1983.
TURMA "A"
Às dez horas do dia vinte de outubro de mil novecentos e oitenta e três, reuniu-se em sala própria, no Anexo" da Câmara dos Deputados, a Comissão de RelaçõesExteriores, sob a presidência do Deputado Pedro Colin,Vice-Presidente no exercício da Presidência. Presentes osSenhores Deputados Israel Dias-Novaes - VicePresidente, José Ribamar Machado, José Machado, JoséCarlos Fonseca, Ossian Araripe. José Carlos Teixeira,Enoc Vieira, Trapuan Costa Júnior, Nelson Morro, Nelson Aguiar, Wilson Falcão, Cláudio Philomeno, FlávioBierrenbach, Jônathas Nunes, João Herrmann, MárcioSantilli, Paulo Marques. Márcio Macedo, Aluízio Bezerra, Jo,sé Frejat, Mendes Botelho e Fernando Magalhães,Ausentes por motivo justificado os Senhores DeputadosDiogn Nomura, Milton Reis e Marcelo Unhares. Ata:Lida c aprovada sem restrições a ata da reunião anterior.Comunicaçães; O Senhor Presidente comunicou o recebimento de vários exemplares do livro, "Manual de Derecho Internacional Publico", de autoria do professor Fernando Gamboa Serazzi, atual Ministro Conselheiro daEmbaixada do Chile, para serem distribuídos aosmembros da Comissão. Ordem do Dia; 1-) Proposta doDcpntado Jorge Carone, no sentido de convidar o Senhor Embaixador dos Estados Unidos da América paraum debate, em data a ser posteriormente marcada, sobreassuntos de interesse comum dos dois países e para umpossível esclarecimento a respeito das opiniões emitidaspelo Senhor Donald Regan, Secretário do Tesouro daquele pais, sobre a nossa política econômica. O SenhorDeputado Nelson Morro, designado para relatar, ofereceu parecer pela rejeição da proposta, sem prejuízo de aqualquer momento, tão logo seja designado novo Embaixador dos Estados Unidos da América, o autor apres.entar novo requerimento. Não havendo quem quise~se
discutir a matéria, o Senhor Presidente colocou em votação parecer do relator, que foi aprovado por nnanimi-
5790 Sábado 8
dade; 2-) Requerimento s(n9-83, do Deputado José Eudes, que "Solicita que a Comissão de Relações Exteriores autorize a realização de sessão solene, dia 13 de setembro, para homenagear o ex-Presidente SalvadorAllende". Relator: Deputado João Herrmann. Parecer:pela aceitação da proposta, com a abscrvação de que pornào ter a presente proposição sido sido distribuída emtempo, que a data de 13 de setembro seja formalmenteacatada como de reverência e homenagem ao exPresidente chileno Salvador Allende. A proposta foiaprovada por unanimidade, tendo o Relator também sugerido a divulgação do evento. Esgotada a pauta dos trabalhos, usou da palavra o Senhor Deputado IrapuanCosta Júnior, quc fez um relato sobre recente viagem queempreendeu à República do Toga. Em seguida, o SenhorDeputado Israel Dias-Novaes, Vice-Presidente, teceu comcntúrios sobre as atividades desenvolvidas pela PolíciaFederal de São Paulo. mormente no que respeita à repressão ao contrabando - em especial. de peças eletronicas. noticiado na imprensa, cujo desvio alcança centenas de milhOes de dólares qllcaproveitam multi nacionaisde notório poder. Concllli o Deplltado Israel DiasNovacs por aprescntar proposta convidando o SenhorDelegado Romeu Tuma, Diretor da Polícia Federal dcSão Paulo. para comparecer a este órgão técnico a fim deproferir palestra sobre este assunto que considera degrande vulto, eis que o coatrabando significa cvasão dedivisas. A proposta foi aprovada por unanimidade.Nada mais havendo a tratar. o Senhor Deputado PedroColin, Vice-Presidente no exercício da Presidência, encerrou os trabalhos às dez horas e quarenta e cinco minutos. E. para constar. ell Edna Medeiros Barreto, Secretária, 1avrei a presente ata que vai por mim assinada cpelo Senhor Presidente, sendo, após lida e aprovada, encaminhada à pllblicação. Pedro Colin, Vice-Presidenteno exercício da Presidência.
20~ Reunião Ordinária realizodn em23 de novembro de 1983
TURMA "A"
Ãs dez horas do dia 23 de novembro de milnoveeentose oitenta e três, reuniu-se, em sala própria, no Anexo Ilda Cámara dos Deputados. a Comissào de Relações Exteriores. sob a Presidéncia do Deputado Diogo Nomura.Presentes os Senhores Deputados Pedro Colin, VicePresidente, Mendes Botelho, Ossian Araripe, SiqueiraCampos. Fernando de SanfAnna, Manoel Costa Jr..Jessé Freire, Daso Coimbra, Marcelo Linhares, UbaldoHarém, José Carlos Teixeira, Octacílio Alves de Almeida, Pedro Sampaio, Bete Mendes, Hamilton Xavier,Carlos Sant'Anna, O,car Correa Jr., João HerrmannNeto, Jarbas Vasconcelos. José Frejat. Furtado Leite,Enoc Vieira. Flávio Bierrenbach, Adroaldo Campos,Milton Reis. Irapuan Costa Jr., Nelson Morro e Magalhães Pinto. Comunicações: " Sr. Presidente comunica orecebimento de requcrimcnto subscrito pelos DeputadosMárcio Santilli. João Hermann Neto. Arthur VirgílioNeto, Domim ngos Leoneli e Dante de Oliveira propondo seja convidado o Senhor Ernesto Gutiérrez Gutiérrez,Embaixador da Nicarágua no Brasil, para vir a esta Comissão, expor a grave situação de seu país. Designou oSr. Deputado Daso Coimbra para relatar o referido requerimento. Ordem do Dia: I) Mensagem 426(83 (PoderExecutivo) "Solicita autorizaçt1o para o Senhor Presidente da República ausentar-se do País." Relator: Deputado Mareelo Linhares: parecer: favorável, na forma deProjeto de Decreto Legislativo anexado à Mensagcm,aprovado por unanimidade. A matéria serú encaminhada ã CCP; 2) Mensagem 451(82 (Poder Executivo) "Submete à consideraç;lo do Congresso Nacional o texto doTratado da Comunidade Ibero-americana de Previdência Social, concluido em Quito, no Equador. a 17 demarço de 1982." Relator: Deputado Daso Coimbra; parecer: favorável, na forma de Projeto de Decreto Legislativo anexauo à Mensagem, aprovada por unanimidade.A matéria será encaminhada à cepo Em segllida, o Sr.Deputado João Hermann Neto solicitou que o Sr. Deputado Daso Coimbra, designado para relatar a propostaconvidando o Sr. Embaixador da Nicarágua, ofereça parecer oral na presente reunião, tendo em vista a proximidade do recesso e a atual situação internacional. O Sr.Presidente. Deputado Digo Nom ma. consultou o rclatordesignado, Deputado Daso Coimbra, se concordava
DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seçào I)
com o solicitado. O Deputado Daso Coimbra respondeuafirmativamente, pedindo apenas que lhe fosse concedido algum tempo para tomar conhecimento da proposta.no que foi atendido. 3) Requerimento S(N'(83, do Sr.Airton Soares,. "Requer que a sessão de 29 de novembroseja prorrogada em 30 minutos para quc a Câmara preste homenagem ao Povo Palestino". Relator: Dep. JoséCarlos Teixeira. Parecer: favorável, aprovado por unanimidade. A matêria será encaminhada ã Coordenação deCom issàes Permanentes e, posteriormente à Mesa daCámara dos Deputados, para que seja submetido ao plenúrio da Casa. O Sr. Presidente consulta o Sr. DeputadoDaso Coimbra se jú tem o parecer pronto. Não estandoainda pronto o parecer, o Sr. Presidente concede a palavra ao Sr. Deputado João Hermann Neto que tece comentários sobre declaração do Sr. Presidente da República, General João Baptista de Oliveira Figueiredo,durante viagem à África, ao afiançar que o nosso Paísmantém fronteiras vivas com a Argentina. o que em linguagem diplomática significa a possibilidade de conflitose de intervenção mútuu. Comentou também nota oficialdo governo. que se finda na Argentina. dirigida ao nossoGoverno informando que passa a dominar o processo deenriquecimento de urünio. Continua o Sr. Joào Hermann, afirmando que para a classe militar argentina, acolocação de que são futmos integrantes do Clube Atômico e que, conjuntamente com o Brasil, nào integram oTratado de Thlatelolco, isto é, o Tratado de não prolifcrção das armas nucleares, causa ao nosso País uma dificuldade grande em seu relacionamento com o país vizinho e, sobretudo. uma preocupação com a internacionalização c militarização do Atlúntico Sul. C"ntinuou o Sr.João Hermann tecendo considerações sobre a situaçãointernacional, em especial a declaração do Presidentedos Estados Unidos da América, Ronald Reagan, queconsidera provocativa, no sentido de que aquele país estaria disposto a aplicar 300 milhões de dólares na criaçãode um porta-aviões1 fixo e i nafundável, que seria a ilhada trindade. Comentou S. Ex' a nota de repúdio, imediata. dos Ministros militares brasileiros de que tal interferência nào seria permitida em nosso território. EntendeuS. Ex lil que compete a esta Comissão estudar detidamentesobre o que signitica este ato, eis que no episódio dasMalvinas esta Comissão denunciou 1, Casa que. após ofracasso argentino, a traflsforrnaçào das Ilhas Falklands,como também são denominadas, em uma grande baseaeronaval inglesa no Atlântico Sul, provocaria ti corridaarmamentista às nossas terras. Tnformou ainda. S. Ex~!
que enquanto isto ocorre. será cncaminhado a esta Casa.nos próximos dias, um projeto de lei criando a GuardaCosteira do Brasil e () ampliamento dos nossos efetivos.Entendell S. Ex' que estes fatos - tivessem o repúdionào apenas da sociedade política brasileira. mas tambémda sociedade militar brasileira. Continuando, S. Ex' solicitou diligências necessárias para qlle não apenas os Ministros Militares sejam ouvidos, mas tam bérn o GeneralDanilo Venturini. Secretário-Geral do Conselho de Segurança Nacional para que a proposta de um regime quese finda na Argentina não provoque. segundo as palavras do próprio Presidente eleito, Sr. Ralll Alfonsin, daArgcntina. um ~~piídi() e ao mesmo tempo uma corridanacionalista que n05 leve também à busca de armamentos nuclcares neste país, colocando em risco também aAmérica Latina. Finalizou, S. Ex' após comentar sobre ofilme diVUlgado pela ABC News, norte-americana, e denominado. "The Day Afler" que tanta preocupaçãotrouxe ao mundo inteiro com relação à corrida nuclear,solicitando à Presidência da Comissão para que estudeprofllndamente o problema para quc o Brasil não integrca luta fraticida de recorrer li armamentos nucleares parauma nação irmã. Em resposta o Sr. Presjdente~olicitaaoDeputado João Hermann, quc tendo em vista a complexidade e imporWneia do assunto, formalize através dedocumentos a ser encaminhado à Presidência da Comiss;lo. Em segllida, o Sr. Presidente conecdeu a palavra aoDeputado Marcelo Linhares que iniciou a diseussão daproposta de convite ao Sr. Embaixador da Nicarágua,sugerindo que a rellnião para ouvir aquela autoridade,seja reservada na forma regimental, (art. 42 § 2'). O Sr.Presidente informoll que o relator é quem devc fazer talproposta. Com a palavra o Sr. Deputado Daso Coim brapassou" reiatar a proposta-convite do Sr. Embaixadorda Nicarágua, oferecendo parecer favorável, e sugerindoque a reunião para ouvir aquela autoridade seja reserva-.
.Iunho de 1985
da. A matéria foi aprovada e o Sr. Presidente determinouque a Secretaria tomasse a~; providências neces5úrias~que
O caso requer. Esgotada a matéria, o Sr. Presidente concedeu a palavra ao Sr. Deplltado José Frejat qlle discorreu sobre o problema de energia nucelar apresentadopelo Depatado João Hermann. Disse S. Ex' que semprehouve interesse das grande, potências imperialistas e dosmilitares de direita da Argc:ntina e do Brasil de provoearem atritos entre as dllas nações vizinhas. Fez S. Ex' O
Deputado Josê Frejat. um relatório sobre o processo nuclear dos dois países, e que foi trazido pelos alemães, enfocando o aspecto dc mar,sinalização dos grandes cientistas brasileiros tendo em vista a militarização do projeto nuclear brasileiro. Entende o Deputado Frejat que osbrasileiros não devem incentivar as divergências existentes e que o Brasil nào pre"isa de projeto nuclear, a nãoser para pesquisas, pois somos um País pacifista. CncluiuS. Exª, que nào devemos temer o avanço nuclear argentino. mas sim trabalharmos pela paz. Em aparte. o Sr. Deputado João Hermann, reafirmou ser contrário a qualquer corrida armamentista, bem como estar o nosso Paisservindo a interesses estrangeiros. Lembrou S. Ex' o Tratado de Potsdam, pelo qual a Alemanha não pode desenvolver artefatos nucleares ou bélicos em seu território cque já não pode mais fazer sua expansào na África Austraul, como anteriormente. Acrescentou o DeputadoJoão Hermann qlle atualmcnte a Alemanha tem nccessidade de expandir este projetos que hoje estão sendo instalados no Brasil c cujos resultados são desconheeidos.Dai, continuou, a Alemanha, hoje, desenvolve em território estrangeiro o que não pode desenvolver em seu território. Lembra o Deputado Joào Hermann a tradiçãoda Alemanha, de longa data, quando também desrespeitou o Tratado de Versalhe.l e se rearmou de 1922 a 1936.Concllliu S. Ex' afirmando que, hoje em dia o que os Estados Unidos da América" a Alemanha Ocidental fazemé. através de países como o nosso e outros do Terceiroj\.fundo, readquirem conhecimento tecnológico e bélico,o que deve ser denunciado. O assunto foi amplamentediscutido pelo Deputado Carlos Sant'Anna que entendeque o domínio da tecnologia nuclear mais avançado corresponde ao domínio do poder, em todas as áreas, bélico. economico. cientifico e político. Entende S. Ex' que odesenvolvimento da energia nucelar é de vital importância para o próximo século quando os combustíveis, hojeconhecidos como ordinár;os, estarào em exaustão. E aenergia nuclear será fundamental para que possamos enfrentar outra sitllação. esgotadas as jazidas de petróleo.Assim, ohviamente, quem detém o poder tecnológico estabelceu a política da detente, estaheleceu o Clube Atômico. onde 7 nações com o poder tecnológico não querem abrir m;lo deste poder. de dominação. O Sr. JoãoHermann, com a palavra, indaga ao Presidente se tendoem vista a importância do assunto. o rcquerimento queapresentou verbalmente pode ser dirigido também à Comissão de Ciência e Tecnologia para que se faça umareuniào conjunta com a nossa. O Sr. Presidente respondeu afirmativamente, informando que, tào logo o Deputado João Hermann formalize o requerimcnto, tomaráas providências necessúri,,,. O Sr. Dep"tauo Flúvio Bierrenbach. com a palavra. eoneordou in totum com as declarações do Sr. Deputado Carlos Sant'Anna. acrescentando que a dis"ussão sohre o problema da energia nuclear foi muito profícua, apoiando também o requerimento do Deputado João Hermann. A Sra. DeputadaHete Mendes elogiou a Comissão por ter aprovado o requerimento do Deputado João Hermann. convidando oEmbaixador da Nicarágua, e tecell considerações sohre aviagem que fez aos Estados Unidos da América onde, noDepartamento de Estado, a convite, foram discutidosproblemas do Caribe, e, com três representantes daqueleorganismo, particularmente da Niearúgua, quando afirmaram que enqllanto bOllvesse um último sandinista vivo, o Governo norte-americano nào descansaria, o quedcixou os parlamentares brasileiros bastantes chocados.Dai. porque concluiu a Deputada Bete Mendes. considerar da maior importância a vinda do Embaixador da Nicarágua e, se possível, de outros países envolvidos noproblema da América Central. O Sr. Deputado FlúvioHierrembach propos que a Comissão de Relações Exteriores sugira ao Presidente da República quc efetue, emnome do povo brasileiro, urna viagem à Nicarágua, ondeo Brasil não possui Embaixador. Em rcsposta, o Sr. Presidente solicita que o Deputado Flávio Bierrenbaeh for-
Jun'10 d::"~1::9:.:.g,=-~ D_j[_/_,-:'_,_IO_D_O_C_O_N_(_J_R_E_·_SS_O_._N_A_C_-_IO_N_A_L_(_Se_ç_ã_o_i_) ~_:;,_H_J'_ld_o_r:__J_7'_91
maih:e a proposta. Àntes de encerrar os traha'lhos o Sr.Presidentc formulou apelo aos Deputados que tenhamem se-li poder proposições para rehl.tar l que as devolvama fim de liberar a pauta para o próximo ano. Ao Deputada Bete Mendes pediu a palavra para justi!lcar 'iua ausência na prôxima reuniào em virtude da viagem que em..preenderá ao México e à Cuba. Nada mais havendo atratar, o Sr. Presidente declarou encerrados 05 trabalhos,dos quais, para constar, cu, Edna Medeiros Barreto, Secretária, lavrei;] presente ata, que vai por mim assinada epelo Sr. Presidente e, após aprovada, será encaminhadaà publicac;uo
,. Reuniào ordinária, realizada emi8 de abril de 1985
[LEI ( ..\0
As nove horas do dia dezoito de abril de mil novecentos e oit.enta e cinco, reúne-se, em sala própria do Anexofi da Câmara dos Deputados, a Comissão de RelaçôesExteriores, sob a Presidência do Deputado Pedro Colin,por convocação do Senhor Presidente da Câmara dosDeputados, nos termos do art. 75 do Regimento Interno,para a eleição do Presidente e Vice-Presidentes para apresente sessão legislativa. Presentes os Senhores Deputado, Jo,é Carlos Teixeira, Alencar Furtado, Aluízio Bezerra, Chagas Vasconcelos, Daso Coimbra, Freita,Nobres, Fued Dib, [ram Saraiva, Jarbas Vasconcclos,João Herrmann Neto, Júnia Marise, Márcio Macedo,Márcio Santilli, Miguel Arraes, Milton Reis, Nyder Barbosa, Octacilio Almeida, Paulo Marques, Renato LouresBueno, Rosa Flores e Se bastião Ro drigues (Titulares doPMDB); Arthur Virgílio Neto, Juarez Bernardes, OdilonSalmoria, Paes de Andrade e Tobias Alves (Suplentes doPMDB); Adroaldo Campos, Angelo Magalhães, DiogoNomura, Eraldo Tinoco, José Carlos Fonseca, José Ribamar Machado, Nelson Morro, Santos Filho, OssianAraripe e Wilson Falcão (Titulares do PDS); FernandoMagalhães, Hamilton Xavier, Gorgônio Neto, NasserAlmeida, Osvaldo Melo, Salvador Julianelli, SaramagoPinheiro e Cunha Bueno (Suplentes do PDS); Enoc Vieira, Francisco Benjamin, Jessé Freirc c Ricardo Ribeiro(Titulares do PFL); Fernando Bastos, Homero Santos,José Thomaz Nonô e Rita Furtado (Suplentes do PFL);Abdias Nascimento e Amaury MalIer (Suplentes doPDT); Jacqucs D'Ornellas (Suplente do PDT); José Eudes (Titular do PT). Havendo número regimental, o Senhor Prcsidcnte declara abertos os trabalhos. Tendo sidodispensada a leitura da Ata da reunião anterior, a mesmaé considerada aprovada, O Presidente Pedro Colin comunica à Comissão que o Ministro Olavo Setúbal, convidado para comparecer a este órgão técnico no dia 8 deabril, infelizmente nada comunicou a esta Presidênciasobre o seu não-comparecimento naquela data. Em seguida, informa aos membros presentes que, ao términode sua gestão, deixa pendentes apenas cinco matêrias;três, aguardando informações do Poder Executivo, e asoutras duas, aguardando a vinda de autoridade (a primeira, do Ministro da Agricultura, e a segunda, do Embaixador Carlos Canero Rodrigues e do Professor Vicente MaroUa Rangel). Antes de dar imclo ao processo devotação, esclarece ao Plenário que há seis tipos de cédulas: 1'). "Para Prcsidente Deputado Francisco Benjamin"; 2\1), "Para Presidente - em branco!'; 3'), "'Para Primeiro Vice-Presidente Deputado João Herrmann Neto";4'). "Para Primeiro Vice-Presidente - em branco"; 5')"Para Segundo Vice·Presidente Deputado AdroaldoCampos"; e 6') "Para Segundo Presideute - em branco", Convida, a seguir, o Senhor Deputado Márcio SantiUi para fazer a chamada nominal dos Deputados presentes, informando que a mesma será feila por partido,iniciando-se pelos titulares, seguidos dos suplentes, até olimite das respectivas bancadas, que são: PMDB-26;PDS-19; PFL.ll; PDT-3; PTB-l, e PT-l, perfazendo ototal de 63. O Senhor Deputado Márcio Santil1i procede,então, à chamaria nominal para a votaçào. Encerrada avotaçt1o, convida, para acompanharem a apuração, osSenhores Deputados Fernando Bastos e Jackson Barreto, Aberta a urna, verifica-se quc o número de sobrecartas ê o mesmo de volantes (einqUenta e sete). Procede-se,então, à apuração dos votos, cujo resultado é comunicado pelo Senhor Presidente: Para Presidente - DeputadoFrancisco Benjamin, 56 votos; em branco, I (hum). ParaPrimeiro Vice-Presidente - Deputado João Hcrrmann
Neto, Só votos; em branco, I (hum), Para segundo VicePresidente - Deputado Adroaldo Campos, 51 votos; embranco ti. O Deputado Pedro Colin convida os eleitos a(ornarem assento à Mesa, dando-lhes a posse, de imediato. O Deputado Francisco Benjamin assume a Presidência dos trabalhos e concede a palavra ao Deputado Mârcio Sanlílli que, após cumprimentar os eleitos, presta homenagem ao Deputado Pedro Colin, ressaltando a forma altiva. ativa c democrática com que conduziu a Comissão durante a sua gestào. Finaliza fazendo votos no:;entido de que o novo Presidente dê continuidade à dinâmica imprimiàa a este órgão técnico pelo seu antecessor.O Deputado Fernando Bastos também parabeniza osdeitos e prcsta homcnagem à atuação do Deputado Pedro Colin. No mesmo sentido fazem aillda uso da palavra os Deputados José Machado, Josê Carlos Fonseca eAmaury MaIler. O Dcputado Pedro Colin, por sua vcz,cumprimenta os eleitos e agradece as homenagens quelhe foram prcstadas; fala sobre a importância da prcsença dos Parlamentares em Plenário, bem como da assistência constante prestada pclos Coordenadores dasBancadas, durante a sua gestão. Destaca, principalmente, a atuação dos Deputados Márcio Santilli, João Herrmann Neto e Francisco Beruamin, Agradece, por fim,todo o apoio que sempre recebeu do Plenârio desta Co"missão. Em seguida, na qualidade de Líder do PFL, oDeputado José Lourenço ressalta a importância desteórgào técnico bem como de Slla participação na reformu1:lção da política externa brasileira. Enaltece a atuaçãodo Deputado Pedro Colin c manifesta convicção de que'todos os integrantes desta Comissão continuarão contribuindo no sentido de que os novos dirigentcs também tenham êxito em sua gestão, Usa, por fim, da palavra, oDeputado Francisco Benjamin que, em nome dos VicePresidentes eleitos, e de si próprio, manifesta os agradecimentos pela honrosa confiança neles depositada peloseus pares, Fala sobre a grande responsabilidade quecabe aos Parlamentares de uma forma geral perante arealidade que vive o Pais na consolidação da Nova República, que, frisa, requer não um trabalho individual,mas coletivo, Ressalta que a política externa do Paísdeve ser o reflexo dos interesses nacionais, Manifesta intenção de manter o diálogo e de dar continuidade ao trabalho iniciado pelo Deputado Pedro Colin que, afirma,"deu altura a esta cadeira e responsabilidade ao seu sucessor". Presta homenagem ao seu antecessor, bemcomo aos Deputados José Carlos Teixeira e Santos Filho, referindo-se, também, ao trabalho prestado pelocorpo de funcionúrios desta Comissão. Agradece a presença do Líder José Lourenço, bem como os votos formulados, pelo Plenário, ã nova gestão quc om se inicia.Reafirma a intenção de corresponder ã confiança de seus'pares e, 11S dez horas e cinqaenta minutos encerra os trabalhos. E, para constar, eu Regina Beatriz Ribas Mariz,Secretária, lavrei a presente ata que vai por mim assinada e pelo Senhor Presidente, sendo, após lida e aprovada, encaminhada à publicação, Francisco Benjamin, Prcsidentt. da Comissão.
8' Reunião Ordinária, realizada em15 de maio de 1985
(Comparecimento do Exm' Sr. Ministro Olavo Setúbal,das Rel ações Exteri ores)
Às dez horas do dia quinze de maio de mil novecentose oitenta e cinco, reúne-se, no Auditório Nereu Ramos,da Câmara dos Deputados, a Comissão de Relações Exteriores, sob a Presidência do Deputado Francisco Benjamim, com a finalidade de ouvir o Senhor Ministro Olavo Setúbal. das Relaçôes Exteriores, Prescntes os Senhores Deputados João Hermann Neto, Vice-Presidente,Aluízio Bezerra, Sarney Filho, Ossian Araripe, Josê Carlos Teixeira, Ângelo Magalhães, Fernando Sant'Anna,José Penedo, José Carlos Fonseca, Abdias Nascimento,José Eudes, João Machado, Milton Reis, Diogo Nomura, Flávio Bierrenbach, Israel Dias Novaes, José Camargo, Márcio SantiUi, Octacílio Almeida, Ricardo Ribeiro,[ram Saraiva, !rapuan Costa Júnior, Ubaldo Barém,Santos Filho, Nelson Morro, Pedro Colin, AmauryMaller, Nelson Marehezan, Osvaldo Melo, ArnaldoMaciel, Mauricio Ferreira Lima, Jaekson Barreto, Jacques O'Ornellas, JG de Araújo Jorge, Homero Santos,Jorge Carone, Rondon Pacheco, Salvador JulianeUi,Otúvio Cesúrio, João Gilberto e Siqueira Campos, Pre-
sentes, ainda, 05 Senhores Deputados Jose Lourenço cPimenta da Veiga, Líderes, respeciivamente, do PFL edo PMDB. A reunião foi gravada e as notas taquigráficas referentes lt mesma encontram-se anexadas à presenle Ata. As treze horas e quarenta e cinco minutos o Senhor Presidente encerra a reunião e, para constar. eu,Regina Beatriz Ribas Mariz, Secretária,lavrei a presenteata quc que vai por mim assinada e pelo Scnhor Presidente, sendo, após lida e aprovada, encaminhada àpublicação. Francisco Benjamim, Presidente,
O SR. PRESIDENTE (Deputado Francisco Benjamim) - Havendo número legal, declaro aberta a sessãoordinârill da Comissão de Relações Exteriores da Cámara dos Deputados. cujo objetivo principal é ouvir a exposição do Exmo. Sr, Chanceler Ministro Olavo Setúbal.Designo uma Comissão composta dos Srg. DeputadosAmaury Mallcr, do Partido Democrâtico Trabalhista,Diogo Nomura, do Partido da Frente Liberal, MárcioSantilli, do Partido do Movimento Democrático Brasileiro c José Eudcs, do Partido dos Trabalhadores, paradar entrada. no recinto. de nossos trabalhos, ao 1\-finistroOlavo Setúbal. Convido para tomar assento à mesa dosnossos trabalhos o Líder do Partido da Frente Liberal,Deputado José Lourenço. Dou a palavra para saudar,em nome da Comissão, o Ministro Olavo Setúbal, aoDeputado [srael Dias-Novaes.
O SR. DEPUTADO ISRAEL DlAS-NOVAES- Sr.Presidente da Comissão de Relações Exteriores, Sr. VicePrcsidente, Sr, Ministro das Relações Exteriores, Dr,Olavo Egydio Setúbal, Srs. Embaixadores, Srs. Deputados e Senadores, meus senhores, cabe-me a singular tarefa de apresentar a este auditório uma das pcrsonalidadesmais sobejamente eonhecidas de São Paulo e do Brasil, oDr. Olavo Egydio Setúbal. Esta apresentação, que signi·fica mera formalidade, na verdade me traz a chance dedescrever, em rápidas palavras, urna das personalidadesmais ricas do nosso instante histórico brasileiro, OlavoSetúbal, paulista de abril de 1923 - embora não pareça- estudou no Colégio de Carmo, em São Paulo, comosói aconkcer. Fez depois o curso de engenharia na Escola Politécnica da Universidade de São Paulo, formandosc engenheiro mecânico-eletricista, Daí já se estranharque um engenheiro mec:1nico-e1etricista viesse a ocuparuma Pasta tão especificadamente profissional como esta,mas o Guverno dcve tcr raciocinado no sentido de que oque ê difícil nas relações exteriores é a sua mecànica, e aAmérica Latina é um continente eminentcmente elétrico,Olavo Setúbal, é, a meu ver - estou dando às minhaspalavras um tom fraterna! e cordial, o mesmo que nósmantcmos há a!lOS - uma das personalidades exponenciais do meu Estado e do meu País, Sua versatilidade é detodos conhecida, Começa que ele tem desempenhadofunções as mais díspares e com a mesma proficiência.Engenheiro eletricista-mecánico, pediu-lhe a congrcgação da escola, assim que se formou, que não a deixassc. Então o jovem estudante de 1945, durante três anosfoi assistente da cadeira de Mecânica da sua escola. Neste tempo, toda a sua atenção voltava-se para II pesquisa,sobretudo no Instituto de Pesquisas Tecnológicas da Escola Politécnica de São Paulo. Ali aprofundou-se na pesquisa e encontrou aquilo que ele supunha ser o seu mê·tier, o seu caminho c O seu rotciro. Mas, os caprichos dafortuna, convocaram-no, em pouco, para a atividade in,dustrial, e aí veio outra surpresa, Revelava-se ele um engcnheiro objctivo e um empresário cxtremamente atualizado e de mente arejada, A objetividade dele era sobretudo inesperada, porque, dc quem provinha ele'! De Empresários, banqueiros, homens púbiicos pelo lado materno, pois seu avô, Olavao Egydio, chefe político de SãoPaulo, aprcstava-se para assumir o Governo Estadualquando adoeceu, ficando então uma carreira muito prematuramente frustrada, Mas do lado da mãe, que parecia o predominante, não prevaleceu, mas sim o do pai,que acontece ter sido àquele tempo, um dos escritores demaior popularidade no nosso País. Quem não se lembra,ou melhor, quem se olvida de Paulo de Oliveira Setúbal?Poeta lírico campesimo, autor de um livro de extraordinúrio sabor bucólico, chamado Alma Cabocla, e que dcpois reinventou o gênero ficção histórica em nosso Paísatravés da restauração da revivescência dos nossos fast08\ tratados por uma ótica não raro satírica e impiedosa, Mas era um lírico. Todos, em São Paulo, sabiam quePaulo Setúbal era o maior dos nossos líricos e sobretudo
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o mais acentuado dos nossos temperamentos líricos.Desse poeta e jornalista. que não sabia fazer outra coisana vida a não ser poesia, romance e jornal, emergiria oindustrial e o engenheiro, extraordinariamente objetivo.e não raro cáu:;t.ico. De sorte que veio ar o empresário, oqual solicitado pelo seu grupo familiar - e convém dizerque Olavo vem da pobreza - pelo seu lado próspero,para imegmr o grupo da família, veio ele fundar em primdro lugar a Deca. Indústria que depoís prosperaria extraordinariamente. Em seguida, dirigir a Duratex e, porfim, integrar o Grupo do Banco então Federal do Crédito, que depois se transformaria no Banco Itaú e que sefaria, por sua vez, das primeiras entidades financeiras denosso País. Aí começa, digamos, o fervor do financista.Durante anos. pacientemente, Olavo edificou aquelegrupo fantástico, aquela organização extraordinaria..mente próspera que ele governou durante mais de 20anos. Mas o homem público, a meu ver, latejava sob oempresário c banqueiro, porque não havia quem dnvidasse, em São Paulo, de que mais cedo ou mais tarde,repontaria naquelc industrial e O banqueiro o estadista.Eu, muito próximo dele, sempre o instigava a afinal repontar na sua legítima vocação, até então esmagada poratividades outras. E comcçou a vida pública em 62,quando eu o recebi na minha casa para me revelar quefora convidado para dirigir uma das carteiras do Bancodo Estado de São Paulo pelo Governador Carvalho Pinto. Aí, o terceiro homem apareceu para não mais deixarassento. Ocupou sucessivos cargos, como no ConselhoMonetário Nacional, na direção do IPT e numerosos outros, até que em 1974 houve sua grande oportunidadepaulista. O Governador Paulo Egydio, em boa hora epor bDa inspiração, foi recrutar, no meio tido como em·presaria!, o Prefeito do scu período. Pouca gente creditava a Olavo grandes possibilidades, porque além dos donsconhecidos pela sua atividade. pelo seu labor, haviaaquela esp~ie de recato, aquele recuo ante às demons·trações. Mas posso dizer que na Prcfeitura de São Paulotivemos ú revelação, quem sabe, do mais interessante home.m publico da sua época. Ali ele se multiplicou. Umdia, vi,ilando-o, lhe perguntei;. "Olavo, qual a diferençaentre a empresa e a Prefeitura, entre a atividade financei-·ra e a vida publica?" Sua resposta foi pronta: "A vida fi
.nancelra e a empresa s[io facilimas de tratar, a vidapublica é quase impossível de sc fazê-lo. Estou penando,aqui, como nunca na minha vida". Mas aqueles quatroanos levantaram-no de tal maneira no conceito público,que hoje, qualquer pesquisa de opinião, para qualquercargo em Suo Paulo, revela, numa de Rllas posições primaciais. na ponta da investigação e da pesquisa, o nomedo nosso f\.1inistro. Agora, a mer ver, assume ele o grande desafio da sua vida: uma Pasta inesperada, mas para ocomum das pessoas. não para nós. que temos presente asua versatilidade. O,ivi dele, ante o primeiro rumor deque a Pasta a ele destinada seria a de Chanceler, a exl;ressão'·. ivIas justamente eu. que não me marco poruma excessiva delicadeza?" Eu lhe disse.:. "Se você não semarca pr:la exce$siva delicadeza, vai ser o Ministro idealpara o BrasiL" E na Pasta, espera-o a tormenta que, nomomento, ele tenta domar; espera-o o desafio geral donosso Continente; e:;para-o a posição difícil do nossoPais 110 plano internacional, mas tenho a certeza de queele ;:agirá '.::om a mesn12, competência, finnez3. e discernim~·nto nessa posição. como (1 fez nos outros postos quelhe couberam ao longo da vida. Ele há de ter presente asH,;ôçs d;,; seus antec;.;ssores, daqueles que prepararam oterreno paw a sua vinda. daquele outro engenheiro -. edizem que os engenheiros não são bons para relaçôespúblicas - Otávio M~ngabcira,magnífico Ministro dasRel;l,çüe::i Exteriores dos anos 30, de quem se dizia queProfessor de Escola Politécnica da Bahia não poderiadar um bom Chanceler, e deu. E os antecessores recentes, conH."l Sn.ntiago Dantas e Afonso Arinos, que instalaram nu nosso País a política externa independente queagora estil no scu momento crucial. Mas tcnho certeza deque para dirigir a nau brasileira foi eSGolhido um magnilico comandante. Nós todos, Sr. Ministro Olavo Setúhal, confiamos na gestão de V. Ex', no seu passado, nasua formação, e apenas podemos repetir à lembrança e àimagem dos paulistanos antigos que Deus acompanhe oBandeirante audaz. (Palmas.)
O SR. PRESIDENTE (Deputado Francisco Benjamim) - Dando prosseguimento aos nossos trabalhos,dou a palavra ao Ministro Olavo Setúbal.
DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I)
O SR. MINISTRO aLA VO SETÚBAL - Sr. Presidente da Comissão de Relações Exteriores da Câmarados Deputados, Srs. Deputados, Srs. Embaixadores,gostaria que as minhas primeiras palavras fOSf.em deagradecimento. pelos generosos comentários feitos, aomeu amigo de infância Israel Dias-Novaes, que na suaamizade retratou um Chanceler com qualidades muitoalém daquelas que poderei exihir para o meu País.
Foi cOm salisfação que atendi ao convite da Comissãode Rdacões Ext~riores da Cimara dos Deputados paraum diálogo qu~ desejo denso e profícuo. A essênica democrática da Nova República deve traduzir·se numapermanente disposiç,jo ao debate construtivo e mutuamente informativo entre as instituições que asseguram oequilíbrio do Poder nacional e a rcpresentatividade política do regime.
Democrata por formação, sei o quanto a legitimidadee a eficiência de uma gestão no Executivo estão vinculadas a um estreito relaéionamento com o Legislativo. Liberai por convicção. sei O quanto um debate nesta Comissão tradicionalmente conhecida pela qualidade intelectual c espírito público dos scus integrantes, é decisivopara a lixação de cursos de ação realmente ajustados àopinião nacional.
Ainda candidato. esteve neste recinto O PresidenteTaneredo Neves, para antecipar as diretrizes da sua futura gestão na área externa. Essas diretrizes permanecem
. válidas, c constituirào uma fonte valiosa de inspiraçãoI para o Itamaraty. Honrar hoje o legado de Tancredo Neves é permanecer fiel ao Brasil com quc ele sonhou: umespaço aberto li participação popular em todos os níveis,à tolerância e à justiça social.
A continuidade do projeto político e gocial da AliançaDemocrática encontra·se agora depositada nas mãos doPresidente Jose Sarney. Sua ação lirme e equilibrada, esua expeni:ncia de vida pública pautada por sólida orientação étiea, são garantias de que será conduzido a bomtermo o processo brasileiro de redemocratização. Pelavia do diülogo e da conciliação estaremos seguros de superar os sérios obstáculos do momento e, com grandezahistórica, saberá o Pais encontrar o scu destino de progresso polílico, econàmico e social.
Srs. Deputados, acredito na ação diplomática comoum processo aberto e autêntico de mediação entre os interesses nacionais e as condicionantes do mundo exterior. O País que hoje reencontra a Democracia e buscareorganizar-se sobre as bases do pluralismo c da justiçasocial não pode, assim, deixar de identificar-se com padrões de conduta capazes de traduzir tais valores noconvívio entre os Estados. O respeito à igualdade soberana das naçôes, o acatamento aos postulados da autodeterminação e da não-ingerência serão, portanto, princípios a guiarem uma ação diplomática llexível e realista,tendo sempre como finalidade primordial a proteção dossuperiores interesses nacionais.
O Brasil é parte integrante do Ocidente, com quemcompartilha concepções institucionais e culturais básicas. Exibe, ademais. afinidades éticas. culturais c de circunstância histórica com o mundo heterogénio denaçôesirmãs da América Latina, África e Asia. País em desen·volvimento com setores avançados, mas que ainda padece de graves insuficiências econômicas e sociais, deve elerefletir em sua diplomacia, com equilíbrio c coeréncia,essas rea1idade~ di,5cordantes. Silenciar sobre das seriafalsear o perfil real da Nação. Representá-Ias em suajusta medida é a missão. nem sempre simples ou incontrovertida. do Itamaraty,
Não nos convêm as escolhas pardais, excludentes, quefavoreçam e::;tc. ou aquele segmento do horizonte externo. O anseio brasileiro de convívio é universal~ e o nossoespírito nadonal inclina-se instintiva e inovadoramentep~ra u conciliação, como ilustrado de maneira eloqilentepelos recentes acontecimentos políticos, de que foi çelitro c inspirador o incsqueeivel Presidente Tancredo Ne-ves.
A intimidade do f.;:lacionamento Gom os países desenvolvidos nno i nibc nem dificulta n03SO relacionamentocom os paíser; em desenvolvimento. O inttresse nacional,nos planos político. econômico, teçnológico e culturalest3.rá melhor alendido pel8 opção que, sem conotaçãoideológica. nos abra todos os caminhos, sem fechar ne~
nhum.No pronunciamento que dirigiu d Naç~o, em 2~ d;;:
. abril passado. o Chcf~ do Governo ddjlliu a retomada
J unho de 1985
do desenvolvimento e do nível de emprego como metafundamental de ação no setor externo. O compromissobâsico da diplomacia brnsileira, a orientar sua visão global e suas ações específicas. será, portanto. u promoçãodo desenvolvimento sócio-econômico do País. Praticaremos urna diolomacia nexivel e criativa visando a resultados político~. pela preservação da soberania c da dignidade l1acional; resultados econômicos. pela reivindicação de melhores condiçôes nos sistemas reguladoresdo comércio c finanças, "pela geração de oportunidadespara as exportações brasileiras. O ponto de partida dessaDiplomacia para Resultados na segunda metade da década de 80 serâ a expliCItação de nossog interesses concretos no que se refere à retomada do crescimento c à redução de nossa vulnerabilidade externa nos campns financeiros tecnológico e comercial.
Não se afigura simpks nem fácil a re,alização dessastarefas nas condiçães reais do cenário mundial contemporúneo. De todas as partes. verificamos com desalentoa desagregação das estrut uras internacionais de convivia. Ao ordenamentl; de ám bito mundial idealizado nosegundo pós-guerra c, em meio a tantas vicissitudes, vigente até os nossos dias, ameaça suceder-se uma nova ordem, fragmentária, compartimentalizada e excludente.
No plano político, o Illultipolarisl11o e a déntete, queofereceram esperança ao mundo por breve lapso de tempo, cederam lugar ao retorno à confroatação. O tecidodas relaçõe~ interestatai; altera-se negativamente nesseclima.
A percepção dos fatos internaciouais e mesmo doseventos domésticos em numerosos países, deformadapelo prisma da rebipolarização, converte-se em absurdacontabilização de ganhos e perdas por parte das supcrpotencias. Somando-se ~l estagnação dos entendimentosque vinham ocorrendo entre os Estados Unidos daAmérica c a União Sovibtica sobre a limitação de anna~
mentos estratégicos e de:;, médio alcance~ estamos agoradiante da perspectiva de abertura de novo ciclo na cnrri~
da armamentista, pela proposta de militarização do espaço.
A proliferação de en·,ontros de eupula, de decisôesunilaterais em úreas a at~;tarem conjuntos de paises1 e deuso da força armada par.a solução de difercndos, não podem deixar de preocupar a todos os países que, como onosso, exercitam uma diplomacia fundada no direitocomo princípio e na negociação como método de ação.O enfraquecimento da dimensão multilateral i: grave sintoma de desagregação e<:onômica e política das relaçõesinternacionais.
A diplomacia parlam"ntar detém, para o Brasil, rclevância histórica, desde que para nós foi ela o ponto iniciai de participação na própria form~çãoda ordem jurídica mundial. Defendemos, assim, a tradição de valori~
zação do papel das Naçôes Unidas em todos os planos,particul armcnte no terreno da segurança intcrnacion~1edo desarmamento. É preciso ficar clara a responsabilidade especial que detêm as potências nucleares, e o caráterprioritário que adquirem! nesse contexto. os entendi..mentos relativos ao dcsarmamcnto nudcm·.
I\'lerecerão ênfase, na minha gestilo, os trabalhos cún~
juntos ora levados a efeito no âmbito do Tratado da Antártida c as negocial;ões que se realÍ2.ilUl sobr~ o Direitodo Mar, em especial aquelas relacionadas à exploraçãoeconômica dos recursos oceânícúg e dos fundos marinhos.
Em ralijel! dos valores e vivêi1ciJs compartilhados nosplanos da história, da ct''1ia e da cultura, "América Latina cont'ilitui área de inle~ressç primordial para o Brasil.
Voltados que sempre fomos, nest·o Continente. para oexterior, atentos aos e::;tímulos de toda ordem emanadosdo grande pólo espiritual q lle foi a continue, a ser a Europa, n6s, latino-amerieano$, pm' longo tempo deixamosde olha.r u nossa próprra volta. O CUf.'W da integraçãoreal da América Latina é ainda incipiente e, em muitos8.::tp~ctos, superficial. Devemos repensar com realismo aüEA, particularmente quanto aos seus instrumento> desuperação de Grises s6cio·econômicas e à sua atuaçãocomo foro de cooperaç~o do desenvolvimento. Nossoscsforço~ deverão dirigir-se, igualmente, para o terrenodas relaçõe:; econômica,;. no ámbito da ALADI. Pretendemos, tembém parlicipar ativamente dos trabalhos doSistema Econômico Latino-Americano (SELA), contribuindo para que ele desempenhe plenamente o seu papelde foro regional de ne.~oeiação de projetos de coopc-
junho de 1985
ração. São precisos mecanismos criativos para que osníveis de comércio, deprimidos nos últimos anos, nãoapenas recobrem seus valores anteriores à crise da liquidez da região, como também alcancem novos patamaresde volume e valor.
Já me avistei, em Brasília, com autoridades de algumas nações vizinhas. Nos encontros mantidos com oschanceleres da Argentina, Uruguai e Paraguai, troqueiidéias sobre o estado atual e o futuro das nossas relações.No próximo dia 20 visitarei Buenos Aires, para manterconversações visando à definiqão mais precisa de metaspara a cooperação bilateral nos próximos anos. Venezuela c México, parceiros de peso indiscutível e protagonistas relevantes do cenário regional e mundial, bemcomo os vizinhos andinos e amazónicos, serão objeto deesforços continuados de aproximação.
O quadro atual da crise na América Central requeruma referência especial. As transformações políticas esociais ali ocorridas, como rel1exo inevitável da derrubada de regimes ditatoriais, não devem ser interpretadas deforma simplista, como mera instância localizada de conl1ito entre as superpotências. O uso da força e da intervenção armada não pode ser cogitado como opção viávelpara a solução de problemas cujas raízes estão plantadasna história de cada pais. Esses problemas devem serequacionados em seus respectivos contextos nacionais,sem interferências, e a solução de suas implicações internacionais deve ser encaminhada pela mediação de paísescom prcscnça c interesses efetivos na região. Por essa razão apóia o Brasil os esforços de pacificação empreendidos pelo grupo de Contadora.
Essa posição foi reafirmada na semana passada, depois que o governo norte-americano anunciou a imposição de sanções económieas unilaterais contra a Nicarágua. Em nota oficial emitida sobre o assunto, o Governobrasileiro declarou não apoiar a adoção de medidas dotipo divulgado, nem outras ações capazes de inserir a crise centro-americana no contexto da confrontação LesteOeste.
Suscitado o problema no ámbito do Conselho de Segurança das Nações Unidas, o Brasil interveio tambémnaquele foro, para deplorar a utilização de medidas econômicas unilaterais, por nós vistas como incompatíveiscom a carta da ONU, com o GATT e com a Carta daOEA. Apelamos, ademais, a que as partes envolvidas seabstenham de quaisquer atos que venham a pôr em riscoas perspectivas de entendimento.
Nação pacífica e voltada para a tarefa prioritária dapromoção sôcio-econômica da sua gente, procura o Brasil manter relações com todos os países, sobre a base danão-ingerência e do respeito mútuo. Dentro dessa ótica,desejo informar o Poder Legislativo, por intermédio da.sua Comissão de Relações Exteriores, de que determineia realização de estudos sobre a questão do reatamentodas relações diplomáticas com Cuba. (Palmas.) Analisaremos todos os aspectos dessa medida, em particularsuas eventuais implicações sobre a segurança nacional.Nessa providência, pesou a devida medida e indicação,aprovada por esta Comissão, em favor da aproximaçãocom aquele país caribenho.
O relacionamento bilateral com os Estados Unidos,baseado em vínculos hist6ricos de denso conteúdo,orienta-se na dircção de um diálogo aberto e maduro.Duas grandes democracias nào podem temer a franqueza, nem prcssupor, de parte a parte, a aquiescéncia sistemática. É preciso aprofundar as relações com os EstadasUnidos e discutir as iniciativas conjuntas em curso, bemcomo novas modalidades de cooperação. Para tanto,pretendo ir a Washington, em junho, para abrir o diálogo político da Nova República com a administraçãonorte-americana. Meu desejo é debater os principais tópicos da pauta de assuntos bilaterias, certo de que osproblemas comuns devem ser administrados com a consciência de que não representam sintomas de incompatibilidade, mas sim de evidências de uma relação que empenha em grau sensível setores produtivos das duas partes. As diferenças estruturais entre as economias brasileira e norte-americana levam, necessariamente, a perspectivas distintas da realidade econômica global, e das motivações de cada parte. Cumprirá, portanto, continuar otrabalho diligente de esclarecimento recíproco e de encaminhamento das divergências pela via do entendimentomutuamente satie.fat6rio.
DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I)
Com a Europa Ocidental temos uma tradição de con-,tatos que transcende o plano politico-diplomático. Delarecebemos o patrimônio humanístico, os ideais políticose as concepções institucionais que fundamentam a nacionalidade brasileira. Por isso, os vínculos com os paísesda região receberão cuidadosa atenção, especialmentequanto ao relacionamcnto com a Comunidade Econômi-'ca Européia. Em 1984, obtivemos daquele mercado o scgundo maior saldo da nossa balança comercial. Desejamos expandir as trocas com a CEE, mas causa-nosapreensão a persistência de uma política comunitáriaprotecionista no setor agrícola, e no tocante a produtosmanufaturados de grande importância para a pauta hrasileira de exportação. Avaliamos, no momento, as repercussões do ingresso da Espanha e Portugal na Comunidade, na expectativa de que esse fato não venha a agravar as condições de acesso das nossas mercadorias nomercado europeu.
As relações com os países da Europa Ocidental, desenvolvidas de forma discreta, com base nos princípios danão-ingerência, do respeito mútuo e do beneficio recíproco, oferecem espaço para expansão no terrenoeconômico-comercial, e para um contato mais maduro eisento no plano político-diplomático. A presença daUnião Soviética no cenário mundial, como superpotência, deve ser reconhecida por parte do Brasil. E meu desejo avaliar todos os aspectos do interesse nacional, nosplanos político e econômico, que possam beneficiar-se deampliação das frentes de diálogo com a nova administração soviética. Dispomos na COLESTE de um mecanismo institucional de contato com os países socialistasda Europa Oriental que constitui fôrmula de originalida-
, de e eficácia reconhecidas, como veículo de negociaçãoeconômica com países de economia centralmente planificada, e buscaremos dinamizar seus trabalhos no sentidode am pliar as trocas com o Leste europ~. _.
Pela sua posição estratégica e pela importância comofonte de suprimento energético, o Oriente Médio constitui palco de conflitos localizados que se convertem emmanifestações da confrontação Leste-Oeste. Acompanhamos com aprecnsão o desenrolar das crises naquelaregião, especialmente a guerra Irã-Iraque, cujo encaminhamento, a nosso ver, deve ser feito pela via da negociação. A ques1:l10 palestina, entre todas, subsiste como amais profunda e de conseqüéncias mais amplas. Sustentamos que o povo palestino deve ter reeonhecido o direito a retornar ao seu território, e ali viver em condições deindependência, segurança e autodeterminação. Negociações devem ser mantidas, com a participação da 01'-
. ganização de Libertação da Palestina, que representa legitimamente o povo palestino, com vistas ao encaminhamento de uma solução que assegure o direito de todos osEstados da região, inclusive Israel, a existirem em paz,dentro de frontciras reconhecidas.
No noroeste da África, o processo de emancipação daantiga colônia espanhola do Saara Ocidental persiste,após dez anos de luta entre a Frente Polisário e o Reinodo Marrocos. Consideramos a qucstão como parte integrante de um processo de descolonização não concluído.Reconhecemos a Frente Polisário como representante dopovo Saaraui, e temos nos manifestado a favor do princípio de autodeterminação e independência, a ser implementado de forma pacífica e negociada. As posições assumidas pelo Brasil no debate internacional sobre o Saara Ocidental inscrevem-se numa linha consensual de respeito às normas do Direito Internacional, e de preservação das boas e tradicionais relações com todos os países envolvidos no conflito.
O adensamento e diversificação da cooperação com oJapão, e o reconhecimento da República Popular daChina em 1975, somados à nossa disposição de estreitaros laços de amizade e comércio com a India, os membrosda Associação de Nações do Sudeste Asiático (ASEAN)e outros países da área, conferem à Ásia posição ascendente no horizonte extcrno brasileiro. A tendência àaproximação com esses distantes parceiros, decorrênciada universalização natural da presença brasileira, é acentuada pela convicção de que a Ásia e a Oceania constituirão um foco de desenvolvimento material no planeta durante os próximos decênios. Será necessário dar atençãoespecial aos esforços de aperfeiçoamento das relaçõescom o Japão e a República Popular da China, e identificar oportunidades concretas de colaboração com os dc-
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mais países da Ásia e Oceania. Emprestaremos, ademais,nosso apoio às iniciativas internacionais de pacificaçãode conflitos localizados no continente asiático. No Afeganistão c no Campuchéia o princípio de autodeterminação, ferido de maneira frontal, deve ser restaurado deforma inequívoca.
Nossas relações com a África também decorrem deimportantes afinidades étnicas, culturais e dc identidadehistórica, que nos ligam de maneira abrangente aos países do hcmisfério Sul. São sólidos os laços a nos aproximarem de numerosas nações africanas, tanto no planoeconômico quanto no político. Com os países lusófonos,afinidades maiores tém contrihuído para tornar maisdenso o relacionamento, institucionalizado através de diversos acordos e reuniões periódicas. Com esses e comoutros Estados africanos, o Brasil goza da confiança deparceiro cuja cooperação se caracteriza pela ausência depretensões hegemônicas e intenções políticas ou ideológicas.
Não hesitamos nem transigimos em condenar enfaticamente a África do Sul pela prática do aparlheid, política que fere nossas mais íntimas convicções de país formado à base de um amálgma de raças e culturas, e queconstitui permanente foco de tensão regional. Consideramos igualmente ilegal a presença da África do Sul naNamíbia, e nos colocamos a favor da independência desse territôrio, com base nas resoluções pertinentes dasNações Unidas.
Coerente com a Resolução do Conselho de Segurançadas Nações Unidas sobre a matéria, o Governo brasileiro proíbe a exportação de armamentos e de derivados depetróleo para a África do Sul, e deixa às empresas privadas, sem qualquer interferéncia oficial, o intercâmbio comercial comaquele país. Tal política em nada foi, nemserá alterada. _
A meta da retomada do crescimento e da recuperaçãodo nível de emprego e de renda motivará, no campo econômico, atenção especial do Itamaraty às questões financeiras e comerciais internacionais. O sistema econômicomontado no p6s-guerra precisa ser repensado e reformulado.
O acordo de Brelton Woods, compromisso internacional responsável pela ordem financeira hoje vigente, estabeleceu um sistema de paridade fixas, pelo qual os paísesaderentes tinham o valor das suas moedas fixado em relação ao dólar norte-americano. O Governo dos EstadosUnidos, por sua vez, comprometia-se a manter sua moe~
da conversível em ouro.Esse vínculo fundamental foi rompido unilateralmente
pelos Estados Unidos, em 1971, e a medida foi referendac!a posteriormente, no âmbito do Fundo MonetárioInternacional, por acordos patrocinados pelos países desenvolvidos. A partir de então, o Tesouro norteamericano ficou desobrigado de saldar em ouro os montantes em dólares que lhe fossem apresentados por bancos centrais de outros países pertencentes ao esquema.
A conseqüência dessa ruptura não deixou de se fazersentir de forma profunda no sistema financeiro internacional. A partir daquele momento, o dôlar, moeda de reserva e de troca internacional, deixava de obedecer aqualquer disciplina estabelecida mutilateralmente. O.sistema monetário deixou de ser o gold exchange syslem.para converter-se no dollar sy"tem. Essa medida constituiu, scm dúvida, o principal fator a conduzir-nos à-presente situação, em que a política monetária norteamericana passou a reger todo sistema financeiro internacional.
Uma de suas conseqüências foi a elevação da taxa dejuros internacional, em proporções jamais observadas, e,cm conseqüência, a criação de um quadro desfavorávelaos países importadores líquidos de capitais. No processo de ajustamento, verifica-se inaceitável assimetria deobrigações no tocante às políticas econômicas: enquantoos países em desenvolvimento são convocados a seguirrígidos parâmetros em matéria de política macroeconômica, os EUA se recusam a qualquer compromisso demaior disciplina nesse campo, gerando, com isso, profundas repercussões ncgativas para todo o resto do mundo.
Esse quadro, como bem sabem os Senhores, tem merecido a critica severa do Brasil e de outros países nas mesmas circunstâncias. Só mais recentemente, entretanto, ospróprios países industrializados, sobretudo os europeus,passaran1 a levantar objeções a tal situação, especialmen-
Junho de 19:~:~[I'IMuo DO CONGRESSO NACIONAL (Seção O--'--~--------------
-::;m i'unçàü da desordenada - (~ Dor vezes incontrolâ~
'leI - fhH·mu~ào de suu~ moedas el;l relaçuo ao d6lar.r~srjeito~ ~J;:J.k notar que a Dedaraqào adotada
fHc~::;nlc L:;;ncontro de: ()jpuhl oos sete princípaís paise~
industrbJizados do Ocidente. reaiizacio em Bonn, de 2 a':~. do rnes corrente. aprCSGmou. no tocante a temas finanç,~lrüti. re-t'ultadús insatisfatórios .sobre importantes questões pura os países em dc~c-nvolvimento. tais como a reforma das estrutums financeiras internacionais e () necess:úrio incremento dos recursos reais do Banco Mundial ed'0 FrvCr. Ouanto ao primeiro tema. nào verificou quaI(]per comp~cnllisso efetivo de rcformulnçào do sistema tliiélnceiro. mas tão-somente (I reconheGirnemo algo vagode que é essencial melhorar o func1namcnto do sistemamoneti.irio internacional. 1'.Jiio foram levadas em considerw;!'uo as postulaç(ics sobre a matéria apresentadas pelo
do... naíse<; em dec'lenvolvimel1to no i.lmbito do
Coerentemente com nossa linha de açào ne~-5e terreno.nos oporemos a que 0 sistema financeiro internacionalseJa rnudado exclusivamente pelos países ricos, sem par~kipação dos paú.;es em desenvolvimento. mesmo porqueeSles, no momento. estão sofrendo os resultados mais dc~
'vastadores da desordem financeira prevalecente.Ainda nesse campo. outro tópico significativo a desta
car e que os recursos reais do Banco J\;fundial e do FMIvêm, de ',ua fundação aos dias de hoje. diminuindoquando medidos ern percentagens do comércio ou doproduto bruto mundial. Propugnamos pela ampliaçãodesses recursos. pois eles podem e devcm ser utilizadosno combate aos ciclos de depressão econômica, ao contrário dos recursos do eircuito financeiro privado, quetendem a se retrair depressivos, agravando o impactodes!es.
No que se refere ao incremento dos recursos reais dasprinc1pais instituições financeiras multilaterais, o Comunicado de Bonn se limitou ti registrar um acordo igualmente vago quanto ao provimento dc. "recursos necesS~lriOS" e a disro~içüo de discutir em eventual aumentodos fundos do Banco Mundial nos próximos anos.
Procuraremos defender, nos foros linanceiros multilaterais. a idéia de que a estabilização financeira não é umameta que pos~a ser aceita indepe.ndentemente do objetivo Inaior q uc é o desenvolvimento sócio-econômico. espec1almente pelas áreas pobres do planeta.
forte elevação dos preçoF. do petróleo ocorrido nadécada dc 70 gerou efcito sem dúvida perturbador nocurso recente do comércio internacional. Creio ser desnecessário alongar.me soore as conseqüéncias desse fatopara o Brasil. e para outros puLses em desenvolvimentonão produtores de petróleo.
Os paises desenvolvidos procuraram reequilibrar suahalança comercial através de políticas monetárias ortodóxas, e do protecionismo comercial. Descncadeou-se,ao mesmo tempo, como seria de esperar, uma onda inflacionária que atingiu todos os palses, em graus variáveis.mas COm muito maior inknsidade os paises em desenvol~
vimento. Estes buscaram ajustar-se à situação, aceitandoa posição de destinatários da reciclagem. pelo sistema financeiro injernacionai~ dos dólares oriundos dos paísesprodutores de petróleo, então às voltas com enormes superavits em seus balanços de pagamentos. Tal situaçãoelevou a um nível extraordinariamente alto a dívida dospaíses do Terceiro Mundo, a qual representa, hoje, o seumaior desafio no plano das relações econômicas exter·nas.
Para fazer face a estruturas normativas que não correspondem mais às realidades econômicas, e que tam·bém n1ío abrem espaço aos interesses e peculiaridadesdos países em desenvolvimento, temos de enfatizar nossaação política nos foros multilaterais. objetivando a revisão dos compromissos que regem o comércio e as fi·nanças mundiais. Os dois planos - o comercial e o fi·nanceiro - cstão de tal modo interligados, particular.mente para os países endividados, como o Brasil, quenosso comércio pussou a ser gerenciado em função doserviço da dívida, e não do objetivo nacional básico, queé o desenvolvimento econômico e social.
No que se refere à questão da dívida, no contexto daAmérica Latina, onde se concentra grande parte do endividamento externo. onze países constituíram o chamadoGrupo de Cartagena.
O Consenso de Cartagena, que tem no Brasil um deseus mais ativos participantes. tem procurado insistente·
il1e:me chamar :l atenção cios paises credüre-s para o fatode que o problema da divida externa esüi longe de ser re-,olvido.
/\. ~.sse respeito. edigna de regístro a decisão dos paísesintegrant(';,:; do Consenso de Cartagena de fa7cr chegaraos Chefes de Governo participantcs da Rcunião de CÚ1)ula de Bonn. impúrtante mem;agem em que se explicou.:l urgi~neia de um enfoque Ínít:gral para o problema dadívida. que o coloque no contexto da nece.ssária refor111 ulaçüo dus sistemas financeiro e comercial internacionais, porianto dentro de um diálogo poíítico sobre a mat(~ria. Trata-se. puis, de mais um esforço pura àemostrara dimensão po]{tica de negociaçoes qUe, em última anúli~e, cundicionam o crescimento cconômko dos países endividados. e " possibilidade de pagamento dos débitos,;em gerar ,ituaçôes qUi: impliquem recessão, desempregoe conseqüente tenslio social.
Lamentavelmente. os principais países desenvolvidos,a julg,Jr reI::!. declaração adotada em Bonn. ainda não sederam conta de que o diálogo político proposto peloGrupo de Cartagella é mutuamente provcitoso, comoforma de previnir a tempo uma situação de maior dramaticidade. que traria graves repercussões para todos.credores e devedores.
Verificamos que o comércio internacional regido pelasnormas do GATT representa. atualmente. algo em tornode 4/5 do total global. Ele é seis vezes maior. em valorreal. do que no pós-guerra. O período que media entre1945 e 1973, espaço de uma geração, registra o maiorsurto de expansão econômica da história da Humanidade. Essa expansão, em boa medida, pode ser creditada aofuncionamento das regras do multilateralismo nos sistcmas internacionais de comércio e de pagamentos.
O General Agrcement on Tariffs and Trade, idealizado e negociado pelas naçdes ricas, teve como objetivoprimordial ordenar e disciplinar os eont1itos que cxistiam entre elas no período de entre guerra.Fundamentava-se na igualdade das Partes Contratantes,na reciprocidade das concessões e nu observància automática da cláusula de nação mais favorecida entre todosos membros.
O Brasil aderiu ao acordo em uma época em que suaparticipação no comércio internacional se resumia aex·portaçfio de pouc.:os produtos tropicais, como café, cacaue açucar. A igualdade jurídico-formal entre as PartesContratantes. aceita por nós no momento da adesão.não levava na devida conta as diferenças de realidadeeconômica existentes entre os parilcip<:mte-s, nem criavll.para os países ~m desenvolvimento. uma proteção comercial especial. isenta de reciprocidade para eom osmembros desenvolvidos. Tal salvaguarda era - e continua sendo - essencial aos países em desenvolvimento deeconomia não madura que ainda não tém condições decolocar. em tcrmos de compctição aberta, seus produtosmanufaturados no mercado mundial.
Preocllpa-nos, sobremaneira, o incremento do protecionismo dos países desenvolvidos, precisamente os queapresentam maiores condições de absorção das exportações dos países em desenvolvimento, Entendemos oprotecionismo como uma recusa. por parte dos países industrializados, a proceder a reajustes estruturais importantes. aceitando uma divisão internacional do trabalhomais eqüitativa. que permita aos países em desenvolvimento explorar novas vantagens comparativas. Nessesentido, é preciso que os países ricos aceitem o princípiode que desenvolvimento implica ruptura com padrôestradicionais de intercâmbio; em outras palavras. desenvolvimento significa, também. criação de vantagenscomparativas.
Preocupa-nos, igualmente, o crcseente recurso ao bilateralismo no plano comercial.
Neste momento. o governo dos Estados Unidos exercepress<'íes sobre as Partes Contratantes do GATT, paraque se realize nova rodada negociadora visando a liberação do comercio internacional, e a ampliação do eRCO
po do Acordo Geral às questões relacionadas a serviços einvestimentos. Fortes pressões est.ão sendo exercidas, admitindo as autoridades norte-americanas até mesmoabandonar o sistema multilateral de trocas, hoje corporificado no GATT, para encaminhar-se rumo a uma política de acordos bilaterais com aqueles parceiros que elesconsiderem mais próximos do seu próprio modo de agire entender. Já se vislumbra, entre os países de.';;envolvidos, consenso quanto à idéia de realização de tais nego-
ciacôe~. Ijill 110ra ,'.linda nD.ü esteiam duros;] dnta de ,seuini~io. nem l.amponc-o selJ cont~eudo.
Esse desdobramento fGiJresenta um desafio de extremaimportlncia para a l-)olHic1l exlerna brasileira.Encontramo-nl~sem fasc- ainda intermediária de indusLrializaçi.ln, ~ l1ecessitaml)~ ;:,,':>segurar condiçües para aexpansão e m31:urnção plena do ciclo de crescimento queatravessamos.
Os pai,es industrializados. em espccial os EstadosUnido~. enconl.ram~se naqueh:1 fase de crescirnento hojedenominada pós-industrial. baseada em serviços e naproduçúü de bens de aita tecTlologii.1. Por isso, e naturalque tenham interesses diferentes e conflitantes com osnossos.- Ê digna de registro a falta de consenso, por ocasião da
recente RcunUto de- C'úpula, Quanto [l uma data precisapara n inicio de uma nova roàadu de n~gociaçõescomerdais. pois ela revela que permanece não resolvida mesmoentre os países ricos uma questão que se atigura fundamental para o Brasil c os dem ais paíscs cm desenvolvimento: a vinculm;ào entre o encaminhamento dosproblemas comerciais e das questões financeiras.
O Brasil niío é cüntdrin a qualquer iniciativa que visea uma efetiva liberalização do comércio e que lhe permita concretamente ampliar sua participação relativa nastrocas internacionais. Considera, não obstante. que certas pr6~condições devem ser preenchidas. por parte dospaíses ricos. antcs que os paises em desenvolvimentopossam cousiderar a hipótese de participação em umanova rodada comercial. Assim, os paises desenvolvidosdevem cumprir o eompwmisso formalmente adotadopor ocasião da Reunião Ministerial do GATT de novembro de In2. no sentido de não-adoção de novas barreiras e do dcsm3ntelam'~nto das inconsistentes com osprincípios do GATI. Devem, por outro lado, rcconhecera necessidade de tratamento diferenciado e mais favorável para os países em desenvolvimento em matéria comercial.
Coerent..:;s com nossa posição, procuraremos, assim,em coordenação com os demais paises em desenvolvimento, obter melhores condições institucionais para acolocação dos nossos prodatos no mercado mundial.Buscaremos igualmente. I~m todos os foros, trabalhar nosentido de que os ten1U'; de natureza comercial sejamconsiderados em vinculaí;ão com os financeiros. Manteremos firme oposição a que se incluam novos temas. taisGomo seviços e investimentos, no àmhito do GATT.
Dentro do contexto que acabamos de cxpor. a diplomacia brasileira. no que diz respeito à P01ftlcl1 econômica externa. dará primazia a duas vertentes principais: ocomercial, nos foros multilaterais, e em especial noGATT, procurando asscgurar a defesa de nossos interesses de país em desenvolvimento. e a financeira no âmbitodo Consenso de Cartage·Ila. onde procurará operacionalizar postulados de natureza política cada vez mais presentes na discussào da dívida externa dos países latinoamericanos.
A Nova República tcm o compromisso de evitar que oe~f()rço pela melhoria das contas externas represente retrocesso nos padrões de vida da nação, e o Itamaraty nãosc furtará ao cumprimento, no qae lhe cabe, desse princípio.
Desejo também informá-los de que determinei a realização de amplo cstudo ';obre a organização do Ministério das Relações Exteriores. Hâ distorçães a corrigir,tanto no que diz respeito à estrutura da Chancelaria,quanto ao funcionamento da carreira diplomâtica.
Srs. Deputados, a cri5e econômica, seguida de pertopelas múlliplas manifestações de crise polítIca, avolumasuas pressões sobre o Brasil. A tarefa de conduzir as re·lações externas do país constitui, atualmente, um desafioà capacidade de agir criativament.e e de responder, comindependéncia e firmeza, aos estímulos advindos do exterior. consciente, mais do que nunca, das orientações autênticas da opinião pública ínterna, a diplomacia pararesultados estâ preparada para utilizar sua capacidadenegociadora cm todos o:, níveis, e desempenhar o papelque lhe compete na def,~sa dos interesses nacionais.
Muito obrigado, (Palmas prolongadas),
o SR. PRESIDENTE (Deputado Francisco Benjamin)- Vencida a primeira parte de nossos trabalhos que dizrespeito à exposição que acabou de fazer o Ministro
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Chanceler Olavo Setúbal, daremos início à parte dasnossos debates.
Iniciamos dando a palavra ao autor do requerimentoque permitiu a presença do Chanceler Olavo Setúbal,nesta manhã, nesta Comissão, Deputado Flávio Bierrembach, que disporá de quinze minutos para sua interpelação.
O SR. DEPUTADO FLÁVIO BIERREMBACHDeputado Francisco Benjamim, digníssimo Presidenteda Comissão de Relações Exteriores da Câmara dos Deputados, Srs. Deputados, Srs. Embaixadores c Sr. Ministro Olavo Egydio Setúbal, dentre os inúmeros amigoscom que V. Ex' conta entre os Deputados que compõemesta Comissão de Relações Exteriores da Câmara, talvezseja eu o menos suspeito para proclamar as virtudes dehomem público e os méritos de cidadão de V. Ex'
Tive a honra de servir ao povo de São Paulo na qualidade de Líder da Oposição ao profícuo e honrado Governo de V. Ex' frente à Prefeitura Municipal de nossacidade. E durante aqucle biênio, a despeito dc nossas posições políticas antagônicas, pudemos manter, graças asua permanente disposição para a diálogo, a sua amabilidade e a seu espírito público, um relacionamento cordial c reciprocamente respeitosa, que muita me envaidece e que plasmou a inÍCio de uma amizade pessoal de queme orgulha. -
Daí, Sr. Ministra, as razões que me levaram a propora esta Comissão a convite fcito a V. Ex' ainda durante aprimeira semana da Nova República, para que, comparecendo à Casa, prestasse esclarecimentos a respeito dapolítica externa brasileira. E hoje a Casa recebe a honrada visita de V. Ex' e rejubila-se ao ouvir de V. Ex' o aval,a garantia de que os princípios fundamentais que têm informado a nossa política externa independente, independência, autodeterminação e paz t serão mantidos e revigorados.
Sr. Ministro, durante a mês de novembro esta Casarealizou um encontro sobre política externa, e na ocasiãorecebeu a visita do então candidato, c depois Presidente,Tancredo Neves. Disse-nos S. Ex' que no Governo daNova República, o Brasil envidaria todas os esforços nosentido de dar aos patriotas chilenos, que lutam pela superação da ditadura naquele infeliz país da América Latina, todo o apoio necessária.
Participei, no último mês de março, de um encontro deDeputadas brasileiras, uruguaios e argentinos realizadoem Montevidéu. Sabe V. Ex' que na Carta de Montevidéu, os Parlamentares presentes àquele encontro acordaram que a presença obsoleta de ditaduras militares noConti nente Latino-americano, notadamente a do Chile,é uma ameaça à democracia e à paz em nosso Continente.
Diante desses dois parámetros, da afirmação do Presidente Tancredo Neves e da decisão das Parlamentaresuruguaios, brasileiros e argentinos no último mês demurço, em Montcvidéu, solicito a V. Ex' que eselareça àCasa de que maneira poderá o Itamarati contribuir paraajudar os patriotas chilenos na superação da ditaduraque oprime aquele país há mais de dez anos. Muito obrigado.
O SR. MINISTRO OLAVO SETÚBAL - DeputadoFlávio Bierrembach, sobre a pergunta que V. Ex' elaborou, já tive oportunidade de me manifestar.
A colocação do Presidente Tancredo Neves a respeitodo movimento democrático em todos os países foi eminentemente política e, como tal, deverá ser desenvolvidapelas forças políticas do Brasil.-6 !tamaratt é o ôrgão ·da política externa brasileira
que tem como princípio a não interferência nos assuntosinternos do país e defende nas foros multilaterais essaação. Da mesma forma, o Brasil defende a não intervenção em outros países e a autodeterminação dos, povos. Portanto, o !tamarati não é o instrumento que tÔlhaem mente o Presidente Tancredo Neves para fazer ch\gar aos democratas dos países que lutam por modificaçães políticas a sua ação. O Itamarati dá um certo matiz ao seu relacionamento. Há países com que tem relacionamentos mais abertos e mais profundos e outroscom quem mantém uma atenção mais restrita, um relacionamento mais cerimonioso. Obviamente, esse matizdado pelo Itamarati é em função do ajustamento que asforças políticas da Brasil têm com os movimentos e com.os países com quem mantém relações. Dentro desse con-
DIÃRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seçào I)
texto, a ação política do !tamarati se manterá de umaforma correta, mas sem qualquer maior aproximaçãocom os paíscs que não tenham um sistema democrático,especialmente na América Latina, coerente com o nosso.Essa é a forma pela qual entendemos interpretar a posição do Presidente Tancredo Neves, de não interferir navida interna dos outros países, mas, ao mesmo tempo,darmos a nossa mensagem de colaboração em relaçãoaos problemas dos nossos vizinhos em matéria de sistema político.
o SR. PRESIDENTE (Francisca Benjamin) - Os demais interpelantes terão 3 minutos para procederem assuas questões. Dou a palavra ao representante do Partido do Movimento Democrático Brasileiro, DeputadoMaurílio Ferreira Lima.
O SR. DEPUTADO MAURILIO FERREIRALIMA - Sr. Presidente, Sr. Ministro das Relaçães Exteriores, Srs. Parlamentares, Srs. Embaixadores, meus senhores e minhas senhoras, creio que esta Casa ficou plenamente satisfeita com a reafirmação de V. Ex' de que oItamarati tudo fará para que a negociação da dívida externa brasileira obedeça a parámetros políticos. Entretanto, creio que um fato relativamente recente e aparentemente corriqueiro na administração, que foi a demissão de um alto funcionário do Banco Central, possa terinfluência no papel e na relacionamento do !tamaraticom o grupo de Cartagena. Refiro-me à demissão do Dr.Sergio de Freitas da Direção da Área Externa do BancoCentral, que inclusive a imprensa, comentando o fato,diz o segui nte:
.. "Os banqueiros internacionais reagiram mal aodiscurso e fizeram chegar ao Governo brasileiro suainsatisfação. Adicionalmente, o discurso melindroutambém o Ministro da Fazenda Francisco Dornelles, porque foi preparado sob a batuta do Ministério das Relaçães Exteriores, cujo titular é OlavoSetúbal, a quem Sérgio de Freitas é muito ligado,pois antes de assumir o Banco Central, era o VicePresidente Internacional do Itaú."
Gostaria, Sr. Ministro, e creio que essa é também umacuriosidade da maioria aqui dos presentes, que V. Ex'explicitasse o que o Hamarati entende rcalmcnte por negociação política da dívida externa brasileira, e se fatoscomo esse, da demissão dc um alta funcionário do Governo, náo inibem o relacionamento do Brasil com ogrupo de Cartagena. E uma segunda questão: quando V.Ex' se referiu à República do Sarauí, disse que o Hamarati reconhece a Frente Polisário como representantelegítima do povo de Sarauí. Entretanto, creio que isso épouco, porque a OUA reconhece o Estado Sarauí, e aquina América Latina a República Sarauí já tem Embaixada organizada no Panamá, e em vias de organização, naVenezuela e na Argentina. Então, perguntaria se essa posição brasileira de apenas reconhecer a Frente Polisárionão é atrasada com relação ao posicionamento da política externa de outras democracias latino-americanas?Muita obrigado.
O SR. MINISTRO OLAVO SETÚBAL - Em primeiro lugar, gostaria de explicar a questão da demissãodo Dr. Sérgio de Freitas. O Dr. Sérgio Freitas é um ilustre economista, que fez sua carreira no âmbito do Ministério da Planejamento e, posteriormente, em diversas organizações financeiras de São Paulo e do Rio de Janeiro.Quando fui para a Prefeitura de São Paulo, não o conhecia. Por recomendação de diversos amigos, levei-o paraser Secretário das Finanças da Prefeitura. Posteriormente, quando saímos da Prefeitura, convidei-o, tendo aquilatado a sua competência, para dirigir a então incipienteárea externa do Banco !taú, e nessa função ele se desempenhou extraordinariamente bem, durante esses últimos6 anos. Ao ser formado o Governo da Nova República,fui convidado pelo Presidente Tancredo Neves para oMinistério das Relações Exteriores. Não tive, daí emdiante, qualquer interferência na formação de qualquerMinistério ou no convite de qualquer pessoa para o segundo, terceiro ou mesmo para o primeiro escalão doGoverno. Com relação ao Dr. Sérgio de Freitas, não foipor mcu intermédio, nem por minha recomendação, queele foi convidado pelo Dr. Lemgruber para ser diretor daárea externa do Banco, o Dr. Lcmgruber, Presidente doBanco Central, a convite do Ministro Dornelles era, ob-
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viameate, pessoa das relaçães do Dr. Sérgio, porque dirigia também a área externa de uma grande organização.financeira do Rio de Janeiro. Eles tinham relaçães hámuitos anos, mas no campo da ação particular.Verficou-sc segundo me disse o Dr. Sérgio depois da suasaída, uma dificuldade de ação em conjunto. Houve umadivergência de ação e não pode ser traçada em relação aodiscurso pronunciado pelo Dr. Sérgio, em Viena. Comrelação a esse discurso, tomei conhecimento, assim comoa Itamarati inteiro, dele pelo jornal. Essa reunião se deu2 ou 3 dias depois da posse do novo Governo, naquelemomento extremamente tensionante, cheio de eventos.em que o Itamarati estava totalmente absorvido pela recepção às delegações estrangeiras que aqui estavam. Portanto, não tem o menor fundamento o fato de que essediscurso foi visto, revisto, escrito, comentado por mimou por qualquer pessoa do Itamarati. Ele foi escrito pessoalmente pelo Dr. Sérgio e segundo ele me informou,no vôo para a Europa, porque ele não tinha tido tempode conversar sobre esse assunto com ninguém. Portanto,foi de sua cxclusiva c pessoal responsabilidade. Acho quenão devemos dar a esse fato uma dimensão maior do queli que ele tem. É simplesmente uma dificuldade na opcraçào de equipes que foram formadas com muita rapidez, sem o tempo necessário para haver uma discussãoprévia dos objetivos e principalmente da forma de ação eda estratégia a ser adotada. Por esta razão e é dentro desse horizonte que, li meu ver, este problema deve ser tratado.
Quanto ao problema da negociação da dívida, gostaria de enfatizá-lo muito claramente. Nem o Brasil, nemnenhum dos participantes do Consenso de Cartagena,tcm o objctivo de negociar politicamente a dívida que éum processo que tem que ser negociado no nível bilateralpor cada país e entre as instituições financeiras oficiaisinternacionais e, eventualmente, particulares em algunspaíses, mas só através das oficiais no Brasil. O que oConsenso de Cartagena e o Brasil procuram fazer é trazer à negociação política o sistema financeiro internacional~ as regras gerais que regem o sistema financeiro, porque não é um banqueiro ou um funcionário de um Bancoestatal de qualquer país que pode assumir, pessoalmenteou unilateralmente, regras diferentes daquelas que, porlei, por regulamento, ou por tradiçào, o seu País obrigaas suas instituiçães a seguirem. Portanto, negociar politicamente a dívida, para mim, é uma deformação. O quese tem que negociar politicamente são os sistemas financeiro e comercial internacionais. Esses, sim, são frutos deacordos internacionais de Breton-Woods e do GATT,que foram feitos entre Naçães soberanas, num dado momento. Esses acordos, como procurei demonstrar na minha exposição, não são mais convenientes ao Brasil, porum motivo muito simples: quando nós assinamos essesacordos, logo no começo do pôs-guerra, nós não éramosum Pais com competência para discutir esses assuntos.Nós ainda éramos um Pais exportador de produtos agrícolas tropicais. O nossa sistema financeiro era primitivoe incipiente. Então, aceitamos, sem maior condição paradiscussão, o sistema que era da conveniência dos entãopaíses desenvolvidos, e eles o fizeram dentro de uma visào jurídico formal, de igualdade entre eles, que nôs aceitamos. Hoje, o que desejamos é redis~utir politicamenteesses acordos, levando em conta as condições dos paísesem desenvolvimento, e abrir espaços, dentro dos quaispossamos nas expandir, porque ainda não temos a maturidade de competir em pé de igualdade com os países desenvolvidos. Se antes tínhamos a ignoráncia çlas nossaslimitaçães, quando assinamos o acordo, hoje temosconsciência dessas limitações. Portanto, não podemosaceitar simplesmente um sistema onde há uma igualdadejurídico-formal desligada de uma realidade concreta. E éa introdução da realidade concreta, dentro da qual vivem os países em desenvolvimento, nesse sistemas, que éo objetivo da negociação política que o Itamarati apóia eage. Age aonde? Está agindo no GATT e no Consensode Cartagena. Por que não age no Fundo Monetário Internacional e no Banco Mundial? Por uma razão muitosimples: nessas organizações, os votos são distribuídosde uma forma proporcional ao pontencial econômico.Portanto, o potencial económico dos países em desenvolvimento é muito pequeno para apoiar uma mudança, e éessa condição que nos inibe à discussão nos fôros multilaterais financeiros porque nesses fóros, sempre o voto éproporcional ao potencial econômico dos participantes.
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Dentro dessc conceito é quc nós usamos o plano do Consenso de Cartagena.
Pcdiria mais um minuto ã Presidência para ...
a SR. PRESIDENTE (Deputado Francisco Benjamim) - V. Ex~! vai ter esse tempo.
a SR. :YlINISTRa aLA VO SETÚBAL - ... porqueo nobre Deputado fez trés perguntas: A I' sobre a demissão do Dr. Sérgio de Freitas. a 2' sobre a negociação dadívida c- a 311 sohre. Saraui. Com relação ao reconheci~
mento. de Saraui. gostaria de informar o seguinte fato: OBrasil reconhece somente 05 movimentos de libertaçãonacional que sejam reconhecidos pela ONU. A ONU reconhece os movimentos de libertação nacional. dentroda Comissão de de'icolnnização. desde que sejam reconhecidos. no ámbito dos países da região, como os representantes legítimos e únicos daqueles movimentos. porque há várias áreas onde os movimentos estão divididospor várias ações, com liderunças separadas. Esses movimentos a O NU reconhece simplesmente como de libertação, mas nào como representantes daquele povo. Portanto. o Brasil reconhece a Frente de Polizário, porque aONU a aceitou em funç,lo do reconhecimento pelos Estados Africanos. Mas esse reconhecimento pelos EstadosAfricanos foi feito com maioria muito pequena. E o Saraui, que é um pequeno Estado habitado principalmentepor populações nômades. entre a Argélia e o Marrocos.tem uma posição muito contestada no âmbito internacional. Se alguns países da América Latina o reconheceram, nenhum único país memhro do Conselho de SeguRrança o fez. Ele não é reconhecido pelos Estados Unidos,por nenhum país Europcu, pela Rússia, por nenhum paísdo Pacto da Varsóvia. pela China, pela India, Argentina,Egito. Arúbia Saudita e !raque. Dc maneira que. olhando a liMa dos países que reconhecem este país, verificamos quc cles têm uma cxprcssão menor no mundo intcrnacional. Então. vemos aqui a Parua, Ilha Salomão, Kiribati (?), Nauru, Tuvalu. Madagascar, Murumbi, Argélia - quc e o patrocinador desse país -, Beni, Angola, Moçambique e outros que são os que o reconhecem.De maneira que. hoje. o Brasil não o rcconheceu. e sódois ou três países da América Latina fizeram isso, porque é um país de língua espanhola. E, em vista das nossas relações com Marrocos e com a Argélia, estamosaguardando que esse país seja reconhecido, por acordo,dentro das Nações Unidas, como é da tradição do Brasil.
a SR. PRESIDENTE (Deputado Francisco Benjamim) - Registro a presença à Mesa dos nossos trabalhos do lider do Governo, Deputado Pimenta da Veiga.Concedo a palavra ao segundo interpelente, DeputadoDiogo Nomura.
a SR. DEPUTADO DrOGO NOMURA - Sr. Presidente, Deputado Francisco Bcnjamim, Sr. Ministro dasRelações Exteriores, Dl'. Olavo Egydio Setúbal. Srs.Congressistas, Srs. Embaixadores. Sr. Secrctãrio-Gcraldo Itamarati e membros do Corpo Diplomútieo, inicialmente, desejo. como velho admirador do Ministro OlavoSctúbal. congratular-me com esta Comissão, pela oportunídade feliz em que recebemos neste plenãrio a figuracxponeneial deste homcm que, nos mcios universitãrio eempresarial. e como homem público hoje, assume e herda as tradições da casa do Rro Branco, inaugurando estanova fase da diplomacia. Ao Ministro Olavo Setúbal,portanto, rendo o meu preito dc homenagens, de rcspci-'to e de admiração.
Sr. Ministro, indubitavelmemte. o grave prohlemabrasileiro se situa não só no aspecto da dívida interna,mas, sobretudo, no campo da dívida externa. Hoje, anossa dívida atinge proporçôes astronômicas; e o fatoque deve ser destacado é que o principal da dívida atingehoje cerca de socró e o restante é completado peiosjufos eserviços. É uma situação sobrc a qual devemos refletir,porque não temos perspectivas próximas ou futuras deque O nosso País poderã saldar essa dívida. Somente coma compreensào das Nações ricas, das chamadas grandespotências. é que o Brasil poderã recuperar-sc, para poderalinhar-se ao lado das demais nações amantes da paz, afim de retomarmos o nosso processo de desenvolvimento. Neste processo, precisamos dc que as grandes potências com preendam a nossa situação, o nosso desejo dedescnvolvcrmo-nos c alinharmo-nos em prol da pazmundial. Recentemente, V. Ex' numa brilhante conferência, abordou a situação injusta, derivada do Acordo
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de Breton Woods. É preciso uma nova ordem econômicamundial. AL' lado disso. a meu ver. Sr. Il,;tinistro - c issopudc tcstcmunhar quando visitci os Estados Unidos, integn.indo uma miss;)o parlarnent:.ts, em dezembro do anopassado. cm contato com o Departamento de Estado.com o Cungresso Norte-Americano e com membros doBanco Mundial - ao lado das negociações. das conversações. no :.unbito das organizações financeiras, é chegada a hora. também, no mais alto nivelo a começar peloSenhor Presidente da República. de um entendimento doBrasil com as grandes nações. para que possamos saldaressa dívida.
Pergunto. pois, a V. Ex lll se não é chegado esse momento. A propósito, Sr. Ministro. o Subsccretãrio de Estadonorte-americano Georg Shuitl. em recente conferênciana U nivcrsidade de Prineetown. defendeu a liberalizaçãodo comércio internacional para possibilitar ajuda àsnações endividadas para pagarcm a sua dívida. O Brasilreccbe com satisfação esse pronunciamento do Secretário Shultz porque, no momento. as nossas indústrias- apcnas para dar um exemplo - as têxteis, de fios, desapatos. de aços. encontram periodicamente obstáculos,barreiras. enfim. sào uma série de situações que obstaculizam o livre comércio que devemos ter com esta naçãopoderosa. amiga e a nossa maior parceria. que são os Estados Unidos. São essas as duas perguntas que formulo aV. Ex'.
a SR. MINISTRO DAS RELAÇOES EXTERIORES. ülAVO EGYDIO SETÚ BA L - Ilustre Deputado Diogo Nomura, primeiro, gostaria de lhe dizcr quepara negociar é necessário quc as duas partes se sentem àmesa de uma maneira muito firme e permanente. Os países desenvolvidos tém-sc recusado a discutir a rcformulação do sistema financeiro internacional com paÍf.es nàodesenvolvidos. Notou-se, recentemente. uma atitudc ditcrente. pela primeira vez, em dois documentos que foram divulgados por órgãos internacionais. ou por paíscs.Primeiro. no dia 19 de março, a comissào executiva doMercado Cumum. no seu item dois, estabelecendo condições aceitávcis pelo Mercado Comum para reformulação, ou negociação do acordo de comércio com Gat!,estabeleceu pela primeira vez. como necessidade fundamentai. a participação dos países em desenvolvimento eda ligação das negociações financeiras com as comerciais. Esta foi a primeira manifestação, que é muito recente. A França vetou a negociação de comércio, porquese exigia que ela - c também outros países em desenvolvimento - tivesse uma VOz maior. De maneira que foi aliderança da França, na linha defendida pelos paíscs emdesenvolvimento, que obstaculizou a convocação de umnovo acordo internacional. Portanto, não vejo, no \110menta. condição, ainda, para que o Presidente da ;República, o Itamarati ou os órgãos diplomáticos, fort)1almente convoquem uma reunião internacional dessa' natureza. Sem a participação decidida dos países ricos nãohá como renegociarem-se os sistcmas !1nanceiros. Dcmaneira que ainda terá que ficar a nivel do Consenso deCartagena. nas nossas manifestações de caráter político.Mas até agora, mIo vimos. ainda, suficiente apoio, foraesses dois casos que acabei de mencionar. para uma negociaçuo nesse nível.
Com relação ao comércio internacional livre, o Brasilpropugna por ele, mas o faz dentro dos interesses dospaíses em desenvolvimento. Precisamos quebrar a tradição da igualdade jurídica. É preciso fazer com que asnossas realidades sejam reconhecidas e objeto de integração nos acordos. É isso que o Brasil está fazendo noámbito do Gatt.
O SR. PRESIDENTE (Deputado Francisco Benjamim) Concedo a paluvra ao deputado Amaury Müller.
O SR. DEPUTADO AMAURY MÜLLER - Deputado Francisco Benjamim. Presidente da Comissão deRelações Exteriores da Cãmara dos Deputados, Deputado Pímenta da Veiga, ilustre Líder do PMDB nesta Casa. Deputado João Herrmann. Vice-Prcsidcntc desta Comissão, Srs. Deputados, Srs. Embaixadores. Srs. Representantes do Corpo Diplomãtico. Srs. jornalistas. Sr.Ministro. ao sandar V. Ex' e desejar-lhe, em nome doPartido Democrático Trabalhista, as boas-víndas à Comissão de Relações Exteriores. gostaria de destacar a circunstância de que a sua presença nesta Casa constitui umacontecimento auspicioso, diria até, uma primeira e im-
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portante etapa no aprofundamento das relaçõcs cntre oExecutivo e o Legislativo, de modo que os ventos quevarreram ou estão varrendo o autoritarismo possam chegar a esta Casa c democratizá-Ia. transformando-a namefetivo instrumento das grandes e elevadas aspirações dasocicdade brasilcira. V. Ex' não nos dcu o privilegio deconl1ecer antecipadamente o texto de sua lúcida e esclarecedora explanação, o que lamento. Mas, em todo o caso. formulo apenas uma pergunta: V. Ex' afirmou, aqui,que o Governo hrnsileiro reconhece a Organização deLibertação da Palestina ,;omo legitimo instrumctno dasrealizações das apifilções do sacrificado povo palestino.Mas, o simples reconhecimento, Sr. Ministro. a meu ver,nào basta. A OLP mantém no Brasil, já há alguns anos,um cscritôrio apenas tolerado, que até há pouco tempocra extremamente vigiado, l:ontrolado e policiado. Indago de V. Ex'. Quando a aLI' terá statlls diplomático epoder:., a partir do Brasil. dar uma dimensão mais ampla11 luta pela pátria palestina? Gostaria, por último. Sr. Ministro, de ter o privilégio de discordar de V. Ex', retomando a pergunta aqui'formulada pelo nobre DeputadoFlávio Bierrcmbach. Invocar os principias da autodeterminaçüo e da não ingerência em assuntos internos de ou~
tros países, a meu ver, n:l0 justifica a quase omissào doGoverno hrasileiro frente aos gravíssimos problemas quecnfrentam os povos do Chile c do Paraguai. para situarme apenas no Cone Sul. a Chile principalmente - es~be V. Ex' melhor do que eu - foi envolvido, os últi1110S 10 anos. num verdadeiro banho de sangue, e os seuspatriotas n:10 podem continuar lt mercê de um ditadorque faz o que quer. quando quer e como quer. Daí porque penso que o Governo brasileiro tem o dever - jáque V. Ex' fala em integc-ução do Brasil à América Latina - de emprestar uma :wlldariedade mai5 efetiva, maisconcreta. aos povos do Chile e do Paraguai.
Por último. Sr. Ministro, uma rápida indagação sobreo aprofundamento das relaçôes culturais do Brasil com aUnião Soviética.
Muito obrigado.
O SR. MINISTRO DOS RELAÇÕES EXTERIORES OLAVO SETÚBAL - Nobre Dcputado AmauryMüllcr, V. Ex' formulou três perguntas, e 1\ primeirarefere-se à OLP.
Com relação aos movimentos de libertação, que têmvárias gradações, o Brasil só reconhece aqueles que sejam únicos e legítmos, de acordo com os órgãos internacionais regionais e com as decisões da Comissão de Descolonização da ONU - e esta inclui a aLI' -, mas nãodá status diptomátieo a nenhum deles. De maneira que,até hoje. a política do Brasil é a de não dar status diplomático a essas representações. A OLP não tem escritóriono Brasil reconhecido pelo Itamaraty. Esta Organização,no Brasil. está representada pela União dos Estados Árabes. que é reconhecida como um órgão de união de países soberanos. E este órgão reconhece a OL I' como umpaís soberano. como um Estado, o que não é o caso doBrasil. Como este órgã·) é rcconhecido pelo Brasil, éproblema de economia ilf'lterna, de decis:10 interna saberquem são os seus representantes no Brasíl. Um dos seusrepresentantes, no Brasil, é um homem ligado à aLI',porque cada um dos representantes é ligado a uma áreado País. De maneira que acho que esta é uma posiçãoconveniente aos interess,,, do Brasil. Precisamos ter umfio condutor da nossa ação diplomãtica e uma coerênciana nossa ação diplomática. porque, em cada País, emcada área do 111undo os interesses brasilciros são diferentes, mesmo com relação ãqueles mais distantes. Há movimentos de libertação em várias ãreas do mundo, comproblemas os mais complexos. Se não tivermos umacposição coerente nas diversas decisões, acabarem os tendoinconsistencias totais na nossa ação diplomãtica.
Com relação ao Chile. insisto na posição: o Itamaratynáo é o instrumento que possa agir; ele pode ter uma atitude mais simpática, ou mais aberta para com o país,mas tem que mant~r O seu relacionamento. Temos relações históricas e comerciais com o Chile, e mantemosuma atitude correta com ele. E esta é a nossa posição.Agora. politicamente, os partidos po1iticos, as institaições brasileiras, das quais participci antes de ser chaneeler, sempre se manifestaram nesta linha. Acho que istoe que é ação política. Não podemos patrocinar uma açãopatitica concreta, atravé~ido ftamaraty, quea criticamos,quando outros países a fazem, em outras áreas.
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Com relação ao problema cultural com a União Soviética, até hoje temos relações culturais intensas comesse país. Recebemos grupos de balé e também desportistas. De maneira que as nossas relações culturais com aUnião Soviética não sofrem restrição alguma de caráterformal. Acontece que. nos países de economia centralizada. eles não sabem agir a não ser centralmente. Então,é da natureza do regime soviético querer acordo a nívelde Governo, quando isso, para nós, com uma economiaaberla e uma sociedade pluralista, é irrelevante. Temos
.relações a nível de instituições culturais. Elas agem, noBrasil, independeptemente. Não temos, portanto, preocupação em desenvolver acordos culturais que, muitasvezes, são 'meramente retóricos. Isso é o que cultivamos,ou, pelo menos, tem sido, até hoje, essa a nossa política.Cultivamos as relaçãcs culturais com todos os países enão nos preocupamos em formalizá-las através de um ououtro acordo, a não scr cm casos cm que O país tenha razão de caráter retórico par fazer isso. De modo que asnossas relações com a União Soviética, no campo cultural, estão abertas e em desenvolvimento, e se não desenvolvem mais é por culpa dclcs.
O SR. PRESIDENTE (Deputado Francisco Benjamim) - Dou a palavra ao nobrc Deputado José Eudes.
O SR. DEPUTA DO JOSÉ EUDES - Sr. Presidente,Sr. Ministro, colegas Deputados, o ponto que, a mim meparece, avança no seu pronunciamento, hoje nesta Comissão, é o que propõe uma comissão para estudar apossibilidade de reatamento com Cuba. Mas era de se indagar se não seria o caso de estabelecermos imediatamente, já, as relações comerciais, por-que brasileiros têmque exportar para aquele país por vias transversas, através de terceiros países, evidentemente encarecendo e dificultando negócios, numa época tão difícil de fazê-los,com países intcrcssados em negociar conosco.
De minha parte, é de lamentar a posição até agora defendida pelo Itamaraty com relação à Organização deLibertação da Palestina. A OLP ê reconhecida pelaONU como a única representante do povo palestino; aOLP ocupa a Vice-Presidência de países não alinhados,em número de 106; a OLP é membro e mantém embaixadas em todos os países c naçõcs africanas, com exceçãoda áfrica do Sul, do Zaire e da Libéria; a OLP participade todos os foros e organismos existentes na Organização das Nações Unidas; a OLP é reconhecida por maisde 100 países, no contexto internacional. Por que não seabre o escritório da OLP no Brasil? Acho que é necessário dizer-se, com mais firmeza, que interesses impedemque a representação palestina exista e conviva em nossoPaís, democraticamente, como outras representações. AOLP (em o status, dito por V. Ex', e todas as eondiçõcsde, aqui, representar-se, com escritório.
SI. Ministro, na semana passada, esteve, no Brasil- cacho que talvez ainda esteja - o Sr. Anthony Motley,Subsecretário de Estado dos Estados Unidos, quc aquitergiversou e fez declarações sobre assuntos internos donosso País, como. por exemplo, se O Brasil deve reatarcom Cuba. O Subsecretário não esteve, diretamente,com o Chefe do Departamento das Américas, no lIamaraty, que corresponde ã sua representação. O Sr. Motleyfoi recebido por V. Ex' e, mais além, pelo próprio Prcsidente da República. Para um compromisso destas grandeza, evidentemente, tcria sido neccssário que o Sr. Motley tivesse propostas políticas concretas a fazer ao nossoPaís, ao nosso Governo e ao nosso Chanceler. Indago deV. Ex' se pode nos dizer do teor das conversações mantidas com o Sr. Motley, neste tempo, uma vez quecomeçaram-se a criar-se especulações, particularmentedecorrentes do episódio do bloqueio ilegal, condenável- condenado inclusive por V. Ex' - imposto à Nicarágua. É dc sc perguntar a V. Ex' qual o teor dessas conversas, porque elas dizem respeito à nossa posição. E sehouve, além desse assunto específico, outros para seremtratados.
Gostaria de concluir, perguntando a V. Ex' se tem algum nível de preocupação em modificar a política devenda dc armamentos do Brasil a outros países, já quenos preocupa a presença de armas brasileiras em diversos conflitos regionais, que ameaçam enormemente a
. nossa soberania. E, por último, ainda na Velha República, tive a oportunidade de perguntar, através de um requerimento de informações ao Sr. Ministro SaraivaGuerreiro, sobre os procedimemntos que teria tomado o
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Itamaraty acerca do desaparecimento e assassinato detreze cidadãos brasileiros pela ditadura argentina. Querofazer chegar às mãos de V. Ex' o teor desse texto, quenão me foi respondido pelo antigo Chanceler da VelhaRepública. Mas tenho confiança em que a Nova República vai começar a informar os Srs. Parlamentaressobre os resultados dos seus requerimentos de informação. Muito obrigado.
O SR. PRESIDENTE (Deputado Francisco Benjamim) - Solicitaria aos nobres colegas parlamentaresque, como há tempo igual para perguntas e respostas,que não fizessem um volume de perguntas muito grande- sào cinco perguntas - para termos tempo para as resposta. Ministro, V. Ex' tem a palavra.
O SR. MINISTRO DAS RELAÇÕES EXTERIORES, OLAVO SETÚBAL - Com relação à OLP, reafirmo a posíção do lIamaraty. Reconhecemos, como disse V. Ex', que ela é a única e legítima representante dopovo palestino, mas não damos status diplomático a movimentos, só damos status diplomático a países. Depoisque um movimento, por razões políticas, assume umpaís. que se caracteriza por um território definido, comlimites aceitos ou, pelo mesmos, com limites protegidos,pelo menos com uma capital operando, e com uma estrutura, é que o reconhecemos. Esta é uma sábia tradiçãodo Itamaraty, e parece-me que deve ser mantida com relação à OLP e a uma séric de outros movimcntos de outros países.
Com relação ao problema de Cuba, eu gostaria de dizer que não foi feita uma Comissão no sentido extetno.Há estudos, dentro do Itamaraty, que foram dcterminados em função dc manifestações da sociedade brasileira,como a OAB, os sindicatos e a própria Comissão de Relaçõcs Exteriores do Senado e da Câmara, sobre o reatamento. Então, antecipando-nos à solicitação do Presidente da Rcpública de informações a este respeito ~porque o reatamento de relações com Cuba será uma dccisão de Governo. não do Itamaraty e muito menos deseu Chanceler - definimos o levantamento. Isto porqueo Sr. Presidente Tancredo Neves, nesta Casa, declarouque Cuba não é um problema político. é uma questão desegurança nacional. Sendo ele o inspirador da Nova República, não poderíamos reatar com Cuba antcs de fazeresta avaliação de caráter de segurança nacional, mesmoporque o Brasil rompeu com Cuba, c todos os países daAmérica Latinaassim o fizeram dentro de uma avaliaçãode que Cuba procurava exportar revolução. Esta foi aposição que embasou a decisão da OEA sobre isso. Estadecisão da OEA foi revista e está mudando. O Brasil éum País dinâmico, não é estático, e está reavaHando também a sua posição. De modo que esta é a nossa posiçãoem relação a Cuba.
Com relação ao Sr. Motley, em primeiro lugar, gostaria de enfatizar o seguinte: o Sr. Motley é o Subsecretáriode Estado dos Estados Unidos para Assuntos da América Latina. Evidentemente, trata-se de um personagem internacional da mais alta relevância, porque represcntauma supcrpotência. A mesma atitude foi tomada quandoveio ao Brasil o representante da Rússia, que era umVice-Ministro: cle foi recebido pelo Presidente da República. Temos que ser realistas em relação à avaliaçãodos nossos interesses. Os nossos interesses com os Estados Unidos são imensamente maiores do quc com centenas de outros países que vêm a nós. Os interesses que negociamos com os Estads Unidos são fundamentais parao Brasil.
Nü7õu depoimento nesta Casa, o Sr. Presidente Tancredo Neves gastou metade do tempo discutindo o relacionamento com os Estados Unidos. Assim relacionar-secom os Estados Unidos é um ponto fundamental paraqualquer pais do mundo Ocidental. Não há possibilidade, no mundo Ocidental, de ignorarmos a posição econômica, financeira, política e militar dos Estados Unidos. É ilusão. E acho que temos que ser realistas. Comoeu disse, temos que negociar com países maduros, reconhecendo as nossas diferenças, os interesses e as convergências. O Sr. Motley veio ao Brasil por uma razão quenada tem a ver com Cuba. Ele não falou sobre nenhumassunto ligado a esse país..Elc veio numa missão que lhefoi dada pelo Presidente Reagan, de visitar os países antes dc sair do posto. Ele é dcmissionário e não um Subsecretário demissionário que inicia uma nova política, ouque vem ao Brasil por essa razão. Ele nos fez uma visita
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de cortesia. Visitou o Chanceler, não PQr ser o Chanceler, mas porque tinha relações pessoais com ele desdemuito antes de estar no Governo. Visitou o PresidcnteSarney e trouxe para S. Ex' cartas de Senadores americanos cumprimentando o Presidentc Sarney, em caráterpessoal, porque são amigos dele desde o tempo em queera Senador. A sua visita se resumiu a isso. O resto sãoespeculaçôes que todos fazem. A visita foi feita comoqualquer outra, na casa de qualquer pessoa, a portas fechadas.
Com relação ao problema de armas, o Brasil tem a seguinte posição: as armas são produzidas no Brasil para odesenvolvimento tecnológico do País, para permitir oabastecimento independente das nossas Forças Armadas, e são exportadas para diminuir seu custo, dentro deuma politica que é avaliada caso a caso, em cada decisão,em função da posição política do Brasil e dentro do con'texto no qual a arma será usada. Esse contexto é, evidentemente, uma avaliação do tipo de relacionamento que oBrasil tem com o país, da natureza do conflito, da tradição que esse país tem com o Brasil, se ele ê clicnte normal, se esporádico, ou se está numa aventura. E isto éfeito através de um diálogo entre os órgãos produtoresdas armas - govcrno ou particular - através dos Ministérios militares que sempre ouvem a opinião políticado Itamarati em cada caso. Agora, com relação à exportação de armas, gostaria também de enfatizar que, comoesses dados não são compilados sobrc uma forma coerente pelas nossas estatísticas, muitas vezes os que aparecem nos jornais incluem nas exportações de armas veículos, aviões de caráter civil e uma série de equipamentos.De maneira que o númcro é bastante alto. Mas devemosenfatizar que a arma no sentido ofensivo e estritamentemilitar, ainda é em número bastante reduzido, em termos de exportação, no Brasil.
O SR. PRESIDENTE (Deputado Francisco Benjamim) - Concedo a palavra ao Deputado Márcio Santilli.
O SR. DEPUTADO MÁRCIO SANTILLI - Sr.Presidente, Sr. Ministro, antes de mais nada, as minha.cordiais saudações. A riqueza do momento político emque vivemos no Brasil e a abrangência do pronunciamento de V. Ex' nesta manhã certamente poderiam nosinspirar uma infinidade de questões. Entretanto, a dinámica do processo político que temos vivenciado faz comque muitas vezes os fatos acabcm por atropelar as análises. O fato concreto a que me refiro é o da visita ao nossoPaís, ao longo desta semana, do Sr. Anthony Motley qucfcz uma série de declarações à imprensa nacional fundamentalmente sobre dois poptos principais: o primeiro,sobre a questão do bloqueio eéonõmico imposto à Nicarágua; o segundo, sobre o pro blema do nosso reatamento dc relações com Cuba. Ignoro o que ele tenha dito nasconversações travadas com V. Ex' e com o PresidenteSarney. mais objetivamente, ao nosso povo e a nossaNação, ele informou que pouco importa a seu país o quepensem os demais - nós, inclusive - sobre o bloqueio àNicarágua, tendo em vista que eles consideram essaqucstão como de segurança nacional para os EstadosUnidos. É curioso que S. Ex' visite o nosso País para scdespedir dc suas funções e nessa oportunidade declarepublicamente que pouco importa a ele a nossa opiniãÇlsobre o fato de que eles estejam esmagando, militar eeconomicamente, um país irmão, com tradições históricas, étnicas e culturais muito assemelhadas às do nossopovo. De outro lado, afirmou S. Ex' que considera aquestão do reatamento com Cuba um problema brasileiro, e acreditaríamos nas suas palavras se elas tivcssem seencerrado por aí, mas adendou o Sr. Motley que considera que as relações com Cuba não seriam interessantespara o Brasil, por que trariam para o País mais problemas do que vantagens. Seria o caso de perguntarmos, Sr.Ministro, porque ele não rccomenda ao seu Governo quefeche O escritório de representações comerciais que elesmantém em Havana? Por quc ele não recomenda ao seuGoverno que retire as dezenas de diplomatas de altonível e de grande gabarito que funcionam na sua representação em Havana? Por que ele não procura conter oímpeto comercial que as empresas norte-americanas nu- .trem cm relação a Cuba? E por que ele se arvora comointérprete daquilo que interessa ou não ao nosso País,nas nossas relaçães com outros povos? Gostaríamos queV. Ex' fizesse chegar ao Sr. Motley o nosso sentimento
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de profunda consternação e desprezo às suas palavras, eque esse Senhor não retornasse ao Território Nacionalpara nos humilhar, em nome de um Governo que ocupaa ilha de Granada, que bloqueia a Nicarágua, que bombardeia o Líbano, que quer fazer a. ~4Guerra nas Estrelas", e mais, nào contente com tudo isso, se digna a homenagear agentes da S5 nazistas justamente no quadragésimo aniversário da libertaçào do mundo da ameaçanazi-fascista.
Gostaria de dizer a V. Ex' que, no que tange à Nicarágua, o que esperamos é que V. Ex' não espere solicitações formais· deste Governo para manifestar concretamente, no plano econômico, a nossa solidariedade em relação ao bloqueio. Sabemos da existência de pendênciasno relacionamento comercial bilateral e que elas precisam ser renegociadas, mas gostaríamos que o nosso Paíssoubesse encarar essa questão não como um assunto comercial, mas como uma questão que é. a um só tempo,política e urgente.
Quanto à questào do nosso relacionamento com Cuba, quero testemunhar que V. Ex', Sr, Ministro, quantoa esse tema e mesmo quando nos encontramos em posições divergentes a respcito dessa questão, tcm tido todaa atenção em responder frontalmente às solicitações quetêm sido feitas pelo Poder Legislativo. Como autor daproposição votada nesta Comissão, e não obstante essasdiferenças de posição. que acredito que o tempo se encarregará de superar, quero agradecer a atenção de V.Ex' e reconhecer o espírito frontal e aberto com que V.Ex' tcm respondído às nossas solicitações. Tenho certezade que, quanto ao reatamento de nossas relações diplomáticas com Cuba, chcgaremos lájuntos, o Podcr Legislativo e O Poder Executivo. amalgamados pelo interessenacional. Muito obrigado.
o SR. PRESIDENTE (Deputado Francisco Benjamim) - A Presidência registra a presença na Mesa dosnossos trabalhos do Presidente da Cámara dos Deputados, Deputado Ulysses Guimarães. (Palmas.)
O SR. MINISTRO OLAVO SETÚBAL - Sr. Deputado, V. Ex' se referiu à atitude dos Estados Unidos comrelação à Nicarágua, que foi reafirmada pelo Sr. Motleyem sua entrevista. Obviamcntc, elc não dissc nada de novo. Aq uilo foi reafirmado pelo próprio Presídente dosEstados Unidos. em cadeia de televisão, com toda a clareza e com toda a violência. A política no mundo atualtende à bipolarização. O Brasil se opõe a essa políticadas superpotências, que se traduz através da decisão queelas tomam alicerçadas no seu interesse particular, poruma posição unilateral ou, às vezes, bilateral. Duas superpotências se reúnem atualmcnte cm Gencbra para decidirem o destino de todos nós e não somos convidados,ouvidos, ou consultados, Decidem porque dispõem dopoder de destruição. É o equilíbrio do poder políticoatravés do poder de destruição. Nós advogamos, comomostrei ao longo da minha exposição, a divisão do poderatravés de um Parlamento, através de um sistema internacional bascado no direito e na negociação nos fôrunmultilatcrais. Condenamos, na nota que foi dada, oproblema da Nicarágua, como na minha exposição condenei o problema do Afeganistão e o da Campuchéia.Portanto, dentro desses esquemas é que nos colocamos.Fomos contrários à política de fait acomplis exercida nabase das superpotêncías. Mas não tcmos poder paraimpedí-Io. Vamos ser realistas. Poder não temos. Podemos fazer nota, isso ou aquilo, mas não temos poderpara executá-lo. Portanto, uma política realista é o quenos convém e não nos ocultarmos dentro de uma cortinade ilusões. Isso acho que o nosso povo não quer. O)ncardo em que o realismo ê um com promisso fundamen·tal.
Com relação aos demais comentários do Sr. Motleycom relação à Cuba, ele fez uma avaliação. A tradiçãodo Brasil ê não fazer essas avaliações. Por isso é que a diplomacia brasilcira é bem recebida no mundo intciro e àsvezes criticada aqui. exatamente por não fazer avaliações. Acho que devemos continuar na linha preconizadu por V. Ex' O flamarali deve adotar a línha que lem:não fazer avaliaçôes sobre decisões internas de outrospaísGs. Esta é a situação. Com relação à visita do Sr. Motley, todas as avaliações são possiveis. mas a discriçãoque fiz~ em vista da reSpo3ta anterior, corresponde ü verw
dade.
DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seçào I)
O SR. PRESIDENTE (Deputado Francisco Benjamim) - Com a palavra o Deputado Pedro Colin.
O SR. DEPUTADO PEDRO COLIN -Sr. Presidente. Deputado Francisco Benjamim, Srs. Embaixadores.Sr. Ministro.
Inicialmente. gostaria de felicitar V. Ex' pelo privilégio que tem em dirigir um Ministério onde há, na admi·nistração pública do nosso País, a maior concentraçãode homens do mais alto nível intelectual, acrescido a umespírito dc hierarquia, o quc proporcionará a V. Ex' umaadministração voltada para os mais altos interesses donosso País. Também gostaria de parabenizar V. Ex' pelamancira contundente e elara com que abordou osproblemas mais polêmicos que afligem a política internacional. Aproveito a oportunidade para dizer a V. Ex'que, no momento em que li Comissão de Relações Exteriores da Cámara dos Deputados se nega a ser um mcroórgão homologador das decisões administrativas doPaís, no momcnto em que os Srs. Dcputados que compõem este órgão técnico desejam participar da discussãodo debate dos grandes problemas intcrnacionais queafetam diretamente a Nação, a presença de V. Ex' nesta Comissão é cxatamente importante c desejamos quc estefato se repita. para que esse debate entre o Poder Legislativo e o Poder Executivo possa propiciar altos interesscspara a nossa política interna.
Sabe V. Ex' que se cncontra na Cámara dos Deputados. especificamente na Comissão de Relações Exteriores, o Acordo Internacíonal do Direito do Mar, que rcputamos como um dos documentos mais importantesque o Brasil assinou na última década. Sabe também V.Ex' que os Estados Unidos da América do Norte, a Inglaterra e a França não assinaram este acordo internacional.
Gostaríamos, para nosso esclarecimento e dos demaismembros dcsta Comissão, quc V. Ex' tecesse algumasconsiderações a respeito da importância do assunto e doposicionamento do Itamarati em relação a este importante documento legal.
O SR. MINISTRO OLAVO SETÚBAL - Gostariade iniciar a minha resposta enfatizando mais uma vezaquilo que já disse no meu discurso de posse e que considero fundamcntal: Acho imprescindível o entendimentoentre o Itamarati e as Comissões de Relações Exterioresda Câmara e do Senado, assim como o entrosamentocom todos parlamentares no quc diz respeito aos problemas afetos à minha responsabilidade no Itamarati. Pessoalmente, já me coloquci, diversas vezes, à disposiçãopara atender, sempre a máxima prioridade, ao interessedos Srs. Deputados em conhecer ou debater qualquer assunto rclativo à minha Pasta.
Com relaç"o à questão dos Direitos do Mar, gostariade enfatizar o seguinte: o Brasil, numa decisão corajosa,em que a nossa diplomacia viu com grande clareza - e.talvez, atê com anteccdéncia sobre muitos países desenvolvidos - o imenso potencial representado pelo fundodos mares e pelas riquezas nas águas litorâneas, aumentou O limite do mar territorial para 200 milhas. Naquelemomento, o único instrumento disponível para afirmar anossa posição com relação a este seguimento da crostaterrestre, foi a declaração de mar territorial nacionalpara esta faixa. Esta solução não resolveu os problemasdo fundo dos mares, por quc é muito mais ampla e muitomais cumplexa, mas provocou. juntamente com a dccisão de outros países sul-americanos, o interesse do mundo inteiro em caminhar para uma solução negociadapara o fundo dos mares, que contêm riquezas, já avaliadas, em níveis muito altos, e talvez ainda tenham riquczas, não avaliadas, em níveis muito maiores.
Desta condição, nasceu a Conferência do Fundo doMar, onde o Brasil se fez representar pelos seus maiscompetentcs diplomatas e foi acompanhado por Parlamentares da mais alta expressão no Parlamento nacional. Disso saiu este acordo que mudou o conceito de marterritorial para um mais dinâmico - e aqui, em três minutos, não dà para discutirmos todos os detalhes deledo mar, da área de interesse econômico exclusivo doPais. Em alguns lugarcs, ficou em 200 milhas, c cm oulros, até maior, porque, pela definição, em função daplataforma continental. elc teve um conceito mais flexível. Acho que essa foi uma solução extremamente conveniente aos interesses do Brasil. Sei que a Comissão jáconvocou o Emhaixador Calero que foi o responsável
Junho de 1985
pela negociação deste acordo. veio de Genebra especialmente chamado pelo Itamarati para atender iL c"nvocaç"o desta Casa, e vai, certamente, dirimir todas as dúvidas. cm todos os detalhes.
A Inglaterra. os Estados Unidos e a França nào adotaram o Acordo do Mar em virtude das conscq!tências dassuas costas, mas porque entendem que aquela parte internacional. quc foi internaeionalizada pelo acordo, deveser ocupada não por um órgào regulador internacional,acoplado a uma empresa internacional e a um tribunalinternacional, mas deve ser ocupada pela livre conquistade quem tenha mais competéncia ou mais capacidadeecon ômica e tcenológica.
Por isso é que o Brasil, pelo seu Executivo, assinou eencaminhou ao Legislativo. para o ncccssário referendo,esle importantissimo acordo, que talvez, como disse V.Ex'. seja o maís import,mle destes 10 anos e que estáaqui no Parlamento para amperior apreciação de V. Ex'É um acordo que rcputo do maior intcrcsse para o Brasil.
O SR. PRESIDENTE (Deputado Francisco Bef\Íamim) - Concedo a palavra ao Deputado Abdias Nascimento.
o SR. DEPUTADO ARDIAS NASCIMENTO - Sr.Deputado Francísco Benjamim, Prcsidente da Comissãode Relações Exteriores; Srs. Deputados; Srs. representantes diplomáticos; Sr. Ministro, dada a cxigUidade dctempo, farei uma indagaç"" de forma lasca e espero queV. Ex' me perdoe.
Em primeiro lugar, desejava, invocando a orientaçãoélica mencionada por V. Ex' em seu discurso, sabercomo esta orientação ética se concilia com o nosso relacionamento com um país, definido pela ONU, corno ogrande praticante de críme contra a humanidade, com S,
sua política do apartheid, institucionalizada e constitucionalizada pelo governo ela África do Sul?
No Brasil, temos a formação do nosso povo e da nossacultura, uma porcentagem majoritária de descendente deafricanos. Esse povo majoritário contempla, com muitatristeza e com muita indignação, o fato de o Brasil manter relações diplomáticas com um governo assassino, quemata sistematicamente os uossos irmãos africanos. Nãoentendemos como essa orientação ética possa se harmonizar com este estado de c:oisas. Não bastam as declarações de intenç()es, ou as expressões puramente retáricas: o crime quc comete a África do Sul é uma questão defato. Assim como condenamos o nazismo, que matoubrancos - e estamos comemorando os 40 anos de vitória das forças aliadas contra o regime racista e genocida do nazismo - não pod(:mos compreender, nem a população que reprcscnto nesta Casa, que o Brasil tergiverse, faça declarações retóricas, mas continue mantendo acumplicidade com esse governo assassino, porquanto temos aqui. desafiando a opinião pública, a EmbaLxada daÁfrica do Sul fazendo propaganda do apartheid. Mantemos relaçõcs comerciais "om a África do Sul, temoscompanhias de aviação que fazem vôos para a África doSul e de lá para O Brasil, quando as Nações Unidas, omais alto foro da opinião pública internacional e de todas as nações civilizadas, pedem que todas as naçõesexerçam seu poder para resolver, através de processosnão violentos, a qucstão áa África do Sul.
Entendemos que a forma de solucionar se a questão éo isolamento da África do Sul. porque, do contrário, omundo estará sempre à beira de uma nova guerra, de umnovo cataelisma armado. O Brasil, ao manter esta linhade comportamento, é também uma linha auxiliar do sistema genocida quc impem na África do Sul.
O segundo ponto que d,jaria abordar, ainda que ligeiramente, é da Namíbia. V. Ex' afirmou com muita ênfase o pontu de vista favorável 11 independência da Namíbia. Entretanto, não conheço, de parte dos governos brasileiros, uma açHo concreta neste sentido. Por exemplo:por que o Brasil não faz parte do Conselho das NaçõesUnidadas para a Namíbia'? Por que o Brasil não reconhece a SUA PO, reconhecida pela ONU como a única elegítima representante do povo namibiano'?
Aqui no Brasíl, jactamo-nos de nossa democracia racial e da nossa posição anticolonialista. no entanto, jamais hospedamos uma reunião do Conselho das NaçõcsUnidadas pura a Namíbia, por exemplo, ou um dosvários seminários promovidos pelo Conselho das NaçõesUnidas para a Namíbia dos quaís tenho participado.
Junho de 1985
Para terminar, já que o tempo se esgota, desejaria perguntar a V. Ex' se sabe que o negro deste País considerao Ministério das Relações Exteriores a grande cidadelado racismo e da discriminação racial. Jamais o nosso povo, os ncgros, tiveram oportunidade de representar umpaís que ele sozinho construiu. tivemos uma única exceção no Governo Jánio Quadros, quando foi nomeadoo Sr. Raimundo Souza Dantas para nosso embaixadorem Gana. Mas parou aí este único e solitário exemplo.
Quero advertir V. Ex' de que, na resposta a minha pergunta, não vale falar em negros abrancalhados, nem empigmentocracia. O negro não precisa ser branco por dentro, nem na pele, para ter o respeito e o direito da nossacidadanía.
Perdoe-me V. Ex' a veemência com que falo, mas é aprimeira vez em 50 anos que um negro tem a oportunidade de dizer tais coisas, porquanto sou o primeiro e únicorepresentante eleito pelos negros, para resgatar a sua dignidade e a sua presença nos níveis institucionais destePaís. que os nossos ancestrais - reafirmo - construíram sozinhos com sangue, suor e muito amor. Muitoobrigado a V. Ex',
O SR. MIN[STRO DAS RELAÇÕES EXTERIORES OLAVO SETÚBAL - Exm'. Sr. Deputado Abdias Nascimentn, V. Ex' me pergunta como ê que o Brasil, defendendo princípios éticos, tem relações com a África do Sul.
Vou responder a V. Ex' dizendo o seguinte: dentro dasrelações internacionais, o nosso primeiro compromisso éestabelecer no mundo o direito internacional, consubstanciado nas resoluções e decisões das Nações Unidas.Cumprimos rigorosamente todas as decisões das NaçõesUnidas com relação ã África do Sul, à política doapartheid e a da Namíbia.
Aqui cstá o tcxto - trouxc-o porquc sabia que serialevantado o assunto, uma vez que o mesmo está na ordem do dia no Brasil - integral das resoluções dasNações Unidas, tomadas no dia 13 de dezembro de 1984,que regulam a política do apartheid com relação à Áfricado Sul. Essas resoluções são divididas e vão de, "A" a"G", tomando cerca de 30 páginas. Dei-me ao trabalhode ler, pessoalmente, com todo o cuidado. todas essasdecisões, porque elas serão cumpridas e fiscalizadas pormim pessoalmente no seu cumprimento pelo Brasil. Essas resoluções, tornadas pela ONU, estabelecem claramente a condenação do apartheid e as regras atualmenteadotadas para combatê-lo com relação aos relacionamentos culturais, sociais c esportivos. Elas proíbem o comércio de armas, o de petróleo e seus derivados e investimentos de empresas na África do Sul.
O Brasil cumpre rigorosamente essas resoluções, nãodeixa de cum prir nenhuma delas e considera que não éfazendo justiça pelas próprias mãos, que ele vai contribuir eticamente para a solução dos problemas mundiais,mas, sim, integrando-se, scm restrições. à política acordada por todos os países do mundo com relação à questão.
Queria apenas destacar para V. Ex! que o Brasil votouessas resoluções com quase todos os países do mundo,como o Afeganistão, a Albánia, a Argélia, a Argentina, aBahrei n e todos os países da América do Sul. Votaramcontra - só para mostrar que o Brasil não se alinha comos países europeus automaticamente como às vezes éacusado o Itamaraty, ou eu pessoalmente, em algumasentrevistas - a Bélgica, o Canadá, a Dinamarca, aFrança, a Alcmanha, a Irlanda, a Itália, o Japão, Luxemburgo, a África do Sul, a Noruega, Portugal, a Inglaterra e os Estados Unidos. Abstiveram-se de votar: Áustria, Bahamas, Botswana, Fidjy, Finlándia, Grécia, Costa do Marfim, Lesoto, Mal ui, Nova Zelándia, Samoa eSuécia.
V. Ex' vê pela minha afirmação e pela leitura que poderá fazer a qualquer momento dessas resoluções, que aposição do Brasil é eticamente perfeita e está embasadana nossa visão jurídica c a nossa ação diplomática se regepor isso.
Quanto à posição da SUAPO, V. Ex' está enganado: oBrasil reconhece todos os movimentos de libertaçào nacional que sejam reconhecidos peja ONU como únicos elegítimus representantes. Portanto, não há esta dúvida.Ele não a recon hece com o nação, não lhe dá status diplomático, poil'l não é uma naçào. é um legítimo representante que busca atingir a nação. No momento em que anação é constituída, nós a reconhecemos.
OIARIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seçào I)
No que se refere às reuniões da Namíbia, segundo estou informado, já houve uma no Rio de Janeiro para tratar deste assunto patrocinada pelo Itamaraty. Assim, doponto de vista concreto l a posição ê essa. Essa reuniàonão aconteceu na minha gestão mas, sim, há algunsanos. Houve uma reuniào dessa natureza, segundo informação que me foi transmitida pela estrutura do Itamaraty.
Relativamente à discriminação racial no Itamaraty, V.Ex'" encontra o gravíssimo problema do exame de admissão. Semelhante problema ocorre em todas as grandesuniversidades brasileira. Já fui professor da Universidade de São Paulo e lá o problema existe na mesma dimensão. Ele transcende simplesmente o Itamaraty. Ê umaquestão de nível cultural e de preparação da juventude,que permita atingir os níveis elevados que são necessários para o exame do R ia Branco e das demais grandesuniversidades brasileiras.
O SR. PRESIDENTE (Deputado Francisco Benjamim) - Concedo a palavra ao Deputado Eduardo Matarazzo Suplicy.
O SR. DEPUTADO EDUARDO MATARAZZOSUPLICY - Sr. Presidente, Deputado Francisco Benjamim; Srs. Embaixadores; Srs. Deputados, Sr. MinistroOlavo Egydio Setúbal, com respeito aos entendimentosque o Brasil vem mantendo com diversos paises, e particularmente com a Alemanha e mais recentemente com aChina, e nas conversações que tem entabulado com a Argentina, com respeito às atividadcs de processamento dcuránio e produção de uránio e plutônio no Brasil, gostaria de perguntar cm que medida o novo Governo JoséSarney está mantendo, com rigor, a decisào brasileira denão produzir armas nuclcares.
Como é que esse assunto será tratado nas conversações, que foram anunciadas aqui. que serão entabuladas com a Argentina proximamente'?
Esta é a primeira questão.
Em segundo lugar, com respeito às relações comerciaiscom a N icartlgua.
Em que medida o Brasil. juntamente com outros países da América Latina, está procurando cnvidar esforçospara compensar, de alguma forma, o bloqueio econômico que os Estados Unidos estão impondo àquele país,pois as nossas relações comerciais com a Nicarágua ainda são relativamente modestas'? Como a Nicarágua tinhanos Estados Unidos o seu principal parceiro econômico,em vista do bloqueio anunciado pelos Estados Unidos, oqual foi devidameote condenado pelo Itamaraty, em quemedida o Brasil envidará esforços no sentido de se abrirem mais as relações comerciais de tal forma que possamser compensados os efeitos daquele bloqueio? Muitoobrigado.
O SR. MINISTRO DAS RELAÇÕES EXTERIORES OLAVO EGYDIO SETÚBAL - O Governo Sarney está comprometido com o problema atõmico nomesmo grau que o Governo anterior. Talvez até o tornemais rigoroso, mas decisão nesse sentido ainda não foitomada. O Governo tem a preocupação do desenvolvimento do conhecimento e de tecnologia nuclear parausos exclusivamente civil e pacífico. O acordo que o Brasil assinou com li Alemanha está sujeito às regras, controles e especificações da Agência Internacional de Energia Atômica, com sede em Viena. da qual o Brasil fazparte como membro permanente e tem em baixador permanentemente ligado a essa agência da ONU. Ê umacordo que o Brasil pretende manter com relação à energia atômica.
Com relação à América Latina, o tratado que foi assinado na cidade de Tlateloleo estabcleceu a não posse,nem armazenamento, nem fabricação, nem uso de qualquer forma de desnuclcarizar toda a América Latina. OBrasil assinou e pretende cumprir, rigorosamente, essadisposição na parte da energia atômica. A Argentina estáquerendo fazer um acordo com o Brasil, da mcsma forma. que o Brasil fez com a China Comunista, - alêm doacordo com a A[emanha - para tratar do problema detroca de tecnologia não militar no campo nuclear. É umdesdobramento importante, que iremos conversar com aArgcntina no momento próprio. Na minha primeira viagem, não vamos com uma agenda negociadora nem concreta. Será uma tomada de prosição sobre todos os assuntos e uma forma de maior aproximação e de demons-
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traçào de que a nossa prioridade é a América Latina.Não trataremos de negociar qualquer acordo.
Com relação ao acordo comercial com a Nicarágua,seria bom enfatizar o seguinte: primciro, o Brasil nãotem condiçües de importar quase nada da Nicarágua.Ela exporta para os Estados Unidos os produtos que sãocompetitivos com o Brasil, assim como café, frutas, fumo, algodão etc., produtos que o Brasil tam bém exporta.De maneira que a Nicarágua é um produtor de produtosagrícolas tropicais. Nosso entrosamento com a Nicarágua em matéria comercial tem pouca probabilidade, omesmo se aplica a Cuba. Não temos condições nenhumade comercializar com Cuba. Esses países tém uma posição econômica extremamente difícil, porquanto elesnão têm condições de pagar nada. Eles importam a crédito e, como muitos países em descnvolvimento, renegociam permanentemente os seus créditos. Então o Brasiltem um acúmulo enorme de créditos com países. E apesar de scrmos devedores de países, também somos credores da Polônia. da Nigéria, inclusive da Nicarágua, deuma série de países, talvez até numa proporção que pesana economia de um País como o Brasil, com um endividamento tão alto. Com relação à Nicarágua, gostaria dedar dois dados, para mostrar que o Brasil se antecipou àgrande parte dos países do mundo com relação a créditosà Nicarágua. O Governo Reagan foi derrotado no Congresso quando fez uma proposta de mandar quatorze milhões de dólares para a Nicarágua. Só para dar uma demonstração da dimensão. O Presidente da Nicarágua foià Rússia para solicitar um crédito de duzentos milhõesde dólares. Ora, se a Rússia der a ela duzentos milhõesde dólares. o crédito do Brasil deverá ser da ordem dedez milhões de dólares, se compararmos o produto brutorusso com o brasileiro. Entretanto, o Brasil já deu cinqUenta milhões de dólares à Nicarágua. O único problema é que o Brasil deu estc crédito àquelc país ao longodesses últimos anos. Isto é que propiciou um apoio à Nicarágua nesse esquema. Ampliar o crédito é uma questãoquc o Brasil precisa avaliar c como deverá prosseguirpelo fato de ele ter começado antes dos outros países.Acho que ê a vez dos outros países darem dinheiro paraa Nicarágua.
o SR. PRESiDENTE (Deputado Francisco Bcnjamim) - Com a palavra o Deputado João Herrmann.
O SR. DEPUTADO JOÃO HERRMANN - Sr. Presidente. em primeiro lugar, aproveitando as palavras doMinistro. queria cncaminhar a V. Ex! para ser dirigidoao Ministério das Relações Exteriores, um documentode solidariedade ao povo do Timor Leste, que por ser excolônia de Portugal, tem grandes afinidades éticas e culturais com o povo brasileiro, c que hoje sofre atrocidadescometidas pela Indooêsia indescritíveis. Esse documentode solidariedade. Sr. Prcsidcnte, está assinado pelo Partido Democrútico Social, pelo Partido Trabalhista Brasileiro, pelo Partido do Movimento Democrático Brasileiro, pclo Partido da Frente Liberal e pelo Partido dosTrabalhadores. Portanto, gostaria dc cncaminhar a V..Ex' esse documento de solidariedade a Frelimo.
Sr. Ministro, Srs. Embaixadores, mcus companheiros,meus colegas, de certa maneira estes dois meses de NovaRepública que hoje se comemoram traziam-me uma certa angústia quanto ao Itamaraty, chancelaria que durante o período da ditadura - disfarçada, porém existentesob o manto do autoritarismo - teve o compromisso daautodeterminação e da não intervenção em assuntos internos de outros países e que nós, da então oposição, doPMDB, inclusive, aplaudimos. Até mesmo o MinistroSaraiva Guerreiro esteve aqui e recebeu de nós palavrasde solidariedade pclo compromisso que o Itamaraty tinha assumido no comportamento com as nações livres esoberanas e mesmo com os povos oprimidos.
V. Ex' sabe que quando foi guindado ao posto não tinha o nosso apoio. O PMDB não tinha o perfil. para achancelaria, do Ministro Olavo Setúbal. O perfil queexaminava o nosso partido, o PMDB, que compõe aAliança Democrática e que. portanto, respcita os compromissos assumidos por Tancredo Neves e José Sarney- se identiticava como de um homem mais avançado noque diz respeito à soberania do Brasil c o nosso comportamento perante o Conselho das Nações. No entanto,vários editoriais comentaram - inclusive o jornal O Estado de S. Paulo, que é de profundo conteúdo reacio-
5800 Sábado 8
nário. como todos sabemos - que V. Ex' poderia ir maisalém do que outros com compromissos mais agudospara com a soeiedadc brasileira. Neste ponto concordamo:; POf4 ue. na verdade, () posicionamento de V. Ex'quanto a Cu ba não ê o mesmo de um Miguel Arraes. Oposicionamento de V. Ex' quanto à Nicarágua não é omesmo de um Francisco Pinto. Mas estamos angustiados com a posição do Itamuraty. V. Ex'. que aereditávamos pudesse avançar. não estava avançando. O Itamaraty de Olavo Setúbal. da Aliança Democrática. não era oda ditadura. O Itamaraty dos novos chanceleres. dos novos embaixadores, dos novos diplomatas. comporta-seaté amedrontadamentc em relação ao compromisso anterior ã Nova República.
O texto que V. Ex' nos encaminha hoje nos dá um certo alívio e digo por que. É que no texto V. Ex' avançamas, na prática. recua. Quando o texto aborda o Terceiro Mundo, nos enche de entusiasmo. Quando V. Ex' nãoabranda palavras para criticar a insensibilidade dos países ricos - retira o conflito ideólogico e passa a aguardar o conflito Norte-Sul. ou seja, a dependência extremaque os países não desenvolvidos têm hoje do desenvolvimento excessivo. cruel e opressor dos paises desenvolvidos - nos dá uma atmosfera de satisfação. Mas nas respostas. V. Ex' começa ainda a refletir que os compromissos da Aliança Democr:.Hica não são ainda os compromissos que levaram a sociedade brasileira a apoiar Tancredo Nevcs ~ José Sarney.
Eu mc permitiria ter o mesmo privilégio que o meucompanheiro Amaury MUller. do PDT. teve de scr umdiscordante de V. Ex' ao citar Tancredo Neves. Nestatriste comemoração de dois meses de Nova República,pela primeira vez vejo um Ministro dela abrandar certostermos que Tancredo Neves usou com outra compreensão. Qu"ndo de falava do Chile, V. Ex' disse que ele otratava como um assunto político e. portanto. não devesse ser levado ao texto da matéria como pretendia. Masao falar de Cuba, V. Ex' dizia que ele comentava que seria problema de segurança nacional. Tancredo não eradois. era um. o maior brasileiro que todos nós já conhecemos e o fundador desta Nova República. Se ele abrandava com o Chile, não poderia abrandar com Cuba. porque segurança nacional é uma base militar encravada emCuba, Guantamo. afrontando os cubanos diariamentecom um poderio bélico inimaginável instalado dentro deuma ilha. Não foram os soldados cubanos, que estão emAngola, foram eles que morreram trucidados em Granada, e sim. os soldados americanos enfiando o imperialismo pela garganta de um povo que quer ser livre. Não está certa absolutamente a colocação que V. Ex' faz sobrea Nicarágua. Devemos e temos que pagar a divida daRepública Dominicana, seja qual for o preço, a pagaremos. A União Sovi~tica não tem compromisso de estrangulamento para conosco, e se o tivesse também cobraríamos. proque tambêm postulamos a independência queV. Ex' pratica. Portanto, a Nicarágua tem hoje um compromisso conosco. Ela não quer dinheiro do Brasil. ANicarágua não quer recursos financeiros, ela quer a nossa tecnologia, por exemplo, para abrir um novo canalque lique o Pacífico ao Atlântico, já que o Canal do Panamá está superado. As nossas empresas querem fazerisso. Temos um pr6alcool que ê energia engarrafada epode. pura c simplesmentc, abastecer toda a AméricaCentral, não mais com o petróleo. que a torna dependente, mas com o álcool que tornará todas essas nações independentes para sempre. livres e soberanas. Não seremos nós, e muito menos um Ministro da Nova República, que diremos O que a Nicarágua quer ou não quer. Se·nl a Nicarágua, em confronto com o próprio Governo,que dirá para nós o que lhe convém ou não.
Temos também, Sr. Mini5tro, colocações ~que dev~mscr colocadas em prâtica. V. Ex' diz que o fio condutordos povos de Israel é a Embaixada de Israel, como também o fio condutor dos povos árabes representados pelaOLP, deve ser a Embaixada sob status diplomáticos daOLP. 05 povos de Israel têm direito. mas o povo árabeda OLP também tem. Sr. Presidcnte. sempre tive admiração por V. Ex., e não é hoje. por causa do tempo, querestringirei, em absoluto. essa admiração, Peço a V. Ex'permissão para fazcr uma pergunta. Sr. Ministro. V. Ex'coloca inclusive o acordo de Brettoo Woods ou o próprioGATT. V. Ex' coloca o Fundo Monetário Internacional.que sabemos é votado como assunto econõmico, pelopoder econômico das naçõcs. Ora. se o poder de voto do
OlARIa DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I)
Fl'vIl é de 85% e sô os Estados Unidos da Amêrica possuem quase 90Ç~, desse poder. de que maneira poderemosser r~-speitados'? Só há uma forma de respeito perante omundo - e V. Ex' a declara no seu discurso - é pelaforça. pe", vontade, pelo poderio que uma Nação desenvolve. Portanto, a nossa dívida externa não será clamadase não tivermos força e soberania para exigi-la. Nin~
guém, nenhum banco americano restringirá o poder desobrevivência cada vez maior do povo norte~americano
contrário aos povos latino-americanos subjugados. Éneste sentido que Falo.
Tenho andado por algumas embaixadas do Brasil noexterior e pude sentir a angústia dos embaixadores e dosdiplomatas, porque eles gostariam de ter o exercício maisnormal. mais profícuo da nacionalidade brasileira representada no exterior. Sentimos as distorções cometidasnestes últimos tempos da ditadura. Portanto, a minhapergunta a V. Ex' é quanto aos quadros internos do Itamarati no seu comportamento no exterior. As nossasembaixadas. os nossos consulados no exterior continua·rão sendo tutelados por políticas monetaristas, vindas deoutros gabí netes, ou terão, acíma de tudo, o ltamaratipostulando bem alto a soberania brasileira e a sua nego·ciação no exterior? Muito obrigado.
O SR. MINISTRO DAS RELAÇÕES EXTERIORES OLAVO SETÚBAL - Em primeiro lugar, sobre aquestão do Timor Leste, gostaria de dar um esclarecimento a V. Ex' O Itamarati não reconhece o movimentolibertador de Timor Leste. não porque tenha opiniãoprópria sobre o assunto, - incJusive é uma região quemal conhecemos - mas simplesmente porque a ONUnão o reconhece. Ele não tem o status de representaçãodo movimento de libertação do Timor Leste como únicoe legitimo movimento. e não o tem porq ue os paises doOSEAN não o reconbece quanto à OLP, continuamosna nossa linha e reafirmamos que a nossa posição é de sódar status diplomático a nações e não a movimentos.Acho que essa é uma posição coerente e sábia, porque nomundo temos movimentos em excesso. Precisamos teruma posição concreta. Acho que O realismo é um pontoque deve nortear profundamente a nossa açào. Em primeiro lugar, acho que devemos ter em mente o interesseconcreto do Brasil. Temos que ter a visão que o nossocompromisso, primeiro, com °nosso povo é o nosso desenvolvimento e fazermos, para isso. tudo que estiver aonosso alcance. E é isso que o Itamarati fará. Não temospreocupação com o Primeiro ou o Terceiro Mundo, ouem criticar quem quer que seja. mas a de apoiar aquiloque é do intere%e do Brasil no campo político e no económico. Qual é o interesse no campo político? É a manutençllü da nossa soberania. Qual é o interesse no campoeconómico? É assegurar o nosso desenvolvimento econômico interno. Essa é a linha condutora da diplomacia doItarnarati. Quanto ao problema das embaixadas, no exterior, elas não tém atribuição de negociação junto aosórgãos financeiros internacionais. A negociação para osórgàos financeiros internacionais só poderá ~er feitanuma nova conferéncia internacional. Essa é a linha queO Brasil propugna na Conferéncia de Cartagena. Isso éque diz a carta que o Presidente do Brasil, juntamentecom os Presidentes dos demais países da América Latinaenviou aos paises grandes. Nâo podemos pedir para embaixadores negociarem quando não há uma eonferéncia,nem lima estrutura negociadora montada para isso.
Com relação à votação no Fundo Monetário Internacíonal, gostaría de retífiear uma questão: Os EstadosUnidos não têm 90% dos votos, mas 15%, c com esse total de votos. na prática, tém direito de veto, mas não têmdireito de ação, pois 85% é dos outros. De maneira que éum forum onde o poder é proporcional à economia c nãoé um voto para cada país.
O SR. PRESIDENTE (Deputado Francisco Benjamim) - Com a palavra o Deputado Jacques D'Ornellas.
O SR. DEPUTADO JACQUES D'ORNELLAS Sr. Presidente da Comissão de Rclações Exteriores. Deputado Francisco Benjamim, caros Deputados. Colegas,Srs. Embaixadores. Sr. Ministro Olavo Setúbal. Noperiodo de nosso mandato. tivemos a faculdade de estarduas vezes nos Estados Unidos. sendo que, na primeira,discutindo com o Departamento de Estado. Dois funcionários americanos nos receberam uma delegação de quase vinte deputados brasileiros - e discutimos a questão
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da Nicarágua. naquela oportunidade. julho de 1983.Nesse debate levantamos. evidentemente o nosso pontode vista. que era o das nações latino-americanos submetidas a esse jogo de pressão econômica, política e militar.Citamos os exemplos do Brasil, concretamente. com ogolpe militar. e também a presença do Coronel WernerWalters. Adido do Exérdto americano, aqui em nossoPais, que tinha mais poderes do que o Embaixador Lincoln Gordon. Citamos, também - e isso já foi denunciado pelos papéis do Pentúgono - a sua intervenção nogolpe de 64, aqui em nosso País. Denunciamos a questãodo Chile. denunciamos a questão da Repüblíca Dominicana. onde tropas brasileiras foram levadas a uma intervenção. Denunciamos a~ucstão de Cuba, de Guatemala, e de tantos outros pai,;es que vêm sofrendo essa pressão económica, política e militar. Dissemos que qualquertentativa de agressão à Nicarágua. mesmo que buscassepretextos. como foi o e"emplo do Golfo de Tonquim,para agredir o Vietnã do Norte, porque pretexto para invasão sabemos que é muito fácil de ser montado, e quefosse usada para invadir a Nicarágua, teria como resposta o repúdio e o afaslamento cada vez maior dos povo,da América Latina em relação ao povo e ao Governoamericano. Esses senhows do Deepartamento de Estadonos responderam que a questão da Nicarágua não eraeconômica, mas, sim, geopolítica, vale dizer, militar. Então, é militar porque estú próximo dos Estados Unidos.O Vietnã não estava prôximo dos Estados Unidos, aliás,muito distante, no entanto. era uma questão geopolítica.A geopolítica não se define pela proximidade da fronteira, mas pelo interesse militar. Entendemos - e V. Ex'disse claramente aqui - que os Estados Unidos não levam em con,ideração problemas éticos, morais ou sociais, dos países deste planeta. O interesse belieista, econômico, geopolitico dos Estados Unidos só respeita umarealidade: a força que el<: conseguir encontrar pela frenle. Naquela oportunidade, propusemos ainda aqui umamoratória unilateral com relação a nossa divida externa,sem prazo, uma suspensão do pagamento do principal edos juros por um prazo indeterminado, até que possamos reerguer as nossas :'inança, internas e poder pagarcom o produto do nosso trabalho. Essa é a proposta quedefendem os aqui junto .1 V. Ex'
Qucriamos salientar a questão, que ficou pendente, doacordo cultural com a União Soviética, o qual dependemos. Mas acontece que centenas de estudantes brasileiros que fazem cursos na Universidade de Patriceno Lomumba. em Moscou. não tem o reconhecimento peloGoverno brasileiro. pelo Ministério da Educação e Cullura - MEC, Não reconhecem esses cursos. Assim, vemos centenas de brasileiros com cursos bem aperfeiçoados. Enlcndemos que são brasileiros que estudaram e sesl\crificaram, enfim. e que querem produzir c trabalharno nosso País c não conseguem esse reconhecimento. Épor isso que queremos o re,tabelecimento desse acordocultural. Há, tambêm, uma discriminação feita aos paises socialistas do Leste Europeu. principalmente. Paraquando eles querem apresentar uma mostra, uma exposíção. enfim; realizar algum evento em nosso País, precisam do prazo de um ano para fazer eSfia programação es6 é permitida uma programação em cada ano. Entendoque isso é uma discriminaçào~uma vez que os oulros paí'es tém o tempo inteiro para fazer, segundo seus interesses. Essas são as duas questões que queríamos colocar.Muito obrigado.
O SR. MINISTRO OLAVO EGYDIO SETÚBALCom relação ã questão do visto. queria informar que eleé concedido de acordo com uma burocracia que foi institucionatizada no Itamarati e quc está scndo reavaliada,mas que ainda estú em vigor. E ~"se víslo tem l-lido concedido. muitas vezes, com grande rapidez. Não acreditoque a média de tempo seja um ano. Talvez, seja um mêsou dois meses. Alguns não são concedidos nunca ou somente depois de longas demarcbas, mas a grande maioria é concedida imediatamente. Realmente. o processodc concessão de visto é um processo em que existe umaburocracia especial para visto de uma série de países ecxistem convénios mais 'liberais para outros paises. Isso êuma forma de demora que vamos avaliar ,obre o processo burocrático. O número de peSfioas consultadas é grande c isso é que tem demorado. Mas é uma solução meramente burocrútica. Com relação ao problema do reconhecimento dos diplomas. qucro dizer a V. Ex' que eles
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são reconhecidos pelas universidades que têm conhecimento de outras universidades. É um problema que estáem estudo no Itamarati e não dependem de acordo cultural. stricto sensu, Usualmente, nos países que têm acordocultural é mais comum, mas tecnicamente nada impediria o reconhecimento de diplomas, desde que uma universidade tivesse avaliação. O grande problema é que atéhoje o Brasil tem um convénio muito pequeno entre asuniversidades. O Reitor da Universidade de São Paulovisitou-me recentemente em função das minhas origens.da minha ação como professor lá, e mc disse que tem umgrande relacionamento com grande número de universidade técnicas no nível da Rússia e de outros paíscs daCortina de Ferro. De maneira que talvez nessas áreasseja bastante rápida a possibilidade de reconhecimentode diploma dentro dessa visão da Universidade de SãoPaulo.
O SR. PRESIDENTE (Deputado Francisco Benjamim) - Com a palavra o Deputado José Mendonça deMorais.
O SR. JOSÉ MENDONÇA DE MORAIS - Sr. Presidente da Comissão, Srs. Parlamentares, Sr. Ministrodas Relações Exteriores, Srs. Representantes dos paísesque mantêm relações diplomáticas com o Brasil aquipresentes. Elogiar a exposição de V. Ex' seria chover nomolhado. Faço minhas as colocações elogiosas ã exposição de V. Ex' Repetir perguntas antecipadamente feitas, seria uma incongruência. Gostaria, portanto, de serohjetivo e diJ:er a V. Ex' que ontem, no pronunciamentodo Grande Expediente. na Cámara dos Deputados, denunciei a necessidade da reforma administrativa e decomportamcnto externo do Ministério das Relações Extcriores c V. Ex', no final do seu pronunciamento, enpossant fez referência exatamente a essa mudança que sepretendc faler dentro da política do Ministério das Re·lações Exteriores, principalmente da política administrativa do Ministério. Eu gostaria de indagar de V. Ex',eom justificativa, o seguinte: quando, eomo e eom quemV. Ex' irá dar início à reforma administrativa do Ministério das Relaçães Exteriores'! Faço essa pergunta porque sei, por informações, que há denúncia de ciúmes defuncionários do alto escalão do Ministério, quanto a Ministros quc entram e que saem. para manter as posiçõespreestahelecidas. Se V. Ex', que nào tem comprometimento de carreim dentro do Ministério, nào fizer essa rcforam. já com a força que é necessária, e eu diria eom acoragem e com o fôlego suficientes para não ser sufocado no caminho, nunca serào feitas eS5a~ correções. Todocandidato a cmbaixada disputa Paris. Roma, EstadosUnidos, Londres e outros mais. Por qué? Por que sabemos quc o custo do status mantido ncssas cmbaixadanão tem litnites, o caixa é aberto. Dá-se carta branca, atodos os Srs. Ministros, que usam e abusam - contra aNação - dos rccursos disponíveis, pagos em dólares àcusta do sangue daqueles que aqui ficáram para produzir, para manter cxportações e conseguir dólares parapagar os nossos representantes naqueles países. É contraisso quc a Nação inteira se levanta, porque é um esbanjamento escandaloso. Quando vamos em missão diplomática a países estrangeiros - já o fiz por duas vezes - ficamos escandalizados quando, por exemplo, não vemosna!:! embaixadas carros fabricados no Brasil, mas I\1ercedes, Rolls-Royce ou outros de alto preço internacional.Por que não viabilizarmos isso, mesmo sabendo que,quando nossos veículos são novos e havendo o repassede dois em dois anos, nào é necessário montar naquelespaíses oficina mecânica para reposição, pois nossa meeânica automobilística hoje está muito avançada?
São essas as eonsiderações que faço e gostaria que V.Ex', objetivo eomo é, as colocasse às claras para nós,P,lrlamentares, que, na nossa misào política, devemosfiscalizar tam bém o Ministério das Relações Exteriores.
O SR. MINISTRO OLAVO EGYDlO SETÚBALSrs. Deputados, como é do conhecimento da Casa e reconhccimcnto pelo Brasil inteiro, o corpo diplomáticobrasileiro é dc excepcional qualidade. Posso dizer issocom todo o desembaraço porque não pertenço a ele,conheci-o simplesmente à distúncia, pejo seu perfil, pelasua ação, pois nào contava entre meus amigos mais próximos como mcmbros dcssc corpo.
Ao assumir a direção do ltamarati, essa minha visãose tornou mais nítida e mais clara. O Itamarati é forma-
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do por um corpo de profissionais altamente competente,extremamente dedicados ao serviço. extremamente preparados. com uma lealdade a toda prova à Casa e à suachefia.
Evidentemente, como todo corpo funcional fechado- o Itamarati tem apenas 650 diplomatas na ativa tem problemas de carreira. É natural que isso exista,mesmo porque, como V. Ex' notou, há uma grande diferença entre os postos no Brasil e no exterior. Já recebicentenas de pedidos de remoção para Londres, Paris eNova Iorque e nenhum para a África, porque esses postos são considerados de sacrifício. Há várias cartas defuncionários dizendo que Já estào há muito tempo, queos filho não se adaptam, que a mulher está doente, que omédico não presta, entre outras coisas. V. Ex' há de reconhccer que conduzi ccnto e tantos postos os mais diversos constitui um problema que gera tensões naturais.Hâ também, outro fatorque agravou esse problema ultimamente: historicamente, o Brasil tinha postos nos grandes países - estou-me referindo aos meados do século- entào. quem entrava para o serviço diplomático sonhava chegar a alcançar um posto em Paris e considerava ficar na Bélgicajá uma restrição, porque era um pe~
queno país. Hoje. chegar à Bélgica é o sonho de qualquerdiplomata, porque nós abrimos de cem embaixadas emtodos os países novos, onde as condições de vida são extremamente árduas e difíceis. Isso tudo gerou tensões noencarreiramento interno do Itamarati, o que constatomeramente como um fato real, ao qual nào empresto nenhuma característica de crítica. É uma conseqüência daestrutura do ltamarati. Os jovens que estão iniciandohoje a carreira diplomática sabem que terão de ficar muito mais tempo nos postos de dificuldades do que nos destatus, Estamos estudando as regras de promoção e dedistribuição dos cargos. e. como V. Ex' pode imaginar.esse é um assunto controverso, que envolve muita dificuldade, porque há a questão de mérito, de capacidade,pois há necessidade de os homens mais brilhantes ocuparem os postos que têm maior peso no nosso relacionaa
menta. bem como uma série de fatores que devem serconsiderados e pesados com multo cuidado.
O Presidente Tancredo Neves, ao me convidar. disseexatamente que me convidava porque, sendo eu um homem de fora, poderia ser o árbitro entre essas avaliaçõese csses valores. Entretanto, eu não conhecia nada. portanto estou-me familiarizando com o 6rgão. Todas essasdecisões serào suhmctidas ao Legislativo, porque tudoisso está regulado por lei, não cabendo ao Ministro decidir sozinho. A carreira de diplomata, o preenchimento ea enumeraçào dos postos., tudo isso é fixado em lei, quepassou por aqui de uma maneira superficial, mas estáconsolidada em diplomas concretos. Por isso, a reavaliação dessas leis está sendo feita com o máximo critério,com todo o cuidado e será apresentada no momentoconveniente, que imagino ser no segundo semestre, porque neste não haverá tempo. O primciro mês do Governo foi absorvido, no Itamarati, pela festa de posse e pelasdramáticas conseqüéncias da morte do Presidente Tancredo Neves. Agora é que estamos começando a trabalhar nos problemas rotineiros - vamos dizer assim - eisso lcvará algum tempo, entremeado de viagens ao Exterior, que nào podem ser adiadas, pois se trata de congressos e reuniõcs já marcados. Só queria dizer que estoufazendo o maior esforço para conter essa bolsa aberta, aque V. Ex' se referiu. Cancelei a recepção que o Itamarati dava na ONU para dois mit convidados, em NovaIorque. Vamos receber apenas os Chefes dc Estado, nascondições necessárias ao nosso convívio. Defini que todas as visitas do Ministro de Estado serào de trabalho enão dc represcntação.
V. Ex tl vê que estamos juntos no caminho.
O SR. PRESIDENTE (Deputado Francisco Benjamin) - Concedo a palavra ao último interpelante, Deputado J.G. de Araújo Jorge.
O SR. DEPUTADO JG DE ARAÚJO JORGE - Sr.Presidente da Comissão de Relações Exteriores, Exm'Sr. 1'.1 inistro Olavo Setúbal, Srs. Deputados, meus colegas, autoridades presentes, os oradores que me precederam já focalizaram praticamente os posicionamentos queo Congresso defende el11 relação à nossa politica externae estranharam, como estranho, a posição tímida, de início, do Governo Tancredo Neves - o Presidente Tancredo Neves. infelizmente, não chegou a ocupar o cargo
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- e do Ministro das Relações Exteriores, Dr. Olavo Setúbal, no atinente ãs relações entre o Brasil e Cuba. Parecia um assunto do índex da politica internacional brasileira: o temor de falar em relacionar-se com Cuba. .láagora o problema está sendo coloeado com mais abertura, com mais liberalidade. Na realidade, o que desejamosnós, membros do Congresso, é que seja encaminhado omais breve possível o andamento do processo de reco·nhecimento do Governo de Cuba e que o Brasil tenhacoragem de enfrentar, também dentro da política daAmérica Latina, a ameaça que representa para todosnós. conscientes. no Governo dos Estados Unidos, umPresidente como Ronald Reagan, um homem de direita,reacionário, provocador, instigador, que ainda agora,em viagem à Europa, tentou vender o seu peixe podre avários países daquele continente e voltou de lá de mãosabanando. reconhecendo que nenhum deles aprovava oboicote que os Estados Unidos desenvolviam em tornoda Nicarágua. Se o problema da Nicarágua, como disseo Exm' Sr. Ministro das Relações Exteriores não é de recursos - e sabemos que realmente não é - dadas aseconomias assemelhadas, da Nicarágua, do Brasil e deCuba. no que diz respeito ao problema de exportação decomércio, na realidade, a Nicarágua necessita muitomais do apoio moral, político, da ação brasileira ao seulado; para im pedir que aquela ameaça constante nasfronteiras com Honduras se transforme amanhã numaguerra aberta ou numa situação semelhante àquela doVietnã. Parece que os americanos não aprenderam como V ietnà. que foi uma veia aberta, sangrando, que consumiu mais de 350.000 soldados americanos, entre mortose feridos, durante tantos anos, para não levar a nadanuma guerra suja e absolutamente inexplicável até hojediante das intcrprctações históricas.
O que nós. Congressistas da oposiçào, democratas figuro no Partido Democrático Trabalhista - encarecemos é que essas questões sejam encaradas com coragem,da mesma mancira quc aquela aqui aventada pelo nossocolega de Partido inclusive, Deputado Abdias Nascimento. que defende aqui os negros no Brasil, lembrandoo problema do apartheid e das relações comerciais e di·plomáticas que o Brasil mantém COI11 a África do Sul. Ointeresse obviamente brasileiro é que rompessernos relações com os países em que o apartheid se manifesta deuma maneira desumana, brutal. E hoje, através dos vcículos de comunicação de massa, tem-se conhecimentodas perseguições que são feitas aos negros na África doSul. que sào massacrados impiedosamente, sem que omundo tome conhecimento, tome um ponto de vista emdefesa deles. No Brasil, deveríamos abrir um voluntariado dos elementos negros. permitindo que se organizassem grupos militares para tentar ajudar os nossos irmãosnegros africanos, já que nossas raízes permanecem Já. Demodo que essas posições brasileiras no campo internacional tém que ter absoluta nitidez, não tem que havertergiversação em relação à América Central, que é umaameaça permanente. Aquilo lá é um barril de pólvoraaceso. Em relação ao problema do apartheid e a outrasditaduras militares, o Brasil não devia manter relaçõescom esses países, apenas com os países democráticos, deestrutura democrática que tenham Parlamentos ou representações legislativas assemelhadas a Parlamentos,funcionando como tal, muito embora nào seja um modelo semelhante aos ocidentais. Então a nossa luta é nosentido de que a política externa brasileira caminhe parao rompimento com todos esses países que representamainda as ditaduras militares. E no Cone Sul temos umexemplo do Chile, com a presença do Sr. Pinochet e noParaguai, com o Sr. General Stroessner, que teve odesplante. a desfaçatez de comparecer aqui à posse do nossoPresidente, com a maior comitiva, como se estivesse fazendo turismo, trazendo aqui um grupo de trinta e tantos paraguaios, não sei para qué, para se congratularcom a reabertura do processo democrático nacional. Positivamente não hã espelbos no Paraguai. Queria, agora,comunicar a S. Ex', Sr. Ministro, que devemos realizaraqui, em Brasília, este ano ainda, em junho ou julho,uma reunião do Parlamento Latino-americano. Quandoparticipei de uma reunião do Parlamento Latinoamericano h:í alguns anos, em Curaçao, encaminhei umprojeto sobre o assunto. Inclusive ainda esta semana oSenador Nelson Carneiro me falou sobre a formação deum Parlamento Continental. A idéia seria que os paísesda América Latina se organizassem num Parlamento
DIÁRIO DO CONGRESSO NAClONAL (Seção I)5802 Sábado 8 Junho de 1985------------------------------------_..:..:.:.=
Continental, que se reunisse por um mes, anualmente, nacapital de um país latino-americano, para debater osproblema~ do Continente e, em especial, do TerceiroMundo e da América Latina. E as resoluções tomadasseriam encaminhadas aos Governos e aos Poderes Legislativos desses países e funcionaria isso. evidentemente,em cada país. Alertou-me o Presidente atual do Parlamento Latino-americano, Senador Nelson Cnrneiro porque o Presidente do grupo brasileiro é O DeputadoJoão Carlos Teixeira - para que eu reapresentasse aqui,quando da reunião do Parlamento Latino-americano,que será possivelmente em junho ou julho, a idéia doParlamento Continental. com Deputados representandotodos os Parlamentos Latino-americanos, defendendomedidas de interesse do Continente. colocando-as permanentemente em pauta. para o debate politico. econômico, sociaf c financeiro, fazendo o intercâmbio comerciai. de tal maneira que estejamos unidos e nos conhecendo cada vez mais para enfrentarmos essa situação. Oque gostaria de diler ao Ministro Olavo Setúbal é que naoportunidade em que se reunir o Parlamento Latinoamericano. na medida cm que os Deputados desta Casatenham a oportunidade de encaminhar, corno fizeramcm Curaçao. um projeto de estruturação de um Parlamento Continental. gostariiJ que o Itamnruti visse combons olhos e apoiasse essa idéia dando-nos todos os recursos necessários. porque pelo projeto quc apresenteiem Curaçao, caberia ao país hospedeiro, anualmente, asdespesas de manutenção c dc estada com aqueles representantes dos países que se reunissem para defender osinteresses da América Latina. do Terceiro Mundo. e dessa rnaneira se unirem em defesa dos seus interesses con~
tra quaisquer tipos de ameaças dos países superindustrializado~ que nos sacrificam e muitas vezes nosameaçam.
O SR. MINISTRO OLAVO SETOBAL- Sr. Deputado. com relação ao Parlamento Latino-americano. oSenador Nelson Carneiro nos visitou ontem à noite c no~
pôs a par da conferência que haverá no Brasil no mês dejunho. Teve S. Ex' gentileza de convidar-me para serorador n uma das 5es~ôes, o que com grande satisfaçãoaceitei e combinamos um almoço no Itamarati para osparticip'Hlte, desse Congresso. Com relação ao Parlamento Latino-americano. o Senador em entregou um anteprojeto para ter a opinião do Itamarati, que prometiIhc dar com a maior brevidade possível. O assunto estásendo estudado pelos departamentos próprios do Itamarati com relação às facilidades diplomáticas e à consistência do projeto com as regras de acordos c tratadosque o Itamarati têm. São uma série de posições com relação a isso quc têm quc ser rcspeitadas, porque a continuidade e a permanéncia são o apanágio da maturidadedc uma diplomacia. E é isso que está sendo executado, eo faremos.
Com relação à Cuha e ã Nicarágua. acho que expuscom amplitude c clareza a posição do Itamaratí a respeíto do assunto e nào temos mais nada a acrescentar. Comrclação às dificuldades que temos. nós precisamos manter um relacionamento realista com os nossos vizinhos elembrar que muitas veLes somos condôminos de rios e defronteiras vivas. que exigt:m de nossa parte uma atuaçãomuito realista "um relaçãu aos intcresscs do País, que esses ~ào concretos. permanentes e locais. Nós podemosdiscutir sobre a Nicarágua, mas os nossos vizinhos serãonossos vizinhos o resto da vida. e com eles temos que teruma avaliação, uma l:umpreensão e uma atitude toda especial. E é isso que o Itamarati tem feito, e procurareimanter ao longu da minha gestão. Muitu obrigado.
O SR. PRESIDENTE (Deputado Francisco Benjamím) - Srs. Deputados. neste recinto o então candidatoil Presidência da República Tancredo Neves. proferiu asseguintes palavras:
" ...acho que a Comissão de Relaçães Exterioressem pre prestou. deve prestar e. sem dúvida prestará.a contribuição mais eficiente de que precisa altamarati para sintonizar a sua política externa com asua política interna. Quando a política externa deuma naçào não está guardando sintonia com a suapl,lítica interna. evidcntcmente essa política externaestá vulnerada. Essa conjugação só pode ser feita nohom relacionamento do Itamarati com o Congresso. E o órgão do Congresso para operar esse relacio~
namcnto é a Comissão de Relaçães Exteriores. Nomeu governo. se cu for eleito, esse relacionamentohá de ser o mais estreito, o mais harmônico e o maiscordial possívcl."
V. Ex'. Sr. Ministro Olavo Setúbal. ao enunciar eabordar os temas da nossa política externa dá início àsmudanças da Nova República.
Não poderia. nesta ocasião. deixar de consignar a minha convicção de que esta ComisstlO e o Itamarati haverão de caminhar juntos na busca de uma política externavoltada para os intercsses nacionais. refletindo os anseios de nossa sociedade democrática.
O posicionamcnto do Governo brasileiro no que tangeã consolidação de sua política extcrna roi e scrá sempremarcado pela defesa da soberania dos povos e estreitamento do relacionamento político. social. econômico ecultura entre o Brasil e as naçues democráticas do mundo.
A Comissão de Relaçôes Exteriorcs da Câmara dosDeputados, tem sempre pautado a sua açào no sentidode intensificar esta política externa independente direcionada na consf::cuçào desses dois objetivos basilares.
Um aspecto. porém, se nos apresenta como prioritário. nos últimos tempos: a implantação de uma novaordem éconómica e sudaI. Entende-se isso como acriação dc um sistema dc decisões oricntado para a solução do~ prohlemas que afligem as grandes maiorias dahumanidade.
Lutar por uma nova ordem internacional será. antesde mais nada, nào aceitar a institucionalização de centros de decisão com poderes para tutelar as economiasinternas dos diversos países.
Nesse sent.ido. a Càmara dos Deputados. através deseu organismo técnico que á a Comissão de Relações Exteriores, lutarú e atuará.
O Gowrno da Nova República patrocinou uma abertura politica no plano intcrno c no plano externo l.]ue seconsolidará na medida em que o País supere o modelo dedescnvolvimcnto dependente l.]ue termina por destruir asC"ltrutllras nacionais e neutralizar as forças emergentesl.]ue se revelam.
Para que isso ocorra, entendemos ser necessária umamaior participaç;lo do Parlamento, especialmente comofiscal dos atos internacionais praticados pelo Poder Executivo, entendendo-se aqui. incl lIsive, os acordos com oFundo Monetário Internacional. Esse nosso entendimento baseia-se no disposto no artigo 44, inciso I, daConstituição Federal.
Ao encerrar a presente reunião, gostaríamos de agra~
decer a Sua Excelência, Chanceler Olavo Setúbal, pelasua brilhantc. lúcida e objctiva exposição. quc nos oricnta e serve de baBe ao estudo permanente a que vai se integrar a Comissão de Relações Exteriores da Câmara.Agradecemos aos dignos membros do corpo diplomãtico. à imprensa. com sua presença aqui também, e aos eRtu dantes da Universidade de Brasília. que, participandodeste acontecimento, emprestam uma integração importante entrc o Parlamento e a Universidade. A todas aspresenças dos que <lqui estiveram os nossos agradecimentos e o nosso muito obrigado. Está encerrada a sessilo. (Petlmas.)
ERRATA
Na ata da 22' Reunião Ordinária da Comissàu de Relações Exteriores. realizada em 21 de novembro de 1984.puhlicada no DCN-Seção I. página 2986, de \,1-5-85,onde se lé:
" ... O Scnhor Deputado Josê Eudes reafirma sua discordància quanto a cssa programação e o Senhor Presidente comunica a Sua Excelência que o seu projeto seráregistrado em Ata".
Leia-se:"." O Senhor Dcputado José Eudes reafirma sua dis
cordância quanto a estia programaçào e o Senhor Presidente com uníca a Sua Excelência que o seu protesto seráregistrado em Ata".
COMISSÃO DE SAÚDE
8' Reunião Ordinária,realizada do dia 29-S-SS
Às dez horas do dia vinte c nove de maio de mil novecentos e oitenta e cinco, reuniu-se a Comissão de Saúde,na Sala 19 do Ancxo li da Cámara dos Deputados, sob apresidência do Scnhor Deputado Carneiro Arnaud.
Compareceram os seguintes Senhores Deputados: LuizGuedes. Oscar Alves. Francisco Rollemberg. Lúcio AIcàntara. Ludgero Raulino. Max Mauro, Borges d" Silveira, Alceni Guerra, Anselmo Peraro. Leõnidas Rachid.Alhino Coimbra e José Maria Magalhães. Havendo número regimental. o Senhor Presidente declarou aberta areunião, dispensando a leitura da Ata da reunião.dando-a por aprovada. Ordem do Dia: 1') Projeto de Lein' 3I7-Df75 - Emendas do Senado ao Projeto de Lei n'317-c' de 1975. que "regula o exercício da profissão deTécnico cm Radiologia. e dá outras providéncias". Relator. Dcputado Lúcio Allcüntara. Parecer favorável. Discutiram a matêria os Senhores Deputados Luiz Guedes,LúCÍo Alcàntara c Francisco Rollemberg. Ao final dadiscussão. a Comissão decidiu ouvir representantes dasentidades de classe ligadas ao assunto. Em vista disso, foio projcto retirado da pauta. 2') Projeto dc Lei n'4.062/fi4. que "altera a redação do eaput do art. 63 e seuitem I da lei das Contravenções Penais". Relator. Deputado Lücio A lcúntura. Parecer favorável. Discutiram amatéria os Deputados Francisco Rollemberg. Luiz Guedcs c Lúcio Alcántara. Posto em votação. o projeto foiaprovado. por unanimidade. nos termos do parecer dorelator. Scgue à Coordenação de Comissões Permanentes. 3c') Projeto de Lei no 6.090/82, 'lu, "dispõe sobrc aMercnda Escolar c dá outras providéncias". Relator,Deputado Lúcio Aleúnlara. Parecer favorável. Discutiram a matéria os Deputados Luiz Guedes, FranciscoRollemhcrg e Lúeio Aldntara. Posto em votação. foi oprojeto aprovado. por unanimidade. nos termos do parecer do relator. Segue li Coordenaçào de Comissões Permanentes. 40 ) Projeto de Lei n° 3.850/84, que "suhstituia abrcugrafia peJos hemogramas periódicos. como exigência para a obtençüo da cartcira de saúde pelos que lidam com radiaçôes ionizantes no trahalho cotidiano".Relator. Deputado Lúcio Alcântara. Pareccr favorável.Discutiram a matéria os Deputados Francisco Rollemhcrg. Luiz Guedes e Lúdo Alcàntara. Posto em votação,o projeto foi Hprovado, por unanimidade. nos termos dopi1r~Cêr do relator. Segue à Coordenação de ComissõesPermanentes. )") Projeto de Lei n" 3.896/84. que "ohrigaa inscrlç<1o. nas em halagens, rótulos c invólucros de behidas alcóoJicas produzidas nc) País, da expressão "Bebapooco. Beba moderadamente". Relator. Deputado Lúcio Alcântara. Pi.1recer favorável. Discutiram a matériaos Deputados Luiz Guedes e Lúcio Alcântara. Posto emvotação. foi o projeto aprovado, por unanimidade, nostermos do p~lrecer do relator. Segue à Comissão de Eco~
nomia. Indústria e Comércio. 6') Projeto de Lei no297/83. que "dispõe sobre a inelusão do ensino de Gerontologia nos curso." superiores de Medicirw e dá outrasprovidéncJas". Relator. Deputado Francisco Rollemberg. Parecer favorável. Discutiram a matéria os Deputadlls Francisco Rollem berg e Lúcio Aleántara. Postoem votação. o projeto foi aprovado, por unanimídadc.nos termos do parecer do relator. Segue à Coordenação
dc Comissões Permanentes. 7') Projeto de Lei no3.017/84. que "introduz modificações no art. 6' da Lei n'60S. de 5 de janeiro de 1949. que dispõe sobre o repousoscmanal remuncrado e o pagamento de salário nos diasferiados civis e rcligiosos". Relator. Deputado FranciscoRt.lllemhcrg. Parec~r favorável. Sem discussào. o projetofui aprovadll. por unanimidade. nos termos do parecerde' relator. Segue it Comissão dc Trabalho e LegislaçãoSocial. 8") Projeto dc Lci número 3.505/84. que "tornaohrigatória a existência, nos Postos dn Policias Rodoviárias Fcderal c Estadual, dc medicamentos e aparelhagens destinado·" II prestaçi.lo de primeiros socorros". Relator. Deputado Franç;seo Rol1emberg. Parecer eontrúrio. A matêria foi discutida pelos Deputados LuizGuedcs. Francisco Rollcmherg e Lúcio Alcántara. Dadait importãncia do problcma. a Comissão decidiu consultar a Comissão de Transportes. sobre a possibilidade de,promoverem. conjuntamente. uma Mesa-Redonda sobreAcidentes de Trúnsito. Terminada a discussào, o projetofoi posto em votação. tendo sido rejeitado. por unanimidade. nos tcrmos do pareccr do relator. Seguc à Comissão de Transportes. 9') Projeto de Decreto Legislativo noN/85 que "aprova o t'õxto do Adendo do Acordo parafuncionamcnto do Escritório da Árca da OrganizaçãoPan-Americana de Saúde (OPAS). Organização Mundial de Saúde (OMS) no Brasil. celcbrado cntre o governo da República Federativa do Brasil e a Repartição SanittIria Pan-AmeTicana, assinado em Brasília, a 21 de de-
Junho de 1985
zembro de 1984". Relator, Deputado Oscar Alves. Parecer favorável. Sem discussão. o projeto foi aprovado, porunanimidade, nos termos do p,arecer do relator. Segue àCoordenação de Comissões Permanentes. Comunicações: O Senhor Presidente comunicou aos presentesque esteve ontem, na Comissão, o Dr. Hérsio Cordeiro,Presidente do INAMPS, para uma visita de cortesia. AComissão dccidiu, então, convidá-lo a comparecer a esteórgão técnico, no próximo dia 19 dejunho, às 10:00 horas, para falar sobre "O INAMPS na Nova República".Encerramento: Nada mais havendo a tratar, foi encerrada a reuniào. Para constar, eu, Cristina dc Fátima Nunesde Queiroz, Secretária Substituta, lavrei a presente Ataque, li da e aprovada, será assinada pelo Scnhor Presidente Deputado Carneiro Arnaud.
COMISSÃO DE SERVIÇO PÚBLICO
Distribuição de Projetos
O Senhor Presidente da Comissào de Serviço Público,Deputado Homero Santos, efetuou, em 3 de junho de1985, a seguinte distribuição:
Ao Senhor Deputado Evaldo Amaral:Projeto de Lei n9 4.529(84 - do Sr. Nelson Wedekin,
que "Torna obrigatório o uso da chapa branca nos veículos pertencentes a todos os Õrgãos da AdministraçãoDireta e Indireta".
Sala da Comissão, 3 de junho de 1985. - EdSOll Nogueira da Gama, Secretário.
COMISSÃO DE TRABALHO ELEGISLAÇÃO SOCIAL
2' Reunião Ordinária
TURMA "B"
Aos cincos dias do mês de junho de um mil novecentose oitenta e cinco, às dez horas e cinqüenta minutos,rcuniu-se a Turma "B", dcsta Comissão de Trabalho eLegislação Social, em sua Sala n. 09, do Anexo lI, sob a .Presidência do Senhor Luiz Dulci, Vice-Prcsidcntc noexercício da Presidência, presentes os seguintes SenhoresDeputados: Floriceno Paixão, Francisco Amaral,Myrthes Bevilácqua, Ubaldino Meirel1es, Nilson Gibsone Ivo Vanderlinde. Lida e aprovada a Ata da Reuniãoanterior, forma apreciadas as seguintes proposições: I)Projeto de Lei nO 2.027(83, do Sr. José Carlos Fonseca,que "Dispõe sobre a regulamentação profissional doCorretor de Café". Relator: Senhor Edme Tavares. Parecer Favorável, com a adoção das duas emendas oferecidas pelo Relator. Foi concedido Vista à DcputadaMyrthes Bevilácqua. Adiado. 2) Projeto de Lei n.2.460(83, do Sr. Léo Simões, que "Introduz alterações erevoga dispositivos no Capítulo IV, do Título 111, daconsolidação das Leis do Trabalho, concernente à Proteção do Trabalho do Menor". Relator: Senhor EdmeTavares. Parecer Contrário. Foi concedida Vista ao Deputado Floriceno Paixão. Adiado. 3) Projeto de Lei nO1.820/83, do Sr. Mendes Botelho, que "Acrescenta § 4.ao arl. 6. da Lei n. 605, de 5 dejaneiro de 1949, dispondosobre a reversão para o respectivo sindicato da remuneração do dia descontado do salário do empregado". Relator: Senhor Aurélio Peres. Parecer Favorável. Foi concedida Vista ao Deputado Luiz Dulci. Adiado. 4) Projeto de Lei n? 2.842(83, do Sr. Freitas Nobre, que "Dispõesobre o regime de previdência social do Aeronauta". Relator: Senhor Francisco Amaral. Parecer Favorável. Foiconcedida Vista ao Deputado Floriceno Paixão. Adiado.5) Projeto de Lei n. 2.058(83, do Sr. Siqueira Campos,que"Altera a redação e revoga dispositivos da Consolidação das Leis do Trabalho relativos às férias dos empregados". Relator: Senhor Edme Tavares. Parecer Contrário. Foi concedido Vista ao Deputado Nilson Gibson.Adiado. 6) Projeto de Lei n' 2.935(83, do Sr. NilsonGibson, que "Estabelece o salário mínimo profissionalpara os diplomados em Ciências Econômicas". Relator:Senhor Floriceno Paixão. Parecer Favorável. Em votação, foi Aprovado unanimemente o parecer do Relator. Vai ã Comissão de Finanças. 7) Projeto de Lei n'2.336(83, do Sr. Renato Johnsson, que "Dispõe sobremedidas de incentivo a arrecadação de contribuiçõesprevidenciárias'1. Relator: Senhor Edme Tavares. Parecer Contr;lrio. Em vot:.Jção, foi Aprovado unanimementeO parccer do Relator. Vai à Comissão de Finanças. 8)Projeto de Lei n' 2.393/83. do Sr. Mendes Botelho, que
DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seçiill!)
"Dá nova reda,elo ao li I" do art. 238 da ConsolidaçelOdas Leis do Trabalho, dispondo sobre escala de serviçodo empregado do serviço ferroviário". Relator: SenhorDarcy Passos. Parecer Favorável. Em votação, foi Aprovado unanimemente o parecer do Relator. Vai;} Comissão de Finanças. 9) Projeto de Lei n' 1.332(83, do Sr.Ahdias do Nascimento, que "'Díspde sobre ação compensatória visando à implementação do princípio da isonomia social do negro, em relação (lOS demais segmentosétnicos da população brasileira, conforme direito assegurado pelo art. 153. § I' da Constituição da República".Relator: Senhor Sebastião Ataíde. Parecer Favorável.Em votação. foi Aprovado unanimemente o parecer doRelator. Vai à Comissão de Finanças. !O) Projeto de Lein' 4.347(84, do Sr. Floriceno Paixão, que "Concede aoPropagandista e ao Vendedor de Produtos Farmacêuticos o direito ao adicional de insalubridade e à aposentadoria especial". Relator: Senhor Sebastião Ataíde. Parecer Favorável. Em votação, foi Aprovado unanimemente o parecer do Relator. Vai ã Comissão de Finanças. 11)Projeto dc Lci n' 5.077(81, do Senado Federal, que"Dispõe sobre a especialização de Engenheiros e Arquitetos em Engenharia de Segurança do Trabalho, a prolissão de Técnico de Segurança do Trabalho e dá outrasprovidências". Relator: Senhor Maluly Neto. PareeerFavorável. Em votação, foi Aprovado unanimemente oparecer do Relator. Vai à Coordenação de ComissõesPermanentes. 12) Projeto de Lei n. 1.811 (83, do Sr.Francísco Dias, que "Dispõe sobre o pagamento de renumeração pelo empregador aos herdeiros, em caso defalecimento do empregado e dá outras providéncias".Relator: Senhor Aurélio Peres. Parecer Favorúvel. Emvotação, foi Aprovado unanimemente o parecer do Relator. Vai à Comissão de Finanças. 13) Projeto de Lei n'2.375, de 1983, do Sr. Henrique Eduardo Alves, que "Acrescenta dispositivo ã Consolidação das Leis do Trabalho, lixando prazo para a realização de audiências de reclamatórias versando salários em atraso ou que resultemde falência do empregador". Relator: Senhor AurêlioPeres. Parecer Favorável. Em votação, foi Aprovadounanimemente o parecer do Relator. Vai à Coordençãode Comissões Permanentes. 14) Projeto de Lei n.2.652(83, do Sr. Maurício Campos, que "Caracterizaoficina de produção c dispõe sobre o trabalho da pessoadeliciente". Relator: Senhor Ronaldo Canedo. ParecerFavorável, com a adoção da emenda da Comissão deConstituição e Justiça. Em votação, foi Aprovado unanimemente o parecer do Rclator. Vai à Comissão de Finanças. 15) Projeto de Lei n" 2.704(83, do Sr. AirtonSoares, que "Altera os arts. 248, 249 e 250 da Consolidação das Leis do Trabalho, aprovada pelo Decreto-lein' 5.452, de I" de maio de 1943, dispondo sobre a duração normal do trabalho dos tripulantes em embarcações da Marinha Mercante, da navegação fluvial e lacustre e no trú!'ego nos portos". Rclator: Senhor LuizHenrique. Parecer Favorável, com a adoção das duasemendas apresentadas pelo Relator. Em votação, foiAprovado unanimemente o parecer do Relator. Vai ãComissão de Finanças. 16) Projeto de Lei n' 4.869(84,do Sr. José Carlos Fagundes, que "Estende aos servidores do SERPRO os benefícios previstos no art. 3. da Lein. 7.025, de 8 de setembro de 1982". Relator: SenhorMaluly Neto. Parecer Favorável, com a adoção do Substitutivo da Comissão de Constituição e Justiça e da Subemenda apresentada pelo Relator. Em votação, foiAprovado unanimemente o parecer do Relator. Vai àComissão de Finanças. E nada mais havendo a tratar. apresente Reunião foi encerrada às onze horas e cinqüenta minutos e, para constar cu, Ivan Roque Alves, Secretário, lavrei a presente Ata que, depois de lida e aprovada, será assinada pelo Senhor Deputado Luiz Dulei,Vice-Presidente no exercício da Presidência.
Redistribuição o' 03(85
O Excelenlíssimo Senhor Deputado Luiz Dulci. VicePresidente, no exercício da Presidência da Comissão deTrabalho e Legislação Social. fez em 5-6-85 a seguinteRedistribuição.
Ao Senhor Deputado Floriceno Paixão:Projeto de Lci n" 2.935(83. do Sr. Nilson Gibson, que
""Estahelece o salúrio mínimo profissional para os diplomados em Ciências Econ6micas".
Brasilia, 5 de junho de 1985. - Ivan Roque Alves, Secretário.
Sábado o 5XOJ
SEÇÃO DE SINOPSE - CF~L
Arquivem-se, nos termos do artigo 200 do RegimentoInterno, as seguintes proposiçõe:;;:
Projeto de Lei
N. 3.195(76 (Senado Federal) - Regula o reajuste dealuguéis de imóveis urbanos e dá outras providências.
N" 16(83 (Jorge Uequed) - Exclui o Município deTramandaí dos municípios declarados áreas de interesseda Segurança Nacional.
N' 17(83 (Jorge lJequed) - Exclui o Município deOsório da rclação dos municípios declarados áreas deSegurança Nacional.
N' 18(83 (Jorge Uequcd) - Exclui o Município deRio Grande, no Rio Grande do Sul, do inciso VII, do artigo I' da Lei n' 5.449, de 4 dejunho de 1968, que declarade interesse da segurança nacional, nos termos do artigo16, parágrafo I", alínea. "b", da Constituição, os municípios ali especificados, e dá outras providéncias.
N° 608(83 (Lélio Souza) - Exclui, dentre os considerados de interesse da Segurança Nacional, o municípiode Herval. no Estado do Rio Grande do Sul.
N' 609(83 (Lélio Souza) - Exclui, dentre os considerados de interesse da Segurança Nacional, o municípiode Bagé, no Estado do Rio Grande do Sul.
N' 610(83 (Lélio Souza) - Exclui, dentre os eonsiderados de interesse da Segurança Nacional, o municípiode Rio Grande, no Estado do Rio Grande do Sul.
No 612(83 (Lélio Souza) - Exclui, dentre os conside·rados de interesse da Segurança Nacional, o municípiode Santa Vitória do Palmar, no Estado do Rio Grandedo Sul.
No 613(83 (Lélio Souza) - Exclui, dentre os considerados de interesse da Segurança Nacional, o municípiode Dom Pedrito, no Estado do Rio Grande do Sul.
No 785(83 (Gilson de Barros) - Exclui, dentre os municípios considerados de interesse da Segurança Nacional, os municípios de Cáceres e Mirassol d'Oeste, ambosno Estado do Mato Grosso.
N' 824/83 (Ronaldo Campos) - Revoga o Decretolei n' 866, de 12 de setembro de 1969, que declarou de interesse da Segurança Nacional o município de Santarém,n O Estado do Pará.
N' 826(83 (Gilson de Barros) - Exclui, dentre os considerados de ipteresse da Segurança Nacional, o município de Vila Bela da Santíssima Trindade no Estado deMato Grosso,
N' 922(83 (Lúcia Vi\'eiros) - Revoga o Decreto-lei n.866, de 12 de setembro de 1969, que declara de interesseda Segurança Nacional o município de Santarêm, no Estado do Pará.
N' 923(83 (Lúcia Vivciros) - Exclui, o Município deAltamira, no Estado do Pará, do Decreto-lei n" J.l31, de30 de outubro de 1970, que declara de interesse da segurança nacional os Municípios que especifica e dá outrasprovidências.
No 924(83 (Marcelo Cordeiro) - Exclui o Municípiode Paulo Afonso, no Estado da Bahia. da Lei n. 5.449, de4 de junho de 1968, que declara de interesse da Segurança Nacional os municípios que especifica e dá outrasprovidências.
N' 1.021/83 (Lélio Souza) - Revoga o Decreto-lei n'1.183, de 22 de julho de 1971, restabelecendo a autonomia do Município de Roque Gonzales, no Estado do RioGrande do Sul e dá outras providências.
N. 1.058(83 (Lélio Souza) - Exclui, dentre os considerados de interesse da Segurança Nacional, o Município de Três Passos, no Estado do Rio Grande do Sul.
N. 1.103/83 (Lúcia Viveiros) - Exclui o Município deMarabú, no Estado do Pará. do Decreto-lei no 1.131, de30 de outu 1>ro de 1970: declara de interesse da SegurançaNacional os municípios que especifica. e dá outras providéncias.
NQ 1.437/83 (\Vali Ferraz) - Exclui o Município deGuadalupe, no Estado do Piauí, do Decreto-lei nQ 1.272,
5804 Sábado 8
de 29 de maio de 1973. que declarou de intercssc da segurança nacional os municípios nele especificados.
N9 1.615/85 (João Paganella) - Exclui das áreas deSegurança Nacional os Municípios catarinenses do Oeste e dá outras providências.
N' 1.617/83 (Lélio Souza) - Exclui. dentre os considerados de interesse de segurança Nacional, o Municípiode Tenente Portela, no Estado do Rio Grande do Sul.
N' 1.618/83 (Lélio Souza) - Exclui, dentrc os considerados de interesse da Segurança Nacional, o Município de Tucunduva. no Estado do Ria Grande do Sul.
N' 1.619/83 (Lélio Souza) - Exclui. dentre os considerados de interesse da Segurança Nacional, o Município de Tuparendi, no Estado do Rio Grande do Sul.
N' 1.680/83 (Lélio Souza) - Exclui, dentre os considerados dc interesse da Segurança Nacional, o Município de Alecrim, no Estado do Rio Grande do Sul.
N' 1.681/83 (Lélio Souza) - Exclui, dentrc os considerados de interesse da Segurança Nacional, o Município de Crissiumal, no Estado do Rio Grande do Sul.
N' 1.682/83 (Lélio Souza) - Exclui, dentre 0< considerados de interesse da Segurança Nacional, o Município de Horizontina, no Estado do Rio Grande do Sul.
N' 1.685/83 (Arthur Virgílio Neto) - Exclui da relação de Municípios declarados de intcresse da Segurança Nacional o Município de Santo Antônio do Içá,no Estado do Amazonas, c dá outras providências.
N' 1.686/83 (Arthur Virgílio Neto) - Exclui da relação de Municípios declarados de interesse da Segurança Nacional o Município de São Paulo de ali vença,no Estado do Amazonas, e dá outras providências.
N' 1.726/83 (Arthur Virgílio Neto) - Suprime da relação de Municípios declarados de interesse da Segurança Nacional pela Lei n' 5.449, de 4 de junho de 1968,os Municípios que especifica, e dá outras providências.
N' 1.786/83 (Aluízio Bezerra) - Exclui o Municípiode Cruzeiro do Sul, no Estado do Acre, dentre os decla-rantes de interesse da Segurança NacionaL ,-
N' 1.787/83 (Aluízio Bezerra) - Exclui o Municípiode Mâncio Lima, no Estado do Acre, dentre os declarados de interes"" da Segurança Nacional.
N' 1.790/83 (Aluízio Bezcrra) - Exclui o Municípiode Manoel Urbano, no Estado do Acre, dentre os declarados de interesse da Segurança Nacional.
N' 1.794/83 (Bento Porto) - Devolve autonomia plena aos Municípios de Cáceres, Mirassol do Oeste e VilaBela da Santíssima Trindade, no Estado de Mato Grosso, declarados de interesse da Segurança Nacional.
N' 1.826/83 (Aluízio Bezerra) - Exclui o Municípiode Sena Madureira, no Estado do Acre, dentre os declarados de interesse da Segurança NacionaL .
N' 1.835/83 (Aluízio Bezerra) - Exclui o Municípiode Tarauacá, no Estado do Acre, dcntre os dcclarados deinteresse da Segurariça Nacional.
NO 1.844/83 (João Bastos) - Exclui o Município deSão Sebastião, no Estado de São Paulo, dentre os declarados de interesse da Segurança Nacional. •
N" 1.846/83 (João Bastos) - Exclui o Município deCastilho dentre os declarados dc interesse da SegurançaNacional.
N' 1.850/83 (A luízio Bezcrra) - Exclui o Municípiode Senador Guiomard, no Estado do Acre, dentre os declarados de interesse da Segurança NacionaL
N' 1.852/83 (AliJízio Bezerra) - Exelui o Municípiode Feijó, no Estado do Acre, dentre os declarados de interesse da Segurança Nacional. .
N' 1.853/83 (Aluízio Bezerra) - Exclui o Municípiode Xapuri, no Estado do Acre, dentre os dcclarados deinteresse da Segurança Nacional.
N' 1.856/83 (Wagner Lago) - Exclui, dentre os considerados de interesse da Segurança Nacional, o MunicÍpio de São João dos Patos, no Estado do Maranhão.
N' 1.902/83 (Randolfo Bittencourt) - Exclui, dentreos considerados de interesse da Segurança Nacional, osMunicípios de Isabel do Rio Negro, Barcelos e SãoGabriel da Cachoeira, no Estado do Amazonas.
N" 1.908/83 (Flávio Bierrenbach) - Exclui o Município de Castilho, no Estado de São Paulo, da Lei n' 5.449,de 4 de junho de 1968. que dcclara de intercsse da Segurança Nacional os ~1unicípios que especifica e da outrasprovidências.
No 1.910/83 (Flávio Bierrenbach) - Exclui O Municí·pio de São Sebastião, no Estado de São Paulo, da Lei n'5.449, de 4 de junho de 1968, que declara de interesse da
DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seçào I)
Segurança Nacional os Municípios que cspecifica e dáoutras providências.
N' 1.981/83 (João Alberto de Souza) - Exclui, dcntreos considerados de interesse da Segurança Nacional, oMunicípio dc São João dos Patos, no Estado do Maranhão.
N' 1.994/83 (José Ribamar Machado) - Exclui, dentre os considerados de interesse da Segurança Nacional,o Município de São João dos Patos, no Estado do Maranhão.
N' 2.016/83 (Lélio Souza) - Exclui, dentre os considerados de interesse da Segurança Nacional, o Município de São Nicolau, no Estado do Rio Grande do Sul.
N' 2.224/83 (Haroldo Lima) - Restabelece a autonomia do Município de Pilão Arcado, no Estado da Bahia,c dá outras providências.
N' 2.225/83 (Haroldo Lima) - Restabelece a autonomia do Município de Remanso, no Estado da Bahia, e dáoutras providências.
N' 2.227/83 (Haroldo Lima) - Restabelece a autonomia do Município de Sento Sé, no Estado da Bahia, e dáoutras providências.
N' 2.228/83 (Haroldo Lima) - Restabelece a autonomia do Município de São Francisco do Conde, no Estado da Bahia. e dá outras providências.
N' 2.229/83 (Haroldo Lima) - Restabelece a autonomia do Município de Paulo Afonso, no Estado da Bahia,e dá outras providências.
N\' 2.230/83 (Haroldo Lima) - Restabelece a autono-'mia do Município de Lauro de Freiras, no Estado daBahia, e dá outras providências.
N' 2.2-'1/83 (Haroldo Lima) - Restabelece a autonomia do Município de Simões Filho, no Estado da Bahia,e dá outras providéncias.
N' 2.235/83 (Arthur Virgílio Neto) - Retira O Município de São Gabricl da Cachocira. no Estado do Amazonas. da úrea declarada de interesse da Segurança Nacional.
N' 2.267/83 (Marcelo Cmdeiro) - Exciui o Município de Lauro de Freitas, no Estado da Bahia, da Lei n'5.449, de 4 de junho de 1968, que declara de interesse daSegurança Nacional. os Municípios que especifica e dáoutras providências.
No 2.268/83 (Marcelo Cordeiro) - Exclui o Município de Simões Filho, no Estado da Bahia, da Lei n'5.449, de 4 de junho de 1968, que declara de interesse daSegurança Nacional os Municípios que especifica e dáoutras providências.
N' 2.269/83 (Marcelo Cordeiro) - Exclui o Município de São Francisco do Conde, no Estado da Bahia, daLei n' 5,449, de 4 de junho de 1968, que declara de interesse da Segurança Nacional os Municípios que especifica e dá outras providências.
N' 2.559/83 (Randolfo Bittencourt) - Exclui dentreos considerados de interesse da Segurança Nacional oMunicípio de Ipixuna, no Estado do Amazonas.
N' 2.648/83 (Jorge Cury) - Revoga o Decreto-lei n'2.065, de 26 de outubro de 1963. que altera a revisão dovalor dos salários e dá outras providências.
N' 2.968/83 (Júlio Costamilan) - Dispõe sobre ospreços mínimos a serem estabel~cidos para a uva,
N' 4.220/84 (Bayma Júnior) - Autoriza o Poder Exccutivo a excluir do Decreto-lei n' 1.272, de 29 de maio de1973, quc o declarou de interesse da Segurança Nacional, o Município de São João dos Patos, no Estado doMaranhão.
Arquivem-se, nos termos do § 4' do artigo 28 do Regimento [n terno, as seguintes proposições:
Projeto de LeiN' 807/83 (Sêrgio Cruz) - Concede anistia a Jornalis
tas Profissionais, processados ou condenados com basena Lei de Segurança Nacional.
N' 3.385/84 (Irma Passoni) - Obriga os órgãos daadministração direta, em todos os níveis; municipal, estadual, federal, bem como ôrgãos da administração indireta. empresas estatais, fundações e autarquias a publicarem seus gastos com propaganda, discriminando quantias. campanhas e empresas beneficiárias.
Arquivem-se, nos termos do artigo Ilfdo RegimentoInterno, as seguintes proposiçõcs:
ProjelO de LeiN' 5.037/81 (Osvaldo Melo) -Introduz alteração no
Decreto - lei n' 594, de 27 de maio de 1969, para O fim
Junho de 1985
de ampliar a participação dos clubes de futcbol profissional no rateio da Loteria Esportiva.
No 416/83 (Nelson do Carmo) - Altera a redação dosartigos 2' e 7' da Lei que institui o salário-família do trabalhador, concedendo incentivos para a patcrnidade responsável.
N' 566/83 (Inocêncio Oliveira) - Dispõe sobre o controle prévio da venda dos medicamentos que menciona.
N' 642/83 (Renan Calheiros) - Altera os artigos 2' c7' da Lei n' 4.266, de 3 dc outubro de 1963 (Institui osalúrio-família do trabalhador).
N' 886/83 (Carlos Vinagre) - Acresccnta dispositivosao art. 10 do Decreto-lei n' 972, <le 17 de outubro de1969, que dispõe sobre o .:xercício da prolissão de jornalista.
N' 944/83 (Jorge Carone) - Dispõe sobre alienaçãode ações ordinárias de emprcsas da União.
N' 1.014/83 (Borges da Silveira) - Altera a lei Orgânica dos Partidos Políticos na parte relativa aos Diretórios Municipais.
N' 1.117/83 (Celso,Pe.;anha) - Dá nova rcdação aoart. 2' da Lei n' 4.266, de 3 de outubro de 1963, que institui o salário-família do trabalhador e dá outras providências.
N' 1.338/83 (Geraldo Bulhões) - Imprime nova redação ao artigo 2' da Lei n' 4.266, de 3 de outubro de1963, instituidora do salário-família do trabalhador.
N' 1.466/83 (Manoel Affonso) - Dispõe sobre a comunicação dos atos forenses pelo telefone e dá outrasprovidências.
N" 1.467/83 (Jorgc Carone) - Altera a redação do §2' do art. 49 da Lei n' 6.649, de 16 de maio de 1979, queregula a locação predial urbana e dá outras providências,para modilicar o sistema de reajuste dos aluguéis residenciais.
N0 1.693/83 (Jorge Cury) - Altcra dispositivo da Lein" 4.266, de 3 de outubro de 1963, que instituiu o saláriofamília do trabalhador.
N' 1.930/83 (Assis Canuto) - Dispõe sobre a concessão de desconto de 30% no preço das passagens aéreas,para piloto de todas as categorias.
N0 2.249/83 (José Moura) - Acrescenta parágrafo aoart. l' do Decrcto-lei n' 1.572, de I' dc sctembro de 1977,para incluir os clubes de futebol entre as instituições Iilantrópicas para efeito de iscnção da taxa que cspccifica.
N' 2.341/83 (Ruy Côdo) - Modifica dispositivo daLei n' 5.692, de II de agosto de 197' , que lixa Diretrizese Bases para o ensino de I' e 2' graus, e dá outras providências.
N' 2.507/83 (Franeisco Sales) - Torna obrigatória ainclusão da disciplin'l, "Diretito Agrário", nas faculdades dc Dircito de todo o País.
N' 2.618/83 (Sebastião Ataíde) - Autoriza a concessão de licença de porte de arma aos motoristas profissionais na forma que especifica.
N' 3.103/84 (Doreto Campanari) - Dispõe sobrc mcdidas destinadas ao incentivo do turismo interno e dáoutras providências.
N' 3.645/84 (Josias Ldte) - Dispõe sobre o ServiçoMilitar c dá outras providências.
N' 3.784/84 (Carlos Vinagre) - DispÕe sobre o aproveitamento, nos efetivos das Polícias Militares. dos brasileiros incluídos em excesso de contingente das ForçasArmadas.
N' 3.919/83 (Agenor Maria) - Dispõe sobre autorização para porte dc arma por motoristas de caminhões ctáxis.
N' 4.156/84 (Francisco Dias) - Altera a redação doartigo 19. caput, e dc scu § 2', da Lci n' 5.692, de 11 deagosto de 1971, permitindo o ingresso no ensino de l'grau de aluno com idade mínima de cinco anos.
'N' 4.402/84 (José Frejat) - Altera os arts. 188 e 192,da Lei n' 4.737, de 15 de julho de 1965, que instituiu oCôdigo Eleitoral para p'~rmitir contagem de votos pelasMesas Receptoras c dá outras providências.
N\' 4.417/84 (José Frejat) - Altera a rcdação do art.8' da Lei n' 4.737, de 15 de julho de 1965, que institui oC6digo Eleitoral.
N' 4.438/84 (Irma Passoni) - Torna obrigatôrio o cnsino de Direito Agrário nas Faculdades de Direito doPaís.
.Junho de 1985 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Sábado 8 5805
N" 4.480/84 (Antônio Pontes) - Dispõe sobre medidas de combate à violência no futebol profissional, e dáoutras providências.
N' 4.542/84 (Nelson Wedekin) - Acrescenta dispositivo à Lei n" 6.899, de 8 de abril de 1981, para o fim de
determinar a incidência de correção monetária e juros deI % ao mês sobre os valores de títulos pagos em cartôriode protesto.
N" 4.859/84 (Moacir Franco) - Altera o sistema decobrança de custas judiciais.
N" 5.155/85 (Juarez Bernardcs) - Autoriza o porte dearma de fogo aos motoristas profissionais condutores decaminhões e táxis.
_SECRETARIA-GERAL DA MESA
1 9 8 3/Z{
REQUERIMENTOS DE INFORMAÇÕES ENCAMINHADOS
AUTOR EMENTA D.1TA DA l1E!ESSA AO GA3I:":::':E CI'!::L DA'PRESID~IlCIA f)A ,~::?03r,IC.::
59/83 WALL FERRAZ
70/83 HtLIO DUQUE
80/83 EDUARlXJ MATARAZZOSUPLICY
81/83 BRANDÃO MJNrEIRO
84/83 EDUARlXJ MATARAZZOSUPLICY:
Df. SGM-1D49; de 17.11.83
Df. SGM-1D48, de 17.11.83
Df. SQo.l-833, de 04.10.83
Df. SGM-IDS2, de 17.11.83
Of. 'SGM-822, de 04.10.e3
Solicita informações ã SEPLAN, sobre empresas brasileiras com
sede própria ou alugada no exterior.
Solicita infonnações ao MINISTfRIO DA FAZENDA e ã SEPLAN, so
bre facilidades de empréstÍmos junto ao Banco do Brasil e 'a
CEF, ao Grupo Coroa-Brastel. (*)
Solicita infonnações ao MME, sobre a real situação do Garimpo
de ~rra Pe lada, no Estado do Pará.
Solicita informações ao MINISrfRIO DA FAZENDA, sobre os contra
tos assinados pelas autoridades monetárias do governo brasilel:
ro com os bancos credores do Brasil, 'em 1982 e 1983.
Solicita infonnações ã SEPLAN sobre ·os aumentos dos preços dos
derivados de petróleo Of. SQ.l-20, de 09.03.83
Solicita informações ao Sr. MINISTRO EXTRNlRDINAAIO PARA ASSu.riTOS RJNDIÁRIOS sobre a arrecadação pelo INCRA, nos exercícios
de 1978 a 1982, do Imposto Territorial Rural. Df. SQ.l-586, de 29.06.83
Solicita infonnações ao MINISTERIO DA AGRICULTURA sobre a im-
plantação do Parque Nacional do Capivara, em São Raimundo No
nato, no Piauí.
FERREIRA ~lARTINS
JOÃO HERC.'ULINO2/83
35/83
( * ) - Já respondido pelo Ministério da Fazenda.
85/83
89/83
102/83
FRANCISCO AMARAL
AIRTON SOARES
FARABULINI JGNIOR
Solicita informações ao MINISTfRIO DA JUSTIÇA, sobre estudos
daquela Pasta a respeito da criação de novas juntas de Conci
liação e Julganiento em todo o I:aís.
Solicita informações ã SEPIJW sobre o pessoal das Entidades
Estatais.
Solicita'informações à SEPLAN sobre prejuízos de Empresas E~
tatais nos últimos três anos.
Df. SQo.f-l053, de 17.11.83
Df. SQ.!-1057, de 17.11.83
Df. .SQ.!-1137, de 29,.11.83
112/83 SALLES LEITE Solicita informações ao !4-ffi, sobre os 50 maiores e 50 menores
salários pagos aos funcionários da Eletrobrás, Petrobrás, In
terbrâs, Cia. Vale do Rio Doce, Nuc1ebrâs e Itaipu Binaciona1. Df. SGM-1147, de 29.11.83
128/83 SALLES LEITE So1tcita informações ao MINISrfRIO DA- AERONÁlJTICA, sobre in
fra-estrutura aeroportuária. Df. SQ.l-1163, de 29.11.83
140/83 AMAURY MJLLER,:,:\
Solicita informaçõe.s ao MPAS sobre a situação real das contiJ's
da Previdência. Of. SQ.l-027, de 13:03.84
141/83 FREITAS NOBRE Solicita informações À SEPLAN sobre os cortes nos investimen
tos do Sistema Telebrás. Of. SQ.l-028, de 13.03.84
153/83
157/83
FRANCISCO MlARAL
RAYMUNOO ASRlRA
Solicita informações ao MINISTfRIO DO TRABALI{) sobre a regul!
n~ntação da profissão de sociólogo.
Solicita informações ao ~r.IE sobre as j azidasque se encontram
em processo de lavra no Estado da Paraíba.
Df. SQo.I-040, de 13.03.84
Of. SQo.I-044, de 13.03.84
5806 Sábado 8
:;9 AUTOR
DIÃRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I)
EMENTA
Junho de 1985
DATA DA RE:·ESSA AO G;'3I:.'~':~ CIV::L Jj.
PRESIDZtlCIA DA _?2~3!'IC.~
159183
169184
172/84
181i84
185/84
186/84
190/84
191/84
201/84
215/84
222184
rnAGAS VASCONCELOS
AMILCAR DE QUEIROZ
1rJIY'.\AZ COELHO
CHAGAS VASCONCELOS
JOS6 TAVARF~
FR/INCISCO AMARAL
AMAURY MULLER
AW\lJRY ~fJLLER
JosE EUDES
ORESTES ~UNIZ
RA~IUNOO ASFelRA
Solicita infonnações ao TCU sobre o repasse pelo Poder Executi
vo das parcelas do IR e IPI aos Estados e ~I.micípios.
Solicita infonnações ao ~NE, sobre a construção de gasoduto li
gando o AIto i\mazonas ã Cidade de São Paulo;
Solicita infonnações ào ~1I1\'fER sobre projetos aprovados pela
SlIDENE, em 1983.
Solicita infonnações ao TeU sobre transferência de recursoS do
Fundo de Participação dos ,Municípios, referente a seu ,Estado,
no mês de março de 1984.
Solicita informações ao MINISrJ:RIO DAS COMUNlCAÇOES sobre cr.!:.
térios adotados para participação das concessionárias no den~
minado "Percentual llnico sobre ,Tráfego Mltuo".
Solicita informações ao Ml1E sobre reajustes das tarifas de ener
gia elétrica.
Solicita infonnações ao ~ME sobre exploração de riquezas mine
rais por empresas multinacionais.
Solicita informações ao ~~1E sobre O balanço de 1983 da Petrobrás.
Solici ta infonnações ao ~NE sobre quais as providências a serem
tomadas pelo Govenlo em relação 30S bras.] leiros desaparecidos na
Argentina.
SCilicita informações ao ~NE sobre a utilização, pelo Estado de
Rondônia, da energi.a gerada pela Usina de ltaipu.
Solicita informações ao NEÇ sobre comemorações a serem realiza
das pelo ~1EC parà comemorar o 49 Centenário de Fundação do Es
t ado da Paraíba.
Df. GP-0-354, de 13.03.84
Df. 5(101-101, de 28.03.84
Of. SQ.I- 103, de 28.03.84
Of.GP-0-801, de 23.04.84Cao v
Df. 5GM-178, de 18.04:84
Df. SC1-l-179, dE! 18.04.84
Df. -SGM-329, de 28.05.84
Df. 5GI-I-3.30, de 28.05.84
Df. SQ.I-390! de 06.06.84
Df. SGM-S50, de 08.08.84
Df. SGM-S57, de 08.08 :84
224/84 RA~IUNOO ASRlRA
228/84 SANTINHO RJRTAJ))
234/84 OSVALOO MELO
237/84 FRÁ~CISco.••"'\L\RAL
236/84 CWlIR RAM:JS
238/84 RAYMUNIXi ASRlRA
Solicita informações ao /.!EC sobre o desenvolvimento do Progra
ma "Promoção da Saúde da Mulher e da Criançá", no Estado da
Paraíba.
Solicita infonnações ao MNISTI:RIO DI\5 C~iJNJCAç()ES sobre crit.§.
rios utilizados para a fixação da partjcipação das concessioni
rias no FLU1do de Participação Única sobre Tráfego Mútuo.
Solici ta informações ao ~il'IE sobre a instalação de uma base de
suprirrentos de inflamáveis, em Açailiindia, Estado ~hranhão.
Solicita informações ao GAB. CIVIL DA PRESo DA REPÚBLICA sobre
a reg1.l1amentaçiio da Lo i, n'? 5524, de' 05 de novembro de 1968.
Solicita informações ao MlNISTfRIO 01\ Fi\Z5'IDA sobre pedido de
infonnações ofeüJado pela Xorox do Br"sil ã CACEX.
Solicita informaç?es ao MlNISTJ:RIO DA JUSTIÇA sobre convênio
entre a União e o Estado da Paraíba, par" construção de uma
penitenciária em Campina.Grande.
Df. SGM-S59, de 08.08.84
Of. SGM-S63, de'08.08.84
Df. SGM-629, de 16.08.84
Df. SGM-632, de 16.08.84
Of. SQ.1c631, de16.08.84
Of. SG\I-633, de 16.08.84
247/84
251/84
253/84
258/84
BRANDÃO MJmEIRO
LOCIO ALCÂNTARA eALBI:RICO CORDEIRO
JOSI: EUDES
SJ:RGIO LOMBA
Solicita infonnações ao MEC sobre contratação de pessoal, pelo
Minis~ério, através de Convênios.
Solicita informações "O GAB. qVIL DA pRESo DA REPOBLICA sob!e
as gráficas mantidas por órgãos da Adininistrnção Pública.
Solicita infon~ações ao }~ffi sobre a privatização de empresas
ligadas ã PETROBRÁS.
Solicita infonnaçâes ao ~IINISTfRIO DAS COMUNTCAÇOES sobre a
criação do Fundo Nacional de Telecomlmicaçâes.
Of. SGM-729, de 05:09.84
Df. SGM-870, de 26.10.84
Df. SGN-f:72, de 26.10.84
Of. SGM-877, de 26.10.84
Junho de 1985 DIÃRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Sábado 8 5807
:19
260/84
261/84
262/84
268/84
AUTOJl
ARTHUR VIRGíLIO NETO
DARCY PASSOS
DJA1NA llCM
HYRTHES BEVILACQUA
EMENTA DATA DA RF::.sSSA ':0 Gri3I:".'~';'F: CIV;L i),i),
PRESID;IICIA DA .":F:?:J3LIC.".
Solicita informações ao NINISTI1RIO DA FAZENDA sobre o montante
recebido em dólares pelo Brasil pela eÀ~ortação de armamentos. Df. SGM-879, de 26.10.84
Solicita informações ao T~U sobre irregularidades relativas àcontabilização de receitas públicas federais. Df. GP-0-23S2, de 29.10.84
Solicita informações ao ~lINISTIôRIO 00 TRABALHO sobre contribui
ção sindical. Df. S(;/.I-880, de 26.10.84
Solicita informações ao mNTER sobre obras de saneamento básico
desenvólvidas no país. Df. S(1,1-886, de 26.10.84
273/84 RAYMJNOO ASRJRA
276/84 IRMA PJlSSONI
?78/84 HJZARILOO CAVALCANTI
279/84 JORGE LEITE
283/84 HORÁCIO ORTIZ
284/84 HlôLIO DUQUE
287/84 HJZARILOO CAVALCANTI
288/84 MYR1'HES BEVlLACQUA
Solicita informações ao NINISTIÔRIO DA FAZENDA sobre qual o volume de exportação da indústria bélica brasileiTa no 19 Semes
tre de 1983.
Solicita informações ao GAB. CIVIL DA PRES. DA REPOBLICA sobre
os gas tos com educação de todos os Ministérios, exceto o MEl..
Solicita informações· no ~NE sobre credenciamento da Mineradora
são Lourenço junto ao referido NinistéTio.
Solicita informações ao ~WAS sobre o número de aposentados p~
gos pela Previdência.
Solicita informações ao MINISTlORIO DAS COMlJNICACOES sobre o pe,!:
centual de 30~ cobrados sobre os serviços de telccom~icações.
Sclicita informações à SEPLI\N sobre a libeTaçiío das cotas do
Ftmdo de Participação. dos Hunicípios no corrente exercício.
Solicita infol1n3ções à SECRETARIA-GERAL DO caNSo DE SEGur..ANeA
NACIONAL sobre a transformação dos Territórios Federais de Ro
raima e Amapá em Estados Membros da Federa(;ão.
Solicita informélções ao DASP sobre convênios com empresas lo
cadoras de mão-de-obra.
Df. SGM-891, de 26.10 .'84
Df. 5(;/.1-9S2, de 31.10.84
Of. S(;/.I-10IS, de 19.11.84
Df. SGM-1016, de 19.11.84
Df. S(;/.I-1087, de 05.12.84
Df. S(;/.I-1088. de 05.12.84
Df. SGM-I091, de 05.12.84
Df. 501-1092, de 05.12.84
289/84
290/84
291/84
293/84
295/84
297/84
SEBASTI]!D NERY
OSWALOO LIMA FIUlO
WAGNER LAGO
FRANCISCO DIAS
ADEMIR ANDRADE
COMISS]!D DE RELAÇOESEXrERIORES
Solicita informações ao TCU sobre fnndamentos legais que jiJst~
fiquem os repasses de recursos realizados pelo SESI, SESC, SENAI,
SENAC' :para a Confederação Nacional da InâústTia e Confederação
Nacion~l do Comércio.
Solicita informaçÕes ao Sr. MINISTRO·EXTRAORDINÁRIO PARA ASSUN
TOS FUNDIMIOS sobre a ocupação e distribuição de terras pelo
.INCRA.
Solicita informações à SEPLAN sobre distribuição do Fundo de
Participação dos Municípios e do Fundo Rodoviário aos Mnnicí~
pios ~àranhenses.
Solicita informações ao SR. MiNISTRO CHEFE 00 EMFA sobre a pr~
dução de armamento pela indústTia bélica instalada no país.
Solicita informações ao MINTER sobre projetos agropecnários
e indnstriais aprovados para os Municípios de Santana do
Araguaia, São Féiix do Xingu, Conceição do Araguaia, Reden
ção, Xingullra e Rio Maria, no Pará.
Solicita infonnaçõcs [lO MRE sobre a constante presença" deaeronaves militares dos Estados Unidos da América, estaci~
Df. GP-0-2724, de 05.12.84(3.0
Df. S(1,1-1093, de 05.12.84
Of. SClof-1 094 , de OS.12.84
Of. SGM-1096, de OS.12.84
Of. Sal-1098, de OS.12.84
Of. SGM-1100. de 05.12.84
5808 Sábado 8 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção 1) Junho de 1985
:19
298/84
301/84
AUTOR
AIRTON SOARES e EDUARIO~IATARAlZO SUPLICY
ADEMIR ANDRADE
EMENTA DATA DA R:::ESSA AO GAi3I:::;72 ClT:!. D,PRESlDZilCII. DA .~:;?~3!:'lC.':'
Solicita informações ao MME sobre o Relatório feito pela Petr~
brás indicando as causas das duas explosões ocorridas na PIa-
tafonna de Enchova, em agosto <le 1984. Of. SG\I-02/8S, de 13.d3.85
Solicita informações ao SR. MINISTRO EXTRAORDINJ~JO PARA ASSU!:!
TOS FUNDIÁRIOS sobre os imóveis rurais local iwdos nos mlmicí
pios de Santana do Araguaia, São Félix do Xingu, Redenção, Co~
ceição do/Araguaia, Rio Maria, Xinguara, são João do Araguaia,
Harabá e sobre a Fazenda Alvorada(na área da Brasil Central). Of. SQ.1-05, de 13.03.85
305/85
307/85
314/85
316/85
FRANCISCO AMtJlAL
FRANCISCO lIMARAL
VICTOR FACCIONI
QJNHA I3UENO
Solicita informações ao ~lINISTI!RIO DA FAZENDA sobre o desempenho
da Loteria Esportiva Federal quanto ã distribuiç;;o de sua rendas
líquida.
Solicita informações ao MPAS sobre os débitos de "mpresas públi
cas e de economia mista de âmbito mLmitipal para com a Previdên
cia Social.
Solicita informações ao BAJ\CO CENTRAL DO BRASIL E AO BANCO NACIO
NAL DA HABITAÇÃO sobre fatos relacionados com a intervenção g~
vemamental nos Bancos SlIlbrasilciro e Habitasul.
Solicita informações ao BANCO CENTRAL DO Br-ASIL sobre a situação
dos conglomerados Sulbrasileiro e Habitasul.
Of. SC/II-09, de 13.03.85
Of'. 50.1-11, de 13.03.85
Of. SQ.L 38, de 16.04.85
Of. SIJ.!-91, de 23.05.85
317/85 EVM'DRO AYRES DE MJURA Solicita informações ao MEC sobre bolsas distribuidas para o Es-
tado do Ceará. Of. SQ.j.92, de 23. O? 85
318/85
319/85
320/85
321/85
322/85
323/85
324/.85
325/85
326/85
R4UL BERNARlXI
OSWALDO TREVISAN
SEBASTIÃO NERY
EDUARDO MATARAlZOSUPLICY
IRMA PASSONI
SIEGFRIED HEUSER
Lacro ALCÂNTARA
EDUARro MATARAlZOSUPLICY .
OSWALOO LIMA'FIIHJ
Solicita informações ao MINISTI!RIO DA FAZENDA sobre a sltuaçào
dos conglomerados Sulbrasileiro e Habitasul.
Solicita informações ao MINISTtRIO DA FAZE~'DA sobre o conglo~
rado Sulbras ileiro.
Solicita informações ao BA,NO) .QóNTRAL DO BRASIL sobre a situa
ção dos conglomerados SuIbrasileiro e lIabitaslIl.
Solicita informações ao MINISTERIO DO TRABAIJHO sobre o Fundo de
Assistência ao Desempregado.
Solicita informações ao MINISTRO-CHEFE 00 GABINETE CIVIL DA PRESIDENCIA'DA REPúBLICA sobre gastos com propagandà veiculada pela
mídia eletrilnica a partir de janeiro deste ano.
Solicita informações ao BANCO CENTRAL DO BRASIL sobre a concessão
de empréstimos pala entidade a cada banco sob controle dos Esta
dos e do Distrito Federal, de 1979 a '1984.
Solicita informações ao ~f,[E sobre o pagamento de idenização, pela
PETROBRÁS, no Estado do Ceará.
50 licita informações ao MINISTfRIü DA FAZENDA sobre a liquidação
extrajudicial dos conglomerados Sulbrasileiro e Habitasul.
Solicita informações ilO MINISTtRIU DA AGRIOJLTIJRA sobre a org'miz~
ç.ão e o funcionamento da Comissão de Fi.nanciarnento da Produção.
Of. SQ.I-93, de 23.0S.85
Of. 5Q.j-94, de 23.05.85
Of. ::ilM-95, de 23.05.85
Of. SQ.I-96, de 23.05.85
Of. S(1.1-97. de 23.05.85
Of. SR-I-98, de 23.05.85
Of. 5[1.[-99, de 23.05.85
Of. S(1.[-100, de 23.05.85
Of. SQ.I-l04, de 23.05.85
327/85 CARLCS ALBERTO DE CARLI SoliCita informações ao mNISTlORIO DA FAZENDA sobre empréstimo con
cedido ao Comind p.elo Bancq Central do Brasil Of. SOI-,12O, .de 28.05.85
'328/85 MYRTHES BEVILACQUA Solicita informações D'() MINISTlORIO DOS TRANSPORTES sobre a privati-.
zação do Porto de Barra do Riacho. Of. SQ.I-l05, de 27.05.85
Junho de 1985
:19 AUTOR
DIÃRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I)
EMENTA
Sábado 8 5809
DATA DA RE:ESSA ':0 G,13I<:E7!:: CÍ'I::r 1;PRESIDZI/CIADA PE?:J3LICA
329/85- ROBERTO JEFFERSON
330/85 RAYMlINro ASF6RA
331/85 RAYHlINOO ASFdRA
332/85 RAYHlINIXl fl.SFdRi\
3331.85 RAYMlINOO ASFdRA
334/85 RAYHU~ ASFdRA·
335/85 R!\)}llJNID ASFdR!\
336/85 ODILON SmORIA
Solicita informações ao MINISrf,RIO DA JUSTIÇA sobre a denominada
"Seita Moon" no Brasil.
Solicita'informações ao MINIsrG~IO DA AGRICULTlIRA sobre os esto
ques da'CCMISSÃO DE FINANCIAMENTO DA COMISSÃO e da COBAL em 1984'.
Solicita informações ao BANCO, CENTRAL DO BRASIL sobre irregulari
dades apuradas nos conglomerados Sulbrasileiro e Ilabitasul.
Solicita informações ao Sr. MINISTRO-CHEFE DA SEPLAN sobre recu!:
sos financeiros para atender a populações flageladas.
Solicita informações ao ~lINISTfRIO DAS CO~llJNlCAÇ(1ES sobre descon
tos nas tarifas telefônicas para empresas de televisão.
'SClicita informações ao ~IINTER sobre recurSOS do Bl'mES para aqul.
sição de sementes para o Nordeste.
Solicita informações li' SUIJEI;'E sobre o "Pro jeto Nordeste".
Solicita informações ao INCRA sobre a atuação do capital estran
geiro'na agricultura brasileira.
Of. SePl-I0õ, de 27.05.85
Of. SePI-I07, de 27.05.85
Of. S(J.I-I08, de 27.05.85
Of. SePI-I09,. de 27.05.85
Of. SGM-II0, de 27.05.85
Of. SGo(-lI1, de 27.05.85
Of. SGoI-112, de 27.05.85
Of. SGoI-lI3, 'de 27.05.85
.337/85
338/85
339/85
340/85
342/85
343/85
344/85
JORGE ~QUED
NILSON GIBSON
VIcrOR FACCIONI
lJíl.1A PASSCNI
IRMA VASSCNI
RAYMVNOOASf(JAA
HlJI.IBERTO scuro
Solicita infonnaçõbs ao mNIsTfRIO DAS C~IlJNICAÇ(1ES sobre os cri
térios que orientaram atos de efetivação de Diretores da Empresa
de Corréios e Telégrafos.
SClicita informações ao BANCO CENTRAL DO BRASIL sobre os processos
de int~rvenção e liquidação extrajudicial de instituições financel
ras.
Aditamento ao R.I. n9 314/85 - SClicita informações sobre o cálculo
estimativo do Pode~ Executivo(Banco Central ou Ministério da Fazen
da) o mais próximo possive1, sobre o custo econõmico, financeiro e
social que acarretaria a liquidação extrajudici.al dos Bancos Sulbra
sileiro e Habitasul.
Solici ta informações ao MINISTERIO 00 DESENVOLVIMENTO URBANO E MEIO
~ffiIENI'E sobre projetos de moradia popular.
Solicita informações'ao MINISTtRIO DA EDUCAÇÃO sobre despesas com
os programas Telecurso.
Solicita informações ao MINISTtRIO DAS MINAS E EW3RGIA sobre a exis
têricia de convêni.o com'o Estado da Paraíba.
Solicita informações ao Sr. MuíISTRO CHEFE 00 GABINETE CIVIL DA
PRESIDENCIA DA REPOBLlCA sobre intervenção no Banco Sulbrasileiro.
Of. SePl-lI4., de 27.05.85
Of. SGl-115, de 27.05.85
Of. SGoI-116, de 27.05.85
Of. Sal-117, de 27.05.85
Of. SGoI-143, de 03.06.85
Of. SG\I-144, de 03.06.85
Of. sal-I45 , de 03.06.85
MESA
Presidente:
Ulysses Guimarães - PMDB
1.0_Vice-Presidente:
Humberto Souto - PDS
2.°-Vice-Presidente:
Carlos Wilson - PlUDB
1.°-Secretário:
Haroldo Sanford - PDS
2.0-Secretário:
Leur Lomanto - PDS
3.0-Secretário:
Epitácio Cafeteira - PMDB
4.0-Becretário:
José Frejat - PDT
SUPLENTES
José Ribamar Machado - PDS
Orestes Muniz - PlUDB
Bete Mendes - PT
Celso Amaral - PTB
PMDB
Lider:
Pimenta da Veiga
Vice-Lideres:
Arthur Virgílio NetoDarcy Passos
Henrique Eduardo AlvesIsrael Dias-Novaes
Luiz HenriqueCássio GonçalvesValmor Giavarina
Aldo ArantesCristina Tav·ares
Genebaldo CorreiaHélio Duque
Hélio ManhãesHeráC'lito FortesJorge u'equed
José Maria MagalhãesJúnia Marl8e
Lélio SouzaMárcio BragaMário Frota
Paes de AndradeRenan oalheirosRoberto FreireSinval Guazzelli
Theodoro MendesWalmor de Luca
PDS
Lider:
Prisco Viana
Vice-Lideres:
Amaral NettoSantos Filho
Afdl/io Vieira LimaASsis Canuto
Bonifácio de AndradaEdison Lobão
Eduardo GalilGióia Júnior
Hugo MardiniJorge Arbage
LIDERANÇAS.Tosé Carlos Fonseca
José !~ernandes
LeoI'ne BelémLúci'a ViveirosPedro Corrêa
Pratini de MoraisRaul Bernardo
Rubem~ ArdenghiNey I~erreira
PlrL
Lider:José Lourenço
Vice-Líderes:
Celso BarrosJosé Thomaz NonôInocêncio Oliveira
Dionísio HageLúcio Alcânta,raJoão !~austino
Alceni GuerraSarney Filho
Fernando BastosCelso PeçanhaMário AssadAntonio Dias
PDTLider:
Na'dir Rossetti
Vice-Líderes:
José GolagrossiMatheus Schmic1tSérgio LombaDélio dos Santos
PTB
Lider:
Gastone Righi
Vice·,Lider:
Mendonça ,Falcão,'
Mende" BotelhoPT
Lider:Djaima Bom
Vice-Lideres:
Luis DulciEduardo Ma,tarazzo Su:p.licy
DEPARTAMENTO DE COMISSOES Carlos Vinagre Lélio Souza PTBGeraldo Fleming Márcio Lacerda Mendonça Falcão
DIretora: Nadir Pinto Gonzalez Harry Amorím Marcondes PereiraIturival Nascimento Mattos Leão
PTLocal: Anexo II - Telefone 224-2848 Vago
Ramal 6278 Ivo Vanderlinde Melo FreireJosé Mendonça de Pacheco Chaves Suplentes
Coordenação de Comissões Permanente~ Morais Raul Belém PMDBDiretora: Sílvia Barroso Martins Juarez Bernardes Ronan Tito Agenor Maria Jorge Vargas
Local: Anexo II - Telefone: 224-5179 PDS Carlos Mosconi Manoel Affonso
Ramais: 6285 e 6289 Adauto Pereira Josias Leite Cusiido Maldaner Manoel Costa Júnior
COMISSOESAntônio Gomes Maçao Tadallo Dante de Oliveira Mansueto de Lavor
PERMANENTES Balthazar de Bem e Nelson Costa Del Bosco Amaral Olavo Pires
Canto Pedro Ceolim Doreto Campanari Oswaldo TreviSllll
1} COMISSÃO DE AGRICULTURA E Celso Carvalho saramago Pinheiro Fernando Gomes Paulo Marques
POL{TICA RURAL Delson 8carano Valdon Varjão Hélio Duque Pimenta da Veiga
Emidio Perondi Wildy Vianna Israel Dias-Novaes Raul Ferraz
'!?residente: João Paganella João Bastos Walber GuimarãesJorge Viana - PMDB-BA PFL João Divino Vago
1.0_Vice-Presidente: Alcides Lima Geovani BorgesPDS
Santinho Furtado - PMDB-PR Bento Porto Hélio Dantas Afrisio Vieira Lima Francisco Sales2.0-Vice-Presidente: Claudino Sales LevY Dias Antônio Farias Irineu CoIato
Renato Cordeiro - PDS-SP Pabiano Braga. Cortes Oswaldo Coelho Antônio Mazurek Nelson Marchezau
TituIa.res Francisco Erse Reinhold Stephanes Assis Canuto Pedro Germano
PMDBCristino Cortes Rubens Ardenghi
PDT Darcy Pozza SalIes LeiteAirton Sandoval Aroldo Moldta Aldo Pinto Sérgio Lomba Diogo :Nomura <PFI.,) VagoAntônio Câmara Cardoso Alves Nilton Alves Estevam Galváo
PDTJosé Jorge
Jacques Dornellas
2) COMISSAO DE CI~NCIA ETECNOLOGIA
Márcio MacedoMilton ReisRoberto FreireTobias AlvesWagner Lago1 vaga
Renato BernardiSamir Achôa
PDS
Jutahy JúniorMagalhães PintoNelson MorroNey FerreiraOsmar LeitãoRicardo FiuzaVago
PT
PDT
Délio dos Santo~
PTB
PFL
PDSVictor FaccioniWildy Vianna
PDSCláudio PhilomenoVago
PFLVago
PFL
Ricardo RibeiroSarney FilhoTheodorico Fel.aço2 vagas
PMDB
Suplentes
Gastone Righi
Clemir Ramos
Francisco BenjamimJosé Mendonça BezerraLázaro CarvalhoPedro Colin
Ibsen Pinheu'oJackson BarretoJorge LeiteJorge MedauarJosé Mendonça de
MoraisLélio SouzaLUiZ Leal
Darcílio AyresEdison LobãoEduardo GnlilGomes da Silva.João PaganellaJosé Carlos FonsecaJosé Penedo
Del Bosco AmaralHélio ManhãesIrineu Brzesinskl
Vago
Reuniõ,es:Terças, quartas e quintas-feiras, às 10:OOh
Local: Anexo II - Sala 1 - Ramal 6308
Secretário: Ruy Prudêncio da Silva
Antônio Osório
5) COMISSAO DE DEFESA DOCONSUMIDOR
Presidente:Nelson do Carmo - PFL-SP
1.0-Vice-Presidente:Sebastião Ataíde - PDT-RJ
2.°-Vice-Presidente:Figueiredo Filho - PDS-RJ
Titulares
PMDB
Amadeu Geara Mário FrotaAurélio Peres Ronaldo CamposJosé Carlos Vasconcelos
Nilton Alves
PDT
Aécio Cunha
Albino CoimbraClarck Platon
Mozarildo Cavalcanti VagoFrança Teixeira
José TavaresOswaldo Lima FilhoPlinio MartinsRaimundo LeiteRaymundo AsforaRenato ViannaSérgio MuriloTheodoro MendesValmor Giavarina
Hamilton XavierJorge ArbageJosé BurnettJúlio MartinsOswaldo MeloOtávio CesárioRondon Pacheco
PFL
Magno Bacelar
Márcio BragaSamir AchôaSérgio MuriloVago
PDS
Rômulo GalvãoVingt Rosado
PFL
Natal GaleNilson GibsonRonaldo CanedoWalter Casanova
PFL
Saulo QueirozVago
PDT
PDT
PDS
PDT
Nadyr Rossetti
PTB
PT
Suplentes
PMDB
Suplentes
PMDB
Carlos EloyMaurício Campos
JG de A. Jorge
França TeixeiraRita Furtado
Alair FerreiraManoel RibeiroPedro Ceollm
Sebastião Nery
Carneiro ArnaudFreitas NobreHeráclito Fortes
José Genoino
Roberto Jefferson
Ademir AndradeArnaldo MacielBrabo de CarvalhoEgidio Ferreira LimaJoão CunhaJoão DivinoJoão GilbertoJorge CaroneJosé Mello
Reuniões:Quartas e quintas-feiras, às 10 :OOhLocal: Anexo II - Sala 26 - Ramais 6304 e 6300secretária: lole Lazzarini
Afrisio Vieira LimaArmando PinheiroBonifácio de AndradaErnanl SatyroGerson PeresGorgônio NetoGuido Moesch
Matheus Schmidt
4) COMISSAO DE CONSTITUiÇÃO EJUSTiÇA
Presidente:Aluizio Campos - PMDB-PB
1.0_Vice-Presidente:Djalma Falcão - PMDB-AL
2.0 _ Vice-Presidente;Joaci! Pereira - PDS-PB
Titulares
PMDB
Antônio DiasCelso BarrosGonzaga VasconcelosJairo MagalhãesMário Assad
Henrique EduardoAlves
Marcelo Medeiros
PFL
Israel PinheiroJosé Carlos FagundesSebastião CurióHomero SantosWolney Siqueira
PDT
1 vaga
PT
PTB
PFL
Jonathas Nunes
PDT
Mário Jurunr.Osvaldo Nascimento
Alceni GuerraAntônio DiasAntônio FlorêncioAntônio UenoEnoc Vieira
Celso Amaral
Evaldo Amaral
Eduardo MattarazzoSuplicy ,
Reuniões;Quartas e quintas-leiras, às 10:OOhLocal: Anexo II - Sala 17 - Ramais 6292 e
6294
Secretário: José Maria de Andrade Córdova.
Presidente:Adail Vettorazzo - PDS-SP
1.0 _ Vice-Presidente:Antônio Florênc!o - PFL-RN
2.0 -Vice-Presidente:Fernando Cunha - PMDB-GO
TituIa.res
PMDB
Dirceu Carneiro Maurílio FerreiraJorge Uequed LimaJorge Vargas
PDS
Irlllcu Colato Brasilio Caiado
PFL
Suplentes
PMDB
Cristina Tavares Pacheco ChavesHorácio Orti2; Sinval GuazzelliManuel Viana
3) COMISSAO DE COMUNICAÇÃOPresidente:
Ibsen Pinheiro - PMDB-RS1.0_Vice-Presidente:
Siqueira Campos - PDS-GO2.°.Vice-Presidente :
Moacir Franco - PTB-SP
Titulares
PMDB
PDS
Gerardo Renault VagoJoão Rebelo
Nilton Alve.
Reuniões:Quartas e quintas-leiras, às 10 :OOhLocal: Anexo II - Sala 12 - !Ramàls 6295 e
6297secretário: Luiz de Oliveira Pinto
Anibal TeixeiraAntónio MoraisDomingos LeonelliFrancisco Amaral
Carlos VirgUloGióia Júnior.;Jaime Câmara
PDS
Sa1les LeiteVieira da Silva
Amadeu Geara'Arthur Virgílio NetoCardoso Alves
. Cid Carvalho
Fernando GomesFrancisco AmaralFreitas Nobre
Reuniões:Quartas e quintas-leiras, às 10:OOhLocal: Anexo II - Sala 25 - Rama! 6378Secretária: Maria Júlla Rabello de Moura
José Eudes
PT
6) COMISSÃO DE ECONOMIA,INDúSTRIA E COMÉRCIO
PTBNelson do Carmo (PFLl
Múcio AthaydeSérgio CruzWalmor de Luca
PDSFlávio MarcílioVicente Guabiroba
PDS
Siqueira CamposVictor Faccioni2 vagas
PFL
PDT
Paulino Cicero deVasca,ncellos
Simão SessimPDT
PTB
PDSRenato JohnssonWanderley Mariz
PDS
José Luiz MaiaOly FachinWilson Falcão
PFL
França Teixeira
PFLJessé FreireThales Ramallio
PDT
PTB
SuplentesPMDB
Luiz HenriqueManoel AffonsoRaul FerrazRoberto Rollemberg
SuplentesPMDB
Raul BelémWilson PazVago
Jayme SantanaJosé Carlos Fagundes
Aécio CunhaAlércio Dias
Aécio de BorbaJosé Carlos
Martinez
Brasílio CaiadoJoão Carlos de Carli
Vago
Bete Mendes (PT)Ciro NogueiraIbsen PinheiroJosé Eudcs (PT)Leónidas Sampaio
Agnaldo Timóteo
José Colagl'Ossi
Irajá ROdriguesLuiz BaccariniLuiz Leal
Bayma JúniorFernando Magalhães
Alvaro GaudêncioFurtado Leite
Celso CarvalhoFerreira Ma·rtinsPaulo Guerra
Ademir AndradeDomingos JuvenilMarcos LimaNyder Barbosa
9} COMISSÃO DE FINANÇAS
PFLChristovam Chiaradia Paulo MelroJayme Santana
Vago
Reuniões:QUintas-feiras, às 10 :{}OhLocal: Anexo Il -- PI<mário da Comissão de
Defesa do ConsumidorRamais: 6385 - 63811 - 6387Secretária: Maria I,inda Morais de Magalhães
Presidente:Aécio Borba - PDS-CE
1.0 _ Vice-Presidente:Moysés Pimentel - PMDB-CE
2.°_Vice-Presidente:José Carlos Fagundes - PFL-MG
Titulares
PMDB
PDTAgnaldo Timóteo
Floriceno Paixão
Reuniões:Quartas c quintas··feiras, ás 10:0011Local: Anexo Ir - Sala 16 - R.: 7151Secretário: Jarbas Leal Viana
Marcondes PereiraOctacilio de AlmeidaPaulo MarquesRaymundo Asfora4 vagas
Heráclito FortesJoão BastosMárcio BragaMilton Reis
Raymundo UrbanoTobias AlvesWall Ferraz''Vilson Haese2 vagas
PT
PFL
Rita Furtadostélio Dias
PDSOly FaclünRômulo GalváoSalvador JulianelliVictor Faccioni
PDT
PTB
PDS
Valdon VarjáoVieira da Silva3 vagas
PTB
PT
P.F'L
Norton MacedoSimão SessimWalter Casanova
PDT
Suplentes
PMDB
Alvaro ValleDionísio HageJoão Faustino
Irma Passoni
Osvaldo Nascimento
Darcilio AyresEmilio HaddadFerreira MartinsLeorne BelémMauro Sampaio
Aldo ArantesCasildo MaldanerFrancisco DiasHermes ZanetiMárcio BragaOscar Alves
Farabulini Júnior
Albérico CordeiroBonifácio de AndradaBrasílio CaiadoEraldo 'Tinoco
Abdias Nascimento
Celso PeçanhaJairo MagalhãesMagno Bacelar
Moacir Franco
8) COMISSÃO DE ESPORTE ETURISMO
7) COMISSÃO DE EDUCAÇÃO ECULTURA
Presidente:José Moura - PFL-PE
1.0_Vice-Presidente:Aloysio Teixeira - PMDB-RJ
2.°_Vice-Presidente:Manoel Ribeiro - PDS-PR
Titular,es
PMDB
Presidente:João Bastos - PMDB-SP
1.0-Vice-Presidente:Jônathas Nunes - PFL-PI
2.°_Vice-Presidente:Randolfo Bittencourt - PMDB-AM
Titulares
PMDB
Luiz Dulci
Reuniões:Quartas-feiras, às 10 :oohLocal: Anexo II - Sala 21 - Ramal 6318Secretária: Tasmânia Maria de Brito Guerra,
Francisco AmaralGenebaldo CorreiaGenésio de BarrosJrineu Brzesil1SkiJoáo Herculino
Elquisson SoaresFelipe CheiddeHélio ManhãesHenrique Eduardo
Alves
João AgripinoJosé UlissesManoel AffonsoOdilon SalmoriaOswaldo TrevisanPedro SampaioSiegfried Heuser
Miguel ArraesMúcio AthaydeNelson WedekinOswaldo Lima FilhcRenan CalheirosVirgildásio de Senna3 vagas
José MouraOscar CorrêaRubem Medina
PFL
PDS
Gerardo RenaultPaulo MalufPratini de MoraisRenato JohnssonRicardo FiuzaSérgio Philomeno
PDTVago
PTB
Amaury Müller
PDS
Gerson PeresHélio CorreiaJosé BurnettJosé Luiz MaiaNagib Haickel3 vagas
PFLNylton VeIJosoOrlando BezerraSaulo QueirozVictor Trovão
PDT
Bocayuva Cunha
Francisco StudartHerbert LevyIsrael PinheiroJoão Alberto de Souza
Fernando Carvalho
Amaral NettoAntônio FariasCunha BuenoDjaIma BessaEduardo GalilEsrevam GalváoGeraldo Bulbões
Aldo Pinto
Alberto GoldmanArthur Virgílio NetoCoutinho JorgeCristina 'l'avaresDarcy PassosGenebaldo CorreiaHaroldo LimaHélio Duque
Adauto PereiraBalthazar de Bem e
CantoCarlos VirgílioEdison LobãoFélix Mendonça
Alcides FranciscatoEvandro Ayres de
MouraJosé CamargoJosé Thomaz NOllÓ
Presidente:Ralph Biasi - PMDB-SP
1.0-Vice-Presidente:Celso Sabóia - PMDB-PR
2.0 _ Vice-Presidenre:Luiz António Fayet - PFL-PR
Titulares
PMDB
Antônio CâmaraCid CarvalhoDenisar ArneiroHe1ll'ique Eduardo
AlvesIrajá RodriguesJrapuan Costa JúniorJosé FogaçaMarcelo CordeiroMário Hato
PTEdual'do Mattarazzo Suplicy
Suplentes
PMDB
Reunióes:Terças, quartas e quintas-feiras, às II):oohLocal: Anexo Ir - Sala 20 - Ramal 6314secretária: Maria Laura Coutinho
11) COMISSÃO DO fNDIO
Mário LimaOswaldo Lima FilhoRob€rto FreireVirgildásio de Senna.Walmor de Luca3 vagas
Maurício CamposWolney Siqueira
Horácio Ma.tosHugo MardiniJ.oão Batista. FagundesNelson Costa.Siqueira Campos
PFL
Pratini de MoraisPrisco VianaVictor Faccioni3 vagas
PFLLevy DiasLuiz Antônio FayetVago
Manoel Costa JúniorMarcelo CordeiroMárcio Lacerda.Pimenta da VeigaVicente QueirozVago
PDS
PDT
Leorne BelémLudgero RaulinoMaçao TadanoMauro SampaioNagib HaickelOssian AraripePedro CorrêaWilmar PalisWilson Falcáo
PFL
PDS
PT
PTB
José JorgeJosé MouraLúcio AlcântaraOswaldo CoelhoRuy Bac-elarTapety Júnior
PDT
José Frejat
PDS
Bento PortoJoão Alberto de SouzaJosé Machado
Alb€rto GoldmanArthur Virgílio NetoCoutinho JorgeJoão Herrmann NetoJorge CaroneJosé Tavares
Epitácio BittencourtJaime CâmaraJosé FernandesManoel Gonçalves
Albérico CordeiroBayma JúniorClarck Pla.tonEmílio HaddadFelix Mendonça
Celso Sabóia.Cid carvalhoFernando SantanaGenésio de BarrosHorácio OrtizJoáo Agripino
Jacques D'OrneIlasOsvaldo Nascimento
Carlos ElcyEmílio GaUoEvaldo Amaral
Celso Amaral
Clemir RamosJiullo Caruso
Irma Passoni
13) COMISSÃO DE MINAS E ENERGIA
P.eunióes:Quartas e quintas-feiras, às !():OOhLocal: Anexo II - Sala 28 - R.: 6330 e 6333Secretário: Benício Mendes Teixeira
Alcides LimaAlércio DiasFabiano Braga CortesGeovani BorgesBerbert LevyJoão Faustino
Presidente:Marcos Lima. - PMDB-MG
1.0_Vice-Presidente:Paulo Melro - PFL-SC
2.°_Vice-Presidente:Ademir Andrade - PMDB-PA
Titular9PMDB
PTBPaullno Cícero de Vasconcellos (PFL)
Suplentes
PMDB
Adroaldo CamposAmilcar de QueirozAntôniO AmaralAntônio OsórioArtenir WernerBa~ma JúniorEurico RibeiroHugo MardiniIbsen de Castro
Joaquim ROO"lzJosé MelloMa.rcelo CordeiroMárcio Lacerda.Milton FigueiredoPaulo ZarzurPlínio MartinsRaimundo LeiteRalldolfo BittencourtRenato Via.nnaRuben Figueiró3 vaga.s
Mário FrotaMário LimaOlavo PiresOrestes MunizOswaldo Murta.Paulo BnrgesRaul Ferra.zRoberto FreireRonaldo CamposSinval GuazzelliVirgildásio de sennaWagner La.goVago
Josué de SouzaJutahy JúniorLúcia ViveirosMa.noel GonçalvesManoel NovaesPaulo GuerraVingt RosadoWanderley Mariz
PFL
Milton Bra.ndãoMozarildo CavalcantiOrlalld.o BezerraVictor TrovãoVg,go
PDT
PT
Nadyr Rossetti
PDS
PFJ
ítalo ContiJosé Mendonça
Bezerra
PDT
PTB
PTB
Suplentes
PMDB
Délio dos SantosMário Juruna.
Djalma Bom
iloysio TeixeiraAluízio BezerraAluizio CamposAníbal Teixeira.Aroldo Moletta.Denisar ArneiroDilson FanchinFernando GomesFrancisco AmaralHaroldo LimaHarry AmorimJoão Herrmann Neto
Antônio PontesEmilio GaIloGeraldo MeloInocêncio OliveiraJosé Mendonça BezerraJosé Thomaz Nonô
Jorge Cury
Antônio MazurekAssis CanutoAugusto FrancoClarck PlatonCristino CortesEdison LobãoFrancisco SalesGilton GarciaJoão Rebelo
Agenor MariaCarlos Alb€rto de
CarliCiro NogueiraDante de OliveiraElquisson soaresHeráclito FortesJackson BarretoJorge CuryJorge MedauarJosé MaranhãoManoel Costa JúniorMansueto de Lavor
TltuIa.res
PMDB
Presidente:José Luiz Maia - PDS-PI
1.0_Vice-Presidente:Evandro Ayres de Moura - PFL-CE
2.°_Vice-Presidente:José Carlos Vasconcelos - PMDB-PE
12) COMISSÃO DO INTERIOR
Vago
P.eunióes:
Terças e quintas-feiras, às 9h3OrninLocal: Plenário da Comissão de RedaçãoRamais: 6391 e 6393Secretária: Mariza da Silva Mata
Abdias Nascimento
Bento PortoFrança TeixeiraGonzaga Vasconcelos
PFLRicardo RibeiroRita Furtado
Nagib HaickelPaulo Guerra2 vagas
PT
PDT
PTB
PDS
José Carlos MartinezUbaldo Barém
PFL
Furtado LeiteVago
PDT
Nosser Almeida
SuplentesPMDB
Israel Dias-NavaesJoão Herrmann NetoJosé Carlos VasconcelosManoel Costa Júnior2 vagas
PDS
Júlio MartinsWlldy Vianna2 vagas
Albino CoimbraFernando CollorJoáo Batista FagundesJosué de Souza
Vago
Mário Juruna
Presidente:Arildo Teles - PDT-RJ
1.°_Vice-Presidente:Gilson de Barros - PMDB-MT
2.°_Vice-Presidente:Sérgio Cruz - PMDB-MS
Titular-esPMDB
Márcio SantilliOrestes MunizRandolfo BlttencourtVago
PDS
Coutinho JorgeDomingos LeonelliFreitas NobreHaroldo Lima
Aldo ArantesDante de OliveiraLuiz Guedes
Alcides LimaLevy DiasMczarilao Cavalcanti
Eraldo TinocoIbsen de CastroJaime CâmaraJosé Fernandes
Emilio HaddadJaime CâmaraJorge Arbage
10) COMISSÃO DE FISCAUZAÇÁO FI·NANCEIRA E TOMADA DE CONTAS
José ColagrnssiReuniões:Quartas e quintas-feiras, às 10:00 horasLocal: Anexo II - Sala 23 - Ramais: 6325 e 6328Secretário: José Cardoso Dias
Sebastião NerySuplentes
PMDB
Alencar Furtado Siegfried HeuserFrancisco Pinto 4 vagas
PFL
Christovam Ohiaradia Ricardo Rib€iroJayme santana Vago
PDT
Alvaro GaudéncioCastejon Branco
Augusto TrelnJoáD Alves
Fernando GomesJoão HercullnoRob€rto Rollemberg
Presidente:João Carlos de Caril - PDS-PE
1.°_Vice-Presidente:Amilcar de Queiroz - PDS-AC
2.°_Vice-Presidente:Milton Figueiredo - PMDB-MT
TitularesPMDB
Rosa FloresWilson VazVago
PDS
15) COMISSAO DE RELAÇOESEXTERIORES
Oscar AlvesVago
Pedro Corrêa.Salvador JulianelliVago
Luiz HenriquePaes de Andrade
PDS
José Carlos MartinezNosser Aimeida
PFLSauio Queiroz
PDT
PFL
'rituIarcsPMDB
HuplentesPMDB
Mattos LeãoRenato Loures Bueno5 vagas
PDS
Vago
Etelvlr DantasGomes da Silva
ítalo Conti
Evaldo Amaral
PFLSebastião Curió
SuplentesPMDB
Flávio Bierrembach José TavaresLuiz Baccarini Vago
PDS
Francisco PintoLeônidas Sampaio
PDS
Reuniões:
Quartas e quintas-i[eiras, às 10:00hLocal: Anexo Ir -- Sala 13 - R.: 6355 e 6358Secretária: Maria de Nazareth Raupp Machado
17) COMISSÃO DE SEGURANÇANACIONAL
Castejon BrancoInocêncio OliveiraNavarro Vieira Filho
POT
Presidente:Homero santos - PFL-MG
1.0-Vice-Presidente:Jorge Leite - PMDB-RJ
2.0 -Vice-Presidente:
18) COMISSAO DE SERViÇOPOBLlCO
Francisco Rollemberg
Vago
Reuniões:
Quartas e quintas-feiras, às 10:OOh
Local: Anexo II - Sala 19 - R.: 6350 e 6352Secretãria: Iná Fernandes Costa
José Ribamar Vicente GuabirobaMachado Vago
PFLAntônio Pontes Milton Brandão
Presidente:Ney Ferreira _. PDS-BA
l.o-Vice-Presidente:Ary Kffuri - PDS-PR
2.°_Vice-Presidente:Ruben Figueiró - PMDB-MS
TltnJa.res
PMDB
Gilson de Barros VagoRuy Lino
Figueiredo FilhoFrancisco RollembelrgJairo AziManoel Novaes
Jorge ViannaLeônidas SampaioMario Hato
José Maria MagalhãesLuiz GuedesMax MauroVago
PT
Jacques O'Ornellas
PDS
4 vagas
PFL
Lúcia ViveirosMarcelo LinharesNosser AlmeidaOswaldo Melootãvio CesárioRondon PachecoSalvador JulianelliSaramago PinheiroSiqueira Campos
PTB
!talo ContiJayme SantanaJosé Thomaz NonõOscar CorrêaRita Furtado2 vagas
Luiz GuedesManoel AffonsoManoel Costa JúniorMaurilio Ferreira LimaOdilon SalmorlaOrestes MunizPaes de AndradePedro SampaioRaymundo UrbanoTheodoro MendesTobias Alves4 vagas
PDS
PFL
Rosemburgo RomanoVago
PDT
PDT
PTB
PT
PDT
Clemir Ramos
Suplentes
PMDB
Anselmo PeraroBorges da SilveiraDario TaVaresDoreto Campanari
Bocayuva CunhaJO de Araújo Jorge
Jiúlio Caruso
Alceni GuerraLúcio Alcântara.
Albino CoimbraLeônidas RachidLudgero Raulino
Fernando Carvalho
José Eudes
Gastone Righi
Abdias Nascimp.ntoAmaury Milller
Vago
Reuniões:Quartas e quintas-feiras, às lO:OOhLocal: Anexo Ir - Sala 2 - R: 6347 e 6348secretária: Regina Beatriz Ribas Mariz
Anibal TeixeiraArnaldo MacielArthur Virgilio NetoBorges da SilveiraDjalma FalcãoGustavo FariaJackson BarretoJoão CunhaJoão GilbertoJorge CaroneJuarez Bernardes
16) COMISSAO DE SAODEPresidente :
Carneiro Arnaud - PMDB-PB1.D_Vice-Presidente:
Manoel Vianna - PMDB-CE2.°_Vice-Presidente:
Tapety Júnior - PFL-PI
'ritularcsPMDB
Claudino SalesChrisrovam ChiaradiaFrancisco StudartFurtado LeiteHélio DantasHomero Santos
Armando PinheiroAugusto FrancoCláudio PhilomenoCunha BuenoErnani SatyroFernando MagalhãesGilton GarciaGióia JúniorHamilton XavierJoão Alves
José FogaçaJúnia MariseMárcio MacedoMárcio SantilliMário HatoMiguel ArraesMilton ReisNyder BarbosaOctacíliode AlmeidaPaulo MarquesRenato Loures BuenoRosa Flores
PDS
PDT
Matheus Schmidt
PTB
PDSJ oacil Pereira
Dilson Fanchin
PDS
PFLRita Furtado
SuplentesPMDB
Mário HatoVago
Bocayuva Cunha
Aloysio TeixeiraJúnia Marise
Alvaro Valle
Angelo Magalhães Nelson MarchezanDiogo Nomura (PFL) Nelson MorroEpitácio BittencoUl"í; Ossian AraripeEraldo Tinoco Rubens ArdenghiJosé Carlos Fonseca Tarcísio BuritiJosé Penedo Santos FilhoJosé Ribamar Machado Ubaldo BarémMagalhães Pinto 3 vagas
PFL
Norton MacedoPedro ColinRicardo RibeiroSarney FilhoThales RamalhoTheodorico Ferraço
Djalma Bessa
Adail VettorazzoFrancisco Rollemberg
PFLDionísio Hage
Freitas NobreJosé Carlos
Vasconcelos
Celso Amaral
Reuniões:Quartas e quintas-feiras, às 10:00 horasLocal: Anexo II - Sala 27 - R.: 6336 e 6339Secretária: Allia FeUcio Tobias
Antônio UcnoEnoc VieiraJessé FreireJose camargoJosé MachadoMaluly Neto
Celso Peçanha
Reuniões:Quartas e quintas-feiras, às 10:00hLocal: Anexo li - Sala 11 - R.: 6341 e 6343Secretário: Mozart Vianna. de Paiva.
Presidente:Francisco Benjamim - PFL-BA
1.D_Vice-Presidente:João Her=ann Neto - PMDB-SP
2.°_Vice-Presidente:Adroaldo Campos - PDS-CE
Titularetl'PMDB
Alencar FurtadoAluizio BezerraChagas VasconcelosDaso CoimbraFernando SantanaFlávio BierrembachFreitas NobreFued Dib!ram Saraiva!rapuan Costa JúniorIsrael Dias-NovaesJarbas VasconcelosJosé Carlos Teixeira
14) COMISSAO DE REDAÇAOPresidente: .
Flávio Marcílio - PDS-CE1.0_Vice-Presidente:
Marcelo Linhares - PD8-CE2.°.Vice-Presidente:
Daso Coimbra - PMDB-RJ
'l'Jtu1&res
PMDB
Horácio Matos VagoOly Fachin
19} COMISSÃO DE TRABALHO ELEGISLAÇÃO SOCIAL
Vago
Reuniões:
Quartas-feiras, às 10:00 horasLocal: Anexo n - Sala 15 - R: 6360Secretário: Edson Nogueira da Gama
Presidente:Amadeu G€ara - PMDB-PR
1.°_Vice-Presidente:Luis Dulci - PT-MG
2.°_Vice-Presidente:Myrthes Bevilacqua - PMDB-ES
Francisco Rollemberg
PDT
PDS
I'DSGu1do MoeschJorge ArbageVago
PDT
Arnaldo MacielDjaIma Falcão
PMDB
Roberto Freire
Titulares
Suplentes
PMDB
Afrisio Vieira Lima
Brabo de CarvalhoDarcy PassosJosé Melo
Cristina TavaresIsrael Dias-Novaes
Celso BarrosGerson PeresGorgônio Neto
Brandão Monteiro
2) COMISSÃO ESPECIAL DESTINADAA DAR PARECER AO PROJETO DELEI N'? 3.289/84 (MENSAGEM N'? 94,DE 1984, DO PODER EXECUTIVO),QUE "DISPõE SOBRE O C6DIGOBRASILEIRO DO AR"
Presidente :Bonifácio de Andrada - PDS
1.0_Vice-Presidente:Manoel Ribeiro - POS
2.°_Vice-Presidente:JoSé Maranhão - PMDB
Relator-,Geral:Jorge Vargas - PMDB
Titulares
PMDBOdilon Salmoria
1} COMISSÃO ESPECIAL DESTINADAA DAR PARECER AO PROJETO DELEI N9 634175, DO PODER EXECUTIVO, QUE INSTITUI O CóDIGOCIVIL
Presidente:Pimenta da Veiga - PMDB
1.°_Vice-Presidente:Elquisson Soares - PMDB
2oo-Vice-Presidente: Gilton Garcia - PDSRelator-Geral:
Ernani Satyro - PDS
Rela.tores Parciais:
Depo Israel Dias-Novaes -- Parte Geral - Pessoas, Bens e Fatos JurídicosDep. Francisco Rollemberg - Livro I - ParteEspecial - ObrigaçõesDepo Francisco Benjamim - Livro II - ParteEspecial - Atividade NegociaIDep. Afrísio Vieira Lima - Livro lIr - ParteEspecial - CoisasDep. Brandão Monteiro - Livro IV - ParteEspecial - FamíliaDop. Roberto Freire - Livro V - Parte Especial- Sucessões e Livro Complementar
Vago
Reunião:Anexo n - Sala 14 - Ramais: 6408 e 6409Secretário: Antonio Fernando Borges Manzan
Matheus Schmidt
Flávio BierrembachJorge Vianna
PDSítalo COnti Navarro Vieira FilhoJosé Ribamar Machado
PDT
JoSé FernandesManoel RibeiroPedro GermanoRaul BernardoWiImar PaUs
Orestes MunizPaulo BorgesRosa Flores6 vagas
JOsias LeiteLeônida.~ RachidPaulo MalufSantos FilhoVictor Faccioni
Marcos LimaPaulo MincaronePaulo ZarzurSérgio FerraraTidei de LimaWalber Guimarães
PFL
PDS
PDS
PTB
PFL
Stélio DiasWolney SiqueiraVago
PDT
Vago
Carlos PeçanhaDeniBar ArneiroD/lson FanchinDomingos JuvenilFelipe CheiddeHorácio OrtizJoaquim RorÍl'l
Airton SandovalFrancisco DiasGeraldo FlemingJoSé UlissesLuiz Leal
COORDENAÇÃO DE COMISSÕESTEMPoRARIAS
Adail VettorazzoAmaral NettoAugusto TreinEmídio PerondiEraldo Tinoco
20) COMISSÃO DE TRANSPORTES
Alair FerreiraDarcy PozzaEurico RibeiroHélio CorreiaJairo Azí
Alcides Franciscato Ruy BacelarAlércio Dias Simão SossimLázaro Carvalho
Diretor: Walter Gouvêa Costa
Local: Anexo II - Tel: 226-2912Ramal: &401
Seção de Oomis!Iões Especiais
Chefe: Stella Prata da Silva Lopes
Local: Anexo II - Te!.: 223-8289Ramais: 6408 e 6409
Seção de Comissões Parlamentaresde Inquérito
Chefe: Lucy Stumpf Alves de Souza
Local: Anexo n - Te!. 223-7280Ramal 6403
Bceayuva Cunha
Presidente :Juarez Baptista - PMDB-MG
1.0_Vice-Presidente:Navarro Vieira Filho - PFL-MG2.°_Vice-Presidente:
Mendes Botelho - PTB-SP
TitularesPMDB
PDTJosé COlagrossi Vago
Suplentes
PMDB
Carlos EloyDionísio HageMauricio Campos
Celso Amaral
Reuniões:Quartas e quintas-feiras, às lO:OOhLocal: Anexo II - Sala 24 - R.: 6370 e 6371Secretário: Carlos Brasil de Araújo
Myrthes BevilacquaMoysés Pimentel
PDS
Nelson Costa5 vagas
Irineu BrzesinskiIvo VanderlindeLuiz HenriquePacheco ChavesVago
POS
PDS
PFL
Natal GalePaulo Melro
Ronaldo Canedo4 vagas
PFL
Ubaldino MeirellesVivaldo Frota
PDT
PDT
PTB
PTB
PFL
Ronaldo Canedo
PDT
TitularesPMDB
Mário de OliveiraNelson WedekinRenan Calheir06Rosemburgo Romano
Suplentes
PMDB
SuplentesPMDB
Farabulini Júnior
Vago
Floriceno Paixão
Antônio GomesGuido Moesch
Antônio AmaralArtenir WernerOsmar Leitão
EmUio GalloMaluly NetoMário Assad
Brabo de CarvalhoDarcy PassosDomingos LeonelliFernando CunhaFrancisco Amaral
Airton SoaresAurélio PeresCássio GonçalvesJúlio Costamilan
JoSé Machado
Edme TavaresFernando BastosNylton Velloso
Freitas NobreGilson de BarrosJorge Uequed
Mendes Botelho
Reuniões:
Quartas-feiras, às 9:00 horas
Locll.1: Anexo n - Sala 9 - R.: 6368Mecretário: Ivan Roque Alves
Clemir RamosRelatores Parciais:Navarro Vieira Filho - Titulas I e IIJoSé Maranhão - Títulos III e IVítalo Conti - Titulas V e XIMatheus Schmidt - Titulo VIFláVio Bierrembach - Titulas VII e VIIIOdilon Salmoria - Titulos IX e XReuniões: Quintas-feiras, às 16 horasLocal: Anexo II - Ramais 6408 e 6409Secretária: Symira PalatinikReunião:Anexo 11 - Ramais: 6408 e 6409Secretária: Symira Palatinik
4) COMISSÃO ESPECIAL DESTINADAA ESTUDAR E PROPOR MEDIDASSOBRE REFORMA AGRARIA
Presidente:Fernando Santana - PMDB-BA
l.0_Vice-Presidente:Márcio Lacerda - PMDB-MT
2.°_Vice-Presidente:Balthazar de Bem e Canto - PDS-RS
Relator:Reinhold Stephanes - PFL-PR
TitularesPMDB
BaJ'ma Júnior Pratini de MoraesJosé Carlos Fonseca Siqueira Campos
Maçao TadanoRubens Ardenghi
Osvaldo Coelho
PFL
PDT
PDS
Suplentes
PMDB
Hélio DuqueCardoso AlvesPaulo Zarzur
Nilton Alves
Homero Santos
Jorge ArbageAdroaldo CamposCunha Bueno
Harry AmorimGustavo de FariaMárcio Lacerda
Eduardo Mattarazzo Nyder BarbOlJaSuplicy OSwaldo Trevisan
PD5
Raymundo Asfora
PDSJoão PaganellaSaramago Pinheiro
PFL
Antônio OsórioGerardo RenaultGerson Peres
Alcides Lima
Cid CarvalhoJoão GilbertoMiguel ArmesOswaldo Lima Filho
PDS
Vivaldo FrotaVago
PDT
SuplentesPMDB
VagoVago
Aldo ArantesHorácio OrtizVago
Eurico RibeiroOsmar LeitãoVictor Faccioni
Ademir AndradeSérgio Cruz
Suplentes
PMDB
3} COMISSÃO ESPECIAL DESTINADAA EXAMINAR O PROJETO DE LEIN9 3.153, DE 1984, QUE AUTO,RIZAA SUPERINTEND~NCIA DO DESEN·VOLVIMENTO DO NORDESTE, "SU·DENE", A ESTABELECER ZONASECONôMICAS ESPECIAIS EM ES·TADOS ATINGIDOS PELAS SECAS
Osvaldo Nascimento
Nelson do Carmo
PDT
PTB
PDS
Furtado LeiteHélio Dantas
José Colagrossi
Reuniões:
PFL
Francisco Studart
PDT
PDT
Sebastião Atafde
Secretária: Maria Teresa de Barros PereiraRamal: 6409
Pl'esidente :JutahY Júnior - PDS-BA
l.°-Vice-Presidente :Afrísio Vieira Lima - PDS-BA2.o-Vice-Presidente:
Ciro Nogueira - PMDB-PIRelator:
Oswaldo Lima Filho- PMDB-PE
TitularesPMDB
Francisco Pinto Raimundo AsforaJosé Carlos Vasconcellos
PDS
PFL
Octávio Cesário
PDS
Terças, quartas e quintas-feirasLocal: Comissão Parlamentar de InquéritoSecretária: Marci Ferreira Borges
Floriceno Paixão
PT;
Presidente:Humberto Souto - PFL-MG
Vice-Presidente:Oswaldo Lima F'ilho - PMDB-PE
PDT
PTB
José Maranhão Roberto RollembergOswaldo Lima Filho Sérgio Murilo
PMDB
Ernani SatyroGorgônio Neto
COMISSÃO INTIERPARTIDARIA PARAREFORMA DO REGIMENTO INTERNO
Eduardo MatarazzoSuplicy
Gastone Righi
Celso Barros Jairo Magalhães
Elquisson Soares
Pedro GermanoPratini de Moraes
PT
3 vagas
PDT
PFL
Oswaldo CoelhoMário Assad
PTBCelso Amaral
Irma Passoni
Jacques D'Ornellas
Jutahy JúniorMaçao TadanoOctávio Cesário
Francisco ErseNorton Macedo
5) COMISSAO PARLAMENTAR DE IN·QUeRITO DESTINADA A INVESTI·GAR A ATUAÇAO DO SISTEMABANCÁRIO E FINANCEIRO DO BRA·SIL
Resolução n.O 30/64Prazo: de 24-4-85 a 12-11-85
Presidente:Paulo Míncarone - PMDB-RS
Vice-Presidente:Jutahy Júnior - PDS-BA
Relator:Evandro Ayres de Moura - PFL-CE
Titulares
PMDB
:Ramal: 6409secretária: Maria Izabel de Azevedo Arroxellas
Medeiros
Celso Sabóia
Gomes da SilvaOscar Corrêa
Edison Lobão
PDS
PDT
PMDB
Suplentes
Adroaldo Campos
5 (cinco) vagas
Antônio FariasBonifácio de AndradaDjaIma Bessa
José Frejat
olARIO DO CONGRESSO NACIONAL
PREÇO DE ASSINATURA(Inclusa as despesas de correio)
SeçAo I (CAmara dos Deputados)
Via-Superfície:
Semestre .....AnoExemplar avulso
..... Cr$.... Cr$
........................ Cr$
Seção 11 (Senado Federal)
Via-Superfície:
3.000,006.000,00
50,00
Semestre . . . . . . . . Cr$Ano . Cr$Exemplar avulso Cr$
3.000,006.000,00
50,00
Os pedidos devem ser acompanhados de Cheque Visado, pagáveis em Brasília ou
Ordem de Pagamemo pela Caixa Econômica Federal - Agência PSCEGRAF, Conta-Corrente n9
920001-2, a favor do:
Centro Gráfico do Senado Federal
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CEP 70.160
REVISTADE INFORMACÃOLEGISLATIVA NQ 82
E stá circulando o n9 82 (abril/junho de 1984)da Revista de Informação Legislativa,
periódico trimestral de pesquisa jurídicae docúmentação legislativa, editado pelaSubsecretaria de Edições Técnicas do Senado Federal.Este número, com 420 páginas, contém as seguintesmatérias:
• Os métodos de solução pacífica • Inconstitucionalidade de fusãode controvérsias internacionais: e incorporação de Partidos Políticostendências recentes Celso BastosAntônio Augusto Cançado Trindade • A Missão Inglesa de 1924_ Justiça social e interpretação Mircea Buescu , ,no direito brasileiro - Gestão de empresa com partlclpaç;ãoHaroldo Valladão de seus empregados_ Revogada a Constituição de 1967 (Ca~ta fed.eral - art. 165, inciso V)- breve comentário a uma decisão do STF Jose Martins CathannoRubem Nogueira • Trabal~~dor ,br~sileiro ~o estrangeijro• Parlamentarismo ou democracia? Paulo Emlllo RibeIro de VllhenaEduardo K. M. Carrion • Movimento sindical de trabalhadores• Aspectos do federalismo norte-americano rurais ~ a moderni~a~ãoTorquato Lorena Jardim d? agn~ultura brasileira• O direito da crise Vllma FigueiredoArnaldo Wald • Anotações ao Código da Propriedade• O desprestígio das leis Industrial (arts,. 19 a 58 - Patentes)Eduardo Silva Costa Nuno Tomaz Pires de Carvalho_ O Parlamento brasileiro e o problema • O Di~eito Penal Econômi~o , .do menor abandonado e os cnmes contra a propriedade lnc1ustnalPaulo de Figueiredo . Ele~nora ,de Souza Lun~• Pena de morte e colônias correcionais • T!t~landade da obra IntelectualPaulino Jacques AntC?n1~ Chaves ,• Processo político e participação ., D!relto de a~tor e Interesse .Carlos Antônio de Almeida Melo publico nos pals~s em desenvolvimento• Voto distrital e os Partidos Políticos Carlos Alberto BlttarDavid V. Fleischer '" Assinatura para 1985 (n95 85 a 88): Crl~ 48.000,00
À venda na Subsecretaria de Edições Técnicas,Senado Federal, 229 andar. Brasília, DF - CEP 70160Encomendas me9iante cheque visado pagável em Brasília ou vale postal.Atende-se, tambem, pelo reembolso postal.
CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICAFEDERATIVA DO BRASIL
QUADRO COMPARATIVO
(4~ edição)
Texto constitucional vigent~ (incluindo a EmendaConstitucional nl? 22/82) comparado à Constituiç--ão promulgada em 1967 e à Carta de 1946.
152 notas explicativas, contendo os textos dos AtosInstitucionais e das Emendas à Constituição de 1946.
Indice temático do texto constitucional vigente.(Elnendas Constitucionais
nQs 23 e 24, de 1983,
em separata)
À venda na Subsecretaria de Edições Tecnicas - Senado Federal (221? andar do Anexo I) - Brasília, DF - CEP:70160, ou mediante vale postal ou cheque visado pagável emBrasília (a favor da Subsecretaria de Edições Técnicas do Senado Federal). Atende-se, também, pelo reembolso postal.
EDIÇÃO DE HOJE: 56 PÁGINAS
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