7/25/2019 01 Augusto Dos Anjos Decifrado-Introduo
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Amigas e amigos, boa noite.
Vamos decifrar Augusto dos Anjos, porque ningum
saber o suciente dele antes de decifr-lo, porque,quando ele diz, faz ecos, e os ecos so produzidos nas
reentrncias dos cora!es onde ecoa o que ele diz.
"ara compreend#-lo, necessrio construir-se a partir de
sua pr$pria melancolia, como n$s fazemos, para con%i%er
com os imensos dias funerrios de &uritiba.
'(istem seres como n$s, que apreciam Augusto dosAnjos, mesmo sem con)ec#-lo, e essas criaturas so
encontradas dentre toda a fauna do submundo dos
poetas malditos.
Apreciamos o Augusto ao nos assistir bailando um tango
passional e trgico, no nosso cinema *ntimo, e
tropearmos coreogracamente num maldito
paralelep*pedo irregular do calamento da realidade.
Augusto delicioso ao nosso apetite de narcisismo.
+ominar a pronncia dif*cil de suas pala%ras o
signicado da ordem in%ersa de suas frases o sentido
dado pela pontuao que estaciona em lugar proibido,nos nutre a %aidade, e lembramos que estamos %i%os.
Augusto foi poeta e professor, nasceu em //0, na
"ara*ba, e faleceu em 10, aos 23 anos, %itimado por
pneumonia.
4s literatos di%ergem5 para uns, que
foi simbolistaou parnasiano, para outros, foi pr-
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modernista, )aja %ista que utilizou-se de um %ocabulrio
pesadopara sua poca.
Augusto escre%eu somente um li%ro5 6'u, e outras
poesias7. Voc#s podem fazer o do8nload deste li%ro no
site5 999.dom*niopblico.go%.br.
'sse poeta %i%eu uma grande crise e(istencial, porque o
sentido de sua %ida foi forjado, ainda na infncia, pela
crena na sal%ao religiosa ap$s a morte. ', j adulto,
%i%eu no al%orecer do sculo :3, poca, em que as
ci#ncias naturais, com ajuda de ;ietzs)e, mataram +eus.
uando estudamos sua obra com o dicionrio em mos,
signicado mara%il)oso.'(plicamos5
Az#mola uma pala%ra dif*cil. ?unto ao dicionrio,
soubemos que Az#mola a besta de carga, o ca%alo que
tem sua jornada de trabal)o aumentada, sem )ora e(tra,
e no os adicionais de insalubridade. @omente ento
uma estrofe de Augusto nos foi re%elada. 4uamos o que
ele diz5
Na existncia social, possuo uma arma
O metafisicismo de Abidarma E trago, sem bramnicas tesouras,
Como um dorso de azmola passiva,
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A solidariedade subjetiva
De todas as espcies sofredoras.
... ele entra em profunda empatia espiritual com o
animal, e irmana-se, pela consci#ncia do sofrer, com todaa espcie de %ida. Ao captarmos sentimentos como este,
a decifrao de Augusto dos Anjos nos d uma imenso
prazer espiritual.