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INSTITUTO DE ENGENHARIA DO PARAN
INSTITUTO DE TECNOLOGIA PARA O DESENVOLVIMENTO
(LACTEC)PROGRAMA DE PS-GRADUAO EM DESENVOLVIMENTO DE
TECNOLOGIA
(PRODETEC)
Jane Vechi de Souza
Aprimoramento e Validao de Tcnica deClassificao de Perfi l de Cargos com Sistema
de Anlise Grafolgica
Curitiba2008
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JANE VECHI DE SOUZA
APRIMORAMENTO E VALIDAO DE TCNICA DE CLASSIFICAO DEPERFIL DE CARGOS COM SISTEMA DE ANLISE GRAFOLGICA
Curitiba
2008
Trabalho de concluso de curso aprovado comorequisito para obteno do grau de Mestre, noMestrado Profissional do Programa de Ps-graduao em Desenvolvimento de Tecnologia,realizado pelo Instituto de Tecnologia para oDesenvolvimento (LACTEC) em parceria com oInstituto de Engenharia do Paran (IEP).
Orientador: Prof. Dr. Eduardo Marques Trindade
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Dedico este trabalho a Deus Jeov, a minha
famlia e a todos queles que me apoiaram
no desenvolvimento deste projeto.
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AGRADECIMENTOS
Aos meus pais (in memorian), pelo incentivo e apoio em todas as minhas
trajetrias de vida, sempre me impulsionando para novas conquistas e que
contriburam para a plenitude da formao de meu carter.
Ao meu marido, companheiro, pelo envolvimento e acompanhamento
durante o processo de construo deste trabalho.
Ao IEP/LACTEC, por proporcionar grandes momentos de aprendizagem,
com a expertise de seus docentes e educadores.
Aos Coordenadores, Professores e em especial ao meu orientador Dr.
Eduardo Marques Trindade, que desde o incio mostrou-se receptivo e prestativo,
dedicando seu amplo conhecimento na orientao tcnica e contextualizao do
presente estudo.
s empresas que participaram da pesquisa, com informaes essenciais
para o desenvolvimento deste trabalho.
Aos profissionais da rea de Grafologia, pelo compartilhamento de seus
conhecimentos o que me permitiu repensar novos conceitos, ampliando assim
minha percepo e qualificao sobre o tema.
Aos profissionais em geral, colegas de Mestrado, que ao convivermos em
momentos especficos durante o curso, somaram minha formao uma
diversidade de culturas, at ento desconhecidas.
Support Consultoria e seus colaboradores, por me disponibilizar espao
para a aplicao do estudo presente em seus projetos no mercado corporativo.
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Ao escrever projetamos
inconscientemente nosso ser.Escrever conscientemente o mesmo que desenhar
inconscientemente o desenhode si mesmo, isto , elaborar
o seu auto-retrato.
Agostinho Minicucci
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SUMRIO
LISTA DE FIGURAS VII
LISTA DE TABELAS VIII
RESUMO IX
ABSTRACT X
I INTRODUO 1
II HIPTESE 4
III BASES TERICAS 5
1 DEFINIO 5
1.1 HISTRICO DA GRAFOLOGIA NO MUNDO 6
1.1.1 A grafologia no Brasil 8
1.2 ELEMENTOS BSICOS DO GRAFISMO 9
1.2.1 O ato de escrever 9
1.2.2 Aspectos grficos: traos, letras, termos tcnicos 10
1.2.3 As letras do ponto de vista da anatomia 10
1.2.4 As letras do pontos de vista fisiolgico ou de movimento 12
1.2.5 As letras do ponto de vista grfico 12
1.3 O SIMBOLISMO DO ESPAO GRFICO 15
2 SINAIS GRFICOS ESPECIAIS 20
3 A GRAFOLOGIA EM SELEO DE PESSOAS NAATUALIDADE
24
3.1 SELEO E TECNOLOGIA 26
3.1.1 Tcnicas e testes de seleo 31
4 OBJETIVO GERAL 314.1 OBJETIVOS ESPECFICOS 31
5 METODOLOGIA 32
5.1 Resumo comparativo dos conceitos aplicados neste trabalho 34
6 CARACTERSITICAS COMPARATIVAS DEPERSONALIDADE: LITERATURA X PROPOSTA DETRABALHO
39
6.1 DADO GRAFOLGICO MARGEM DIREITA 39
6.2 DADO GRAFOLGICO PROPORO DA ESCRITA 39
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viii
6.3 DADO GRAFOLGICO ASSINATURA 40
6.4 DADO GRAFOLGICO LETRA TIPOGRFICA 40
6.5 DADO GRAFOLGICO MARGEM ESQUERDA AUSENTE 41
6.6 DADO GRAFOLGICO ESCRITA OSCILANTE 41
6.7 DADO GRAFOLGICO ESCRITA DESCENDENTE 42
6.8 DADO GRAFOLGICO ESCRITA ASCENDENTE 42
6.9 DADO GRAFOLGICO ANLISE DAS LETRAS
INDIVIDUAIS
43
7 RESULTADOS 43
8 DISCUSSO 55
9 APLICABILIDADE DA GRAFOLOGIA NO MUNDO E NOS
NEGCIOS
57
10 USO DA TECNOLOGIA COM GRAFOLOGIA NOPROCESSO DE SELEO
57
10.1 CARACTERSTICAS DO SOFTWARE DE GRAFOLOGIA 58
10.1.1. Mecanismos de funcionamento 58
11 CONCLUSO 62
REFERNCIAS 63
ANEXOS 67
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LISTA DE FIGURAS
Figura 1 - Estruturas das letras.........................................................................11
Figura 2 - Zonas da escrita................................................................................11
Figura 3 - Espao grfico da escrita..................................................................15
Figura 4 - Inclinao da letra esquerda..........................................................18
Figura 5 - Inclinao da letra direita...............................................................18
Figura 6 - Linhas que sobem.............................................................................19
Figura 7 - Linhas que descem...........................................................................19
Figura 8 - Sinal grfico guirlanda.......................................................................20
Figura 9 - Sinal grfico arco...............................................................................20
Figura 10 - Sinal grfico bucl.............................................................................21
Figura 11 - Sinal grfico serpentina.....................................................................21
Figura 12 - Sinal grfico espiral............................................................................21
Figura 13 - Sinal grfico tringulo........................................................................22
Figura 14 - Sinal grfico arpo.............................................................................22
Figura 15 - Sinal grfico n..................................................................................22
Figura 16 - Sinal grfico tores..........................................................................23
Figura 17 - Sinal grfico unha de gato.................................................................23
Figura 18 - Sinal grfico rasgo de escorpio.......................................................23
Figura 19 - Sinal grfico dente de vampiro..........................................................23
Figura 20 - Sinal grfico ressaca.........................................................................23
Figura 21 - Sinal grfico onda..............................................................................24
Figura 22 - Sinal grfico rabo cado.....................................................................24
Figura 23 - Sinal grfico inflado...........................................................................24
Figura 24 - Esquema metodolgico ....................................................................33Figura 25 - Resultado grfico...............................................................................56
Figura 26 - Ilustrao da apresentao inicial do software degrafologia desenvolvida nesta pesquisa............................................59
Figura 27 - Interface para fins de registro de dados............................................60
Figura 28 - Levantamento de perfil da escrita.....................................................60
Figura 29 - Gerar laudo relatrio final...............................................................61
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x
LISTA DE TABELAS
Tabela 1 - Resumo comparativo dos conceitos aplicados neste trabalho...........34
Tabela 2 - Relao das empresas que participaram da pesquisa.......................36
Tabela 3 - Cargos responsveis pelas informaes contidas nos perfisencaminhados pelas empresas pesquisadas.....................................36
Tabela 4 - Escolaridade dos selecionadores das empresas pesquisadas..........37
Tabela 5 - Procedimentos utilizados na seleo de pessoas nas empresaspesquisadas........................................................................................37
Tabela 6 - Utilizao de testes psicolgicos e grafologia por famlia de cargosnas empresas pesquisadas................................................................38
Tabela 7 - Idade de candidatos que participaram da pesquisa...........................38
Tabela 8 - Escolaridade dos candidatos que participaram da pesquisa.............38
Tabela 9 - Literatura grafologia atual X perfil real X proposta de trabalho..........44
Tabela 10 - Resultado comparativo entre mtodo tradicional e proposta detrabalho nas empresas pesquisadas................................................55
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RESUMO
Atualmente cada vez mais as organizaes buscam estratgias nos
processos seletivos para identificar personalidades competentes que ocupem
com maior preciso os cargos nelas existentes. O objetivo deste trabalho
apresentar a base da grafologia atual como ferramenta estratgica a ser utilizada
em mapeamentos de personalidade, com o objetivo de selecionar pessoas em
empresas e organizaes. Visto que a Grafologia se utiliza dos movimentos da
escrita para identificar a personalidade, comportamentos e aptides, faz-se
necessrio compar-la profundamente com alguns testes psicolgicos, entre eles
Quati, questionrio de avaliao tipolgica, que avalia a personalidade, o
Palogrfico e HTP, testes que avaliam a personalidade com base na expressogrfica, tambm utilizados em anlise de perfil de cargos. Neste trabalho foram
analisadas cerca de 500 amostragens distribudas em seis empresas, de
pequeno, mdio e grande porte.
Desta forma foi possvel validar a autenticidade e a sobreposio da
grafologia aos demais testes psicolgicos e assim, agregar alguns aspectos de
melhoria com relao aos mtodos grafolgicos normalmente aplicados no
mercado por profissionais da rea.
Palavras-chave: Grafologia. Seleo de Pessoas. Personalidade. Testes
Psicolgicos. Quati. HTP. Palografia.
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ABSTRACT
Nowadays more and more the organizations seek strategies in the
selective process to identify competent personalities that fill more precisely the
existing positions. The aim of this study is to present the basis for the present-day
graphology as a strategic tool to be used in personality mapping, aiming at
selecting people in companies and organizations. As Graphology is a science and
it uses the handwriting movements to identify the personality, behaviors and
aptitudes, it is necessary to deeply compare it with some psychological tests,
among them the Quati test, the Palographic test and the HTP, also used in job
profile analysis, as well as to make a comparison with laboratorial studies,
including around 500 samples distributed among six companies of small, mediumand large size.
This way, it was possible to validate the authenticity and overlapping of
graphology to the other psychological tests and this way aggregate some aspects
of improvement connected to the graphological methods usually applied in the
market.
Key-words:Graphology, selection of people, personality, psicologys test. Quati,HTP, Palography.
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1
I INTRODUO
O contexto atual de mercado passa por mudanas drsticas em diversos
segmentos, com avanos no desenvolvimento industrial e tecnolgico, a partir da
dcada de 90. As organizaes ficaram frente a uma verdadeira revoluo, pois o
volume de informaes aumentava todos os dias e surgia em todas as partes do
planeta. Para as empresas, s restou uma opo: enquadrar-se a este novo cenrio
ou serem sufocadas pela concorrncia. As novas e crescentes exigncias e os
inesperados desafios no contexto do mundo atual exigem que organizaes pensem
e ajam de um jeito diferente. Buscar inovar em cada processo dentro da empresa
fundamental para a competitividade e sobrevivncia mercadolgica. Portanto, ainovao pode ser aplicada nos produtos, nos processos, na prpria tecnologia, na
gesto, nos negcios, nos investimentos. Em uma empresa que busca alcanar uma
posio de liderana no mercado, todos os seus processos precisam viver em um
ciclo de constante evoluo. No basta criar algo de destaque e fazer uso at que se
torne obsoleto. preciso estar frente.
A Inovao o instrumento especfico dos empreendedores, o processo pelo
qual eles exploram a mudana como uma oportunidade para um negcio diferente
ou um servio diferente.(DRUCKER, 1986)
Sendo assim, inovar gerar alternativas melhores para velhas solues ou
alternativas novas para resolver novos e velhos problemas. A inovao e o
conhecimento so, hoje, os principais fatores que determinam a competitividade de
setores, pases e empresas.
Deve-se entender que inovao no algo que ocorra apenas em pases
avanados, em indstrias de alta tecnologia. O processo inovativo ocorre quando aempresa domina e implementa o designe a produo de bens e servios que sejam
novos para ela, independente do fato de serem novos ou no para os seus
concorrentes.
A gesto do conhecimento uma ferramenta imprescindvel para a gerao
de inovaes tecnolgicas nas organizaes e deve ser utilizada para facilitar tal
gerao, desde o compartilhamento do conhecimento tcito entre as pessoas, at a
globalizao deste conhecimento por toda a organizao. Quando se fala em
inovao tecnolgica, muitas vezes pensa-se apenas em mquinas e equipamentos
de ltima gerao, sofisticados computadores, tecnologia de ponta, entre outros.
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2
Mas a inovao tecnolgica no apenas isso. Tambm novas formas de se
construir novos servios, novos processos e procedimentos podem ser considerados
como inovaes tecnolgicas. Mesmo algumas pequenas alteraes nos processos
que j esto sendo utilizados podem ser consideradas como inovaes tecnolgicas.
preciso unir o raciocnio produtivo e a ao inovadora, que resultem em
vantagem competitiva. Dentro dessa realidade, a rea de Recursos Humanos
tambm foi obrigada a acompanhar as mudanas e isso significou correr contra o
tempo e assimilar novos conhecimentos, notadamente por meio da adoo de novas
ferramentas que facilitam o andamento dos processos relativos rea. importante
ressaltar que uma empresa composta de pessoas, que devem ser responsveis
pelo gerenciamento de processos e recursos, bem como pela gesto e xito nosresultados. Sendo assim, a incluso (seleo) de profissionais em ambientes
empresariais deve ser acompanhada de forma criteriosa, com tcnicas que permitam
analisar com profundidade a personalidade e competncia de futuros colaboradores.
Percebe-se uma preocupao progressiva, por parte das empresas, em saber
sobre as condies de sade mental, emocional e fsica dos candidatos propostos a
determinados cargos. A partir de tais avaliaes realizadas pela rea de Recursos
Humanos, possvel absorver do mercado, profissionais qualificados em aspectoshumanos e tcnicos, acompanh-los e orient-los profissionalmente, gerando assim
maior sustentao no processo de crescimento individual e empresarial. Neste
contexto, a grafologia, definida como a avaliao da personalidade e do carter
com base na escrita, se consolida cada vez mais, como um instrumento vlido de
anlise.
A grafologia no um teste, como muitos podem pensar. Alguns graflogos
para conseguir aceitao, tm tentado apresent-la como tal, passando um conceitoerrneo. Efetivamente, os testes so provas artificiais constitudas e calculadas
como nico fim de determinar atos e atitudes, enquanto a escrita (fonte da avaliao
grafolgica) constitui um dado que provm da parte inerente da personalidade e que
se expressa inconscientemente. Por isso, a eficcia dessa cincia j foi provada
principalmente em certos pases do ocidente, onde a grafologia j tem o seu lugar
(MATHIEU,1995).
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3
Os pases como Alemanha, Argentina, Espanha, Frana, Itlia, Sua e Estados
Unidos, utilizam a grafologia com estudos marcantes sobre o Tema, relacionados
abaixo:
Alemanha - Nvel de forma, Pophal, Preyer, R. Weiser, R. Scherman;
Argentina - Grafologia emocional, J.Ballandras, M.E.Echevarria, P.J. Foglia;
Espanha - Grafologia tipolgica, Grafoterapia, Grafonomia, M. Ras, A. Guevara,
M.Almela, C. M. Espialt, M.Xandr, A.Vels, Isabel Sanchez-Bernuy;
Frana - Gneros e espcies grafolgicas, Crpieux-Jamin, P.Foix, G. Beauchataud,
S.Bressard, M.Noblens, M.Delamain;
Itlia - Grafopsicologia, Metodologia grafolgica, M.Marchesan, J.Moretti, G.Vian,
M.Leibl, E.Crotti, C.Vanini;Suia - Simbolismo do espao grfico, Max Pulver, C.Santoy, A.Teillard (Jung);
Estados Unidos Grafoanlise, N.B.Bunker, Peter Ferrara (presidente do IGAS em
Chicago), Andrea Mc. Nichol.
Paulo Sergio de Camargo (1999), ressalta algumas empresas que utilizam a
grafologia em seus processos de seleo, promoo e desenvolvimento de carreira
so: Bank of America, Citibank, Departament of Defense (USA), Coca-Cola, Ford
Motor Company, FBI, General Electric, Macy`s, Merrill Linch, Nestl, Renault,
Peugeot Motors, Time, Toyota, United State Cout Systems, Xerox, Roche, Sulacap,
HSBC, Banco Francs Brasileiro.
No presente trabalho, participaram outras empresas que tambm utilizam a
grafologia em processos de seleo, entre elas, Rede de Hotis Bourbon, Grupo
Po de Acar, CR Almeida Construtora, Daiken Indstria Automao, Teclgica
Servios Informtica.
O principal objetivo de um recrutamento com qualidade oferecer organizao pessoas com temperamentos e carter que se ajustam cultura da
entidade e possam trazer melhores resultados em geral. A grafologia moderna,
conta com o apoio da tecnologia para viabilizar o processo de correo e elaborao
de um perfil, evitando morosidades. Sendo assim, a proposta deste trabalho,
tambm inclui a construo de uma ferramenta tecnolgica para o auxlio em
seleo de talentos, no que diz respeito ao processamento de dados para, enfim,
mapear caractersticas de personalidade. O software tem uma finalidade especfica:
comportar respostas do graflogo, aps anlise minuciosa da escrita e devolver em
forma de laudo as caractersticas mais marcantes do comportamento humano.
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4
II HIPTESE
Muitos estudos tm sido realizados no correr dos anos, sobre a anlise da
escrita e diversas escolas foram criadas, orientando-se por critrios filosficos
diversificados. O estudo da grafologia evolutivo, e neste sentido de
responsabilidade dos estudiosos atuais validarem por meio de laboratrios,
caractersticas de personalidade que mais se apresentam nos indivduos submetidos
s avaliaes. Desta forma contribuem para a crescente maturidade desta cincia
com novos trabalhos, visando aprimorar todos os parmetros que estruturam a
vivncia relacional e afetiva; mas necessrio que o graflogo vivencie e interiorize
essas noes para aprofundar-se no conhecimento da grafoanlise. precisocontinuar, mostrar o empenho enquanto especialista na anlise de pessoas, deixar
aos demais, com honestidade, aquilo que pode ser provado, pois o saber
patrimnio de todos e no pode ser limitado aos olhos daqueles que podem dar tal
continuidade de desenvolvimento.
Baseando-se na experincia empresarial de 15 anos, com estudos sobre a
personalidade humana em meios organizacionais, foi realizado uma pesquisa
comparativa e inovativa, entre grafologia e testes psicolgicos, com o objetivo defundamentar a tese proposta, onde obteve-se resultados que puderam agregar
conhecimento para a cincia da grafologia, na atualidade. Esse estudo prope uma
confirmao e soma na abordagem terica e prtica da grafologia no uso em
processos seletivos, visando melhorias e maior fidelidade de resultados na anlise
de perfil de cargos. Para que o desenvolvimento do trabalho atingisse sua plenitude,
foram coletados resultados de testes psicolgicos com cerca de 500 profissionais em
processos de seleo, com caractersticas pessoais e profissionais. Aps, foiaplicado o mtodo grafolgico para avaliar as mesmas personalidades e comparar
resultados com a literatura padro de grafologia existente na atualidade, bem como
foi realizado uma anlise comparativa com os resultados das testagens psicolgicas
recebidas pelas respectivas empresas. Foi complementado com a experincia
pessoal em estudos e prticas sobre a grafologia e, finalmente, includo em software
desenvolvido sobre o tema.
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III BASES TERICAS - GRAFOLOGIA
1 DEFINIO
Segundo Nezos (1986), a Grafologia o estudo da estrutura psicolgica do
ser humano atravs da sua escrita. uma cincia social e, assim como as outras,
depende de pesquisa e experimentao no de intuio ou magia. No h nada de
mgico ou mstico sobre a Grafologia, apesar de a intuio ser extremamente til, da
mesma maneira que o tambm em outras disciplinas, como Medicina, Psicologia,
Fsica, Histria, Qumica e Direito.
Pode-se dizer que a grafologia uma cincia da escrita. Quem estuda agrafologia, capaz de deduzir a personalidade de quem escreve. O ato de escrever,
regido pelo crebro, traz tona, de forma direta, manifestaes subconscientes
surpreendentes. Portanto, os sistemas nervoso e circulatrio, alm do crebro,
influem no ato de escrever.
Conforme Xandr (1993), posso garantir que no encontrei, nem conheo
nenhum sistema psicolgico isolado, nem bateria de testes, que possam penetrar
to profundamente na pessoa, com tantas possibilidades e garantias de acerto comoa grafologia.
A excelente grafloga belga Cobbaert (1980)prope uma descrio muito til
da personalidade, que se refere a determinados elementos classificados em trs
esferas, que ela denomina assim:
Esfera intelectual:que agrupa os sinais de cultura, rapidez, as formas de memria, o
tipo de viso, etc.
Esfera de carter: na qual se reflete tudo o que corresponde extroverso, introverso, emotividade, vontade, vitalidade, etc.
Esfera social: mostra a forma de suas relaes com os outros, a sinceridade, a
conscincia no trabalho, a eficcia.
Segundo Pulver (1992) o consciente escreve e o inconsciente dita.
Sendo assim, no incio de uma carta comeamos a escrever controlando os
impulsos, e depois passamos a escrever como realmente somos.
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6
1.1 HISTRICO DA GRAFOLOGIA NO MUNDO
Conforme encontramos na histria, os chineses j conheciam a grafologia,
desde o sculo XI, mas tipicamente a Grafologia Intuitiva. Atribui-se a Aristteles,
Demtrius de Phalere, ao poeta Mnandre e a Dennis d Halicarnasse, estudos
iniciais referentes a escrita, segundo Crepieux Jamin (1957).
O primeiro livro que conhecemos sobre essa cincia foi editado em Capri, na
Itlia, em 1622, sendo que seu autor, o mdico Camilo Baldi, foi professor de
filosofia na Universidade de Bolonha. Tinha por ttulo Trattado come d Una Lettere
Missiva se Conosccano La Natura e Qualit dello Scrittore.
Severinus (1656) um anatomista cirurgio napolitano, escreveu por essamesma poca um livro intitulado Vaticanator, sive Tractatus de divinatione litterali
(Adivinhador ou Tratado de adivinhao epistolar). De acordo com Santos & Loevy
(1987), este livro procurava associar escrita e personalidade do indivduo.
Foi Lavater que, incentivado por Goethe, investigou a escrita e comprovou
seus estudos pela fisiognomia (estudo do conhecimento do carter das pessoas
pelos traos fisionmicos. o desvendar do estado interior do homem olhando para
os smbolos exteriores do seu rosto). Lavater foi o primeiro a estabelecer umaanalogia entre o andar e a escrita. Johann Kasper Lavater era pastor protestante,
mas foi mais reconhecido por seus estudos de Fisiognomia.
Em 1879, Albrecht Erlenmeyer publicou A Escrita: Caracteres Principais de
sua Psicologia e de sua Patologia. Era formado em medicina e ocupava a posio
de diretor de hospital psiquitrico. J em 1875, Wilhelm T. Preyer, pediatra e
fisiologista da Universidade de Jena escreveu a Contribuio Psicologia da
Escrita. Esses dois ttulos chamam a ateno para o fato de que na Alemanha agrafologia procurou sustentar-se na psicologia cientfica (Santos & Loevy, 1987).
O diferencial existente entre a Grafologia Intuitiva e o trabalho de Camilo Baldi
que este no s analisava as grafias, mas, tambm se preocupou em conhecer as
pessoas que tinham escrito. Jean Hiplito Michon, Crepieux-Jamin e Max Pulver
basearam-se no trabalho acima mencionado, que foi o ponto de partida para a
Grafologia cientfica tanto para a escola francesa como a alem.
Jean Hiplito Michon, em 1870, atribuiu ao estudo das grafias o nome de
Grafologiae tem a indicao de ser o precursor desta cincia. Era abade e telogo
e publicou os livros Les Mysteres de l criture, Art de juger les hommes sur leurs
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autographes ele Sysyteme de graphologie em 1875, sendo este o primeiro estudo
sistemtico da matria. Em 1871, funda a Socit de Graphologie e a revista La
Graphologie, que publicada at os dias de hoje.
Anos depois, Crepieux-Jamin, mdico e autor de fama mundial, coordena os
resultados de Michon, estabelece novas leis para classificao e interpretao dos
gneros, espcies e movimentos grficos. Ele caracterizou-se por no conceder um
valor fixo aos traos da grafia, fazendo mais uma diviso da personalidade entre
traos de superioridade e inferioridade. Crepieux, tambm identifica a escrita com a
mmica e estabelece as resultantes, tira os sinais de valor fixo dos de Michon, e com
sua teoria de superioridade e inferioridade grfica imprime nova cincia um
verdadeiro rigor cientfico que lhe vale o ttulo de mestre da Grafologia clssicafrancesa. Entre as suas principais obras esto ABC de La graphologie, Le criture
et le caractre eLes lments de l criture des canailles.
Por volta do ano de 1900, o conhecido caracterlogo e filsofo alemo
Ludwing Klages utiliza os conhecimentos deixados por Michon e Crepieux-Jamim e
forma a sua prpria escola, conservando as observaes e classificaes do mestre
francs, porm introduzindo concepes filosficas. Tambm cria o sentido positivo
e negativo (equivalente em alguns aspectos ao conceito Jaminiano de Inferioridade-Superioridade da escrita), que segundo a sua harmonia ou desarmonia pode indicar
a riqueza vital do escritor, ou seja, traos de personalidade nos aspectos gerais.
Ludwing Klages (1910) fundou a sociedade alem de Grafologia e escreveu
vrias obras tais como: Problemas de Grafologia, Princpios de Caracterologia,
Faculdade Psicomotriz eEscritura e Carter. Este graflogo, filsofo, caraterlogo e
tambm psiclogo, notabilizou-se por compreender e difundir que os elementos
grficos devem ser sempre analisados em relao ao todo e que o indivduo sadiosempre se exprime ritmicamente nos movimentos expressivos que executa, o
mesmo se dando ao produzir os seus movimentos grficos.
Outro grande mestre da Grafologia foi o Dr. Max Pulver, considerado um dos
estudiosos mais profundos da Grafologia Moderna. Pulver foi o primeiro a introduzir
a Psicanlise na grafologia. Sua obra O Simbolismo da Escrita foi publicada em
1931, onde tais conceitos so abordados. Tambm de fundamental importncia a
sua obra Impulso e Crime na Escrita, ampliando o estudo sobre este tema. Pulver,
citado por Santos & Loevy (1987), estabelece muito bem a teoria da simbologia do
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espao grfico. Traz grafologia noes de fenomenologia. Acima de tudo,
estabelece ligaes entre elementos grafolgicos e dados de psicanlise.
Foi Ania Teillard, atuando como psicanalista, em sua obra de maior destaque
El alma y la Escritura, (1974) que trouxe uma especial contribuio a Grafologia,
fundamentando a sua anlise da grafia na psicologia de Jung, de quem foi aluna.
Temos que mencionar a Grafologia fisiolgica, que tem estudado a localizao e as
formas grficas dos movimentos, segundo a sua origem cerebral e a sua trajetria
pelos centros musculares do brao e da mo. So vrios os estudiosos deste
assunto sendo que na Alemanha se destavam Rudolf Pophal e Kretschmer; na
Frana, Periot e Callewaert; na Sua, Brechet e Rausch; na Itlia G. Moretti e Marco
Marchesan, alm de muitos outros tanto na Europa como nos Estados Unidos.Em 1993, Mauricio Xandr, escritor e graflogo espanhol, residente em Madri,
Espanha, publica sua obra Grafologia para todos e que em 1998 traduzida e
editada no Brasil, por Ruth Rejtman, escritora.
1.1.1 A Grafologia no Brasil
Em 1900, o mdico Jos de Aguiar Costa Pinto publicou sua tese dedoutorado em medicina legal intitulada A Grafologia em Medicina Legal, pela
Faculdade de Medicina e Farmcia da Bahia, sendo o primeiro estudo sobre
Grafologia no Brasil, o qual originou a edio do livro com a mesma titulao, pela
editora Empreza, Bahia. Costa Pinto teve Crepieux-Jamin (autor do livro ABC de la
grafologia), como seu mestre de Grafologia e o seu orientador em Medicina Legal, o
Dr. Afrnio Peixoto, autor de vrias obras de cunho mdico-legal-cientfico.
Em 1957, foram publicados o "Resumo Prtico de Grafologia" por Arthur Sabe "Noes de Grafologia" por Frederico Kosin.
No ano de 1967, Betina Katzenstein Shoenfeldt - "Grafologia".
Em 1979 foram publicados os resultados do estudo realizado por um grupo de
mdicos do Hospital das Clnicas da Faculdade de Medicina da Universidade de So
Paulo, onde um dos instrumentos utilizados foi a avaliao grafolgica, anlises que
foram realizadas pela Cacilda Cuba dos Santos e pela grafloga Odette Serpa
Loevy. Este trabalho tem como ttulo: Um caso de Loucura a Doise foi publicado na
Revista de Psiquiatria Clnica da Faculdade de Medicina da USP.
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A grafloga Odette Serpa Loevy realizou outros dois estudos utilizando-se da
Grafologia, sendo um deles sob o ttulo: Insatisfao, Narcisismo, Mentira e
Dissimulao na Escrita de Delinqentes, apresentado no II Seminrio sobre
Delinqncia Fraudes Bancrias - realizado em Madri, pela Associao
Grafopsicolgica em 1984. O outro trabalho foi realizado para o Museu Imperial de
Petrpolis e intitula-se: Estudo Grafolgico da Personalidade de D. Pedro II.
Ainda na dcada de 80, mais precisamente em 1980, Edson Bllintani editou
sua obra, "Anlise Grafo-Espiritual".
Em 1997, Paulo Srgio de Camargo publicou o livro A escrita revela sua
personalidade.
Em 1999, mais uma publicao de Paulo Srgio de Camargo - A Grafologiano Recrutamento e Seleo de Pessoal, orientado para profissionais da rea de
Gesto de Pessoas, que atuam com recrutamento e seleo.
Em 2006, Camargo publica uma nova obra, Grafologia Expressiva e em
2008, um relanamento O que Grafologia.
1.2 ELEMENTOS BSICOS DO GRAFISMO
1.2.1 O ato de escrever
Quando pequenos, aprendemos um modelo de escrita chamado modelo
escolar caligrfico, entendendo que cada pas, escola e poca podem ter suas
variaes. Segundo Klages (1972), medida que nossa personalidade vai se
desenvolvendo, vamos nos distanciando naturalmente e sem perceber do modelo
aprendido, independentemente de qual tenha sido. Esse afastamento varia depessoa para pessoa, podendo ser grande ou no, existindo a possibilidade de
reconhecermos o quando e em que grau tal afastamento se d do modelo
aprendido. Quando amadurecemos vamos dando formato prprio a nossa grafia,
evidenciando-se as peculiaridades de nossa personalidade e o seu cunho altamente
individual.
Por mais condicionante e repetitivo que seja o seu aprendizado, proveniente
do modelo escolar que induz o controle racional sobre o grafismo, o gesto grfico a
expresso da individualidade do autor, desde os primeiros traos canhestros
executados pelo aprendiz. Alunos seguem modelo do mestre, mas jamais o imitam
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com considervel igualdade, como tambm no haver grafismo similar em todos da
classe.
De forma semelhante formao individualizada do gesto grfico, observa-se
essa interdependncia na estruturao da personalidade, como explica Gordon W.
Allport, que dedicou muita ateno e estudos ao comportamento expressivo,
aceitando a Grafologia como uma das suas manifestaes:
[...] a personalidade no exclusivamente mental, nem exclusivamente neural
(fsica). Sua organizao supe o fundamento, em unidade inseparvel, de mente e
corpo (ALLPORT, 1969, p.50).
O desenvolvimento da grafologia ocorreu segundo a percepo de vrios
observadores que, de forma mais cuidadosa e por vezes independente do contedoescrito, notaram que a forma como esse era apresentado trazia-lhes, ainda por pura
intuio, referncias sobre o comportamento do auto daqueles traos. Nascia a
relao entre os elementos visveis (os sinais da escrita) e os elementos invisveis
(as caractersticas psicolgicas) (TEILLARD, 1974).
1.2.2 Aspectos grficos: Traos, Letras, Termos Tcnicos
De acordo com Marchesan (1985), o traado da escrita se divide em: curso da
linha, traos ascendentes, traos descendentes e traos horizontais, alm de traos
diagonais. Os traos diagonais e curvos podem estar tanto nos descendentes,
ascendentes ou horizontais. O curso da linha constitudo pela ao de traar as
palavras, isto , pela ao de escrever.
Segundo Vels (1982) a grafia deve ser estudada considerando sua anatomia,
movimento e aspectos grficos.
1.2.3 As letras do ponto de vista da Anatomia
Sobre este aspecto as letras so formadas por:
Traos: Referem-se a qualquer trajeto percorrido pela caneta num nico impulso.
Plenos: So todos descendentes, isto , feitos de cima para baixo.
Perfis: So todos os traos ascendentes e so feitos de baixo para cima.
Ovais: So formados pelo vazio do interior das letras.
Hastes: So todos os traos plenos das letras l, t, f.
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Laadas inferiores: So todos os plenos (descendentes) do g, j, y.
Bucls: So todos os traos ascendentes (perfis) das hastes e das duas laadas
inferiores e, por extenso, todo movimento que ascende cruzando a haste e unindo-
se a ela, formando ovais.
Parte essencial: o esqueleto da letra, isto , a parte indispensvel da sua estrutura
(FIGURA 1).
Parte secundria: o revestimento ornamental ou parte no necessria a sua
configurao ( FIGURA 1).
FIGURA 1 - ESTRUTURA DAS LETRAS.
As letras podem ser distinguidas em trs diferentes zonas:
FIGURA 2 - ZONAS DA ESCRITA.
AA--PPAARRTTEESSEESSSSEENNCCIIAAIISS o esqueleto da letra, a parte indispensvel da sua estrutura.
BB--PPAARRTTEESSSSEECCUUNNDDRRIIAASS((AACCEESSSSRRIIOOSS)) o revestimento ornamental ou parte no necessria suaconfigurao.
Superior
Mdia
Inferior
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A ZONA SUPERIOR
Ponto mais alto, ocupado pelas hastes, pelos pontos e acentos, pelas barras do T eparte das maisculas (Figura 2).
B ZONA MDIAParte central, ocupada por todas as vogais minsculas ( a, e, i, o, u )e pelas letras
m, n , r ,etc. cuja altura se toma como base para medir o nvel da elevao das hastese o nvel do descenso das laadas inferiores (Figura 2).
C ZONA INFERIOR
Zona baixa da escrita a partir da base de todos os ovais das letras o, a, g, etc. Estocupada pelas laadas inferiores e partes descendentes das maisculas ou de outras letras(Figura2).
1 ZONA INICIAL -ponto onde se inicia a letra.
2 ZONA FINAL -ponto onde termina a letra.
1.2.4 As letras do ponto de vista fisiolgico ou de movimento
Vels (1982), comenta que sob o ponto de vista fisiolgico, de movimento ou
de execuo, o impulso grfico pode seguir quatro direes principais ou vetores:
a) Direo descendente de cima para baixo, cuja execuo obedece a um
movimento de flexo do antebrao, da mo, e dos dedos e produz os traos plenos;
b) Direo ascendente, que obedece a um movimento de extenso e produz os
perfis;
c) Direo da esquerda para a direita, que exige do antebrao, da mo e dos dedos,
um movimento de aduo, cujo o resultado so os traos destrgiros;
d) A direo da direita para a esquerda que est condicionada por movimentos de
abduo e que dar lugar aos traos sinestrgiros.
1.2.5 As letras do ponto de vista grfico
Quanto aos aspectos grficos, a escrita como grafia psicomotriz deve ser
analisada e classificada segundo os gneros abaixo mencionados e medindo-se em
cada caso o nvel observado:
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Ordem do texto: Revela a organizao de idias, pensamentos, capacidade de
julgamento, entre outros. Neste item feito a medida quantitativa das distncias
existentes entre palavras, linhas, letras e margens (superior, direita e esquerda).
Tamanho da escrita: Tanto na altura quanto na largura. Este item d indicaes
referente a sentimentos pessoais (do EU do autor), tais como introverso,
extroverso, sociabilidade, timidez, etc. O tamanho classificado em Grande (3 a 4
mm), Mdia (2,5 a 3mm), Pequena (1,5 a 2,5 mm), muito pequena (at 1,4 mm).
Tais medidas referem-se a altura da zona mdia.
Largura da letra: As classificaes so estreitas e largas, tendo como medida
padro, 75% da altura da letra m minscula da escrita que est sendo analisada.
Forma da letra: Exprime a atitude da pessoa frente ao exterior. Com ela se adapta ese integra ao meio ambiente. Tal adaptao pode ocorrer de forma convencional e
formal, ou espontnea e original. Est ligada a cultura, sendo o aspecto da escrita
que mais muda no curso da vida, com a evoluo da personalidade. As formas
podem ser do tipo: curva, angulosa, simplificada, adornada, complicada, entre
outras.
Forma de ligao: Revela o modo de adaptao da pessoa as vrias circunstncias
da vida, predominando 4 formas bsicas: A base de dominao de maneiracombativa, evasiva ou espontnea. Para avaliar e classificar o tipo de forma, verifica-
se e mede-se o grau de curva ou ngulo existente na maneira de interligar as letras
para formar palavras, concentrando a ateno nas letras minsculas m e n, nas
ovais e vogais.
Direo de Linha: Exprime o estado de humor da pessoa, alm da vontade e
flutuao do nimo. Reflete o grau de maturidade, estabilidade e conscincia na
conduta, convices e princpios. A direo das linhas pode ser classificada em:ascendente, descendente, horizontal, sinuosa, convexa, cncavo, segundo o grau
que ela se aproxima da linha reta imaginria, pois a folha de papel utilizada deve ser
sem pauta.
Grau de ligao entre letras:Revela a capacidade lgica ou a intuitiva. classificado
segundo nmero de enlaces que a pessoa produz entre as letras de uma palavra ou
inclusive entre uma palavra e outra. Quando as letras apenas so colocadas apenas
uma ao lado da outra, sem ocorrer enlaces d-se o nome de desligada. Para que
seja feita a classificao necessrio contar o nmero de letras ligadas em cada
palavra no texto.
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Inclinao da escrita: Reflete em que medida a pessoa necessita ter contato com os
demais ou de sentir a presena destes perto de si. A inclinao das letras podem ser
direita, esquerda, varivel ou se manter vertical, em ngulo de 90 considerando
a linha de base da zona mdia. A mensurao se d pelas hastes das letras
observando-se a quantos graus estas se distanciam ou no do ngulo 90.
Velocidade: Indica a rapidez de idias, capacidade de assimilao, inteligncia,
imaginao, atividade, memria. A velocidade pode ser classificada em: rpida,
pausada, lenta, precipitada ou acelerada, retardada. Para fazer a classificao,
deve-se observar os sinais peculiares que caracterizam cada tipo.
Presso: Revela a intensidade de energia, tanto fsica quanto psquica da pessoa.
avaliada sob trs aspectos: profundidade, relevo e tenso dos movimentos. Pode serclassificada de nutrida, leve, frouxa, desigual, entre outras. Como mtodo de anlise,
a medida do relevo do traado, deve ser realizada com rgua. Para a anlise desse
gnero, a escrita deve ser original, evitando-se xerox ou cpia escaneadas.
Assinatura:Reflete o conceito que a pessoa tem de si mesma, a conscincia real do
seu lugar na sociedade ou a impresso que gostaria de dar. Deve-se comparar a
assinatura com o texto, identificando-se as semelhanas ou contrastes existentes.
Letras do alfabeto: Nos do indicaes sobre conscincia moral, atenoconcentrada, libido, fora de vontade, amor prprio, auto-imagem, entre outros,
segundo a forma de cada uma.
Todos os aspectos acima citados, podem ser mensurados grafometricamente,
a partir de um mdulo (VELS, 1982).
O autor refere que tudo o que exceda ou fica abaixo deste mdulo
sintomticoe enfatiza ainda no se pode estabelecer de maneira segura o nvel de
predomnio de um signo grfico, seno partindo de bases grafomtricas.Portanto, a grafologia se fideliza cada vez mais, por se tratar de um mtodo
mensurvel, distanciando-se da percepo apenas de quem analisa. Mas como toda
cincia, corre o risco de erros.
Quando analisamos as escritas e seus respectivos movimentos,
correlacionamos os espaos em branco e como foram distribudas as letras,
palavras e linhas ao longo do texto, pelo escritor. Neste sentido, Vels diz que o
branco uma microrepresentao do espao vital em que o indivduo se move.
Este detalhe est de acordo com pesquisas de espao vital, baseadas nas teorias
de Kurt Lewin.
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O espao representa o grau de objetividade, ponderao, juzos e conduta
pessoa, domnio ou afastamento do ambiente, auto-controle nos modos de agir, ser,
pensar, grau de impulsividade, relao EU e TU.
1.3 O SIMBOLISMO DO ESPAO GRFICO
Para Vels (1982), sob o ponto de vista simblico do espao e das formas, a
grafologia moderna descobriu 4 vetores ou direes principais do gesto grfico: o
espiritual, o emocional, o biolgico e o de contato, conforme abaixo:
ZONA SUPERIOR DA FOLHA
ZONA ESQUERDA DA FOLHA ZONA DIREITA DA FOLHA
ZONA INFERIOR
FIGURA 3 - ESPAO GRFICO DA ESCRITA.
EXCITAOSexualidadeMotricidadeNecessidades orgnicas
Tendncias materiaisInconsciente
REPRESSOIntroversoPassadoEgosmoInibioAtrao pelameNarcisismoPassividadeRegressoEgocentrismo
EXPANSOIniciativaAmbioAtividadeAltrusmoAtrao pelo paiExtroversoSociabilidadeAudcia
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A zona superior revela o espiritual, representa a expanso das tendncias e
aspiraes espirituais, das ambies de superioridade e de utilidade das
necessidades ticas, religiosas, alm do pensamento abstrato.
A zona mdia ou parte central da escrita representa o aspecto emocional,
tendncias, necessidades e aspiraes da alma, o limite do concreto com o
abstrato.
Azona inferior refere-se ao aspecto biolgico, simbolizando tendncias orgnicas,
tais como sexualidade e nutrio.
A metade esquerda das letras, das palavras, das linhas e da pgina,
corresponde: Anlise desiderativa influenciada pela imagem da me, ao mundo
materno, reflexo, represso, atitude infantil, atitude feminina e passiva,conforme estudos da teoria anima, sombra de Jung (JUNG, 93).
An ima (alma, em latim) a representao feminina no inconsciente do
homem (que idia ele faz, no seu ntimo, da mulher). O carter da anima , em geral,
determinado pela sua me. Se o homem sente que sua me teve sobre ele uma
influncia negativa, sua anima se manifestar de forma negativa, ou seja, ele poder
ser inseguro, aptico, com medo de doenas, de impotncia ou de acidentes (se ele
conseguir combater essas influencias negativas da Anima, sua masculinidade tendea fortalecer-se. A vida poder adquirir um aspecto tristonho e opressivo, que pode
levar o homem at mesmo ao suicdio. Se, por outro lado, a experincia com a me
tiver sido positiva, a Anima poder deix-lo efeminado ou explorado por mulheres,
incapaz de fazer face s dificuldades da vida. A manifestao mais freqente de
Anima a que toma forma como fantasia ertica, que leva o homem a consumir
revistas pornogrficas, sex-shows, etc. um aspecto primitivo e grosseiro da
Anima, mas que s se torna compulsivo quando o homem no cultivasuficientemente suas relaes afetivas - quando sua atitude para com a vida
mantm-se infantil.
O arqutipo da Sombra o lado escuro da mente, moradia do inconsciente.
L estariam guardados os instintos animais que o homem herdou de espcies
primitivas na evoluo, e tambm as funes menos utilizadas da personalidade.
representada pelas idias, desejos e memrias que foram reprimidos pelo
consciente, por ser incompatvel com a Persona e contrrias aos padres morais e
sociais. Quanto mais forte for nossa Persona, e quanto mais nos identificarmos com
ela, mais repudiaremos outras partes de ns mesmos. A Sombra representa aquilo
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que consideramos inferior em nossa personalidade e tambm aquilo que
negligenciamos e nunca desenvolvemos em ns mesmos. Em sonhos, a Sombra
freqentemente aparece na forma daquilo que detestamos. Quanto mais a Sombra
tornar-se consciente, menos ela pode dominar. Entretanto, a Sombra uma parte
integral de nossa natureza, e nunca pode ser simplesmente eliminada. Uma pessoa
sem Sombra no uma pessoa completa, mas uma "caricatura bidimensional" que
rejeita a ambivalncia presente em todos ns. Alm disso, a Sombra no apenas
uma fora negativa na psique. Ela um depsito de considervel energia instintiva,
espontaneidade e vitalidade, e a fonte principal de nossa criatividade. Lidar com a
Sombra um processo que dura a vida toda, consiste em olhar para dentro e refletir
honestamente sobre aquilo que vemos l. A Sombra mais perigosa quando no reconhecida pelo seu portador. Neste caso, o indivduo tende a projetar suas
tendncias indesejveis em outros.
A metade direita de cada letra, palavra, linha e na pgina, corresponde, em
sentido simblico: A sntese desiderativa influenciada pela imagem do pai, inflao
do ego, atualizao dos instintos ao mundo paternal e atitude adulta, atitude
masculina, ativa, agressiva, atitude de avano para um futuro individual, familiar ou
coletivo, extroverso ou projeo.Portanto, no simbolismo do tempo encontramos: passado presente futuro.
Com bipolaridade, me pai. Assim, viemos da me e nos dirigimos ao pai, das
ataduras fsicas (psicolgicas) nos dirigimos para a liberdade e o poder.
(Bases na teoria da Psicologia Analtica profunda desenvolvida por Carl Gustav
Jung, referenciado por Pulver, em seu livro O simbolismo da Escrita).
Desta forma, os traos lanados esquerda na pgina esto em relao com
o mundo materno (FIGURA 4) e todos os traos lanados direita com o mundopaterno ( FIGURA 5).
O alinhamento ascendente (linhas que sobem) representa o grau de
entusiasmo e idealismo (FIGURA 6), o alinhamento descendente representa energia
baixa, depressividade (FIGURA 7).
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INCLINAO ESQUERDAINCLINAO ESQUERDAREPRESSO, RETRAIMENTOREPRESSO, RETRAIMENTO
FIGURA 4 - INCLINAO DA LETRA ESQUERDA.
INCLINAO DIREITAINCLINAO DIREITAEMPREENDEDORISMO, BOAEMPREENDEDORISMO, BOA
SOCIABILIDADESOCIABILIDADE
FIGURA 5 - INCLINAO DA LETRA DIREITA.
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LINHAS QUE SOBEMLINHAS QUE SOBEMENTUSIASMO, POSITIVISMO, IDEALISMOENTUSIASMO, POSITIVISMO, IDEALISMO
FIGURA 6 - LINHAS QUE SOBEM.
LINHAS QUE DESCEMLINHAS QUE DESCEMDEPRESSODEPRESSO
FIGURA 7 - LINHAS QUE DESCEM.
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2 SINAIS GRFICOS ESPECIAIS
Certos sinais grficos nos dizem detalhes especiais do escritor (Figuras 8 a
223). Tais sinais so chamados de Gestos tipos, conforme Saint-Morand (1953). De
acordo com Renna Nezos, a despeito de outros dados, precisamos ter em mente
que os sinais no so fixos e dependem de fatores como a zona em que aparecem,
outros sinais, o nvel de forma do grafism (NEZOS, 1992).
Guirlanda Consiste em um movimento em forma de arco e aberto para cima;
tambm uma das formas de ligao. A curva, em geral, um gesto que reflete
amenidade, suavidade. Demonstra afetividade, simpatia, bondade e amabilidade.Revela exageros e imaginao desproporcionada. Cordialidade e cortesia.
FIGURA 8 - SINAL GRFICO GUIRLANDA.
Arco Assim como a guirlanda pode ser observado no aspecto ligao. Mostra
orgulho, dissimulao, originalidade. Distino e virtuosismo.
FIGURA 9 - SINAL GRFICO ARCO.
Bucl Pequenos crculos sobre certas partes das letras; comum aparecer nas
letras aa, oo, gg, etc. Forma de contato amvel e certa facilidade de transformar
problemas em pequenas amenidades. Tato para realizar amizades e elogiar
terceiros.
Quando aparece em um conjunto de texto confuso, desproporcionado, revela
atitudes interesseiras, a pessoa capaz de falsos elogios e bajulaes para
conseguir os seus intentos.
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FIGURA 10 - SINAL GRFICO BUCL.
Serpentina Movimento ondulado, direo imprecisa, ocorre nas barras dos tt, mm
e nn. Bom humor, habilidade e facilidade de adaptao. Com um conjunto de texto
confuso, borrado e desproporcionado, apresenta insinceridade e capacidade de
dissimular. Debilidade fsica e moral. Atitudes evasivas, moleza.
FIGURA 11 - SINAL GRFICO SERPENTINA.
Espiral Semelhante a um caracol, ocorre nas letras ll, mm, nn, rr, ss, etc. Indica
narcisismo, egocentrismo e vaidade. a caracterstica do contador de vantagens.
FIGURA 12 - SINAL GRFICO ESPIRAL.
Tringulo Movimentos que ocorrem principalmente nas partes inferiores das letras
gg, ff, zz, tt, etc. Como todo ngulo, indica represso dos instintos. O tringulo pode
aparecer em diversas letras e indica: agressividade e energia. Rigor, tenacidade e
perseverana. Dureza, virilidade. Sentido de responsabilidade exagerado. Disciplina
e irritabilidade. Tendncias autodestrutivas. Senso crtico exagerado, necessidade
de defender suas posies com paixo. Necessidade de penetrar profundamente
nas coisas que faz. Cimes, violncia. Conflitos internos e represso.
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FIGURA 13 - SINAL GRFICO TRINGULO
Arpo Pode ocorrer em vrias zonas. mais desfavorvel quando ocorre na zona
inferior. Indica esperteza, tenacidade, perseverana e resistncia fsica. Avidez e
agressividade. Desejos de vingana. Quando a escrita confusa e desordenada
sempre um mau sinal.
FIGURA 14 - SINAL GRFICO ARPO.
N Movimento de tenso, que prende, segura e ata, ao contrrio do lao que
envolve e seduz. O n compromisso que no se desfaz seno pelo rompimento.
Quanto maior a presso em um n, mais atada a caracterstica psicolgica. Indica
necessidade de manter segredo da vida ntima, afetiva e emocional. Reserva.
FIGURA 15 - SINAL GRFICO N
Tores Desvio na direo dos traos que normalmente so retos. No devemos
confundir com as quebras dos traos. Demonstra ansiedade, sofrimento. Libido
dbil. Casos de doena e cansao extremo. Ligada a patologia, alcoolismo, entre
outras.
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FIGURA 16 - SINAL GRFICO TORES.
Unha de Gato Vontade de reter para si. Insinceridade. Tendncia a apropriao
indevida.
FIGURA 17 - SINAL GRFICO UNHA DE GATO
Rasgo de escorpio Indica auto- agressividade.
FIGURA 18 - SINAL GRFICO RASGO DE ESCORPIO.
Dentes de vampiro Sinal bastante negativo em qualquer escrita. Indica
sadomasoquismo, agresso.
FIGURA 19 - SINAL GRFICO DENTE DE VAMPIRO.
Ressaca Indica variaes de humor.
FIGURA 20 - SINAL GRFICO RESSACA
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Onda Indica oportunismo, carter ondulante.
FIGURA 21 - SINAL GRFICO ONDA.
Rabo cado Sinaliza depresso, cansao, desnimo.
FIGURA 22 - SINAL GRFICO RABO CADO.
InfladosIndica otimismo, plenitude vital. Ambio, alegria, orgulho.
FIGURA 23 - SINAL GRFICO INFLADO.
3 A GRAFOLOGIA EM SELEO DE PESSOAS NA ATUALIDADE
Na rea corporativa, o conceito de seleo refere-se normalmente ao processo
pelo qual entre um grupo de candidatos a ocupar uma ou mais vagas na
organizao, escolhe-se os que tm as melhores aptides ou capacidades. A
seleo um processo que inicia no recrutamento.
Recrutamento o conjunto de atividades desenhadas para atrair candidatos
qualificados para a organizao (CHIAVENATO, 2005).
O recrutamento uma responsabilidade da rea de Gesto de Pessoas ou de
Recursos Humanos, nesta perspectiva os processos de seleo de pessoas
objetivam pesquisar dentro e fora da empresa candidatos potencialmente
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capacitados para preencher os cargos disponveis em determinada Organizao
(CARVALHO,1997).
Para que haja uma boa escolha de candidatos, a viso de quem seleciona
deve ser sistmica e minuciosa, ou seja, o condutor de seleo deve ser capaz de
visualizar a parte e o todo, como tambm estudar comportamentos e as diversas
reaes do mesmo no meio de convvio. Orienta-se que o profissional da rea seja
algum com formao em humanas.
Lacombe (2005), comenta que a rea de seleo de pessoas a responsvel
pelo primeiro filtro dos candidatos a emprego e por isso precisa estar em perfeita
sintonia com a cultura e a estratgia da empresa.
O cenrio empresarial exige cada vez mais processos de Recrutamento eSeleo confiveis, com ferramentas que possam mensurar nveis de competncias
tcnicas e comportamentais dos diversos profissionais que buscam incluir-se em
seus espaos. Dependendo da metodologia utilizada para absorver mo de obra
direta e indireta, temos um quadro competitivo e criativo, gerando continuamente a
produtividade ou um quadro ineficiente, declinando a organizao.
Um processo de seleo bem desenvolvido contribui de maneira decisiva para
que a instituio no despenda tempo nem dinheiro. As informaes para aidentificao de um profissional para a empresa dependem primeiramente da
descrio de cargo e das competncias exigidas para este. So as chamadas
anlises de funo, como defendem (ANASTASI E URBINA, 2000).
Atualmente, a globalizao e as mudanas na rea empresarial em todo o
mundo fazem com que a competitividade no mercado de trabalho esteja cada vez
mais acirrada. As empresas buscam profissionais que sejam sociveis e que saibam
trabalhar em equipe e que tenham garra e nimo para no desanimar frente aosobstculos, mostrando-se preparados para serem mais competentes e talentosos.
Com isso, algumas organizaes j descobriram o quanto importante ter
tecnologia avanada, salrios adequados a cada funo e pessoal treinado, porm,
o que faz a diferena so as habilidades, competncias e talento que as pessoas
possuem e que podem gerar resultados positivos. O modelo mais consistente a
partir de sua metodologia, a seleo por competncia, onde a grafologia se insere
como uma ferramenta de anlise de competncias.
Competncia definida por Gramigna (2002) como um conjunto de
conhecimentos, habilidades e atitudes transformadas em resultados.
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O mundo do trabalho, historicamente, valoriza a competncia. Esta atribuio,
entretanto, vem sofrendo evolues conceituais ao longo dos tempos, na medida em
que as exigncias do trabalho e dos processos de produo se modificam, gerando
novas demandas nos ambientes corporativos.
A anlise conceitual demonstra a percepo de competncia sob o ponto de
vista corporativo, ressaltando qualificaes e tecnologias capazes de promover
diferencial com relao concorrncia e condies necessrias para atingir os
objetivos estratgicos e as metas da organizao. Um processo seletivo com esta
abordagem de competncias, incluindo em sua prtica uma avaliao criteriosa de
conhecimentos, habilidades e atitudes de cada candidato envolvido, traz para a
organizao resultados eficazes, pois o capital humano precisa trazer resultados,caso contrrio, a organizao no sobreviver nem para ela mesma, nem para seu
capital humano (LEME, 2007).
3.1 SELEO E TECNOLOGIA
Se antes a habilidade tcnica era considerada fator preponderante na
contratao de um profissional, hoje os selecionadores procuram algo mais quandoentrevistam o candidato e buscam identificar se o entrevistado possui as chamadas
competncias comportamentais. Para isso, as empresas e as consultorias tm
recorrido cada vez mais adoo da seleo por competncias, metodologia que
permite a realizao do mapeamento do perfil de competncias e identifica a
presena ou a ausncia dessas no repertrio comportamental do candidato.
Geralmente, a seleo por competncias vem sendo aplicada em candidatos que
possuem experincias anteriores, mas como os processos sempre podem seradaptados s novas realidades, j h quem utilize essa metodologia at mesmo na
seleo de estagirios e de trainees.
Atualmente as empresas esto mais interessadas em profissionais que
tenham competncias tcnicas e comportamentais j internalizadas e que possuam
potencial para desenvolver outras. As empresas esto mais rigorosas na seleo
dos talentos. Muitos testes e avaliaes psicolgicas entraram em descrdito devido
falta evidente de acertos. A partir da, os gestores de RH e as comearam a
procurar ferramentas mais eficientes como a seleo por competncias. Este
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processo pratico, objetivo, trabalha com base em fatos e evidncias, ao invs de
se pautar em suposies ou interpretaes.
O primeiro passo da seleo por competncia traar um perfil de
competncias em parceria com a rea requisitante, conscientizar, sensibilizar e
orientar, para que o responsvel entenda com clareza o processo seletivo e entenda
que no de responsabilidade exclusiva da rea de seleo, mas um trabalho em
conjunto, com responsabilidade compartilhada. Uma seleo adequada requer
esclarecimentos sobre o perfil do cargo, entre eles, descrio detalhada do cargo,
desafios do cargo, situaes crticas que devero ser administradas pelo cargo,
caractersticas dos principais clientes internos do cargo, cultura da equipe, cultura da
liderana, cultura da empresa (RABAGLIO, 2001).Se por um lado a seleo por competncias vista como uma metodologia
que tende a ser muito utilizada pelos profissionais de RH, por outro lado ainda h
quem mantenha certa "distncia" desse recurso por acreditar que o mesmo
complicado. No entanto, a prtica mostra o contrrio, pois empresas que
desenvolvem softwares para a rea de RH, afirmam que infelizmente o mercado
ainda v a seleo por competncias como um processo envolvido por "mistrios",
porque as pessoas tratam as competncias como caixas pretas.A seleo por competncias tem tido um grande aliado que facilita a sua
utilizao: a tecnologia. A questo, por outro lado, conseguir trazer essa mesma
tecnologia em termos acessveis realidade das empresas brasileiras,
principalmente ao setor de seleo que se encontra dentro da rea de Gesto de
Pessoas. preciso transpor a barreira que muitos sistemas de RH possuem, ou
seja, uma viso estritamente contbil do processo para um ngulo de gesto de
pessoas.Com o desenvolvimento de softwares tem sido possvel facilitar a vida de
quem utiliza a seleo por competncias. Essas ferramentas trabalham com
informaes e tcnicas especficas para cada realidade.
Alm de oferecer essas vantagens, os softwares tambm se tornam
ferramentas auxiliares no processo de seleo, pois possuem a capacidade de
armazenar o perfil de competncias comportamentais e tcnicas necessrias para
cada funo, comparam as competncias que o candidato apresentou durante o
processo seletivo, gerando um relatrio de Gap de Vaga (aspectos deficientes),
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onde possvel analisar o melhor candidato e identificar as necessidades de
treinamento que eventualmente sero necessrias.
Sendo assim, os processos de recrutamento e seleo quando integram os
novos conceitos de selecionar por competncias, tm mais possibilidade de
resultados competitivos, pois neste modelo existe mais objetividade e foco, com uso
de ferramentas que mapeiam as devidas competncias para determinados cargos,
facilitando a identificao de comportamentos, bem como reduz o turnover atravs
da estratgia para trazer o melhor candidato e ret-lo.
O propsito de cada organizao prestar algum servio, produto ou benefcio
sociedade em geral e a cada cliente em particular, desta maneira medida que
torna-se bem sucedida tende a crescer, aumentar suas operaes e incrementarseus recursos, e na atualidade toda essa evoluo fundamenta-se na utilizao das
competncias (CHIAVENATO, 2004).
Os desafios que se apresentam para as organizaes , pois, manter-se
competitiva no seu mercado de atuao, conciliando interesses, adotando uma
postura de aprendizagem continua, respeitando as diferenas, identificando
oportunidades e competncias, sem contudo descuidar do processo de
humanizao. O produto final uma prioridade para as organizaes, mas naatualidade, a preocupao com as competncias essenciais, de modo que a
empresa seja reconhecida no apenas como um portflio de produtos ou servios,
mas tambm como um portflio de competncias. Atualmente a globalizao e as
mudanas na rea empresarial em todo o mundo fazem com que a competitividade
no mercado de trabalho esteja cada vez mais acirrada. As empresas buscam
profissionais que sejam sociveis e que saibam trabalhar em equipe, que tenham
garra e nimo para no desanimar frente aos obstculos, mostrando-se preparadospara serem mais competentes e talentosos.
Com isso, muitas empresas j descobriram o quanto importante ter
tecnologia avanada, salrios adequados a cada funo e pessoal treinado, porm,
o que faz a diferena so as habilidades, competncias e talento que as pessoas
possuem e que podem gerar resultados positivos.
fundamental que os gestores da organizao tenham conhecimento, de quais
mtodos de avaliao de personalidade so utilizados. Tambm, que possam agir,
valorizando e respeitando cada ser na sua individualidade. Uma das tcnicas
confiveis e promissoras de anlise de personalidade e competncias, utilizada por
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muitas organizaes de pequeno, mdio e grande porte, nacionais e internacionais,
a grafologia (anlise da escrita), que oferece importante suporte, tanto para os
profissionais quanto para as empresas. A grafologia obedece a criteriosa anlise
cientfica, no tendo nenhum ponto de contato com o esoterismo em sua avaliao.
Parte do princpio de que sua grafia mpar, como a sua impresso digital. Com
apenas um texto (tema livre) de, no mnimo, 20 linhas em um papel sulfite e a
assinatura no final, j possvel analisar o seu temperamento e a sua
personalidade.
A grafologia analisa muitos aspectos que, na maioria das vezes, outros testes
psicotcnicos no mensuram. Ela traz inmeras vantagens, como rapidez,
simplicidade e amplitude de informaes, alm de no exigir a presena da pessoaavaliada. Possui um custo compensador, frente aos resultados que fornece, tanto
para o profissional quanto para as empresas que nela confiam para a avaliao de
potencial e competncias.
A grafologia, enquanto cincia experimental que estuda a personalidade e o
comportamento das pessoas pela observao e experincia dos traos da escrita,
apresenta-se como uma estratgia que pode agregar valor ao processo seletivo de
uma organizao.Ainda sob este aspecto, cincia uma pesquisa organizada e sistemtica do
conhecimento, tendo como meta a descoberta da verdade. No existe cincia onde
no h lgica e comparao constante com a realidade. Como todas as cincias, a
grafologia tem as suas leis e regras, das quais no podemos nos desviar sem correr
o risco de erro (NEZOS, 1986).
No final do sculo XIX, Preyer (1875), mdico alemo, comprovou
cientificamente que as pessoas escrevem com o crebro e no com a mo. Olevantamento dos aspectos cientficos que venham a validar grafologia como um
instrumento a ser incorporado nos processos seletivos, compreende o histrico e o
acompanhamento da evoluo desta Cincia, bem como a sondagem de possveis
resultados que podem ser percebidos como fatores determinantes para a
incorporao das anlises grafolgicas nos momentos decisivos da contratao de
profissionais.
Como o ato de escrever fruto de um entrelaamento de neurnios e
msculos, a escrita reflete no s os aspectos psicolgicos, como tambm os
fisiolgicos, isto , no s caractersticas de personalidade, tais como sociabilidade,
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dinamismo e controle emocional, como possveis doenas ligadas parte
circulatria, endcrinas etc., alm das de fundo emocional e psicolgicas, como
esquizofrenia e neurose (MANDRUZATO, 1996).
Vivemos numa era onde, cada vez mais, o autoconhecimento importante. O
indivduo deve conhecer seus pontos fortes, habilidades e competncias,
procurando melhorar aqueles pontos que necessitam de aprimoramento e as
empresas querem conhecer quem esto contratando para tocar os seus negcios,
seja qual for a funo ou departamento.
A grafologia, nesse sentido, pode ser uma aliada de mo dupla, ou seja, pode
auxiliar tanto os profissionais, medida que fornece o feedback, quanto pode
auxiliar a empresa na busca de candidatos que se identificam com o cargo almejado.Para a utilizao desta ferramenta preciso que o profissional que a use,
possua, em primeiro lugar, o sentimento humano e que se aprofunde no respeito
personalidade alheia. fundamental que o profissional que trabalha com a
grafologia tenha a capacidade de compreender e no de julgar. Alm disso, certas
caractersticas no perfil de um graflogo so essenciais. Entre elas podemos citar:
concentrao, mobilidade, crtica, disponibilidade, mais intuio que raciocnio
lgico, mtodos, dotes de expresso, tica, juzo construtivo, resistncia fadiga eequilbrio.
No uso da grafologia, o cliente, geralmente, pede respostas especficas sobre
pontos que estejam mais relacionados com a gesto dos negcios do que com a
Psicologia. Isso significa que requer, cada vez mais, conhecimento empresarial e faz
com que o profissional sinta a necessidade de se manter em dia com novas tcnicas
e que utilize uma linguagem mais apropriada realidade.
O graflogo tem sua disposio um instrumento de grande qualidade efirmeza, caso saiba utiliz-lo com bom senso. O que interfere nos resultados so os
distintos nveis apresentados pelos indivduos e pelas reas que devero atuar. Para
isso, necessrio um jogo de analogias e diferenas, realizando uma rdua
ginstica mental para captar, ao mesmo tempo, a personalidade dentro da
perspectiva do trabalho proposto com as qualidades particulares que se deseja
encontrar num determinado indivduo. O primeiro passo da Grafologia interrogar a
escritura e isso implica traar o perfil do cargo que ser preenchido e, logo,
compar-lo com as caractersticas do candidato.
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3.1.1 Tcnicas e Testes de Seleo
Reunidas as informaes sobre o cargo a ser preenchido, o passo seguinte
a escolha de tcnicas de seleo para conhecer e escolher os candidatosadequados. As principais tcnicas so:
Entrevista as entrevistas podem ser classificadas, em funo do formato das
questes e das respostas requeridas em cinco tipos: entrevista totalmente
padronizada, entrevista padronizada apenas nas perguntas, entrevista diretiva,
entrevista no diretiva;
Provas de conhecimento e capacidade so instrumentos para avaliar os nveis de
conhecimento gerais e especficos dos candidatos. H uma enorme variedade deprovas de conhecimento e capacidade. Da a necessidade de classific-las quanto a
forma de aplicao, a abrangncia e a organizao;
Tcnicas de simulao (role playing, dramatizao etc.) so usadas como um
complemento do diagnstico;
Testes psicomtricos apresentam duas caractersticas que as entrevistas e provas
tradicionais ou objetivas no apresentam:
Validade a capacidade do teste de aferir exatamente aquela varivel humana que
se pretende medir;
Preciso a capacidade do teste de apresentar resultados semelhantes em vrias
aplicaes na mesma pessoa.
Testes psicolgicos de personalidade revelam traos gerais de personalidade
(psicodiagnstico) ou especficos, quando pesquisam determinados traos ou
aspectos da personalidade;
Tcnica projetiva grafologia estudo da personalidade atravs dos movimentos da
escrita.
4 OBJETIVO GERAL
Aprimorar a grafologia como mtodo fidedgno na anlise de personalidade.
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4.1 OBJETIVOS ESPECFICOS
1. Propor alteraes e melhorias para a Grafologia enquanto mtodo de
avaliao de personalidade;
2. Obter o perfil psicolgico de 500 profissionais, em empresas idneas, de
pequeno, mdio e grande porte;
3. Realizar a grafologia de 500 profissionais, atravs das amostragens colhidas
(redaes), com base no estudo grafolgico da literatura;
4. Realizar a grafologia de 500 profissionais, atravs das amostragens colhidas
(redaes), com base nas novas proposies grafolgicas que constam neste
trabalho;5. Apresentar resultados comparativos entre proposta da literatura, as novas
proposies e respostas dos perfis cedidos pelas empresas.
5 METODOLOGIA
Esto descritos neste tema os procedimentos e as ferramentas utilizadas para
a estruturao do perfil grafolgico, que serviram como instrumento comparativoentre os conceitos aplicados na atualidade e a proposta de melhorias deste trabalho.
Foram analisados 500 manuscritos de cinco empresas, pequeno, mdio e
grande porte.
Foi utilizado papel tipo sulfite, tamanho A4, sem pauta e caneta esferogrfica
em bom estado, cor azul.
Todo o processo foi dividido em etapas para uma melhor compreenso da
metodologia (Figura 24).
1 Etapa: Foi aplicada uma redao para a construo de anlise grafolgica com
base nos estudos da Literatura.
Obteve-se o PPL Perfil Psicolgico de acordo com a literatura.
Foi solicitado aos candidatos que escrevessem uma redao com no mnimo 20
linhas, tema livre e com assinatura no final do texto. Foi orientado que no
passassem a limpo e que a escrita deveria ser com a letra cotidiana, espontnea.
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O tempo foi livre para a realizao das redaes. Alguns processos de aplicao
ocorreram fora da sede da empresa e outros na sede das empresas, em salas
amplas, reservada para esta finalidade, mesas com superfcie lisa.
2a Etapa: Foi utilizada a mesma redao para a construo de anlise grafolgica
com base nos estudos e sugestes deste trabalho.
Obteve-se o PPP Perfil Psicolgico de acordo com a presente proposta.
3a Etapa: Elaborou-se um questionrio (Anexo 1) com perguntas de 1 a 100,
permitindo respostas sim e no.
4a Etapa: Respondeu-se os questionrios de acordo com informaes do PPL, que
gerou resultado 1.
Respondeu-se os questionrios pelo PPP, que gerou resultado 2.
5a Etapa: Posteriormente, solicitou-se aos RHs das Empresas que respondessem o
mesmo modelo de questionrio, levando-se em considerao seus conhecimentos
de cada colaborador, devido aos acompanhamentos psicolgicos, psiquitricos.
REDAO
PPPPropostatrabalho
PPLLiteratura
PPR
Perfil Psicolgico
Real
LITE
RATU
RA PROPOSTA
QUESTION
RIO QUESTIONRIO
X Y
R1 R2
METODOLOGIA
QUESTIO
NRIO
QUESTIONR
IO
FIGURA 24 - ESQUEMA METODOLGICO.
LITERATURA TRABALHO
X = Comparativo R1 gerada pelo (PPL X PPR) Y = Comparativo R2 gerada pelo (PPP X PPR)R1 = obtido por questionrio X literatura R2 = obtido por questionrio X proposta trabalho.
PPR = Perfil Psicolgico Real PPL = Perfil Psicolgico Literatura
PPP = Perfil Psicolgico Proposta
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5.1 RESUMO COMPARATIVO DOS CONCEITOS APLICADOS
Enquanto instrumento de pesquisa, este estudo pretendeu demonstrar novas
abordagens sobre grafologia na anlise de perfil de cargos para organizaesatuais, bem como inovar com o uso da ferramenta de um software sendo objeto
facilitador do processo de correo da escrita.
TABELA 1 - RESUMO COMPARATIVO DOS CONCEITOS APLICADOS NESTE
TRABALHO.
DADOGRAFOLGICO
LITERATURA EXEMPLOS
MARGEM DIREITA
Conforme Paulo Sergio deCamargo, a margem direita indicafacilidade de trabalhar com otempo, capacidade ou reflexo deauto-defesa, seletividade noscontatos, vontade de encarar arealidade.
PROPORO DAESCRITA
Para Augusto Vels, a proporo /Organizao da escrita na folha
em branco, diz respeito aotamanho das letras nas palavras,se esto uniformes ou desiguais.
ASSINATURA
A assinatura pode ser estudadaindividualmente, independente dosdemais sinais e gneros grficos.H muitos profissionais nomercado de trabalho, fazendo
processos seletivos apenas peloestudo da Assinatura.
LETRATIPOGRFICA
Conforme Augusto Vels, a escritatipogrfica desenhada.E o principal objetivo se fazerbela diante de si e dos outros.Pode ocorrer em pessoas comsentimentos estticos elevados.Na anlise dessa grafia perdemosalguns detalhes j que no existe
ligao entre uma letra e outra,ambas so desconectadas.
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MARGEMESQUERDA
AUSENTE
Segundo Paulo Sergio deCamargo, so indicativas deavareza, instinto de propriedade
desenvolvidos, falta de tato eordem.
ESCRITAOSCILANTEVarivel na
inclinao dasletras.
Paulo Sergio de Camargo, em seulivro, A escrita revela a suapersonalidade, indica para estaescrita mudana no tnus doindivduo, variao de nimo e davontade, mas tambm flexibilidadee adaptao com arte ediplomacia.
ESCRITADESCENDENTE
(linhas que caem)
Ludwig Klages trata esta escritaem seu livro Escritura YCaracter, como uma escrita depersonalidade com traos dedepresso e tristeza, bem comofalta de concentrao.
ESCRITAASCENDENTE
(linhas que sobem)
De acordo com Maurcio Xandr,em seu livro, grafologia paratodos as linhas ascendentesrepresentam personalidadeotimista, que luta para atingir seusobjetivos.
ANLISE DELETRAS
INDIVIDUAIS
Literaturas atuais mostramdicionrios de letras e seussignificados.
Maiscula enfeitada - Vulgar,necessita chamar a ateno sobresi.
Triangular - Comum entrearquitetos.Polmico, autoritarismo, rebelde,criativo, Inclinado ao deboche,hetero-agressivo.
Primeira parte mais curta - Tmido,dissimulador.
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Desenvolveu-se um sistema de apoio tecnolgico, para a incluso de dados
levantados em anlise grafolgica, oferecendo maior comodidade e rapidez ao
profissional de seleo que se utiliza da tcnica projetiva grafologia.
Foram escolhidas 5 empresas Paranaenses para o estudo de caso. Uma
empresa de pequeno porte, duas de mdio porte, duas de grande porte (Tabela 2).
TABELA 2 - RELAO DAS EMPRESAS QUE PARTICIPARAM DA PESQUISA.Empresas Pesquisadas Quantidade de funcionrios analisados
Daiken Automao Industrial 100 candidatos
Decorlux Materiais Eltricos 100 candidatos
Rede de Hotis Bourbon 100 candidatos
Grupo Po de Acar 100 candidatos
Teclgica Informtica 100 candidatos
Por ocasio do levantamento das informaes, foi solicitado o perfil de cada
avaliador das empresas citadas, visando manter a privacidade e autenticidade dasinformaes das pessoas envolvidas no processo (Tabela 3).
TABELA 3 - CARGOS RESPONSVEIS PELAS INFORMAES CONTIDASNOS PERFIS ENCAMINHADOS PELAS EMPRESAS PESQUISADAS.
Cargo Quantidade Percentual
Analista de Recursos Humanos 5 26,32 %
Assistente de Recursos Humanos 2 10,53 %Supervisor de Recursos Humanos 3 15,79 %
Gerente de Recursos Humanos 2 10,53 %
Psiclogos 6 31,58 %
Diretor 1 5,26 %
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Quanto formao acadmica dos profissionais que selecionaram pessoas
nas empresas foi constatado que 100% dos selecionadores possuem escolaridade
de nvel superior, distribuda principalmente, conforme Tabela 4.
TABELA 4 - ESCOLARIDADE DOS SELECIONADORES DAS EMPRESASPESQUISADAS.
Formao Quantidade Percentual
Administrao de Empresas 12 50%
Psicologia 06 25%
Outros ( Nvel Superior ) 06 25%
Com o objetivo de diferenciar a posio da anlise grafolgica em
comparao aos demais testes psicolgicos utilizados comumente nos processos
seletivos, foi elaborada uma listagem dos mesmos, entendendo-se que muitos testes
psicolgicos e demais procedimentos so utilizados em conjunto com a grafologia.
Obteve-se a seguinte distribuio (Tabela 5):
TABELA 5 - PROCEDIMENTOS UTILIZADOS NA SELEO DE PESSOASNAS EMPRESAS PESQUISADAS.
Mtodos e Testes Psicolgicos Quantidade Percentual
Entrevistas 106 9,19 %
Teste Terico de Conhecimentos 104 9,02 %
Teste Prtico Situacional 22 1,91 %
Dinmica de Grupo 55 4,77 %
Redao (Grafologia) 500 43,36 %
Testes Psicolgicos(*Palogrfico, *Quati, *BPR5, *PMK)
230 19,95 %
Teste Psicotcnico 136 11,79 %
Total de testes aplicados 1.153 100%
*Palogrfico: Teste que avalia a personalidade com base na expresso grfica
*Quati: Questionrio de avaliao tipolgica que avalia a personalidade
*BPR5: Bateria de provas de raciocnio
*PMK: Psicodiagnstico miocintico que avalia a personalidade
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De acordo com o observado na utilizao dos testes projetivos, em relao
aos cargos, operacionais, tcnicos, administrativos e gerenciais,e tambm em
relao a idade e escolaridade, obtm-se a seguinte distribuio (Tabelas 6 a 8):
TABELA 6 - UTILIZAO DE TESTES PSICOLGICOS E GRAFOLOGIA PORFAMLIA DE CARGOS NAS EMPRESAS PESQUISADAS.
Testes de Anlise Operacional Tcnico Adm Gerencial
Testes Projetivos Fre. Perc. Fre. Perc. Fre. Perc. Fre. Perc.
Palogrfico 201 62,62% 108 33,64% 12 3,74% 0 0%
Grafologia 0 0% 168 33,6% 215 43% 117 23,4%
*Quati 42 9,77% 111 25,28% 170 38,72% 116 26,42%
*BPR5 0 0% 23 8,75% 162 61,60% 78 29,66%
*PMK 149 50,34% 139 46,96% 8 2,7% 0 %
*Palogrfico: Teste que avalia a personalidade com base na expresso grfica
*Quati: Questionrio de avaliao tipolgica que avalia a personalidade
*BPR5: Bateria de provas de raciocnio
*PMK: Psicodiagnstico miocintico que avalia a personalidade
TABELA 7 - IDADE DOS CANDIDATOS QUE PARTICIPARAM DA PESQUISA.
EMPRESA 20 a 30 anos 31 a 40 anos 41 a 50 anos Total
Empresa 1 25% 29% 46% 100%
Empresa 2 31% 40% 29% 100%
Empresa 3 22% 43% 35% 100%
Empresa 4 22% 36% 42% 100%
Empresa 5 18% 34% 48% 100%
TABELA 8 - ESCOLARIDADE DOS CANDIDATOS QUE PARTICIPARAM DAPESQUISA
EMPRESA 2 Grau
completo
Superior
incompleto
Superior
completo
Ps-
graduao
Total
Empresa 1 23% 12% 32% 34% 100%
Empresa 2 33% 49% 10% 8% 100%
Empresa 3 16% 22% 37% 25% 100%
Empresa 4 36% 31% 22% 12% 100%
Empresa 5 0% 12% 43% 45% 100%
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6 CARACTERSTICAS COMPARATIVAS DE PERSONALIDADE
LITERATURA X PROPOSTA DE TRABALHO
O objetivo aqui, demonstrar comparativos de percentuais dos resultados de
perfis dos candidatos das empresas pesquisadas, em relao Grafologia, com
Literatura citada nesta dissertao de graflogos e autores renomados, entre eles,
Maurcio Xandr, Augusto Vels, Agostinho Minicucci, Crepieux Jamin, Paulo Sergio
de Camargo, e por outro lado, contribuies fundamentadas por experincias
laboratoriais. As amostras apresentaram a seguinte distribuio:
6.1 DADO GRAFOLGICO - MARGEM DIREITA
LITERATURA
Margem direita indica facilidade de trabalhar com o tempo, capacidade ou
reflexo de auto-defesa, seletividade nos contatos, vontade de encarar a realidade.
PROPOSTA DE TRABALHO
Concorda-se e complementa-se:
Diferentemente de alguns graflogos, para os quais a margem direita no
deve ser analisada, de suma importncia que essa margem seja analisada, uma
vez que em anlises realizadas individualmente, foi comprovado que as mesmas
indicam empreendedorismo, avano ou esquiva do futuro.
6.2. DADO GRAFOLGICO - PROPORO DA ESCRITA
LITERATURA
A proporo / organizao da escrita na folha em branco, diz respeito ao
tamanho das letras nas palavras, se esto uniformes ou desiguais.
PROPOSTA DE TRABALHODiscorda-se e contribui-se:
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A proporo da escrita deve ser avaliada em relao distribuio do
conjunto do texto e o campo grfico, incluindo a anlise das quatro margens no
papel, ou seja, como est enquadrado o texto escrito na pgina.
6.3 . DADO GRAFOLGICO - ASSINATURA
LITERATURA
A assinatura pode ser estudada individualmente, independente dos demais
sinais e gneros grficos. H muitos profissionais no mercado de trabalho, fazendo
processos seletivos apenas pelo estudo da Assinatura.
PROPOSTA DE TRABALHO
Discorda-se dessa literatura e contribui-se:
Segundo experincias e avaliao de amostragens colhidas (1.200 assinaturas
catalogadas), evidenciaram-se traos nas mesmas, no compatveis com a
personalidade em sua predominncia, tendo sido necessrio o estudo completo dosdemais gneros e espcies para uma confirmao do verdadeiro EU, em atitudes e
comportamentos.
6.4 . DADO GRAFOLGICO - LETRA TIPOGRFICA
LITERATURA
A escrita tipogrfica desenhada. E o principal objetivo se fazer bela
diante de si e dos outros. Pode ocorrer em pessoas com sentimentos estticos
elevados. Na anlise dessa grafia perdemos alguns detalhes j que no existe
ligao entre uma letra e outra, ambas so desconectadas.
PROPOSTA DE TRABALHO
Concorda-se e complementa-se:
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Em pesquisas realizadas ao longo dos anos e citando Empresas atuais do
ramo Tecnolgico, uma amostra de 82% de analisados revelaram-se com esse estilo
de grafismo, indicando pensamento concreto, desejo de clareza e preciso,
habilidades para clculos. Foram encontradas em predominncia nos estudantes e
profissionais de rea lgica, Engenheiros, Financistas, Economistas, Matemticos,
Arquitetos. Sendo pessoas com grande riqueza de idias.
Considera-se conforme estudos, algumas outras causas da escrita tipogrfica:
Necessidade de quem escreve mostrar maior legibilidade do texto, por considerar
sua letra feia. Ou ainda muitas vezes o mesmo sabe que passar por um exame
grafolgico e quer ocultar sua natureza de escrita.
6.5. DADO GRAFOLGICO - MARGEM ESQUERDA AUSENTE
LITERATURA
So indicativas de avareza, instinto de propriedade desenvolvidos, falta de
tato e ordem.
PROPOSTA DE TRABALHO
Concorda-se e complementa-se:
No aconselhvel analisar uma nica margem e tirar concluses sobre o
perfil a partir da mesma. O estudo das margens (esquerda, direita, inferior e
superior) deve ser em conjunto com os demais gneros grafolgicos, para evitar
interpretaes erradas. No deve-se rotular o indivduo p