Análise de documentos/fontesAnalisar um mapa histórico
Identificar o mapa
– Assunto.
– Espaço representado.
– Época/data a que se reporta.
Descodificar legenda
– Identificar os códigos/símbolos utilizados (manchas de cor, sinaisgráficos, etc.).
– Compreender o significado dos tópicos considerados. Estes indicamos aspetos que se pretende realçar e, em conjunto com o título domapa, introduzem-nos na problemática tratada.
– Situar os dados da legenda no mapa, tendo em atenção alegendagem interna (países, cidades, datas...) e as hierarquias nelaestabelecidas (letras maiúsculas, minúsculas, a bold, a itálico, etc.).
Descrever o mapa (ordenadamente, do geral para o particular)
– Agrupar elementos de um mesmo conjunto.
– Apontar oposições/contrastes.
– Notar as evoluções, quando existam.
– Estabelecer relações entre os elementos representados(conflitos, movimentos da população, trocas comerciais, etc.).
Interpretar o mapa
– Completar os dados fornecidos com conhecimentos adquiridos.
– Mostrar o significado histórico das datas referenciadas.
– Explicar os fenómenos descritos.
regras de análise
de 2,0 a 2,9 %
de 3,0 a 12,0 %
Dados não disponíveis
0 2000 km
Fonte: Banco Mundial
N
OCEANO
PACÍFICO
OCEANO
PACÍFICOOCEANO
ATLÂNTICO
OCEANO
ÍNDICO
Menor de 0,0 %
de 0,0 a 0,9 %
de 1,0 a 1,9 %
Crescimento médio anual (em %)
CresCimento do PiB PER CAPITA no mundo (1990-2003)
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Comentário
1. Apresente o mapa.
2. Esclareça: PIB per capita.
3. Identifique grandes zonas de crescimento económico relativamente homogéneo.
4. Contextualize, de forma genérica, o crescimento verificado nas zonas que identificou.
Questões
1. O mapa incide sobre o crescimento económico mundial, entre 1990 e 2003, distinguindo os diversospaíses de acordo com a média de crescimento do PIB per capita, no período considerado. Os dados sãoda responsabilidade do Banco Mundial.
2. O PIB (Produto Interno Bruto) representa o valor de todos os bens e serviços produzidos num determi-nado país ou região, no decurso de um dado período, geralmente um ano. É o indicador mais utilizadopara medir o crescimento económico.
O PIB per capita (por cabeça) obtém-se dividindo a riqueza criada pelo número de habitantes.
3. Grosso modo, podemos distinguir cinco grandes zonas: a vasta área outrora ocupada pela URSS e umaparte significativa da África, com um crescimento negativo ou débil (cores vermelha e laranja); a AméricaLatina, cujos países, na sua maioria, registam um crescimento lento (cores laranja e amarela); a Américado Norte, com um crescimento que poderemos classificar de médio (verde-claro); e um largo conjuntode países da Ásia de Sudeste e Sul, que se colocam à cabeça do crescimento mundial (cor verde--escura).
4. Fenómeno complexo que agrega múltiplos fatores, a evolução do PIB espelha, no entanto, tanto as vicis-situdes políticas como as opções económicas de cada país ou região.
Na área correspondente à ex-União Soviética, a desaceleração económica, que marcou já as décadas de70 e 80, atingiu níveis gravíssimos com o fim da URSS, em 1991. Para além da instabilidade políticadecorrente da cisão de um Estado tão extenso, a região viu-se também a braços com as dificuldadesinerentes à transição de uma economia fortemente estatizada para uma economia de mercado. Mal con-duzido, este processo pautou-se pela desagregação súbita das estruturas económicas, a inflação galo-pante, o crescimento brutal do desemprego e por índices de corrupção elevadíssimos, que canalizaram a
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riqueza nacional para a mão de um grupo muito restrito. De acordo com o Banco Mundial, também fontedo presente mapa, o PIB da antiga União Soviética decresceu 40%, entre 1990 e 2000.
Desde sempre marcado pela pobreza, o Continente Africano viveu, no fim do século XX, um período deestagnação económica. Ao contrário do que se esperava, a generalidade dos países da África não cami-nhou, após a descolonização, rumo ao desenvolvimento. Guerras civis, como as que ensanguentaram oCongo (ex-Zaire), Angola ou a Somália, por exemplo, revelaram-se especialmente destruidoras, agra-vando os efeitos das ditaduras e prolongadas que têm subjugado a região.Paralelamente, as economias africanas ressentiram-se da degradação dos termos de troca das suasexportações, que perderam valor nos mercados internacionais.O mau desempenho económico, aliado a um crescimento demográfico intenso, não permitiu ultrapassaros índices de pobreza extrema em que vegeta grande parte da população africana. A fome, a doença e aviolência marcaram, também no século XX, o trágico destino do Continente Negro.
Se a situação da generalidade dos africanos não melhorou nas últimas décadas do século XX, o mesmonão pode dizer-se da América Latina, onde a pobreza tem vindo a diminuir. Lentamente, porém: umadívida externa pesadíssima, que não frutificou em investimentos produtivos, condicionou o crescimentoeconómico, que foi pautado pela instabilidade e pela persistência de fortes clivagens sociais. Governosprepotentes, corrupção bem como os efeitos nefastos das muitas guerrilhas que ensanguentaram o ter-ritório, contribuiram também para a marcha lenta do subcontinente americano.
Sem rival após o fim da Guerra Fria, na década de 90, os Estados Unidos viram consolidar-se o seu pro-tagonismo no mundo. Com uma economia diversificada, uma aposta forte na alta tecnologia e um terri-tório imenso, os norte-americanos souberam também estreitar os laços comerciais que os unem aoresto do continente americano e à zona da Ásia-Pacífico, onde emergem as mais dinâmicas economiasdo Mundo. O Canadá, que ocupa o lugar cimeiro entre os países desenvolvidos, registou, neste período,um crescimento idêntico ao do vizinho americano.
Depois do «milagre japonês», nas décadas de 50-60, a economia asiática encontrou uma dinâmica pró-pria, capaz de gerar sucessivas vagas de NPI (Novos Países Industrializados). O período em análise ficoumarcado, sobretudo, pela extraordinária pujança da economia chinesa que, nos anos 80, abandonou orígido modelo económico maoísta, abrindo-se ao mercado mundial.Tirando partido de uma mão de obra abundante, barata e disciplinada, os países asiáticos souberamatrair importantes investimentos estrangeiros, transformando-se numa verdadeira «fábrica do mundo».Ao que tudo indica, o dinamismo desta região fará do século XXI «o século da Ásia» e colocará a China àcabeça da economia mundial.
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