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Panorama Descritivo da Economia Brasileira e Conceito Básicos
Aspectos Demográficos
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A demografia traz elementos importantes na compreensão de
problemas econômicos• População potenciais consumidores.
• População economicamente ativa potenciais trabalhadores/produtores.
• Alterações na composição etária ou na distribuição regional da população têm importantes implicações sobre o país: países de população jovem: preocupação com a construção de
creches, escolas etc.. países com população idosa dedicam parte significativa de seus
recursos à previdência social.
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CRESCIMENTO POPULACIONAL E DESENVOLVIMENTO
ECONÔMICO• Corrente neomalthusiana: a população tem
tendência a crescer mais que a produção de alimentos o que gera pobreza e fome. Necessário políticas de controle de natalidade
• Críticos: neomalthusianos não dão devida atenção ao progresso tecnológico– ressaltam aspectos positivos de “populações
grandes” como a possibilidade de haver economias de escala
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Demografia Brasileira: Tendências atuais (1)
O Brasil é um dos países mais
populosos do mundo
Década 60/70 - sentimento de risco de
explosão demográfica
Hoje: Risco afastado: diminuição das
taxas de crescimento populacional
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Evolução da População Brasileira (1900 - 2000)
0
20.000
40.000
60.000
80.000
100.000
120.000
140.000
160.000
180.000
1900 1920 1940 1960 1980 1991 (1) 2000
População Total
População Masculina
População Feminina
Fonte: IBGE Obs: (1) O Censo previsto para 1990, foi realizado em 1991
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1900/1920 1920/1940 1940/1950 1960/1970 1970/1980 1980/1991 1991/2000Brasil 2,86 1,5 2,39 2,89 2,48 1,93 1,63Norte 3,7 0,08 2,29 3,47 5,02 3,85* 2,9*Nordeste 2,58 1,26 2,27 2,4 2,16 1,83 1,3Sudeste 2,82 1,49 2,14 2,67 2,64 1,77 1,6Sul 3,45 2,45 3,25 3,45 1,44 1,38 1,4Centro Oeste 3,61 2,56 3,41 5,6 4,05 3,01 2,4Fonte: IBGE* incluindo o Estado de Tocantins
TAXA MÉDIA ANUAL DE CRESCIMENTO DA POPULAÇÃO RESIDENTE. Brasil e Regiões:
Taxas de Crescimento Populacional - Brasil e Regiões
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• Fatores relacionados ao crescimento populacional:– Mortalidade e Natalidade (Vegetativo)– Saldo migratório (diferença entre as
pessoas que entram e saem definitivamente da região).
Taxa de crescimento populacional = Taxa de natalidade – Taxa de
mortalidade + Taxa de migração
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taxa de mortalidade• Fatores que afetam a taxa de
mortalidade:a. desenvolvimento da medicina e
da saúde pública; b. condições sócio-econômicas que
afetam a nutrição, a habitação e a educação da população;
c. questões institucionais como regras sanitárias e legislação trabalhista;
d. aspectos culturais que influem na educação, alimentação etc.
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taxa de fecundidade• A taxa de natalidade (nascimentos/pop.) é
muitas vezes substituída pela taxa de fecundidade que é a relação entre os nascimentos e o número de mulheres em idade fértil (dos 15 aos 44 anos).
• A fertilidade pode ser afetada por: – condições socioculturais como religião, valores
morais, relações familiares, regras legais etc.– aspectos econômicos: custos materiais e de
oportunidade. – conhecimento e acesso aos métodos
contraceptivos.
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Saldo Migratório
População aberta - quando o crescimento populacional de umpaís é influenciado pela entrada de imigrantes.
População fechada - quando seu crescimento depende apenasdo crescimento vegetativo (diferença entre nascimentos e óbitos).
migrações :
• “forças de expulsão” x “forças de atração”.
• Migrações internas x externas
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Brasil: população no início do século XX
• Em 1900 o Brasil possuía uma população aberta, especialmente pela vinda de europeus.
• As taxas de natalidade e mortalidade eram elevadas, sendo a primeira superior à segunda.
• A partir da década de 30 há um “fechamento” da população brasileira.
• A partir dos anos 40 o Brasil passa por uma “transição demográfica”
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Transição Demográfica
A
Taxa
de
nata
lidad
e e
taxa
de
mor
talid
ade
A nos
B
C
N atal id ad eM ortalid ade
13
Transição Demográfica• Transição Demográfica crescimento populacional cresce depois cai
– queda da taxa de mortalidade se faz antes da queda da taxa de natalidade que ocorre alguns anos depois
– quando a taxa de mortalidade caiu mas não a de natalidade o crescimento populacional é grande
– No final as taxas de crescimento populacional são semelhantes à inicial, mas com indicadores de mortalidade e natalidade mais baixos
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Brasil: queda da mortalidadeO declínio na taxa de mortalidade brasileira a
partir da década de 40 deve-se:
– aos progressos na saúde pública, e ao controle de doenças epidêmicas;
– às melhorias relativas ao saneamento básico nas zonas urbanas;
– à educação das mães quanto aos cuidados com os recém-nascidos, o que fez diminuir a taxa de mortalidade infantil.
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1930/1940 1940/1950 1950/1960 1960/1970 1970/1980 1980 1990 1999Brasil 158,27 144,73 118,13 116,94 87,88 69,1 49,7 34,6Norte 168,42 151,7 117,14 111,39 72,31 62,8 53,2 34,1Nordeste 178,71 176,34 154,54 151,18 121,36 114,6 106,8 53Sudeste 152,82 132,62 99,97 100,24 74,5 47,4 30 24,4Sul 127,37 114,31 86,88 87,19 61,8 43,7 26,7 20,7Centro Oeste 134,81 123,56 102,17 103,9 70,32 47,9 40 24,5Fonte: IBGE
TAXA DE MORTALIDADE INFANTIL Brasil e Regiões: 1930-1999 (por mil nascidos vivos)
Taxa de mortalidade infantil é a quantidade de crianças falecidas no primeiro ano de vida dentro de um grupo de
1.000 recém-nascidos.
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1930/1940 1940/1950 1950/1960 1960/1970 1970/1980 1980 1990 1999Brasil 42,74 45,9 52,37 52,67 60,08 61,76 65,62 68,4Norte 40,44 44,26 52,62 54,06 64,17 61,31 67,35 68,2Nordeste 38,17 38,69 43,51 44,38 51,57 58,71 64,22 65,5Sudeste 44 48,81 56,96 56,89 63,59 64,54 67,53 69,4Sul 50,09 53,33 60,34 60,26 66,98 65,34 68,68 70,8Centro Oeste 48,28 51,03 56,4 55,96 64,7 63,47 67,8 69,1Fonte: IBGE
ESPERANÇA DE VIDA DA POPULAÇÃO BRASILEIRA. Brasil e Regiões:1940-1999
Esperança de Vida ao nascer é a quantidade de anos que em média vivem as pessoas de uma determinada região
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População feminina no Brasil está superando a masculina, as mulheres brasileira vivem mais que os homens
e em determinadas regiões esta diferença é acentuada.
A razão é a elevada incidência de morte externa ou violenta
(especialmente homicídios) em homens jovens nos centros urbanos
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Esperança de Vida: Brasil, Regiões e Estados Selecionados - 1997
64,7
61,8
65,5
66,7
64,1
64,6
65,1
61,7
6
6,1
6,7
7,6
7,6
9,1
9,1
11,1
0 10 20 30 40 50 60 70 80
Norte
Nordeste
Centro Oeste
Sul
Brasil
Sudeste
São Paulo
Rio de Janeiro
Homens MulheresFonte: IBGE
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• Razões do declínio das taxas de fecundidade:– a entrada da mulher no mercado de
trabalho; – a grande proliferação de métodos
contraceptivos.
Evolução das taxas de fecundidade. Brasil e regiôes (1940 - 1996)
0
1
2
3
4
5
6
7
8
9
1940 1950 1960 1970 1980 1990 1996
Brasil Norte Nordeste Sudeste Sul Centro OesteFonte: IBGE
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Demografia Brasileira: Tendências atuais (2)
Como conseqüência destas mudanças
na dinâmica populacional temos: O envelhecimento da população
brasileira
Mito de Brasil - país jovem está sendo mudado com muita rapidez
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O envelhecimento populacional • Proporção de pessoas idosas no total da população
brasileira cresce• A perspectiva é de queda em termos absolutos do número
de crianças nos próximas anos• Indicadores:
– índice de envelhecimento relação entre a população com mais de 65 anos e a população com menos de 15
– razão de dependência é a relação entre os dependentes (soma da população com menos de 15 anos e com mais de 65 anos) e população em idade ativa (entre 15 e 65 anos de idade)
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Dinâmica Populacional
6,4
7,5
10,5
13,9
17,6
83,2
82,6
73,2
65,4
56
45
38,6
1960
1970
1980
1991
2000
2020 Razão deDependência
Indíce deenvelhecimento
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Estimativa de população por grupos de idade e situação de domicílio(em 1000 hab.)
Grupos 2000 2020
Urbana Rural Total Urbana Rural Total
0-4 14567 4796 19364 13196 2781 15977
5-14 25209 7651 32861 24341 4946 29287
15-64 87977 19237 107215 119048 17674 136722
65 ou + 7110 1647 8755 15447 2045 17493
Brasil 132458 32527 164985 169896 26995 196891
Fonte: IPEA O Brasil na virada do milênio, 1997.
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Envelhecimento populacional: conseqüências
alívio na demanda por serviços de saúde médico infantil e por ensino básico
pressão sobre “geriatria”, sistemas previdenciários etc.
diminuição da carga sobre ativos. Ainda é necessário grande oferta de mão
de obra, mas com taxas decrescentes
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Migrações internas e Urbanização• As variações na distribuição populacional entre
regiões– diferenças de taxas de natalidade e mortalidade,– migrações que ocorreram dentro do país.
• Êxodo Rural: principal fluxo migratório que caracterizou a economia brasileira.– estima-se que mais de 40 milhões de
pessoas saíram do campo em direção à cidade entre 1950 e 1990.
– Migração em direção ao Sudeste– Motivo: industrialização
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Fonte: IBGE
Distribuição da população brasileira: 1940 - 2000
1940
urbana31,2%
rural68,8%
2000
urbana81,2%
rural18,8%
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Migrações internas
• migração para as fronteiras agrícolas onde novas terras são incorporadas à produção agropecuária. – Fronteiras: Sul (década 70) Centro-Oeste (década 80) Hoje: Norte, nas franjas da floresta
amazônica.
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Distribuição da População por Regiões (1900 - 2000)
0%
20%
40%
60%
80%
100%
1900 1940 1960 1980 2000
Sudeste Nordeste Sul Centro-Oeste Norte
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Metropolização• Até o final da década de 70 a urbanização
se fez em direção às grandes metrópoles
• No período recente a tendência é de desaceleração da concentração nos grandes centros urbanos
• Interiorização: crescimento das cidades de médio porte no Interior do país
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1970-80 1980-91 1991-97Belém 1.574 4,3 2,7 2,8Fortaleza 2.664 4,3 3,5 2,4Recife 3.089 2,7 1,9 1,2Salvador 2.769 4,4 3,2 1,7Belo Horizonte 3.907 4,6 2,5 2,2Rio de Janeiro 10.306 2,4 1,0 0,9São Paulo 16.915 4,5 1,9 1,5Curitiba 2.464 5,8 2,4 4,5Porto Alegre 3.284 3,8 2,6 1,4TOTAL 46.972 3,8 2,0 1,7Fonte: IPEA/PNUD (1996) e IBGE (1998)
POPULAÇÃO E TAXAS DE CRESCIMENTO POPULACIONAL DAS REGIÕES METROPOLITANAS BRASILEIRAS.
Taxa de crescimento Regiões metrpolitanas
População 1997 (mil hab.)