REDAÇÃO OFICIAL PROFESSORA SOCORRO
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1. REDAÇÃO OFICIAL
1.1. DEFINIÇÃO
REDAÇÃO OFICIAL é a maneira
pela qual o poder Público redige atos
normativos e comunicações. Trata-se de
comunicação entre unidades
administrativas dos Três Poderes e
também destes com empresas e
indivíduos.
Não confundir com a redação
comercial e a bancária, pois estas se dão
entre empresas privadas e destas com o
Poder Público e com indivíduos. A
redação oficial segue normas, enquanto a
redação comercial e a bancária, seguem
outras.
1.2. NORMAS
A portaria número 1 do Ministério da
Justiça, de 8 de julho de 1937,
estabelecia quinze fechos padronizados
para correspondências oficiais. Com o
tempo, percebeu-se que ficava
prejudicada a eficiência e a agilidade das
comunicações no serviço público. Assim,
já em 1983, após quase meio século de
vigência uma tentativa de simplificação
dos fechos foi empreendida pela
Instrução Normativa 133, de 2 de março
de 1982, do então Departamento
Administrativo do Serviço Público. Foi
somente uma tentativa, porque este texto
apenas recomendava a simplificação,
sem torná-la obrigatória.
Mais tarde, em 1991, a Presidência
da República deu o golpe de misericórdia
nos padrões arcaicos de redação.
Publicado pela Secretaria-Geral da
Presidência da República, na forma da
Portaria nº 2 de 11 de janeiro de 1991
(Diário Oficial da União de 15 de janeiro
de 1991). O Manual de Redação da
Presidência da República simplificou e
uniformizou as comunicações no serviço
público. Com essa portaria, a Presidência
revogou a Portaria nº do Ministério da
Justiça de 1937.
O Manual da Presidência foi
elaborado com o fim de aplicar à
correspondência oficial os princípios da
administração pública constantes do
artigo 37 da Constituição Federal: “A
administração pública direta, indireta ou
fundacional, de qualquer dos poderes da
União, dos Estados, do Distrito Federal e
dos Municípios, obedecerá aos princípios
de legalidade, impessoalidade,
moralidade, publicidade e eficiência. (...)”.
Destes princípios, o Manual destaca que,
sendo a publicidade, a impessoalidade e
a eficiência princípios fundamentais de
toda administração pública, devem
portanto, nortear a elaboração dos atos e
comunicações oficiais.
Além dessas normas, no Diário
Oficial da União de 9 de março de 1992, a
Secretaria da Administração Federal,
baixou a Instrução Normativa nº 4,
tornando obrigatória, nos órgãos da
Administração Federal, a observação das
modalidades de comunicação oficial
constantes no Manual de Redação da
Presidência da República.
Em 4 de dezembro de 2002, foi
publicada a 2ª edição desse Manual de
Redação da Presidência, por meio da
portaria nº 91 da Casa Civil da
Presidência. As alterações que ele
introduziu já estão em vigor, mas não
revogam a Instrução Normativa nº 4 de
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1992, que exige a observância do Manual
nos órgãos da Administração Federal.
1.2.1. O PADRÃO OFÍCIO
Veremos agora, em um texto oficial
de amplo uso como se aplicam as
orientações legais em vigor.
Existem três tipos de
correspondências que se distinguem mais
pela finalidade do que pela forma. São
eles o ofício, o aviso, e o memorando. A
fim de obter uma diagramação única,
adota-se o chamado padrão ofício.
Portanto, as partes descritas abaixo
aplicam-se a todos os três. Ou seja, O
AVISO, O OFÍCIO E O MEMORANDO
DEVEM CONTER AS SEGUINTES
PARTES:
a) tipo e número do expediente, o ano,
seguido da sigla do órgão que o
expede:
Exemplos:
Mem. 123/2002-MF
Of. 123/2002-MME
Aviso 123/2002-SG
b) local e data em que foi assinado, por
extenso, com alinhamento à direita
Exemplo:
Brasília, 19 de abril de 2003.
c) destinatário: o nome e o cargo da
pessoa a quem é dirigida a comunicação,
no caso de aviso ou de memorando. No
caso do ofício deve ser incluindo o
endereço postal.
Exemplo:
d) assunto: resumo do teor do
documento:
Exemplos:
Assunto: Produtividade do órgão em 2002
Assunto: Necessidade de aquisição de
novos computadores
e) vocativo: forma de invocação,
conforme o nível hierárquico do
destinatário (veja item 1.2.2)
f) texto: nos casos em que não for de
mero encaminhamento de documentos,
o expediente deve conter a seguinte
estrutura:
- introdução, que se confunde com o
parágrafo de abertura, na qual é
apresentado o assunto que motiva a
comunicação. Evite uso das formas:
“Tenho a honra de”, “Tenho o prazer de”,
Cumpre-me informar que”. Empregue a
forma direta;
- desenvolvimento, no qual o assunto é
detalhado: se o texto contiver mais de
uma idéia sobre o assunto, elas devem
No memorando ou no aviso
A Sua Excelência o Senhor
Governador Joaquim Roriz
No Ofício
A Sua Excelência o Senhor
Governador Joaquim Roriz
Palácio do Buriti
70.000-000 – Brasília-DF
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3
ser tratadas em parágrafos distintos, o
que confere maior clareza à exposição;
- conclusão, em que é reafirmada ou
simplesmente reapresentada a posição
recomendada sobre o assunto.
Já quando se tratar de mero
encaminhamento de documentos, a
estrutura é a seguinte:
- introdução: deve iniciar com referencia
ao expediente que solicitou o
encaminhamento. Se a remessa do
documento não tiver sido solicitada, deve
iniciar com a informação do motivo da
comunicação, que é encaminhar.
indicando a seguir os dados completos do
documento encaminhado (tipo, data.
origem ou signatário, e assunto de que
trata), e a razão pela qual está sendo
encaminhado, segundo a seguinte
fórmula:
“Em resposta ao Aviso nº 12, de
fevereiro de 1991, encaminho, anexa,
cópia do Ofício nº 34, de 3 de Abril de
1990, do Departamento Geral de
Administração, que trata da requisição do
servidor Fulano de Tal.”
ou
“Encaminho, para exame e
pronunciamento, a anexa cópia do
telegrama nº 12, de 1º de fevereiro de
1991, do Presidente da Confederação
Nacional de Agricultura, a respeito de
projeto de modernização de técnicas
agrícolas na região Nordeste.”
- desenvolvimento: se o autor da
comunicação desejar fazer algum
comentário a respeito do documento
que encaminha, poderá acrescentar
parágrafos de desenvolvimento: em caso
contrário, não há parágrafos de
desenvolvimento em aviso ou ofício de
mero encaminhamento.
g) numeração dos parágrafos. Numera-
se do primeiro parágrafo após o vocativo
até o último, exceto o de fecho. O número
é colocado junto da margem esquerda do
texto, no alinhamento da entrada do
parágrafo. Não é feita esta numeração
quando os parágrafos estão organizados
em itens ou subtítulos.
h) fecho. no centro ou alinhado em os
parágrafos e separado deles pelo mesmo
espaçamento que há entre parágrafos;
i) assinatura. No centro da página,
digita-se o nome completo de quem
assina o texto. Logo acima apõe-se a
assinatura, sem linha de sublinhado.
Quanto ao espaçamento, o Manual da
Presidência não exige uma distância
mínima entre o fecho e a assinatura;
j) identificação do signatário (quem
assina o expediente). Ao centro e na
linha logo abaixo do nome, indica-se o
cargo do signatário.
FORMATO PARA DIAGRAMAÇÃO
Os documentos do Padrão Ofício
(Ofício, Memorando e Aviso), bem como a
Exposição de Motivos e a Mensagem,
seguem a seguinte forma de
apresentação:
I) deve ser utilizada fonte do tipo Times
New Roman de corpo 12 no texto geral,
11 nas citações, e 10 nas notas de
rodapé;
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II) para símbolos não existentes na fonte
Times New Roman poder-se-á utilizar as
fontes Symbol e Wingdings;
III) é obrigatório constar a partir da
segunda página o número da página;
IV) os ofícios, memorandos e seus
anexos poderão ser impressos em ambas
as faces do papel. Neste caso, as
margens esquerda e direita terão as
distancias invertidas nas páginas pares
(“margem espelho”);
V) o início de cada parágrafo deve ter
2,5 cm de distância da margem esquerda
do texto;
VI) o campo destinado à margem lateral
esquerda terá, no mínimo 3,0 cm de
largura;
VII) o campo destinado à margem lateral
direita terá 1,5 cm;
VIII) deve ser utilizado espaçamento
simples entre as linhas de 6 pontos após
cada parágrafo, ou, se o editor de texto
utilizado não comportar esse recurso, de
uma linha em branco;
IX) não deve haver abuso no uso de
negrito, itálico, sublinhado, letras
maiúsculas, sombreado. sombra, relevo,
bordas ou qualquer outra forma de
formatação que afete a elegância e a
sobriedade do documento;
X) a impressão dos textos deve ser feita
na cor preta em papel branco. A
impressão colorida deve ser usada
apenas para gráficos e ilustrações;
XI) o papel deve ser de tamanho A-4, ou
seja, 29,7 cm x 21,0 cm;
XII) deve ser utilizado, preferencialmente,
o formato de arquivo Rich Text nos
documentos de texto;
XIII) dentro do possível, todos os
documentos elaborados devem ter o
arquivo de texto preservado para consulta
posterior ou aproveitamento de trechos
para casos análogos;
XIV) para facilitar a localização, os nomes
dos arquivos devem ser formados da
seguinte maneira;
tipo do documento + número do
documento - palavras-chave do conteúdo
Exemplo:
Of. 123 – relatório produtividade ano 2002
OFÍCIO
Definição e finalidade
O ofício tem como finalidade o
tratamento de assuntos oficiais pelos
órgãos da Administração Pública entre si
e também com particulares.
Além das partes do padrão ofício, o
ofício deve ter ainda:
a) VOCATIVO, que invoca o destinatário,
seguido de vírgula ou dois pontos.
Exemplos:
Excelentíssimo Senhor Presidente da
República,
Senhora Ministra,
Senhor Chefe de Gabinete,
b) no cabeçalho ou no rodapé figuram as
informações do remetente:
- nome do órgão ou setor;
- endereço postal;
- telefone e endereço de correio eletrônico
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O PADRÃO OFÍCIO (quadro ilustrativo)
Órgão / Setor
Endereço postal
Telefone e Endereço de Correio Eletrônico
Ofício n. _____/ano/__(origem)
Local, data
Endereço
do destinatário
Assunto:
Vocativo,
1. ___________________________________________
___________________________________________________________________________________.
2. ___________________________________________
__________________________________________________
_________________________________.
3. ___________________________________________
___________________________________________________________________________________.
Fecho.
Assinatura
Nome
Cargo do Signatário
Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios
Palácio da Justiça, Praça Municipal CEP 70.000-000 – Brasília-DF
Telefone: xxxx-xxxx, [email protected]
Ofício 123/2003/TJDFT – Pres.
Brasília, 10 de setembro de 2003.
A Sua Excelência o Senhor
Governador Joaquim, Roriz
Palácio do Buriti 70.000-000 – Brasília – DF
Assunto: Posse dos novos serventuários da Justiça
Senhor Governador,
1. Convidamos Vossa Excelência a prestigiar a cerimônia
de posse dos novos servidores da Justiça do Distrito Federal e dos Territórios.
2. O evento ocorrerá em 25/09/2003, quinta-feira, às
14h30, no Salão Nobre do Palácio da Justiça.
3. Vossa Excelência será aguardado como paraninfo da
turma de servidores.
Atenciosamente,
Assinatura
NONONONONONONON Presidente do TJDFT
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Exemplo de Ofício
[Ministério]
[Secretaria/Departamento/Setor/Entidade]
5 cm [Endereço para correspondência].
[Endereço - continuação]
[Telefone e Endereço de Correio Eletrônico]
Ofício no 524/1991/SG-PR
Brasília, 27 de maio de 1991.
A Sua Excelência o Senhor
Deputado [Nome]
Câmara dos Deputados
70.160-900 – Brasília – DF
Assunto: Demarcação de terras indígenas
Senhor Deputado,
2,5 cm
1. Em complemento às observações transmitidas pelo telegrama no
154, de 24 de abril último, informo Vossa Excelência de que as medidas
mencionadas em sua carta no 6708, dirigida ao Senhor Presidente da República,
estão amparadas pelo procedimento administrativo de demarcação de terras
indígenas instituído pelo Decreto no 22, de 4 de fevereiro de 1991 (cópia anexa).
2. Em sua comunicação, Vossa Excelência ressalva a necessidade de
que – na definição e demarcação das terras indígenas – fossem levadas em
consideração as características sócio-econômicas regionais.
3. Nos termos do Decreto no 22, a demarcação de terras indígenas
deverá ser precedida de estudos e levantamentos técnicos que atendam ao disposto
no art. 231, § 1o, da Constituição Federal. Os estudos deverão incluir os aspectos
etno-históricos, sociológicos, cartográficos e fundiários. O exame deste último
aspecto deverá ser feito conjuntamente com o órgão federal ou estadual competente.
4. Os órgãos públicos federais, estaduais e municipais deverão
encaminhar as informações que julgarem pertinentes sobre a área em estudo. É
igualmente assegurada a manifestação de entidades representativas da sociedade
civil.
5. Os estudos técnicos elaborados pelo órgão federal de proteção ao índio
serão publicados juntamente com as informações recebidas dos órgãos públicos e das
entidades civis acima mencionadas.
1,5
cm
3 cm
cmm
cm
ccm
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7
3,5 cm
6. Como Vossa Excelência pode verificar, o procedimento
estabelecido assegura que a decisão a ser baixada pelo Ministro de Estado da Justiça
sobre os limites e a demarcação de terras indígenas seja informada de todos os
elementos necessários, inclusive daqueles assinalados em sua carta, com a
necessária transparência e agilidade.
Atenciosamente,
[Nome]
[cargo]
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1.2.2 OS PRONOMES DE TRATAMENTO
NA CORRESPONÊNCIA OFICIAL
a) Breve História dos Pronomes de
Tratamento
O uso de pronomes e locuções
pronominais de tratamento tem larga
tradição na língua portuguesa. De acordo
com Said Ali¹, após serem incorporados
ao português os pronomes latinos tu e
vos, “como tratamento direto da pessoa
ou pessoas a quem se dirigia a palavra”,
passou-se a empregar, como expediente
lingüístico de distinção e de respeito, a
segunda pessoa do plural no tratamento
de pessoas de hierarquia superior.
Prossegue o autor:
“Outro modo de tratamento indireto
constituiu em fingir que se dirigia a
palavra a um atributo ou qualidade
eminente da pessoa de categoria
superior, e não a ela própria. Assim
aproximavam-se os vassalos de seu
rei com o tratamento de vossa
mercê, vossa senhoria (...); assim
usou-se o tratamento ducal de vossa
excelência e adotaram-se na
hierarquia eclesiástica vossa
reverência, vossa paternidade,
vossa eminência, vossa santidade”.²
A partir do final do século XVI, esse
modo de tratamento indireto já estava em
voga também para os ocupantes de
certos cargos públicos. Vossa mercê
evoluiu para vosmecê, e depois para o
coloquial você. E o pronome vós, com o
tempo, caiu em desuso. É dessa tradição
¹ SAID ALI, Manoel, Gramática secundária histórica da língua
portuguesa, 3ª Ed. Universidade de Brasília, 1964. p.93-94.
² Id. Ibid.
que provem o atual emprego de
pronomes de tratamento indireto como
forma de dirigirmo-nos às autoridades
civis, militares e eclesiásticas.
b) Concordância com os Pronomes de
Tratamento
Os pronomes de tratamento (ou de
segunda pessoa indireta) apresentam
certas peculiaridades quanto à
concordância verbal, nominal e
pronominal. Embora se refiram à segunda
pessoa gramatical (à pessoa com que se
fala, ou a quem se dirige a comunicação),
levam a concordância para a terceira
pessoa, É que o verbo concorda com o
substantivo que integra a locução com
seu núcleo sintático: “Vossa Senhoria
nomeará o substituto”; “Vossa Excelência
conhece o assunto”.
Da mesma forma, os pronomes
possessivos referidos a pronomes de
tratamento são sempre os da terceira
pessoa: “Vossa Senhoria nomeará seu
substituto” (e não “Vossa... vosso...”).
Já quanto aos adjetivos referidos a
esses pronomes, o gênero gramatical
deve coincidir com o sexo da pessoa a
que se refere, e não o substantivo que
compõe a locução. Assim, se nosso
interlocutor for homem, o correto é “Vossa
Excelência está atarefado”, “Vossa
Senhoria deve estar satisfeito”; se for
mulher, “Vossa Excelência está
atarefada”, “Vossa Senhoria deve estar
satisfeita”.
c) Emprego dos Pronomes de
Tratamento
Como visto, o emprego dos
pronomes de tratamento obedece a
secular tradição. São de uso consagrado:
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Vossa Excelência, para as seguintes
autoridades:
O vocativo a ser empregado em
comunicações dirigidas aos Chefes de
Poder é Excelentíssimo Senhor, seguido
do cargo respectivo:
Excelentíssimo Senhor Presidente da
República,
Excelentíssimo Senhor Presidente do
Congresso Nacional,
Excelentíssimo Senhor Presidente do
Supremo Tribunal Federal.
As demais autoridades serão
tratadas com o vocativo Senhor, seguido
do cargo respectivo:
³ Nos termos do Decreto nº 4.118, de 7 de fevereiro de 2002,
art. 28, parágrafo único, são Ministros de Estado, além dos
titulares dos Ministérios: o Chefe da Casa Civil da Presidência
da República, o Chefe do Gabinete de Segurança Institucional,
o Chefe da Secretaria-Geral da Presidência da República, o
Advogado-Geral da União e o Chefe da Corregedoria-Geral da
União.
Senhor Senador, Senhor Ministro,
Senhor Juiz, Senhor Governador
No envelope, o endereçamento das
comunicações dirigidas às autoridades
tratadas por Vossa Excelência terá a
seguinte forma:
Em comunicações oficiais, está
abolido o uso do tratamento digníssimo
(DD), às autoridades arroladas na lista
anterior. A dignidade é pressuposto para
que se ocupe qualquer cargo público,
sendo desnecessária sua repetida
evocação.
Vossa Senhoria é empregado para
as demais autoridades e para
particulares. O vocativo adequado é:
Senhor Fulano de Tal,
(...)
Vossa Excelência Reverendíssima é
usado em comunicações dirigidas a
Arcebispos e Bispos: Vossa
Reverendíssima ou Vossa Senhoria
Reverendíssima para Monsenhores,
Cônegos e superiores religiosos. Vossa
Reverência é empregado para sacerdotes
e demais religiosos.
c) do Poder Judiciário;
Ministros dos Tribunais Superiores;
Membros de Tribunais;
Juízes;
Auditores da Justiça Militar.
a) do Poder Executivo;
Presidente da República; Vice-Presidente da República:
Ministros de Estado³;
Governadores e Vice-Governadores de Estado e do Distrito Federal;
Oficiais-Generais das Forças Armadas; Embaixadores:
Secretários-Executivos de Ministérios e demais ocupantes de cargos
de natureza especial;
Secretários de Estado dos Governos Estaduais;
Prefeitos Municipais.
b) do Poder Legislativo;
Deputados Federais e Senadores;
Ministro do Tribunal de Contas da União;
Deputados Estaduais e Distritais;
Conselheiros dos Tribunais de Contas Estaduais;
Presidentes das Câmaras Legislativas Municipais .
A Sua Excelência o Senhor
Fulano de Tal
Juiz de Direito da 10ª Vara Cível
Rua ABC, nº 123
01.010-000 – São Paulo
A Sua Excelência o Senhor
Fulano de Tal
Ministro de Estado da Justiça
70.064-900
A Sua Excelência o Senhor
Senador Fulano de Tal
Senado Federal
70.165-900
REDAÇÃO OFICIAL PROFESSORA SOCORRO
10
1.2.2. O MEMORANDO
O MEMORANDO é uma modalidade de comunicação entre unidades administrativas de
um mesmo órgão, que podem estar hierarquicamente em mesmo nível ou em nível
diferente. Trata-se, portanto, de uma forma de comunicação eminentemente interna. Pode
ter caráter meramente administrativo, ou ser empregado para a exposição de projetos,
idéias etc., a serem adotados por determinado setor público.
EVITAR AMBIGUIDADE
Memorando nº. 17/1991/DJ
Em 12 de maio de 2008.
.
Ao Sr. Chefe do Departamento de Administração
Assunto: Administração. Instalação de microcomputadores.
1. Nos termos do “Plano Geral de informatização”, solicito a Vossa Senhoria verificar a possibilidade de que sejam instalados
três microcomputadores neste departamento.
2. Sem descer a maiores detalhes técnicos, acrescento, apenas, que o ideal seria que o equipamento fosse dotado de disco
“rígido” e de monitor padrão “EGA”. Quanto a programas, haveria necessidade dois tipos: um “processador de textos”, e outro
“gerenciador de banco de dados”.
3. O treinamento de pessoal para operação dos micros poderia ficar a cargo da Seção de Treinamento do Departamento de
Modernização, cuja chefia já manifestou seu acordo a respeito.
4. Devo mencionar, por fim, que a informação dos trabalhos deste Departamento ensejará uma mais racional distribuição de
tarefas entre os servidores e, sobretudo, uma melhoria na qualidade dos serviços dosprestados.
Atenciosamente,
(Nome e
cargo do signatário)
PARA OBTER CLAREZA, É PRECISO:
Ambíguo: O Ministro comunicou a seu
secretariado que ele seria exonerado.
Claro: O Ministro comunicou Exoneração dele a
seu secretariado. Ou: O Ministro
comunicou a seu secretariado a exoneração
deste.
Ambíguo: O Deputado saudou o Presidente da
República, em seu discurso, e solicitou sua
intervenção no seu Estado, mas isso não o
surpreendeu.
Claro: Em seu discurso, o Deputado saudou o
Presidente da República. No pronunciamento,
solicitou a intervenção federal em seu Estado, o
que não surpreendeu o Presidente da República.
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11
EVITAR HIPÉRBATO E ANACOLUTO
EVITAR FRASES MUITO LONGAS
1.2.3. PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS
Orientam a redação Oficial os
princípios da impessoalidade, da
publicidade e da eficiência. Entende o
Manual por impessoalidade o tratamento
com o cargo e jamais com a pessoa, ou
seja, o texto não se dirige à pessoa
nominalmente, mas sim ao cargo que ela
representa. Neste sentido, não é
impessoal um vocativo como: Senhor
Armando. Para ser impessoal, o vocativo
deve se referir ao cargo e não ao nome,
da seguinte forma: Senhor Chefe do
Almoxarifado. Igualmente não é
impessoal o emprego de adjetivos que
expressem uma visão particular do
redator sobre o assunto de que fala.
Assim, quando se escreve “desta
prestigiosa comissão” ou “para sua
conceituada empresa”, houve
pessoalidade no trato com o destinatário.
para ser impessoal, deve-se expressar
deste modo: “desta comissão” ou “para
sua empresa”, sem adjetivações.
O princípio da publicidade, por sua
vez, não exige apenas o acesso do
cidadão aos textos oficiais. Não basta
poder ler. É preciso que o leitor médio da
Língua Portuguesa possa compreender o
conteúdo dos textos oficiais. Para isso,
exige-se a clareza e o padrão culto da
linguagem. Entende-se por clareza a
qualidade de um texto que comunica sua
mensagem de modo imediato, sem deixar
margem de dúvidas quanto a seu real
sentido. Por padrão culto deve-se
entender não só a obediência à gramática
formal, mas também o emprego de uma
linguagem compreensível em todo o
território nacional (a linguagem padrão),
ou seja, não se pode utilizar
regionalismos e muito menos gírias. É
bom evitar, tanto quanto possível, o
jargão burocrático. Quanto à linguagem
técnica, observa-se a real necessidade de
o texto limitar-se a este nível de
linguagem.
Por último, o princípio da eficiência
exige dos textos oficiais simplicidade,
clareza, correção, e certos itens
destacados ao longo da comunicação,
como assunto, endereçamento de destino
e de resposta, numeração dos
parágrafos. Estudaremos estas
qualidades no próximo item de nosso
curso.
Errado: A moça que eu fui na casa dela ontem
vai casar-se.
Certo: Ontem fui à casa de uma moça que vai
casar-se.
Errado: Este rapaz, estivemos com o irmão dele
sábado.
Certo: Sábado estivemos com o irmão deste rapaz.
Errado: Este fato, que alias me foi contado pelo promotor, e que mereceu inúmeros comentários naquela
cidade em que ele vive desde o nascimento do filho, atual delegado; eu conto agora em caráter
reservado.
Certo: Conto agora, em caráter reservado, este fato, objeto de inúmeros comentários naquela cidade.
Ouvi-o do promotor, residente ali desde o nascimento do filho, atual delegado.
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1.2.5. QUALIDADES DO ESTILO E DA LINGUAGEM NA MODERNA CORRESPONDÊNCIA
1. A CONCISÃO (UM TEXTO SEM REDUNDÂNCIAS, DIZER O MÁXIMO COM O MÍNIMO DE PALAVRAS)
III. A IMPESSOALIDADE
A finalidade da língua é comunicar,
que pela fala, quer pela escrita. Para que
haja comunicação, são necessários: a)
alguém que comunique, b) algo a ser
comunicado e c) alguém que receba essa
comunicação. No caso da redação oficial,
quem comunica é sempre o Serviço
Público (este ou aquele Ministério,
Secretaria, Departamento, Divisão,
Serviço, Seção): o que se comunica é
sempre algum assunto relativo às
atribuições do órgão que comunica: o
439/79 Brasília, 16/10/1979
Ilmos. Srs.
J.J. Martins
Caixa Postal 974
Curitiba –PR
Prezados Senhores,
Desejamos acusar o recebimento do seu prezado favor datado de
12 de outubro próximo passado, junto ao qual V.Sas. tiveram a
gentileza de nos encaminhar os documentos relativos às mercadorias
por nós encomendadas.
Informamos, outrossim, que as mercadorias em referência
chegaram em perfeitas condições, nada nos sendo lícito reclamar
nesse sentido. Lamentamos, no entanto, ter de externar-lhes a nossa
estranheza ante o fato de constar, na fatura que nos foi remetida por
V.Sas., vencimento para 30 dias, quando o que havíamos combinado
com o representante de sua conceituada empresa foi de 90 dias.
Solicitamos, pois, esclarecimentos a respeito, deixando claro que
não podemos aceitar a duplicata, caso não nos seja concedido o prazo
previamente combinado.
Cientes de que esta nossa justa pretensão será acolhida por V.Sas.,
firmamo-nos, com estima e apreço, mui
atenciosamente,
ALMOXARIFADO DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL
JOSÉ LINS
TIMBRE
Ofício 439/1979/STF – ALM
Brasília, 16 de outubro de 1979.
Ao Senhor Gerente
J.J. Martins
Caixa Postal 974
Curitiba – PR
CEP XX.XXX-000
Assunto: prazo de vencimento
Senhor Gerente,
1. Recebemos as mercadorias encomendadas, assim como os
documentos a elas relativos, anexos à sua carta de 12/10/1979.
2. Porém, estranhamos constar na fatura o vencimento para 30 dias,
quando havíamos combinado com o representante um prazo de 90 dias.
3. Solicitamos, portanto, esclarecimentos, pois não poderemos
aceitar a duplicata, caso não seja concedido o prazo previamente
combinado.
Atenciosamente,
______________________
José Lins
Chefe do almoxarifado
Correspondência antiquada e redundante Correspondência moderna e correta
REDAÇÃO OFICIAL PROFESSORA SOCORRO
13
destinatário dessa comunicação ou é o
público, o conjunto dos cidadãos, ou outro
órgão público, do Executivo ou dos outros
Poderes da União.
Percebe-se, assim, que o
tratamento impessoal que deve ser dado
aos assuntos que constam das
comunicações oficiais decorre:
a) da ausência de impressões individuais
de quem comunica: embora se trate, por
exemplo, de um expediente assinado por
Chefe de determinada Seção, é sempre
em nome do Serviço Público que é feita a
comunicação. Obtém-se, assim, uma
desejável padronização que permite que
comunicações elaboradas em diferentes
setores da Administração guardem entre
si certa uniformidade;
b) da impessoalidade de que recebe a
comunicação, com duas possibilidades,
ela pode ser dirigida a um cidadão,
sempre concebido como público, ou a
outro órgão público. Nos dois casos,
temos um destinatário concebido de
forma homogênea e impessoal;
c) do caráter impessoal do próprio
assunto tratado: se o universo temático
das comunicações oficiais se restringe a
questões que dizem respeito ao interesse
público, é natural que não cabe qualquer
tom particular ou pessoal.
Desta forma, não há lugar na
redenção oficial para impressões
pessoais, como as que, por exemplo,
constam de uma carta a um amigo. ou de
um artigo assinado de jornal, ou mesmo
de um texto literário. A redação oficial
deve ser isenta da interferência da
individualidade que a elabora.
A concisão, a clareza, a
objetividade e a formalidade de que nos
valemos para elaborar os expedientes
oficiais contribuem, ainda para que seja
alcançada a necessária impessoalidade.
1.2.6. DEMAIS TEXTOS OFICIAIS
I- RELATÓRIOS
O RELATÓRIO contém informações sobre tarefas executadas e/ou sobre fatos ou
ocorrências inquéritos e sindicâncias. Só recebem essa designação aqueles documentos
que apresentam certas características formais e estilísticas próprias: título, abertura
(origem. virgula, data, vocativo, etc.) e fecho (saudações protocolares e assinaturas). A
ESTRUTURA DO RELATÓRIO compreende, além da abertura e do fecho:
a) Introdução – indicação do fato investigado, do ato ou da autoridade que determinou a
investigação e da pessoa ou funcionário disso incumbido. Enuncia, portanto, o propósito do
relatório.
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TIMBRE
RELATÓRIO DE INVESTIGAÇÃO
Rio de Janeiro, 26 de outubro de 2000.
Senhor Diretor,
1. Tendo sido designado para apurar a denúncia de irregularidades ocorridas no Departamento dos Correios e Telégrafos, subindo à
apreciação De V.As., para os devidos fins, o relatório das diligencias que nesse sentido, efetuei.
2. Em 10 de setembro de 2000, dirigi-me ao chefe “A”, para inquirir os funcionários X e Y, acusado do extravio de valores endereçados à
firma S e L, desta praça.
3. Ambos negaram a autoria de violação da mala da correspondência, conforme termos constantes das declarações anexas.
4. No inquérito a que se procedeu, ressalta a culpabilidade do funcionário X, sobre quem recaem as mais fortes acusações.
5. O segundo: apesar de não se poder considerar mancomunado com o primeiro, tem parcela de responsabilidade, pois agiu por omissão,
sendo negligente no exercício de suas funções. Como chefe de turma, devia estar presente, na ocasião da abertura da mala em apreço – o que
não ocorreu conforme depoimento de lis...
6. Do exposto resulta que somente o inquérito policial poderá esclarecer o crime perpetrado com a violação da mala de correspondência
da Seção “A”.
7. Impõe-se instauração imediata de processo administrativo. É o que me cumpre levar ao conhecimento de V. Sa.
Respeitosamente,
Assinatura
Nome
cargo do signatário
b) Desenvolvimento (texto, núcleo ou corpo do relatório): relato minudente dos fatos
apurados, indicando-se:
1. a data;
2. o local;
3. o processo ou método adotado na apuração;
4. discussão: apuração e julgamento dos fatos.
c) Conclusão e recomendações de providencias ou medidas cabíveis.
Alguns relatórios costumam incluir ainda material ilustrativo: diagramas, mapas,
gráficos, desenhos etc., que podem vir incorporados no texto ou sob a forma de apêndice e
anexos.
Exemplo de um relatório simples
REDAÇÃO OFICIAL PROFESSORA SOCORRO
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II- ATA
A ATA é um documento em que são registrados, de forma objetiva os fatos ocorridos
durante uma reunião. A ata deve ser redigida se possível, enquanto ocorre a reunião, por
isso é usual que o secretário, que a redige, seja uma pessoa não envolvida nas discussões
e deliberações a serem tomadas pelos participantes. Ou seja, o secretário deve ser apenas
um observador e narrador fiel dos fatos.
FORMA E CONTEÚDO DA ATA: No quadro a seguir, estão as partes básicas
constituintes de uma ata.
PARTE CONTEÚDO
INTRODUÇÃO (OU
CABEÇALHO)
nº. da ata e especificação da reunião (ex.: Assembléia Geral
Ordinária).
ABERTURA data (por extenso), hora local, tipo de reunião, nome completo da
entidade, forma de convocação para a reunião.
VERIFICAÇÃO DE
PRESENÇA (QUORUM)
registro do número de presentes e se ele é suficiente para a
realização da reunião, segundo a lei ou os estatutos da entidade.
DEFINIÇÃO DA MESA
DIRETORA
nome dos indicados para dirigir a reunião (presidente/coordenador e
secretário(s)) e forma de escolha (aclamação/votação etc.) ver
observações abaixo).
TEXTO assuntos tratados, decisões, opiniões dos presentes, considerações,
interrupções etc.
ENCERRAMENTO frase-padrão do tipo “Nada mais havendo a tratar, encerraram-se os
trabalhos e a presente ata foi assinada por...”
Observações: O(s) presidente(s) / coordenador(ES) e os secretario(os) devem,
necessariamente assinar a ata. Quanto à comprovação da presença dos outros membros
participantes, pode ser adotado um dos seguintes procedimentos:
os participantes assinam a ata;
junta-se a ela uma lista com as assinaturas dos participantes (esse procedimento
precisa ser registrado em ata).
dispensam-se as assinaturas dos participantes (esse procedimento precisa ser
registrado no encerramento da ata).
REDAÇÃO OFICIAL PROFESSORA SOCORRO
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TERMO DE ABERTURA
Este livro contém 200 (duzentas) páginas tipograficamente numeradas e por mim conferidas e rubricadas e destina-se ao registro das atas de
Reuniões da (coloca-se o nome da entidade) com sede nesta cidade, Rua... nº...
(Local e data)
(Assinatura)
(Nome em letra legível)
(Cargo)
Dependendo da constituição da entidade, a ata pode ser um documento com valor
jurídico. Por isso, nesses casos é imprescindível tomar certos cuidados com sua redação.
Dentre esses cuidados, destacam-se:
A redação deve ser compacta, isto é, não se deixam parágrafos nem linhas em
branco. (esse procedimento impede que, no futuro, sejam feitos acréscimos ao texto
original da ata).
Os números importantes devem ser escritos por extenso ou em algarismos e
repetidos por extenso entre parênteses. Exemplo:
“... eleitos por um período de dois anos...” ou “... eleitos por um período de 2 (dois)
anos...”
Não pode apresentar rasuras ou borrões, Se, durante a redação, ocorrer algum erro,
deve-se empregar a palavra “digo” e escrever a forma correta. Exemplo:
“... ficando indicado o Sr. José Pasquini para diretor, digo, supervisor da nova
seção...”
Quando o erro só for percebido depois que a ata já estiver redigida, emprega-se a
seguinte expressão corretiva: “Em tempo: onde se lê... leia-se... “Exemplo: Em tempo: A
reunião da diretoria com os novos supervisores das regionais que, a princípio, estava
marcada para maio ficou adiada para o início de julho.
O LIVRO DE ATAS: O livro de atas é um volume especialmente destinado à lavratura
(redação) das atas de uma entidade. Cabe à pessoa responsável (secretario, diretor etc.)
conferir ou colocar a paginação de todas as folhas do livro e rubricá-las ema a uma (em
geral a rubrica é colocada no canto superior direito.
Termo de abertura
A mesma pessoa que rubrica as páginas do livro deve redigir, na 1ª página o termo
de abertura.
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TERMO DE ENCERRAMENTO
Este livro, com 200 (duzentas) páginas, devidamente rubricadas pelo Sr..., que na época era (cita-se o cargo da pessoa que fez o termo de abertura
e rubricou as páginas), destinou-se ao registro das Atas de Reuniões da (cita0se o nome da entidade), conforme se lê no Termo de Abertura
constante na 1ª pagina.
(Local e data)
(Assinatura)
(Nome em letra legível)
(Cargo)
Termo de encerramento
Quando todas as suas páginas já estiverem utilizadas pelos registros das atas, é
necessário redigir, na última página o termo de encerramento.
[Digite uma citação do documento ou o resumo de uma questão interessante. Você pode posicionar a caixa
de texto em qualquer lugar do documento. Use a guia Ferramentas de Caixa de Texto para alterar a
formatação da caixa de texto da citação.]
Modelo de ata
III - DECLARAÇÃO
Dá-se o nome de DECLARAÇÃO ao documento em que se afirma ou nega alguma coisa a
respeito de determinado assunto. É emitida por pessoa física, por órgão público e por
empresa ou instituição privada.
Características:
a) enquanto o atestado costuma ser expedido em favor de alguém, a DECLARAÇÃO é
feita em relação a alguém, podendo ou não ser-lhe favorável;
Modelo de ata
Aos quinze dias do mês de maio de dois mil e dez,reuniu-se o Conselho-Diretor da
Caesb, em sessão ordinária , na sala vinte e cinco do prédio Central , no Setor de
Indústria e Abastecimento de Brasília, trecho quatro, com a primeira chamada para as
quinze horas e segunda chamada para as dezesseis horas.Os convocados se
apresentaram no horário marcado. Estiveram presentes o Diretor-Geral,Roberto Carlos,
o vice, Caetano Veloso, Secretária executiva, Zizi Possi, demais membros da diretoria:
Diretora de Saneamento, Vera Fischer. Diretora de Finanças, Taís Araújo, Diretora de
Pessoal, Juliana Paes,Diretor de material, Rodrigo Santoro e Diretor de Comunicação,
Pedro Bial.A mesa foi composta pelos três diretores de Departamento e dirigida pelo
Diretor-Geral . Os assuntos tratados foram debatidos na ordem do dia: 1- compra de
mais dois veículos para os diretores, 2- contratação de vinte novos servidores por meio
de concurso, 3- aumento do salário dos diretores, 4- votação das propostas. O item três
foi aceito por unanimidade , os demais ficaram em suspenso, aguardando a decisão do
Governador, que receberá a Exposição de Motivos do Diretor-Geral. Nada mais
havendo a tratar, encerram-se os trabalhos e a presente ata é assinada por mim e pelos
outros participantes da reunião.
REDAÇÃO OFICIAL PROFESSORA SOCORRO
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DECLARAÇÃO
Eu, Luciano Pires, brasileiro, casado, RG nº. 2.469.367 (SSP/SP), comerciante, estabelecido na rua Dr. Carlos Fontes, 148,
Campinas, DECLARO conhecer, há 6 (seis) anos, o Sr, Irineu Lima Smith, brasileiro, viúvo, RG nº. 3.649.943 (SSP/SP), representante
comercial, residente na rua 7 de Setembro, 543, em Ribeirão Preto, nada havendo, que seja de meu conhecimento, que o desabone moral
ou profissionalmente.
Campinas, 26 de junho de 1999.
Luciano Pires
b) a estrutura da declaração é praticamente igual à do atestado;
c) se o declarante for pessoa física, o papel dispensa timbre e carimbo, mas é exigido RG
e CPF, além do reconhecimento da firma em cartório.
Exemplo de declaração de idoneidade
IV - ATESTADO
Atestado é o documento em que se confirma ou assegura a existência ou inexistência de
uma situação de direito, de que se tem conhecimento, referente a alguém ou a respeito de
algum fato ou situação.Consiste em dizer por escrito, afirmando ou negando, que
determinada coisa ou algum fato referente a alguém correspondente à verdade e
responsabilizar-se, assinando o documento.
Características:
a) no serviço público, o atestado é firmado por funcionário que, em razão de seu ofício ou
função, tem reconhecida credencial para fornecê-lo;
b) na empresa particular, o atestado é fornecido por alguém que exerce posição de chefia
compatível com a afirmação que prestar e com a destinação do atestado;
c) o papel em que é redigido o atestado deve conter o timbre ou carimbo do órgão público
ou da empresa que expede;
d) o atestado, diferentemente da declaração, costuma ser expedido à solicitação do(s)
interessado(s), formulada por escrito ou verbalmente;
e) a redação de um atestado apresenta comumente a seguinte ordem:
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PROSPEC-SOLO FUNDAÇÕES S/A
Av. Brasil, 453 - Campinas/SP - Tel: 414390
ATESTADO
ATESTAMOS que Maria Padilha estagiou no Depto. de Sondagens e Fundações desta empresa de engenharia no período de
03/04/94 a 06/11/95, desenvolvendo suas funções com seriedade, competência e profissionalismo.
Campinas, 20 de março de 1996.
José M. F. Fontanelle
Eng. Supervisor de Sondagens
CREA - 5.459/SP
Wilson Castilho Penha
Chefe do Depto. de Pessoal
I- título, isto é, a palavra ATESTADO, em maiúsculas;
II- nome e identificação da autoridade que emite (que também podem ser expressos no
final, após a assinatura) e da pessoa ou órgão que solicita;
III- texto, sempre sucinto, claro e preciso, contendo aquilo que se está confirmando ou
assegurando;
IV- local e data, na margem direita do texto;
V- assinatura, nome e cargo ou função de que atesta, à direita ou no centro.
Em geral, o atestado é emitido em favor de alguém, declarando algo sobre essa pessoa.
Exemplo de atestado
V- REQUERIMENTO
O REQUERIMENTO é um documento encaminhado por um particular a uma autoridade ou
a um órgão público para solicitar (= requerer) algo a que julga ter direito legal. Sempre que
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Senhor Prefeito de Mauá da Serra,
Deolindo Brunassi, brasileiro, casado, residente na Rua Mato Grosso, 1541, portador de CI nº 247.550-8 e CPF nº 338.400-
529, funcionário público municipal PO-2, requer, na forma da Lei Municipal 123 de 1996, adicional de 5% (cinco por cento) em seus
vencimentos por ter completado cinco anos de serviço.
Nestes termos,
Pede deferimento.
Mauá da Serra, 3 de fevereiro de 200.
Deolindo Brunassi
possível, é conveniente citar a lei, decreto ou ato administrativo que justifica legalmente o
que se está requerendo.
Para maior objetividade e simplificação, o fecho do requerimento pode ser dispensado. Se,
no entanto, ele for usado, deve ser simples e direto.
Os fechos usuais estão no quadro abaixo e podem ser empregados sob a forma abreviada.
FECHO ABREVIATURA
Nestes termos pede deferimento N.T.P.D.
Aguarda deferimento A.D.
Pede deferimento P. Deferimento ou P.D.
Se for necessário citar a lei ou decreto que ampara legalmente o pedido, introduz-se essa
informação logo após a palavra requerer. Assim:
...requerer, de acordo com a Lei nº... de (data)...
VI- CERTIDÃO
A CERTIDÃO é o documento mandado expedir por autoridade pública competente, a
pedido de pessoa ou de órgão interessado, no qual se declara como certa e verdadeira a
existência de fatos anteriormente registrados dentro das formalidades específicas. Se não
houver esse registro anterior escrito dos atos ou fatos, o documento a ser expedido não
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ESTADO DE SÃO PAULO
PREFEITURA DE CAMPOS DO JORDÃO
CERTIDÃO Nº...
(espaço destinado ao “Visto” da autoridade responsável pela
Expedição do documento, com respectiva data)
CERTIFICO, em cumprimento ao despacho exarado na petição nº... de 17 de fevereiro de 2000, que o Loteamento Bairro Novo,
situado no lugar chamado Lagoa das Caraíbas, às margens da Estrada Rodoviária pavimentada BR..., à av. Eliezer de Lima, nada deve à Fazenda
Municipal, nesta data, ficando entretanto ressalvado o direito desta Prefeitura de cobrar do proprietário do imóvel ou de seu sucessor quaisquer
débitos que posteriormente venham a ser verificado
Campos do Jordão, 28 de fevereiro de 2000.
Mary das Neves
Diretora de Obras
)Maria José da Silva
Assistente Técnica da Receita
será CERTIDÃO, mas sim, CERTIFICADO. Daí, serem confundidos, com certa freqüência,
os dois documentos. Pode ser resumida ou integral, sempre, cópia de algum registro
escrito já existente.
Exemplos: certidão de nascimento, certidão de casamento, certidão de óbito, nada consta.
Exemplo de certidão
VII- CIRCULAR
A CIRCULAR é uma forma de correspondência pela qual o emissor, utilizando cópias de
idêntico conteúdo, se comunica com diversos destinatários (pessoas, empresas, órgãos ou
entidades). A circular é empregada para transmitir decisões, sugestões, convites,
informações (ex.: lista de preços, decisões administrativas, lançamento de produtos,
promoções etc.). Na correspondência oficial também cientifica o destinatário sobre a
publicação de decretos, leis, editais etc.
Diferentemente da carta, a circular, pelo fato de ser enviada a vários destinatários,
não contém os nomes deles. Emprega-se apenas um vocativo genérico, que se aplique a
todos os destinatários (ex.: Senhor, Senhores, Senhor Cliente, Senhor Gerente, Senhor
Associado, Senhor Encarregado, Senhor Secretário etc.)
Quando a circular é acompanhada de cópia de algum outro documento, é
conveniente escrever a palavra anexo(s) no pé da página à esquerda e citar o nome do
documento. Assim:
Anexo: cópia do Edital de Convocação.
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ESTADO DE SÃO PAULO
SECRETARIA ESTADUAL DE EDUCAÇÃO E CULTURA
INSPETORIA SELECIONAL DE ENSINO
SEÇÃO ZONA SUL
CIRC. Nº 057/1995/SEEC
São Paulo, 20 de novembro de 1995.
DE: Inspetor Secional de Ensino
PARA: Diretores de Estabelecimentos de Ensino Médio
Senhor Diretor,
1. Tenho em vista a deliberação do Senhor Secretário de Educação e Cultura, contida no Diário Oficial de
________________, informo a V.Sa., que só estarão habilitados a lecionar nos referidos Estabelecimentos os professores com registro
ou autorização desta inspetoria.
Atenciosamente,
Lindolpho A. Ortiz
Inspetor Secional de Educação
Exemplo de circular
(CONTEÚDO RETIRADO DO MANUAL DE REDAÇÃO DA PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA)
6. Telegrama
6.1. Definição e Finalidade
Com o fito de uniformizar a terminologia e simplificar os procedimentos burocráticos,
passa a receber o título de telegrama toda comunicação oficial expedida por meio de
telegrafia, telex, etc.
Por tratar-se de forma de comunicação dispendiosa aos cofres públicos e
tecnologicamente superada, deve restringir-se o uso do telegrama apenas àquelas
situações que não seja possível o uso de correio eletrônico ou fax e que a urgência
justifique sua utilização e, também em razão de seu custo elevado, esta forma de
comunicação deve pautar-se pela concisão (v. 1.4. Concisão e Clareza).
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6.2. Forma e Estrutura
Não há padrão rígido, devendo-se seguir a forma e a estrutura dos formulários
disponíveis nas agências dos Correios e em seu sítio na Internet.
7. Fax
7.1. Definição e Finalidade
O fax (forma abreviada já consagrada de fac-simile) é uma forma de comunicação
que está sendo menos usada devido ao desenvolvimento da Internet. É utilizado para a
transmissão de mensagens urgentes e para o envio antecipado de documentos, de cujo
conhecimento há premência, quando não há condições de envio do documento por meio
eletrônico. Quando necessário o original, ele segue posteriormente pela via e na forma de
praxe.
Se necessário o arquivamento, deve-se fazê-lo com cópia xerox do fax e não com o
próprio fax, cujo papel, em certos modelos, se deteriora rapidamente.
7.2. Forma e Estrutura
Os documentos enviados por fax mantêm a forma e a estrutura que lhes são
inerentes.
É conveniente o envio, juntamente com o documento principal, de folha de rosto, i.
é., de pequeno formulário com os dados de identificação da mensagem a ser enviada,
conforme exemplo a seguir:
[Órgão Expedidor]
[setor do órgão expedidor]
[endereço do órgão expedidor]
_______________________________________________________________________________________________
Destinatário:____________________________________________________________________________________
No do fax de destino:_____________________________________________________ Data:_______/_______/____
Remetente: _____________________________________________________________________________________
Tel. p/ contato:_______________________ Fax/correio eletrônico:_______________________________________
No de páginas: esta +_______________________________________N
o do documento:_______________________
Observações:____________________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________________________
8. Correio Eletrônico
8.1 Definição e finalidade
O correio eletrônico (“e-mail”), por seu baixo custo e celeridade, transformou-se na
principal forma de comunicação para transmissão de documentos.
REDAÇÃO OFICIAL PROFESSORA SOCORRO
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8.2. Forma e Estrutura
Um dos atrativos de comunicação por correio eletrônico é sua flexibilidade. Assim,
não interessa definir forma rígida para sua estrutura. Entretanto, deve-se evitar o uso de
linguagem incompatível com uma comunicação oficial (v. 1.2 A Linguagem dos Atos e
Comunicações Oficiais).
O campo assunto do formulário de correio eletrônico mensagem deve ser
preenchido de modo a facilitar a organização documental tanto do destinatário quanto do
remetente.
Para os arquivos anexados à mensagem deve ser utilizado, preferencialmente, o
formato Rich Text. A mensagem que encaminha algum arquivo deve trazer informações
mínimas sobre seu conteúdo..
Sempre que disponível, deve-se utilizar recurso de confirmação de leitura. Caso não
seja disponível, deve constar da mensagem pedido de confirmação de recebimento.
8.3 Valor documental
Nos termos da legislação em vigor, para que a mensagem de correio eletrônico
tenha valor documental, i. é, para que possa ser aceita como documento original, é
necessário existir certificação digital que ateste a identidade do remetente, na forma
estabelecida em lei.