BRASIL IMPÉRIO:Primeiro Reinado e Período Regencial.
2°ano - Ensino Médio.
O Projeto de Constituição de 1823
• 1823 -> realizam-se eleições para a AssembleiaConstituinte.– Firme oposição aos portugueses,– Reduzir o poder do Imperador e valorizar o poder do
Legislativo.
– Constituição da Mandioca, se o cidadão possuísserenda mínima anual equivalente a 150, 250, 500 ou1000 alqueires de farinha de mandioca, poderia sereleitor ou se candidatar a deputado ou a senador.
– Entrando em divergência com D. Pedro I acabou sendofechado em 12 de novembro de 1823 (Noite daAgonia) sem completar tal tarefa.
1ª Constituição de 1824.• O texto acabou sendo elaborado pelo Conselho de
Estado (instituição nomeada pelo imperador).– Sendo outorgado (imposta) pelo Imperador em março de
1824.
• Características: Liberal com mecanismos de poderesabsolutos ao imperador.– Poder Moderador: por meio deste, Dom Pedro I poderia
intervir nos demais poderes;– O senado era vitalício;– Voto Censitário;– Instituição do Padroado (unidade entre estado e Igreja
Católica);– Brasil dividido em províncias sem autonomia,– Eleições para a Assembleias tornaram-se indiretas.
QUEDA NA POPULARIDADE
• Confederação do Equador (1824):
– Causas: insatisfação do povo com a constituição e asituação econômica.
– Objetivo: unir as províncias do Nordeste e separar-sedo império, criando a Confederação do Equador.
– Causa imediata: a indicação de um governadorconservador para a província de Pernambuco.
– Líderes: se destacou Frei Caneca.
• A revolta foi severamente reprimida pelas tropasimperiais e seus líderes foram executados, entreeles Frei Caneca (fuzilado).
A QUEDA DA POPULARIDADE• Choque com a elite fundiária durante a elaboração da
Constituição• Crise Econômica nos principais produtos de exportação
do País (Açúcar e Algodão).• Guerra da Cisplatina (1825-1828), Apoiados pela
Argentina, os uruguaios proclamam a independênciado país.– Com a mediação da Inglaterra o Uruguai torna-se um
estado soberano.– A derrota contribuiu para um enfraquecimento político do
imperador.
• Assassinato, em São Paulo, do jornalista Líbero Badaróque fazia críticas ao Imperador.
• Envolvimento na Sucessão do trono português atravésda sua filha Maria da Glória.
Noite das Garrafadas:
– No dia 11 de março D. Pedro I retorna ao Rio de Janeiro deuma Viagem a Minas Gerais,
– Encontrar oposição aberta nas ruas da cidade. O conflitoculminou na noite do dia 13, quando os portuguesesorganizavam uma grande festa para recepcionar ogovernante, mas os brasileiros revoltosos atacaram compedras e garrafas.
• Foi, na verdade, uma disputa entre os aliados dopartido português - favoráveis ao imperador - e osliberais do partido brasileiro - opositores ao mesmo.
ABDICAÇÃO
• A abdicação do Imperador Pedro I do Brasil,ocorreu em 7 de abril de 1831, em favor de seufilho D. Pedro de Alcântara (com 5 anos deidade), futuro D. Pedro II.
– Dom Pedro I voltou para a Europa e foi coroado rei dePortugal, como Dom Pedro IV.
• Até que o Herdeiro do trono brasileiro adquirissemaioridade, o país seria governado por umgoverno provisório – as regências.
PERÍODO REGENCIAL (1831-1840)
Os primeiros anos após a abdicação.
• A Constituição determinava que, no caso deherdeiro o herdeiro do trono ser menor, assumiriauma Regência Trina indicada pela Assembleia, atéa maioridade.
• Regência Trina Provisória (abril de 1831):
– Francisco de Lima e Silva (representante do Exército),
– Nicolau de Campos (moderado),
– Carneiro de Campos (restaurador).
PANORAMA POLÍTICO.• Exaltado (farroupilha ou jurujubas):
– Integrado pela esquerda liberal, que defendia aimplantação de uma política federal descentralizada.
• Moderado (ou chimango):– Composto pela direita liberal, que lutava pelos interesses
dos grandes fazendeiros.• Progressistas: Governo forte e centralizado, faziam concessões aos
liberais exaltados.• Regressistas: Governo com o legislativo forte, sem concessões
para os liberais exaltados.
• Restaurador (ou caramuru):– Constituído pela direita conservadora, cujo maior objetivo
era trazer dom Pedro I de volta ao trono.
REGÊNCIA TRINA PERMANENTE
• Assumiu em junho de 1831, era composta por trêsmoderados:
– Bráulio Muniz;
– Costa Carvalho;
– Brigadeiro Lima e Silva.
• Quem despontou como homem forte do novo governofoi o ministro da Justiça, Padre Diogo Feijó.
AVANÇO LIBERAL (1831 -1835)
• Caracterizado pela implantação de medidas de caráterdescentralizador.– Setor agrário queria resgatar o poder concentrado antes
nas mãos do Imperador e dos portugueses.
• Reformas liberalizantes:– Código de Processo Criminal -> ampla autonomia
judiciária aos municípios;– Ato adicional de 1834 -> extinguiu o Conselho de Estado e
criou as Assembleias Legislativas Provinciais além de criareleições para Regentes e diminuir o número de Regentesde três para um;
– Guarda Nacional -> corpo militar comandado por grandesfazendeiros - os quais receberam a patente de Coronel ;
REGENTES UNOS:• Padre Diogo Feijó (1835-1837),• Araújo Lima (1837 – 1840),
– Realizações: • Colégio D. Pedro II,• Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro,• Ministério das Capacidades.
• Partidários dos grupos mais liberais e dosconservadores passaram a disputar o poder, e esseconfronto abriu espaço para reivindicações maisradicais das facções populares.
• Resultado: eclosão por todo o país das rebeliõesregenciais.
REVOLTAS DO PERÍODO REGENCIAL
• Crise econômica:– Preço das exportações brasileiras em baixa, poucos
impostos devido aos privilégios alfandegários,ouroestava esgotado.
• Crise Social:– Riqueza e poder estavam concentrados nas mãos dos
grandes fazendeiros e comerciantes, maior parte dapopulação do campo e da cidade levava uma vidamiserável.
• Crise política:– Grupos dominantes nas províncias queriam mais
autonomia (pregando inclusive o separatismo).
FARROUPILHA (1835 – 1845)
• Local: Rio Grande do Sul / Santa Catarina.• Líderes: Bento Gonçalves, Davi Canabarro e Giuseppe
Garibaldi.• Causas:• Problemas econômicos dos produtores rurais gaúchos.
– Produção do charque atendia ao mercado interno, massofria concorrência com Uruguai e Argentina que entravamno país mais baratos .
– Estancieiros queriam eliminar ou reduzir as taxas sobre ogado na fronteira com o Uruguai.
– Buscavam maior liberdade administrativa.
FARROUPILHA (1835 – 1845)
• 1835 -> Bento Gonçalves comanda as tropassobre Porto Alegre e Antônio Fernandes Bragaé deposto do cargo de Presidente daprovíncia.
– No ano seguinte os farroupilhas fundam aRepública Rio-grandense.
– Bento Gonçalves chegou a ser preso e enviado aoRio de Janeiro e depois a Bahia, de onde fugiucom ajuda de Francisco Sabino.
FARROUPILHA (1835 – 1845)
• 1839 -> Giuseppe Garibaldi e Davi Canabarroconquistam Laguna.– Precisavam de um porto pois Porto Alegre e Rio
Grande estavam sob o controle dos imperiais.
– Proclamaram a efêmera República Juliana.
• 1840 -> D. Pedro II assume o poder comintenção de pacificar o país.
• 1842 -> Os farrapos passam a ser contidospois Duque de Caxias começa a estabeleceracordos além das vitórias militares.
FARROUPILHA (1835 – 1845)
• 1845 -> Tratado de Ponche Verde, assinado entreDuque de Caxias e David Canabarro.– Imposto de 25% sobre o charque platino.– Anistia geral aos envolvidos.– Incorporação dos oficiais revoltosos ao exército
imperial.– Libertação dos escravos envolvidos no conflito.
• OBSERVAÇÕES:– Não é uma revolta com objetivos populares;– Não tinha proposta concreta de acabar com a
escravidão;– Queriam principalmente o lucro das estâncias e a
maior autonomia no poder político.
CABANAGEM (1835-1840)• Local: Pará.• Vários líderes: dos quais Félix Clemente Malcher, Padre
Batista Campos, João do Mato, Domingues Onça.• Cabanos = Homens e mulheres pobres (negros, índios e
mestiços).– Trabalhavam na extração de produtos da Floresta (cacau,
madeira e ervas aromáticas).
• Queriam acabar com a Injustiça Social.
• 1835 -> Tomaram Belém e mataram várias autoridades doGoverno.– Dificuldades para governar: divergências e traições.
• Violenta repressão comandada pelo Governo Imperial,arrasou o levante em 1840.
REVOLTA DOS MALÊS (1835)• Local: Salvador, Bahia.• Vários líderes: Pacífico Licutã, Manuel Calafate e Luis
Sanim• Movimento de escravos africanos (maioria
muçulmano) conhecidos como malês.• Luta contra os donos de escravos para conseguir a
Liberdade.
– Muitos rebeldes morreram em combate e outros forampresos (condenados a açoite público e fuzilamento).
• Com o fim desta revolta, aumentou o medo dossenhores que temiam que acontecesse o mesmo queocorrera no Haiti.
SABINADA (1837-1838)• Local: Bahia.• Líder: Francisco Sabino da Rocha Vieira.• Classe média de Salvador apoiada por uma parcela do
exército, tomou a cidade e proclamou a República Baiana,em 1837.
• Estavam descontentes com a falta de autonomia daprovíncia e com os desmandos da administração regencial.
• Objetivo: instituir uma república na província enquanto opríncipe fosse menor de idade.– Sem respaldo popular o movimento enfraqueceu. Era um
rebelião coordenada por homens cultos e pessoas de posse deSalvador.
• Em 1838, as tropas oficiais, apoiadas pelos latifundiários daregião, cercaram Salvador e derrotaram os revoltosos.
BALAIADA (1838-1841)• Local: Maranhão.
• Líderes: negro Cosme (chefe de quilombo), Raimundo Gomes (umvaqueiro), Manoel Francisco Ferreira (artesão chamado de balaio).– “Bem-te-vis”: Políticos liberais radicais (profissionais urbanos) que
iniciaram a revolta contra os grandes fazendeiros da província (cabanos).
• A miséria causada pela crise do algodão e pelo aumento deimpostos e preços, somada ao descaso das autoridades, motivou arebelião popular no sertão maranhense.
– Ocuparam a vila de Caxias, segunda mais importante daprovíncia.
– Não tinha um projeto político definido e não foi um movimentoúnico e harmônico.
• Foram derrotados pelas tropas do governo central, sob a liderançado Luis Alves de Lima e Silva (Duque de Caxias).
O REGRESSO CONSERVADOR (1835-1840):
• A onda de conflitos provinciais assustou osgrandes proprietários estava em risco seusinteresses:
– Grande propriedade;
– Escravidão.
• Setores da elite passaram a concentrar esforçospara anular os dispositivos que ampliaram aautonomia provincial
– Queriam evitar a desagregação social e territorial.
MEDIDAS CONSERVADORAS:
• Lei de interpretação do Ato Adicional (1840)
– Invalidava as medidas descentralizadoras de 1834,reduzindo o poder das províncias.
• Recriação do Conselho de Estado;
– Fortalecendo o poder central.
• Reforma do Código do Processo Criminal(1841).
– Subordinava a Justiça, a Polícia e a GuardaNacional diretamente ao Ministro da Justiça.
CLUBE DA MAIORIDADE
• Faltava uma figura clara da centralização do poder: OIMPERADOR.– D. Pedro não contava com 18 anos.
• Formou-se o Clube com o intuito de reivindicar umaalteração na legislação para antecipar a posse de D.Pedro.– Apoio de proprietários rurais, grandes comerciantes;– Políticos progressistas e regressistas.
• Em 1840, a Assembleia aprova a tese da maioridade:– Com o Golpe da Maioridade, D. Pedro II assume com
apenas 14 anos de idade.
D. Pedro II
• Retrato de Dom Pedro II aoassumir o governo, quandoeste era ainda umadolescente de 15 anosincompletos, sem experiênciapara definir se deveriacercasse de liberais ou deconservadores.
• O quadro de Félix Émile Taunay se encontrahoje no Museu Imperial, em Petrópolis (RJ).
Prof. Msc. Daniel Alves BronstrupBLOG: profhistdaniel.blogspot.com
@danielbronstrup