UNIVERSIDADE DE MARLIA
XII SIMPSIO DE INICIAO CIENTFICA E VIII ENCONTRO
DE PS-GRADUAO DA UNIVERSIDADE DE MARLIA
22 a 24 de novembro de 2017
RESUMOS
Volume 1 - Graduao
ISSN 2176-8544
UNIVERSIDADE DE MARLIA
REITOR Mrcio Mesquita Serva
VICE-REITORA Regina Lcia Otaiano Losasso Serva
PR-REITOR DE GRADUAO Jos Roberto Marques de Castro
PR-REITORA DE PESQUISA E PS-GRADUAO Fernanda Mesquita Serva
PR-REITORA DE AO COMUNITRIA Fernanda Mesquita Serva
UNIMAR-UNIVERSIDADE DE MARLIA Av. Higyno Muzzi Filho, 1001 CEP 17.525-902
Marlia SP Tel.: 14 2105-4000
Home page: http//www.unimar.br
MARLIA-SP
UNIVERSIDADE DE MARLIA
XII SIMPSIO DE INICIAO CIENTFICA
VIII ENCONTRO DE PS-GRADUAO DA
UNIVERSIDADE DE MARLIA
22 a 24 de novembro de 2017
COMIT INSTITUCIONAL DE INICIAO CIENTFICA
Cincias Humanas e Sociais Aplicadas Professor Doutor Emerson Ademir Borges de Oliveira
Professora Mestre Maria Ins Godinho Professora Doutora Walkiria Martinez Heinrich Ferrer
.
Cincias Agrrias Professor Doutor Fbio Manhoso
Professor Doutor Carlo Rossi Del Carratore Professor Doutor Rodolfo Spers
Cincias Exatas e Tecnolgicas
Professora Mestre Palmira Cordeiro Barbosa Professor Mestre Odair Laurindo Filho
Professor Mestre Alexandre Ricardo Alferes Bertoncini
Cincias Biolgicas e da Sade Professora Doutora Tereza Las Menegucci Zutin
Professora Doutora Regina Clia Ermel Professor Doutor Heron Fernando De Sousa Gonzaga
Ncleo de Apoio Pesquisa NIPEX/UNIMAR
Os textos da presente obra so de exclusiva responsabilidade de seus autores
APRESENTAO
O XII SIMPSIO DE INICIAO CIENTFICA e VIII ENCONTRO DE
PS-GRADUAO XII SIC/ VIII ENPS - demonstram a seriedade e
comprometimento da UNIMAR com a pesquisa cientfica, sendo partes integrantes do
processo de ensino e aprendizagem, contribuindo de forma significativa para a formao
acadmica dos alunos e desenvolvimento da comunidade cientfica.
Este caderno traz 385 trabalhos produzidos no mbito da graduao, sendo 196
na rea das Cincias Biolgicas e da Sade, 47 na rea das Cincias Agrrias, 74 nas
Cincias Exatas e Tecnolgicas e 68 na rea de Cincias Humanas e Sociais Aplicadas,
mostrando um crescimento da pesquisa cientfica como parte do processo de aquisio
de conhecimento, produo e reflexo, contribuindo para a formao dos alunos e
desenvolvimento da sociedade. Apresenta tambm importante integrao com centros
de Ensino e universidades privadas e pblicas que tambm encaminharam trabalhos.
Sem dvida alguma este evento apresenta o compromisso da UNIMAR com a
indissociabilidade entre ensino, pesquisa e extenso, no devendo esta expresso ser
apenas uma frase de efeito, ou simples reproduo do texto constitucional no seu artigo
207, mas sim o norte da Universidade na construo do saber e do seu papel na
sociedade.
Esperamos que esses trabalhos, que sero apresentados entre os dias 22 e 24 de
novembro, representem significativo ganho de conhecimento por parte dos participantes
e incentivem cada vez mais discentes na produo de pesquisas cientficas.
Profa. Dra. Marisa Rossignoli
Docente da rea de Economia de cursos de graduao e
Docente do Programa de Mestrado e Doutorado em Direito
Universidade de Marilia.
Novembro de 2017
XII SIMPSIO DE INICIAO CIENTFICA
ATIVIDADES CIENTFICAS DOS CURSOS DE GRADUAO
Sesso de comunicaes
Arquitetura e Urbanismo ......................................................................................... 08
Biomedicina ............................................................................................................. 20
Cincias Contbeis .................................................................................................. 31
Direito ...................................................................................................................... 42
Educao Fsica ...................................................................................................... 128
Enfermagem............................................................................................................ 145
Engenharia Agronmica ......................................................................................... 163
Engenharia Civil ..................................................................................................... 177
Engenharia Eltrica................................................................................................. 199
Engenharia de Produo Mecnica......................................................................... 203
Farmcia ................................................................................................................. 222
Fisioterapia ............................................................................................................. 230
Medicina ................................................................................................................. 236
Medicina Veterinria .............................................................................................. 274
Nutrio .................................................................................................................. 299
Odontologia ............................................................................................................ 311
Pedagogia ............................................................................................................... 318
Psicologia ............................................................................................................... 329
Publicidade e Propaganda ....................................................................................... 382
Relaes Internacionais .......................................................................................... 386
Tecnologia em Gesto de Recursos Humanos ....................................................... 396
Indice ...................................................................................................................... 398
Sesso de comunicaes
Graduao
Arquitetura e Urbanismo
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TRAOS DA ARQUITETURA FRANCESA NA ARQUITETURA DO RIO DE
JANEIRO JOSEPH GIRE. DA SILVA, Andr Henrique. ORIENTADORA:
SCALISE, Walnyce. ARQUITETURA E URBANISMO/UNIMAR.
[email protected], [email protected]
Este trabalho fruto de uma Iniciao Cientfica, realizada atravs do PIIC/UNIMAR,
sob o tema o Impacto da cultura francesa no Brasil com nfase na arquitetura, no
urbanismo e nas artes. A partir dessa pesquisa, foi aprofundado o intervalo entre a
vinda da Misso Artstica Francesa ao Brasil, em 1816, at os dias de hoje, quando
aproximadamente dois sculos se passaram, assim tornando possvel analisar os
impactos da influncia francesa no Brasil. A Frana no dominou a economia do Brasil,
mas foi responsvel pela primeira colonizao cultural do pas, influenciando o
comportamento das elites, atravs de modelos franceses que determinaram os modelos
de vida social e referncias intelectuais, entre eles: filosofia, moda, gastronomia, artes,
literatura, arquitetura e at urbanismo principalmente no final do sculo XIX e incio do
sculo XX. Dando continuidade a essa pesquisa, numa poca em que a arquitetura
francesa trouxe maior impacto no incio do sculo XX e muitas transformaes
ocorreram no Rio de Janeiro, ento Capital do Brasil, destacou-se exemplarmente o
arquiteto e urbanista francs Joseph Gire. A partir de uma reviso bibliogrfica, mais
aprofundada desse arquiteto, suas obras e depoimentos histricos percebe-se que o
perodo foi de obras grandiosas como por exemplo o Hotel Copacabana Palace, o
Palcio de Brocoi, Palcio Laranjeiras, o Edifcio A Noite entre outras obras que
impactaram a paisagem urbana e o modo de vida no Rio de Janeiro. Partindo dos
pressupostos da pesquisa sobre a produo arquitetnica de Joseph Gire, pretendeu
detectar a grande influncia na arquitetura brasileira atravs de seus projetos no incio
do sculo XX, antecedendo o movimento moderno, que culminou um artigo na revista
Assentamentos Humanos UNIMAR, unindo-se assim um perodo de destaque no grande
universo que a pesquisa proporcionou.
Palavras Chave: Arquitetura, Frana-Brasil, Joseph Gire
***
APLICAO DO INSTRUMENTO DE AVALIAO PS OCUPAO
WALKTHROUGH EM UMA UNIDADE SADE DA FAMLIA (USF).
MARTINHO, Ana Gabriela; PEREZ, Carla Francine de Andrade. ORIENTADOR:
AUGUSTO, Wilton; Flvio Camoleze. E-mail: [email protected]; GOUVA, Iraj.
ARQUITETURA E URBANISMO/UNIMAR. E-mail: [email protected]
Este artigo apresenta o relatrio final da Avaliao Ps-Ocupao realizada em uma
Unidade Sade da Famlia (USF), localizada no municpio de Marlia/SP realizada
durante o desenvolvimento do projeto de iniciao cientifica PIBIC/CNPq. O objetivo
principal desta pesquisa buscou avaliar os desempenhos fsicos e comportamentais dos
ambientes estudados (estudo de caso), atravs da utilizao da metodologia de
Avaliao Ps-Ocupao. Os ambientes foram analisados de acordo com os itens
propostos pela Poltica Nacional de Humanizao (PNH), Manual de Ambincia,
Manual de Estrutura Fsica das Unidades Bsicas de Sade e Sade da Famlia,
elaborados pelo Ministrio da Sade. Como regulamento tcnico para planejamento,
programao, elaborao e avaliao de projetos fsicos de estabelecimentos
assistenciais de sade, utilizamos a Resoluo RDC n 50. O instrumento utilizado foi
Arquitetura e Urbanismo
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o walkthrough. A partir dessa experincia prtica, foi possvel analisar os potenciais,
dificuldades e as limitaes metodolgicas dos instrumentos de anlise, avaliando sua
aplicabilidade como ferramenta de avaliao para estabelecimentos assistenciais de
sade. Com base nos resultados obtidos atravs do instrumento aplicado, foi possvel
obter um diagnstico e propor possveis intervenes no espao fsico e at
retroalimentar projetos futuros. O diagnstico final, apresentado no formato de matriz
de descobertas como resultado final, apresentou falhas quanto projeto arquitetnico e
tcnicas construtivas. Diante das recomendaes a curto, mdio e longo prazo,
acreditamos contribuir para melhorias fsico espaciais promovendo a interface entre o
edifcio e usurios.
Palavras chaves: Arquitetura. Avaliao Ps Ocupao. Mtodos de Avaliao.
***
UM OLHAR ARQUITETNICO PARA AS UNIDADES SADE DA FAMLIA
(USF): PROPOSTA FSICO ESPACIAL. PEREZ, Carla Francine de Andrade.
ORIENTADOR: AUGUSTO, Wilton Flvio Camoleze. ARQUITETURA E
URBANISMO/UNIMAR. E-mail do orientador: [email protected]
Na Ateno Bsica os espaos devem ser pensados de maneira a integrar as equipes de
trabalho que atuam numa mesma Unidade, criando reas que, alm de multifuncionais,
possam ser compartilhadas pelas equipes. Aps o desenvolvimento do relatrio final da
Avaliao Ps-Ocupao (APO) em uma Unidade Sade da Famlia (USF), localizada
no municpio de Marlia/SP realizada durante o desenvolvimento do projeto de iniciao
cientifica PIBIC/CNPq em 2017, cujo objetivo buscou avaliar os desempenhos fsicos e
comportamentais dos ambientes estudados, atravs da utilizao da metodologia de
APO encontramos como resultado final falhas relacionadas ao projeto arquitetnico e
tcnicas construtivas. Assim, objetivo desse trabalho busca desenvolver um projeto
arquitetnico de uma USF de acordo com normas, conceitos de ambincia, reais
necessidades dos usurios e profissionais de sade pautados nos resultados da APO. O
desenvolvimento do projeto est baseado nos itens propostos pela Poltica Nacional de
Humanizao (PNH), Manual de Ambincia, Manual de Estrutura Fsica das Unidades
Bsicas de Sade e Sade da Famlia, elaborados pelo Ministrio da Sade. Como
regulamento tcnico para planejamento, programao, elaborao e avaliao de
projetos fsicos de estabelecimentos assistenciais de sade, utilizamos a Resoluo
RDC n 50 alm da NBR 15575 sobre Desempenho do Edifcio. A localizao da
implantao da UFS deu-se de acordo com a consulta dos possveis terrenos para
edificaes de futuras UFS informados pela Secretria da Sade do Municpio de
Marlia. Aps seguimos com o programa de necessidades criado a partir das reais
necessidades dos usurios e amparo do Guia Prtico do Programa Sade da Famlia que
norteia critrios mnimos de implantao. O pr-dimensionamento proposto para UFS
previu a atuao de apenas uma Equipe de Sade da Famlia, sendo composta, no
mnimo, por um mdico generalista, um enfermeiro, um auxiliar de enfermagem e
quatro a seis agentes comunitrios. O nmero de atendimento de usurios seguiu o
proposto pelo recomendado, que cada Equipe Sade da Famlia (ESF) acompanhe entre
seiscentas e mil famlias, no ultrapassando o limite de quatro mil e quinhentas pessoas.
Delimitamos para o desenvolvimento desse projeto a UFS de porte I, de acordo com o
Ministrio da sade. O organograma e fluxograma deram se baseados em normas
tcnicas.
Palavras chaves: Arquitetura. Avaliao Ps Ocupao. Mtodos de Avaliao. Projeto.
Arquitetura e Urbanismo
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***
AVALIAO PS OCUPAO EM EDIFCIOS DE SADE: REVISO
INTEGRATIVA. PEREZ, Carla Francine de Andrade. YOSHINO, Fernando Ivamoto.
ORIENTADOR: AUGUSTO, Wilton Flvio Camoleze. ARQUITETURA E
URBANISMO/UNIMAR. E-mail do orientador: [email protected]
A Avaliao Ps Ocupao (APO) se refere, na prtica, a uma srie de mtodos e
tcnicas que visam diagnosticar os fatores positivos e negativos do ambiente durante o
uso, considerando os fatores socioeconmicos, infraestrutura, conforto ambiental,
conservao de energia, fatores estticos, funcionais, comportamentais e de
acessibilidade, a partir no apenas do ponto de vista dos projetistas, mas tambm dos
usurios. O objetivo desse trabalho foi sintetizar os estudos produzidos na rea da sade
e arquitetura nas principais bases de dados nacionais e internacionais sobre os processos
projetuais e desempenho do edifcio correlacionando a satisfao do usurio e o
restabelecimento da sade atravs da utilizao da APO. Atravs da reviso integrativa
buscou-se o tema em estudos indexados nos bancos de dados: BVS Biblioteca Virtual
em Sade; PUB MED - US National Library of Medicine National Institutes of Health,
SCOPUS base multidisciplinar da Elsevier e Biblioteca Digital Brasileira de Teses e
Dissertaes (BDTD). Assim, obtivemos 481 artigos, livros, dissertaes e teses sendo
selecionados 31. Diante dos dados apresentados os quais solidificaram uma ampla
pesquisa, identificamos a necessidade de maior aprofundamento sobre a aplicabilidade
da metodologia APO nos cenrios da Sade.
Palavras-chave: Arquitetura. Avaliao Ps Ocupao. Edifcios de Sade. Mtodos de
Avaliao.
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ARQUITETURA ECOEFICIENTE: UM OLHAR ALM DO QUE SE V
Anna Fukase; Ticiane Dau Pravato; Iraj Gouveia; Jaqueline Eloisa Cornelius4; Diego
Silvrio dos Santos5
1 Graduanda, Curso de Arquitetura e Urbanismo, UNIMAR- MARLIA/SP/BR
E-mail: [email protected]
2 Graduanda, Curso de Arquitetura e Urbanismo, UNIMAR- MARLIA/SP/BR
E-mail: [email protected]
3Professor, Doutor, Curso de Arquitetura e Urbanismo, UNIMAR- MARLIA/SP/BR
E-mail: [email protected]
4Diretora de Operaes, DOMOTYK MARLIA/SP/BR
E-mail: [email protected]
5Engenheiro Mecnico, DOMOTYK MARLIA/SP/BR
E-mail: [email protected]
Resumo: A importncia do tema da sustentabilidade, com destaque para as questes
ambientais, tem um peso certamente crescente e determinante para a concepo da
arquitetura e do ambiente construdo como um todo, que vem ganhando abrangncia no
contexto global. Desta forma, este artigo tem como objetivo ampliar o olhar dos
profissionais da rea, para as inovaes tecnolgicas, em especial de cunho energtico,
com a finalidade de obter o melhor custo benefcio dos projetos para o cliente final. Em
um estudo recente realizado pelo Berkeley Lab* na Califrnia/EUA (2015), analisou
cerca de 72.000 casas revendidas, nas quais, 2.000 possuam o sistema fotovoltaico
mailto:[email protected]:[email protected]:[email protected]:[email protected]:[email protected]Arquitetura e Urbanismo
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(gerao de energia eltrica). A pesquisa descobriu que as casas fotovoltaicas, que
foram precisamente projetadas e concebidas para a mxima eficincia solar dentro de
seu planejamento arquitetnico e que possuam o sistema implementado, tiveram
valorizao do preo de venda, cerca de 6 a 16% do valor inicial, por estar preparada
econmica e ambientalmente para o futuro, em comparao s casas de mesmo tamanho
e de mesma regio que no foram projetadas para a mxima eficincia solar. Embora a
esttica seja fundamental em um projeto de arquitetura, atualmente indispensvel que
os arquitetos incorporem na sua prtica de elaborao, um olhar voltado tambm para as
tendncias futuras e necessrias para construes frente do seu tempo, visando
conceitos de conforto ambiental voltado para a eficincia energtica, logo que
atualmente, essa preocupao j uma realidade em muitos pases.
Palavras Chaves: Arquitetura; Energia Solar; Ecoeficiente.
1. Introduo O tema da arquitetura sustentvel essencialmente multidisciplinar. Dentro
desse universo de proposies, aes e responsabilidades, a discusso apresentada sob
a tica do arquiteto, ressaltando o papel do conforto ambiental e da eficincia
energtica.
A importncia do tema da sustentabilidade, com destaque para as questes
ambientais, tem um peso certamente crescente e determinante para a concepo da
arquitetura e do ambiente construdo como um todo, que vem ganhando abrangncia no
contexto global. No entanto, uma srie de perguntas sobre o futuro da arquitetura
sustentvel permanece, englobando definies, possibilidades e mtodos (DUARTE,
2006).
De acordo com Duarte (2006), olhando para a histria da arquitetura e das
cidades, foi apenas por um relativo curto espao de tempo que as consideraes sobre as
premissas fundamentais de projeto e seu impacto nas condies de conforto ambiental e
no consumo de energia no eram tidas como determinantes. Por isso, a arquitetura
bioclimtica ganhou importncia dentro do conceito de sustentabilidade. Isso se deu
pela estreita relao entre o conforto ambiental e o consumo de energia, que est
presente na utilizao dos sistemas de condicionamento ambiental artificial e de
iluminao artificial. Desta forma, este artigo tem como objetivo ampliar o olhar dos
profissionais da rea, para as inovaes tecnolgicas, em especial de cunho energtico,
com a finalidade de obter o melhor custo benefcio dos projetos para o cliente final.
2. Arquitetura e Energia Eltrica De acordo com Brando (2004), a partir dos anos 90, quando a energia
fotovoltaica comeou a ter maior difuso, as limitaes estticas desta tecnologia foram
consideradas um dos maiores obstculos para a aceitao de arquitetos e usurios.
Desde ento, diferentes alternativas esto surgindo para a melhoria da imagem dos
sistemas e sua integrao arquitetura. O sistema fotovoltaico muito verstil, j que o
elemento captador pode atuar como revestimento de fachadas, elemento de fechamentos
(coberturas planas ou inclinadas), elementos de sombras (pergolados, marquises, brises,
etc). Ao utilizarem os mdulos com estas finalidades, os arquitetos devero especificar
produtos que ofeream garantia de estanqueidade e durabilidade similares s dos
materiais convencionais. Quando integrados aos edifcios, alm de gerar eletricidade, os
elementos fotovoltaicos substituem os materiais tradicionais de acabamento e tambm
podem ter funo de iluminao diurna (clulas semitransparentes), sendo considerados
materiais multifuncionais.
Os sistemas fotovoltaicos, assim como outras estratgias de sustentabilidade,
so, na maioria das vezes, introduzidos ao projeto sem criar harmonia com o conjunto,
Arquitetura e Urbanismo
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podendo causar um impacto visual negativo, desvalorizando a arquitetura, de modo que
se forem aplicados corretamente o resultado pode ser muito inovador. Os arquitetos so
os responsveis por solues criativas que permitam otimizar os nveis de conforto
interior e reduzir o consumo de energia, sem renunciar arquitetura moderna e criao
de novas formas, agregando, assim, valor edificao (BRANDO, 2004).
Fachada curva 22 Kw de Sistema Fotovoltaico, Instituto de Propaganda, Upper Austria,
KW-Solartechnik, ustria Integrao da energia solar eltrica na arquitetura.
2.1 A importncia da orientao solar na elaborao do projeto A construo de um projeto residencial tem que ser elaborado por um
profissional que obtenha os conhecimentos bsicos de conforto ambiental, pois a
orientao solar essencial para a construo de tal. A m elaborao deste fator em um
projeto pode no s diminuir a eficincia das placas fotovoltaicas como tambm trazer o
desconforto da pessoa que vai usufruir desse espao, ocasionando problemas de sade
pela falta da radiao solar no local onde se faz necessria (CORBELLA E YANNAS,
2003).
De acordo com Corbella e Yannas (2003), para a elaborao interna de uma
residncia, os quartos devem ser direcionados na face leste, pois eles no recebero o
sol da tarde fazendo-o com que o ambiente aquea demais. A cozinha deve ser
direcionada na face sul, pois a que menos recebe sol durante o dia tornando o
ambiente frio e mido. Compartimentos onde se pretende habitar durante o dia, assim
como salas, devem ser direcionados para a face norte, pois a que recebe sol quase o
dia todo, o que significa que ficaro mais aquecidos durante o inverno.
Para instalar o sistema fotovoltaico no Brasil, a posio ideal tem de ser
voltada para o norte, pois permite aproveitar o mximo que o sol pode oferecer em todas
as estaes do ano. Telhados com orientao para o sul podem diminuir a eficincia das
mdulos fotovoltaicos em at 25%, pois recebem pouca incidncia do sol. Assim como
orientao leste ou oeste que podem minimizar sua produo em at 10% (CORBELLA
E YANNAS, 2003).
Essas porcentagens iro incidir em relao ao valor monetrio para o cliente
em relao a custo beneficio dos projetos (tanto do projeto de arquitetura como do
projeto fotovoltaico) e isso deve ser previsto pelo profissional antes do projeto ser
executado. Quanto menor eficincia, mais mdulos fotovoltaicos tero que ser
instalados para que essa perda seja suprida.
Arquitetura e Urbanismo
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Neste sentido, os arquitetos devem estar atentos s inovaes mercadolgicas
para atender cada vez melhor as demandas dos seus clientes, inclusive, oferecer
tecnologias que podero suprir as necessidades futuras, como a no caso, da energia
fotovoltaica.
3. Retorno Financeiro para Projetos Ecoeficientes Na arquitetura, a sustentabilidade tem um papel importante esttico-estrutural,
mas tambm econmico e ecolgico. No entanto, o conceito de sustentabilidade
converge para uma mesma direo, que em ltima anlise visa preservao da espcie
humana. Esse sentimento mobiliza tambm empreendedores, governos e usurios que,
mesmo no conhecendo detalhes, buscam se alinhar a tais conceitos. O tempo de vida
til de um projeto arquitetnico deve abranger as necessidades futuras, logo inclui
tambm tecnologias que iro valorizar seu empreendimento.
Em um estudo recente realizado pelo Berkeley Lab* na Califrnia/EUA
(2015), analisou cerca de 72.000 casas revendidas, nas quais, 2.000 possuam o sistema
fotovoltaico (gerao de energia eltrica). A pesquisa descobriu que as casas
fotovoltaicas, que foram precisamente projetadas e concebidas para a mxima eficincia
solar dentro de seu planejamento arquitetnico e que possuam o sistema implementado,
tiveram valorizao do preo de venda, alm do custo dos equipamentos (que pode
variar de 0,5% a 5% do valor da obra, gerando autonomia eltrica durante 25 anos),
cerca de 6 a 16% do valor inicial, por estar preparada econmica e ambientalmente para
o futuro, em comparao s casas de mesmo tamanho e de mesma regio que no foram
projetadas para a mxima eficincia solar.
Os estudos ainda complementam que j existe uma nova espcie de transao
imobiliria que surgiu espontaneamente entre os players do mercado de compra e
venda: o Green Cache, a moeda verde dos imveis, os compradores pagam um valor
proporcional ao tamanho do sistema fotovoltaico a mais nas residncias com o objetivo
de produzir energia eltrica em suas residncias e distribuir a gerao tambm em seus
negcios, modalidade j permitida pelo Governo Federal e ANEEL desde 1 de maro
de 2016, (LAWRENCE BERKELEY NATIONAL LABORATORY, 2015).
Alm disso, para incentivar os cidados a contriburem para a preservao de
suas cidades, algumas prefeituras, como Maring e So Carlos, implantaram o chamado
IPTU VERDE, que beneficia com descontos no Imposto Predial e Territorial Urbano os
que executam aes ambientais de sustentabilidade, incentivando os moradores a
utilizao de sistema de captao e reuso da gua, tratamento de esgoto, preservao de
rvores, reciclagem de resduos orgnicos, utilizao de hortas residenciais,
aquecimento de gua e gerao de energia eltrica.
4. Consideraes Finais Embora a esttica seja fundamental em um projeto de arquitetura, atualmente
indispensvel que os arquitetos incorporem na sua prtica de elaborao, um olhar
voltado tambm para as tendncias futuras e necessrias para construes frente do
seu tempo, visando conceitos de conforto ambiental voltado para a eficincia energtica,
logo que atualmente, essa preocupao j uma realidade em muitos pases, como
apontado na pesquisa mencionada. Historicamente comparado a outros pases, o Brasil
fica um passo atrs das inovaes implantadas, por isso este artigo reflete de forma
relevante a importncia de se implantar novas tecnologias que iro agradar os clientes
no custo beneficio dos projetos.
5. Referncias Bibliogrficas
Arquitetura e Urbanismo
14
BRANDO, Rafael. Acesso ao sol e luz natural: avaliao do impacto de novas
edificaes no desempenho trmico, luminoso e energtico do seu entorno.
Dissertao (Mestrado) - Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de
So Paulo, So Paulo, 2004.
CORBELLA, Oscar; YANNAS, Simos. Em busca de uma arquitetura sustentvel
para os trpicos: conforto ambiental. Rio de Janeiro: Revan, 2003.
DUARTE, Denise. LABAUT - Laboratrio de Conforto Ambiental e Eficincia
Energtica. Ps, So Paulo, n. 15, p. 132-141, jun. 2004.
LAWRENCE BERKELEY NATIONAL LABORATORY. Analysis of the Effects of
Residential Photovoltaic Energy Systems on Home Sales Prices in California. April
2015. Berkeley: Berkeley Lab, Report LBNL-4476E.
***
ADEQUAO DE HABITAO SOCIAL E PLANEJAMENTO URBANO
SOCIAL HOUSING ADEQUACY AND URBAN PLANNING
Autores: VIEIRA, Elida Barbara Dona
Bacharelanda em Arquitetura e Urbanismo, UNIMAR - Universidade de Marlia,
E-mail: [email protected]
DE SOUZA, Rebeca Andrade
Bacharelanda em Arquitetura e Urbanismo, UNIMAR - Universidade de Marlia,
E-mail: [email protected]
DE SOUZA, Mariene Dogani
Bacharelanda em Arquitetura e Urbanismo, UNIMAR - Universidade de Marlia,
E-mail: [email protected]
Orientadora:
MORAES, Sonia Cristina Bocardi
Docente da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo na UNIMAR -, Doutoranda em
Cincia da Informao pela UNESP, Mestre em Filosofia, Arquiteta e Urbanista.
E mail: [email protected]
RESUMO:
O foco desta pesquisa so as habitaes de interesse social, os benefcios que o
programa Minha Casa Minha Vida trouxe para os usurios e os problemas decorrentes
destes assentamentos de conjuntos habitacionais na cidade de Marilia. Os terrenos
adquiridos para a implantao desses conjuntos ficam cada vez mais distantes dos
servios bsicos, trazendo problemas populao, pois nem sempre o sistema de
transporte coletivo atende satisfatoriamente essas reas. Ento, aparece um agravante na
situao dos transportes, porque perto desses conjuntos tambm no tem gerao de
empregos, o que obriga os moradores a se deslocar para o centro da cidade onde tem
mais ofertas de servios. Nestes servios esto includos aqueles de acesso pblico
como creche, escolas, postos de sade, tanto quanto aqueles de oferecimentos de
mercados dos produtos de consumo cotidiano como so os supermercados, farmcias,
padarias, posto de combustvel entre outros. O objetivo, desta pesquisa, introduzir um
planejamento bsico para novos assentamentos de Conjuntos Habitacionais, e proposta
de adequao social que visa a melhoria dos parmetros necessrios para a
mailto:[email protected]:[email protected]:[email protected]:[email protected]Arquitetura e Urbanismo
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normalizao de projetos para implementao de futuros. Conjuntos Habitacionais na
cidade de Marilia, pois hoje fica sob responsabilidade dos rgos pblicos fiscalizar os
conceitos mnimos de habitao, como ambientes ergonomicamente corretos,
infraestrutura resistente e saneamento bsico, que atendam as necessidades de cada
moradia e tambm o conjunto delas, uma vez que a expanso da malha urbana
pressupe um Planejamento Urbano prvio.
Palavras chave: Planejamento Urbano; Habitao Social; Normalizao.
Keywords: Urban planning; Social habitation; Normalization.
ABSTRACT:
The focus of this research is the housing of social interest, the benefits that the
program "My House My Life" brought to the users and the problems arising from these
settlements of housing estates in the Marlia City. The land acquired for the
implantation of these groups is increasingly distant from the basic services, causing
problems for the population, since the collective transport system does not always serve
these areas satisfactorily. Then there is an aggravating situation in the transport
situation, because near these groups there is no generation of jobs, which forces the
residents to move to the city center where they have more services. These services
include those of public access such as day care centers, schools, health posts, as well as
those of offerings of markets of everyday consumer products such as supermarkets,
pharmacies, bakeries, gas station, among others. The objective of this research is to
introduce a basic planning for new settlements of Housing Set, and a proposal of social
adequacy that aims at improving the parameters necessary for the normalization of
projects for the implementation of futures. In the Marilia city, because today it is the
responsibility of the public agencies to inspect the minimal concepts of housing, such as
ergonomically correct environments, resistant infrastructure and basic sanitation, that
meet the needs of each dwelling and also the whole of them, since the expansion of the
urban network presupposes a prior Urban Planning.
INTRODUO:
A moradia enquanto direito humano, foi reconhecida em 1948 pelo artigo XXV
da declarao Universal dos Direitos Humanos. Direito que aplicvel no mundo
inteiro. O (PIDESC) Pacto internacional de Direitos econmicos, sociais e culturais
tambm ressalta que o ser humano tem direito a moradia para ter um padro de vida
adequado, ou seja, no s ter um abrigo, mas ter uma moradia que proporcione uma
boa condio de vida.
No Brasil, a constituio federal que garante esse direito, no artigo 6 caput, e
foi reforado na emenda constitucional n 26, de 14 de fevereiro de 2000. Apesar do
direito constitucional moradia, no Brasil ainda h um dficit habitacional imenso e
que precisa ser trabalhado; preciso garantir aos cidados uma moradia digna. Por
iniciativa do governo federal implementado um programa com residncias a baixo
custo feitas de uma melhor forma, com materiais de melhor qualidade, o custo acessvel,
alm da segurana de posse, diferente do que estava sendo construdo at ento, e em
uma escala maior. E em 2009 nasceu o programa minha casa minha vida que veio com a
promessa de mudar a histria da habitao no Brasil. O programa funciona em parceira
com o governo, mercados imobilirios e a construo civil. Seu intuito era frear o revs
econmico que o Brasil vinha sofrendo com a crise mundial de 2008, alm de enfrentar
o dficit habitacional do pas(Ministrio das Cidades,2017).
A medida que os conjuntos habitacionais foram sendo criados em grande escala,
foi percebido que o dficit habitacional foi reduzido. Segundo o FIESP, o dficit
Arquitetura e Urbanismo
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habitacional em 2014 foi de 6,198 milhes de famlias, contra 6,941 milhes em 2010,
ou seja, uma queda do dficit habitacional de 2,8% ao ano. Enquanto esse lado caminha
pra frente, o lado da qualidade de vida dos moradores est em retrocesso. Pois, enquanto
por um lado cresce o numero de conjuntos habitacionais, com a inteno de atender
mais usurios e diminuir o dficit de habitao, a cidade expande a malha urbana sem
oferecer servios de infraestrutura como escolas e atendimento de sade, dificultando a
vivencia dos moradores.
A urbanista Raquel Rolnik, professora da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo
da Universidade de So Paulo (USP), foi Relatora Especial para o Direito Moradia
Adequada do Conselho de Direitos Humanos da ONU, e afirma que: Moradia no s quatro paredes e um teto. Ela muito mais do que
isso. Moradia adequada, em sua definio enquanto um direito
humano, um portal a partir do qual possvel acessar s cidades e os
benefcios que elas podem oferecer.(Jornal Sul21 Junho 2016)
A pesquisa tem como propsito avaliar a maneira pela qual o Programa Minha
Casa Minha Vida, oferecido pelo governo federal vem sendo aplicado. Para isto alm da
pesquisa bibliogrfica referente ao tema, e dados oficiais referentes demanda de
moradias, foi elaborado um questionrio no qual alguns dos moradores do Residencial
Marac, foram entrevistados. A intenso da pesquisa avaliar a satisfao dos
moradores nos usos de servios bsicos presentes na estrutura da cidade, inclusive no
lugar onde moram, e que devem ser contemplados por todos os cidados.
A partir destas anlises ser possvel propor uma normalizao para os prximos
assentamentos de conjuntos habitacionais nos quais alm da oferta de moradias sejam
contemplados, por obrigao do empreendimento, possibilidades de construo de
creches, escolas, postos de sade, e demais servios bsicos necessrios vida nas
cidades, alm da to sonhada casa prpria.
DESENVOLVIMENTO:
Durante um longo perodo, o conceito de moradia passou por diversos
acontecimentos construtivos que nortearam a melhoria nas habitaes sociais, isso com
base inicial reconhecida em 1948 pelo artigo 25 da Declarao Universal dos Direitos
Humanos e no Pacto Internacional de Direitos Econmicos, Sociais e Culturais
(PIDESC), na qual o estatuto visa aperfeioar o direito a moradia adequada, isso inclui
o direito ao saneamento bsico, ao transporte, infraestrutura urbana, ao trabalho, ao
lazer, a sade entre outros fatores que so necessrios para a condio de moradia.
O direito a moradia no se resume apenas ao direito de ter um abrigo, com um
teto que proteja das intempries da natureza. Segundo a lei 10.257 de 2001, esse direito
no pode se restringir a isso. Por isso foram definidos elementos que so essenciais para
que seja efetivo, dentre eles esto a infraestrutura, que o ponto inicial desta pesquisa, a
habitalidade, como forma de priorizar no s o direito mas a qualidade de vida, assim
como a disponibilidade de servios e equipamentos pblicos a serem oferecidos para a
populao. De acordo com dados, a primeira fase do programa, que hoje a principal
ao com relao a moradias vindo do governo, foram produzidas cerca de 1 milho de
unidades habitacionais por todo o pais, sem nenhum tipo de fiscalizao, onde as
construtoras apenas criavam casas e ofereciam a populao.(Instituto Joo Pinheiro,
2017).
Quando entramos na questo de habitabilidade, devemos pensar que uma moradia deve
apresentar dimenses em seus cmodos de acordo com a realidade do grupo familiar
que vai habitar. Porm h uma grande variedade de grupos familiares, e nem sempre a
realidade de um agrupamento familiar se adequa a realidade da moradia. As residncias
do Programa Minha Casa Minha Vida possuem praticamente a mesma configurao,
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so unidades com pouco mais de 45 m, com dois quartos, sala, banheiro e cozinha, que
so projetadas com medidas mnimas exigidas pelas especificaes e agentes
fiscalizadores.
Alm da habitabilidade, temos a questo dos servios pblicos oferecidos,
infraestrutura e equipamentos urbanos. De acordo com a lei, o direito a moradia tambm
inclui direito a redes de agua, saneamento bsico e energia eltrica, alm de servios
necessrios para a qualidade de vida, como postos de sade, escolas, creches, reas de
esporte, lazer, entre outros. Porm a realidade encontra-se muito diferente, em vrios
conjuntos habitacionais, da cidade de Marlia e no pas todo. A criao de conjuntos
habitacionais e localizao inadequada, distantes ou de ruim acesso tem sido
reclamaes frequentes por parte dos habitantes. Esses conjuntos so construdos sem
essa estrutura considerada mnima, deixando seus moradores distantes de seus
trabalhos, distante de escolas, sem acesso a postos de sade,alm da dificuldade de
abastecimento dos produtos de consumo cotidianos, no prezando a qualidade de vida
ou facilidade na aquisio de produtos que outros lugares da cidade oferecem. Essa
localizao deveria criar oportunidades de seus ocupantes se desenvolverem, social,
cultural e economicamente, alm de ser uma casa para morar apenas.
Geralmente a criao desses conjuntos habitacionais se d nos extremos da
malha urbana das cidades, por isso o acesso se torna to complicado. Porm, no
devemos desconsiderar que alguns desses conjuntos melhoraram a vida de seus
moradores em alguns aspectos mencionados. Devemos levar e conta que os
empreendimentos e o fato de ser uma residncia prpria, traz uma segurana de posse
para quem adquire uma moradia nesses conjuntos. Isto proporciona a uma grande
parcela de moradores, mesmo com todas as dificuldades citadas, a sensao de
satisfao com o que tem, j que podem viver na casa prpria. Alm do custo acessvel,
que praticamente no deve pesar no oramento familiar.
RESULTADOS E DISCUSSO:
A pesquisa compreendeu um levantamento de dados, atravs de pesquisa de
campo, na qual foram entrevistados alguns moradores do conjunto habitacional
Montana I e II localizado na cidade de Marilia. Adotamos para esta pesquisa itens
referentes analise dos elementos de disponibilidade de infraestrutura das residncias,
transporte pblico, sistema de sade pblica, localizao adequada, adequao cultural,
e infraestrutura residencial, avaliando o impacto na vida das famlias nos itens relativos
a meta a ser alcanada enquanto qualidade de vida , segundo a perspectiva do morador
entrevistado de perceber o prprio direito moradia adequada.
Na disponibilidade de infraestrutura, no que se diz respeito ao direito moradia
adequada, a habitao deve ser conectada s redes de agua, saneamento bsico, gs e
energia eltrica em suas proximidades; deve haver servios e equipamentos pblicos
bsicos para o cotidiano dos moradores, reas de lazer, servios de transporte pblico,
limpeza e coleto de lixo. Estes itens so contemplados na execuo do conjunto das
residncias.
Questionrio 1: Avaliao do atendimento por servios na moradia em relao
a disponibilidade de infraestrutura. Qual a maior dificuldade enfrentada pelos
moradores deste conjunto habitacional?
( ) Transporte Pblico. ( ) Educao. ( ) Sade. ( ) Localizao e distncia do
comercio. ( ) Outros.
RESULTADO: A avaliao Comparativa dos moradores entrevistados a respeito
do questionrio demonstrou um indicador negativo em relao ao transporte pblico,
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educao e sade. Aproximadamente 85,8% dos moradores relataram que so obrigados
a se deslocar para os seus antigos bairros para assistncia medica no posto de sade de
origem, pois o local onde atualmente moram apresenta apenas um posto de
atendimento, que se encontra localizado no distrito de Padre Nobrega. Por atender o
distrito, no consegue atender a grande demanda dos novos conjuntos da regio. Apenas
14,2% possuem assistncia medica particular, como planos de sade.
Questionrio 2: Avaliao do atendimento por servios de localizao adequada
e adequao cultural.O acesso a cidade e servios atendem suas necessidades?
RESULTADOS: Todos os moradores entrevistados relataram que falta
implementao de supermercados, padarias e farmcias no loteamento. Outra questo
abordada a falta de iluminao na passarela que passa para o distrito de Padre Nobrega
sendo o nico acesso aos pedestres. E no item referente ao servio de acesso virio para
o loteamento, no qual o acesso principal pela entrada do distrito de Nobrega e passa
por baixo de um viaduto, na opinio dos moradores falta organizao e sinalizao no
fluxo virio dessa localidade, e esta deficincia atrapalha o acesso, causando at
acidentes.
Questionrio 3: Avaliao do atendimento por servios de infraestrutura
mnima de projeto para residncia unifamiliar.Como voc avalia sua moradia (estrutura)
e o conjunto habitacional? Sua residncia como voc imaginava?
RESULTADOS: A maioria dos entrevistados elaborou uma resposta positiva,
pois alegam que o conjunto seguro em relao ao que vivenciou na antiga moradia. E
o fato da residncia agora ser prpria a principal razo de satisfao apontada.
Dentre os entrevistados, grande parcela sente a necessidade de um ambiente
maior, na qual relatam que o tamanho dos cmodos como cozinha e sala de estar so
ambientes pequenos para a demanda unifamiliar. Isso implica na confortabilidade
familiar vivenciada em cada residncia, pois o programa no possui um parmetro
suficiente para atender as necessidades de cada indivduo dentro de sua respectiva
residncia, com suas expectativas individuais ou do grupo que vai habitar a unidade. No
entanto, tais projetos devem ser analisados e vistoriados antes da aprovao,
estabelecendo uma normalizao dentro da ergonomia de projeto para visar suprir o
mnimo das necessidades de cada famlia.
CONCLUSO:
A partir dos estudos informados, das pesquisas de literatura e em campo,
podemos confirmar a precariedade nos servios oferecidos aos moradores dos conjuntos
residenciais do Programa Minha Casa Minha Vida executados em nossa cidade.
Percebemos que as autoridades cumprem o que prometem quando se trata de reduo de
dficit habitacional, os nmeros mostram a reduo ao longo dos anos, porm deixa
muito a desejar quando se trata de qualidade de vida aos moradores dos conjuntos de
assentamentos habitacionais.
Com o aumento desta construo em massa, os espaos foram se limitando s
condies mnimas de utilizao; e em busca de terrenos mais baratos os conjuntos cada
vez mais se distanciam dos centros das cidades, o que ocasiona muitos problemas aos
moradores e consequentemente para a cidade, pois quando o morador no tem acesso
fcil aos servios fundamentais no seu bairro ele se desloca para o centro. O transporte
coletivo tambm um problema enfrentado por estes moradores, pois os mesmos usam
o automvel para se locomover at o centro, onde a oferta de servio maior,
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aumentando consideravelmente o fluxo de veculos nas vias, e lotando postos de sade e
estabelecimentos mais prximos aos conjuntos.
Numa prxima etapa deste trabalho, os itens avaliados pelos moradores nas
entrevistas, podem ser apresentados ao Conselho de Habitao da cidade de Marilia.
Aqueles servios que no foram contemplados durante a execuo dos assentamentos de
moradias, tem a possibilidade de serem revistos pelo Conselho de Habitao do
Municpio de Marilia, e ento levados reviso do Plano Diretor da cidade para uma
implementao simultnea de moradias e servios de infraestrutura nos prximos
assentamentos de conjuntos habitacionais executados em nossa cidade. Os itens de
infraestrutura apontados como mais necessrios e ainda inexistentes podem ser
acrescidos enquanto exigncia para os prximos empreendimentos, diminuindo a
defasagem de oferta constatada naqueles existentes.
Consideramos a moradia vai muito alm de um abrigo para intempries, a
moradia tem que proporcionar o mnimo de qualidade de vida aos habitantes, porque
hoje o que acontece nesses programas que enquanto se vende uma residncia para o
cidado, por outro lado tirado os acessos escola, sade e tudo o que to necessrio
quanto um abrigo.
REFERNCIAS:
AMORE, Caio Santo; SHIMBO, Lucia Zanin; RUFINO, Maria Beatriz Cruz. Minha
casa... E a cidade? 1 ed. So Paulo : Editora Letra Capital, 2015.
AZEVEDO, Srgio. A crise da poltica habitacional: dilemas e perspectivas para o final
dos anos 90. In. AZEVEDO, Srgio de; ANDRADE, Luis Aureliano G. de (orgs.). A
crise da moradia nas grandes cidades da questo da habitao reforma urbana. Rio
de Janeiro:Editora UFRJ, 1996.
BARRETO. Demis. A Arquitetura popular no Brasil. 1.Ed.- Editora Bom texto- So
Paulo Edies Bom texto 2010.
Dados estatsticos CIBIC Encontrado em: http://www.cbicdados.com.br/menu/deficit-
habitacional/deficit-habitacional-no-brasil. Acesso em 15 de setembro de 2017.
RAMALHOSO Wellington. Minha casa minha vida deu certo? Encontrado em:
http://www.cte.com.br/noticias/2016-06-20minha-casa-minha-vida-deu-certo-veja-pon/
Acesso em 14 de setembro de 2017.
ROCKMANN,Roberto .At 2024 Brasil ter de proporcionar moradia para 20 milhes
de famlias. Encontrado em:
https://www.cartacapital.com.br/especiais/infraestrutura/ate-2024-Brasil-tera-de-
proporcionar-moradia-para-20-milhoes-de-familias-4978.html Acesso em 10 de
setembro de 2017.
Z_AREAZERO Entrevistas. Nosso grande problema no o dficit de moradia, mas
sim o dficit de cidade. Encontrado em: https://www.sul21.com.br/jornal/nosso-
grande-problema-nao-e-o-deficit-de-moradia-mas-sim-o-deficit-de-cidade/. Acesso em
10 de setembro de 2017.
http://www.cte.com.br/noticias/2016-06-20minha-casa-minha-vida-deu-certo-veja-pon/https://www.cartacapital.com.br/especiais/infraestrutura/ate-2024-Brasil-tera-de-proporcionar-moradia-para-20-milhoes-de-familias-4978.htmlhttps://www.cartacapital.com.br/especiais/infraestrutura/ate-2024-Brasil-tera-de-proporcionar-moradia-para-20-milhoes-de-familias-4978.htmlhttps://www.sul21.com.br/jornal/nosso-grande-problema-nao-e-o-deficit-de-moradia-mas-sim-o-deficit-de-cidade/https://www.sul21.com.br/jornal/nosso-grande-problema-nao-e-o-deficit-de-moradia-mas-sim-o-deficit-de-cidade/Biomedicina
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TESTES SOROLGICOS NA TENTATIVA DE EXTINGUIR A TRANSMISSO
DO HIV POR MEIO DE TRANSFUSES SANGUNEAS. TURRA, Letcia Passi;
RODRIGUES, Gabriel Henrique; SILVA, Franciele Cristina Jaco da; LIMA, Carla
Cristina de Oliveira. ORIENTADOR: SILVA, Wilson Bernardo.
BIOMEDICINA/UNIMAR. [email protected].
O HIV, retrovrus humano no-oncognico pertencente famlia dos lentivrus, ao
estabelecer tropismo perante o marcador CD4+, localizado na superfcie celular de
linfcitos, moncitos, macrfagos e dendrticas, denuncia a enftica destruio da
resposta imunolgica celular. Divergncias gnicas determinam os tipos HIV-1 e HIV-
2, porm, compartilham a maioria dos antgenos imunognicos, contudo, os testes
sorolgicos de triagem adotados pelos hemocentros assumem purificaes distintas para
os detectarem independente da prevalncia endmica, uma vez que transcorrer
continentes no se descreve como empecilho na sociedade globalizada. De fato, os
laudos sorolgicos exigem identificao de ambas as formas genticas, sobretudo, o
presente estudo estabelece o objetivo de destrinchar a respeito dos testes sorolgicos de
triagem somados aos testes confirmatrios em que se baseiam na tentativa de reduzir
significativamente a janela imunolgica, perodo compreendido entre a aquisio da
infeco e a soroconverso, ou seja, intervalo de tempo recorrido pela resposta inata ao
reconhecer e apresentar o antgeno devidamente processado as constituintes da resposta
adquirida, na qual inicia a sntese de anticorpos entre outros armamentos imunolgicos,
a doena infectocontagiosa em questo permeia o intervalo de quatro e doze semanas.
Ensaios imunoenzimticos como o ELISA, quimioluminescentes e a partir da tcnica
molecular atravs do NAT se fundamentam na busca da protena p24, esta,
concomitante a transcrio do RNA genmico viral capacita-se aos primeiros elementos
a serem sintetizados pelo vrus integrado ao material nuclear do hospedeiro,
constituindo-se a principal protena a compor o capsdeo viral. Deste modo, amostras
so positivadas independem da produo de anticorpos, uma vez a p24 por intermdio
do NAT anunciada de oito a doze dias aps a inoculao do HIV e os demais mtodos
citados at vinte e um dias. Enfim, recursos que levam a mxima sensibilidade na
triagem sorolgica em bancos de sangue mesmo que o nmero de bolsas diminua, mas
que a transfuso sangunea garanta confiabilidade dos hemocompoentes e
hemoderivados ao receptor, minimizando drasticamente a emisso de resultados falso-
negativos. O que diferiu dos testes de primeira e segunda gerao quando preparados
com lisado viral e peptdeos recombinantes, respectivamente, nas quais derivavam a
merc da ativao dos mecanismos humorais por se fundamentarem somente pela
concentrao de anticorpos.
Palavras-Chave: AIDS. Janela Imunolgica. Transfuso Sangunea.
***
ESTUDO DA TOXICIDADE PELO USO DAS ESTATINAS EM PACIENTES
HIPERCOLESTEROLMICOS. PEREIRA, Cyntia Marangon. ORIENTADORA:
UBEDA, Lara Cristina Casadei. BIOMEDICINA/UNIMAR.
Atualmente, uma das principais causas de morte refere-se doena arterial coronariana
(DAC), que decorre pelo aumento dos nveis de triglicerdeos (TG), colesterol total
(CT), cidos graxos livres (AGL), e Lipoprotena de Baixa Densidade (LDL-c), bem
como a reduo da Lipoprotena de Alta Densidade (HDL-c). As estatinas so um grupo
mailto:[email protected]Biomedicina
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de frmacos considerados como de primeira linha, no que diz respeito ao tratamento
farmacolgico de pacientes j caracterizados hipercolesterolmicos e tambm so os
medicamentos mais prescritos para o tratamento e preveno da doena arterial
coronariana (DAC), por estes frmacos reduzirem os nveis de Colesterol Total (CT),
LDL-c e elevarem o HDL-c. Estas drogas se caracterizam por inibirem a enzima
participante do processo de biossntese do colesterol intracelular, enzima esta
denominada de Hidroxi-3-Metilglutaril Coaenzima A redutase (HMG-CoA redutase),
resultando, em ltima instncia, na diminuio dos nveis de colesterol circulante no
plasma. Em consequncia, as estatinas no esto isentas de seus efeitos colaterais, que
se relacionam dose do medicamento utilizado por estes pacientes, apesar de serem
bem toleradas pela maioria destes, as estatinas esto correlacionadas ocorrncia de
efeitos txicos hepticos e, principalmente, musculares. Desta forma, estes frmacos,
em sua utilizao, ainda so estigmatizados sendo at mesmo subutilizados, onde se tm
como uma das principais causas na interrupo do tratamento, a miopatia, e outros
fatores que a predispe em sua toxicidade. Porm, as estatinas evoluram dentre os
ltimos anos, e a sua eficincia e a relao de segurana demonstrada por elas, tornaram
essa classe de medicamentos amplamente utilizados em todo o mundo. Portanto, o
estudo est sendo realizado atravs do levantamento bibliogrfico de autores
especializados na rea da sade, com o objetivo de analisar a toxicidade induzida pelo
uso das estatinas em pacientes hipercolesterolmicos.
Palavras-chave: Estatinas. Toxicidade. Hipercolesterolemia.
***
DOSAGEM SRICA DE LTIO EM PACIENTES COM PSICOSE MANACO-
DEPRESSIVA: correlao entre litemia, comprometimento com o tratamento e perfil
renal. Orientadores: Prof. CLAUDEMIR GREGRIO MENDES - Biomedicina/Unimar
([email protected]). Prof. Dr. TIAGO SEVERO PEIXE
Toxicologia/UEL. Orientanda: STEPHANIE GARCIA LIMA Biomedicina/Unimar.
A doena mental se mostra um tabu ainda nos dias atuais, sendo do ponto de vista
fisiopatolgico e/ou farmacolgico. Sendo a Psicose Manaco-depressiva o objeto da
pesquisa, foi feito um levantamento bibliogrfico acerca do assunto, visando
compreenso da evoluo dos tratamentos para o transtorno desde que comeou a ser
descrito. A presente pesquisa visa, por meio de coleta de materiais biolgicos (sangue e
urina), dosar o ltio srico correlacionando com o perfil de adeso dos pacientes ao
tratamento, que ser avaliado mediante aplicao de questionrios, bem como com o
perfil renal, sendo este a principal via de excreo do metal citado. O objetivo da
pesquisa aferir nveis de toxicidade pelo carbonato de ltio e se as dosagens se
mostram em nveis subteraputicos ou txicos para os pacientes. Objetiva-se tambm
avaliar o perfil renal, de modo a excluir falhas analticas no ltio srico sabendo-se que
distrbios de excreo e reabsoro renal (pois o ltio tambm se apresenta nefrotxico)
podem atuar diretamente nos nveis plasmticos. Foram realizadas parcerias com o
Hospital Esprita de Marlia (HEM), de onde foram selecionados os pacientes e, com a
Universidade Estadual de Londrina (UEL), onde sero realizadas as dosagens de
litemia. Foram selecionados 40 pacientes com perfil para a pesquisa a partir da anlise
de sada de ltio da farmcia do HEM e, posteriormente realizao de anlise de
pronturios dos mesmos. A metodologia utilizada para a realizao das anlises ser
espectrofotometria para o clearance de creatinina e espectrometria de absoro atmica
para a litemia. Concluses parciais baseadas em bibliografias pesquisadas apontam para
Biomedicina
22
resultados majoritariamente subteraputicos, embora ainda no tenham sido iniciadas as
anlises da pesquisa em questo.
***
DIAGNSTICO GENTICO PR-IMPLANTACIONAL (PGD): TCNICA E
PRINCPIOS TICOS. TEDESCHI, Mariana Maano; OTTAIANO, Thais; LALLO,
Brbara Tesani; JOCA, Jenifer Camila dos Santos. ORIENTADORA: MORAES,
Chimenny Aulu Lascas Cardoso. BIOMEDICINA/UNIMAR.
O diagnstico gentico pr-implantacional (PGD), um procedimento de bipsia
embrionria que pode ser realizado durante as tcnicas de Reproduo Humana
Assistida (RHA), favorecendo a deteco de alteraes e mutaes genticas e
cromossmicas antes da transferncia embrionria. O objetivo do presente estudo
elucidar o princpio e diferenciar as tcnicas utilizadas neste diagnstico, analisar a
aplicabilidade e relevncia do PGD na rotina laboratorial de RHA de acordo o perfil dos
casais que o utilizam, incluindo uma discusso dos princpios ticos para tal realizao.
Atravs da reviso bibliogrfica da literatura cientfica optou-se por privilegiar
peridicos de indexao cientfica em base de dados da Biblioteca Virtual em Sade,
Medline e SciELO. Foi levado em considerao todo material relevante ao assunto com
menos de 20 anos. As alteraes cromossmicas estruturais correspondem a
aproximadamente 21% de todas as anomalias cromossmicas em nascidos vivos e esto
diretamente relacionadas infertilidade humana. As translocaes so observadas em
1,23 para cada mil nascidos-vivos, sendo as mais frequentes envolvendo os
cromossomos 13 e 14, apresentando incidncia de 0,97 para cada mil nascidos-vivos e
alcanando uma frequncia dez vezes maior entre homens infrteis. A causa da
infertilidade nestes pacientes est diretamente relacionada ao processo meitico e
formao de gametas aneuploides. Casais cujas cromossomopatias como trissomia,
poliploidias, monossomias do cromossomo X, esto associadas ao abortamento
espontneo indicado um rastreamento para demais alteraes genticas. A tcnica do
PGD consiste na retirada de um ou mais blastmeros que sero posteriormente
analisados para a deteco de alteraes genticas, no possuindo alterao de potencial
em embrio biopsiado de chegar ao estgio de blastocisto, aps dois ou trs dias em
cultura in vitro. Dentre as aplicabilidades do PGD, o sexo de um pr-embrio pode ser
confiavelmente determinado, bem como a enumerao da composio cromossmica
podem ser conseguidas atravs da tcnica de FISH (fluorescent in situ hibridization),
permitindo, a determinao da ploidia exata do pr-embrio concomitante com o
diagnstico de certas aneuploidias, translocaes, inverses, duplicaes, delees e
doenas monognicas. De acordo com a ASRM (American Society for Reproductive
Medicine) o PGD realizado com o intuito de evitar doenas transmissveis eticamente
aceitvel, no se tratando de discriminao, mas sim de uma forma de garantir a sade
humana. No Brasil, o Conselho Federal de Medicina regulamenta que os embries
podem ser submetidos tcnica, sendo obrigatrio o consentimento informado do casal,
restringindo a realizao para escolha de sexo, pois poderia representar um perigo social
e desvio de utilizao de recursos mdicos das necessidades cientficas genunas, sendo
apenas justificada a escolha de sexo quando for utilizada para evitar transtornos
genticos ligados ao sexo. Atualmente, o PGD j possui inmeras aplicaes descritas
na literatura, como no diagnstico de doenas de manifestao tardia, porm com o
desenvolvimento de novas tcnicas, poder permitir o diagnstico de quase todas as
doenas genticas conhecidas ainda na fase embrionria. Embora tais informaes j
Biomedicina
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estejam descritas, ainda so necessrias importantes discusses das questes ticas
evolvidas para a realizao da tcnica, pois est distante a possibilidade de haver um
consenso sobre tais.
Palavras chave: doenas genticas, reproduo humana assistida, diagnstico gentico,
embrio.
***
AVALIAO DO USO DE SUBSTNCIAS PSICOATIVAS POR ACADMICOS
UNIVERSITRIOS DA REA DA SADE EM MARLIA (SP). FERREIRA,
Leonardo Moraes; BATISTA, Iara Cristina de Novaes; ALVES, Natlia Canturia.
ORIENTADORA: WAIB, Claudia Maria. BIOMEDICINA/UNIMAR. e-mail:
O uso de substncias psicoestimulantes por estudantes universitrios tem crescido
demasiadamente nos ltimos anos, apesar do maior acesso destes s informaes sobre
uso abusivo. Vrios trabalhos tm demonstrado um aumento da utilizao dessas
substncias, principalmente em universitrios de cursos na rea da sade,
principalmente o metilfenidato e a cafena. A pouca organizao de estudos atrelada
alta carga horria de alguns cursos universitrios e, muitas vezes, uma jornada dupla
(trabalho diurno e cursos noturnos) remete ao acmulo de contedos e requer
verdadeiras maratonas de estudo. A educao superior, nos moldes tradicionais, requer
muito trabalho e dedicao por parte dos estudantes. Sobre estas circunstncias,
universitrios saudveis fazem uso de substncias psicoativas para que consigam
estudar por mais horas e aperfeioar a eficcia acadmica. O presente trabalho teve
como objetivo coletar dados sobre o uso indiscriminado de substncias
psicoestimulantes naturais e sintticas por universitrios da rea da Sade no municpio
de Marlia (SP), visando traar um perfil da prevalncia do uso dessas substncias,
analisar se h aumento do uso no decorrer do curso, comparar o uso entre alunos
calouros e veteranos, investigar os benefcios e riscos da sua utilizao, descrever os
efeitos colaterais observados pelos estudantes e por fim, conscientizar os alunos sobre o
uso inadequado. Para isso, foi aplicado um questionrio validado de carter annimo e
por autopreenchimento em acadmicos de cinco cursos da rea da sade: Biomedicina,
Enfermagem, Farmcia, Fisioterapia e Medicina, que aderiram espontaneamente
mediante de Termo de Consentimento Livre e Esclarecido. Os dados obtidos esto
recebendo anlise estatstica para posterior apresentao dos resultados e discusso.
Palavras-chave: Psicoestimulantes. Uso abusivo. Metilfenidato. Cafena
***
A QUALIDADE DE VIDA DE CRIANAS E ADOLESCENTES COM DIABETES
MELITUS TIPO I. BARBOSA, Anali Gouvea, RUIVO, Carla Cristina Raineri,
COSTA, Marlia Yara de Oliveira, ORIENTADOR: UBEDA, Lara Cristina Casadei
BIOMEDICINA/UNIMAR [email protected]
O Diabetes Mellitus classificado em tipo I e tipo II, possui diferena na
sintomatologia, tratamento e na populao alvo. O tipo I normalmente atinge crianas e
adolescentes, e a tipo II acomete principalmente a populao acima dos 30 anos de
idade. Diabetes Mellitus Tipo I uma doena causada por fatores genticos e
ambientais de carter crnico decorrente da destruio das clulas beta pancreticas,
tendo como resultado a hiperglicemia e seus efeitos, necessitando de interveno com
mailto:[email protected]Biomedicina
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tratamento insulnico para a correo em medidas precisas. O tratamento algo
relativamente complicado, devido a grande disciplina exigida do paciente, e ao grande
transtorno biopsicossocial que causa, modificando a sua qualidade de vida. Devido ao
controle permanente da doena, o emocional da criana ou adolescente fica fragilizado
em decorrncia dos sintomas da hipo e hiperglicemia e do receio de complicaes,
mostrando a necessidade tambm de acompanhamento psicolgico e no apenas por
mdicos para controle glicmico. O presente trabalho se baseia na reviso sistemtica da
literatura com levantamento bibliogrfico de autores especializados na rea da sade e
tem como objetivo averiguar o nvel de qualidade de vida de crianas e adolescentes
portadores de Diabetes Mellitus Tipo I, assim como estabelecer os critrios que so
abordados como qualidade de vida e seu significado para essa populao.
Palavras-chave: Diabetes; infanto-juvenil; qualidade de vida.
***
PRODUO DE AGUARDENTE. MENDONA, Bruno Cesar Miguel de; MION,
Stefani Laila Krause. ORIENTADOR : NEVES, Vitor Jos Miranda das.
BIOMEDICINA/UNIMAR. [email protected]
Apesar da importncia econmica e social da aguardente de cana brasileira, so ainda
muito escassos os estudos sobre sua qualidade sensorial, porm as crescentes exigncias
do mercado tm feito crescer a preocupao com a qualidade dessa bebida. A
aguardente muito apreciada por seu aroma e sabor caractersticos, que podem ainda
melhorar pelo envelhecimento em recipientes de madeira. O complexo processo que
ocorre durante o envelhecimento depende alm de vrios fatores, do tipo de madeira
empregada, do tempo de maturao e obviamente da qualidade inicial do destilado. O
mtodo de destilao que ser empregado para a produo de aguardente com a
utilizao do resduo da destilao das bebidas apreendidas e retiradas de circulao do
mercado. O princpio da destilao se baseia na diferena entre o ponto de ebulio da
gua (100C) e do lcool (78,4C) utilizando-se, um destilador de corpo simples
conhecido popularmente como cebolo. So destiladores simples, a fogo direto, que,
para a obteno do destilado de aguardente, requerem de uma ou mais destilaes. O
resduo derivado do processo de destilao das bebidas apreendidas vai para um tanque
de fermentao onde ser adicionada a levedura e feita correo do Brix (16 Brix) com
caldo de cana-de-acar ou uma soluo de gua com acar onde ficar fermentando
por 72 horas, depois feito a separao do fermento da soluo alcolica por um
processo de decantao, essa soluo vai para o destilador onde se obtm uma soluo
hidroalcolica entre 36 e 46 GL na qual ser ajustado seu teor alcolico para 38 GL
com gua destilada e armazenado em tonis de madeira de carvalho. A vantagem da
realizao do trabalho proposto o aproveitamento de um produto que seria descartado
e sua desvantagem que por ser um alambique a lenha difcil o controle da
temperatura j que necessria uma temperatura constante, pois sabemos que em altas
temperaturas a cachaa ter um aroma de produto queimado e em baixas temperaturas
no possvel realizar o processo de destilao. Resultados obtidos, uma aguardente a
partir do resduo da destilao das bebidas apreendidas.
Palavras-chave: Alambique. Bebida. Destilao.
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A PARTICIPAO DOS MIRNAS-21 E 125-B COMO FATORES PR E ANTI-
APOPTTICOS DO CNCER CERVICAL RELACIONADO AO HPV.
PARADINHA, Jlia Augusta de Souza; SILVA, Renandra Ramos Lopes da;
ROSOLEN, Tamires Varraschim; CASTRO, Yuri Orlando Bertusso. ORIENTADOR:
NOVAIS, Paulo Cezar. BIOMEDICINA/UNIMAR. [email protected]
O HPV uma das DSTs que mais acomete a populao mundial, havendo mais de 100
subtipos com diferentes sequncias de DNA. Acomete o trato genital provocando desde
infeces benignas at neoplasias malignas, sendo a transmisso sexual sua principal
via de infeco. MicroRNAs so pequenos RNAs no codificantes, reguladores ps-
transcricionais de RNAs mensageiros-alvo, importantes na regulao de processos
celulares como apoptose, progresso do ciclo celular e metstase. A proliferao e
apoptose das clulas tumorais podem ser reguladas por uma variedade de miRNAs, e
assim sendo, selecionamos na literatura dois miRNAs relacionados com a apoptose e a
infeco pelo HPV a fim de demonstrar sua atuao inibindo ou promovendo a morte
dessas clulas. O miR-21 apontado em diversos estudos como fator associado a
carcinognese, principalmente quando associado ao HPV, pois as protenas virais
podem promover sua hiperexpresso, facilitando o crescimento, proliferao e invaso
de clulas de cncer cervical. Relatou-se na literatura que a expresso de miR-125b
aumentada nas clulas cervicais infectadas pelo HPV, sendo que seus nveis decaem
conforme a evoluo da neoplasia, alm de que inibe o crescimento tumoral e promove
a apoptose das clulas do cncer de colo do tero por meio da desregulao de PIK3CD.
Este estudo teve como objetivo esclarecer a participao dos miRNAs no cncer
cervical. A busca literria foi realizada atravs de pesquisa em artigos originais,
utilizando-se como base de dados Medline, Scielo, PubMed. Conclumos atravs dos
artigos utilizados neste trabalho que os miRNAs-21 e 125-b participam diretamente da
proliferao e morte celular, respectivamente e que os mesmos podem ser considerados
uma ferramenta a mais no auxlio do prognstico deste tipo de cncer, contribuindo no
protocolo de tratamento utilizado pelos mdicos j que se tem um embasamento
cientificamente comprovado.
Palavras-chave: apoptose, HPV, cncer, miRNAs.
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CANDIDASE VULVOVAGINAL: A SUA ALTA INCIDNCIA EM DIABTICOS.
DAMASCENO, Erick Aparecido; BALMANT, Jaqueline Schimith; MACHADO,
Roberta Cassia de Jesus. ORIENTADORA: UBEDA, Lara Cristina Casadei.
BIOMEDICINA/UNIMAR. E-mail do orientador: [email protected]
O gnero Candida constitudo de aproximadamente 200 diferentes espcies de
leveduras, que vivem normalmente na orofaringe, cavidade bucal, dobras da pele,
secrees brnquicas, vagina, urina e fezes. Entre as espcies que compem esse
gnero, a Candida albicans apresenta maior relevncia em funo de sua taxa de
prevalncia em condies de normalidade e de doena. As infeces por fungos do
gnero Candida ou simplesmente candidase tratam-se de uma ampla variedade de
sndromes clnicas. Esses microrganismos so considerados organismos oportunistas. A
candidase vulvovaginal e a oral so as mais mencionadas e consideradas as mais
comuns de infeces fngicas oportunistas. A candidase vaginal a principal causa de
infeco vaginal em pacientes com diabetes. A candidase recorrente um sinal
importante de diabetes, que permite a identificao de pacientes com estado pr-
diabtico em alguns casos. O diabetes mellitus no controlado promove alteraes
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metablicas, como o aumento dos nveis glicmicos, que podem ser significativos para
o surgimento de colonizao e infeco por Candida. O controle glicmico adequado,
associado a mudanas comportamentais, reduz o risco de colonizao e infeco por
Candida spp entre diabticas. Tendo o sangue e demais fludos corporais da pessoa
diabtica um teor muito mais alto de acar do que uma pessoa normal, a levedura
encontra uma disponibilidade de nutrio e consegue se reproduzir com mais facilidade.
Um claro entendimento dos diferentes mecanismos de defesa envolvidos na infeco
por Candida albicans essencial para o desenvolvimento de estratgias tanto para a
preveno e controle, como para o tratamento das infeces por este fungo. Atravs de
um levantamento bibliogrfico o presente trabalho se baseia na reviso sistemtica da
literatura de autores especializados na rea da sade e tem como objetivo conhecer a
importncia de se manter os nveis glicmicos para alm de outras manifestaes tpicas
do diabetes mellitus no favorecer h infeces recorrentes por leveduras, em especial
as do gnero Candida albicans. Palavras-chave: Candidase vulvovaginal, Candida
albicans, diabetes.
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ESTUDO DA PREVALNCIA DE ENTEROPARASITOSES EM CRIANAS NO
BRASIL. ALVES NETTO, Helen Regina; NASCIMENTO, Edilaine Aparecida; DIAS,
Elen Assis; MARCOLONGO, Jssica Camila. ORIENTADORA: WAIB, Claudia
Maria. BIOMEDICINA/UNIMAR. [email protected]
As enteroparasitoses constituem um grave problema de sade pblica em pases
subdesenvolvidos, associadas s populaes carentes, geralmente ocasionados pela falta
de higiene e saneamento bsico. Alm disso, as enteroparasitoses correspondem a um
fator importante na origem das anemias carncias e desnutrio proteica calrica,
porque o estado nutricional completo no depende s da ingesto de alimentos, mas
tambm da absoro de nutrientes, que pode ser comprometida nos casos de infestaes
parasitrias. Estima-se que infeces intestinais causadas por helmintos e protozorios
afetem cerca de 3,5 bilhes de pessoas, causando enfermidades em aproximadamente
450 milhes ao redor do mundo, a maior parte destas em crianas. Desnutrio, anemia,
diminuio no crescimento, retardo cognitivo, irritabilidade, aumento de suscetibilidade
a outras infeces e complicaes agudas so algumas das morbidades decorrentes.
Dentre a populao, as crianas so as mais afetadas por apresentarem uma
vulnerabilidade maior causada pela falta de higiene e menor capacidade cognitiva. O
presente estudo teve como objetivo estudar a prevalncia de enteroparasitoses em
crianas no Brasil, atravs de levantamento bibliogrfico de diversos estudos realizados
nas vrias regies do pas, entre 2002 e 2017. Os resultados obtidos apontam que entre
os enteroparasitas, o protozorio Giardia lamblia e o helminto Ascaris lumbricoides
mostraram-se os mais prevalentes. Outros protozorios como a Entamoeba coli e
geohelmintos como o Trichuris trichiura e os ancilostomdeos tambm tem uma
prevalncia acentuada. O consumo de alimentos contaminados, como hortalias e frutas,
aparenta ser um dos principais meios de contgio. A contaminao de alimentos e da
gua remete ao problema de ausncia ou carncia de infraestrutura de saneamento, que
comum em muitos municpios do pas.
Palavras-chave: prevalncia, enteroparasitas, crianas.
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USO INADEQUADO DO JALECO POR PROFISSIONAIS DA REA DA SADE E
SUAS CONSEQUNCIAS PARA A SADE DOS PACIENTES E DA
COLETIVIDADE. OLIVEIRA, Josiane Catarina Lopes; SILVA, Aline Pereira da.
ORIENTADORA: WAIB, Claudia Maria. BIOMEDICINA/UNIMAR. E-mail:
O problema das infeces relacionadas servios de sade tem se mostrado altamente
relevantes. Em 2016 foi lanado um Programa Nacional de Preveno e Controle de
Infeces Relacionadas Assistncia Sade pela Agencia Nacional de Vigilncia
Sanitria (ANVISA), com o objetivo de reduzir, em mbito nacional, a incidncia de
Infeces Relacionadas Assistncia Sade (IRAS) em servios de sade. A
ocorrncia de infeces adquiridas nesse tipo de ambiente est intimamente ligada
qualidade da prestao de servios, visto que a disseminao de agentes infeciosos seria
de forma cruzada, ou seja, quando temos uma contaminao tanto de dentro do hospital
para o ambiente externo como do ambiente externo para dentro do hospital. A objetivo
do estudo em questo foi o de realizar uma reviso bibliogrfica, relacionando as
consequncias da utilizao inadequada de jalecos por profissionais da rea da sade
tanto para o paciente como para a coletividade. A pesquisa foi realizada atravs de
levantamento bibliogrfico nas plataformas MEDLINE, LILACS e SciELO, em artigos
publicados de 2010 a 2017, com enfoque nas infeces cruzadas causadas por jalecos;
jalecos contaminados; flora bacteriana em jalecos dos profissionais de sade. A anlise
dos artigos permitiu verificar que o agente infeccioso com maior prevalncia nas
amostras de jalecos analisadas foi de Staphylococcus aureus, inclusive o MRSA (S.
aureus meticilina resistente). A presena de Difteroides, Enterococcus Resistente
Vancomicina (VRE), gram-negativos (Acinetobacter baumannii, Klebsiela pneumoniae
e Serratia rubidae) em jalecos de profissionais da rea da sade tambm foi relatada em
vrios artigos. A contaminao do jaleco pode variar de acordo com o tipo de servio de
sade. As unidades mais crticas seriam as UTIs, onde h maior possibilidade de contato
direto entre o profissional e o paciente.
Palavras-chave: EPI, Jaleco, Contaminao.
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AS VARIANTES POLIMRFICAS DO GENE GLUTATIONA S TRANSFERASE E
A DIABETES MELITTUS DO TIPO 2. RIBEIRO, Fbio Eduardo Gonalves;
MOROTI, Layse Rafaela; OLIVEIRA, Denise Cristina; ORIENTADORA: POLI-
FREDERICO, Regina Clia.
BIOMEDICINA/[email protected]
Diabetes Melittus tipo 2 (DM2) uma doena caracterizada por uma hiperglicemia
crnica causada por um desequilbrio entre a ao e a produo de insulina. Em termos
mundiais, cerca de 240 milhes de indivduos apresentam DM2, com uma projeo de
366 milhes para o ano de 2030, dos quais dois teros sero habitantes de pases em
desenvolvimento. Doenas complexas, como o diabetes, so determinadas por trs
fatores principais: o estilo de vida, a exposio ambiental e a suscetibilidade gentica. A
contribuio gentica uma evidncia importante no desenvolvimento de DMT2. A
glutationa S transferase (GST) est relacionada suscetibilidade ao Diabetes mellitus
(DM), devido a perda de sua atividade enzimtica que est associada mecanismos
antioxidantes protetores do organismo participando do sistema de defesa celular que
combate o estresse oxidativo, eliminando radicais livres e intermedirios reativos de
oxignio. Para ampliar o nosso conhecimento, o presente estudo objetiva-se a analisar a
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relao entre os polimorfismos nos genes GSTM1 e GSTT1 em pacientes idosos com
DM2. Foram obtidos DNAs a partir de amostras de sangue perifrico de 161 pacientes
com idade 60 anos, participantes do projeto EELO que foram diagnosticados para
DM2 atravs de exames laboratoriais de glicemia e hemoglobina glicada. A
genotipagem para o polimorfismo de deleo dos genes GSTM1 e GSTT1 foi feita
atravs de tcnica de reao em cadeia da polimerase (PCR). Os dados referentes a
caracterizao da amostra so apresentados em mdia e desvio padro ou por frequncia
relativa. O nvel de significncia adotado foi de 5% de significncia. A amostra foi
constituda por 161 idosos com mdia de idade de 67,4 anos divididos em trs grupos:
no diabticos (n=70), pr-diabticos (n=50) e diabticos tipo 2 (n=41). Dos indivduos
avaliados, 75,2% pertenciam ao sexo feminino. Foi constatada maior proporo de
gentipos nulos para o gene GSTM1 nulos (50,3%) e de gentipos normais para o gene
GSTT1 (62,1%) na populao investigada. As clulas pancreticas so muito
sensveis ao esforo citotxico em funo de expressarem poucas enzimas antioxidantes
apresentando maior risco de dano oxidativo do que outros tecidos. No Diabetes mellitus
do tipo 2 observa-se que o stress oxidativo contribui na diminuio da produo de
insulina e destruio das clulas pancreticas. Oos resultados da nossa investigao
mostraram uma no associao do polimorfismo tanto no gene GSTM1 quanto no gene
GSTT1 em pessoas idosas com DM2. Podemos concluir que no houve associao
significativa entre os polimorfismos nos genes GSTM1 e GSTT1 e a DM2 em ambos os
sexos em idosos demonstrando assim a necessidade de outros estudos envolvendo esta
temtica.
Palavras-chave: Diabetes Mellitus tipo 2, polimorfismo gentico, glutationa, idosos.
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ESTUDO DA PREVALNCIA E TEORIAS PARA OCORRNCIA DA
INFERTILIDADE FEMININA. SANTOS, Beatriz Ribeiro; SANTANA, Fernanda
Alves; SANTOS, Larissa Maiara da Fonseca; MIRANDA, Erli Rosa Martins.
ORIENTADORA: MORAES, Chimenny Aulu Lascas Cardoso.
BIOMEDICINA/UNIMAR. [email protected]
A infertilidade feminina vem sendo cada vez mais estudada, tendo como busca
identificao de fatores causadores e suas respectivas formas de tratamento, j que 30%
dos casos de infertilidade conjugal, so por fatores femininos. Dentre as principais
condies geralmente associadas infertilidade feminina (IF) destacam-se patologias
como a sndrome do ovrio policstico (SOP), endometriose e miomatose. Tais
patologias levam a alteraes que comprometem desde o fator ovulatrio at alteraes
uterinas. O bem-estar social e emocional das mulheres, com repercusses na qualidade
de vida evidente, sendo este outro fator determinante para IF. O presente trabalho visa
pesquisar os fatores predominantes relacionados infertilidade feminina avaliando a
prevalncia da Infertilidade em estudos epidemiolgicos, ecom base nos dados obtidos,
desenvolver um material informativo sobre a temtica, incluindo as principais formas de
tratamento, com distribuio para as alunas da Universidade de Marlia. A metodologia
utilizada baseou-se na busca literria, cujo contedo foi minuciosamente pesquisado em
base de dados, fazendo-se o uso de portais da Biblioteca Virtual em Sade, onde foram
usados artigos e dissertaes publicados em biblioteca virtual Medline e SciELO.
Dentre os resultados encontrados no presente estudo, a prevalncia de Infertilidade
feminina exibe uma ampla variabilidade. As causas de IF a serem investigadas,
compreendem: ovarianas, sendo a mais recorrente a SOP, acometendo 6% das mulheres
em idade reprodutiva, e as causas consideradas anatmicas tubrias e uterinas. Cerca de
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20 % das mulheres com ovrios policsticos (OP) que no tm problemas hormonais,
anovulao e/ou dificuldades de engravidar, porm aproximadamente 35% das mulheres
com SOP em algum momento da sua vida, necessitaram de ateno especial. Quanto
aos fatores uterinos, h uma relao entre endometriose e esterilidade, dado que se
constata que 10 % das mulheres tem endometriose, e 35 % destas, so estreis. Outra
causa frequente a ser considerada, a miomatose, cuja incidncia durante a menacme
pode variar de 5,4 a 77%, taxa que vem aumentando progressivamente com o decorrer
da idade, porm cerca de 75% das pacientes com miomas so assintomticas. Quando
todas as outras causas possveis de infertilidade so excludas, a miomatose pode ser
responsvel por apenas 2% a 3% dos casos desse distrbio. Tal associao entre
miomas e infertilidade tem sido largamente reconhecida, principalmente quando se trata
de tumores com localizao submucosa, e/ou compressivo em tubas uterinas (35%). H
muito tempo tem-se especulado que miomas uterinos diminuem a fertilidade, e que sua
remoo aumentaria as taxas de gestao, e de forma geral, estima-se que esses tumores
estejam associados com disfuno reprodutiva em 5% a 10% dos casos. essencial na
investigao de uma mulher infrtil um histrico detalhado, incluindo exames fsicos
completos do casal. Frente aos resultados obtidos na reviso conclumos que a IF se
mostra prevalente na sociedade, no entanto com tratamentos adequados desde que
corretamente realizados muitos dos deles podem ter soluo, basta apenas que a
sociedade esteja mais informada e atenta ao assunto.
Palavras chave: infertilidade feminina, mioma, endometriose, sndrome do ovrio
policstico.
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AVALIAO DA AO ANTIBACTERIANA E EFEITO COMBINADO DOS
EXTRATOS DE Morinda citrifolia L. SOBRE ANTIBIOTICOS. SANTOS, Edvnnia;
BARDAOUIL, Bruna Coracini; SANTOS; Tamiris. ORIENTADORA: UBEDA, Lara
Casadei. BIOMEDICINA/UNIMAR. [email protected].
A existncia de microrganismos resistentes, aliado a indisponibilidade de novos
frmacos antibacterianos, aumenta a necessidade de pesquisa por novos princpios
ativos. A Morinda citrifolia L., conhecida por Noni, uma Rubiaceae, originria do
sudoeste da sia. Tm-se atribudo a esta planta inmeras atividades teraputicas, entre
elas a atividade antibacteriana, devido diversos metablitos primrios e secundrios,
principalmente flavonides, triterpenides e alcalides.
O presente trabalho visou testar o potencial antibacteriano de M.citrifolia e o seu efeito
combinado com drogas antibacterianas pelo mtodo de difuso em disco frente s cepas
de Escherichia coli (ATCC 25922), Staphylococcus aureus (ATCC 25923) e
Pseudomonas aeruginosa (ATCC 27853) a partir do extrato de folhas e raizes obtido
atravs da extrao simples com metanol, com rendimento total do extrato metanlico
da folha de 16,6% e da raiz 15% (em base de massa).
Observou-se ao do extrato da raiz somente sobre as cepas de Staphylococcus aureus e
Pseudomonas aeruginosa, alm do efeito potencializador deste extrato combinado com
antibiticos, mais evidentemente sobre Imipenem testado contra Pseudomonas
aeruginosa. Contudo o extrato das folhas no apresentou atividade sobre as cepas
bacterianas testadas.
Palavras-chave: Morinda citrifolia; atividade antibacteriana; efeito combinado.
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AUTOMEDICAO EM ESTUDANTES DA REA DA SADE. BENKE, Isabela
Bonilla; DOMINGUES, Nathalia Jorge; LATCZUK, Ana Beatriz Silva; ROMANELLI,
Nathalia da Silva. ORIENTADORA: GABALDI, Mrcia Rocha; MORAES, Chimenny
Aulu Lascas Cardoso de. BIOMEDICINA/UNIMAR. [email protected]
A automedicao uma prtica frequente em qualquer lugar do mundo, sendo
caracterizada pelo ato de administrar medicamentos sem prescries mdicas, atravs de
compartilhamento familiar ou reutilizao de prescries antigas, com o intuito de
amenizar sintomas com praticidade, melhorar o desempenho em alguma atividade
escolar ou esportiva e fins estticos. Com relao prtica da automedicao em
estudantes universitrios da rea da sade, a mesma tem sido amplamente estudada em
vrios pases.O setor farmacutico em 2015 obteve um faturamento de R$ 75,49 bilhes
e em 2016 passou para R$ 85,35 bilhes, podendo assim, afirmar que o consumo de
medicamentos est presente na vida da populao mundial. De acordo com a
Associao Brasileira de Indstrias Farmacuticas, cerca de 80 milhes de brasileiros
so adeptos automedicao, e todo ano, cerca de 20 mil pessoas morrem no pas
devido a essa prtica.Este estudo tem como objetivo investigar a prtica da
automedicao entre os estudantes da rea da sade e os riscos desta ao longo do curso
universitrio.O contedo cientfico selecionado para a elaborao da presente reviso
bibliogrfica ser pesquisado em base de dados de portais da biblioteca virtual de sade
(BVS), Medline e SciELO, e a escolha dos termos utilizados foi realizada por meio dos
Descritores em Cincia da Sade (DeCS).Espera-se obter como resultado desta anlise,
que a prtica da automedicaono mbito universitrio,em estudantes da rea da
sade,seja crescente ao longo do curso, apesar do conhecimento sobre a ao dos
medicamentos e seus vrios efeitos colaterais no organismo e riscos sade.
Palavras-chave: automedicao, estudantes de cincias da sade, educao superior.
mailto:[email protected]Cincias Contbeis
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GOVERNANA CORPORATIVA NAS EMPRESAS DE CAPITAL ABERTO
CORPORATE GOVERNANCE IN PUBLICLY TRADED COMPANIES
Bruno Henrique de Jesus
Aluno do curso de Cincias Contbeis da Universidade de Marlia
brunynho_rick@hotmail